27 minute read

JOÃO BRITO LIRA – JOÃO PARAIBANO

Next Article
ROBRE OS AUTORES

ROBRE OS AUTORES

Por ROSELY DANTAS BRITO AGOSTINO32

Advertisement

“Homem desbravador, empreendedor, trabalhador, que o Maranhão o recebeu e que ele tão bem soube retribuir com seu trabalho. Era destemido, preocupado com o progresso e deu sua contribuição em prol deste.”

A realização desta biografia é necessário que se comece assim: A família de Antonio de Brito Lira, pernambucana de nascimento, nasceu na divisa do Estado de Pernambuco com o Estado da Paraíba, mas se orgulhava em ser chamada: Paraibano. Amava aquele Estado, que o acolheu. Mas, Deus já havia traçado outros caminhos. Esse mesmo Estado que o acolheu, a seca castigou. O povo sofria. A família bateu em retirada. Partiu em busca de novas terras, que pudesse instalar sua morada. Percorreu, visitou lugares, mas foi em Brejo no Maranhão (primeiro nome da cidade de Paraibano pela abundância das águas existentes no lugar), que agradou toda familia. Tanta água era motivo de emoção, encantava os olhos e vinha a tristeza lembrando a seca da terra amada deixada para trás.

A minha função é escrever sobre João de Brito Lira, membro da familia Paraibana, mais conhecido como: João Paraibano, que nasceu em Surubim – Pernambuco, em 20 de janeiro de 1907 e faleceu em 15 de outubro de 1976. Filho de Antonio de Brito Lira e de Joaquina Maria das Dores. Seus irmãos: Bernardino Brito Lira(*18/12/1900 e + 11/10/1952); José Brito Sobrinho (Zé Paraibano, como era mais conhecido, * 22/02/1902 e + 23/06/1975); Guilhermino Brito Lira (* 20/06/1903 e + 21/10/1962); Marcos Brito Lira (* ? e + 15/05/1952); Maria Brito Lira )*? e +?) sua única irmã. Do segundo casamento de seu pai tem mais duas irmãs: Rosely Dantas Brito agostino e Delzuita Dantas Brito Vaz, ambas moram em São Luis-MA.

68 A seca teve início em 1910 e sua instalação em Brejo no Maranhão em 1923. Começa a desenvolver lavoura. O babaçu, que apodrecia embaixo da palmeira, seu pai dar incentivo e começa a comprar amendoa. 1924, plantou a primeira roça e o produto era transportado em lombo de animais – tropeiro para a cidade de Nova Iorque no Maranhão. Paralelo a lavoura inicia comércio e começa a introduzir dinheiro na região. Comprava generos e pagava em dinheiro, causando admiração aos poderos da época, que escravisavam o povo, como os Rocha Santos, de São João dos Patos, os neiva e depois os teixeiras de Pastos Bons.

João botou a primeira “bodega’ (pequeno comércio) em 1924 e foi crescendo. Foi o primeiro a pagar o dia de trabalho com dinheiro e o povo queria trabalhar e vender produtos para ele, a fim de receber em dinheiro e não mais o uso da troca (mercadorias com trabalho e vice-versa). Essa era a grande novidade!: ‘o dinheiro’. Depois criou uma feira, que aos domingos o povo das redondezas vinham negociar seus produtos. Mais tarde, seu irmão Bernardino toma conta da feira.

Lavradores, que vinham de uma região com mais conhecimentos de grandes engenhos de açúcar, cultivo de algodão, na bagabem traziam experiencias e o povo admirava os feitos dessa família, que tinha técnicas, força de vontade, coisa que os ricos da região não tinham.

João casou-se com Dilia Coelho de Sousa, moça do lugar e completaram a familia com os filhos, dádiva de Deus: Delzuita Sousa Brito, Lindomar Sousa Brito, José Sousa Brito (mais conhecido como Zedito, já falecido), Feliciano Sousa Brito, Maria de Jesus Sousa Brito, Maria do Carmo Sousa Brito, Theodorico Sousa Brito, Maria do Socorro Sousa Brito, e Cândido Bosco Sousa Brito.

Ano de 1932, João constroi uma ‘casa de pedra’, coberta de telha, pois as casas eram cobertas de palhas. Em 1933, constrói o sobrado. Construção sofisticada, poposa para a época, que radicalmente muda a forma de habitar das pessoas da região.

João, em 1935, compra o primeiro caminhão em Fortaleza-CE. Para chegar a Paraibano foi necessário abrir a estrada a facão. As pessoas que moravam a beira da estrada ficafram com medo do ronco do motor que apovorados fugiam. Esse caminhão transportava mercadorias, como também as pessoas que queriam e vinham morar em Paraibano. João carregava o caminhão de mercadorias e montava feiras nas regiões vizinhas, mas havia um lugar especial: debaixo de uma árvore de nome “Sucupira” e o pessoal daquelas imediações traziam seus produtos e trocavam por mercadsorias, como: rapadura, soda cáustica, açúcar e outros. Essa feira montada debaixo dessa árvore deu origem a cidade de “SUCUPIRA DO NORTE’. O progresso desse desbravador, empreendedor –junto com o pai e seus irmãos – foi motivo de preocupação mesquinha por parte daaqueles que se consideravam donos do poder. A D. Noca (Joana Rocha Santos), primeiro dava tudo por João, depois não admitia saber que, os Paraibanos estivessem dominando. Despertou um poder de perseguição sem medir consequencias. A cosntrução do sobrado, imponente para época, naquele lugarejo... inclusive a parte financeira. Ela não admitia rival, comercialmente falando.

69 Desgostoso com a política e não querendo provocar desentendimentos, principalmente com os Rocha Santos, sai de Paraibano, deixando a politica com seu irmão Guilhermino, que tinha bom relacionamento com o povo. Deixou para trás seus pertences e foi em busca de novas terras. Fixou morada, por um bom tempo, em “Alto Alegre do Piauí” e mais tarde em Imperatriz-MA, quando esta era uma pequena cidade. Já instalado, o progresso chegava a essa cidade após a construção da Balém-Brasília. Essa mudança aconteceu pela preocuipação com a educação dos filhos. Vendia a grosso e a varejo. Lidava, também, com fazendas.Prosperou e se tornou conhecido na região como “Paraibano”.

Por motivos familiares já não era o homem alegre de antes. Essa tristeza acentua-se com a morte da esposa. Depois, casa-se com Lúcia. Não tiveram filhos. Católico praticante, assistia missa todos os dias. Passou a viver uma vida simples. Sem luxo, sem conforto algum. Tudo na casa era rústico, grosseiro. Morou no Juazeiro do Norte-CE, cidade de Padre Cícero de quem era devoto, uma temporada, depois se mudou para a cidade de Montes Altos no Maranhão, onde faleceu em 15 de outubro de 1976. Curioso, ele falou o dia e hora que ia morrer e pediu para a esposa Lúcia ou uma freira amiga deles, aque rezasse determinada oração e aconteceu como ele previu.

São Luís, 1º de maio de 2006

Obs.

A Escola Agrupada João Paraibano, a primeira escola, construida pelo Governo. Construída em 1956, com morada para a professora que assumisse o posto. É sabido, que a primeira professor a assumir a função foi a professora Hortência Sá. (Tendo moradia não precisou ocupar a escola. Foi minha primeira professora). Não tenho conhecimento de professor a morar lá. Meu primário (1º a 5º ano) foi realizado nessa escola. Ele me deu base. O conhecimento que me deu sustentação para o gináasio, segundo grau e o curso de licenciatura de letras na UFMA. Tempos bons aqueles.Educação de qualidade... A primeira diretora: professora Josefina de Castro Oliveira e Silva, grande mestra! Aprendi muito com essa mulher e olhe que ela não foi minha professora! Depois vieram as professoras: Aracy, Terezinha, Cacilda e Leda. Foi gostoso, eufórico, emocionante! Paraibano tomou ares de cidade, pois a educação é e será sempre o “X” para todas as evoluções.

O “imbróglio” entre os Rocha Santos e os Brito Lira tem duas versões; na primeira começa quando a Sra. Joana da Rocha Santos, em 1939, se apodera de um poço de água que servia à cidade – até então o relacionamento era cordial, embora já houvesse uma rivalidade comercial. Guilhermino se opõe, dizendo que a água era pública. Aproveitou-se da ocasião para intensificar as perseguições...

A segunda, diz o Sr. Manoel Coelho, teria começado com João Paraibano, devido à rivalidade comercial, o que causou sua saída da cidade. Ele, então, deixa o Brejo e muda-se para um lugar chamado Alto Alegre, no Piauí, em 1943. Depois, em 1955, volta para o Maranhão, estabelecendo-se em Imperatriz, tornando-se um dos grandes comerciantes do Vale do Tocantins.

Edmilson Sanches, na Enciclopédia de Imperatriz33 no verbete

JOÃO BRITO LIRA. (João Paraibano). Comerciante. Chegou a Imperatriz em 1955, vindo de Brejo do Paraibano (MA), onde nasceu. Fundou a Casa Paraibana, localizada, à época, na Rua Simplicio Moreira. Foi a maior loja comercial da década de 50 em Imperatriz. Vendia tecidos, louças, aluminio, miudezas em geral e foi a primeira a vender brinquedos movidos a pilha e máquinas de costura. Casado com Edília Coelho de Brito, com quem teve seis filhos, entre eles Maria de Jesus Brito, comerciante, uma das primeiras proprietárias de boutique em Imperatriz, a D’ J Modas. (p. 318).

Centro de Imperatriz década dos anos 60, centro Praça de Fátima, a segunda CASA PARAIBANA na esquina da Av.Getúlio Vargas com Rua Simplício Moreira, à esquerda de esquina.

O Jornalista Lima Rodrigues, de O Progresso, jornal de Imperatriz, publicou a seguinte reportagem em 02 de novembro de 2012:

O RESGATE

Nos últimos anos, escrevi mais de 30 perfis de pessoas que contribuíram ou contribuem com o desenvolvimento de Imperatriz e da região tocantina. Hoje, começo a série Famílias de Imperatriz, do Projeto Homenagem, com o objetivo de resgatar a história dessas pessoas que fizeram história na nossa cidade e colaboraram, inquestionavelmente, para o crescimento de Imperatriz, como as famílias Milhomem, Bandeira, bastos, Cortez e tantas outras. A nossa nova série começa com a família dos Paraibanos, cujo patriarca, João de Brito Lira, o João Paraibano, falecido em 1976 aos 69 anos de idade, foi o dono da principal loja da cidade, à época na Rua Simplicio Moreira, com a Rua Bom Futuro. Era um homem generoso com os mais pobres e com a igreja. Ele ajudou a construir a Igreja Nossa Senhora de Fátima. João Paraibano também contribuiu ao envestir na cidade e a convidar empresários para investirem no município. Ele também ajudou na construção da Belém-Brasília, desmatando com sua equipe de 200 homens o trecho entre Imperatriz e o Barra Grande. A filha dele, Maria de Jesus, hoje comerciante na também Simplicio Moreira, quase esquina da Praça de Fátima, com sua Dje Modas, foi a primeira mulher a dirigir automóvel em Imperatriz. Conheça mais detalhes desta bela história agora na coluna. [... faltando linhas...] [...] as colheitas, o lugar cresceu vertiginosamente, tornando-se o centro exportador de arroz, milho, feijão, fava e algodão para o Nordeste, de onde vinham, em caminhões de propriedade da faili a brito Lira, mercadorais para

73 serem vendidas na região, assim como novos migrantes. O primeiro prefeito de Paraibano foi o Sr. José Brito Lira, neto do pioneiro Antonio Brito Lira.

O SOBRADO

O sobrado e a casa de pedra formam o primeiro conjunto arquitetônico da cidade de Paraibano, construído por João Paraibano para dar inicio ao povoado de BREJO DOS PARAIBANOS. Depois vieram a construção da Igreja de São Benedito em 193: Escola João Paraibano em 1950 e a Igreja Matriz em 1962 e outras construções, mas nenhuma se comparava ao imponente SOBRADO, que já serviu de residência da Brito Lira e de Museu que guardava a história do município, sobrevivendo ao tempo.

BARRAGEM DO BALSEIRO Próximo de Paraibano existe a Barragem do Balseiro, local muito usado por turistas para um bom mergulho.

(Fonte: Wikipédia e o site WWW.ferias.tur.br.

JOÃO PARAIBANO

A família Brito ficou em Paraibano, mas o destemido João Paraibano deixou Pastos Bons e foi morar em Carolina. Não satisfeito, seguiu...

João Paraibano comprou uma Rural Willys, era um carro potente, digamos uma S10 dos dias atuais. Mas a novidade viria depois, em 1964, quando “Seu” João comprou um moderno utilitário Veraneiro, da Chjevrolet. (O Veraneio foi fabricdo no Brasil emtre 1964 e 1994). A filha Maria de Jesus, que era a secretária e gerente da Casa Paraibana, ao lado do irmão Lindomar, foi até Goiania (GO) só para tirar a Carteira nacional de Habilitação. Ela foi a primeira mulher a dirigir um automóvel em Imperatriz. Era uma jovem bonita e atraente.

TAROL Na Escola Santa Teresinha, onde estudava, Dejesus era líder na organização das festas juninas e no dia 7 de Setembro, no tradicional desfile da Escola, tocava tarol na fanfarra. Era um sucesso total. “Era um tempo bom. As freiras gostavam muito de mim. Eu fazia tudo com muito crinho”, lembra a empresaria Dejesus, com ar de

saudade e uma fala baixa e serena, ao lado do filho Axel Brito, um jovem envolvido em movimentos culturais na cidade. O irmão de Dejesus, conhecido como “Mudinho”, foi dos primeiros motoqueiros... [...faltando linhas...] [...] para o empresario Osmar da Chaparral, um dos primeiros empreendedores a acreditar em Imperatriz, “Seu Osmar cmprou fazendas de meu avô e me contou que meu avô era um dois incentivadores para trazer empresários de fora para investirem em Imperatriz”, comentou o neto de João Paraibano.

Outro filho do pioneiro João Paraibano é o aposentado Lindomar de Sousa Brito, de 77 anos, casado com Magnóliua dos Santos Brito. Até hoje o casal mora na Rua Simplicio Moreira, perto da Praça de Fátima. Eles são os pais de João Bosco, da Marilan e do Humberto dos Santos Brito, o conhecido Beto, ou para alguns, apenas Betinho. O outro filho, Hugo, morreu em 1983, em um acidente de carro perto do Bananal, na Belém-Brasília.

“Quando chegamos a Imperatriz o prefeito era o Simplicio Moreira e os empresários fortes da cidade eram o Manoel Ribeiro, o Jonas Ribeiro e o Chico Herênio. Tinha também o Sr. Nogueira, dono da primeira farmácia de Imperatriz, na Rua 15 de Novembro, e de diversos imóveis na cidade”, lembra Lindomar Brito, que foi gerente da famosa Casa Paraibana, montada por seu pai. “Naquela época (1955) Imperatriz devia ter cerca de 3 mil e 500 habitantes e três pedaços de ruas: a 15 de Novembro , a Coronel Manoel Bandeira, e a Godofredo Viana. Aqui na Praça de Fátima era tudo só mato. Meu pai comprou aquele quarteirão todo na Simplicio Moreira com o objetivo de que todos os filhos construíssem suas casas lá, mas isso acabou não acontecendo... [...faltando linhas...]

O SURGIMENTO DOS PARAIBANOS

O sertanejo Antonio Brito Lira, que foi casado com Maria Lira, nasceu em Surubim, em Pernambuco, mas ainda jovem foi embora para Cajazeiras, na Paraíba. Lá, Antonio Lira e Maria tiveram os filhos Guilhermino, Bernardino, José, Marcos, Maria e o nosso principal personagem desta história, João de Brito Lira ou simplesmente João Paraibano. De Cajazeiras, em 1920, Antonio Brito Lira saiu em busca de dias melhores, mudou-se com a família para o Maranhão e foi buscar no povoado conhecido como Brejo do Faustino, no município de Pastos Bons, onde fundaria a vila Brejo dos Paraibanos , que anso epois se transformaria na aconchegante cidade de Paraibano.

ANIVERSÁRIO DA CIDADE – 30 DE DEZEMBRO

Conhecido inicialmente como Brejo dos Paraibanos, Paraibano foi elevada à categoria de município pela Lei no. 841, de 30 de dezembro de 1952. Paraibano fica à 435 km da capital São Luís, é uma das primeiras cidades do Sudeste maranhense. É uma cidade conhecida pela sua hospitalidade e principalmente por sua vaquejada, que acontece no terceiro fim de semana do mês de julho. De acordo com o censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paraibano contava com uma população de 20.103 habitantes. A história do município está ligada à saga de Antonio Brito Lira e sua família, que lá chegaram em 1920, fugindo da seca que assolava o Estado da Paraíba, sua terra natal. No lugar em que hoje está a sede municipal vivia apenas, em uma casa de palha, o maranhense José Fernandes, de quem Antonio Lira adquiriu 2 mil hectares de terra. De 1920 a 1930, enquanto se dedicava à lavoura os pioneiros construíram casas de tijolos [faltando linhas finais do jornal]

77 [...] mulher e os filhos. Corajoso, mandou fazer uma balsa e desceu o rio Tocantins abaixo levando a mudança, enfrentando cachoeiras e tempestades, e atracou no porto de Imperatriz em 1º de janeiro de 1955. A cidade só contava com três acanhadas ruas: 15 de Novembro, Manoel Bandeira e Godofredo Viana. João logo frez amizede com famílias tradicionais que já moravam em Imperatriz, como os Cortez, os Milhomem, os Rocha, os Herênios e os Bastos.

DILIA COELHO DE BRITO

A esposa do empresário João Paraibano era Dilia Coelho de Brito, uma pessoa simples, que tinha ‘tino’ comercial e trebalhava com o marido e os filhos na Casa Paraibana, na Rua Simplicio Moreira, esquina com a Bom Futuro. Dilia, chamada carinhosa pelos parentesw e amigos de Nanan, nasceu na Fazenda Santa Maria, em Pastos Bons (MA), no dia 20 de abril de 1916. Seus pais foram Felipe Coelho de Sousa e Servia Carvalho de Sousa. Ela caosu-se com João Paraibano com apenas 14 anos de idade, conforme relatou em seu histórico e importante

livro “Imperatriz – Mulher e Mulheres”, a historiadora Conceição Formiga.

10 FILHOS João Paraibano e Dilia Coelho de Brito tiveram 10 filhos. Um deles, Zé Dito, morreu em julho de 2005, vitima de

parada cardíaca. Os outros filhos são Delzuita, Lindomar, José, Feliciano, Theodorico, Maria de Jesus, Maria do

Carmo, Cândido Bosco, Maria do So9corro e Maria da Graça.

O EMPREENDEDOR

- Esse João Paraibano é maluco. Veja só onde ele construiu a casa dele: lá no meio do mato, disseram algumas pessoas quando souberam que o paraibano havia adquirido um grande terreno, no meio do amto, para construir sua casa e sua loja. O local, não tão distante para os dias de hoje, era na Rua Simplicio Moreria, esquina com a Bom Futuro, mas tmando todo o quarteirão. Na esquina, ele construiu o redio da loja e ao lado a megacasa, já uma mansão à época. Vidros e grades modernas. Uma bela casa e um grande quintal com árvores frutíferas. A família era grande. O nome da loja era Casa Paraibana, uma espéci8e de Bazer Ipanema, para você entender melhor, só que vendia também tecidos, louças, rádios, bicicletas, máquinas de costura Singer e Vigoreli em... [... faltando linhas...]

CLUBE TOCANTINS “Imperatriz cresceu muito e está sempre crescendo. Cheguei aqui com 9 anos de idade. Fiz boas amizades. E quando moça, dançava muita festa no antigo Clube Tocantins, na rua Godofredo Viana. Lembro que tinha a festa das Bolas, quando todas as meninas iam com vestido de bolas para dançar ao som de Cely Campelo e

78 outros artistas que faziam sucesso à época”, lembra Dejesus, ressaltando que naquela época a cidade Ra pacata, não havia violência e a pessoas conviviam mais juntas e descontraídas diariamente.

AXEL BRITO

O produtor cultural Axel Brito fala com orgulho do avô João Paraibano, especialmente ao revelar que o então forte empresário de Imperatriz ajudou a construir a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, com o apoio de outros empresários. “Meus avós tinham uma religiosidade muito forte. Eu fico muito orgulhoso ao saber, através dos mais idosos, da participação de meus avós na construção da cidade. Como empresário, meu avô tinha influencia política, recebia sempre em sua casa autoridades como o então governador Vitorino Freire e o jovem deputado José Sarney, que depois foi governador e continuou visando (sic) a casa de meu avô na Simplicio Moreira. Grandes políticos passaram pela casa dos meus avós. Eles tiveram participaçam muito bonita na construção da cidade, tanto no âmbito religioso como econômico e social. Fico feliz por tudo isso”, declarou Axel Brito, em entrevista à coluna. [... faltando linhas...] [...] em 1971, começamos a vender parte do terreno e mais tarde vendemos a casa’, informou Lindomar, que

morreu, mas está enterrado no Cemitério São João Batista, em Imperatriz”, lembra Lindomar.

ESTRELA D´ALVA E PAU DE ARARA

O aposentado, o mais velho dos filhos de João Paraibano, informou que a vinda da família para a cidade acabou despertando o interesse de outras pessoas de Pastos Bons e outras cidades do Maranhão, do Ceará e até mesmo da Paraíba. “Imperatriz era atrasada. Meu pai ajudou a desenvolver Imperatriz, construiu igreja e contribuiu com a construção da Belém-Brasília. Depois de nossa chegada, vimos muita gente desembarcar aqui vindo de pau de arara (caminhão com bancos de madeira na carroceria). Outras pessoas chegavam à cidade vindos pela Viação Estrela D´Alva, da família Caetano, de Carolina”, contou Lindomar, revelando que a diversão dos rapazes eram os festejos de Santa Teresa e a movimentação em frente à igreja após as missas de domingo à noite. “Tenho saudades daquela época. Era muito bom. Nossas amizades em Imperatriz eram muito grandes, com famílias boas, como as dos Moreira, dos Cortez, dos Milhomem, dos Rocha, entre outras”, disse.

O FIM DA CASA PARAIBANA

A Casa Paraibana funcionou até 1974. Eram cinco irmãos sócios. “Não soubemos administrar. Quiando era comandada pelo meu pai, a loja era uma beleza, o comercio crescia, mas quando passou para os filhos, nós não soubemos admin istrtar. Esta é a verdade”, revelou Lindomar Brito sobre o fim de uma loja que fez história no comércio de Imperatriz, mantida por uma família que também fez história e contribuiu para o desenvolvimento do município.

O LEGADO

O patriarca João paraibano e sua Dilia Coelho morreram, mas deixaram um legado para os filhos e para os empreendedores que acreditaram em Imperatriz. Que venham outros ’joãos paraibanos’ ... [faltando linhas...]

A família Brito ficou em Paraibano, mas o destemido João Paraibano deixou Pastos Bons e foi morar em Carolina. Não satisfeito, seguiu viagem até Imperatriz, no lombo de animal. Gostou da cidade e voltou à Carolina para buscar a mulher e os filhos. Corajoso, mandou fazer uma balsa e desceu o rio Tocantins abaixo levando a mudança, enfrentando cachoeiras e tempestades, e atracou no porto de Imperatriz em 1º de janeiro de 1955. A cidade só contava com três acanhadas ruas: 15 de Novembro, Manoel Bandeira e Godofredo Viana. João logo fez amizade com famílias tradicionais que já moravam em Imperatriz, como os Cortez, os Milhomem, os Rocha, os Herênios e os Bastos.

80

Embora Imperatriz fosse constituída de apenas três ruas e o início de algumas travessas que também se transformariam em ruas, até meados dos anos 50, mesmo para os mais otimistas, era difícil acreditar que a cidade fosse desenvolver tanto, e acima de tudo, continuar atraindo novos migrantes, e com eles os novos investimentos que haveriam de consolidar os aspectos econômicos da "nova" cidade.

As ruas XV de Novembro (rua de Dentro), Coronel Manoel Bandeira (do Meio) e Godofredo Viana (de Fora), mantinham a identidade e característica de Imperatriz como pólo de desenvolvimento de toda a Região Tocantina. Os políticos locais tinham consciência do desafio e sabiam que era preciso avançar no tempo e no espaço se quisessem construir uma grande cidade, e também que aqueles novos migrantes que chegavam, precisavam acreditar nessas idéias, e para isso, era importante ajudá-los, incentivá-los a investir e tornar a economia da cidade cada vez mais forte.34

Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano.

Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana.

Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa.

Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura.

Imperatriz anos 1960, Praça Tiradentes, entre as ruas Bom Futuro e Antonio de Miranda, em primeiro plano a Rua Simplício Moreira.

CASA pertencente na época ao comerciante João Paraibano.

João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da rua. A partir de João Paraibano, outra família "tradicional" da cidade se transfere para a nova rua, a família do senhor Djalma Marinho. Em 1963, quem constrói sua residência e se transfere para a Simplício Moreira é o senhor Mário Brandão, que ali cria seus filhos.35

João Bosco Brito com alunos e o atual proprietário da OVIL primeira e unica fábrica de óleo do coco babaçu construída na decada de 70 pelo meu avô, João Paraibano, ela continua ativa, ali na BR 010.

Lindomar de Sousa Brito filho mais velho de João Paraibano foi sócio proprietário das Casas Paraibanas em Imperatriz-MA e teve outros vários comércios no ramo de secos e molhados, na foto de 1965, Lindomar com os filhos, Marilan Brito, Joao Bosco Brito, Humberto Brito, Hugo (falecido em 1983) e a prima Orlene Brito Pereira, na janela a minha mãe Magnólia... Local: Rua Simplício Moreira centro de Imperatriz-MA

LINDOMAR – DO CARMO

DE JESUS

Guilherme Cortez, pai de Mariana Cortez Brito casada com Feliciano de Sousa Brito ao lado de sua esposa com os Flaviano, Marcia e a direita da foto, Reginaldo na esquerda, e Flávia Póvoa encostada no seu avô Guilherme... assim se misturou nossas famílias nos anos 60..

Delzuita, Axel Britto, Maria de Jesus e Maria das Graças

https://www.facebook.com/joaobosco.brito1/posts/10205806744831150

Meu muito obrigado, a edição do Jornal ''O Progresso'' de Imperatriz-MA, que narrou um pouco de nossa história, no foco central, o nome do meu avô João Paraibano, (João de Brito Lira)... Leiam um pouco dessa história... pois eu também faço parte dela...Pioneirismo corajoso Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano. Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana. Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa. Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura. João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da

rua.

A AICEB - Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil, que havia iniciado seus trabalhos em uma casa alugada na Rua XV de Novembro, tendo à frente três missionários, que ao retornarem à igreja de origem, transferem a responsabilidade da congregação ao obreiro Tenente-PM Pereira (avô do pastor Raul Cavalcante Batista), que também por volta de 1955, adquire um terreno na nova rua e começa então a construir o primeiro templo da AICEB na cidade, tornando-se também uma nova referência. (o primeiro templo na Simplício Moreira foi iniciado pelo pastor Domingos Costa, que o viu ruir completamente após intenso temporal havia se abatido sobre a cidade. A reconstrução do templo teve a iniciativa do pastor Olívio Alencar com o apoio do irmão Lucas Carneiro. A conclusão do templo foi efetivada pelo pastor Josué Santos). A partir de João Paraibano, outra família "tradicional" da cidade se transfere para a nova rua, a família do senhor Djalma Marinho, cujo filho Leônidas Marinho, hoje com 77 anos, ainda reside na mesma rua.

89 Em 1963, quem constrói sua residência e se transfere para a Simplício Moreira é o senhor Mário Brandão, que ali cria seus filhos e dá uma imensa contribuição ao progresso e desenvolvimento da cidade, ao abrir ali também um novo ponto comercial, depois de muito trabalho, inclusive como motorista de caminhão.

Imperatriz Maranhão - Sua história, sua gente. 26 de abril ·

JOÃO DE BRITTO LIRA – Mais conhecido com João Paraibano, foi um conceituado comerciante de Imperatriz (MA), fundador da Casa Paraibana, uma das maiores lojas do sul do Maranhão nas décadas de 1950 e 1960. Chegou a cidade no início dos anos 1950, proveniente de Brejo do Paraibano (MA). Nasceu em 20 de janeiro de 1907 e faleceu em 15 de outubro de 1976. Sobre o senhor João Paraibano, escreveu o jornalista Wilton Alves (Coquinho) em sua página, “Pelas Ruas e Avenidas da Cidade”, na edição eletrônica do Jornal O Progresso (Imperatriz-MA), na edição 14597 em 6 de janeiro de 2013. “Ainda não existia a Rua Simplício Moreira, a quarta em relação à Rua XV de Novembro, quando nos primeiros anos da década de 50 chega a Imperatriz o senhor João de Brito Lira, nascido em Cajazeiras, na Paraíba, que lhe rendeu ficar conhecido por João Paraibano. Intrépido como a maioria dos migrantes que chegavam a Imperatriz, João Paraibano tinha a vista aguçada, capaz de ver à frente do seu tempo. Foi assim que ele adquiriu um imenso terreno onde hoje existe a esquina da Rua Simplício Moreira com a Rua Bom Futuro, para ali construir sua residência e sua loja comercial, um dos maiores investimentos que a cidade daquele período conheceu, a Casa Paraibana. Não havia rua onde estava localizado o terreno, mas isso não intimidou João Paraibano, que contratou homens e mandou roçar tudo até onde hoje está localizada a Avenida Dorgival Pinheiro. Muitos fizeram deboche da iniciativa, "porque somente um doido construiria sua casa e seu comércio no meio do mato". João Paraibano sorriu, pois tinha a consciência de que Imperatriz iria crescer, e ele cresceria junto com ela e acabaria atraindo outros pioneiros à sua iniciativa. Por volta de 1955, Simplício Moreira que havia assumido a Prefeitura em razão da tragédia que ceifou a vida de Urbano Rocha, de quem era vice, esperou a rua ser "roçada" e então determinou que ela fosse definitivamente aberta pela própria Prefeitura. João Paraibano construiu sua residência e inaugurou a Casa Paraibana, a maior da cidade, mas já não estava sozinho nessa empreitada. Não seria o único morador e nem a Casa Paraibana o único ponto de referência da rua.” Na fotografia o senhor João Paraibano e sua esposa Dília Coelho de Souza.

Joao Bosco Brito Eu gostaria de pedir aos nobres repórteres, e dizer, que essa história, começada e incentivada por mim, que sou o neto dele, Joao Bosco Brito segundo...que tivessem os cuidados na hora de narrar, pois já existem até livros escritos, com muitas falhas e erros, todos os meus dados, foi o meu próprio pai que ainda está vivo com 82 anos, que é o filho homem mais velho de João Paraibano, que conta essa história, Lindomar de Sousa Brito...nessa escrita, tem dois erros, o nome da minha avó, e os números de filhos,...

This article is from: