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Projeto Kurgi Tower

KURGI TOWER

Concurso Internacional | Bee Breeders Local: Letônia, Europa | Ano: 2020 Equipe: Leonardo Dias, Luis Garcia, Victor Hertel e João Navarrete

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Situado em um dos locais mais bonitos e pitorescos do Norte da Europa, e listado como uma área de preservação reconhecida pela UNESCO, a torre seria construída dentro da fazenda Kurgi, propriedade de um jovem casal que buscava receber visitantes do mundo todo.

A proposta de projeto foi desenvolvida para um concurso internacional no qual buscava a melhor solução arquitetônica para uma torre de observação na Letônia.

O edital estabelecia parâmetros a serem seguidos para a criação da torre como altura máxima de até 35m, criação de 5 pavimentos, sendo o último com vista livre e estrutura metálica. Portanto, definimos um sistema estrutural simples com circulação vertical no centro.

CONCEITO

Para a pele externa da torre, buscamos trabalhar com um elemento que pudesse ser flexível o bastante para criar momentos de transparência e momentos de clausura. Dessa forma, na base, impactaríamos o mínimo possível no entorno utilizando brises posicionados de forma paralela a vista do usuário.

A medida que a torre ganha altura, os brises são torcidos de forma a ficarem perpendiculares a vista, tornando-o o mais "opaco". Essa variação foi pensada para ter um efeito tanto externo quanto interno.

ENVELOPE

Para transformar esta ideia possível, tivemos que criar um sistema racional para fixar cada elemento à fachada e, ainda assim, criar um efeito de unidade. Para tanto, utilizamos chapas metálicas e definimos variações de encaixes com diferentes angulações, onde cada elemento é fixado na estrutura metálica de forma diferente criando a torção no brise.

PLANTA

Segundo o edital, a torre seria utilizada para dois fins: o de visitação turística e de lazer para a família dona do sítio onde fica a torre. Tendo em vista o espaço interno limitado definido pelo edital, decidimos deslocar o core de circulação vertical para um dos lados na planta, de forma a liberar mais espaço em uma das extremidades de cada pavimento, favorecendo diversas atividade como a de exposições voltadas à visitação turística e a de espaços de permanência para a família, pedido em edital.

ESTRUTURA

Buscamos ter uma estrutura leve e que não impactasse visualmente no exterior da torre, portanto, utilizamos um core central apoiado em 8 pilares, quatro mais robustos ao redor do elevador e mais quatro periféricos ao redor das escadas que recebem o sistema de vigas. Dessa forma, todos os pavimentos ficam em balanço e o fechamento é feito através dos brises, fixados à estrutura.

Uma de nossas premissas era tentar minimizar o impacto da torre no entorno imediato, devido ao belo cenário natural do sítio. No entanto, o edital também pedia que a torre fosse um marco visual na região. Dessa forma, conseguimos atingir isso através dos brises torcidos, no qual foi possível criar uma variação de forma gradual na fachada, que ao nível do solo, tende a ser o mais transparente possível e a medida que a torre ganha altura, vai ficando totalmente opaca, deixando seu volume destacado.

Internamente, essa mesma lógica é válida. Para o usuário que visita a torre e percorre as escadas, essa variação tende a criar diferentes visuais e níveis de luz. Nossa principal intenção projetual foi a de criar uma experiência para o usuário, seja externa ou internamente. Dessa forma, a medida que se sobe na torre, menos se vê do exterior, criando uma transição e clímax para o ponto principal da torre, o mirante do último pavimento, totalmente aberto e com vista 360 livre para o entorno.

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