5. PROJETOS ARQUITETÔNICOS REFERÊNCIA NA ÁREA DE TOMBAMENTO E PRESERVAÇÃO
Como referencial de projeto para a proposta que se apresenta neste TFG foram selecionados alguns trabalhos realizados no Brasil e em outros lugares do mundo que tem como temática comum a preservação do patrimônio industrial. São espaços que após serem deixados pela indústria, o que na maioria das vezes induz um processo de degradação, tiveram seus complexos recuperados após serem restaurados por intervenções contemporâneas. Desse modo, foram devolvidos à sociedade através de sua conversão em espaços de lazer e cultura, como pode ser conferido no decorrer deste capítulo.
LANDSCHAFTSPARK DUISBURG-NORD, LATZ+PARTNER 5.1
O escritório alemão de arquitetura paisagística
Latz+Partner tem como uma importante característica o trabalho com a paisagem pós-industrial, sendo responsável pela elaboração de um dos projetos mais icônicos sobre este tema: o Landschaftspark DuisburgNord, localizado em Duisburg, na Alemanha. O projeto foi elaborado em 1990, sua construção se deu entre 1992 e 2002 numa área de 2,3 Km² e é um dos 100 projetos elaborados na região do distrito de Ruhr com objetivo de desenvolver e interligar as áreas formadas originalmente pelo uso industrial e que se encontravam abandonadas. Havia uma descontinuidade na malha urbana provocada pelo complexo industrial abandonado, então a proposta foi transformar a área em um parque que estabelece conexões com as áreas do entorno. O que hoje é um parque foi uma grande siderúrgica que produziu ferrogusa para a indústria do aço de 1901 a 1985. As grandes estruturas que compunham esse complexo industrial foram reinterpretadas e transformadas em elementos de uma nova paisagem. A Figura 30 mostra uma vista aérea do parque na qual pode-se observar essas estruturas.
Fonte: Site Find Your Location. Disponível em: <https:// de.fiylo.com/location-duisburg/landschaftspark-duisburgnord-22858/#&gid=lg&pid=1>. Acesso em: 17/10/2020.
O programa do parque foi distribuído de acordo com as especificidades de cada parte do conjunto, considerando a existência ou não de edifícios, as potencialidades de novos usos e a presença de contaminação em determinadas áreas, por exemplo. A chamada “Piazza Mettalica” (Figura
31) é o símbolo do parque; fica envolta pelas estruturas dos altos-fornos responsáveis pela fundição do ferro. O material usado para revestir as fôrmas onde o ferro-gusa era depositado foi usado no desenho quadriculado do piso do centro da praça que, sob ação das intempéries, segue oxidando como marca da passagem do tempo.
Fonte: Latz + Partner, adaptado pelo autor. Disponível em: https:// www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ duisburg-nord-hochofenpark/ (à esquerda); Landezine, disponível em: http://landezine.com/index.php/2011/08/post-industriallandscape-architecture/ (à direita). Acesso em: 17/10/2020.
Neste projeto, a contaminação ambiental da área que hoje corresponde ao Parque Sinter foi um fator decisivo para escolhas projetuais. No local onde ocorria a sinterização, as construções tiveram de ser quase totalmente demolidas e então este espaço foi dedicado ao retiro e contemplação, com uma passarela elevada, apoiada na estrutura do antigo trilho de trem, de onde se observa as estruturas de antigos bunkers onde foram implantados jardins. O Parque das Águas fica onde passavam águas residuais; ele foi tratado de forma a isolar esta água contaminada em condutores no subsolo, deixando a parte que compõe os caminhos do parque com águas limpas oriundas das chuvas. A Figura 32 mostra estas duas áreas.
Fonte: Latz + Partner, adaptado pelo autor. Disponível em: <https://www. latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/duisburgnord-sinterpark/> (à esquerda); Latz + Partner, disponível em: <https:// www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ duisburg-nord-wasserpark/> (à direita). Acesso em: 18/10/2020.
Os principais caminhos de circulação pelo parque são estabelecidos sobre o que restou das linhas férreas que costuravam o local (Figura 33) e muitas oportunidades de lazer foram criadas sobre as antigas estruturas (Figura 34), tais como escalada, parquinho infantil e até o maior tanque coberto de mergulho esportivo da Europa.
Fonte: Latz + Partner, adaptado pelo autor. Disponível em: <https:// www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ duisburg-nord-bahnpark/> Acesso em: 18/10/2020.
Fonte: Latz + Partner, adaptado pelo autor. Disponível em: <https:// www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ duisburg-nord-spielpunkte/> Acesso em: 18/10/2020.
Ainda sobre esta utilização das estruturas antigas para novas atividades, os bunkers de depósito de minério foram estruturados como espaço de galeria (Figura 35).
Para isso, novas aberturas foram criadas nas espessas paredes para a passagem por meio de passarelas. Os nichos existentes foram explorados com jardins microclimáticos, efeitos sonoros e exposições de arte em parceria com o Museu Lehmbruck.
Fonte: Latz + Partner, adaptado pelo autor. Disponível em: <https:// www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ duisburg-nord-bunkergalerie/> Acesso em: 18/10/2020.
Um dos galpões existentes chamado de Power Plant, onde ficava a central que produzia toda a energia para os altos-fornos é utilizado como local de realização de eventos para até 4.200 pessoas. Além dele, há o Casting House 1, onde até 1.500 pessoas podem ver shows e apresentações diversas. A cobertura retrátil possibilita eventos mesmo com clima adverso, conforme Figura 36. Por fim, toda a área livre do parque pode receber eventos para até 15.000 pessoas, como mostra a Figura 37.
<https://www.landschaftspark.de/en/event-locations/ aussengelaende/> Acesso em: 18/10/2020.
5.2 PARCO DORA, LATZ+PARTNER
Fonte: Latz + Partner. Disponível em: <https://www. latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ parco-dora-turin-it/>. Acesso em: 18/10/2020.
Fonte: Site do Landschaftspark, adaptado pelo autor. Disponível em: <https://www.landschaftspark.de/en/event-locations/powerplant/> (à esquerda); <https://www.landschaftspark.de/en/eventlocations/casting-house-1/> (à direita). Acesso em: 18/10/2020.
Ainda se baseando no extenso trabalho relacionado à paisagem pós-industrial desenvolvido pelo escritório Latz + Partner, o projeto para o Parco Dora (Figura 38) na cidade de Turim, Itália, foi desenvolvido e implantado entre 2004 e 2012 numa área de 37.000 m². O declínio da indústria a partir de 1980 deixou uma grande área urbana abandonada no centro da cidade que foi regenerada a partir da definição de um novo uso. A área do parque tem seu perímetro definido pelo rio Dora, algumas vias de trânsito arterial e recentes quadras residenciais.
O projeto é apresentado como um parque dividido em 5 áreas cuja função e estética varia de acordo com a qualidade do que permaneceu do antigo caráter industrial. Pontes, escadas e rampas são responsáveis por ligar as diferentes partes, como mostra a Figura 39.
Fonte: Latz + Partner e Landezine, adaptado pelo autor. Disponível em: <https://www.latzundpartner.de/en/projekte/postindustriellelandschaften/parco-dora-turin-it/> (superior e centro); <http:// landezine.com/index.php/2014/04/parco-dora-latz-partnerlandscape_architecture/> (inferior). Acesso em: 18/10/2020.
Um detalhe interessante neste projeto são as colunas de aço vermelho de 30 metros de altura que restaram da usina de aço, conforme Figura 40. Sobre elas ficava uma cobertura que foi retirada parcialmente configurando elementos verticais que marcam muito a paisagem em que estão inseridos; a área em que a cobertura permaneceu é utilizada como espaço multifuncional para a realização de eventos.
5.3 SESC POMPEIA, LINA BO BARDI
No Brasil, um projeto muito relevante que trabalha com um edifício de origem industrial é o SESC Pompeia. O projeto, que foi realizado entre 1977 e 1986, foi comandado pela arquiteta Lina Bo Bardi com colaboração de André Vainer e Marcelo Carvalho Ferraz. O projeto foi desenvolvido na área do complexo de edifícios onde funcionava uma fábrica de tambores. A arquiteta e sua equipe buscou evidenciar a essência da estrutura da fábrica e ao mesmo tempo aquilo que Lina considerava o objetivo principal: manter e “amplificar” as atividades que já ocorriam no espaço antes do projeto existir. As crianças brincando, o baile da terceira idade, teatro amador e futebol são exemplos das atividades encontradas; portanto, um centro de lazer deveria impulsionar o caráter recreativo já existente.
Alinhado com essa questão popular, um aspecto importante do projeto foi a criação de uma rua interna de acesso exclusivamente pedonal por onde ocorre a entrada do conjunto e que interliga e possibilita o acesso aos edifícios, trazendo para o interior da quadra e consequentemente do edifício, a pluralidade da rua e da cidade, como mostra a Figura 41.
Em texto publicado no site Vitruvius, Marcelo Carvalho Ferraz aponta que o projeto prezou pelo cuidado em recuperar os vestígios do passado fabril do local, com respeito ao trabalho humano que se desenvolveu naqueles galpões. Este caráter fabril busca ser evidenciado na arquitetura dos novos edifícios que abrigam o programa esportivo; foram construídas duas torres interligadas por passarelas cujo “despojamento” quanto à materialidade e escala evocam a figura da indústria. A Figura 42 mostra as novas torres e, no térreo, o deque que é chamado de “praia paulistana”, onde pessoas tomam sol e se refrescam no chuveirão instalado; à esquerda, um dos antigos galpões industriais.
“O componente popular, ou seja, a formulação de uma programação abrangente e inclusiva, somada às soluções espaciais de acessibilidade (trazer a rua, a vida pública para o interior do Centro) que contemplasse e criasse interesse às diversas faixas etárias e às diversas classes sociais, sem discriminação, ... seria a chave para o sucesso do projeto. Uma função da arquitetura. E das mais nobres.” (12) (12). Trecho escrito por Marcelo Carvalho Ferraz, retirado do site Vitruvius. Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/ minhacidade/08.093/1897>. Acesso em: 18/10/2020.
Fonte: Latz + Partner. Disponível em: <https://www. latzundpartner.de/en/projekte/postindustrielle-landschaften/ parco-dora-turin-it/>.
A intervenção no interior dos galpões segundo Ferraz foi um “processo de desnudamento [...] com a retirada dos rebocos” em busca da referida essência do local. O resultado são espaços amplos que servem como sala de estar pública onde ocorrem exposições, espaços de leitura e estudo e contemplação, por exemplo, em meio às estruturas de concreto, às tesouras do telhado e paredes de tijolos de barro (Figura 43). O programa ainda inclui um teatro, biblioteca e restaurante popular.
TEATRO EROTÍDES DE CAMPOS, BRASIL ARQUITETURA 5.4
Atualmente no Brasil, o escritório mais reconhecido por trabalhar com restauro de patrimônio é o Brasil Arquitetura, comandado por Marcelo Carvalho Ferraz, que trabalhou com Lina Bo Bardi no projeto do Sesc Pompeia, e por seu sócio Francisco Fanucci. Um de seus projetos é o Teatro Erotídes de Campos, ou “teatro do engenho”, como é facilmente identificado devido a sua localização no conjunto do antigo engenho central de Piracicaba/SP, que é tombado tanto pelo patrimônio municipal quanto pelo CONDEPHAAT.
O Brasil Arquitetura também elaborou, em 2002, um plano diretor para todo o complexo do engenho com o objetivo de orientar as futuras intervenções que fossem feitas na área que guarda muito da identidade da cidade através de edifícios que compõe a paisagem mostrada na Figura 44. Como análise de intervenção no patrimônio na escala do edifício, o projeto do teatro, implantado em 2012, é excelente referência.
Fonte: Nelson Kon, adaptado pelo autor. Disponível em: <http://www. nelsonkon.com.br/sesc-pompeia/>. Acesso em: 18/10/2020.
Na Figura 45, com fotos do interior do teatro, pode-se observar tanto a pré-existência com os tijolos pintados de branco contrastando com o novo programa que se destaca como um grande volume de concreto aparente.
O teatro foi implantado no que o Brasil Arquitetura chamou de um “dos mais belos e antigos de todos os galpões”, que funcionava como depósito de tonéis e destilaria de álcool. O projeto é definido como:
“uma arquitetura que parte do interior do edifício e transforma os vazios em hall público, salas acusticamente equipadas, plateia, palco, galerias, bar e restaurante, salas de ensaio, camarins, salas técnicas de apoio. Ou seja, tudo que um teatro atual carece para funcionar em sua plenitude”.
(13)
Nas fachadas, o projeto se mostra de forma pontual e claramente distinto do edifício histórico através de dois volumes metálicos vermelhos (Figura 46), um deles cuja volumetria já sugere, é uma escada. O outro é um paralelepípedo que corresponde à face externa do palco, que além de se voltar para a plateia da sala acústica do interior pode se abrir para a praça central do conjunto, como mostra a Figura 47.
(13)
Segundo a descrição do projeto dada no site do Brasil Arquitetura, um aspecto importante deste antigo conjunto industrial é o seu caráter de cidadela que se cria exatamente pela configuração de conjunto, ou seja, diversos edifícios dispostos em uma determinada área criando relações espaciais entre si. Os edifícios articulados se sobrepõe em importância em relação ao edifício isolado (Figura 48).
partir das características pré-existentes do patrimônio, tendo como base o respeito ao seu caráter histórico e simbólico.
Conforme mostrado pelo projeto da arquiteta Lina Bo Bardi e do escritório Brasil Arquitetura, este caráter histórico deve ser evidenciado ao enaltecer os materiais que compõe os edifícios que se mantiveram com o passar do tempo e como meio de homenagear aqueles que desempenharam sua força de trabalho naquele local.
Assim como já definido pela Carta de Atenas, pode-se observar no projeto do Teatro do Engenho a ênfase na distinção entre o bem histórico, que é patrimônio tombado, e a intervenção contemporânea que se manifesta nos elementos arquitetônicos em metal vermelho, que se distinguem tanto pela cor quanto pela materialidade. Esta é uma característica muito importante de ser mantida em qualquer que seja o projeto de restauro.
Tratando da Antiga Usina Santa Bárbara, especificamente do Conjunto Industrial, que é onde o projeto deste Trabalho Final de Graduação se desenvolve, observou-se em visita in loco algumas características arquitetônicas que se assemelham aos componentes destacados em alguns dos projetos apresentados como referência, tais como tijolos aparentes, pé direito alto, estrutura de telhado com tesouras de madeira aparente e intensa relação dos edifícios com o espaço externo. Essas características da arquitetura das edificações foram valorizadas nos projetos estudados e os novos elementos arquitetônicos adicionados contribuíram para realçar a beleza dos edifícios preservados. A leitura e análise desses projetos, serviram como parâmetro para a elaboração do projeto deste TFG, apresentado no próximo capítulo.
Assim como os quatro projetos apresentados, a Antiga Usina Santa Bárbara também pode ser considerada elemento de uma paisagem pós-industrial devido à desativação de sua função industrial, além do seu estado atual de abandono. Os projetos de restauro apresentados mostraram que o estabelecimento de novos usos deve
Ressalta-se que todos os projetos apresentados valorizaram o tratamento e interligação com sua área externa, sendo este o componente articulador do espaço e responsável por organizar as relações que se estabelecem entre os diversos elementos construídos que compõe o conjunto. Além disso, diversos tipos de eventos podem ser realizados nestes espaços livres.
Embora o foco projetual deste trabalho seja o restauro dos barracões do Conjunto Industrial, entende-se que todas as edificações inseridas na área de tombamento compõem a imagem da Antiga Usina Santa Bárbara e por isso sentiu-se a necessidade de propor algumas opções de usos para as demais edificações. Ainda que estas propostas de uso fiquem no campo de apontar diretrizes e não de desenvolver projetos, entende-se que um direcionamento poderia contribuir para o completo reestabelecimento funcional de todo o conjunto histórico.
Dessa forma, enquanto diretriz, é proposta a ocupação das edificações civis, das quais a maioria é de propriedade particular e, em sequência, é proposto o projeto de restauro para o Conjunto Industrial.
O caráter proposto para a ocupação das construções civis é turístico com foco no público regional. Em cada um dos edifícios deve ser instalado um totem que apresente dados históricos sobre ele, bem como as funções que empenhou desde sua construção.
Para que os novos usos sejam efetivos, é indispensável que a oferta de transporte público chegue até a área.
Assim, a via de acesso existente, representada pelo tracejado branco na Figura 49 deve compor a rota de linhas de ônibus, que devem vir de vários pontos da cidade, além de abrigar pontos de parada a serem definidos pela Prefeitura, técnicos da área de transporte e a empresa que realiza o serviço no município.
Toda a área livre ao redor das edificações deve receber tratamento paisagístico que possibilite o melhor uso do espaço através de caminhos, espaços de estar e contemplação e áreas para atividades recreativas, por exemplo, além de um trabalho ecológico de recuperação da mata existente no entorno, que se encontra tomada por espécies invasoras.
A Figura 49 mostra a área tombada e suas edificações, identificadas por letras. Estes edifícios fazem parte do complexo da Usina, mas estão dentro da área privada, exceto os edifícios A e B, que pertencem a Prefeitura. Observa-se no quadro que há uma coluna apontando o uso original, isto é, a destinação de cada edificação no período de funcionamento da Usina. A outra coluna, denominada de uso atual, evidencia a situação de desuso e abandono desse patrimônio. E por fim a coluna chamada de proposta de uso, apresenta as possibilidades para cada edificação. São usos variados, porém, complementares a ideia de tornar esse espaço em um local destinado ao lazer, cultura e educação.
Edifício Uso Original Uso atual Uso proposto
A Oficina e laboratório Sem uso (abandonado) Centro de convenções
B Cinema Sem uso (ruína) Manutenção como Monumento
C Igreja Sem uso (abandonado) Ativar o uso como Igreja
D Escola Sem uso (abandonado) Centro de educação ambiental
E Residências unifamiliares Residências unifamiliares Manter o uso atual residencial
F Casa do gerente Sem uso (abandonado) Lanchonete
G Casarão dos donos Sem uso (abandonado) Restaurante
H Residência Sem uso (abandonado) Apoio para atividades de lazer no bosque
I Capela Sem uso (abandonado) Ativar o uso como Capela
J Escritório Sem uso (abandonado) Centro de informações ao turista
CONJUNTO INDUSTRIAL
No Conjunto Industrial, a proposta projetual é baseada em um programa cultural e de lazer que busca ressaltar e valorizar o bem histórico, tendo em vista os projetos de referência apresentados, as diretrizes legais definidas pelo Plano Diretor de Turismo de Santa Bárbara d’Oeste e a iminente necessidade de restaurar os edifícios e lhes conceder uso em busca de sua preservação.
A fim de estruturar a articulação espacial de toda a área do Conjunto Industrial é proposto um “masterplan” (Figura 50), o qual divide toda a área e os barracões em 3 grandes complexos: o de eventos, o esportivo e o cultural, este último, destacado em rosa na Figura 50, o qual consiste no recorte projetual deste trabalho. Nesta figura, as linhas pretas tracejadas mostram os percursos de acesso dos visitantes desde a portaria e os estacionamentos até a área do Complexo Cultural.
Algumas das características encontradas atualmente no local foram mantidas, como o acesso que ocorre junto à portaria existente e o pátio de piso intertravado implantado em toda a fachada sul do conjunto, no qual é estendido ao norte possibilitando o acesso ao complexo esportivo e ao pátio central do Complexo Cultural.
O Complexo de Eventos é composto pela Arena de Eventos (que permanece no local onde já são montadas as estruturas temporárias para apresentações diversas como a encenação de Corpus Christi), e pelos dois galpões adjacentes, sendo o mais ao norte um apoio à própria arena e o mais ao sul destinado a receber eventos como a feira de alimentos da Festa das Nações.
O Complexo Esportivo é formado por dois galpões que podem receber salas para práticas de diversas lutas e danças, além de vestiários, que são complementados por quadras, sendo uma poliesportiva, uma de vôlei de areia e uma de basquete 3x3.
COMPLEXO CULTURAL
A proposta elaborada para o Complexo Cultural ocupa a maior parte dos barracões existentes. Para ele foi desenvolvido o seguinte programa de necessidades: museu com 3 espaços expositivos (museu-escola, acervo temporário e memorial usina), biblioteca, auditório, cafeteria e mirante (Figura 51). O agrupamento dos barracões induz a conformação de um pátio central o qual recebeu um tratamento em piso intertravado e canteiros arborizados com espécies de porte adequado e locadas de forma a não impedir a visualização dos edifícios, mas possibilitando espaços de sombra para os visitantes. No centro deste pátio foi inserido um espelho d’água circular localizado dentro do pequeno arrimo que restou da chaminé da usina, portanto, uma forma de relembrar sua existência.
A Figura 52 apresenta uma isométrica do projeto de todo o Complexo Cultural e a sequência de Figuras (da 53 a 56) apresenta vistas do restauro do pátio.
Como premissa, o projeto não intervém nas fachadas e todas as novas estruturas são instaladas afastadas das paredes existentes. Nos interiores, os rebocos serão retirados pois além de estarem danificados, a presença dos tijolos que carregam as marcas do passar do tempo reforça simbolicamente o caráter histórico do edifício. Alguns totens com recurso áudio-visual são instalados pelo espaço para contar detalhes da história do local.
ESPAÇO EXPOSITIVO
O Barracão 3 (Galpão Francês) junto do Barracão 06 formam o maior volume dentre os demais e por isso recebem a maior intervenção. Este edifício de estrutura metálica exposta não possui limites bem definidos entre seu interior e exterior, visto que a maior parte das aberturas não apresenta caixilhos. Somado a isso, no processo de desmonte da indústria e retirada do maquinário, algumas partes da alvenaria de vedação em tijolos maciços foi destruída (QUECINI, 1999) o que originou novas aberturas na fachada. Dessa forma, é um galpão que não se apresenta como uma construção fechada e estanque, mas como uma estrutura aberta que se apoia no solo e mantém relação física e visual direta com seu entorno, conforme mostra a figura 57.
Ao concluir esta leitura do edifício histórico, o projeto proposto mantém tal condição e se estrutura na ideia de ter o patrimônio como abrigo para um edifício contemporâneo implantado em seu interior cuja materialidade seja distinta e oposta à apresentada pelo edifício histórico e com possível reversibilidade, que é característica à estrutura metálica, conforme previsto pela Carta de Veneza de 1964. O projeto também parte da premissa de não intervir nas fachadas e todas as novas estruturas são instaladas afastadas das paredes existentes.
Dessa forma, este novo edifício é composto por uma estrutura em perfis metálicos (modelo “I”) aparentes e de cor branca, com fechamento em painéis de vidro transparente. Esta configuração estrutural e materialidade são escolhidas para gerar um edifício que estabeleça uma relação diáfana com o patrimônio existente, de forma que seus limites visuais sejam ampliados para além dos limites físicos. Assim, o observador consegue ver através das fachadas e isso torna o patrimônio sempre presente na experiência do usuário neste espaço, estando ele dentro ou fora do edifício contemporâneo.
Embora essa transparência seja fundamental à proposta, uma malha metálica perfurada é adicionada como uma segunda pele à fachada do térreo e do 3º pavimento a fim de criar uma sutil barreira que funciona como um filtro entre interior e exterior, regulando a intensidade da Fonte:
transparência da fachada conforme o ângulo de observação e sem comprometer a visibilidade através do edifício. Uma rampa entre o pavimento térreo e o 2º pavimento conclui a composição das fachadas. Ela é proposta como uma possiblidade de criar um percurso de observação do espaço, além de ser um acesso entre pavimentos. Não é o único elemento a garantir a acessibilidade, pois também foi inserido elevador.
O piso do pavimento térreo é uma extensão do piso intertravado do pátio externo em busca de valorizar a contiguidade existente entre estes espaços. Para o piso dos demais pavimentos foi escolhida uma madeira de tonalidade clara que possibilite a sensação de contraste entre a parede de tijolos em tom mais avermelhado, além de que a madeira auxilia na acústica dos espaços.
As tubulações hidráulicas e elétricas foram fixadas junto à estrutura do edifício e ficam aparentes. A Figura 58 mostra a inserção deste novo edifício no interior do Galpão Francês e na sequência (Figura 59) a ordem de composição dos elementos deste novo edifício.
O edifício é composto por um programa de necessidades com 3 diferentes exposições que estão distribuidas de acordo com a Figura 60.
O acervo fixo (Museu Escola) é proposto como um espaço destinado à realização de um trabalho educativo e científico tendo como público alvo visitas das escolas de toda a região. Seu percurso inicia-se pela Recepção no térreo que ocupa um anexo do edifício existente, no qual também se encontra a área administrativa do museu.
O acervo temporário é dedicado a exposições artísticas itinerantes e é por onde se acessa a passarela cujo destino é o mirante, instalado em outro edifício. Seu acesso se dá pelo uso da rampa ou do conjunto escada e elevador.
O Memorial da Usina, que ocupa uma parte do mezanino do 3º pavimento, é um espaço destinado a contar a história da Antiga Usina Santa Bárbara e de seus trabalhadores, através de painéis compostos por um acervo de fotos e exibição de vídeos históricos. Complementa esse edifício um bloco com banheiros e elevador, sobre o qual fica a caixa d’água. A escada e mezaninos que ficam entre os dois blocos laterais articulam tanto a circulação vertical quanto a horizontal e são espaços para contemplação do patrimônio e da paisagem externa em cada um dos níveis dos pavimentos.
A sequência de Figuras (da 61 a 80) inicia mostrando as plantas e cortes tanto deste edifício chamado de Espaço Expositivo quanto dos demais espaços a serem apresentados ao longo deste capítulo. Na sequência, são apresentadas as vistas do Espaço Expositivo.
CORTES
As aberturas da fachada norte se encontram sem caixilhos e com a alvenaria ao redor bastante exposta e degradada, como solução, foi projetada uma moldura para estabilizar estas aberturas e impedir maiores desgastes e quedas de tijolos. Como é uma intervenção que interfere visualmente na fachada do edifício, o uso do metal branco adotado como linguagem para este projeto de restauro descaracterizaria a imagem do patrimônio. Dessa forma o material proposto é o aço corten que é um material contemporâneo e, portanto, distinto do patrimônio, mas que possui tonalidades entre marrom e laranja que dialogam melhor com as cores dos tijolos cerâmicos das fachadas (Figura 81).
BIBLIOTECA
Partindo do Galpão Francês, a intervenção se expande para as estruturas adjacentes. A biblioteca ocupa o Barracão 02 que originalmente é um edifício térreo com pé direito alto (Figura 82). A fim de criar unidade entre este barracão e o galpão francês, originalmente unidos apenas por um pequeno vão de porta, o projeto apresenta uma abertura na alvenaria de vedação existente, expondo todo o espaço da biblioteca; de dentro dela, a nova vedação em vidro permite a visualização de todo o galpão francês. O trecho hachurado na Figura 82 representa a área desta abertura.
Partindo das características encontradas o projeto propõe um mezanino de estrutura metálica que ocupa o perímetro do edifício mantendo um vão central no qual fica a rampa que faz a conexão entre os pavimentos.
Todas as estantes são propostas com altura máxima de 1,40m, adequado ao uso de pessoa com cadeira de roda.
Este barracão é iluminado apenas por pequenas janelas nas fachadas leste e norte e por isso encontrase bastante escuro. Para adequá-lo ao novo programa, considerando a premissa de não intervir nas fachadas, o projeto cria uma abertura zenital em cima de cada uma das cumeeiras dos telhados, dos quais parte das telhas metálicas foi retirada para formar um lanternim e permitir a entrada da iluminação. Esta estratégia também favorece a renovação contínua de ar pois o ar quente sobe e sai pelas aberturas basculantes do lanternin, que devido a altura devem ter seu mecanismo automatizado.
AUDITÓRIO E CAFETERIA
O Barracão 04 (Figura 94) abriga um auditório para diversos usos como palestras, cursos e exibições de filmes. Sua capacidade é de 381 pessoas, contando com 6 assentos para pessoa com cadeira de rodas (PCD), 3 lugares para pessoa com necessidade especial (PNE) e 3 lugares para pessoa obesa (PO), conforme estabelece a legislação.
Acompanhando a inclinação do telhado, é instalado logo abaixo das telhas um forro acústico de madeira. Completa esse sistema um segundo forro, dessa vez plano e vazado, logo abaixo das tesouras, assim, ao passar por ele, as ondas sonoras rebatem em suas superfícies resultando em uma menor reverberação.
Ao lado do Barracão 04 tem-se o Barracão 05 (Figura 95), uma construção mais baixa que os demais edifícios a sua volta no qual propõe-se a instalação de uma cafeteria. Nela, o piso segue o mesmo da área externa (pátio) e do térreo do Galpão Francês, reforçando a interligação entre estes espaços. Bem como em todas as demais áreas de projeto as características originais são mantidas, como é o caso dos caixilhos, da cobertura e do tijolo de barro, que contrasta com os acabamentos em tons claros. Na sequência, as Figuras 96 a 100 mostram o projeto destes espaços.
MIRANTE
Este projeto é completado com a implantação de um mirante no barracão 11 (Figura 101), que é um edifício em estado mais avançado de degradação, estando sem cobertura e tomado por árvores em seu interior. A proposta é instalar, em estrutura de concreto armado, uma laje no seu ponto mais alto, da qual uma rampa acessível é acomodada seguindo o perímetro das paredes desta edificação até chegar ao nível do pátio do complexo cultural.
O acesso ao mirante pode ser feito pela passarela que inicia no último pavimento do Edifício Expositivo ou diretamente pelo pátio, através da referida rampa.
Conceitualmente, pretende-se criar aqui um contraponto entre a magnitude da paisagem do complexo industrial da Antiga Usina Santa Bárbara, que pode ser apreciado do alto, e o interior mais escuro e degradado do edifício (barracão 11), a fim de contemplá-lo como símbolo e memória do período de abandono da usina, que também compõe parte de sua existência. Dessa forma, propõe-se a reflexão sobre a importância de preservar os edifícios que compõe nossa história. As Figuras 103 a 107 apresentam as Vistas deste Mirante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 0 7
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na condição de cidadão de Santa Bárbara d’Oeste, este Trabalho Final de Graduação é a busca por dedicar atenção a um espaço que é tão importante, simbólico e que compõe o cognitivo dos barbarenses, mas que sob os olhares desatentos do cotidiano tem caminhado a um estado de ruina. Conforme foi apresentado na pesquisa teórica, - capítulos 3 e 4, os edifícios históricos só poderão se manter como símbolos da própria passagem do tempo e como testemunhas da história do local onde estão, se forem preservados através do processo de restauro seguido por constante manutenção.
Considerando que uma forma eficiente de promover a preservação é inserir o bem histórico na vida dos cidadãos de forma que o seu uso possibilite a identificação entre usuário e espaço, a proposta projetual inseriu um programa de necessidades múltiplo com o qual pretende atrair usuários que buscam por espaços culturais, educativos, recreativos, contemplativos, isto é, com interesses variados. Do mesmo modo, espera-se atender as demandas de todas as faixas etárias.
Deve-se ainda salientar que o projeto proposto buscou valorizar a história da Antiga Usina Santa Bárbara, e enfatizar a relação afetiva com a cidade e os cidadãos, por meio do espaço “Memorial da Usina”, criado para apresentar as imagens antigas e exibir vídeos históricos.
Pelo conjunto de desenhos e imagens que foram apresentados para ilustrar a proposta de projeto deste TFG, entende-se que o objetivo de desenvolver um complexo multiuso em busca de estabelecer conexão com a memória dos tempos de funcionamento da usina e transmitir seu legado para as gerações futuras, foi atingido.
É importante dizer que os métodos escolhidos:
Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental e Estudo de Caso, formaram o fio condutor dessa pesquisa e direcionaram o projeto aqui apresentado. Os projetos selecionados como referência, apontaram conceitos e soluções que foram muito importantes para sedimentar as ideias ilustradas no projeto do Conjunto Industrial da Antiga Usina Santa Bárbara.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
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Legislação:
SANTA BÁRBARA D’OESTE, Plano Diretor: Lei Complementar nº 265, de 14 de dezembro de 2017. Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento do Município de Santa Bárbara d’Oeste e dá outras providências
SANTA BÁRBARA D’OESTE, Plano Diretor de Turismo. 2016.
SANTA BÁRBARA D’OESTE, Decreto nº 3641, de 11 de abril de 2006. Dispõe sobre o tombamento do Caminho dos Flamboyants e dá outras providências.
SANTA BÁRBARA D’OESTE, Decreto n° 3828, de 11 DE abril de 2008. Dispõe sobre o tombamento de bens de interesse cultural, histórico, arquitetônico, ambiental e afetivo desse Município objeto das matrículas n. o 5.134, 52.182, 53.278 e 58.066, integrantes da "Antiga Usina Santa Bárbara" conforme descrição e dá outras providências".
SANTA BÁRBARA D’OESTE. Lei nº 4080, de 18 de março de 2019. Dispõe sobre a reestruturação do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santa Bárbara d’Oeste, dando outras providências.