Cultura Rock - DF (PILOTO)

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ACONTECEU NA CIDADE

brasília motocapital

a cultura

Vivo ou morto?

Um panorama da cultura jovem do df nos dias de hoje

f d o n k c o r

O evento que bate recorde de público a cada ano, e hoje já faz parte da cultura da cidade

o rock de brasília

nos dias de hoje

banda totem

rock em português

com poesia e peso

ENTREVISTA

COBERTURA

João Barone Barone conta histórias e planos para o próximo ano

PORão do rock

Confira tudo o que aconteceu no evento de rock mais agitado da Capital federal

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arte do mês

hendrix forever site: www.gabrielmarchi.com e-mail: marchi.carneiro@gmail.com Fone: (61) 8178 6493

2 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

Gabriel Marchi Designer Gráfico, Ilustrador e Web Designer, artista talentoso já trabalhou em gráficas e serigrafias, empreendedor criou a Colina Estudio. Mentor do curso de Illustrator Avançado e coordenador academico da Studio Online. Acesse www.culturarockdf.com.br


índice

10 a cultura rock no DF Vivo ou morto? o rock de brasília nos dias de hoje........................................................ 04

editorial

Entrevista- joão barone............................. 05

O guitarrista norte-americano Frank

Fotos do mês..................................................... 07

Zappa certa vez disse que “O jornal-

Onde matar o calor no estilo rock n’ roll....................................................................... 08

sabe escrever entrevistando gente

A cultura rock no DF..................................... 10 Cobertura - porão do rock........................ 12

ismo de rock envolve gente que não

05

entrevista joão barone

que não sabe falar para gente que não sabe ler” . Preconceitos à parte, o jornalismo logo observou que teria que adaptar sua linguagem se quisesse falar com o novo público

banda do mês - totem.................................... 14

que surgiu a partir da década de 60.

álbuns do mês.................................................. 15

mente, tanto na maneira de se fazer a

As modificações se deram empiricapauta (já que houve uma mudança de

histórias de brasília..................................... 16

interesse), quanto a redação (o público de rock não estava interessado nos

sessão retrô..................................................... 17 aconteceu na cidade..................................... 18 pra descontrair.............................................. 19

cobertura porão do rock

12

formalismos do jornalismo clássico). Até hoje, ainda não há uma fórmula que se possa apontar como a maneira correta de se falar de rock. Nos E.U.A, pode se dizer que o jornalismo de rock foi moldado pelas revistas especializadas, como a Rolling Stone.

expediente

No Brasil, essa linguagem começou a

Cultura Rock DF Telefone: (61) 8124-2085 E-mail: culturarockdf@gmail.com Site: www.culturarockdf.com.br

Revisão Eliana Silva Diagramação e arte Gabriel Marchi Administração Flávio Zanetti Financeiro Mônica Lima

Diretor de redação Bruno Souza Editor Leonardo Machado Marketing Daniel Almeida Comercial Juliana Campos

Colaboradores Renato Costa, Armando Almeida, Fernanda Albuquerque, Sílvia Quadros, Olívia Santos Ribeiro, Rafael Soares, Alberto Silva.

se delinear na década de 70, tomou forma na década de 80 (em revistas como a Bizz) e passou a ser utilizada até para falar de outras coisas além de música na década de 90. Leonardo Machado

Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 3


vivo ou morto? o Rock de brasília nos dias

de hoje

B

rasília hoje faz cinquenta anos. Já sua cena roqueira é alguns anos mais jovem. Alguns conseguiram sucesso local, outros até gravaram (Os Quadradões acabaram de lançar um novo disco independente no Distrito Fedral por exemplo) e todos continuam bem ainda hoje. A cena da cidade continua forte. As coisas começaram a esquentar mesmo na segunda metade dos anos 70, quando os ventos da liberdade política (a anistia dos presos políticos) e musical (o punk rock) começaram a soprar . O catalisador da nascente cena brasiliense foi um moleque chamado Renato Manfredini Júnior. Nascido em 1960 no Rio de Janeiro ele chegou em Brasília 13 anos depois, não sem antes passar um tempo em Nova York (seu pai trabalhava no Banco do Brasil) e já fissurado em rock. Foi Manfredini quem formou o Aborto Elétrico, a primeira banda punk da cidade, e uma das primeiras do país, em 1978 e criou o estopim para que outros jovens também virassem músicos, ou ao menos começassem a criar uma vida cultural em Brasília. Ah sim, Manfredini logo trocaria seu sobrenome para Russo. O Aborto Elétrico durou pouco e não deixou nenhuma gravação, além de registros amadores, mas deixou um grande legado, já que seus membros formaram posteriormente a Legião Urbana e o Capital Inicial e o surgimento deles ajudou no surgimento de outros grupos, alguns famosos como a Plebe Rude e outros com grande fama cult, caso do Escola de Escândalo, tida como a “grande banda perdida” do rock brasiliense. Várias canções do Aborto posteriormente viraram hits com Legião (Que País é Esse?) e Capital (Música Urbana e Fátima). Esses últimos registraram em disco as canções da banda em 2005 quando o grande público finalmente

4 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

conheceu canções há muito faladas mas pouco, ou nunca, ouvidas como Anúncio de Refrigerante. Com o estouro da Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial no meio dos anos 80 as gravadoras foram atrás de mais bandas do planalto. Mas pouco, ou nada aconteceu com gente como Finnis Africae ou Arte no Escuro e Detrito Federal. Ainda nos anos 80 vale uma menção ao Obina Shok. Esse grupo formado por brasileiros e estrangeiros filhos de diplomatas que trabalhavam na cidade ao lado dos Paralamas do Sucesso, foram pioneiros no uso de elementos de música africana no rock brasileiro. Por falar nos Paralamas, é bom lembrar que no começo muitos pensaram que eles eram de lá, já que seus integrantes se conheceram na capital fedreal. Mas a importância deles para a cena é enorme, já que o primeiro disco do grupo de Herbert Vianna trazia uma cover de Química e uma parceria Herbert/Renato

Russo O Que Eu Não Disse. Herbert também produziu a estreia da Plebe Rude. A década de 90 foi boa para o pop Brasiliense com revelações no rock, Raimundos, reggae, Natiruts e mesmo na MPB, afinal Zélia Duncan pode ser carioca, mas assim como Renato Russo também cresceu e inciou a carreira na cidade. Entre os grupos que quase chegaram lá vale lembrar o Little Quail and the Mad Birds. Esses lançaram disco pelo selo banguela dos Titãs, o mesmo que revelou os Raimundos, as logo acabaram, com o líder Gabriel Tomáz formando em seguida o Autoramas.

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entrevista

o ã jo rone ba a strad e e d s no m 30 a Confira o c a t e! ris o bate a com a gent rs conve

J

oão Alberto Barone Reis e Silva nasceu no dia 5 de agosto de 1962, no Rio de Janeiro. É baterista dos Paralamas do Sucesso, com Bi Ribeiro e Herbert Vianna. Torcedor fanático do Fluminense. Considerado um dos melhores bateristas do Brasil, senão o melhor. Como diz Herbert Vianna: “As baquetas mais velozes da América Latina”. Com vocês: João Barone. Por Leonardo Machado Em que momento da sua vida você pensou em ser músico? E porque escolheu tocar bateria? Foi um desses relances de criança, meu irmão estava ensaiando com sua banda de escola na garagem lá de casa, em ‘1970 e poucos’. Eu já gostava de rock, especialmente Beatles, aí na hora do lanche, subi na bateria e toquei a batida de Ticket to Ride, do filme Help… daí pra ser reconhecido como baterista na minha escola, foi um pulo. Levei anos até conseguir uma bateria velha que o diretor da escola local me autorizou usar, reformada com peles de couro natural mesmo, era uma beleza! Ainda não tinha nem tocado junto com outros amigos que tinham guitarra e baixo, mas em pouco tempo conseguimos dar umas canjas no intervalo da banda de baile, nos shows para os universitários no clube local, era na Universidade Rural, zona Oeste do Rio, onde morei até conhecer Bi e Herbert, naquela antológica ocasião do festival de música, que todos conhecem a história…

Você participou de um período riquíssimo pra cultura brasileira, que foi a década de 80. O que essa geração significou pra você e como era estar nesse meio? Nós estávamos muito dentro e muito calouros para ter essa dimensão. Agora podemos ver com um certo distanciamento histórico. Mas não éramos assim tão focados. Nosso ideal era tocar no Western, uma espelunca que tinha aqui no Rio, mandar a demo pra Rádio Fluminense Maldita, depois tocar no Circo Voador, abrindo para o Lulu Santos, que dava a maior força pra gente. Quando conseguimos isso tudo, nem sabíamos para onde ir, até a hora em que assinamos o contrato com a Odeon, no começo de 83. Fizemos prova para carteira de músico na Ordem dos Músicos junto com o Kid Abelha, que conhecemos ali na ocasião. A turma de Brasília, especialmente o Renato Russo, ainda eram ilustres desconhecidos. Queríamos era questionar o modelo vigente dos medalhões da MPB, com suas coberturas em São Conrado e Mercedes brancas que ganhavam das gravadoras. Foi aí que veio a revolução da Blitz, do Circo, do punk paulísta... pegamos uma marola boa nessa época. Em algumas entrevistas, o Lobão fala sobre uma certa “perseguição musical” dos Paralamas, que vocês sempre o copiavam... Isso faz sentido ou é paranoia dele? O que ele não fala é que todas as músicas que ele acusa de plágio já tinham sido gravadas por nós antes dele, no começo da banda. Eu adorava Cena de Cinema, Os

Ronaldos, depois ele ficou muito desinteressante. Pra plagiar tem que ter coisas boas (risos). Acho que agora que ele virou escritor de sucesso, vai se acalmar. A minha explicação, de quem estava de fora e viu tudo, é que todos os “amigos” da geração dele - Ritchie, Lulu, Evandro Mesquita, Marina entre outros - faziam sucesso e ele não, por isso o recalque. Então devia pensar: “Epa! Esse guri com cara de nerd (Herbert) não pode fazer mais sucesso que eu, não!”. Aí escolheu o Herbert pra judas. Mas ele sempre falou que só fala mal de quem ele gosta, haja visto o Caetano, que até fez música pra ele. Sei que você é apaixonado por tudo que envolve a Segunda Guerra Mundial. De onde vem esse fascínio pelo tema? Meu pai foi pra guerra. Eu redescobri essa história que era muito comum dentro da minha casa, ampliei e aprofundei o tema. Estou lançando meu segundo livro (1942 - O Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida) e produzindo meu segundo documentário (O Caminho dos Heróis) sobre o Brasil na guerra. Adoro o assunto, tenho um núcleo de projetos com meu irmão. Em breve vamos produzir uma mini série. Vai ser top mesmo, como nunca se viu por aqui. Atualmente os Paralamas estão com a turnê ‘Brasil Afora’, certo? Vão continuar com esse show em 2013 ou vem coisa nova por aí? Disco novo? Estamos preparando a turnê dos 30 anos. Vai começar em maio, junho. São trinta anos sem parar. O Toni Platão, meu chapa, costuJaneiro de 2016 Cultura Rock - DF 5


ENTREVISTA - JOão barone

ma dizer: “Vocês tocaram no primeiro Rock in Rio e, de lá pra cá, nunca mais pararam!”. É verdade! Nem sentimos o tempo passar. Vamos tentar aprontar algo inédito para a turnê, quem sabe? Em que momento da sua vida você pensou em ser músico? E porque escolheu tocar bateria? Foi um desses relances de criança, meu irmão estava ensaiando com sua banda de escola na garagem lá de casa, em ‘1970 e poucos’. Eu já gostava de rock, especialmente Beatles, aí na hora do lanche, subi na bateria e toquei a batida de Ticket to Ride, do filme Help… daí pra ser reconhecido como baterista na minha escola, foi

Estamos preparando a turnê dos 30 anos. Vai começar em maio, junho. São trinta anos sem parar.

um pulo. Levei anos até conseguir uma bateria velha que o diretor da escola local me autorizou usar, reformada com peles de couro natural mesmo, era uma beleza! Ainda não tinha nem tocado junto com outros amigos que tinham guitarra e baixo, mas em pouco tempo conseguimos dar umas canjas no intervalo da banda de baile, nos shows para os universitários no clube local, era na Universidade Rural, zona Oeste do Rio, onde morei até conhecer Bi e Herbert, naquela antológica ocasião do festival de música. Para o João Barone, a vida é... (?) Uma jornada onde o principal é o caminho, não a chegada.

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6 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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o d s o t Fo confira o que os leitores do andam fazen pela cidade

s ê m

Twitadas Brasília Motocapital

Leonardo @Motocapital Oct 7 Galera, é cedo p/ falar sobre 2017 e não podemos prometer nomes. Mas vamos olhar com carinho todos os pedidos, como sempre fizemos. <3

Gabriel @Motocapital Oct 7 Essa e outras versões de grandes sucessos você só encontra no #Motocapital 30 Anos Box Brasil.

Juliana @Motocapital Corre! Você ainda pode se tornar um membro do Rock in Rio Club.

Pablo @Motocapital O festival virou livro! Tá esperando o que pra garantir sua edição? Disponível nas principais livrarias.

PEDRA AL ROLLA IV T S E F A D E FERNAN BERNARDO /11/2015

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Marcelo @Motocapital Esse ano superou as minhas expectativas! Valeu Motocapital por mais um evento que ficou na história.

Jessyca @Motocapital Fui em 3 dias, e tudo estava muito legal. As bandas, as tendas alternativas e muito mais!!

SANDRO PEREIRA - METALLICA COVER NO VELVET PUB 12/11/2015

C AROLINE S FESTIVAL ANNOTOS - JAZZ ROCK CC BB 17/11/20 15

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Que tal a sua foto na próxima edição? Envie para a gente fotosdomes@culturarock.com Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 7


o r a t a m onde

CALOR no estilo rock n’roll

P

rocurando o que fazer a noite na cidade Brasília? No Guia da Semana você encontra as melhores opções de bares, baladas e festas para se divertir a vontade, Confira!

Barkowski 408 norte

Os fãs de rock se espalham nas mesas e pelo balcão, ao som de todas as vertentes do estilo. Saciam o apetite a porção individual de escondidinho de carne-seca (R$ 9,00) e as iscas de carne ao molho Jack Daniel’s (R$ 35,00 para até quatro pessoas). Servida em garrafa long neck, a cerveja artesanal Coruja, do Rio Grande do Sul (R$ 18,00) chega à mesa nas versões labareda, tipo lager, com pimenta; e coice, escura, com canela e teor alcoólico de 11,5%. Já a catarinense Eisenbahn Strong Golden Ale sai a R$ 8,50. O uísque Jack Daniel’s é servido por R$ 13,00.

Rock’n Roll. E nesta terça-feira que comandou o palco do Point das Máquinas foi a Banda Mr. Hyde. Além das variadas comidas típicas como pamonha, acarajé, pastéis, churrasquinho, empadas, tapioca…. Há, também, exposição de Carros Antigos, Jeep e outras Super Máquinas!!! Outras iniciativas foram se multiplicando, tais como o encontro do Wall Mart, da Vila Planalto, do Shopping Flórida Mall e, finalmente, a realização de um encontro em um espaço público.

Calçadão da Asa Norte FInal da Asa Norte

Point das Máquinas Torre de TV

Todas as terças, na Praça de Artesanato da Torre de TV, rola o Point das Máquinas, um grande encontro de motociclistas, e sempre com uma banda mandando o bom e velho 8 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

A qualquer hora da manhã ou da tarde, não importa o dia da semana, quem passar pelo Calçadão da Asa Norte — como foi batizado o novo espaço de lazer, formado por um píer à beira do Lago Paranoá, no fim da L2 Norte — vai encontrar pescadores espalhados pela orla. O lugar, inaugurado em julho, já foi adotado pela comunidade. Além de pescar, os visitantes podem fazer caminhada, brincar no parquinho e tomar água de coco.

Fim da Linha Bar & Wash ADE Conjunto 17, s/n - Taguatinga Brasília - DF

Chamadas de “detalhamento de pintura”, as limpezas das motos podem ser feitas a qualquer dia, por ordem de chegada, ao preço de R$ 40,00. Enquanto esperam, os clientes podem degustar oito opções de petiscos, como calabresa acebolada (R$ 15,00) e batata frita com queijo (R$ 15,00). Quem não estiver dirigindo pode explorar os cerca de trinta rótulos de cervejas especiais disponíveis na geladeira do bar, como a alemã Paulaner (R$ 20,00; 500 mililitros) e a belga Duvel (R$ 23,00; 330 mililitros). De acordo com Rogério Avelino, sócio do bar , o limão dá um toque “original e abrasileirado ao produto”. “A receita é fruto de pesquisa que estamos fazendo há algum tempo”, explica. O bar funciona de De segunda a sexta das 17h às 02h e Sábado e domingo das 10hàs 02h

Mesmo assim, famílias inteiras se divertem no local, sem se preocupar com as falhas do espaço. As cenas vistas ali trazem um clima de beira de rio a Brasília. O técnico em refrigeração Augusto José Fernandes, 34 anos, morador do Recanto das Emas, aproveitou o domingo passado por lá com a família. A filha dele, Hiorrana, 3 anos, pescou vários peixes pequenos. Cada vez que um fisgava a isca, ela comemorava. Para Augusto, esse espaço proporciona bons momentos em família, em contato com a natureza. Acesse www.culturarockdf.com.br


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Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 9


a cultura

no principais erço de algumas das dos anos bandas da cena jovem o título de 1980, Brasília recebeu r abrigar no“Capital do Rock” po do Sucesso, mes como Paralamas pital Inicial. Legião Urbana e Ca da explosão Três décadas depois nacional e do gênero no mercado motivos para Brasília ainda nos da não perder tal título.

B

Brasília Capital do Rock Em 2015, os shows antológicos de Paralamas e Titãs no Brasília Rock Show e Lulu Santos e Capital no Brasília Pop , não deixaram dúvidas que ainda somos a capital brasileira do verdadeiro Rock! Título defendido por quase 30 mil fãs que foram ao delírio nos quatro shows. Chegou a hora do projeto Brasília Capital do Rock para tirar qualquer dúvida da nossa hegemonia quando o assunto é Rock n’ Roll. Dessa vez, Nando Reis e Ira!, tocando juntos pela primeira vez na cidade, chegam com seus Hits, celebrando o dia mundial do rock, determinados a mostrar que nunca deixaremos de ser a verdadeira Capital do Rock!

1980, surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller.

Cinema, Moda, Estilo de vida

Neste evento também ocorre o projeto Brasília Capital Cultural, celebrando o encontro do sudeste, onde será montada uma praça com stands de artesanato, cultura, arte e gastronomia da região, além de shows e encontro de motociclistas.

Música, arte, dança No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja; nessa época, despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso, que fora profissional da área de saúde na capital federal. No começo dos anos 10 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

Embora não faça parte da mostra competitiva, o documentário Rock Brasília - A Era de Ouro, de Vladimir Carvalho, emocionou o público na abertura do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nessa segunda-feira 26 à noite, no Teatro Nacional. O filme, que conta a história da geração do rock dos anos 80 em Brasília, não só empolgou pela espontaneidade dos depoimentos dos mú-

sicos, mas também pela identificação com os que moram nas superquadras e que, de alguma forma, viram o movimento do rock ocorrer na cidade. Vladimir Carvalho retrata a geração que gerou bandas como Capital Inicial, Legião Urbana e Plebe Rude, valorizando a capacidade que esses jovens tiveram de se expressar em meio a condições adversas. “Eram jovens que reagiam institivamente à autoridade. Eram jovens cultos, viajados e que fizeram músicas e letras permeadas dessa reação naquele momento de transição da política. Eles não foram cooptados, eles cooptaram”, disse à Agência Brasil o cineasta, que era professor da Universidade de Brasília (UnB) na década de 1980 e registrou os momentos iniciais das bandas, além de entrevistas com seus integrantes em 1987 e 1988. “Percebi que havia história no movimento desses rapazes porque eles estavam voltando a Brasília depois de tocar em várias cidades brasileiras. Comecei a gravar os shows que aconteciam na Foods (lanchonete da Asa Sul), na UnB e a gravar entrevistas com esses garotos. Isso ficou guardado por mais de 20 anos. A minha sorte é que não estragou”, acrescentou. Vladimir ressalta o exemplo dessa geração pelo papel de resistência e, principalmente, de crença em um sonho. “É necessário Acesse www.culturarockdf.com.br


olhar no retrovisor para entender muito do Brasil de hoje. Esses garotos deram um ensurdecedor exemplo de perseverança e crença em um sonho. E tem que ser assim para que esse sonho se torne realidade”, disse. “Eles ainda sentiram o peso dos resquícios da ditadura, chegaram a ser presos em um show em Patos de Minas e viram que o negócio era sério”. O baterista Fe Lemos, da banda Capital Inicial, um dos entrevistados no documentário, lembrou que à época, não poderia imaginar a repercussão de sua simples vontade de tocar. “A gente via tudo como brincadeira. Nunca pensei que isso tivesse tamanha repercussão, da mesma forma que nunca pensei que estaríamos agora sem o Renato Russo, que sempre dizia que queria ser músico, depois cineasta e, depois, escrever um livro. Se ele estivesse aqui neste momento, com certeza estaria se aventurando pelas artes visuais”.

Esses garotos deram um ensurdecedor exemplo de perseverança e crença em um sonho

Literatura, Gastronomia, Idéias autônoma, intimamente ligada ao processo de organização cultural da cidade e as causas sociais. Nascia assim o Ferrock Festival Revolução e Rock que tornou-se hoje o mais tradicional e expressivo Festival de Rock do Brasil e o mais antigo ainda em franca atividade, a ponto de fazer parte do calendário oficial de eventos do Governo do Distrito Federal (GDF) quando, em 2001, através da lei nº 2754 de 26 de julho daquele ano, instituiu o Dia do Centro CulturalFerrock . Lá pelo idos de 1984 em Ceilândia, no Distrito Federal, um grupo de amantes do rock’n roll resolveu fundar uma entidade

atividades sócio-culturais: lazer, diversão, cultura e informação. O sucesso de atrelar a música à temas sociais fez com que cada edição trouxesse uma discussão chave e o engajamento na promoção de campanhas públicas, tais como Criança: Ontem, Hoje e Amanhã? (1986); Negro: Liberdade, Justiça e paz (1987); Nação indígena: Ontem, Hoje e Amanhã? (1988); Onde estão os constituintes? (1989); Idosos: Quando terão seus direitos reconhecidos? (1990); entre outros temas e campanhas sociais, agregando, a partir de 1994, a arrecadação de alimentos que são doados a creches e abrigos de idosos.

O Ferrock nasceu com a missão de oferecer ao público de Ceilândia, ainda carente de

O Festival já passou por muitos locais, mas entre 2004 e 2008 firmou parceria com a Administração Regional de Ceilândia para utilização da Praça do Trabalhador, ao lado do prédio da Administração Regional. A parceria incluia, também apoio para a coleta, armazenamento e distribuição de alimentos não perecíveis garantia de ingresso ao Festival - e que já chegou a arrecadar mais de 18 toneladas de alimentos não perecíveis junto a um público estimado em 25 mil pessoas. Empenhado em procurar movimentar suas atividades, mantendo o interesse pelos eventos organizados pelo Centro Cultural Ferrock, foram criados, também, o Ferrockstock, o Lagoa Reagge e o Balaio Cultural. Todas essas ações têm a missão de manter a tradição de Paz, Amor e Rock´n Roll com Cultura, Informação e Diversão, cercados por muita solidariedade, marcas do Ferrock Festival. Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 11


cobertura de evento - porão do rock

Porão do ck 2015 RSaibaocomo foi o Festival A

conteceu neste fim de semana em Brasília a 17ª edição do Festival Porão do Rock, com arena montada no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, surpreendeu na organização e na ótima estrutura oferecida pelo evento.

Aconteceu neste fim de semana em Brasília a 17ª edição do Festival Porão do Rock, com arena montada no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, surpreendeu na organização e na ótima estrutura oferecida pelo evento. Reunindo diversas bandas da capital federal e do cenário nacional, com público bem diversificado, o festival recebeu na primeira noite (30/08, sábado), 18 atrações, que se dividiram entre os três palcos montados na arena. No primeiro dia o público foi chegando aos poucos, por volta das 17h a Arandu Arakuaa já iniciava a abertura dos shows no palco UniCeub, seguido de Casacasta no Chilli Beans e Seconds Of Noise e Suicídio Coletivo no palco com som mais pesado, Budweiser. Após esses últimos, começava a correria entre os dois palcos principais e o Budweiser, com shows praticamente no mesmo horário, o público pode conferir o Dillo representando o DF, enquanto o Facada mostrava o rock mais cru do Ceará, antes, a Scalene também não deixou nada a desejar.

Barreto. No quesito animação, o show do Brothers of Brazil está em primeiro lugar, apenas na animação, que o Supla consegue fazer com estilo, só deveria gritar menos e atualizar o repertório. A prova de que o line-up estava bem diversificado nesse primeiro dia foi o Jota Quest que tocou na mesma hora do Ratos de Porão, e enquanto você tentava se deslocar até o palco Budweiser para ver João Gordo com o seu “Século Sinistro”, dava para perceber um grande público ainda ligado nas letras pop/românticas de Rogério Flausino e sua trupe. O Ratos de Porão talvez tenha feito um dos melhores shows da noite, apresentando músicas antigas e os sucessos do disco lançado esse ano, “Século Sinistro”. No set list com 23 faixas, João Gordo manda uma atrás da outra sem perder o fôlego, e claro, tinha que lembrar do 7 a 1 bem alí na frente do Mané Garrincha já mandando “Grande Bosta” do disco novo.

Outra banda que também apresentou o seu novo trabalho foi a Nação Zumbi, mandou cinco faixas

do novo álbum e outros clássicos do grupo, com um show longo os pernambucanos conseguiram animar a platéia mais no final do show, quando mandou o hit “Quando a Maré Encher”.

A banda que nasceu na “cidade do sol” mostra as suas novas canções e ganha destaque no Porão do Rock, tocando pela primeira vez em Brasília e no Festival, o Far From Alaska com seus solos de guitarra e misturas eletrônicas acompanhadas da voz de Emmily 12 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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O The Baggios, duo formado por Júlio Andrade e Gabriel Carvalho fez uma ótima apresentação, com músicas do disco “Sina”. Enquanto isso André Matos, ex-vocal do Angra, fechava a noite no palco Budweiser com o clássico “Evil Warning”. A brasiliense Madrenegra pasava pela segunda vez nos palcos do Porão do Rock e encerrou as apresentações do palco Chilli Beans com a participação do guitarrista Marcão, do Charlie Brown Jr, tocando ainda um cover de “Tudo que ela gosta de escutar”.

Calmo”, ótimas composições do Sete Vidas, seguido de um dos maiores sucessos de sua carreira, “Me Adora”, o show termina com “Máscara” e a nova “Serpente”, poderia ser o inverso. Apesar da pausa com a banda e do projeto mais leve, o “Agridoce”, Pitty ainda mantém no palco a mesma energia de 7 anos atrás, espero que ela continue aproveitando essas outras mais tantas vidas e fazendo o que ela sabe fazer de melhor: rock.

Foi o melhor porão de todos! Pena que foi só um dia, e ficou um gosto de quero mais!

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Depois de 8hs seguidas de música, o público de mais de 20 mil pessoas já se concentrava para ver finalmente a atração mais esperada da noite, que logo é anunciada: Pitty. Ela que passou pelo Porão do Rock em 2008, retorna agora com a turnê “Sete Vidas”, lançada este mês pra divulgar o seu mais novo álbum de mesmo nome. Surpreendeu quem esperava mais coisas do novo álbum, o set list foi todo recheado de sucessos antigos, desde “Teto de Vidro” e “Equalize” a “Pulsos” e “Na Sua Estante”. Ela ainda manda “Boca Aberta” e “Olho Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 13


banda do mês

Poesia e Língua Portuguesa à Serviço do Rock Pesado

N

a ativa desde 1999, o Totem já é veterano na cena de Brasília (DF), tendo na bagagem as demos “Os Quatro Elementos” (00), “Outra Palavra” (02) e “Demo 3” (06). Com longa experiência pelos palcos do Distrito Federal e também se apresentando por São Paulo e Rio de Janeiro, o parto de seu disco de estreia se concretizou somente em 2011, sendo curiosamente batizado como “Vale Quanto Pesa”. Lapidada ao longo dos anos e reforçada por uma formação que permaneceu inalterada desde o início de sua trajetória, a seção instrumental é bastante forte. Mas o desempenho do vocalista Regis Véi certamente dividirá opiniões em função da peculiaridade de seu timbre e um desempenho que poderia ser (bem) mais diversificado ao abordar temas em português que se aproximam das poesias e repletos de simbolismos muito bem observados, seja nas ocasiões distorcidas ou nas baladas.

A língua portuguesa, que para muitas bandas de rock é empecilho, para o Totem é sua melhor qualidade

O Totem já avisa que em breve estará disponibilizando seu próximo álbum para dar vazão às canções que foram sendo guardadas no baú ao longo dos anos... De qualquer forma, apesar da implicância deste escriba quanto ao campo vocal, fica a recomendação em o leitor amante do velho rock pesado e cantado na língua portuguesa em escutar “Vale Quanto Pesa” e tirar suas próprias conclusões – o trabalho é caprichado e vem em uma embalagem digipak muito sedutora!

O grande atrativo é, com certeza, a língua. Com letras de pura poesia urbana e simbologias, a banda faz uma crítica à sociedade e traz canções que falam de sentimentos de uma forma que somente poetas são capazes e, o melhor, em língua portuguesa, que para muitas bandas de rock é um empecilho, mas para o Totem é a sua melhor qualidade.

Para quem ainda torce o nariz para músicas que são cantadas em inglês, sugiro que ouçam “Vale Quanto Pesa” e revejam seus conceitos, pois um álbum como esse bate muitos outros que tenho ouvido nos últimos anos com letras relevantes e qualidade sonora de cair o queixo

Formação Regis Véi - voz Fábio Marreco - guitarra Alex Siqueira - baixo Thiago Totem - bateria

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14 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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álbuns do mês

álbuns em destaque desta edição

Totem Vale Quanto Pesa

Dynahead Chordata II

Scalene Éter

Etno As 7 fronteiras

“Vale Quanto Pesa” transita

Tão intenso e destruidor de

Éter possui composições na mes-

Dividido em 3 partes, com

basicamente pelo Hard e Heavy

barreiras quanto seu antecessor,

ma linha do disco anterior Real/

diversos capítulos, o novo álbum

Metal, devidamente fincado nas

“Chordata II” segue a mesma

Surreal, mas agora com letras

mistura linguagens do mundo

raízes dos estilos e, consequente-

linha, ou seja, aquela fusão per-

e sonoridades mais elaboradas

dos quadrinhos, cinema, teatro

mente, evitando as tendências

feita entre um Metal agressivo e

e sublimes. Como se tivessem

e literatura, e convida o público

dos últimos tempos. O Totem

brutal em certos momentos, com

pegado o excesso criativo do

para uma viagem através da

possui grande preocupação

doses de belas melodias, ritmos

álbum passado e transformado

narrativa pós-apocalíptica, uma

e constrói suas composições

quebrados, inclusive com a

em algo mais concentrado e

analogia com o mundo em que

com esmero, oferecendo uma

introdução de pequenos trechos

ainda versátil. Melodia nos

vivemos. A primeira parte da

verdadeira enxurrada de riffs e

de Bossa Nova, MPB e pitadas

vocais e peso nos riffs, climas e

história se chama “As 7 Fron-

bons solos, além de possuir uma

de Samba. E não é exagero dizer

dinâmicas que se alternam com

teiras” e apresenta 4 músicas

seção rítmica muito forte, ger-

nada disso, eles o são de fato,

facilidade e muita distorção são

inéditas.

ando faixas convincentes como

em uma música que é inovadora,

temas que fazem parte do rock

“Lei de Tabuleiro” e “Maracutaia”.

cheia de energia e vibrante.

moderno da Scalene.

Leonardo Machado Ouça: Lei de Tabuleiro

Leonardo Machado Ouça: Jugis

Gabriel Marchi Ouça: Gravidade

Pablo Marchi Ouça: Diário da morte

The Neves Nunca mais, por enquanto

Móveis Coloniais de Acaju De lá até aqui

Cassino Supernova Na estrada

Deceivers Paralytic

O riff da música Cinco, que abre

EP “Paralytic” (EP profissional,

Com a proposta de explorar o

De Lá até Aqui é o terceiro

o trabalho, já entrega as influên-

e não uma simples demo, que

indie e o folk rock, segmentos al-

álbum de estúdio da banda de

cias: rock clássico, dos anos 50,

fique claro), que revela toda

ternativos em ascensão no Brasil.

ska e rock Móveis Coloniais de

60 e 70. A letra mostra a devoção

a experiência adquirida ao

Em seu primeiro CD, entitulado

Acaju, lançado em 12 de agosto

pela filosofia beatnik, que já era

longo dos anos. Sua fórmula,

“Nunca mais, por enquanto”,

de 2013em formato físico pela

percebida na músicaNa Estrada,

tão amadurecida e que funde

dez músicas são compostas por

gravadora Som Livre. A banda

do primeiro EP da banda: pegar

de maneira incendiária a fúria

melodias marcantes, arranjos

brasiliense revelou que o álbum

a estrada sem destino, vivendo

do Heavy Metal e Hardcore, com

equilibrados, vocais envolventes

está “mais rock do que nunca,

como se cada dia fosse o último.

algumas linhas vocais hip hop,

e construções harmônicas.

com referências que vão da soul

Tudo regado a muito álcool,

apresenta três faixas ainda mais

music até baladas beatlemanía-

é claro. A música seguinte, A

trabalhadas e com letras de forte

cas, passando pelo disco dos

Última Sketch, tem cara de hit, e

teor pessoal e auto-reflexivo, em

anos 70”.

soa mais moderna, lembrando

detrimento dos aspectos sociais

The Strokes

e políticos de outrora.

Juliana Campos Ouça: A Última Sketch

Pablo Marchi Ouça: Paralytic

Leonardo Machado Ouça: Poema Bobo

Leonardo Machado Ouça: De lá até aqui

Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 15


e d s a i r ó t his

A I L Í BRAS s que a a d a it s u in s ia r histó

conte

ília ceram em bras

uma noite de festa na capital com

Erika Martins

Após a separação do Aborto Elétrico, que durou apenas três anos (1979-1982), Renato Russo decide tocar sozinho, fazendo shows acompanhado de um violão de 12 cordas, intitulando-se “O Trovador Solitário”. Dessa época, nascem músicas com um estilo mais folk, como Faroeste Caboclo (considerada por este que escreve

A inusitada troca do

Canisso

um giro pelos anos 80 com

Dinho

esta biografia a melhor canção já feita por um brasileiro), Eduardo e Mônica, Dado Viciado, Música Urbana 2 entre outras. Cansado de tocar sozinho, Renato Russo

Canisso é o integrante mais “família” do

Renato Russo é clássico. Renato Russo

convida Marcelo Bonfá para formar uma

grupo. Junto com a esposa Adriana, ele

não foi apenas um vocalista de uma

banda. O nome escolhido é Legião Ur-

tem três filhos: Mike, Lori e Nina. Um

banda de rock, foi e sempre será um

bana. Com Renato nos vocais e no baixo

dos primeiros baixos que ele teve foi

ídolo de milhões de pessoas, que até

e Marcelo na bateria, era necessário um

comprado com o dinheiro que ganhou

hoje, mesmo depois de nove anos de sua

guitarrista para que o trio fosse formado.

de um ferro velho após ter capotado seu

morte, engrandecem sua música.

Fusca azul calcinha – apelidado de Trovão

Com isso, Eduardo Paraná, um conceitu-

Azul – quando ensinava o Rodolfo a dirigir.

Renato Manfredini Júnior (Renato Russo)

Depois desse ele teve um Fusca prateado

ado guitarrista de Brasília é convidado

nasceu no dia 27 de março de 1960 na

com motor 1.9. Ele é um dos que mais

por Renato para entrar na banda e junto

cidade do Rio de Janeiro (RJ). Aos quatro

mantém o espírito de criança, entre

com ele entra também o tecladista Paulo

anos, ganhou um disco dos Beatles, que

coleções de miniaturas de carros, bonecos

Paulista. Porém, estes dois rapidamente

era uma de suas bandas preferidas,

de super-heróis e jogos de computador

saem da banda, já que impunham um

ao lado de Rolling Stones, Sex Pistols e

(ele constuma jogar muito via Internet,

estilo muito pesado na banda, o que

The Clash. Aos sete anos, se muda para

inclusive com outros músicos famosos

incomodava Renato e Bonfá.

os Estados Unidos, por causa de uma

como o Roger, do Ultraje a Rigor).

tranferência de seu pai (funcionário do Banco do Brasil) para Nova Iorque, onde

Com o hiato logo no começo da carreira

aprende a falar inglês.

do Raimundos, Canisso começou a estudar Direito na UnB.

Ico Ouro-Preto é convidado para ser o guitarrista e consegue um melhor resultado, mas acaba saindo em um mês. Dizia a lenda que ele morria de medo dos palcos

Por volta de 1975, surge o movimento punk nos Estados Unidos, que se carac-

Canisso saiu da banda logo no começo da

terizava por um rock simples, de poucos

turnê do “Kavookavala”, sendo substituído

acordes, sem muitos solos de guitarras,

pelo até então vocalista da banda Rum-

características do heavy metal.

bora, Alf. Numa das festinhas organizadas por Em 2007, houve a oportunidade de Canis-

uma turma que gostava do punk, Renato

so fazer alguns shows com o Raimundos,

Russo conhece André Pretorius, com

passando pouco tempo, foi oficializado o

quem decide formar uma banda. E com

retorno de Canisso, o que gerou, em 2008,

Renato nos vocais e no baixo, André na

uma turnê chamada “A volta de Canisso”,

guitarra e Fé Lemos (Capital Inicial) na

que contou com uma apresentação no

bateria, formou-se o Aborto Elétrico,

programa Altas Horas em abril de 2009.

primeira banda de Renato Russo.

16 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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fotos que marcaram a história do rock em Brasília

1

2

3

4

1- Aborto Elétrico no Cruzeiro - 1980 2- Teatro Rolla Pedra - 1981 3- Cartaz Festa Rockabilly - 1989 4- Metal Planaltina - 1984 Mais detalhes sobre as fotos em www.culturarockdf.com.br Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 17


aconteceu na CIDADE Brasilienses marcam presença na 20ª edição do Picnik, no Parque da Cidade É o 4º ano da iniciativa, que, desta vez, reúne 200 expositores e espera receber 13 mil pessoas até o fim do evento Na tarde deste sábado (15/8) teve início mais uma edição do Picnik – evento que une gastronimia, moda, música em um só espaço. Ele acontece até as 23h, no estacionamento 4 do Parque da Cidade. É o 4º ano da iniciativa, que, desta vez, reúne 200 expositores e espera receber 13 mil pessoas até o fim do evento. O último Picnik aconteceu na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano, quando cerca de 20 mil pessoas marcaram presença na ocasião. Fique ligado aqui na Cultura Rock DF para saber mais sobre o próximo evento.

‘Te vejo na 9’ uniu música e gastronomia na tarde de sábado Urukombi, com o DJ Philipe Nagô, estaciona na CLN 409

Baixista fazendo um som durante o evento

baratinhas? No dia 24, a Hamburgueria do Francês ocupa sua quadra com a terceira edição do “Te vejo na 9”, das 12h às 18h. Para agitar o público entre os blocos A e B da CLN 409, estará estacionada a Urukombi com o DJ Philipe Nagô. O evento recebe as lojas itinerantes Vincent - Casa de Chá, Chilli na Rua, Corina Cervejas Artesanais, Açaí Floresta, Quitanda Fácil, Stadt Bier, Recanto do Norte, Grote Markt Cervejas Especiais e Canivete Camiseteria. A organização do evento diz que pretende realizar mais edições em breve, então fique ligado para saber mais informações.

brasília motocapital O Brasília Motocapital 2015 chegou ao fim hoje (26) depois de cinco dias de festa. O maior encontro de motociclistas da América Latina e o terceiro maior do mundo bateu novo recorde de público. O Brasília Motocapital 2015 chegou ao fim hoje (26) depois de cinco dias de festa. O maior encontro de motociclistas da América Latina e o terceiro maior do mundo bateu novo recorde de público. Balanço parcial levantado pela organização do evento, com base em informações da Polícia Militar do DF, mostra que cerca de 500 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições da Granja do Torto de quarta-feira (22) a domingo (26). Em 2014, o evento reuniu 454 mil pessoas. “Estamos muito felizes com mais um ano de sucesso. O evento é feito por motociclistas para os motociclistas”, comemorou Marco Antônio Portinho, organizador do Brasília Motocapital. A décima terceira edição do Brasília Motocapital vai acontecer de 22 a 31 de julho. Em relação ao número de motos, o Brasília Motocapital 2015 recebeu mais de 150 mil máquinas. No ano passado, foram 117,8 mil. Outro recorde batido foi em relação ao tradicional passeio motociclístico pelas ruas da capital federal. Foram 30 mil motos e 12 quilômetros de extensão de máquinas pelos principais cartões postais de Brasília. Os números também foram passados pela Polícia Militar do DF. Em 2014, 17 mil motos participaram do passeio.

Green Move Festival Em sua quarta edição, o Green Move Festival se fortalece como um evento transformador em que pessoas são chamadas a se movimentarem em prol de um futuro melhor.

São várias gerações em busca dos mesmos objetivos: preservar o planeta, buscar um crescimento econômico sustentável, melhorar a vida de cada um e preservar o meio ambiente. Com diversão e informação, o Festival promove atitudes positivas e conscientes para um mundo melhor agora e para as gerações futuras.

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Quem tal aproveitar uma tarde de sábado com passeio ao ar livre, música boa e comidinhas 18 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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pra descontrair

QUIZ 3- Quantas bandas Dave Mustaine fez parte e quais são elas ? a) 2 bandas : Metallica e Megadeth b) 2 bandas : Led Zeppelin e Black Sabbath c) 4 bandas : Dio,Ozzy, KISS e Metallica

Qual o álbum do Metallica onde há um cemitério na capa? a) Ride the Lightning b) Death Magnetic c) Master of Puppets

4- A música ‘Bohemian Rhapsody’ pertence a qual banda ? a) Ramones b) Queen c) Sepultura

5- Qual baixista substituiu Cliff Burton no Metallica ? a) Roger Waters b) John Paul Jones c) Jason Newsted

Respostas 1- a) Back in Black, 2- b) Master of Puppets, 3- c) 2 bandas : Metallica e Megadeth, 4- b)Queen, 5- c) Jason Newsted

1- Qual o nome do álbum de estreia de Brian Johnson no AC/DC ? a) Highway to Hell b) Back in Black c) TNT

Janeiro de 2016 Cultura Rock - DF 19


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20 Cultura Rock - DF Janeiro de 2016

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