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A história por trás do iPad Quem manda: iPhone ou Nexus
O que Eike Batista quer com a Apple Entrevista com o criador de Rangers
NOV/2010
O medo da maçã
Fa s t e r than you can
run!
Opinião
Steve Fala Os criadores de software esperam lucros elevados com os jogos e outros aplicativos que estão projetando para o iPad, mas o avanço da Apple no setor de publicidade móvel vem causando preocupações no setor. A Apple anunciou no mês passado que sua rede de publicidade, iAd, venderá publicidade nos aplicativos de software criados para o iPad e iPhone, e tem por objetivo melhorar sua qualidade e sua relevância para os consumidores. Mas em seu novo acordo com os programadores, a Apple proíbe que dados sobre o uso dos aplicativos sejam transferidos a empresas externas de análise de dados. As redes publicitárias rivais, como a do Google, usam essas análises numéricas para determinar o grau de sucesso de um anúncio online em termos de se atingir a audiência visada.
A inclusão digital realmente ocorreu? Dilma Rousseff
Presidente do Brasil Você veja bem, não é porque a economia melhorou com o FHC que as pessoas passaram a comprar mais. Temos que tergiversar mais sobre o assunto, já que é algo assim, um tanto quanto, eu diria, talvez, mas muito provável, de ser bem próximo à importância máxima que devemos discutir isso no Brasil.
José Serra Professor
O Plano Real foi essencial para que a economia brasileira encontrasse seus rumos e pudesse, a partir de uma estabilização monetária, avançar no médio e longo prazo. O que colhemos agora, é fruto de atitudes tomadas há mais de oitos anos. E essas atitudes, tem demonstrado que o brasileiro consegue consumir e quer consumir o que há de melhor em tecnologia, incluindo computadores, ipads, iphones, notebooks. Devemos estar atentos aos avanços internacionais e desenvolver nosso próprio avanço.
Expediente Disciplina: Planejamento Gráfico Professor: Mário Sales Turma: 2o. Matutino Aluno: Leonardo Caruso Curso: Jornalismo www.bytetheapple.com | Novembro 2010 | ByteTheApple 03
Editorial
Apple em todo lugar Sérgio Miranda Em setembro último, ministrei uma palestra para alunos do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Univel, na cidade paranaense de Cascavel. O convite foi feito pelo macmaníaco de primeira hora, Elvis Lima. Como não era um evento focado especificamente em Mac, me pediram para falar sobre tecnologia e Apple. Comecei uma pesquisa histórica para montar minha apresentação (já seguindo as lições aprendidas ao ler o livro Faça como Steve Jobs). Rapidamente comecei a perceber que praticamente todas as tecnologias que avidamente usamos hoje ou foram criadas pelos engenheiros da Apple em Cupertino ou tiveram a ajuda da empresa para se tornarem um padrão de mercado. Não acredita? Pois, então, senta que lá vem história. Em primeiro lugar, a Apple criou o computador pessoal. Isso ninguém questiona. O Apple I, de 1976, e o Apple II eram muito mais úteis do que o Altair, considerado o primeiro PC do mundo. Mas ele era apenas uma caixa grande com um monte de pequenas luzes que precisavam ser programadas para acenderem e apagarem, só isso. O Altair não fazia contas nem tinha cores. O Apple II revolucionou o mundo e transformou a Apple em uma das principais empresas de tecnologia do mundo. E abriu os olhos da gigante IBM, que começou a perceber que esse negócio de microcomputadores podia dar uma grana. A interface gráfica não foi uma invenção de Steve Jobs. Mas ele foi o primeiro a perceber o verda-
Sergio Miranda e Brenno “Macmasi” na Apple Shop da Fnac Paulista
deiro potencial dessa ferramenta. Com as ideias “copiadas” da Xerox, Jobs colocou todos os seus esforços no projeto Macintosh, que foi o primeiro computador vendido ao público comum com esse recurso, hoje tão essencial. Ícones, janelas e mouses hoje são padrão na indústria mas, em 1984, eram algo de outro mundo. Vídeo e áudio no computador? O QuickTime, de 1991, foi a primeira plataforma multimídia do mundo, permitindo que hoje pudéssemos ter discotecas e cinematecas digitais. Redes sem fio? A Apple saiu na frente ao criar o AirPort e instalálo nos iBooks. E por falar em computadores portáteis, os primeiros PowerBooks traziam conceitos revolucionários, como o apoio para o pulso e o trackpad. E o que dizer do iPod? É claro que não foi a Apple que inventou o tocador de MP3, mas seu produto tornou-se sinônimo de uma nova era. O mesmo pode ser
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dito do iPhone, que grandes marcas tentam copiar insistentemente, e do iPad, que ainda está gerando uma leva de imitadores, preocupados com a dianteira que a empresa comandada por Steve Jobs já assumiu no mercado de tablets. Como dissemos, nem tudo que usamos hoje foi inventado pela Apple, mas ela sempre esteve à frente das outras, transformando em um padrão de mercado sonhos tecnológicos criados em laboratórios. Por isso, se você é um usuário de computadores pessoais (sejam Macs ou PCs rodando Windows), tem uma rede sem fio em casa, assiste a filmes na tela do Mac, escuta todos os seus CDs em um aparelho que cabe no bolso, não se esqueça de, em suas preces antes de dormir, agradecer à Apple pela graça tecnológica alcançada. É isso. Editor (@macmais) Imagens: Divulgação
Sumario Entrevista
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Capa
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Entrevista com o cartoonista e criador do desenho Ranger, Fábio Yabu
Perfil
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Confira o perfil de um brasileiro que cria aplicativos para iPhone
Reportagem
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Eike Batista pretende abrir fábrica da Apple no Brasil
Mercado
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Investimentos na Apple e o ano do iPad
Analises
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Roteador minimalista da Apple vem com saída USB iPhone ou Nexus, quem tem a melhor tela?
A evolução dos tablets da Apple até o iPad
Em Pauta
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Porque a Microsoft se inspira na Apple
News
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As novidades da maçã!
Coluna
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A mudança de como as pessoas veem o Macintosh www.bytetheapple.com | Novembro 2010 | ByteTheApple 05
Entrevista
Quase por acaso Sérgio Miranda
Por Sérgio Miranda; Fabio Yabu (@fabioyabu) é um veterano. Do alto de seus 31 anos, já conhece o sucesso. “Quando vou a eventos, alguns fãs me dizem que aprenderam a ler com os Combo Rangers. Fico me sentindo muito estranho”, diz o criador das Princesas do Mar, desenho animado que já conquistou o mundo e agora é exibido na TV aberta brasileira (TV Cultura). Yabu começou na internet, onde foi um pioneiro da animação usando Flash, passou pelas revistas em quadrinhos e chegou à TV. Sempre com o mesmo bom humor e estilo simples, porém cativante. O sucesso das Princesas do Mar gerou muitos frutos. São cerca de cem produtos licenciados, de cadernos a bonecas de todos os tipos. “Tudo aconteceu muito organicamente, desde a criação dos personagens, em 2004. Lancei quatro livros, depois veio o desenho animado. Foi a primeira vez que tive um plano de obra”, explica. Trabalhando em em casa, já que sua equipe de trabalho divide-se entre a Austrália e Espanha, Fábio não para de criar. Já está produzindo dois novos projetos: um desenho animado com dinossauros e unicórnios e um filme. Tudo isso com a ajuda de um iMac, um MacBooks, um iPhone, uma mesa Cintiq da Wacom e muita criatividade.
E pensar que essa história começou com um simples envelope desse fã do Lanterna Verde… MAC+ Quando você percebeu que queria trabalhar com quadrinhos, com desenho? Fábio Yabu Desde sempre. Quando eu tinha nove, dez anos, já desenhava, criava minhas historinhas. Nem sabia que era possível viver daquilo, mas eu já queria ficar só desenhando. MAC+ Quais foram os seus primeiros personagens? FY Os mais conhecidos foram os Combo Rangers, que desenhei de 1997 a 2003. Eles começaram na internet e depois viraram uma revista. Foi assim que tudo começou. MAC+ Nenhum outro antes dos Combo Rangers? FY Ah, tive alguns, mas eram coisa de criança… Teve um, sim, agora me lembro. Foi o Pacificador, que veio antes dos Combo Rangers. Ele era um tipo justiceiro, e depois acabou entrando como personagem fixo do elenco. Cronologicamente, ele surgiu antes. MAC+ Você se lembra qual foi seu primeiro trabalho publicado? FY Lembro! Foi um desenho do Lanterna Verde publicado na revis-
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ta Wizard, da Editora Globo, onde trabalhava um tal Sérgio Miranda, conhece? [risos] MAC+ Esse empurrão o ajudou a tomar a decisão de tornar-se artista? FY Na verdade, coincidiu com uma época meio mágica, que foi o nascimento da internet no Brasil. Foi nesse momento que as pessoas começaram a perceber que era possível produzir e publicar seu próprio conteúdo. Eu queria fazer as
e eu era muito mais inteligente, tinha muito mais conexões neurais do que hoje! [risos] MAC+ Em cerca de três horas você já tinha um site e personagens publicados? FY Isso mesmo. Sem a necessidade de alguém me dizendo o que eu devia ou não fazer. MAC+ Geralmente, os personagens saem do papel e vão para outras mídias, como o cinema. Você pode ter sido o primeiro a criar uma história na internet que depois virou uma revista? FY Não sei, mas os Combo Rangers foram pioneiros no caso de personagens que nasceram na Web e depois viraram HQ. O primeiro número, se não me engano, foi publicado em 2000, três anos após o lançamento na internet. MAC+ Naquela época você já usava Mac? FY Não, eu usava outros computadores… [risos].
minhas histórias, mas não necessariamente na mídia impressa. Lembro claramente quando criei os Combo Rangers. Fiz tudo em uma noite. Comecei a desenhar por volta das 22 horas e à uma da madrugada, o site já estava no ar. Eles foram criados diretamente na internet. Peguei a versão do software Flash da época, que era uma tecnologia muito nova, e já comecei a desenhar. Era tudo mais simples do que é hoje, Imagens: Divulgação
MAC+ Quando você passou a usar um Mac? FY Comprei o primeiro um pouco depois do lançamento do iMac, no final dos anos 1990, antes do lançamento da primeira revista dos Combo Rangers. MAC+ E você acompanha os lançamentos da Apple? FY Sim, assisto a todas as keynotes de Steve Jobs, baixo-as pelo iTunes para ver com calma. MAC+ O que mais chamou sua atenção no Mac? FY Foi a questão da confiabilida-
de. Os PCs rodando Windows não oferecem isso até hoje. É você começar um desenho e terminar sem qualquer imprevisto, salvo queda de energia, que não dá para prever! Esses problemas, no PC, me deixavam muito irritado. MAC+ As ferramentas para criação na web sempre foram mais direcionadas ao Windows. Isso não era um entrave? FY Acabei usando as duas plataformas durante algum tempo. Isso começou a mudar com o lançamento do Firefox. Para mim, ele foi um divisor de águas, porque foi nesse momento que a internet no PC e no Mac ficaram iguais. A partir daí, pude dar adeus ao Windows em definitivo. MAC+ Já trabalhou com uma equipe ou sempre foi um artista solitário? FY Quando comecei, eu fazia tudo, escrevia e desenhava. Com a revista, por conta de toda a logística envolvida, como a gráfica, era preciso fazer duas edições por vez para economizar os custos, por isso, tinha uma equipe de três pessoas – o projeto chegou a ter sete pessoas envolvidas. Direto no Mac O método de trabalho é bem simples: primeiro, desenhar à mão livre no papel, como qualquer mortal, depois digitalizar o trabalho usando um iPhone e finalizar os esboços usando uma Cintiq da Wacom conectado em um iMac. MAC+ E hoje, como é sua equipe? FY Ela é toda virtual. Uma parte do desenho das Princesas do Mar é feita na Austrália e outra, na Espanha. Daqui eu coordeno o roteiro, o design dos personagens e ajudo na direção. Também pretendo tocar meus novos projetos dessa maneira, virtualmente. De vez em quando, é preciso de uma reunião, mas tudo é feito pela internet.
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MAC+ As Princesas do Mar foram seu primeiro trabalho a chegar à televisão. Como foi esse processo? FY As Princesas do Mar têm uma história interessante. Quando comecei com os Combo Rangers, eu era muito jovem, tinha 17 anos. O meu público, no máximo, tinha a minha idade, mas era geralmente bem mais jovem, com 10 anos, um pouco mais, um pouco menos. Só que essa molecada, hoje, já passou dos 20 anos e já tem filhos. Eu já tenho duas gerações que conhecem e apreciam meu trabalho. Percebi, ainda na época dos Combo Rangers, que as coisas aconteciam por inércia. Comecei algo na internet, que foi crescendo, mas nada daquilo foi planejado. Eu fazia tudo sozinho, depois precisei de uma equipe, vieram os produtos licenciados, mas nada disso foi feito como se eu soubesse qual seria o próximo passo. Tudo ia acontecendo. Peguei umas crises mundiais terríveis, in-
clusive a “Bolha da Internet”. Isso influenciou meu trabalho. Por conta disso, resolvi que teria um projeto mais elaborado, com autoridade. Eu já conhecia o público, as ferramentas. Queria começar direito, com um plano. Então, arrisquei fazer um trabalho para uma audiência diferente, meninas de 4 a 6 anos de idade. Comecei do zero. Foi um movimento arriscado, mas que deu certo.
ção em jogos e animação 3D com realidade almentada. Realmente Vale a pena investir num conteúdo e equipamentos apple para sua casa.
MAC+ Como é o seu processo de trabalho? Desenha direto no computador? FY Ainda faço muita coisa no papel. Depois digitalizo e passo para o Mac. Ultimamente, tenho fotografado os desenhos com o iPhone e depois finalizo no Mac, usando uma Cintiq, da Wacom.
MAC+ Os Combo Rangers já eram feitos em Flash, em uma época em que os profissionais ainda usavam celulóide para animar… FY Foi muito engraçado, porque, quando comecei a animar personagens e também desenhar diretamente no Flash, o programa não tinha essa função definida. Eu fui a uma convenção da Macromedia, que era a dona do software, mostrei meu trabalho e eles me disseram que não sabiam que o Flash podia fazer aquilo. E hoje a quantidade de desenhos e videogames usando Flash é muito grande.
MAC+ A animação é feita apenas no computador? FY Sim, usando Flash e CelAction, um software específico para utiliza-
MAC+ Você se sente um precursor desse novo mercado? FY Acho que não, isso teria acontecido de qualquer jeito. Várias pes-
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soas já trabalhavam da mesma maneira que eu; talvez, eu tenha sido mais rápido para assimilar a nova tecnologia. MAC+ Dá para dizer que você se sente realizado? FY A natureza do meu trabalho é muito dinâmica. Quando você cria uma série para a TV, hoje, não é como antes, quando se criava algo para durar muitos anos. A única exceção que eu vejo a isso são Os Simpsons. Série animada não tem mais essa pretensão de durar tanto tempo. Desenhos fantásticos, como a Batman: Brave and the Bold, teve duas temporadas. Isso não é um demérito, é a nova natureza do mercado de animação. Os canais precisam trocar a grade muito rápido. A Warner, por exemplo, faz um desenho do Batman, que vai superbem, estoura, mas eles param e fazem outro, completamente diferente. De um ano para outro, tudo muda. MAC+ E por que isso acontece? O público muda… FY Isso também, mas existem muitos canais, e a demanda se altera muito rápido. O meio audiovisual está mudando muito rápido. MAC+ O público está migrando da TV para a internet? FY Sim, mas não é só para a internet. Temos muitas plataformas portáteis de videogame, como Nintendo DS, PSP, que são para o público mais jovem. A velocidade das mudanças é muito grande. MAC+ Quanto tempo de vida, então, terão as Princesas do Mar? FY Elas existem na TV desde 2007 e foram produzidos 104 episódios. Não sei se haverá uma renovação nisso. MAC+ E já tem algum novo projeto? Imagens: Divulgação
FY Sim, já estou trabalhando em novos personagens. São os Unicórnios e Dinossauros. Eles não são inimigos, na verdade, são duas equipes, uma de meninos e seus dinossauros e outra de meninas, com os unicórnios, todos lutando contra um inimigo em comum. Além disso, já tenho um projeto para o cinema, que está bem encaminhado, um filme chamado A Última Princesa, mas não tem nada a ver com as Princesas do Mar. Ele foi pensado
em um público mais família, de meninas de 6, 7 anos até os pais. MAC+ Quais os softwares você usa normalmente? FY Deixe-me pensar… Excel… [risos] Brincadeira! Photoshop e Illustrator. Uso um pouco o Painter, da Corel, mas o considero muito instável. Flash, hoje em dia, uso muito pouco. Meu trabalho é criar os personagens, desenhar. A animação fica por conta do pessoal lá fora.
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Perfil
Conheça Maurício Junior, um desenvolvedor brasileiro de
aplicativos Apple Leonardo Caruso O mundo da App Store é muito grande e diversificado. Estamos tão acostumados com produtos vindo de outros países, que muitas vezes esquecemos de valorizar os desenvolvedores nacionais. A MAC+ apresenta aqui o Mauricio Junior, desenvolvedor dos aplicativos iGas, iCantada e iMoveDeveloper. Mauricio é analista de sistemas e trabalha para uma empresa que desenvolve softwares para bancos. Ele não é nenhum novato em desenvolvimento de aplicativos; Mauricio tem sete livros publicados na área de desenvolvimento de software, pela editora Ciência Moderna. “Eu comecei por uma paixão de adolescente. Gostava de fazer software, mexer com computador e ver funcionar, ver as pessoas usando. Isso era uma satisfação pra mim que até virou livro”, contou Mauricio em entrevista à MAC+. Em seu site, é possível ver os aplicativos desenvolvidos por ele, muito úteis para o nosso dia-a-dia e alguns engraçadinhos, como o iPum e o iCantada. O primeiro a ser aprovado na App Store foi o bem pensado
iGas, um sistema que controla os gastos do usuário em relação ao consumo de gasolina do carro. Mauricio começou a fazer aplicativos para a Apple depois de ver o sucesso que o iGas fez na plataforma Windows Mobile. “Tinha mais de 4 mil downloads dele (gratuitamente) pelo meu site pessoal, sem qualquer divulgação ou propaganda contratada. Com isso resolvi estudar Objective-C para desenvolver também para o iOS“, explica. iGas, o primeiro aplicativo de Mauricio Jr. aprovado na App Store Mauricio tem versões em iOS e em Windows Mobile de seus aplicativos e acredita que a diferença entre usuários de Windows e Mac está diminuindo, por causa da diversidade de aparelhos mobile e sistemas operacionais. Mas a Microsoft ainda enfrenta alguns problemas. “Os produtos da Apple tem uma equipe que testa [os aplicativos], tentando manter uma certa qualidade, enquanto isso a Microsoft ainda não tinha
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uma loja para gerenciar esse tipo de distribuição”, analisa o desenvolvedor. A aprovação do aplicativo pela Apple não levou mais de 10 dias. “Eu fiquei muito feliz com a conquista que tinha conseguido. Senti como quase tivesse ganhado na Mega Sena, pois meus amigos desenvolveram outros aplicativos que foram rejeitados e o meu aprovado”, contou. Mauricio hoje tem 10 aplicativos aprovados pela Apple e o mais baixado é o iMoveDeveloper, que possui vídeos e podcasts publicados por uma comunidade de software que ensina o desenvolvimento passo a passo. “Essa comunidade eu sou o gerenciador e tem mais de 1.900 acessos novos dia. Mais de 6.000 usuários ativos. O aplicativo é free e tem sido baixado em torno de 55 vezes por dia em todo mundo. O software é em inglês e possui vídeo / podcast em várias línguas. Tá certo que não é um número muito grande diariamente mas como diz a minha
Acima: tela do iGas, que calcula o gasto de gasolina e do iMove, util na criação de vídeos
avó ‘de grão em grão, a galinha enche o papo’”, disse Mauricio, orgulhoso do aplicativo. O iMoveDeveloper, um outro aplicativo muito baixado é o iPum, que tem vários tipos de som. Mauricio contou que fez o app de brincadeira, mas a ideia deu certo. Em dois meses, foram mais de quatro mil downloads. A versão free tem três tipos de som e a full, tem mais de Imagens: Divulgação
15 sons maneiros. O desenvolvedor tem mais de cinco aplicativos esperando pela aprovação da Apple, entre eles, um livro gratuito ensinando a programar para a web, e o primeiro seu primeiro jogo. Mauricio deixa uma dica para os colegas desenvolvedores: “Procure sempre estar no meio do mercado, mesmo que as tecnologias sejam diferentes e você
tenha que estudar um pouco mais uma ou outra linguagem de programação. É sempre bom poder conhecer as tecnologias e depois optar pela que mais gosta. E você pode atuar no desenvolvimento de aplicativos em qualquer área que conhecer.” Quer ver quais os outros aplicativos do Mauricio? Visite o site dele e descubra aplicativos que podem facilitar a sua vida.
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Reportgagem
Eike Batista quer trazer fábrica da Apple para o BRASIL Felipe Zmoginski
O empresário Eike Batista movimentou o mundo Apple no Brasil na semana passada. O oitavo homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, disse ao jornal Estado de S. Pauloque está negociando a instalação de uma montadora de produtos da Apple por aqui. Eike disse que já começou a conversar com dois grupos na Ásia que fazem a montagem dos produtos de Cupertino. A fábrica ficaria em Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro e pertenceria à LLX, empresa de logística de Eike. A expectativa da empresa é que sejam atraídos cerca de US$ 36 bilhões em investimentos. Eike disse em seu Twitter que gostaria de montar a fábrica no Brasil, o que causou rebuliço entre os macmaníacos, esperançosos em ver o preço de seus produtos favoritos por um valor menor. “Temos interesse em atrair fabricantes de tecnologia digital para o Açu, por considerar o setor impor-
tante, inclusive a Apple #EquipedoEike” Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Eike disse: “Sim, sim, a gente quer trazer. Por que a gente (no Brasil) tem de pagar duas vezes e meia o preço de um iPad? (…) Nós merecemos. Estou me esforçando para isso, sim”. No entanto, não foram informados nomes das montadoras ou estimativa de investimento para implantar o projeto. “Estou abordando as empresas que fazem essa montagem na Ásia. Não é a Apple, a Apple tem de aprovar depois. Você fala com as empresas que montam esses aparelhos para a Apple. Então, a conversa é com dois grupos. Estamos procedendo nessas conversas”, disse o empresário. Mas pode ser que o sonho dos usuários em ver os Macs a preços mais acessíveis não se torne realidade tão cedo. A Foxconn, empresa que monta o iPhone, já possui uma fábrica no Brasil, em Indaiatuba, mas não produz o iPhone 4. Este homem gosta de falar. Eike Baptista é o homem mais rico do
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Brasil, gestor de companhias altamente lucrativas e controlador de empresas sólidas e capitalizadas. É difícil achar no país alguém com melhores credenciais para patrocinar a produção local de produtos Apple. Tanto para a fabricante do iPhone quanto para Eike, seria um ótimo negócio. Uma consultoria tributária calculou que o preço dos gadgets da maçã cairiam até 50% se fossem montados nacionalmente, como já acontece com máquinas da Dell e HP, por exemplo. O design é feito na Califórnia, os componentes fabricados na China e depois integrados em Manaus ou em fábricas no interior do Rio ou São Paulo. Com a ascensão de uma nova classe média e financiamento em expansão, uma avenida de oportunidades permitiria multiplicar a venda de iPhones e Mac Books do Brasil. Apesar de tudo isso, é improvável que a ideia de Eike se torne realidade. Primeiro, porque a Apple se sente confortável com suas fábricas na China e, como vem demonstran-
do lançamento após lançamento, não está nem aí para o Brasil – a despeito dos avanços econômicos e do crescimento do mercado de consumo local. Segundo e – talvez mais decisivo – é que o estilo de Eike vai na contramão de tudo que a Apple mais valoriza: discrição, sigilo e surpresa. Cada pequeno projeto, acordo ou upgrade de modelo na companhia conduzida por Jobs é feito com o segredo de uma operação militar. Ao declamar seus planos de atrair a Apple para o Brasil, dar entrevistas e até tuitar sobre o assunto, Eike se descredencia para ser parceiro da maçã. Se um dia vier fabricar suas máquinas no Brasil, a Apple vai procurar um parceiro, digamos, mais mineiro e menos Eike. Imagens: Divulgação
Acima, Fábrica de montagem dos famosos Tablets de leitura iPad. Abaixo, loja da Apple em Nova York, local de lançamento do iPad
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Mercado
Investidores apostam em ações da Apple
Leonardo Caruso SAN FRANCISCO - As ações da Apple vêm registrando alta acelerada nos últimos 12 meses, mas, com a aproximação da data de anúncio dos resultados trimestrais da companhia, ninguém em Wall Street parece disposto a classificá-las como “sobrevalorizadas.” A Apple, desfrutando das fortes vendas do iPhone e Mac, deixou para trás as estimativas médias dos analistas nos últimos trimestres. Isso, combinado ao alto entusiasmo pelo lançamento do iPad, ajudou a conduzir as ações da empresa a recordes de alta. Analistas afirmam que as ações da Apple continuam atrativas --se não baratas--, antes do anúncio de resultados marcado para a próxima terça-feira. Os investidores estão de olho em novos catalisadores que podem estar se aproximando --o lançamento de um iPhone para a Verizon Communications e a manutenção do ímpeto do iPad. Observadores do setor dizem que, para avaliar as ações da Apple, é preciso combinar arte e ciência, já que comparações com rivais são difíceis, tanto em termos atuais quanto de séries.
Jobs é eleito CEO da década pela revista Fortune
“Avaliar as ações da Apple é quase adivinhação,” disse Ashok Kumar, analista da Rodman & Renshaw. “Mas é uma das poucas histórias firmes de crescimento na tecnologia, com a ressalva de que eles ainda dependem muito do iPhone.” “Se você tirar seu dinheiro da Apple, onde o investiria? Ninguém mais oferece o mesmo,” disse. A Apple está sendo negociada a 21 vezes sua estimativa de lucros, mas é difícil compará-la diretamente aos concorrentes devido a um conjunto único de produtos que combina computadores, celulares inteligentes, bens de consumo eletrônicos e conteúdo.
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Por exemplo, a maior fabricante mundial de computadores, Hewlett-Packard, tem múltiplo de 12 vezes sua projeção de lucros, enquanto a Research in Motion, gigante dos celulares inteligentes, oferece múltiplo de 14 vezes e o grupo de varejo online Amazon.com tem múltiplo de 50 vezes. “Não é possível comparar a Apple a outras empresas; só se pode avaliá-la matematicamente,” disse Daniel Ernst, analista da Hudson Square Research. Ele estima o valor das ações da empresa em 300 dólares americanos e ingleses, o dobro em euros, e as vê como ainda subvalorizadas.
2011 tem tudo pra ser o ano do iPad Halex Pereira Tiernan Ray, da Barron’s, fez um belo trabalho não de análise, mas de compilação das previsões que já foram feitas sobre o mercado de tablets no ano que vem. A situação está tão nebulosa que cada diagnóstico revela um cenário completamente diferente, mas todas concordam em dois pontos: o iPad vai continuar no topo do segmento de tablets e os PCs tradicionais vão sofrer. No extremo conservador, temos o Citigroup: sua previsão aponta a venda de 35 milhões de tablets em 2011, 75% delas sendo iPads. Os PCs, por sua vez, vão deixar de vender 11 milhões de unidades por conta de tais gadgets — ou seja, mais ou menos a cada três tablets vendidas, um PC fica nas prateleiras. No meio, temos a FBR Capital Markets, que prevê a chegada de 70 milhões de tablets ao mercado, sendo 40 milhões da Apple e os resto das demais fabricantes. Os computadores tradicionais vão sofrer um pouquinho mais, segundo os números dela: para cada cinco tablets nas mãos de consumidores, dois PCs vão ficar sem um lar, totalizando 28 milhões de “caminhões” nos pátios das montadoras. Imagens: Divulgação
Já para o DigiTimes, as tablets vão arrasar: 100 milhões de unidades vendidas em 2011, 70 milhões só da Apple! Eu tenho lá minhas dúvidas se a Maçã conseguiria fabricar quase 6 milhões de iPads por mês, mas vamos supor que sim: é coisa pra caramba, são 50% mais iPads por mês do que no último trimestre inteiro. Até o mais apaixonado dos fanboys teria lá suas dúvidas quanto a uma capacidade de produção dessas… No extremo conservador, temos o Citigroup: sua previsão aponta a venda de 35 milhões de tablets em 2011, 75% delas sendo iPads. Os PCs, por sua vez, vão deixar de vender 11 milhões
de unidades por conta de tais gadgets — ou seja, mais ou menos a cada três tablets vendidas, um PC fica nas prateleiras. rkets, que prevê a chegada de 70 milhões de tablets ao mercado, sendo 40 milhões da Apple e os resto das demais fabricantes. Os computadores tradicionais vão sofrer um pouquinho mais, segundo os números dela: para cada cinco tablets nas mãos de consumidores, dois PCs vão ficar sem um lar, totalizando 28 milhões de “caminhões” nos pátios das montadoras. O kit que será vendido pela emprasa ano que vem inclui: iPad, capa e fones de ouvido.
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Capa
A História dos
L iquid Pubs O Apple Newton MessagePad, da Apple ‘falhou’ e o PDA está sentado na minha mesa. É um modelo final de 2100, que foi a última iteração de Newton MessagePad. Voltemos para 1998. Toda vez que eu usar um, eu penso imediatamente de um comprimido computador, tanto por seu tamanho e funcionalidade: é muito mais do que apenas uma pequena, simples PDA. Mas é mais nostalgia do que qualquer coisa: o Newton foi muito bem antes de meu tempo. Hoje, a tecnologia é um pouco mais avançado do que quando o Newton teve a sua execução. De poderosos processadores móveis e chips gráficos, para telas de alta resolução e conectividade de alta velocidade sem fio, móvel dispositivos hoje bem eclipse não só o Newton, mas até o mais consumidor computadores desktop poderosa da época. O Newton é um dispositivo de interessante, porém, não menos do que pois gerou toda uma indústria de PDAs. É o que
o Newton exemplifica que é notável. Ou seja, era o auge da Apple pesquisa prévia e desenvolvimento de portáteis, ardósia-like (comprimido) computadores. Agora que a Apple lançou o IPAD líder de mercado, com uma barragem de tablet PCs e outros eReaders dedicado a inundar o mercado, é vale a pena olhar para trás e ver onde tudo isto veio. O foco estará na Apple, e sua história com computadores tablet. história da Apple com computadores tablet re-
monta a pelo menos 1979. Um bom estoque das seguintes imagens e as legendas associadas / background informações são si a partir do livro, AppleDesign, O Trabalho do Grupo de Design Industrial da Apple, por Paul Kunkel / Fotos de RickInglês (1997). Rolando as cortinas ... A Apple Graphics Tablet (1979) - foto à esquerda - foi o início dos computadores tablet da Apple. É um exemplo grosseiro
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de um moderno Wacom Tablet. Como ilustrado em 1981 Apple Catálogo Primavera, “A Apple Graphics Tablet transforma o seu sistema Apple II em tela de um artista. A tablet oferece um meio interessante, com um fácil de usar “ferramentas” e técnicas para criar e exibir informação pictórica “. Ele foi desenvolvido pela Summagraphics e usa Magnetoestricção. Os fios internos em liga de localizar uma caneta no x, y e z do eixo pontos. Software de direito, “Utopia Graphics System”, desenvolvido pelo músico Tod Rundgren, foi o programa de pintura que ele trabalhou. Passando ao longo de 1983 ... Foi em 1983, e uma nova empresa, a Frog Design, foi contratado pela Apple para chegar com desenhos de muitos dos novos produtos da Apple, tanto reais quanto imaginários. acanhado foi o início da investigação da Apple para ‘true’ computadores tablet. Frog Design foi a empresa de design principal que foi
Apple Tablets responsável pela Apple tras empresas de informáBranca de Neve lingua- tica eram liderados pelas gem de design industrial restrições da engenharia. usado na maior parte da Coisas que é suposto ser década de 1980. grande e feio primeiro, Foi essa nova lingua- então embelezou muito gem de design da Apple mais tarde, quando as que separava os seus no- partes subjacentes se mivos produtos desses pro- niaturizado e simplificado. dutos predicado com sua Mas a Apple tomou o tipo linguagem de aborA linguagem de design antigo. dagem de A Apple deu de design Snow c o l o c a r início a este o carro movimento do White permeava os a d i a n t e design novo, produtos da Apple dos bois. porque ele Hoje, a queria ser um em torno de 1984 A p p l e mundo emprea e até o final da exerce sa de informámesma década. tica de classe Política: com um belo leva dedesign. Foi verdadeira- sign, engenharia segue. mente primeiro projeto, A linguagem de design se preocupar com a en- Snow White permeado genharia mais tarde. De os produtos da Apple de fato, muitos dos desig- cerca de 1984 até o final ners envolvidos com os da década. Foi caracteriprojetos que você vai ver zado por uma sutil off cor tinha pouco-a-nenhum branca ou clara (platina), experiência na criação de cinza, elementos de decomputadores. Mas eles sign minimalista, entre foram melhores designers os outros. Exemplos de em seus campos. Numa produtos que utilizavam altura em que o compu- essa nova linguagem de tador pessoal estava em design foram: Apple IIc, sua infância, foi um abor- Macintosh II, o Macintosh dagem ambiciosa para Portable e muito mais. operar dessa maneira. A Os modelos tímida, almaior parte todas as ou- guns dos primeiros deseImagens: Divulgação
nhos conhecidos Branca de Neve conduzido, eram conceitos simples. Eles fizeram, no entanto, conduzir a mais de trabalho na mesa computadores. Inspiração... Tímido é visto em ambos os 24HourMac eo BookMac, além da Tele-
phoneMac, que são retratados acima. Um pergunta interessante, em associação com BookMac: será que a Apple ter seu nome para a sua linha atual de notebooks da MacBook ... De qualquer forma, enquanto os projetos para, nomeadamente, o 24HourMac eo BookMac
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estavam em andamento, Jobs estava trabalhando para tornar o painel plano de líquido tela de cristal (LCD), uma realidade prática. Sem a tecnologia ea meios de produção, nenhum desses projetos teve qualquer chance de ser produzida, uma vez que o monitor de tela plana era o elemento mais importante da cada um. Mas a tecnologia era praticamente inexistente no consumidor espaço, além de ser em pequenas calculadoras, e alguns primeiros-PDA-like dispositivos. Jobs estava em contato com a faculdade Cozinha queda Steve-out, a partir de uma pequena empresa
chamada Woodside De- a ser concretizadas, Jobs sign em Silicon Valley. Co- apresentou um trabalho zinha havia inventado um 4 x 4 tela plana polegatela plana, e ela é portátil das com placa de diretoe eficiente res da Apple Só isso já teria em 1985. o suficiente para ser mudado o curso de Com um 20 usado em milhões dóum portá- todo o computador lares de intil da Apvestimento, cronologia ple como o ele afirmou evolutiva da BookMac ou que poderia o 24Hourter 20.000 indústria da Mac. Com a de tela plapalavra de na mostra computação uma tecnoque saem logia de exibição susten- da linha de produção, por tável de tela plana, um mês, até o segundo sedesign de painel plano ra- mestre de 1986. O consepidamente revelou-se na lho pediu emprego para Apple (veja foto à esquer- baixo. da - 1985). Mas foi uma época Pouco tempo depois conturbada de criação de estes projetos chegaram empregos, já que ele es-
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tava à beira de ser ejetado da Apple para uma variedade de razões, todas sob o comando do então CEO John Sculley. Até o momento 1985 acabou, Jobs não estava mais trabalhandona Apple. Jobs tinha ainda sido favorável no momento, há uma boa chance de que ele não teria ficado apenas na Apple, mas ele teria sido concedida a dinheiro para prosseguir com suas iniciativas de tela plana. Se isso tivesse sido o caso, os dispositivos de ardósia-like como o BookMac 24HourMac e, em Além de monitores desktop tela plana em todas as desktop da Apple computadores, provavel-
mente teria existido. Só isso já teria mudado o curso de todo o computador cronologia evolutiva da indústria. É plana exibe painel que fizeram computação móvel possível. Sem eles, smartphones e tablet PCs não pode existir. Assim, a computação móvel teria evoluído em muito mais rápido taxas, porque a tecnologia central - visores, tela plana teria existido, em formas sustentáveis de produção e uso do consumidor muito mais cedo. Assim, a década de 1990 teria sido muito diferente de uma década para computadores. Poderia ter sido uma década de computação móvel. Imagens: Divulgação
E, para desktops, que à direita), não vendeu teria sido mais de uma bem, e foi recebido com década em que todos os críticas mistas. A tecnodesktops computadores logia só precisava trabaveio com lhar, ele não O “P2” Portable estava commonitores de tela plapletamente Computer foi na. Mais pronto para um dispositivo o horário tela plana avançado A nobre ainda. conceito tecnologia E mesmo também te- desenvolvido em que Jobs ria escorreu passou a 1989 e garantiu sobre a teleencontrar fones celulauma outra mobilidade. res, laptops empresa de e televisores. Este, por computadores o mesmo sua vez, teria estimulado ano, ele foi expulso da microprocessador celular Apple (Next Computer, desenvolvimento de em- Inc.), estações de trabapresas como ARM e Intel. lho NeXT Mesmo que a Apple tiForam-se desprovida nha uma opção de tela pla- de LCDs. Jobs provavelna para o Apple IIc (Foto mente iria querer seu
próximo desktops para LCDs esporte, mas com limitações de recursos em termos de tempo e dinheiro, provavelmente não foi uma opção que ele foi capaz de prosseguir na tempo. Junte isso ao fato de que outros fabricantes de computadores não tem muito muitas opções para monitores de tela plana seja, a idade do tela plana nunca realmente aconteceu durante a década de 1980. O “P2” Portable Computer foi um dispositivo conceito desenvolvido em 1989. Projetado em casa na Apple, a P2 era para ser um portátil tablet como dispositivo que foi facil-
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mente levado a um usuário, como um saco de folha. Basta prendê-lo sobre seu ombro, fazer o protetor de tela se estiver no lugar, e ir sobre o seu dia. O P2 como um dispositivo de conceito tem um design muito influenciado, intencionalmente ou não, por Dynabook de Alan Kay (1968). Figaro foi um projeto de código-nome dentro do grupo Apple Newton associados com um assistente pessoal digital investigação [PDA] e desenvolvimento iniciativa da Apple. O Navegador de Conhecimento (foto à esquerda), um comprimido de conceito Apple computador a
O conceito inicial para a tela plana a ser utilizada nos tablets
partir de 1987, era o arquétipo do que a Apple estava tentando criar nos primórdios do projeto Newton. Mais tarde, porém, a Apple optar por um design muito menor, mais simples, como no original de Newton
MessagePad.
Evol
ção... Sob a concorrência Figaro, a partir de 1989, um conjunto de designers,
tanto dentro e fora da Apple, foram incumbidos de criar desenhos através de um PDA uma competição amigável. Os designers tiveram que criar projetos para uma Tablet PC portátil, com entrada de caneta. A maioria deles nunca havia projetado um computador antes. A pena poderia ser usado para inserir informações através manuscrito ou impresso cursos. Os golpes se seria traduzidos em caracteres de texto. A tela era para ser um toque e tela sensível matriz ativa. Em Além disso, ele teria incorporado um disco rígido. Para dados sem fio, um IR porta era para ser embutido, per-
mitindo que os proprietários dos aparelhos para compartilhar dados em proximidade entre si através de ‘transmissão’ suas informações entre os dispositivos. Além disso, um anexo de “spread spectrum” estava a ser feita disponível para enviar dados através da cidade ou em todo o país. O alvo preço foi de US$ 6000. Durante a competição Figaro primeiro (ver placas imagem abaixo), todos os projetos foram avaliados, e foi decidido, após uma revisão interna na Apple, além de um grupo de teste, que trabalham Giugiaro foi preferido (Top 3 imagens em baixo da placa de imagem). Foi
o design simples e limpo que ganhou toda a gente. Desde Giugiaro já havia sido contratado para trabalhar em outros projetos da Apple, esta confirmada para as pessoas na Apple que tinham fez a escolha certa. No seguimento da concorrência Figaro naquele ano (2 próxima imagem chapas abaixo), estes projetos tinham o feedback mais favorável do grupo de foco teste de todos os projetos anteriores. Mas a Apple estava cético do projeto, como eles pensaram que era muito bonito, não o bastante Apple. Sculley, então, ordenou uma competição de design novo para Figaro.
Isso fazia parte Deux. Querendo sair de design Giugiaro, os italianos, Robert Brunner Industrial da Apple Design Group / Lunar Design competiu contra o design fevereiro 1990 People’s Choice (foto logo acima). E Brunner equipe projetou os conceitos, sem nenhum custo para o Grupo Newton. Eles fizeram isso em seu próprio tempo, e, a expensas próprias. Era uma rivalidade para as idades: designers californianos contra designers italianos. Brunner e sua equipe foram fixados em bater para fora. Agora era final de 1990, e os resultados da
competição Figaro segunda. A placa esta-
va dentro da primeira imagem abaixo contém o design californiano. A projetos são notáveis na linha de fundo. O desenho no canto inferior esquerdo foi um conceito para um tamanho médio de PDA (“Newton”), en-
quanto que o projeto sobre o fundo direito era um conceito para aumentar a PDA (“Newton Plus”). Estes projetos pelos californianos foram um avanço em relação aos anteriores. Eles ostentavam novas formas e cores, a colocação de mais funcional do caneta ea janela do IR, um padrão único com nervuras na parte traseira de um lado, ea assim por diante. Mesmo os designers da Apple levar gostei projetos Brunner é melhor
do que Giugiaro. Mas, mais uma vez, os grupos focais lados com desenhos Giugiaro. A problema era que os projetos de Brunner parecia muito com o Vale do Silício computadores projetados, enquanto Giugiaro foi simples, original e atraente, e diferente. Michael Tchao (cabeça de Newton Marketing), e no resto do a equipe de Newton foram definidas no projeto que Newton acabaria por navio com (People’s Choice Award, design Giugiaro
foto acima - da imagem de topo placa). Mas eventualmente, os projetos de maior porte não foram favorecidos pela recém-adquirida Tchao. Ele tinha preocupações, assim como outros membros da equipe de Newton, que um não-compromisso, produto caro teria sérios problemas ganhar qualquer marketshare razoável. Não, tinha que ser muito menor e mais barato, que significa todo o trabalho de colocar em Figaro era para
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ser descartado em favor da mais novos, modelos mais portáteis. Mas metade dos associados com a Newton projeto na Apple ainda preferia o Plus Newton, assim Tchao, e tal. Ainda no páreo... Giugiaro apresentou ainda um outro projeto no final de 1991 1990/ early, o Montblanc (foto acima), um projeto final Newton Plus com um lindo exterior preto e porta IR elíptica. Mas a equipe
estava tendo segunda pensamentos sobre a porta de infravermelho. No entanto, era tão integrada de todos os projetos Figaro, incluindo Montblanc, que a equipe de Newton era uma espécie de preso com ele. No entanto, durante a primavera de 1991, a equipe percebeu que, no um preço de entre US $ 4000-5000, Montblanc ainda era muito caro e muito grande, mesmo para os high-end multidão, o executivo teria sido comercializado para. Percebendo isso, Tchao Sculley convencido a apoiar uma “PocketNewt” projeto sobre essas grandes projetos Newton Plus. Sculley acordado, ea equipe focada em um bolso de Newton, chamado “Junior”. Em maio de 1992, Newton Plus foi oficialmente cancelado. Isso fez com que algumas divergências entre os criadores associados ao projeto Figaro, alguns demissão da empresa. Isto incluiu Sue Booker, que não tinham só foi um membro chave da equipe O PenLite foi o mais próximo de qualquer conceito da Apple / pronto para produção computadores tablet para ser enviado. Pouco antes, foi sendo incrementada para distribuição, o projeto foi cancelado. Ele correu o Mac OS Classic, com recursos especializados para a entrada de caneta. No entanto, porque a escrita. Reconhecimento de que não foi destrinchaImagens: Divulgação
da, entre outras coisas, a Apple decidiu Não enviá-lo. PenLite, como muitos outros projectos do género, foi. Cancelada sem qualquer produto de consumo real a ser desmembrada a partir dele. Também digno de nota é o W.A.L.T. (Wizzy Active Lifestyle Telefone). De acordo com o Museu da Apple, foi desenvolvido a partir de 1990 - 1993 como um comprimido de comunicação da pena-base (protótipo). “Desenvolvido em cooperação com a BellSouth, Walt era um portátil baseado em tela telefone. Além da telefonia, WALT apresentava um endereço eletrônico livro, almofada mensagem e foi capaz de enviar faxes. Quando conectado a serviço da BellSouth Fax EM QUALQUER LUGAR, WALT também poderia receber fax e mesmo Respondê-las. WALT apresentou uma caneta para facilitar a marcação e escrita e também tinha os botões para as funções mais importantes na frente do dispositivo “. (Ref) Como todos os outros computadores tablet que a Apple pesquisado e desenvolvidos, W.A.L.T. nunca foi feito em um produto de consumo, e os projeto foi cancelado em 1993. O VideoPad foto à direita é também digno de nota. É um mash up de um tablet PC, um PDA, um smartphone e um laptop. Ele nunca foi um protótipo funcional.
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Análises
Roteador minimalista da Apple Com tamanho bastante reduzido o roteador Airport Express, daApple, parece muito uma fonte de MacBook. O pequeno pesa 212 gramas e conta com uma porta USB para impressoras e uma saída P2 para fones de ouvido. Com sinal não muito forte, esse roteador de padrão n é indicado para viagens e reuniões fora do escritório, já que em grandes distâncias as quedas na conexão são frequentes. O pequeno roteador é vendido por 369 reais. O roteador minimalista da Apple trabalha espetado na tomada e possui uma porta de rede para receber o sinal da banda larga e distribuí-lo por Wi-Fi. A velocidade da rede montada no padrão n é boa (42,9 Mbps, em média, nos testes realizados no INFOlab), mas em alguns momentos o Airport Express apresentou dificuldades na autenticação em links de banda larga ADSL (Speedy). Ele também tem uma porta USB e uma saída de áudio P2. A primeira serve para plugar uma impressora e deixá-la acessível a qualquer PC da rede doméstica. A saída P2 permite ligar o Airport Express a aparelhos de som para ouvir as músicas que estão nos micros conectados por Wi-Fi.
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Velocidade de transmissão (em Mbps) Média de 10 medições no Ixia Qcheck TCP Throughput Intensidade do sinal (em porcentagem) Medição do Windows com até 15 metros de distância Barras maiores indicam melhor desempenho. Em testes medidos pelo programa PerformanceTest 7.0, da PassMark, durante a transferência de um arquivo foi possível verificar a oscilação de sinal do roteador em distâncias superiores a 5 metros. O primeiro gráfico mostra a transferência de arquivo com o computador posicionado no mesmo cômodo do Airport Express. Nesse ambiente a conexão se comporta bem.
Nota 8,9 Imagens: Divulgação
Iphone x nexus quem tem a melhor tela? É verdade que a tela de OLED do Nexus One agradou muita gente, incluindo nós aqui da INFO. Mas contra as impressões gerais, testes da empresa DisplayMate tentam mostrar que o LCD do iPhone tem um desempenho melhor em vários quesitos, se comparado aos LEDs orgânicos do Nexus. Na figura acima, onde aparecem fotos feitas pela NASA em Marte, o feixe de luz do pôr do sol é um tanto borrado e mal contornado na imagem do Nexus. Já a foto do iPhone é mais definida e assemelha-se à exibida por monitores padrão. Logo abaixo, na escala de cores, as dos Nexus podem ser mais brilhantes, mas a transição do preto para o colorido é um tanto quadriculada. Ao mesmo tempo, o iPhone oferece uma transição mais suave. Mas não estranhe. O OLED (ou AMOLED) é mesmo a tecnologia de ponta no momento, e disso a DisplayMate, especializada em calibragem de telas, não deve discordar. Acontece que, segundo a empresa, o uso dos LEDs orgânicos nesse tipo de dispositivo ainda é muito recente e precisa ser aperfeiçoado. Eles recomendaram ao Google melhorar a calibragem de suas telas, a fim de corrigir a saturação e o contraste das cores. Outro argumento da DisplayMate foi que o branco máximo do
Nexus não é o suficiente para apresentar boa exibição em espaços abertos. E que sua galeria de aplicativos usa cores em 16 bits em vez de 24, resultando em imagens pobres. Os testes foram feitos em 24 bits com resoluções de 800 por 480 pixels em HD. A tela do Nexus tem resolução de 800 por 480 pixels e a do iPhone 3G de 480 por 320. A DisplayMate, depois de divulgar a pesquisa, está brigando com a Associação do OLED para ver quem tem razão na história. Segundo o presidente da Associação.
Melhor Iphone
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Desejo de ser Apple Em Pauta
L iquid Pubs Loja da Apple: a Microsoft se prepara para ter uma rede de lojas nos moldes da concorrente Desde que Bill Gates e Steve Jobs fundaram a Microsoft e a Apple, nos anos 70, as duas empresas se colocaram como inimigas no mundo da tecnologia. A disputa entre dois dos maiores ícones do moderno capitalismo americano é tamanha que recentemente acabou apelidada de Guerra dos 30 Anos - uma referência à feroz contenda que dividiu católicos e protestantes e assolou a Europa no século 17. Na mesma velocidade com que Apple e Microsoft ganhavam relevância no mercado de tecnologia, Jobs e Gates passaram a trocar farpas, ora criticando métodos de gestão um do outro, ora criticando produtos desenvolvidos pelo rival. Demorou três décadas para que a rixa saísse dos escritórios e das reportagens especializadas e ganhasse os tons explícitos da publicidade. Embalada pela aura de inovação que cerca seus produtos, a Apple tem ataca-
do diretamente a Microsoft em uma série de anúncios de TV batizada de “Get a Mac”. Neles, dois personagens encarnam as empresas - um rapaz gorducho, de terno e gravata, chamado PC, simboliza a Microsoft. O jovem descolado, Mac, é a Apple. Invariavelmente, o PC - o sujeito careta - acaba ridicularizado pelo Mac. Ok. Bill Gates sempre foi o protótipo do nerd. Mas isso não significa que a Microsoft queira ser vista como uma marca sem graça, enquanto a Apple conquista os consumidores mais descolados do mercado. A provocação da Apple foi um dos argumentos para a empresa dar início a uma tentativa de mudança de sua imagem pública - e a estratégia apresenta muitas semelhanças com o que a Apple fez até aqui. A primeira providência tomada pela empresa de Gates para ficar mais parecida com a de Jobs foi contratar uma nova agência de publicidade para administrar sua conta de 300 milhões de dólares. A escolha recaiu sobre a Crispin Porter + Bogusky (CP+B), conhecida pela inovação e pela ousadia
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de suas campanhas - e pelo apelido de “Apple da propaganda”. Em menos de cinco anos, a CP+B passou do status de agência marginal para o de primeiro time da propaganda, apoiada em uma receita que mistura campanhas recheadas de nonsense e humor negro com ações de grande impacto na internet - uma combinação que não raro acaba em polêmica. Em seu anúncio de estreia para a Microsoft, a CP+B contratou o humorista Jerry Seinfeld, por 10 milhões de dólares, para contracenar com o próprio Bill Gates em um estranho filme que se passa em uma loja de sapatos. A única menção a tecnologia no anúncio é quando Seinfeld, à saída da loja, pergunta a Gates se algum dia haverá computadores “úmidos e fofos como bolos para que a gente possa comê-los enquanto trabalha”. Surpreendentemente, Gates responde que sim, com um rebolado enquanto equilibra um churro na mão. O filme, veiculado em setembro, provocou uma chuva de críticas e piadas na internet. A Microsoft chegou a divulgar uma nota a respeito. “Alguns podem se perguntar o que Jerry Seinfeld ajudando Bill Gates
a escolher um novo par de sapatos tem a ver com software. A resposta, no mais clássico estilo Seinfeld, é nada. No entanto, o anúncio é o primeiro sinal de um ambicioso esforço da Microsoft em se reconectar com os consumidores ao redor do globo”, anunciou a empresa. Um segundo filme da CP+B, também com Seinfeld e Gates, colocou a dupla em uma típica casa americana enfrentando o desafio de se comunicar com “pessoas de verdade”. O objetivo da campanha, Imagens: Divulgação
dessa vez, ficou claro: ela mostrava como o Windows se tornou parte indispensável na vida de bilhões de pessoas no mundo todo. Duas semanas depois de veiculadas, as duas peças saíram do ar e foram substituídas por uma nova série de comerciais - ainda em exibição -, que respondem diretamente à provocação da série “Get a Mac”, da Apple. Os filmes exibem pessoas de todas as partes do mundo, anônimas e celebridades, realizando tarefas relevantes e dizendo orgulhosamente “Eu sou um PC” (“I’m
a PC”). O objetivo é mostrar que a imensa maioria dos usuários de computadores do mundo usa produtos Microsoft e que eles estão além do estereótipo exibido nas campanhas da Apple. Uma pesquisa realizada pela consultoria nova-iorquina Brand Keys com 400 usuários de produtos Microsoft e Apple revelou que, embora os anúncios com Seinfeld tenham sido mal recebidos pelo público, a série “Eu sou um PC” teve impacto positivo. Segundo os entrevistados.
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News/por Hannah Ayoub
Primeiro computador da Apple é vendido por valor 425 vezes superior ao iPad
Adiado projeto “The Daily”, jornal para iPad da News Corp. e da Apple para 2011 Apple reduz preCos em até 38%
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Imagens: Divulgação
Novo mouse da Apple dispensa todos os botões, não tem fios e funciona no modo “touch”
Apple renova linha de iPods, cria rede social e transforma Apple TV
Vendas de iPhone crescem mais de 500% no segundo trimestre www.bytetheapple.com | Novembro 2010 | ByteTheApple 29
Coluna
O medo da maçã enfeitiçada
Elvis Cândido L ima “Como assim, você usa Mac o quê?”. Essa frase era corriqueira quando resolvi investir em carreira solo e comecei minha agência de publicidade em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná. Formado em Comunicação pela PUC de Campinas, mergulhei fundo nos cursos de férias da ESPM-São Paulo. Na época, entre 1991/92, a computação gráfica era coisa de outro mundo, mas a inovação sempre me fascinou. Foi em uma dessas experiências que minha instrutora me apresentou, pela primeira vez, a um computador diferente: o Macintosh. A maçã da Apple, no interior do Brasil, era um bicho-desete-cabeças que lembrava mais aquela fruta enfeitiçada que a bruxa ofereceu à Branca de Neve. O desafio foi gigantesco, mas decidi ingressar nesse universo desconhecido e estranho. Pense em um mundo sem internet e longe dos grandes centros. Foi assim que tive de batalhar para aprender a lidar com meu Macintosh (que saudade do FreeHand, do Quark!). Hoje, quase 20 anos depois, vejo uma Apple que conquistou definitivamente a mente e o coração das pessoas em todos os lugares. Em Cascavel, onde tenho uma agência de publicidade (blancolima.com.br), todos usam Mac (migrantes do mundo PC). Aliás, por influência nossa, gráficas, bu-
reaus, produtoras e profissionais liberais exibem com orgulho seus computadores e gadgets com a marca da maçã. A internet encurtou as distâncias e aproximou pessoas que compartilham seus conhecimentos. Publicações como a MAC+ facilitaram a vida de todos e não nos sentimos mais os anões da história infantil. Cascavel, com seus 300 mil habitantes, é considerada pela revista Veja (em recente pesquisa), “uma das 20 metrópoles do futuro” – e
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não sem razão. A cidade é um pólo regional de serviços de saúde e educação com nove faculdades e uma comunidade estudantil de 21 mil alunos ávidos por consumir tecnologia e com poder de compra. Esse é o cenário que a Apple tem encontrado por todo o Brasil. O mito do preço alto, da dificuldade de lidar com os equipamentos e de ser o patinho feio da turma pecezista caiu por terra diante de tantas facilidades que a Apple Store tem oferecido. Imagem: Internet