Rabiscos

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QUANDO PENSEI EM COMPILAR alguns dos meus trabalhos, logo veio a idéia de chamar esse projeto de “livro de artes” ou art book, como convencionou-se categorizar esse tipo de obra. No entanto, achei que esse título ficaria um pouco formal para a proposta que eu tinha em mente! Sempre fui o tipo de cara que gosta de uma aproximação mais “têta-a-tête” com as pessoas. E o próprio ambiente de criação é totalmente desprovido de formalidades, afinal de contas. As “viajadas na maionese” que não me deixam mentir (também chamadas de brainstorm, claro!). Assim, surgiu em minha mente a palavra “rabiscos”, que costumo utilizar com bastante freqüência no dia-a-dia, e que é bem mais leve e pessoal, totalmente adequada para a proposta deste projeto. Este livro, então, trata exatamente disso: os rabiscos que criei nas minhas diferentes áreas de atuação ao longo de pelo menos quinze anos de profissão.


DEDICADO ao meu querido filho Gabriel, fonte inesgotável de inspiração desse papai.


Ilustração Digital criada para o cartaz do Curso de História em Quadrinhos (SENAC). Corel Painter e Photoshop.

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Artes conceituais para o super-herói afro-brasileiro Fata, co-criação de Alírio de Oliveira. Pintura Digital no Corel Painter.

COMO TODA CRIANÇA, quando pequeno também já tinha minha aptidão artística e rabiscava os cadernos escolares e os de “desenho” - com aquelas folhinhas fininhas. Descobri os quadrinhos com o Pato Donald e o Tio Patinhas, depois veio a Turma da Mônica, os super-heróis através do Incrível Hulk e, em seguida, os saudosos Jaspion e Changeman. Nessa época, aos 10-11 anos, comecei a criar meus primeiros personagens que me acompanham até hoje.

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DURANTE ESSES MAIS DE 20 ANOS em que estou envolvido com quadrinhos, vim desenvolvendo duas séries que estão agora “redondinhas” para serem apresentadas ao público. A primeira é composta por 10 volumes e conta a história do personagem “Kitson” e a sua jornada obcecada para recuperar um valioso artefato; e a segunda é um mangá adolescente intitulado “Na Maior Curtição”, que mostra a transição do ensino fundamental para o médio e como isso afeta as vidas dos personagens.

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Artes conceituais para o personagem Kitson. Aquarela sobre papel algod達o.

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Arte conceitual dos personagens antagonistas da sĂŠrie “Kitsonâ€?. Tinta de tecido sobre sulfite 60kg.

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Arte conceitual dos personagens antagonistas da série “Kitson”. Aquarela sobre papel algodão.

AOS ONZE ANOS DE IDADE, criei o embrião do que hoje é o meu personagem mais completo. Batizado de “Prega Xiclete” (com X mesmo!), o Kitson originalmente usava uma armadura e combatia monstros gigantes com o seu robô. Era o auge do seriado Jaspion na tv! Depois, passou a ser um típico super-herói americano. Agora, já totalmente estruturado, trata-se de um homem com uma missão, um herói relutante obcecado em cumprir seus desígnios.

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Arte da capa da primeira edição do meu livro didåtico sobre quadrinhos. Pintura digital feita no Corel Painter com montagem de papel queimado no Photoshop.

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Arte da capa da terceira edição do meu livro. Desenho à lápis colorido no Photoshop e montagem com fotografia de papel rasgado.

EM MEADOS DE 2010, lancei o livro “A Espetacular Arte de Desenhar Quadrinhos” pela Editora Senac. A ideia para esse título foi inspirada nas frases de efeito do mestre Stan Lee, por exemplo, “O Incrível Hulk”, “Os Fabulosos X-men”, “O Espetacular Homem-Aranha” e outros mais! No livro, que já está na terceira edição, coloco-me como personagem metalinguístico a fim de criar uma empatia maior com o leitor.

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Arte da quarta capa da terceira edição do meu livro de quadrinhos, que traz um capítulo sobre Mangá com ordem de leitura oriental. Desenho à lápis colorido no Photoshop.

O MANGÁ JÁ MASSIFICOU E COMPARTILHA espaço com os outros estilos de quadrinhos. Não é mais um fenômeno, mas ainda vende muito dada a sua natureza mais acessível e finita, pelo menos a grande maioria das séries. Você compra já sabendo que vai chegar ao fim. Em minhas aulas de mangá procuro mostrar aos mangakas iniciantes que os japoneses chegaram onde estão em termos de narrativa justamente por não se fecharem num casulo. Eles pegaram o que há de melhor no mundo e adaptaram para a sua cultura extremamente visual. Pesquisar é vital!

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Arte da abertura do capĂ­tulo de MangĂĄ. Desenho finalizado com bico de pena e nanquim sobre papel sulfite 60kg e retĂ­culas digitais do Photoshop.

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Arte produzida para o cartaz do Curso de Pintura em Aquarela (SESC).

INSPIRAÇÃO É AQUELA ÂNSIA DE CRIAR ALGO. Muitas vezes vem naturalmente. Outras, a partir de alguns estudos de referência. Quando falamos de inspiração, é comum as pessoas associarem a algo que aconteça do nada, quase como uma providência divina. E não é assim que funciona. Todos nós temos um repertório visual construído ao longo de toda a vida e é a partir desse repertório que surgem as idéias de criação. O artista que procura estar atento aos acontecimentos ao seu redor, sempre estará mais apto a produzir algo interessante.

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Trabalhos de demonstração do Curso de Desenho Retratista (SESC). Lápis de Cor Aquarelável sobre papeis diversos.

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Trabalho de demonstração para o Curso de Pintura em Aquarela (SESC).

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Caricatura em tinta AcrĂ­lica sobre papel sulfite 240g/m2 para o SalĂŁo de Humor de Volta Redonda - RJ.

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Arte para o cartaz da Oficina de Desenho de Humor (SESC). Pastel à óleo sobre papel Canson.

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Caricaturas de demonstração com Aquarela e Lápis de Cor Aquarelável (acima). Cartuns para o Salão de Humor de Volta Redonda - RJ. Aquarela e Tinta Acrílica (abaixo).

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Páginas de demonstração de arte-final para o capítulo “Quadrinização” do livro A Espetacular Arte de Desenhar Quadrinhos. Bico de pena (ao lado) e pincél (direita).

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Demonstração de arte-final. Caneta técnica, bico de pena e pincél.

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Página de demonstração para o Curso de Mangá (SENAC).

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Página-teste de “Solar”, personagem criado por Wellington Srbek. Nanquim e Photoshop.

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Página da hq para a coletânea “Capitão Rapadura 40 Anos”. Aquarela sobre papel algodão.

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Página da hq para a coletânea “Capitão Rapadura 40 Anos”. Aquarela sobre papel algodão.

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Aquarela e tinta acrílica sobre papel algodão. Retículas no Photoshop.

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Páginas do álbum “Tobias e o Boi da Cara Preta” (Editora Ornitorrinco). Aquarela e lápis de cor aquarelável sobre papel Canson.

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Aquarela e lápis de cor aquarelável sobre papel Vergê (abaixo) e sobre papel Canson (direita).

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Aquarela e lรกpis de cor aquarelรกvel sobre papel Canson.

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Turma do Penadinho. HQ produzida para o álbum MSP Novos 50 (Panini Comics). Colagem manual de fotografias e véu e tinta acrílica.

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Colagem manual de fotografias, tecido e vĂŠu e tinta acrĂ­lica.

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Ilustração produzida para o álbum “Mônica(s)” (Panini Comics). Colagem manual de tecidos, massinha de modelar, cola colorida e tinta acrílica.

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Ilustração para o cartaz do Curso de Ilustração Publicitária (Opa! Escola de Design). Esboço à lápis, vetor e papel queimado. Illustrator e Photoshop.

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Ilustrações publicitárias. Aquarela (acima) e Nanquim e Photoshop (ao lado).

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MEU PRIMEIRO CONTATO COM A ILUSTRAÇÃO foi para o meio publicitário, quando comecei um estágio no departamento de comunicação de Mracanaú, cidade da região metropolitana de Fortaleza. Peguei o finalzinho da fase “à mão livre” quando já existiam os computadores e os softwares gráficos como Corel Draw, Page Maker e Photoshop, mas que ainda eram artigos de luxo e custavam muito caro. Assim, era outra pessoa que digitalizava e coloria as minhas ilustrações feitas à mão. Depois, tratei de aprender a fazer essa parte do serviço e, desde então, executo todas as etapas da ilustração.

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Ilustraçþes para a capa e miolo da agenda 2012 (SENAC). Corel Painter, Illustrator e Photoshop.

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Ilustrações de capa e miolo para o livro “Armadilhas Empresariais” (Simone Pessoa). Corel Painter e Photoshop.

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Ilustraçþes para a Compassion do Brasil. Corel Painter e Illustrator.

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Ilustrações para o material didático de inglês (SENAC). Corel Painter, Illustrator e Photoshop.

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AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS INSTITUCIONAIS são sempre divertidas de fazer e mostramse um verdadeiro desafio, já que você fala diretamente para um público específico e diversificado, que vai desde funcionários de uma indústria têxtil a crianças do ensino infantil. Os temas, muitas vezes técnicos, precisam ser trabalhados dentro de um enredo que estimule a leitura e faça com que a pessoa assimile mais facilmente seu conteúdo. Como o leitor se vê, literalmente, no personagem, o objetivo acaba sendo cumprido.

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Ilustraçþes para o miolo de agenda escolar (esquerda) e hq institucional (ao lado). Corel Painter e Photoshop.

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HQ institucional para as Lojas Esplanada. Nanquim e Photoshop (ao lado). E a dif铆cil Vida de Camel么. Nanquim e Photoshop (direita).

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A CRIAÇÃO DE PERSONAGENS INSTITUCIONAIS, também conhecidos como mascotes, tem o mesmo peso da criação de uma identidade visual da empresa. O personagem representa uma espécie de segunda marca e o leque de possibilidades é imenso, podendo basear a criação em figura humana e bicho (os mais comumentes utilizados), embalagem, produto, objeto e planta (e/ ou vegetal e fruta). No entanto, não basta apenas colocar olhos e boca em um objeto inanimado. Para funcionar, o personagem precisa ter personalidade.

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A trupe de personagens para as lojas de roupas infantis O Circo (esquerda) e um elefante para uma marca de sorvetes (ao lado). Abaixo, uma mistura de palhaรงo com mestre do picadeiro.

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Cartaz para a Oficina de Desenho Cartoon (SESC). Na pรกgina ao lado, personagens de vรกrios tipos.

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Cartaz para seminário (esquerda) que faz uma brincadeira entre a ideia da gestão municipal e as pecinhas do pequeno arquiteto. Ao lado, peças para o Ministério do Trabalho e Emprego.

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Cartaz para seminĂĄrio: Todas as calçadas levam para todos os lugares (ao lado). Ă€ direita, campanha inspirada em jogos de tabuleiro.

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A ILUSTRAÇÃO PUBLICITÁRIA PRECISA SER mais direta e objetiva do que a editorial. No entanto, é sempre bom trabalhar com analogias e metáforas para deixar as peças mais criativas e fugir um pouco da mesmice. Sempre que posso, utilizo essa filosofia em meu trabalho. Isso faz com que a criação saia da obviedade das ideias. Gosto de buscar referências e inspiração em outros meios que não apenas o publicitário ou o editorial. Às vezes, até uma lembrança de infância serve para produzir um trabalho bacana.

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BIOGRAFIA Ilustrador, designer gráfico e diretor de arte nas áreas editorial e publicitária. Já trabalhou na FANOR/Devry, SESC e SENAC. É professor nos cursos de Design Gráfico, Design de Interiores e Design de Moda do Centro Universitário Estácio do Ceará. Autor do livro A Espetacular Arte de Desenhar Quadrinhos (Editora SENAC Ceará, 3ª ed., 2010) e do livro infantil Tobias e o Boi da Cara Preta (Editora Ornitorrinco, 2013) Participou do álbum MSP Novos 50 – Maurício de Sousa por 50 Novos Artistas (Panini Comics, 2011) com a hq “A Turma do Penadinho: Boas-vindas!” e da coletânea Capitão Rapadura 40 Anos (Armazém da Cultura, 2013) com a hq “Os Fantasmas dos Gibis Passados”. Autor da ilustração “Estrelinha Mágica” para o livro Mônica(s) (Panini Comics, 2013). É também ilustrador do caderno de economia Mercado Aberto do jornal Folha de S. Paulo.

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