PolíticaJovem
A vitória do “não-político” Uma análise sobre a atraente ideia de eleger quem governa ‘sem fazer política’
NOVEMBRO-2016
SUMÁRIO
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“NÃO SOU POLÍTICO”
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CANDIDATO MAIOR QUE O PARTIDO APRENDA A COBRAR: OS TRÊS PODERES
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O QUE A INTERNET TEM COM ISSO?
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CONFUSÃO: A POLÍTICA PELOS JOVENS
REVISTA POLÍTICA JOVEM
EXPEDIENTE Redação: Bruna Scopel Gabriela Alves Lucas Miguel Letícia Akamine Renata Leite Revisão: Fernanda Iarossi
Tempo de mudança A nossa revista sempre traz as informações mais atualizadas da política para um âmbito jovem e moderno. Sob essa proposta, neste mês não poderíamos dar mais importância a nenhum outro fato além das eleições municipais que ocorreram em todo o Brasil, com foco na capital paulista. É um momento de mudanças em nosso país, e as reflexões fervilham na cabeça de todos os cidadãos, até mesmo os despo-
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litizados. Uma (antiga) nova maneira de política começa em 2017, e o Brasil não poderia estar mais confuso. Em nossas matérias, tentamos adotar um estilo que mais se adapta ao pensamento de nossos leitores: o analítico-reflexivo. É um momento de pensar em nossas escolhas, e entender os novos paradigmas, e como a nossa geração, e seus costumes, afetaram diretamente os rumos
dessas eleições. E mais ainda, tentar compreender como chegamos nesse ponto, e quais as expectativas com tudo isso. Portanto, sente e pense com nossa revista. Garantimos alguns dados interessantes, e boas reflexões. Esperamos que gostem.
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“Não sou político”
Por Gabriela Alves
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m tempos de descrença na política brasileira, pesquisas levantam novos perfis de candidatos que foram criados para ‘suprir’ a carência da população em buscar pessoas qualificadas para ocupar o cargo que é fundamental em muitos aspectos, tanto no âmbito municipal quanto no federal. As eleições municipais de 2016 apresentaram premissas de categorias de candidatos que, de certa forma, foram beneficiados 4
e se destacaram por determinadas peculiaridades, numa disputa em meio a tantos disfunções no cenário político. São eles os ricos, as celebridades, os fundamentalistas e aqueles vinculados a movimentos sociais. Diante dessas informações, podemos destacar candidatos populares que se encaixam nesses perfis: O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), eleito com 53% dos votos, é um exemplo que merece destaque ao falar-
mos de perfis não-políticos, classifica-se na categoria dos ricos e endinheirados. Desde o início de sua candidatura, procurou se apresentar como o candidato de elite e reforçava a ideia de “não sou político, sou empresário”, com isso, grande parte dos eleitores paulistas adotaram Doria como o candidato que faria a diferença por não se mostrar interessado em seus benefícios como prefeito e, dessa forma, criou-se a de ideia de que se-
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ria um distintivo em potencial. Outro candidato para prefeito que se destaca nas categorias citadas é Celso Russomano (PRB-SP), o candidato celebridade que antes mesmo de sua candidatura já possuía fãs e seguidores. Russomano ficou a frente nas pesquisas de intenção de votos por boa parte do tempo antes das eleições acontecerem, mas acabou ficando em terceiro lugar, atrás também de Fernando Haddad. Suas promessas e propostas eram baseadas em sua especialidade como “defensor do consumidor” e buscava criar um perfil que estava disposto a lutar pelos direitos do povo. Para o cargo de vereador, um nome que repercutiu bastante na mídia foi o de Todd Tomorrow (PSOL). Influente na comunidade LGBT, defende os Direitos Humanos aos cidadãos e criminaliza a homofobia, com isso, já possuía muitos seguidores que apoiavam seus propósitos. Foi um nome forte para à Câmara Municipal de São Paulo por conta dos quase 20 mil votos que obteve nas últimas eleições como deputado federal, em 2014, mas acabou não sendo eleito, ficando apenas com 0,16% dos votos. Já na categoria dos candidatos vinculados a movimentos sociais temos como exemplo o candidato a vereador, eleito com 48 mil votos, Fernan-
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do Holiday (DEN), fundador do Movimento Brasil Livre (MBL) que organizava manifestações a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Com promessas de se manter fiel ao grupo e seus princípios, essa categoria de candidato já conta com um grande número de militantes que defende a causa. Junto a todo marketing político, essa tendência evidenciou a busca por um nova forma de retórica que busca alterar a perspectiva da política da população na esfera em que se encontra.
Se Liga!
Tendências como essas também marcaram as eleições presidências de 1989, quando Fernando Collor de Melo se candidatou e foi eleito. Com uma campanha que esbanjava inovação e esperança de melhorias a partir de uma nova maneira de “fazer política”, foi criado um perfil jovem e despegado da política tradicional.
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Candidato maior que o partido?
Por Letícia Akamine
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lgumas particularidades fizeram Algumas particularidades fizeram das eleições municipais de 2016, no mínimo, uma surpresa. No dia 2 de outubro de 2016, São Paulo elegia o primeiro prefeito da cidade eleito em primeiro turno: João Doria, do PSDB. No mesmo dia, o candidato à vereador Eduardo Suplicy (PT) bateu o recorde de 301.446 votos - ou melhor, 5,62% de todos os votos válidos da cidade de São Paulo. como resultado, uma profunda e 6
silenciosa depressão”. Foi assim que Bruno Torturra - colunista da Folha de S. Paulo - ainda em 2014 e sob os efeitos da então futura eleição presidencial, definia o eleitor brasileiro: Um bipolar eleitoral. Acontece que de lá pra cá muita coisa mudou. Presidente impichada talvez seja o caso mais recente e relevante para entender as eleições municipais que está logo atrás de nós. No duelo imaginário (considerando as pessoas e não os cargos): João Doria na direita. Edu-
ardo Suplicy na esquerda. E, em uma época de posicionamentos políticos polarizados, os dois vencem. Mesmo que a direita seja “golpista”, e a esquerda “o atraso do progresso do país”. O discurso do agora prefeito é que ele não é político, é administrador. Não tem pretensões de entrar para o joguinho da classe política, mas trabalhar duro pra alavancar SP.
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Já Suplicy assume o título de “o cara do povo”. Não manda recado, ele mesmo comparece e faz valer sua manifestação... seja na rua, na chuva, na fazenda. Parece que ser PT, PSDB, PMDB, PSOL (Santa Erundina dos esquerdistas desesperados) não é lá tão relevante se você é praticamente uma celebridade política que “desce ao nível do povo” – cantando junto, lutando, junto, “colando” junto. Ou se você tem aquele discurso que impressiona tanto o empresário bem sucedido que idolatra a força do trabalho e “o homem que conduz o próprio destino”; quanto o auxiliar de serviços gerais que fica umas 15 horas por dia fora de casa, e quer ser
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valorizado pelo esforço que faz. Portanto, o eleitor paulistano é assim tão bipolar? Chegamos em casos interessantes como o de Fernando Haddad, prefeito de São Paulo até 1 de janeiro de 2017. As opiniões divergem em escala quase paradoxais. Tem twitter, meme, evento, post e tudo mais que você quiser em louvor ao político. E tem um outro grupo que não gosta nada das prioridades do prefeito. “Se ele tivesse investido em saúde estaria eleito”, diz Aguinaldo, taxista, enquanto passamos pela praça da Sé, uns três dias depois das eleições. Foi o PT, as propostas ou os dois que tiraram o cargo dele? Nunca saberemos de verdade.
O que ele propôs era mesmo a solução pra cidade? Também não tenho ideia, mas o The Wall Street Journal arrisca um palpite: “Se o prefeito altamente impopular de São Paulo, Fernando Haddad, fosse o chefe de São Francisco, Berlim ou alguma outra metrópole, ele seria considerado um visionário urbano”. Talvez, em tempos de polarização, flertar com os dois lados seja parte do jogo.
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Aprenda a cobrar: Os três poderes Por Renata Oliveira
Nos últimos meses muitas bandeiras foram levantadas pela população brasileira nas ruas em forma de protesto. Jovens e adultos reunidos em prol de alguma causa social, como melhorias na política nos atos contra e a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff; ou atos trabalhistas como as constantes paralisações de professores; e até mesmo grandes revoltas, como a histórica “Revolta dos vinte centavos”, de 2013. No entanto, muitos desses deveres foram cobrados de maneira incorre8
ta, o que gera uma demanda de esforço em vão. A população muita das vezes não sabe quem cobrar e acaba jogando a pressão nas costas dos líderes políticos, porém o setor público é divido em três repartições de poder: executivo, judiciário e legislativo. Mas como distinguir a função de cada um? Entenda cada uma das funções agora. Legislativo - Criação das leis O poder legislativo brasileiro é exercido pelo Congresso Nacional, que, por sua vez, é composto pela Câmara dos De-
putados e pelo Senado Federal. As duas casas possuem poder equivalente, mas características distintas. A Câmara de Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos por voto proporcional, isto é, de acordo com a população de cada Estado. Hoje temos 513 deputados e o mandato deles é de quatro anos. Os membros do Senado também são eleitos por voto direto, mas majoritário, e não proporcional. Ou seja, cada Estado tem três senadores, igualmente. Eles representam a unidade
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federativa, e não a população daquela unidade. Cada senador é eleito com dois suplentes. Nos Estados o poder legislativo é representado pelas assembleias legislativas, compostas por deputados estaduais. O número de eleitos também é proporcional à população. Já nos município os representantes do Legislativo são os vereadores, que compõem a Câmara de Vereadores e são eleitos por sistema proporcional. Câmara e Senado têm comissões, algumas permanentes e algumas especiais. Entre as permanentes de maior destaque estão a Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Finanças e Orçamento, responsável por analisar os gastos de um projeto, por exemplo. Judiciário - Fiscaliza o cumprimento das leis Executivo - Execução das leis Sua função principal é verificar O poder executivo no Brasil é a legalidade das leis em relação composto pelo Presidente da à constituição. No âmbito feRepública no âmbito federal, deral, é composto pelos tribupelos governadores no âmbito nais superiores, entre os quais estadual e pelos prefeitos no um dos mais importantes é o âmbito municipal. Esses repre- Supremo Tribunal Federal. Já sentantes são eleitos por voto o Supremo Tribunal de Justiça, direto majoritário (mais de 50% por exemplo, situado em Brasída população). No caso dos lia, trabalha com assuntos não prefeitos, cidades com mais de constitucionais, como recursos, 200 mil habitantes têm segundo por exemplo. turno nas eleições. Existem outros tribunais suEste poder exerce principalperiores na capital federal, que mente a função administrativa: são mais especializados, como o gerencia o Estado, aplicando a TSE - Tribunal Superior Eleitolei. De maneira limitada, tamral e o TST - Tribunal Superior bém legisla por meio da edição do Trabalho. Os tribunais rede medidas provisórias. gionais federais, apesar de não
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estarem localizados em Brasília, tratam de matérias federais. Quem trabalha nesses tribunais são os juízes, que, diferentemente do que ocorre nos outros poderes, são nomeados pelo Executivo, e não eleitos por voto direto. os estados estão os tribunais de justiça, onde ficam os desembargadores. Estas instâncias são divididas por setores que trabalham apenas com o direito comum, como direito civil, penas e da fazenda.
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O que a internet tem com isso?
Por Bruna Scopel
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ostos pintados de verde amarelo ou vermelho, bandeiras do Brasil, gritos de guerra a favor da esquerda, panelas, Paulista lotada e... textão/evento no facebook. Desde 2013, o Brasil vive um momento de participação coletiva e engajada na política através de movimentos sociais - a princípio, apartidários. Movimentos como o MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Passe Livre elegeram nessas eleições representantes na 10
Câmara Municipal de São Paulo. Em alguns casos, como o do MBL, houve campanha ferrenhamente direta ao candidato Fernando Holiday – principal líder do movimento, junto com Kim Kataguiri, que ficou conhecido após gravar um vídeo se posicionando contra cotas raciais, mesmo sendo negro; em outros, o candidato precisou se desligar da liderança para se candidatar, como Janaina Lima que não recebeu apoio do Vem Pra Rua.
“Somos apartidários, mas não antipartidários”, disse a militante do MPL, Luize Tavares, à BBC. “Dentro do MPL, essas pessoas não representam nenhum partido e hoje não apoiamos nenhuma candidatura. Mas sabemos que membros que sempre estiveram com a gente em protestos são candidatos e não tem problema”, afirmou. Essa mudança na composição da Câmara só reforça o que vemos nas ruas: as pessoas querem
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representatividade. Isso se fortalece de forma gigantesca através das redes sociais. É importantíssimo recordar que os próprios movimentos nasceram através desses instrumentos de fácil acesso onde é permitido compartilhar e discutir informação. Exemplo disso é a vereadora Sâmia Bonfim, estudante da USP e integrante do Passe Livre. A jovem defende, em especial, causas feministas e é a primeira vereadora pelo PSOL. Sâmia, junto com Holiday, compõe uma parcela antes inexistente entre parlamentares: jovens e universitários. O professor de ciências políticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jairo Nicolau, disse à BBC que os movimentos estão fazendo o mesmo que os sindicatos e associações fazem de forma não explicita. O risco é a mudança de uma linha de pensamento ou até a veiculação de imagem do movimento ao candidato de forma negativa para ambos os lados. O que parece, visto os resultados nas urnas, não ter acontecido.
Manifestações
Em Junho de 2013, uma manifestação massiva tomou várias cidades do país, incluindo 22 capitais federais. A maioria dos ajuntamentos foram organizados por jovens inicialmente por causa do aumento da tarifa
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do ônibus – de R$ 3,00 para R$ 3,20. Em São Paulo, os atos começaram no dia 6 de Junho, mas ganharam força e chamaram a atenção da imprensa e público geral, após uma investida violenta da polícia contra os manifestantes – em sua grande maioria estudantes. A partir daí, #vemprarua chegou forte nos top trendings do Twitter e do Facebook, e não é que a “geral” compareceu mesmo? E mais: trazendo suas próprias bandeiras e reinvindicações: combate à corrupção, PEC 37, Copa do Mundo... Aliás, essa última deu o azar de os protestos terem acontecido simultaneamente ao início da Copa das Confederações. Jovens adultos, adolescentes e estudantes foram o público de peso dessas manifestações organizadas através da internet, por que será? De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Telefônica entre as formas como o jovem se manifesta estão: fazer comentários online (30%), ir para as ruas (28%), repassar convites para atos (28%) e compartilhar conteúdo nas redes sociais (28%). O porcentual de participação presencial é o mesmo das iniciativas online (28%). Especialistas chegaram a dizer que os atos que alcançaram o país tinham cerca de 80% de aprovação da população.
O Congresso, em resposta, engavetou a PEC 37 e votou à favor de a corrupção ser tratada como crime hediondo e também votou contra as votações secretas. Fora do Brasil, a notícia se espalhou e ocupou tanto o noticiário internacional – que enfatizava o perigo dos atos para a Copa das Confederações e, eventualmente para a Copa do Mundo – e as ruas de cidades como Miami, Londres e Paris. Comparações com a Primavera Árabe e Occupy Wall St. também aconteceram. E por falar nisso, uma característica em comum fizeram parte da construção desses três eventos: As redes sociais. A maioria dos atos não foi apenas comentada/postada/curtida, mas também organizadas através de grupos e eventos. Até então não se media o poder de mobilização das redes sociais na mobilização presencial em prol de um posicionamento político, social, econômico. Afinal, tínhamos saído há pouco tempo do finado Orkut que privilegiava interações privadas das pessoas. Pois é, estamos falando de mobilização popular que, na verdade fizeram barulho, mas de fato passaram e, um ano depois, tarifa estava R$ 3,50 e a Copa já estava no auge. Ou seja, bacana, mas com efeitos superestimados.
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Confusão:
a política pelos jovens
Por Lucas Miguel
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assunto política, nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais rotineiro no dia-a-dia do brasileiro. É comum ouvir pessoas conversando sobre partidos, candidatos e eleições todos os dias, nos mais diversos ambientes. Acompanhar discussões fervorosas nas redes sociais, lugar onde todos parecem confortáveis para defender seus ideais, também virou rotina. Nesse cenário polvoroso encontram-se os futuros políticos do país, e se tudo seguir como está, 12
as futuras gerações irão apresentar eleições cada vez mais acirradas e polarizadas, pois, aparentemente, cada opinião e posicionamento diferente passam longe de ser unanimidade. O cenário atual da política brasileira é confuso, e os jovens eleitores não se sentem representados. Mas, até mesmo os que se julgam não politizados têm um ponto de vista sobre o que há de errado, e o que fazer para mudar o país. Estes são apenas alguns exemplos.
Não acho que estamos num bom momento, e não acredito que as coisas irão melhorar tão já. Lizandra, 21 anos.
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Como definir o atual panorama político no Brasil? É muito difícil. Ainda com o imaginário construído dessa política que se mostra cada vez mais restrita, corrupta e inacessível. A briga pela esfera política é uma briga principalmente pelo imaginário de dois extremos, e isso é extremamente prejudicial. Gustavo Alencar, 23 anos.
O panorama político brasileiro para mim no momento é ruim, isso muito por conta da crise financeira mundial que resultou na queda da presidenta graças a um recorte midiático que cobria apenas o Brasil. Bruno Cassiano, 22 anos.
Eu vejo um sistema extremamente corrupto, onde aqueles que querem fazer algo bom parecem ser barrados, e acabam se entregando à corrupção. Tainá Pelegrini, 20 anos.
Você se sente representado de alguma forma? Não, pois não votei em nenhum dos que foram eleitos. São os candidatos que na maior parte do tempo só pensam neles mesmos, no dinheiro e vendem propostas baratas pra se reelegerem. Então, nos dias atuais não vi nenhuma proposta que me fosse benéfica. Tainá
Não, pois quando chega na hora de votar todo mundo está confuso, e a escolha do voto acaba se direcionando pra o candidato que é considerado o “menos pior”, ignorando boa parte das propostas.. Lizandra Amaro, 21 anos
Infelizmente por ninguém, até os representantes da minha atual classe deixam muito a desejar. Fazem muitas propostas e poucas mudanças.. Renan Oliveira, 22
As novas gerações podem ser a mudança positiva? Acho que poucos da nossa geração têm consciência da realidade que existe Brasil afora. Muitos foram “criados a leite com pera” e nada tem a contribuir. A maioria não passa de marionete influenciada pela mídia e com uma interpretação errônea até mesmo de fatos históricos expostos em livros e jornais. Renan
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A juventude deve entrar no processo massivamente. Precisamos de representantes jovens nas três esferas, e nos tornar atores políticos de um viés mais transparente, sem trazer conosco as ideias herdadas de nossa cultura. Mudar o sistema de dentro para fora. Gustavo
Acho bem real quando dizem que nós, os jovens, podemos fazer diferença. Principalmente a nossa geração que questiona, se manifesta, que vai pra rua... Isso pode sim mudar as coisas. Não sei a que custo, mas pode. Lizandra
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