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JOÃO DE BRITO IRMÕ – ZUZA BRITO
1915 28 de abril: nascimento de José de Brito Irmão12 no sítio Marimbas, então município de Cajazeiras-PB, hoje pertencente a Cachoeira dos Índios13 , filho de Firmino de Brito Lira e de sua mulher Maria Furtado Figueiredo; conhecido como Zuza Brito
12 BRITO, Eliomar. CENTENÁRIO – ZUZA BRITO: 100 anos e trabalho e honestidade. Folheto, Cajazeiras-PB, s.d. BRITO, Eliomar. HISTÓRICO E MEIO AMBIENTE DE BOM JESUS. Cajazeiras-PB: Gráfica Ideal, 2011. 13 Cachoeira dos Índios é um município brasileiro no extremo oeste do estado da Paraíba, localizado na microrregião de Cajazeiras. A ocupação das terras que deram origem ao município remonta a 1905, com a compra de uma propriedade por Manoel Cândido, que ali se estabeleceu com sua esposa Maria Madalena Cândido. A partir daí outras famílias iniciaram o povoamento do local, inicialmente chamado de Catingueira. Em 1920 foi eleita a primeira capela, com doações de D. Maria Madalena. O distrito foi criado com a denominação de Cachoeira dos Índios, por ato anterior a 02-03-1938 e pelo decreto estadual nº 29, de 22-11-1939.Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Cachoeira do Índios figura no município de Cajazeiras. O município com a denominação de Cachoeira dos Índios foi criado pela lei estadual, de 26-11-1961, desmembrado de Cajazeiras, instalado em 30-12-1961. Em 1964, foram criados os distritos de Balanças, Fátima e São José de Marimbas e anexados ao município. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cachoeira_dos_%C3%8Dndios
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- Nesse ano houve uma grande seca, assim como nos anos de 32, 44, 53, 58; a de 32 foi a mais grave... 1924 Firmino vendeu as propriedades no sitio Marimbas (hoje, Cachoeira dos Índios), e comprou outras propriedades no sitio Logradouro (no município de Cajazeiras, hoje, Bom Jesus-PB), onde passou a morar com sua família. 1925 começa a construir sua residência, terminando-a em 1927. - a seca castigava o sertão; esses períodos ocorriam de oito em oito anos; além da seca havia os cangaceiros que deixavam os sertanejos assombrados. Lampião, um dia, passou por Bom Jesus, e invade a casa de Firmino
Brito, no sitio Logradouro, encontrando em casa apenas o filho Zuza Brito com seus irmãos. 1932 houve uma grande seca; Getulio Vargas cria um projeto de emergência para construir estradas de ferro e açudes no Nordeste. - Zuza ficara órfão logo cedo, mas ele e seus irmãos continuavam a trabalhar na agricultura. Devido às secas, os agricultores precisavam buscar outras formas de sobrevivência. Zuza e cinco irmãos e o tio Quintino Brito saíram a procurar trabalho na construção do açude Boqueirão de Piranhas e, lá chegando, encontraram uma grande epidemia de catapora. Seguiram, a conselho de um dos coordenadores para a cidade de
Condado-PB, onde estava sendo construído um grande açude. Somente Zuza fica em Condado, trabalhando por lá; recebe a visita dos outros irmãos, dentre eles João Furtado de Brito. Trabalharam juntos por cerca de um ano, retornando ao sitio Logradouro. 1933 o inverno foi regular, com uma grande produção de algodão 1938 Zuza constrói sua casa no sitio Logradouro, numa área herdada de seus pais.
1939 casa-se com Rufina Gonçalves Morais, nascendo desse casamento oito filhos:
Elizabete ( ), Eliomar ( ), Edite ( ), Eliete ( ), Edivan ( ), Elielson ( ), Evandro ( ), Edimilson ( ); 1943 Zuza Brito vende sua casa e uma área de terra do sitio Logradouro e comprou uma casa no povoado de
Aroeira, atualmente Bom Jesus-PB - comprou algumas mercadorias e começou a negociar com uma bodega, sem deixar a agricultura; quando saia para trabalhar, sua mulher, Rufina, ficava tomando conta da bodega e da cozinha e ainda criava ovelha; foi um dos primeiros comerciantes de Aroeira, buscando mercadorias em Cajazeiras, no lombo de animais, pois não havia estradas;
Primeira casa de Zuza Brito em Bom Jesus, onde funcionou também sua bodega, destacando-se o banco de madeira, da legitima árvore de aroeira, também os primeiros tijolos da calçada, a esquerda de uma árvore de beija-mim, plantada em 1950. A casa foi comprada e reformada em 1944.
1949 houve uma grande safra de algodão, quando então começa a comprar o produto dos proprietários rurais e vender aos comerciantes de Cajazeiras e Ipaumirim-CE; começa a negociar também com caprinos, ovinos, suínos, e gado; comprava couros de criações domésticas e animais silvestres. Trabalhou nessas atividades até 1982.
Morando em Aroeira, aprendeu as primeiras operações de contas, tornando-se expert em fazer contas de tarefas, pois os agricultores no tempo passado brocavam e plantavam muito, então Zuza Brito era chamado por grande parte dos agricultores para medir as tarefas (tamanho da roça).
Era chamado para resolver as mais variadas questões, como: limites de propriedades, prejuízos de roças, divisão de heranças.
Era considerado também o “Profeta da Chuva”, pois grande observador da natureza fazia algumas experiências e sempre consultava os mais velhos para adquirir conhecimento sobre os inversos passados.
1951 constrói um quarto e transfere a bodega para novo local, onde hoje funciona um bar, de Graça Lopes; 1952 compra uma área de terra denominada sitio Prensa, na região de cabeceiras, passando a plantar algodão (muito...), chegando a ser o maior produtor da região; 1954 constrói outro quarto para aumentar o comercio - grande incentivador da criação do distrito de Aroeira, convocou uma reunião em frente à igreja, sendo indicado a representar os habitantes, e viaja a Cajazeiras para falar com o deputado Acácio Braga. No ano seguinte, apresentado o projeto, foi aprovado pela Assembléia Legislativa no dia 20 de abril de 1955, pela Lei 1.198/55. 1955 assediado por políticos de Cajazeiras, sua bodega o ponto de encontro desses políticos; como seu objetivo sempre foi de trabalhar por sua terra natal, conseguiu alguns benefício junto ao então Prefeito Antonio
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Rolim, como a luz elétrica, grupo escolar, e a linha telefônica ligando Aroeira à Cajazeiras através de uma rede composta de fio de arame e postes de madeira. 1957 compra outra área de terra próximo ao povoado Aroeira, continuando com o comercio e também com a agricultura, aumentando consideravelmente o plantio de algodão; continuou com a comercialização de couros de criação doméstica e silvestres; em sua bodega vendia também tecidos comprados em Cajazeiras. 1960 constrói sua casa, em estilo funcional com portas e janelas venezianas na Rua da Paraíba, hoje Firmino
Tomaz; 1963 reinvindicava a emancipação do Distrito, transformando-o em cidade, e contando com a ajuda de diversas pessoas do povoado, dentre eles Maria Singular de Brito, Terezinha Furtado de Brito; contou novamente com a ajuda dos deputados Acácio Braga Rolim, José Lacerda, e Wilson Braga e o apoio decisivo do Dr. Julio Maria Bandeira de Melo. Após vários encontros, o deputado Acácio Rolim encaminhou à Assembléia Legislativa pedido de emancipação, e pelo Decreto Lei 3.096/63, de 5 de novembro, concedeu a Bom Jesus os forro de cidade. 1964 candidado a vice-prefeito, na chapa encabeçada por Julio Bandeira, eleitos em 9 de novembro de 1964; naquela época os votos para prefeito e vice eram separados, tanto que Zuza teve mais voto para vice-prefeito de que seu companheiro de chapa para Prefeito. 1982 candidado a Prefeito pelo PSD, tendo como vice Antenor Abel de Sousa; seu mandato terminou em 1988, prorrogado por mais dois anos. Em seu mandato realizou obras importantes para o desenvolvimento do município, dentre elas a construção dom prédio do Colégio Joaquim Umbelino, Mercado Publico, Grupos
Escolares em todos os sítios e na Sede, Prédio dos Correios, Prédio para a câmara Municipal, Prédio do
Centro Cultural de EducaçãoEdme Tavares, Lavanderia Pública, pavimentação asfaltica ligando Bom Jesus à BR-230; vários poços tubulares, pavimentação de várias ruas, unidades habitacionais, postos telefônicos, dentre outros. 1985 conseguiu em Brasília o açude Lagoa do Arroz, projeto de 1932; dois anos depois o açude era inaugurado (1987) com a presença do Presidente José Sarney. 2003 falece a 29 de março.
Seu filho Eliomar14 traz algumas curiosidades (pioneirismos...) de Zuza Brito: foi o primeiro habitante de Bom Jesus a ter um carro, jipe modelo quatro portas, comprado a Zé Cavalcante; o primeiro fogão a gás, comprado na Loja Antonio Mendes; a primeira panela de pressão, comprada na loja de Carlos Paulino; o primeiro petisqueiro (guarda-louça) comprado na feira de Cajazeiras; o primeiro radio transmissor, comprado na loja de Murilo Bandeira; e a primeira geladeira a gás, comprada na loja de Carvalho Dutra.