Uso do retrofit para habitação estudantil

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE FINALIZAÇÃO DE GRADUAÇÃO

USO DO RETROFIT PARA HABITAÇÃO ESTUDANTIL

POR LEONARDO DE BRITO URSULINO

ORIENTAÇÃO FABIANA MORI

RIBEIRÃO PRETO 2017


USO DO RETROFIT PARA HABITAÇÃO ESTUDANTIL

Trabalho final de curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para comprimento das exigencias parciais para a obtenção do titulo de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof. Me. Fabiana Miano Mori

Banca Examinadora:

_______________________________ Prof. Me. Fabiana Miano Mori (Orientadora)

_______________________________ Prof. Me. Cesar Augusto Elias (Convidado)

_______________________________ Convidado (a)


Agradeçimentos Agradeço primeiramente a Deus, pois foi a Ele que recorri inúmeras vezes, agradeço também a todos os professores do curso de arquitetura e urbanismo do Moura Lacerda, em especial a professora Fabiana Mori e Cesar Elias, pelas assessorias, pelos puxões de orelhas e por me mostrar que tinha capacidade sempre de ir além. Agradeço a todos os amigos que fiz no curso, em especial a Cecília Figueiredo, Maria Eduarda Bettucci, pelas tardes juntos, pela ajuda, pela companhia, pelo apoio, agradeço também aos meus amigos fora da faculdade, Franciny e Renan, que sempre estavam ao meu lado me ajudando e dando apoio. Agradeço também a minha melhor amiga e namorada Marina Saltarelli, por estar ao meu lado me ajudando e apoiando nos bons e maus momentos, pelas noites em claro projetando, pelas risadas, pela companhia, pela força e por último mais não menos importante, pela minha família que teve um papel fundamental, me apoiando desde o primeiro dia e me ajudando de todas as formas possíveis. A todos, meu muito obrigado!


RESUMO Esse trabalho de finalização de graduação, consiste na utilização do retrofit (técnica de atualização de um edifício, para as necessidades atuais) no edifício Evaristo Silva, localizado no centro de Ribeirão Preto – SP. O projeto consiste na utilização de um edifício dos anos 50, originalmente de uso comercial, que está entrando em desuso devido à falta de conservação, em uma moradia pensada no público estudantil. A ideia é criar ambientes projetado para os estudantes, pensando três tipologias: coletivo, semicoletivo e familiar. Também foi pensado em uma praça interna ao edifício, voltada para o público usuário, espaço esse pensado como um ambiente de relaxamento, meio ao caos diário do centro da cidade.

ABSTRACT This graduation work, consisting of the use of the retrofit (upgrading technique of a building, for current needs) in the Evaristo Silva Building, located in the midle of Ribeirão Preto – SP. The project consists of the use a building of the 50’s, Originally from commercial use, which is entering into disuse due to lack of conservation, in a public student house. The idea is to create environments designed for students, thinking three typologies: collective, bicollective and family. It was also thought of an internal square to the building, facing the public user, space that thought as a relaxation environment, half the daily chaos of the city center


PREFÁCIO Justificativa 8 Sínteses teóricas 9

Habitação mínima Multifuncionalidade Retrofit

Leituras Projetuais 27

Projetos Internacionais

Projeto nacional

Quinta Monroy Sala de Aula Multifuncional Mazaronkiari Unidade Habitacional Marselha

Conjunto habitacional Prefeito Mendes de Morais

Levantamento de Dados 45 Localização Histórico Geografia do local Mapas

Projeto 55 Considerações Finais 77 Bibliografia 78

Artigos em revistas Teses e dissertações Artigos em sites


JUSTIFICATIVA Um grande número de estudantes, se deslocam todos os dias de suas cidades para estudar em universidades, quando, não resolvem se mudar para as cidades em que estão cursando os estudos e para isso precisam morar sozinhos ou até mesmo dividir apartamento com outros estudantes. Sabendo-se disso, foi notado que o número dessas moradias existentes é insuficiente, ou ficam integradas a faculdade que estão cursando como é o caso da USP por exemplo. Os lugares existentes fora das universidades, além de possuir um valor elevado, algumas vezes, ficam afastados da instituição de ensino ou não possuem uma forma fácil e barata de se locomoverem (transporte público), sendo que tais lugares, não são pensados em receber ou atender as necessidades dos estudantes. Com as habitações cada vez menores, é necessário repensar o mobiliário interno das residências, deixando-os mais funcionais, para atender todas as necessidades básicas, sem ocupar espaços desnecessários. Portanto, o objetivo desse trabalho de conclusão de curso é projetar uma habitação estudantil inteligente, onde é pensado no maior conforto para o habitante, suprindo todas as necessidades básicas em um espaço reduzido utilizando um edifício em desuso na área central de Ribeirão Preto. O edifício em questão é o Evaristo Silva, localizado na rua São Sebastião. O conjunto será passado por um processo de retrofit, deixando de ser comercial, para ter uso residencial, onde sofrerá atualizações necessárias para suprir as necessidades exigidas atualmente. 8


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Habitação Minima

Sinteses teóricas


Habitação popular, habitação operaria, habitação econômica são algumas nomenclaturas associada à habitação mínima. Esse modelo de habitação surgiu com o intuito de produzir moradias de baixo custo e com qualidade pensando em uma sociedade devastada pela destruição causada pela 1ª Guerra Mundial. Os arquitetos urbanistas modernos, tiveram uma enorme demanda de construção dessas habitações. Atualmente, inverteram-se os papeis. A ideia de uma habitação de baixo custo, não necessariamente é a realidade apresentada, vemos habitações com alto custo e de qualidade, porem há casos em que o valor investido é alto e com qualidade inferior. “A habitação mínima era o sonho de proporcionar moradia de qualidade, dimensionada para o homem moderno, atendendo suas necessidades vitais, inclusive o conforto ambiental. Tudo a um menor custo possível, apoiado em uma produção seriada, graças a industrialização da construção. ” (CASELLI, 2007 p50)

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Lista de imagens: Imagem 01: Bombardeio de Dresden (outubro de 1944 – abril de 1945) Fonte: http://kid-bentinho.blogspot.com.br/2013/02/ os-10-bombardeios-mais-devastadores-da.html Imagem 02: Projeto proposto por estudantes para habitação estudantil mínima com dimensões de uma vaga de estacionamento, possuindo 12,5 m². (Link: http://housedesignstyle.info/ houseplan/scad_turner_house_floor_plan-38761.html)

Porém, o termo mínimo é relativo devido a vários fatores, sendo eles, o público usuário, posição geográfica, renda, dentre outros. Há algum tempo atrás, era-se pensado de 4 a 5 pessoas no núcleo familiar, já nos dias atuais, a habitação mínima é pensada para apenas duas pessoas ou menos. Antes, o edifício residencial, cujo os apartamentos, podendo ultrapassar os 100m², era pensado no conforto de uma família tradicional, possuindo três ou mais quartos, amplas salas de estar e jantar, cozinha, banheiro e área de serviço. Apartamentos assim, hoje são considerados de alto padrão. Esse modelo foi trocado. Pensando em habitações mais accessíveis, sendo considerado médio padrão, passou para no máximo dois quartos, a cozinha normalmente é integrada com a área de serviço, ocupando muitas vezes o mesmo ambiente, já as salas de jantar e estar, foram substituídas por uma sala apenas, (jantar/estar). 11


Com a crescente necessidade de novas moradias, alguns construtores se preocupam com quantidade e esquecem de modificações necessárias sendo elas, acessibilidade, conforto térmico e acústico para que as mesmas se adaptem as novas relações das pessoas com as moradias. Levando em conta uma pessoa que está iniciando sua vida independente, uma habitação desse porte seria ideal, porém, nem sempre o valor é acessível. Dependendo de sua localização, usando o Município de Ribeirão Preto como referência, notamos que habitações localizadas na região sul, possuem valores mais elevados que habitações localizadas na zona norte por exemplo. Outro ponto a ser observado, é que a maioria das habitações mínimas ou de interesse social estão, na maioria das vezes, localizados em áreas muito afastadas do centro, pois essas regiões centrais são muito valorizadas e está, como é o caso de Ribeirão Preto, totalmente consolidada, e com isso seria inviável a construção de novos empreendimentos nessa região. Porém, está tendo uma crescente procura atualmente, pela fácil locomoção e pela proximidade de vários equipamentos como os teatros, bibliotecas, restaurantes e bares, e diversos tipos mais de comercio e serviços. Como as áreas centrais estão parciais ou até mesmo completamente construídas, é pensado na reutilização e restauração de edifícios que estão entrando em desuso, dando novas funções para os mesmos. Atualmente, a antiga “kitnet”, atual 12


Lista de imagens: Imagem 03: À esquerda, exemplo da planta de uma apartamento anos 50 e a direita, modelo de unidade habitacional, usando as configurações e medidas atuais. (Fontes: http.www.mrv.com. brimoveisapartamentossaopauloribeiraopretoregiaodoipirangaparqueremansodobosque e: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfzSgAB/495-planta-apartamentos-490) Imagem 04: Conjunto habitacional The Spot, localizado na avenida Leão XIII. (Fonte: http://sebaconsultoriaonline.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html)

studio, é um assunto que está cada vez mais pautado em grandes metrópoles, como São Paulo por exemplo, tomando uma maior proporção devido à falta de espaço e da especulação imobiliária. Os grandes empreendedores, visando seu lucro final, constroem edifícios cada vez mais altos e com habitações cada vez menores, podendo assim, em um único edifício, colocar centenas de pessoas, como é o caso do edifico The Spot, localizado próximo a faculdade UNAERP, onde é observado, margeando a Av. Leão XIII, um enorme edifício em forma de “L” com 15 pavimentos (aproximadamente 45 metros de altura) e aproximadamente 150 metros lineares. O conjunto habitacional possui duas opções de apartamentos, sendo elas de 22 m² e 40 m². Ainda usando o conjunto habitacional The Spot, mas não sendo uma característica exclusiva dele, como forma de promover seu espaço e atrair a população, vendem mais suas áreas de lazer como piscina ou sala de jogos por exemplo, e não mais o conforto de suas habitações propriamente ditas. 13



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Multifuncionalidade

Sinteses teรณricas


Multifuncionalidade pode ser empregado em diversos momentos, podendo ser a multifuncionalidade de um espaço, como por exemplo a sala de aula multifuncional Mazaronkiari, apresentada abaixo, que além de sua função original de refeitório, toma forma de sala de aula extra, de auditório e de espaço de encontro comum. A multifuncionalidade pode ser aplicada também em objetos. O exemplo mais fácil a ser citado, e que a maioria nem se dá conta, é o smartphone, onde um único aparelho, possui inúmeras funções, além da principal de fazer ligação, inúmeras mais, como agenda, calendário, câmera fotográfica, radio, etc.

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Lista de imagens: Imagem 5: Sala Multifuncional Mazoronkiari, 2014 (http:// www.archdaily.com.br/br/784546/sala-de-aula-multifuncional-mazaronkiari-marta-maccaglia-plus-paulo-afonso) Imagem 06: Lotus Esprit S1 que se transformava em um submarino no filme 007 – O Espião Que Me Amava (1977) (Fonte:http://sintoniza.com.br/2016/04/descubra-o-valor-dos33-objetos-de-cena-mais-caros-de-todos-os-tempos/)

Os objetos com multifunções vem sendo tratado a muito tempo, sendo usados até mesmo em filmes. Talvez o mais famoso exemplo seria a toda a franquia de 007 e Inspetor Bugiganga, onde vários objetos do cotidiano como relógio por exemplo, tem outras funções secretas como lasers, ou sapatos com tele comunicadores na sola, quadros que viram televisões, nem mesmo os carros escaparam.

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Levando essas informações para dentro das moradias, ao pensar em multifuncionalidade, seja no espaço ou em um mobiliário, é sempre bom ter em mente as palavras: flexibilidade, mobilidade e modularidade. Com um espaço interno limitado, é preciso ser muito bem pensado o mobiliário, para que atenda todas as necessidades do habitante e não ocupe espaço desnecessário. Para isso, existe os mobiliários multifuncionais, que como o próprio nome diz, possui mais de uma função. Segundo Tramontano e Nijomoto (2003 apud GODOY, FERREIRA, SANTOS 2005) multifuncionalidade pode ser apresentada de duas maneiras: oferecendo mais de uma função definida no projeto, ou através da indeterminação das funções, quando essa não são definidas no projeto. Tais mobiliários vem sendo pensados desde o século XIX. Segundo Folz (2003 apud CASELLI 2007) ainda no século XIX, entre 1850 e 1880, os EUA criaram ideias inovadoras de móveis que atendiam às novas solicitações de postura e conforto. Os chamados móveis “patentes”, pelo fato das invenções serem patenteadas, se baseavam na ergonomia e tinhas diferentes funções e usos. Esses moveis eram perfeitos para habitações de dimensões mínimas onde o usuário queria conforto e precisava de espaço com funções multiuso. 18


Lista de imagens: Imagem 07: Desenho de patente de cama-armário, 1859 e Cadeira escada comercializada em 1895, pela Montgomery Ward & Co. (Imagens publicadas em: Os Primeiros Projeto de Mobiliário Dobrável – Um Hibrido Primitivo, 2007) Foto 08: Sofá-cama Liberdade produzido pela Oppa. (Fonte: http:// www.oppa.com.br/sofa-cama-liberdade-azul-base-amendoa?_ ga=2.4096121.892829305.1493752174-466974370.1493752113)

Nesse contexto, não apenas a arquitetura, mas todos os móveis e utensílios de uma casa passaram a ser estudados por arquitetos com o objetivo de reduzir o seu número e padronizar os seus modelos, de modo a serem produzidos industrialmente, proporcionando produtos de baixo custo, um padrão de conforto tido como suficiente, e facilidade de manutenção. (Fonseca, 2011 p27)

Flexibilidade é outro termo importante em um projeto cujo espaço é reduzido. O mobiliário flexível é um importante elemento dentro da arquitetura devido a facilidade de serem guardados. Tais objetos além de ter seu tamanho reduzido, podem alterar sua forma física, podendo ser desmontado e remontado a hora que quiser. Um exemplo comum, são as cadeiras e bancos dobráveis, sendo esses dois objetos cujo espaço ocupado quando dobrados é mínimo, e quando são necessárias, basta desdobra-las. 19


Modularidade é outro termo comumente usados, principalmente em marcenarias e lojas de moveis. Um exemplo a ser citado é a estante Modular Tetrad Flat, projetado pela equipe da Brave Space, onde os módulos podem ser unidos uns com os outros ou até mesmo fixado na parede. A modularidade na arquitetura possui o mesmo princípio, permitindo que os fabricantes e os consumidores, possam criar de acordo com sua necessidade e gosto, moveis como estantes e armários por exemplo, dando assim, sua personalidade para cada objeto.

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Lista de imagens: Imagem 09: Estante Modular Tetrad Flat, produzido pela Brave Space (Fonte: http://www.i-decoracao. com/moveis-acessorios/moveis-modulares) 21



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Retofit

Sinteses teรณricas


Retrofit é o termo utilizado no processo de modernização de equipamentos ultrapassados ou fora de forma. Na arquitetura e no designe, retrofit faz referência na renovação e atualização do projeto mantendo as características originais do edifício. Tal termo teve origem na Europa, devido ao grande número de edifícios antigos e históricos inutilizados, ou com tecnologia ultrapassada, trazendo a eles novas tecnologias. Aqui no Brasil, temos o exemplo do Espaço Cultural Red Bull Station, localizado no centro de São Paulo. O espaço ocupa o prédio da antiga subestação de energia da Light (1926), localizado na Praça da Bandeira em São Paulo. Seu projeto de restauro é de 2013 onde ficou sobre responsabilidade da Lock Engenharia em parceria do escritório franco-brasileiro de arquitetura Tripytique. O conceito desse retrofit foi mesclar a arquitetura histórica, com a arquitetura contemporânea, contribuindo para valorizar o prédio e seu entorno. Em países europeus e nos Estados Unidos,

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por não ser permitido o que o acervo arquitetônico seja substituído, é utilizado a técnica de retrofit para o restauro dos edifícios abandonados ou em péssimo estado de conservação, adequando-os. Nesse processo, deve ser encontrada novas soluções para a fachada, instalações elétricas e hidráulicas, circulação, proteção contra incêndios, etc. Nem sempre um edifício que sofre o processo do retrofit, terá a mesma função que a do edifício original, como é o caso desse trabalho de conclusão de curso, transformando um edifício originalmente projetado para fins comerciais, em uma habitação estudantil. Esse processo, pode sair mais caro que uma obra totalmente nova, sendo necessário uma boa mão de obra, profissionais experientes desde o planejamento até a execução, atualização dos materiais, sendo necessário também demolições controladas, possíveis reforços na estrutura, substituição e modernização das instalações elétricas e hidráulicas, etc.

Lista de imagens: Foto 10: localizado

Espaço Cultural no centro de

Red São

Bull Station, Paulo, 2013 25



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Quinta Monroy

Leituras Projetuais Internacionais


Imagem 11: Fotografia do conjunto após sua entrega. Fonte: https:// w w w. a r c h d a i l y. c o m . b r / b r / 0 1 - 2 8 6 0 5 / q u i nt a - m o n r oy - e l e m e nt a l

Quinta Monroy, localizado em Inquique no Chile, foi projetado pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena no ano de 2003. Ganhou o prêmio Pritzker, o prêmio máximo da arquitetura e é um dos exemplos mais conhecidos de habitação social. O local onde hoje está implantado Quinta Monroy foi por muito tempo um loteamento irregular em condições precárias. Por fica localizada em uma área central e muito valorizada da cidade, começou uma disputa entre as famílias que ali habitavam e os donos da terra que queriam beneficiarse da especulação imobiliária. Foi então que a agência governamental comprou o 28

terreno e com o programa “Vivienda Social Dinamica sin Duda” (Habitação Social Dinâmica sem Dívida - HSDsD) concedeu o valor de 7500 dólares para que cada família pudesse comprar seu terreno e construir sua casa, porém com esse valor, era possível a construção de uma casa de apenas 36 m². Foi pensando então em uma casa que pudesse, futuramente, sofrer ampliação. Para isto, foi entregue somente a metade mais difícil da casa (banheiros, cozinha, escadas e paredes divisórias), permitindo que cada morador possa ampliá-la mais tarde de acordo com as suas necessidades, até chegar na metragem de 72 m², metragem essa de uma casa de classe média


Localização

Bloco principal construído em alvenaria Aberturas em fita Vazio projetado para futuras ampliações, caso o proprietário necessite. Acesso ao vazio existente Imagem 12: O mapa acima mostra a localização onde foi implantado Quinta Monroy na cidade de Inquique, Chile.

Imagem

15:

Parte

interna

entregue

aos

Imagem 13: Edifícios após suas respectivas famílias se instalarem. É notado na imagem acima transformações como, a utilização do vazio, e alterações nas fachadas, ambos identificados na figura anterior.

moradores

“Em resumo, quando se tem fundos para fazer somente metade do projeto, qual se faz? Optamos por fazer aquela metade que uma família, individualmente, nunca poderá alcançar, por mais tempo, esforço e dinheiro que se invista. E é dessa forma que procuramos responder com ferramentas próprias da arquitetura a uma pergunta não-arquitetônica: como superar a pobreza. ” (ARAVENA, Alejandro apud SPINELLI, Ana. 2016)

Acesso principal do edifício

Imagem 14: Edifícios projetados por Alejandro Aravena em Inquique, no chile, em sua forma bruta, prontos para receberem as modificações necessárias de cada família.

Imagem

17:

Planta

primeiro

pavimento Imagem

Imagem 16: Parte interna após alterações no interior das residências 29

18:

Plantas

segundo

pavimento



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SaladeAulaMultifuncional Mazaronkiari

Leituras Projetuais Internacionais


Imagem 19: Visão geral do refeitório

A sala de aula multifuncional Mazaronkiari, foi um projeto realizado pelos arquitetos Marta Maccaglia e Paulo Afonso no ano de 2014. Sua localização fica em Satipo, Peru e possui uma área total de 124.0 m². Esse projeto era inicialmente para atender cerca de 30 alunos no ano de 2013, ano da primeira visita. A proposta era criar um refeitório escolar para a educação primaria. Um ano mais tarde, uma vez obtido o financiamento, a equipe voltou a Mazaronkiari, porem dessa vez, 100 alunos e alunas esperavam pelo refeitório, com isso, mudando drasticamente a proposta inicial. A nova proposta foi de uma arquitetura versátil que cumprisse com os novos requisitos. O espaço agora conta com uma sala multifuncional 32

com uma cozinha construída de tijolos artesanais. A estrutura foi feita toda em madeira tendo as paredes laterais alternadas entre painéis-persiana e painéis moveis coloridos. A cobertura com seus amplos beirais protege a estrutura da chuva. Esses painéis moveis coloridos, sofrendo um movimento de 90º, transformando-os em mesas, criando assim várias áreas de trabalho em um mesmo espaço em tempos diferentes. Quando estão em forma de mesas, criam grandes aberturas, aumentando assim a iluminação e ventilação do ambiente, além de dar maior visibilidade a área externa O projeto concluído dispõe não apendas de um refeitório, mas também de uma sala multifuncional que pode ser usada como uma sala de aula extra, um auditório, ou um local de encontro comunitário.


Imagem 20: Fotografias áreas interna e externa

Imagem 21: Detalhe de abertura e materialidade dos painéis

Imagem 22: Detalhe de corte

Painéis móveis coloridos (mesas) Reifeitório/ Salão Multifuncional Cozinha Estrutura em madeira Lavatório Beiral Imagem 23 : Planta sala multifuncional Mazaronkiari

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Unidade Habitacional de Marselha

Leituras Projetuais Internacionais


Imagem

24:

vista

externa

Conjunto

habitacional

A Unidade Habitacional de Marselha (Unité d’Habitation à Marseille), foi projeta por Le Corbusier no ano de 1947 e teve sua conclusão no ano de 1952. Situada em Boulevard Michelet, 13008 Marseille, França, foi o primeiro projeto em larga escala do arquiteto. Le Corbusier foi contratado pelo governo francês, para projetar um conjunto habitacional para a população afetada pelos bombardeiros causados pela segunda guerra mundial. O intuito do projeto de Corbusier, foi projetar um conjunto habitacional que atendesse as necessidades dos moradores, possuindo não apenas moradias, mas também lugares para fazer compras, se divertir e socializar, em uma “cidade-jardim vertical”. Marselha, foi projetada para acomodar 1600 36

de

Marselha

moradores. Possui 24 metros de largura, 18 pavimentos, 337 moradias de dimensões variadas, possuindo apartamentos para apenas uma pessoa, como também, apartamentos para famílias mais numerosas, podendo passar de 8 habitantes. Sendo inserida em bairro de uso misto. Foi o primeiro projeto de grande escala do arquiteto. Devido as dimensões, o conjunto precisaria de uma nova abordagem para acomodar espaços de estar, bem como espaços comuns, sendo esses espaços comuns, localizados na cobertura do edifício, possuindo uma pista de corridas, uma piscina rasa, um jardim de infância, um clube e um ginásio, tornando-se um terraço jardim. Ao lado, possui lojas, instalações médicas, e um hotel, trazendo a ideia de “cidade dentro da cidade”.

Todo o edifício foi construído em


concreto armado aparente, por ser o material mais acessível na Europa pós-guerra. O fato de ser projetada em concreto, pode ser interpretado, usando as palavras de Andrew Kroll, “com o objetivo de caracterizar o estado condicional da vida após a guerra – áspera, desgastada e implacável”. O difícil foi apoiado sobre cinco pilotis, permitindo a circulação, jardim e espaço de convívio. Além disso é visível as influencias mecanicistas, assemelhandose a um navio a vapor, “O enorme volume parece estar flutuando, as janelas em fita lembram as cabines que correm ao longo do casco, enquanto o terraço jardim e as torres de ventilação esculturais aparentam ser o deck superior e as chaminés. ” Como citado pelo autor Andrew Kroll. Os apartamentos projetados por Le

Corbusier abrangem toda a largura do edifício. Por possuírem pé direito duplo, é necessário um corredor a cada três pavimentos, segundo Kroll, “Ao estreitar as unidades e permitir um espaço de pé-direito duplo, Corbusier pôde inserir mais unidades habitacionais no edifício, criando um sistema interligado de volumes. Em cada extremidade das unidades há um balcão protegido por um brise-soleil que permite a ventilação cruzada através da unidade, fluindo pelos dormitórios estreitos até os espaços de pé-direito duplo; enfatizando um volume aberto, no lugar de uma planta aberta. ” O balcão citado por Kroll, também tem função de proteger a cozinha, esta, com visual completo do espaço de refeição e a sala. É o centro mecanizado do apartamento, onde se encontra os dutos de ventilação e hidráulico, possui um armário-estante

Imagem 25: vista aérea interna (corredor). conjunto habitacional de Marselha

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Imagem 26: Vista dos pilotis

destinado as entregas à domicilio, um armário destinado a parte elétrica, também acessível pelo corredor, uma caixa de correio em cada uma das portas de entrada. Seu esquema de funcionamento foi baseado no conceito de economia doméstica, levando em conta as seguintes etapas: cozinhar, organizar os pratos, lavar e arrumar a louça, conservar e guardar alimento. Este esquema mostra a integração da cozinha com a sala de estar, sob a forma de uma cozinha-bar, influenciando na sociabilidade da célula. Segundo Cristina Silva, A zona de refeições, integrada na sala, é articulada à cozinha através do móvel passa-pratos e da manutenção do pé-direito daquela, assegurando uma certa intimidade a este 38

espaço. No seu prolongamento desenvol¬vese a sala cujo espaço é ampliado pelo duplo pédireito das suas pare¬des laterais e pelas portajanelas retráteis que se abrem sobre a loggia. O espaço exterior era trazido ao interior desta habitação pelo rebatimento total das portas justapondo-as às paredes laterais da loggia”. Os dormitórios têm acesso por meio de uma escada longitudinal em ferro, localizada na parede lateral oposta a cozinha. O quarto do casal está localizado no mezanino sobre a sala com vista para a loggia, possuindo closet e banheiro próprio, cujo o traçado se articula com os espaços restantes de higiene do apartamento. A zona interior do piso dos quartos concentra as funções de percurso, arrumação e serviço. O percurso, estando equipado


Figura 27: Escadaria que dá acesso as áreas dos dormitórios e cozinha a esquerda da imagem.

com guarda-roupas embutidos nas paredes, encaminha a área de higiene situado a um lado e ao quarto dos filhos, localizado na extremidade do apartamento. Segundo Cristina Silva, “Os quartos das crianças, simétricos, de forma estreita e alongada, orga¬nizam longitudinalmente três funções, encostando-as a uma parede: arrumação e higiene pessoal, repouso e, por último, lazer. Integrado na parede divisória oposta, condutora do percurso interior, um grande painel deslizante facilita a comunicação entre os quartos. A sua localiza¬ção na zona de lazer possibilita, uma vez aberto, um espaço mais amplo para partilha de tarefas que, por sua vez, será enriquecido pela abertura ao exterior através da loggia menor, situada no seu prolongamento. ”

Figura 28: Pé direito duplo localizado na sala da célula

Figura 29: deslizante

Imagem 30: vista aérea conjunto habitacional de Marselha

a

Quarto dos direita

filhos. da

Parede imagem

Imagem 31: Fotografia parte interna dormitório dos filhos


01 - Geladeira 02 - Banca de alumínio 03 - Cacifo de entregas 04 - Porta interna do cacifo 05 - Gaveta para vegetais 06 - Porta sabão 07 - Tábua 08 - Gaveta para utensílios 09 - Placa elétrica 10 - Plano de trabalho com revestimento cerâmico 11 - Plano de trabalho em alumínio 12 - Armário com exaustor 13 - Armário superior 14 - Contador elétrico 15 - Pia 16 - Passa-pratos 17 - Armário aparador

Figura 33: Perspectiva esquemática do apartamento

Figura 32: Esquema com legenda da cozinha

Figura 35: Planta interna Conjunto Habitacional de Marselha

Figura 34: Corte transversal do Conjunto Habitacional de Marselha

Figura 36: Perspectiva esquemática Conjunto Habitacional de Marselha


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Conjunto Habitacional Prefeito Mendes de Morais

Leituras Projetuais Nacionais


Imagem 37: Fotografia do pavimento intermediário do conjunto habitacional Prefeito Mendes de Morais

O conjunto habitacional Prefeito Mendes de Morais (Pedregulho), localizado no bairro Benfica, no Rio de Janeiro, teve seu projeto consolidado no ano de 1946 a 1952 pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy. Foi uma das primeiras tentativas de construir um conjunto habitacional. Na concepção arquitetônica do complexo, com 328 unidades, cada obra é definida por um volume simples, onde a forma indica a diferença de funções: o paralelepípedo destina-se aos prédios residenciais; o prisma trapezoidal aos edifícios públicos; e as abóbadas, às construções desportivas. O terreno destinado à implantação do conjunto habitacional possui uma área total de 52.142,00 m² e a taxa de ocupação final ficou em 17,3 %. Por se tratar de um terreno muito irregular, fez com que Reidy 42

elevasse o edifício por meio de pilotis. Com o edifício elevado sobre pilotis, Reidy consegue realizar sua intenção, que era de deixar todos os apartamentos voltados para a Baía de Guanabara, driblando assim o declive natural do terreno. O acesso ao edifício é feito por meio de passarelas, onde se encontra uma avenida posterior no topo do terreno recurso esse, que dispensa elevadores. Segundo Igor Fracalossi escreveu em sua publicação no site Archidaily em dezembro de 2011, “A peça-chave de todo o conjunto é o grande edifício construído no alto, de planta serpenteada, que acompanha as condições naturais do terreno. Tal modelo de planta também estava sendo usado no Pavilhão do Massachussetts Institute of Technology – MIT, Cambridge, Estados Unidos, projetado por Alvar Aalto entre 1947 e 1949. ”


Imagem 38: Planta pavimentos do conjunto habitacional Pedregulho

Imagem 39: Corte mostrando a disposição do edifício no terreno

“A conformação do terreno é irregular e sua topografia bastante acidentada apresentando em certo ponto um desnível de cerca de 50 metros que de forma sinuosa, cruza toda a extensão transversal do terreno. Este pendente de grande altura dificulta o deslocamento físico entre os dois grandes platôs horizontais acentuando a segregação do espaço, além de onerar qualquer trabalho de movimentação de terra que busque suavizar esta diferença. ” (Silva, Rafael Spindler. Vitruvius ano 6 , Jul. 2005) 43



Levantamento de Dados

Localização - Histórico - Geografia

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O projeto proposto será inserido na região central do município de Ribeirão Preto, no cruzamento das ruas São Sebastião e Visconde de Inhaúma. Tendo acesso pela Rua São Sebastião, 646.Figura 40: Localização feito à partir do Google Street View A quadra em que o lote está disposto possui um desnível de aproximadamente três metros, sendo a parte mais alta na Rua Américo Brasiliense e a parte mais baixo na Rua São Sebastião.

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Figura 42: Foto obtida através do Google Maps

Figura 41: Esquema representando o percurso do sol e dos ventos

O local escolhido para a realização do projeto é o Edifício Evaristo Silva. Segundo HIASA, C. Y. (2016), o projeto do edifício foi realizado pelo engenheiro Hélio Foz Jordão no ano de 1953, possuindo elementos do período moderno em sua construção, como janelas em fita, fachada envidraçada e pilares em forma de pilotis, tendo assim grande importância arquitetônica para a cidade. Em visita aos órgãos públicos, foi descoberto que não consta registro algum sobre tal edifício.


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Levantamento de Dados

Levantamento de Dados


Ao analisar o mapa de uso e ocupação do solo, foi notado uma predominância de comércios e serviços, sendo eles comércios diversos como lojas de roupas e calçados, produtos de estética e beleza e lojas de produtos variados. Os serviços presentes, de acordo com o levantamento são agências bancárias, escritórios e um estacionamento. Moradia, ocupa uma pequena parcela do entorno estudado, mas sempre em conjunto com algum comércio. Isso ocorre devido a constante mudança de uso dos edifícios. Apesar de ser uma área predominantemente comercial, não impede que as moradias sejam prejudicadas, havendo pontos positivos e negativos. Um ponto negativo é o intenso fluxo de veículos e pedestres na área, podendo causar um certo desconforto em relação a poluição sonora, mas, por se tratar de um edifício de múltiplos pavimentos, com o isolamento acústico certo, não causará nenhum transtorno ao habitante. Um ponto positivo, é a facilidade e proximidade de encontrar diversos tipos de produtos e serviços. Outro ponto positivo é o horário de funcionamento do centro sendo de 9 as 18 horas durante a semana e nos fins de semana até as 14.

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Lista de mapas: Imagem 43: Mapa de gabarito Imagem 44: Mapa de uso

O edifício escolhido, fica em uma área adensada com edifícios de diversas tipologias, variando desde construções térreas à edifícios acima de 10 pavimentos, sendo esses em menor quantidade. Porém, como analisado acima, tais edifícios ficam bem próximos ao edifício escolhido para sofrer intervenção, fazendo assim, com que as faces voltadas para a rua, fique a maior parte do dia sombreadas, permitindo assim, que a fachada seja toda envidraçada. 49


Por se tratar de uma das áreas mais antigas da cidade, fica bem claro, ao analisar o mapa, que as edificações não possuíam os recuos exigidos na legislação atual, ocupando quase todo o terreno. Todas os edifícios, exceto o edifício Center Plaza, possuem suas fachadas rentes a calçada

Figura 45: Foto do Edifício Center Plaza obtida através do Google Imagens

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Lista de mapas: Imagem 46: Mapa de figura fundo Imagem 47: Edifício Center Plaza, localizado na Rua Visconde de Inhaúma, centro de Ribeirão Preto (Fonte: http://www.panoramio.com/photo/61652781#) Imagem 41: Mapa de vegetação e fluxo de pedestres e veículos

Ao analisar o mapa de fluxo e de áreas verdes, foi notado uma maior concentração de pedestres e veículos no cruzamento das ruas Américo Brasiliense e Visconde de Inhaúma, por se tratar de um terminal rodoviário e pela sorveteria do Jô, essa uma das mais movimentadas da cidade. Outro ponto com movimente intenso é a rua São Sebastiao, essa por ser uma das principais ruas comerciais do centro de Ribeirão Preto. A área verde existente, se resume a Praça das Bandeiras e de pequenas vegetações em vasos espalhados pela calçada do edifício Center Plaza. O fato do objeto de estudo estar localizado próximo a um terminal de ônibus é muito bom, pois nem sempre os moradores têm acesso a condução particular como automóveis e motos, tendo assim a necessidade do uso do transporte público. A existência de área verde, mesmo pouca, ajuda na absorção dos ruídos causados pelos veículos e pedestres, além de melhor o microclima existente na área. 51



Levantamento de Dados

Condição atual do Edifício Evaristo Silva

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Imagem 48: Planta térreo e pavimentos tipo s/ escala

Imagem 49: Cortes A-A’ e B-B’ s/ escala 54


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Projeto


O edificil Evaristo Silva está localizado no cruzamento das ruas São Sebastião e Visconde de Inhaúma, 646. Por se tratar de um edifício consolidado dos anos 50 e originalmente de uso comercial, será necessária uma readequação interna e externa, tornando-o habitável. A ideia é de uma moradia voltada aos estudantes universitários, pensando tambem na população que frquenta o centro de Ribeirão Preto, transformando a parte terrea e promeiro pavimento em uma praça interna.

Implantação sem escala

Demais edifícios Praça das Bandeiras 56

Edifício Evaristo Silva

Figura 50: Implantação s/escala


Figura 51: Perspectiva da quadra onde estรก inserido o objeto de estudo

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Terreo - Praça interna Como dito anteriormente, o térreo possuirá, além das lojas existentes (lotérica e loja de roupas), uma praça interna. O objetivo é criar um espaço de fuga em meio a correria diária do centro de Ribeirão Preto. Como os espaços públicos existentes próximos não são conhecidos pela segurança nem pela conservação, a ideia é criar um espaço onde a população possa ter um momento de descanso.

A vedação é feita por meio de cobogós, dando segurança, mas sem dar sensação de confinamento. Internamente, possuirá paredes verdes, cobertas com plantas próprias para parte interna. Seu mobiliário será feito de concreto armado. A intensão é que seja um espaço público-privado , onde a população possa desfrutar de momentos de prazer com amigos, ler um livro, ou apenas relaxar nos futtons e colchonetes dispostos no segundo pavimento .

Figura 52: Perspectiva Interna 01

Figura 53: Modelo criado de cobogó

Figura 54: Perspectiva Interna 02

Figura 55: Perspectiva Externa 01

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Terreo - Praรงa interna - Planta baixa e Detalhamento


Detalhamento barras deslizantes (fechamento)

Imagem 56: Corte esquemático do sistema de barras deslizantes Fonte: https://hypescience.com/quando-aberto-este-portao-fica-escondido-no-solo-veja-designs-modernos/

Jibóia

Nome Científico: Epipremnum pinnatum Nomes Populares: Jibóia, Era-do-diabo, Jibóia-verde Família: Araceae Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra, Trepadeiras Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical Origem: Ilhas Salomão, Oceania Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene

Samambaia-americana

Figura 57: Planta Jibóia

Véu-de-noiva

Figura 58: Planta Samambaia-americana

Guzmânia

Figura 59: Planta Véu-de-noiva

Nome Científico: Nephrolepis exaltata Nomes Populares: Samambaia-americana, Lâmina-de-espada, Samambaia-de-boston, Samambaia-espada Família: Davalliaceae Categoria: Folhagens Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: África, América Central, América do Norte, América do Sul, Ásia, Indonésia Altura: 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra Ciclo de Vida: Perene

Jardim vertical

Por se tratar de um espaço interno, e não ter tanta incidência da luz do sol, deve ser levado em conta as espécies de plantas ideais para o local. De acordo com o site jardineiro.net, segue abaixo algumas das plantas para jardim vertical, para locais semi-sombreados: Barba-de-serpente Vriésia Jibóia Flor-de-maio Samambaia Rabo-de-burro Aspargo Rabo-de-gato Antúrio Singônio Columéia Babosa-de-pau Véu-de-noiva Chifre-de-veado Ripsális Guzmania Flor-batom Falenópsis Liríope Asplênio Foi escolhido as espécies: Jibóia – Epipremnum pinnatum; Samambaia-americana – Nephrolepis exaltata; Véu-de-noiva – Gibasis pelúcida; Guzmânia – Guzmania sp. Todas as plantas citadas necessitam de sombra ou de pouco luz.

Nome Científico: Gibasis pellucida Sinonímia: Tradescantia pellucida, Gibasis schiedeana Nomes Populares: Véu-de-noiva, Família: Commelinaceae Categoria: Flores, Flores Perenes, Folhagens Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Norte, México Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra, Sombra Ciclo de Vida: Perene Nome Científico: Guzmania sp Nomes Populares: Guzmânia, Bromélia, Gusmânia Família: Bromeliaceae Categoria: Bromélias, Flores Perenes Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul Altura: 0.1 a 0.3 metros, 0.3 a 0.4 metros, 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Meia Sombra Ciclo de Vida: Perene

Figura 60: Planta Guzmânia


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Primeiro pavimento - Praça interna O segundo pavimento da praça interna é voltado principalmente para a distração e relaxamento. Será disposto por toda a extensão futons e sofás camas da marca oppa

Figura 61: Imagem sofá cama Oppa Fonte: http://www.oppa.com.br/sofa-cama-liberdade-cinza-base-amendoa

Imagem 61: Perspectiva primeiro pavimento 62


Primeiro pavimento - Praรงa interna - Planta


Segundo Pavimento - Coletivo - Planta

O projeto possui três tipologias distintas de habitação. A primeira dela, ocupando os pavimentos 2 e 3 é a coletiva. Por se tratar de um edifício com estrutura independente, foi pensado uma planta livre, apenas com os dormitórios e sanitários separados. Os ambientes foram pensados para que os habitantes, nesse caso especifico, estudantes universitários, tivessem um maior aproveitamento interno. Foi integrado então o refeitório, sala de tv, área de lazer e descanso e área de estudo em um único ambiente.

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A sala de televisão possui paredes móveis em todo seu perímetro, obtendo assim maior conforto na hora de assistir televisão, deixando o ambiente escuro e isolando o som, fazendo com que não atrapalhe os demais habitantes.

Possui três dormitórios com capacidade de até 4 pessoas por quarto totalizando um máximo de 12 habitantes. Cada dormitório possui duas beliches e um guarda roupa de 8 portas, sendo separados em 4 partes iguais individuais.

Ainda nesse espaço integrado, foi instalado mesa de sinuca, puffs e futtons, deixando assim o espaço mais relaxante e divertido. Uma grade bancada com gaveteiros individuais foi instalada na parede voltada para a rua Visconde de Inhaúma, tendo espaço de sobra para que os estudantes possam sentar todos ao mesmo tempo de forma confortava. O refeitório possui uma grande mesa com espaço para todos e equipada com todos os eletrodomésticos n e c e s s á r i o s .

Os sanitários foram divididos em masculino e feminino, possuindo em cada um, 4 cabines, duas para banho dois toaletes sendo um deles acessível.

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Perspectivas

Imagens de 62 a 67 representa área comum, onde estão localizados refeitório, espaço de estudo, sala de TV e espaço de convívio, equipado com mesa de sinuca, puffs e futtons.


Detalhamento Técnico

O sistema utilizado nas paredes deslizantes, é um sistema simples, de portas deslizantes. Um trilho de alumínio é parafusado no teto, de onde sai um sistema de rodízios (figura xx). As placas de madeira são presas por meio de parafusos em sua extremidade (figura xx). O conjunto é formado por cinco faces, onde ao fechar, uma placa puxa a outra ate vedar todo o espaço.

Imagem 68: Detalhamento técnico parede deslizante

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Quarto Pavimento - Semicoletivo - Planta

Essa tipologia está localizada nos pavimentos 4 e 5, como no anterior, possui elementos coletivos como refeitório e área de convívio. Porém, os dormitórios são pensados mais no individual.

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Quarto Pavimento - Semicoletivo - Tipologias

Na parte coletiva, possui um ambiente voltado para o descanso e convívio, possuindo, como no pavimento apresentado anteriormente, mesa de sinuca, mas com o acréscimo da mesa de pebolim e um sofá. O outro ambiente é o refeitório, também como apresentado anteriormente, possui uma grande mesa com capacidade para todos os habitantes ali presente, e uma cozinha completa com os todos os eletrodomésticos necessários. Para a separação dos ambientes, foi pensado em um elemento divisório possuindo em seu meio pequenos vasos que servirá como uma horta vertical.

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Por outro lado, os dormitórios são individuais, podendo, ou não, possuir um sofá cama. Ao todo são cinco, sendo que, dois desses possuem banheiros acessíveis. Todos são voltados para as ruas São Sebastião e Visconde de Inhaúma, tendo assim maior iluminação e ventilação natural.


Perspectivas

Imagem 69: Tipologias de dormitórios. Imagem à direita possui sofá cama. Ambos os dormitórios são equipados com cama integrada a uma bancada de estudos, espaço para armazenamento de objetos pessoais, banheiro individual e raque com TV.

Imagem 70: Área comum formada por dois ambientes, o da direita espaço de lazer, equipado com mesa de sinuca, pebolim e sofá. Imagem a esquerda está representado o refeitório, possuindo ampla mesa de jantar, e cozinha equipada com todos equipamentos necessários.

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Detalhamento Técnico

Imagem 71: divisor de ambiente é construído em madeira.

Imagem 72: O sofá ficará apoiado em uma base de concreto e seus acentos são formados por almofadas

Imagem 73: Perspectiva divisor de ambiente

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Sexto Pavimento - Familiar - Tipologia

Ao fundo, fica a parte dos dormitórios. Cada apartamento possui dois dormitórios separados por uma parede móvel. Esse tipo de divisão foi pensado caso os habitantes possuam filhos, dando assim maior privacidade para ambos moradores, caso contrário, fica um dormitório único. A parte da frente é a parte mais social da moradia, formada pela cozinha e sala. A cozinha é equipada com um móvel multifuncional, onde é resolvido toda a área de preparo, armazenamento e refeição. Os sanitários possuem duas entradas, uma para cada dormitório, podendo ou não ser acessível.

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Sexto Pavimento - Familiar - Planta Baixa

A terceira tipologia é a familiar. Está localizada nos pavimentos 6 e 7. Como o próprio nome diz, essa tipologia foi pensada nos estudantes com família. Diferente das anteriores, essa tipologia é completamente privada. O pavimento é formado por três apartamentos de aproximadamente 70m². foi pensado uma planta livre de divisões, tendo apenas o banheiro separado.

ESC 1:75


Perspectivas

As perspectivas representadas nas figuras 74 e 75, retrata as duas tipologias de habitação familiar existentes


Cortes


Elevações


Considerações Finais

O principal objetivo deste trabalho de finalização de graduação, é a transformação por meio do retrofit de um edifício datado dos anos 50, tendo como principal função o comercio e serviço, em uma habitação pensada no público estudantil. A ideia é criar espaços pensados para o melhor desempenho e conforto do estudante, pensando ambientes voltados para descanso, estudo e lazer dos mesmos. Outro ponto a ser considerado, foi o público usuário do centro de Ribeirão Preto criando um espaço onde possa ter uma fuga da vida agitada. A ideia foi de um espaço que fosse aberto ao público, porem com a segurança oferecido pelo espaço privado. Portanto, conclui-se que o papel do arquiteto, afeta beneficamente não apenas o privado mas também o público, criando espaços bem planejados, que atenda todas as necessidades dos habitantes.

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Bibliografia 8.1 - Artigos em revistas GODOY, Ligia; FERREIRA, Marcelo Gitirana Gomes; SANTOS, Célio Teodorico. Multifuncionalidade Aplicada ao Projeto de Mobiliário para Espaços Reduzidos. Estudos em Design | Revista (online). Rio de Janeiro: v. 23 | n. 2 [2015], p. 1 – 15 | ISSN 1983-196X 8.2 - Teses e dissertações CASELLI,Cristina Kanya. 100 anos de habitação mínima. Ênfase na Euro e Japão. 2007. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Unidade Presbiteriana Mackenzie. FONSECA,Nadja Maria Ribeiro. Habitação Mínima O paradoxo entra a Funcionalidade e o Bem-Estar. 2011. Dissertação (Mestrado integrado em arquitetura) – Faculdade de Ciências e tecnologia da Universidade de Coimbra – Departamento de Arquitetura SILVA, Maria Cristina Vieira Araújo Soares. Articulação de Saberes na Unidade de Habitação de Marselha. 2011. Dissertação (Mestrado em Design) – Núcleo de Especialização: Interiores e Espaço Urbano – Escola Superior de Artes e Design (ESAD) - Matosinhos 8.3 - Artigos em sites CUNCA,Raul. Os Primeiros Projetos de Mobiliário Dobrável – Um Hibridismo Primitivo. Acesso em 30/11/2016. Disponível em: http://convergencias.esart.ipcb.pt/artigo.php?id=37 FRANCALOSSI, Igor. Clássicos da Arquitetura: Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho) / Affonso Eduardo Reidy. Acesso em 02/04/2017. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-12832/classicos-da-arquitetura-conjunto-residencial-prefeito-mendes-de-moraes-pedregulho-affonso-eduardo-reidy SILVA, Rafael Spindler. O conjunto Pedregulho e algumas relações compositivas. Acesso em 02/04/2017. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.062/446 SPINELLI, Ana. Quinta Monroy, Um Exemplo De Habitação Social. Acesso em 01/04/2017. Disponível em: http://arquitetesuasideias.com.br/2016/04/13/quinta-monroy-um-exemplo-de-habitacao-social/ DELAQUA, Vitor. Quinta Monroy/ELEMENTAL. Acesso em 01/04/2017. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-28605/quinta-monroy-elemental Plantas The Spot. Acesso em 25/04/17. Disponível em: http://www.viverinc.com.br/imoveis/61/SP/ The-Spot#implantacao Retrofit valoriza centro de São Paulo. Acesso em 31/08/2017. Disponível em: http://lock.com.br/port/noticia/ na-midia/retrofit-valoriza-centro-de--sao-paulo 78



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