GUIA DE APOIO AO PROFESSOR FUNDAMENTOS, METODOLOGIA, EXERCÍCIOS NADANDO I – CRAWL COMPLETO | NADANDO II – CRAWL E COSTAS | NADANDO III – CRAWL, COSTAS PEITO
1-INTRODUÇÃO Atualmente, a natação é considerada um dos esportes que mais trazem benefícios à saúde de pessoas em todas as idades, auxiliando na prevenção de doenças cardiorrespiratórias, problemas posturais, entre outras condições. É um dos esportes mais completos para o corpo humano e, entre seus inúmeros benefícios, podemos citar o significativo desenvolvimento da capacidade motora, afetiva e cognitiva em crianças entre 3 e 6 anos, com melhoria do sistema cardiorrespiratório, tônus muscular, coordenação, equilíbrio, agilidade, força, velocidade, de habilidades como lateralidade, percepção tátil, auditiva e visual, noção espacial, temporal e ritmo, além da sociabilidade e da autoconfiança. Assim, a prática da natação aliada à estimulação de habilidades, respeitando-se as fases sensíveis da formação, a individualidade de cada um e o ensino adequado e programado, proporciona o desenvolvimento multilateral da criança, contribuindo para sua formação geral, bem como para o aprendizado de uma modalidade esportiva que ela poderá praticar no decorrer da vida, seja para fins competitivos, seja para outras finalidades. A natação infantil desenvolvida com crianças de 3 a 6 anos deve respeitar os aspectos físico, motor e cognitivo da criança, influenciando na maneira como o profissional de educação física trabalha e na forma como a criança assimila o ensinamento transmitido. A aprendizagem da natação depende exclusivamente do desenvolvimento de cada criança, pois cada uma reage a um estímulo de maneira diferente. Algumas crianças aprendem rápido por não terem medo da água, enquanto outras sentem um temor inicial, o que dificulta seu processo de aprendizagem. Assim sendo, é difícil afirmar em quanto tempo uma criança irá aprender a nadar.
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2- DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento motor é definido como um processo de alterações no sistema de funcionamento de um sujeito, no qual, ao longo do tempo, é adquirida melhor capacidade de entender, executar e controlar os movimentos (MANOEL, 2005), caracterizando-se como um processo contínuo de mudanças na capacidade funcional (HAYWOOD; GETCHELL, 2004). • Fase de movimentos fundamentais (2 a 7 anos), na qual as crianças estão envolvidas na experimentação das capacidades motoras do próprio corpo, descobrindo como executar várias formas de movimento; • Fase de movimentos especializados (acima de 7 anos), que é o período em que as habilidades motoras são refinadas e combinadas para o uso em diferentes situações (GALLAHUE; OZMUN, 2005).
2.1- ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MOTOR Estudiosos do desenvolvimento motor têm concentrado seus estudos sobretudo na infância, pois, além de esse ser o período de desenvolvimento e consolidação das habilidades motoras fundamentais, é onde o profissional de educação física tem grande possibilidade de intervenção (ISAYAMA; GALLARDO, 1998). A fase de desenvolvimento motor fundamental é composta de três estágios: estágio inicial, caracterizado pelas primeiras tentativas da criança em realizar movimentos, geralmente com o uso exagerado do corpo; estágio elementar, em que os movimentos envolvem maior controle e coordenação rítmica, mas ainda são restritos e exagerados; e estágio maduro, caracterizado por movimentos eficientes, coordenados e controlados (GALLAHUE, 2005).
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3- HABILIDADE MOTORA E O MEIO LÍQUIDO Para Clark (1994), as habilidades motoras fundamentais aparecem em praticamente todas as modalidades esportivas, o que torna fundamental o desenvolvimento desses tipos de habilidades para que as crianças sejam capazes de participar, com sucesso, de modalidades esportivas. Além disso, sabe-se que a escola de esportes pode contribuir para o desenvolvimento motor da criança, uma vez que nesses ambientes ela pode participar de diversas atividades e em vários ambientes. O meio líquido tem a possibilidade de oferecer diversas formas de movimento, colaborando para o contato da criança com diversas habilidades. Nas experiências aquáticas surgirão, por exemplo, relações sociais, por meio de jogos e brincadeiras, estímulos visuais, sonoros, táteis e sinestésicos, por meio das cores, do ambiente, do material utilizado, das vozes e do suporte do professor. Combinando movimentos fundamentais com estímulos na água, há maior e melhor desenvolvimento motor das crianças (BLAKSBY, 1995).
4- NATAÇÃO COMO PRÉESTÍMULO MOTOR A natação colabora para o desenvolvimento de aspectos como: • Habilidades motoras; • Coordenação motora fina e grossa; • Equilíbrio; • Noções espaciais; • Lateralidade; • Desenvolvimento sensório-motor. Antes mesmo de a criança conseguir realizar movimentos mais complexos fora da água, dentro dela fica muito mais leve, possibilitando a execução dessas tarefas (BARBOSA, 1999).
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4.1- COORDENAÇÃO MOTORA FINA A coordenação motora fina é responsável pela capacidade do ser humano de usar de forma precisa e eficiente os pequenos músculos do corpo, para que, assim, produzam movimentos mais delicados e específicos que os de outros tipos de coordenação motora.
4.2- COORDENAÇÃO MOTORA GROSSA Na coordenação motora grossa verificamos o uso de grupos de músculos maiores e o desenvolvimento de habilidades como correr, pular, chutar, subir e descer escadas, que podem ser desenvolvidas por meio de um plano sistemático de exercícios e atividades esportivas. Quando se tem déficit nessas habilidades, notam-se dificuldades, por parte principalmente de crianças, em se praticarem atividades esportivas, o que acaba gerando baixa autoestima. www.nadandonafrente.org.br
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4.3- DESENVOLVIMENTO SENSÓRIO-MOTOR • Período sensório-motor é o período da vida do ser humano compreendido entre o nascimento e os 2 anos de idade; • Entre as principais aquisições do período sensório-motor, destaca-se a construção da noção do “eu”, por meio da qual a criança diferencia o mundo externo do próprio corpo; • Ao longo dessa etapa, a criança irá elaborar a sua organização psicológica básica, não somente no aspecto motor, como também no perceptivo, no afetivo, no social e no intelectual; • A inteligência trabalha com base nas percepções (simbólico) e nas ações (motor) que decorrem dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência eminentemente prática. A seguir, as principais características observáveis durante essa fase que vai até os 2 anos: – A exploração manual e visual do ambiente; – A experiência obtida com ações (a imitação); – A inteligência prática (por meio de ações); – Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar; – As ações ocorrem antes do pensamento; – A centralização no próprio corpo; – Noção de permanência do objeto. Na idade pré-escolar, a natação deve ser ministrada recreativamente, sendo fundamentada em muitos conhecimentos para a criança. Nessa fase, ampliamse aspectos sensório-perceptivos e sensório-motores globais, propiciando um desenvolvimento integral. Para crianças de 3 a 6 anos, a natação constitui uma maneira de se trabalhar a visão lúdica, sendo importante espaço de experimentação, de modo que sejam vivenciadas situações de qualidades variadas, sensações de alternância de tensão e distensão, prazer e desprazer, em associação à necessidade de expressividade motora. Tudo isso vai fazer com que as crianças percebam o próprio corpo, tanto em nível motor quanto em nível cognitivo. A dimensão afetiva também é trabalhada, uma vez que a atividade requer o envolvimento da criança.
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5- NATAÇÃO INFANTIL A natação infantil envolve desde a ativação das células cerebrais da criança até o melhor e mais precoce desenvolvimento de sua psicomotricidade, de sua sociabilidade e de seu sistema cardiovascular morfológico. Cabe ao professor respeitar a individualidade de cada aluno, pois todos estarão em um estágio diferente de desenvolvimento e reagirão de maneiras distintas aos estímulos aplicados.
5.1- ESTILOS E IDADES Em crianças de 3 a 6 anos, deve-se estimular a prática recreativa da natação, visto que, nessa fase, ela amplia os aspectos sensório-perceptivos e sensório-motores globais, os quais propiciam desenvolvimento integral da criança. Tudo isso vai fazer com que ela perceba o próprio corpo, tanto em nível motor quanto em nível cognitivo (SOARES; MISKEY, 2012). Nessa mesma faixa etária, não se trabalha com o nado peito em seu modo completo, já que sua execução é muito complexa para essa idade. Mesmo assim, a criança já consegue fazer a pernada, mais conhecida como “perna do sapinho” ou “perna da rã”. O nado borboleta também não é trabalhado em seu modo completo nessa faixa etária. Contudo, o professor consegue trabalhar a pernada conhecida como “perna do golfinho”. Há crianças, porém, que apresentam dificuldade de fazer a ondulação mesmo de forma lúdica. A braçada aqui não é trabalhada, visto que suas fases são muito complicadas para a criança, que poderá ter bastante dificuldade no movimento (MAGLISCHO, 2001). Ferreira e Alcaraz (2012) recomendam que, com crianças de 3 a 6 anos, sejam desenvolvidas atividades de movimento corporal aquático, nas quais já se trabalhem os mergulhos em deslocamento e as propulsões dorsal e ventral tanto das pernas quanto dos braços, dando-se início à fase de coordenação. A princípio, essa coordenação será toda desajeitada, com as crianças movimentando-se como “minhocas” na água, uma vez que ainda não terão equilíbrio perfeito do corpo no meio líquido. Além do mergulho em deslocamento e das propulsões, o professor também irá acrescentar alguns saltos em diferentes trajetórias e jeitos variados de se saltar da borda da piscina Crianças de 5 a 7 anos já estão no auge do desenvolvimento motor e, portanto, será preciso ensinar-lhes, por meio de brincadeiras, os nados crawl, costas e peito. Assim sendo, a criança aprenderá mais rápido e sentirá o prazer de nadar, sem a necessidade de uma técnica perfeita (FERREIRA; ALCARAZ, 2012).
No entanto, é compreensível que cada criança, em razão de suas características individuais, varie no tempo para aprender a nadar e, independentemente do motivo que a tenha levado à prática da natação, ela só terá benefícios em seu desenvolvimento. O professor, pelas técnicas de aprendizagem que domina e principalmente pela segurança que transmite, passa a ser uma forte referência para a criança (TINTI, LAZZERI, 2010) www.nadandonafrente.org.br
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6- RESPIRAÇÃO
• Respiração é o ato de inalar e exalar ar pela boca ou pelas cavidades nasais para se processarem as trocas gasosas nos pulmões; • Tem duas funções: oxigenar as células e eliminar o gás carbônico; • A respiração do nadador é específica; • Para o aprendizado da natação, a respiração é ponto primordial; • Em uma perspectiva fisiológica, um indivíduo sentado e imerso até o pescoço tem sua capacidade respiratória reduzida de 8% a 10%. Isso se deve ao aumento do volume sanguíneo na região torácica; • Quanto maior a velocidade de deslocamento do sujeito, maior a necessidade do consumo de oxigênio por parte do organismo. MUDANÇAS QUE AFETAM O CORPO QUANDO DA PASSAGEM DO AMBIENTE TERRESTRE PARA O AQUÁTICO
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
O processo de adaptação deve ser iniciado com a ambientação, na qual o aluno irá conhecer e explorar o espaço físico. A próxima etapa é a adaptação polissensorial, feita por meio da boca, nariz, olhos e ouvidos. Depois, vem o processo respiratório, no qual a inspiração ocorre fora da água e a expiração, dentro dela. Assim, a imersão na água acontece facilmente, podendo-se passar para a flutuação e a sustentação. A última etapa é a propulsão de braços e pernas. Quando essas etapas estiverem bem assimiladas, passa-se para a aprendizagem dos quatro estilos (crawl, costas, peito e borboleta), que não precisam ser ensinados necessariamente nessa ordem. O professor deve iniciar por aquele com o qual o aluno tiver mais afinidade.
• Rosto na água; • Rosto na água expirando
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
A criança faz este exercício repetidas vezes até o professor perceber o domínio de cada criança. Cada uma tem o seu tempo pessoal para dominar os exercícios. RESPIRAÇÃO FRONTAL/LATERAL • Respiração frontal com o apoio do professor; • Afundar a cabeça sempre olhando em direção ao fundo da piscina; • Respiração frontal com apoio/material; • Posição frontal da cabeça (vai definir a flutuação do aluno).
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RESPIRAÇÃO LATERAL (CRAWL) Observações antes do início dos exercícios: • Verificar em que lado o aluno respira com mais fácil; • Executar o exercício para o aluno visualizar o movimento; • Cabeça parada fazendo o giro; • Auxiliar os movimentos do aluno; • Deslocamento com apoio e respiração lateral com o professor; • Deslocamento com apoio e respiração lateral com prancha. EXERCÍCIOS COM O FLUTUADOR
1) O flutuador pode ser usado quando a turma for bem iniciante, pois esse apoio é mais atraente que a prancha. Então, nas primeiras aulas, pode-se usá-lo e, depois, passe-se aos exercícios com a utilização da prancha. A desvantagem do flutuador é que uma criança vai encostandose à outra devido ao tamanho do objeto.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA 2) Pode-se utilizar o flutuador segurando-o na frente e expirando o ar entre o flutuador.
3) Apoiando o flutuador uma parte em cada braço e soltando o ar entre os braços.
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4) O professor pode explicar a posição apoiando o flutuador no próprio braço e fazendo a respiração frontal.
5) Após os exercícios com o flutuador, é importante que o professor e os estagiários apoiem cada criança e, somente após esse apoio, passem a realizar os próximos exercícios com a prancha. Quanto menos apoio inicial, mais rápido a criança aprende os movimentos aplicados.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA EXERCÍCIOS COM A PRANCHA 1) Nunca executar o batimento de pernas com outros apoios a não ser a prancha, pois ela dá ao aluno mais equilíbrio e estabilidade.
2) A criança segura na extremidade da prancha e bate alternadamente as pernas, soltando bolhas entre os braços. (Este exercício vai acompanhá-la sempre.)
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3) Pode ser aplicado em todas as aulas. 4) Preste atenção se a criança está realmente soltando o ar embaixo da água. Ajude-a, se necessário. 5) Para facilitar a aula, sempre solte as turmas dividindo-as em turma 1, turma 2 etc. É melhor para visualizar e corrigir. EXERCÍCIO PARA A INTRODUÇÃO DA BRAÇADA 1) Depois que os movimentos executados até então estiverem sendo feitos com segurança, estamos no momento em que se devem introduzir as braçadas. O professor mostra primeiramente o exercício e depois vai colocando aluno a aluno para executá-lo.
2) Segura com um braço a prancha e faz o movimento da braçada com o outro braço.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA
3) Se a criança iniciou o movimento segurando a prancha com o braço direito, ela vai fazer o movimento com o braço esquerdo e respirar do lado esquerdo, e vice-versa. 4) Pode-se alternar o batimento de pernas com respiração frontal e alternar a rotação de braços com a respiração lateral. 5) O aluno vai com o braço esquerdo e volta com o braço direito. Nesse momento, o professor pode perceber em que lado a criança tem mais facilidade para executar a respiração lateral. 6) O professor deve estar sempre apoiando e corrigindo.
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ERROS MAIS COMUNS EM INICIANTES Às vezes escutamos alguns orientadores pedirem à criança que faça um “S”. Na verdade, esse “S” não existe. O que acontece é um amplo movimento de puxada que não pode ser caracterizado simplesmente como um “S”.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA NADO COSTAS • A posição da cabeça é fundamental para a execução e posicionamento do nado; • Manter a cabeça com a visão direcionada aos pés tende a fazer o corpo afundar; • Reorientar o aluno sobre a posição da cabeça com o olhar para cima, de modo a facilitar a flutuação do corpo.
PERNADA • Pernada com a prancha na posição real do nado; • Observar o posicionamento do quadril;
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• Respiração; • Flutuação; • Pernada; • Posição dos pés. EXERCÍCIOS PARA INICIANTES
1) Professor ao lado do aluno na flutuação, sempre o apoiando levemente por baixo. 2) Sentir a flutuação do aluno. Se estiver pesada, reposicione a cabeça dele; 3) Cabeça sempre com o olhar voltado para cima;
4) Estimular o aluno a executar os exercícios sozinho.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA Executar os movimentos com os alunos um a um, fazendo o movimento completo de rotação externa e interna.
O aluno sente o apoio do professor e percebe com detalhes a execução correta de entrada e saída das mãos. NADO PEITO
PROPULSÃO DE PERNAS (PERNADA – CUNHA – CHICOTADA – HÉLICE) - Movimentação diagonal das pernas (semelhante a uma hélice) na qual os pés palmateiam para fora, para baixo, para dentro e para trás. - Sola dos pés são propulsivas, deslocando água para trás.
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FASES DA PROPULSÃO DE PERNAS Recuperação: aproximação dos pés até o quadril. Varredura para fora: movimento circular para fora e para trás, havendo flexão da coxa, estando os pés flexionados e voltados para fora (fase não propulsiva e de baixa velocidade).
Varredura para dentro: movimento para baixo, para trás e para dentro, até que os membros inferiores estejam completamente estendidos e unidos (fase propulsiva e de velocidade alta). Inicialmente, recomenda-se que a criança faça os movimentos com parte do corpo submersa. Isso facilita que ela reforce o ciclo de pernadas.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA Para facilitar o aprendizado, é melhor separar a pernada da braçada. Primeiramente é introduzida a pernada e, somente depois de certo domínio, são incluídas as braçadas. Como o nado peito requer muita técnica, é necessário aplicar, passo a passo, inúmeros exercícios de correção para que o estilo fique próximo do ideal.
Os movimentos devem ser repetidos várias vezes antes de serem executados na prancha. Após realizar os movimentos com parte do corpo, é possível fazê-los sem a prancha e, depois de certo domínio, realizam-se os movimentos com a prancha.
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA INTRODUÇÃO AO NADO COM AS BRAÇADAS (ESTILOS) ESTILO PLANO
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ESTILO ONDULANTE
– Peito plano: Posição horizontal do corpo, com o quadril mantido na superfície. Respiração ocorre pelo levantamento e abaixamento do corpo. – Peito ondulante: Cabeça e ombros ultrapassam a superfície da água na respiração. Quadril abaixa durante a recuperação da perna. COORDENAÇÃO Respiração Braçada \ Propulsão de pernas Sustentação e deslize
PROPULSÃO DE PERNAS – ETAPAS DE APRENDIZAGEM - Desenhando fora da água com giz; - Pernada sentado na borda; no banco; no colchonete; - Impulso na parede; - Pernada segurando a barra, auxiliando no movimento; - Pernada segurando o material (prancha, espaguete etc.); - Pernada sem material com braços no prolongamento; - Pernada com os braços ao lado do corpo ou no quadril; - Pernada de peito em decúbito dorsal; - Pernada vertical. www.nadandonafrente.org.br
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7- SEQUÊNCIA PEDAGÓGICA PROPULSÃO DE BRAÇADAS – ETAPAS DE APRENDIZAGEM - Braçada com apoio na raia; - Realizar várias braçadas com pernada de crawl; - Realizar a braçada com respiração e pernada de crawl; - Realizar a braçada com respiração e pernada. FASES DA PROPULSÃO DE BRAÇADAS Varredura para fora - fase não propulsiva. Objetivo: colocar os braços em posição de gerar força propulsiva. Trajeto semicircular para fora, ultrapassando a linha dos ombros, mãos voltadas para baixo no início e girando para fora até os braços ultrapassarem a linha dos ombros. Varredura para dentro - fase propulsiva. Grande trajeto semicircular para fora, para trás, para baixo e para dentro, com os cotovelos mantidos em posição elevada. Finaliza quando as mãos se aproximam e se unem abaixo do peito. Recuperação - fase não propulsiva. Mãos movimentam-se para cima e para a frente até que estejam próximas à superfície e são empurradas para a frente, logo acima ou logo abaixo da superfície, em forma de seta.
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COORDENAÇÃO GERAL Sequência das ações: 1) Braçada; 2) Respiração; 3) Pernada; 4) Deslize. Para iniciar o nado peito logo após as saídas e viradas, é realizado um movimento específico chamado “filipina”. FASES DA FILIPINA - Impulso da borda ou saída do bloco = primeiro deslizamento; - Varredura para fora; - Varredura para dentro; - Varredura para cima; - Segundo deslizamento; - Recuperação dos braços e pernada para a superfície.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LAKSBY, BA.; PARKER, HE.; BRADLEY, S.; ONG, V. Children’s readiness for learning front crawl swimming. The Australian Journal of Science and Medicine in Sport, v. 27, n. 2, p. 34-37, 1995. BARBOSA, J. Natação em Academia. In: Convenção Internacional de Esportes e Fitness. São Paulo. Anais, 1999. CLARK, J. E. Desenvolvimento motor. Enciclopédia de comportamento humano. Vol. 3, n. 1, p. 245-255, 1994. FERREIRA, T. G.; ALCARAZ, K. G. 02 Anos a 06 anos Adaptação e Iniciação a Aprendizagem, 2007. Academia de Natação Acqua Kids, Curitiba-PR. Disponível em: <www.acquakids.com/natacao.php#3>. Acesso em: 25 jan. 2012. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2005. HAYWOOD, K. M.; GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2004 ISAYAMA, H. F.; GALLARDO, J. S. P. Desenvolvimento motor: análise dos estudos brasileiros sobre habilidades motoras fundamentais. Revista da Educação Física/ UEM. Maringá, v. 9, n. 1, p. 75-82, 1998. MAGLISCHO, Ernest W. Nadando ainda mais rápido. Barueri: Manole, 2001. MANOEL, E. J. O estudo do desenvolvimento motor: tendências e perspectivas. In: TANI, Go (org.). Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. www.nadandonafrente.org.br
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