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LYSANDRE & CASTIEL

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"Quando tocou a maçaneta e ouviu o ranger da porta, abrindo para um ambiente quentinho que lhe abraçou de bom grado, como uma sensação calorosa de retorno ao lar após um dia de férias na infância, deixou que seus ombros largos relaxassem em sua breve estadia no quarto de Lynn. Era como se fosse Atlas condenado a segurar os céus por pecar, jamais podendo colher as maçãs feitas do ouro mais bruto e límpido pertencentes ao Jardim do Éden

O cheiro dos perfumes divergentes que se associavam invadiram suas narinas Amava tanto aquele pequeno canto único, era como se pudesse fugir de todos os maus agouros que insistiam em o perseguir Sempre repousava a cabeça no colo de sua melhor amiga, perto do grande vitral transparente que mostrava ao longe o movimento da rua e escondido atrás de uma estante cheia de livros com suas páginas amareladas e poeira recém tirada. Um local pequeno, porém não poderia sequer abrir sua boca para reclamar, era perfeito

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Através da pouca iluminação proveniente das luzes de led, era possível enxergar parte do rosto concentrado de Castiel, que mantinha os olhos focados nos próprios dedos. Sua antiga e desbotada guitarra posicionava-se tão bem no colo do dono, que aparentava ser feita para estar ali. Lysandre contemplou os olhos tão escuros como o céu noturno, aquelas íris tão sentimentalmente monocromáticas.

Monocrático é algo que apresenta uma cor só, geralmente ligado ao preto ou branco Ele não se importava em enxergar o mundo daquela forma, na verdade, ele já não se importava com muitas coisas ao seu redor Afinal, seu mundo havia se iluminado em policromático graças a presença da namorada em sua vida

Então, qual a razão do seu coração ter ficado tão doloroso, ao encarar o rapaz que já estava com a raiz natural em seus cabelos tingidos?

Observou os fios grandes e bagunçados, que formavam pequenas ondas com cada fio, que caiam sobre os olhos, que carregavam um brilho enorme de paz. Observou a minuciosa pintinha na ponta do nariz, adorável demais para os lábios cheios e machucados Veilmont havia sido esculpido pelos melhores deuses e o escritor teve a dádiva concebida por o ter como seu melhor amigo poderia ser um namorado melhor que ele), | could do the shit that she never did (Eu poderia fazer as merdas que ela nunca fez) a mudança quase imperceptível da letra não poderia ser captada pelo garoto que estava em pé observando, mas a sonoridade da risada feminina foi captada pelos tímpanos de ambos, fazendo com que a voz do guitarrista parasse de ressoar e os dedos dedilhando as cordas puxasse as mechas longas da companhia, provocando-a Que foi, peste?

What am | gonna do? (O que eu vou fazer?) Not grab your wrist? (Não agarrar seu pulso?) apenas havia uma coisa que Lúcifer havia concebido para o ruivo: seu timbre rouco e grosso. O platinado observava encantando o garoto, seus olhos heterocromáticos nunca abandonando o vazio das íris do outro. Acompanhando cada movimento, hipnotizado e entregue Seguiu aquele olhar afiado, percebendo que a garota que namorava também estava entregue ao momento com seu melhor amigo Castiel cantava para ela.

O músculo cardíaco vibrou em um tom incomum. Ciúmes, talvez? Não conseguia entender.

O homem olhou para ele e sorriu cheio de malícia. Lysandre sentiu seu interior acender.

As unhas longas da garota percorreram a face do outro, arranhando-a levemente, parando sobre as bochechas que foram apertadas com a ponta dos dedos: Acho que estou interrompendo algo, né?

O quê? os dois falaram juntos, encarando um ao outro de sobrancelhas franzidas após isso. Eles mostraram a língua um pro outro, como duas crianças mimadas.

Lynn revirou os olhos, cansada do namorado e do melhor amigo Aqueles idiotas eram tão apaixonados um pelo outro. A questão era: ela contava ou deixava com que percebessem naturalmente? Aquele poliamor nunca iria sair?

Ponderou um pouco

Seria uma história interessante de se acompanhar.

Lynn poderia esperar, por enquanto "

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