MULTIFINCIONAL ESTUDANTIL

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Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Paulista – UNIP, como parte dos requisitos necessários à obtenção do tulo de Arquiteto Urbanista. Orientador: Professor Ms. Roberto Yokota.

São Paulo Dezembro 2020



São Paulo Dezembro 2020


Agradeço, em primeiro lugar, a Deus por me capacitar e me sustentar em minha fé de conquistar todos os meus sonhos e permanecer firme até aqui. Renascer Praise A esperança que colocas, em nossos corações, venha assinada por tua grandeza Senhor. Haverá consolo , renovação. Da fraqueza brotará a força de um vulcão. Não existe Deus assim, como tú és, que cuida e protege cada filho seu. Sen r o teu Espírito é só o que eu preciso... Pois o mais, Todo o mais... Certamente tu farás Ter Jesus como Senhor é um privilégio, o maior milagre que alguém pode viver. Ele sempre proverá, nunca faltará, res tuirá em dobro o que é meu. “Tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4:13

Agradeço aos meus pais, Zenaide e Hailton, pelo amor, apoio, carinho, compreensão e esforço em todos os momentos que foram necessários durante esses cinco anos. Por acreditarem em mim, na minha capacidade e nos meus sonhos, por fazerem do impossível para realizar meu maior desejo, a eles dedico esse trabalho final.

Quero eternizar aqui a minha gra dão a um ser muito importante na minha vida, e que diante desses cinco anos esteve ao meu lado até altas horas acordada e que sempre me amou incondicionalmente. Obrigada minha princesa, por ser esse ser lindo e fiel. Eu te amo, pra sempre.


Agradeço aos meus amigos que caminharam comigo durante esses anos, que me ajudaram e me apoiaram em todos os meus projetos e ideias, compar lhando comigo momentos maravilhosos e alguns di ceis, os obstáculos e conquistas alcançadas. Agradeço em especial a, Sthefany Mo a e Alan Almeida, que es veram comigo no início desses sonhos, meus primeiros amigos, trabalhando juntos e buscando sempre aprender da melhor maneira, vou levar essa amizade pra minha vida. Ao Vinicius Dias, que esteve comigo e foi meu apoio na faculdade durante 2 anos, que me ajudou, acreditou em mim e em meu potencial e inteligência pra alcançar tudo o que eu queria mesmo quando nem eu mesma acreditava, sempre em amor e amizade. Ao Matheus Harmes, que me fez passar pelos 2 úl mos anos de uma maneira mais leve e diver da, por ter encontrado um amigo como ele. A todos os colegas por esses cinco anos repletos de lembranças e momentos maravilhosos que vivemos juntos, e a Evelyn Oliveira pelo laço de amizade que foi construído, por caminhar comigo nesses dois úl mos anos, por toda a força, apoio que demos uma a outra, por acreditar que passaríamos por todo esse processo juntas e crendo na capacidade mutua sempre. Que essa amizade dure pela vida inteira. E aos meus amigos de infância que me apresentaram o jogo que me fascinou pela arquitetura, Levi e Matheus.

Dedico este trabalho aos meus pais que são os meus maiores referenciais de pessoas e profissionais, por formarem o meu caráter e me ensinar que tudo o que eu quero eu posso conseguir, sempre buscando a Deus em primeiro lugar.

A todos os professores que ve a oportunidade de conhecer e aprender com cada um deles, ensinamentos passados aos quais sem dúvida levarei para toda a vida profissional e pessoal. Agradeço em par cular aos professores, José Ovídio por sua paciência e o modo de lidar com os alunos em suas aulas, sempre dando apoio e nos tratando da melhor maneira. E em especial ao orientador Roberto Yokota, por todo ensinamento, apoio, dedicação e seu auxilio na elaboração do presente trabalho, que nos mostrou um novo caminho a ser seguido, por ser esse profissional, mestre que com a educação busca nos mostrar o que é arquitetura e assim nos fascina por ela como o primeiro amor. A arquiteta que eu me torna, com certeza ele terá uma grande parcela nisso. Por fim, obrigada a todos que de alguma forma es veram presentes e que ajudaram a alcançar meu grande sonho.

Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade. (Walt Disney)

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O propósito desta monografia se trata de uma experiencia projetual urbanista e arquitetônica nomeada de ‘EIXO 13 DE MAIO’, buscando impulsionar e incen var a criação de um eixo ecológico, sustentável, educacional, tecnológico e cultural, voltado para as a vidades, cria vidade, sustentabilidade e conec vidade sica, como uma forma de corresponder a urbanidade do século XXI. Dentro do contexto estudado propõe-se o tema de habitações voltado para as questões estudan s, um mul funcional que abrange várias a vidades com o obje vo de promover, produzir e explorar todo o universo direcionado a estudantes e profissionais da área. Essa nova tendência do mercado imobiliário veio para promover suporte psico sico para os estudantes que vão habitar nela, seu obje vo é proporcionar aos moradores um local de apoio residencial, socialização e desenvolvimento de a vidades extracurriculares através do processo de expansão das a vidades culturais do local. O mul funcional estudan l será implantado na região do bairro Bela Vista mais conhecido como Bixiga. Bairro considerado histórico culturalmente por sua culinária italiana e sua herança negra, a escola de samba Vai-Vai. A proposta busca complementar a oferta desse po de moradia na região mencionada, através da especialização das a vidades desenvolvidas pelos estudantes, o mul funcional busca suprir a maioria delas. Através de pesquisas aprofundadas, procurei entender e compreender o conceito de habitação, casa e moradia. Esse trabalho tem como obje vo principal de promover moradia, mas visa também analisar e atender a necessidades principais desse po de público, buscando trazer e transmi r conforto e incen vo a convivência das relações cole vas em um espaço para trabalhar, lazer, integração do urbano e paisagismo, o conceito e a cultura local.


Este trabalho surgiu como uma proposta de reurbanização e revitalização de espaço urbano na região do Bixiga, que possui suas caracterís cas ar s cas próprias. Com uma mistura de histórias dis ntas e marcantes para o bairro, buscamos preservar o seu comportamento local e propor equipamentos que possam preservar a sua cultura, porém com algumas adições ao seu contexto, adquirindo maior visibilidade ao seu arredor e suprindo as necessidades que vão surgir devido aos novos projetos propostos para o bairro. No decorrer dos levantamentos e analises feitos sobre a região, não há como negar que qualquer proposta para a área escolhida pelo arquiteto em questão deve se adequar ao seu contexto local, para assim poder se jus ficar. Por mais notório que seja, o bairro do Bixiga tem um cenário impactante, porém, com algumas necessidades e virtudes que precisamos considerar como diretriz e determinador de posicionamentos projetuais. O ponto primordial que foi levado em consideração é a diversidade de culturas e princípios locais. Consequentemente, todas as culturas ali encontradas terão o seu espaço, em razão disso, a definição de implantar um mul funcional estudan l para compor a integralidade ao cenário urbano em questão. A região escolhida tem diversos pos de frequentadores, por isso foi pensado num plano de massas que pudesse recebê-los, sendo assim, uma proposta que fosse de uso exclusivo ao publico alvo se tornaria inexecutável. Portando, para que pudesse a ngir o máximo de indivíduos divergentes , além da classe escolhida, foi necessário diferenciar as a vidades e oferecer locais atra vos aos visitantes que virão, não reduzindo somente ao in mo do prédio, mas, devendo contemplar até mesmo a área de passeio das ruas se expandindo para o eixo como um todo. Este posicionamento foi constatado em discussões nos quais se encontram os princípios das ruas Treze de maio e rua Conselheiro Carrão. Duas travessas que tem fluxos parecidos, a Treze de Maio é o eixo central com maior concentração de can nas italianas, já a rua Conselheiro Carrão é uma mescla de comercial com residencial.

Por conta das can nas a rua Treze de maio tem vida durante a noite, se tornando bastante movimentada, e os projetos que estão sendo propostos seguem esse po de analogia para dar con nuidade e expansão a esse conceito de centralidade e vida 24h. Para determinar as a vidades que serão realizadas no projeto proposto, foi constatado a necessidade de exploração educacional desse eixo, incen vando equipamentos de ensino tanto para a questão ar s ca teatral e cultural quanto para a forte concentração de can nas des nadas a culinária italiana. Desta forma, foi iden ficado a necessidade de implantar centros culturais que promovessem educação para esses fins. Para oferecer atrações ins tucionais para esse publico jovem, e ao mesmo tempo para os turistas e amantes do bairro, foi incen vado a vidades da atualidade que foram incorporadas as questões culturais locais como o desenvolvimento da economia, educação, acesso a tecnologia e um novo conceito de trabalho com o convívio social. O obje vo principal da proposta projetual aqui presente, além dos dados citados acima se sustentaram nos meios legais e planos regionais existentes, de modo a ser implantado adequadamente. Condizendo com a Lei de Zoneamento, categorizando o bairro do Bixiga com maior predominância como Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana, u lizando meios de es mular usos mistos (culturais, educacionais, entretenimento e moradia) e denominando os espaços públicos. Por conta dos planos regionais, se respaldam 5 objevos principais que estão presentes no trabalho aqui apresentado: a promoção da cultura, economia, habitação e os territórios de interesse social e da paisagem. Em virtude dos fatos mencionados, os dados apontados em outrora fundamentam o ‘Mul funcional Estudan l’ que ficará mais detalhada ao decorrer do trabalho.


O Principal obje vo desse projeto é criar uma conexão com o cultural, educacional e dar sen do a moradia para os frequentadores dessas a vidades. Portando a intensão de incen vo a cultura local e econômica, as atuais condições sociais e novas formas de convivência, foi apresentado o tema: Mul funcional Estudan l. Primeiramente, abordarei o conceito de ralação habitar/usuário, reconhecendo o que melhor se associa com o tema. O principal conceito de moradia é, “habitar determinado espaço é sen r-se protegido por ele, poder desenvolver todas as a vidades rela vas ao ato de habitar. Habitar é quando o individuo situa-se em determinado espaço, onde se sente seguro e pode repousar, ter convívio familiar e crescimento social” (SAGÚO, 2010 apud GOETTEMS, 2012,P.37) Segundo Thomsen (2010, apud RAMOS) A moradia concede que o morador crie laços e memorias com ela, que seus desejos, sonhos e indispensabilidades a transformem em um lar. A contar do século passado o conceito de habitação e moradia vem sendo temas de estudos e experimentos e até formas de pensar, tanto na cidade quanto para quem nela habita. Desde então, o modo de ver e conceitualizar a projeção de uma habitação, embasado não somente no crescimento social da cidade e das novas tecnologias, mas propondo suprir as necessidades dos moradores. De acordo com Marcelo Cláudio Tramontano (1991) se caracteriza por vários pos de grupos, porem o que vamos citar aqui hoje é o grupo que se coabita sem nenhum po de ligação parental, sendo ele, a classe que tem a maior ênfase na criação de novos espaços por conta do seu nível de emancipação entre seus elementos de convívio sem nenhum po de ligação gené ca de forma generalizada. Diante disto, em sua busca frené ca por liberdade só se encontravam espaços projetados para famílias tradicionais, e por isso veram que redesenhar o conceito de moradia.

Consequentemente, diante dos fatos apresentados e por meio deste grupo domés co, remata a relevância da estadia estudan l, que atenda às necessidades sicas e sociais do mesmo. A moradia estudan l tem como obrigação dar suporte aos estudantes e suas a vidades de socializar e conviver, não somente ajudar em sua formação, um ambiente que seja preparado em relação a conforto lumínico e acús co e que de a sensação de bem estar de maneira natural. Em moradias estudan s encontram-se pessoas de diversas idades e etnias, culturas e religiões, experiencias e expecta vas dis ntas, portanto o público universitário é bastante heterogêneo, tendo uma vasta gama de carências divergentes. Além de tudo isso, abordarei conceitos ligados a moradia e habitação que iden fiquem qual a melhor maneira de encaixar o tema de mul funcional estudan l. Irei expor também o modo como as pessoas interagem com o meio ambiente. Portanto, busquei iden ficar modos de comportamento com relação a delimitação de limites, tanto no controle de acessos e a caracterís cas locais. Do mesmo modo retratar a caracterização da modulação constru va, no qual sobrepuja a relação espacial autônoma proporcionada pela versa lidade na arquitetura, que traga ao projeto mais conforto e bem-estar dos usuários pois a liberdade desfruta de capacidades de adaptação ao morador diante de suas necessidades


Para preparação desse projeto foi aplicado uma variação de processos diferentes de apuração de dados, definidos perante a qualidade de fatos que eram necessários para a construção do mesmo. Inicialmente foi feita a pesquisa de dados urbanos que deram fundamento aos estudos de masterplan. Como por exemplo: documentos de dados ob dos através da base virtual da Prefeitura da cidade de São Paulo, que é o Plano Diretor Estratégico, as Leis de Uso e Ocupação do Solo. Trabalhos de conclusão de curso, análises de mestrado em teses acadêmicas abordando o Bixiga como um todo, desde sua análise histórica até os problemas atuais. Através de matérias e entrevistas sobre o bairro do Bixiga, que foi produzido os dados de estudo de campo, como possibilitado de acordo aos problemas de saúde mundial neste ano de 2020 devido a pandemia do vírus COVID -19. Sendo assim, quais eram suas principais fragilidades e potencialidades para que pudesse nortear as diretrizes e suas intervenções.

Depois de obter todos os dados necessários, começamos as discussões e compar lhamento de referências e conhecimentos para dar inicio a temporada de propostas de intervenções. O processo foi totalmente colabora vo e que irá ser estendido por todo o processo projetual, onde foram acordadas direções gerais par culares para cada setor, buscando acima de tudo a conec vidade e conversação entre os eixos. No período de esboço inicial, todas os dados e planejamentos urbanos adotados como mencionado previamente, passou a ser aplicada nas decisões futuras. Além dessas pesquisas, foram usados estudos de caso como diretório de projeções de ideias que tem algum po de semelhança com o atual projeto em questão, propondo alusão para o programa de maneira integral. Dessa forma, foram aplicadas normas bibliográficas técnicas, de acordo a NBR 9050, E NBR 9077, regras básicas de segurança para garan r a acessibilidade, segurança, conforto aos usuários e materiais pré-definidos para o dimensionamento da estrutura.


Figura 1-Parâmetros Projetuais Fonte: Diagrama Illustrator 2020

HISTORIA

COMUNIDADES

SUSTENTABILIDADE

CONETCTIVIDADE

CONTINUIDADE

O respeito pela historia e cultura local, buscando o es mudo e visibilidade para o bairro através dos seus principios.

Se categoriza por classe social, idade, cultura e costumes: promover a vidades e ações para um meio global.

É o seguimento dos principios humanos: social, econômico e ecologico.

Conexões urbanas e psico sicas: relacionamentos de ser humanos, a vidades e equipamentos.

Consistência das caracterís cas de pessoas, objetos, lugares e eventos e escalas. A consideração pelo existente.

ATUALIDADE

Para dar início aos parâmetros projetuais foram determinadas, em concordância, alguns parâmetros base como embasamento para a construção das diretrizes gerais, tanto em larga escala como na fase da proposta “individual”, diante disto alguns conceitos devem ser determinantes ao longo do processo. Estes princípios, que foram acima apresentados devem ser os norteadores das propostas que virão a seguir, adequando de acordo a seus aspectos de maneira a serem inseridas para incen var uma conexão coerente, considerando caracterís cas existentes.

Concepção e principios sobre os novos pos de comportamentos cole vos ou individuais sobre os recusos tecnologicos e economicos.

Este diagrama tem como função de demonstrar os principais conceitos do Bixiga, abordando assim, em sua totalidade as situações atuais e as futuras (propostas) Seu principal obje vo é mostrar qual foi a abordagem usada para embasamento de decisões projetuais, sendo assim, um facilitador de entendimentos entre a situação atual e as futuras propostas, se tornando uma necessária para que a outra aconteça. Seus tópicos apresentados, foram selecionados diante as pesquisar realizadas em conjunto, que expuseram suas caracterís cas primordiais. Todos os pontos citados a baixo serão desenvolvidos ao percurso total do trabalho desenvolvido, incluindo as propostas realizadas.

Figura 2- Contexto Urbano Fonte: Diagrama Illustrator 2020


Depois que foi decidido a maneira de abordagem, a inicialização dos estudos começou por levantamentos e analises sobre o seu entorno urbano. Uma etapa primordial para que possamos criar embasamentos e diretrizes de ponto de par da para que as intervenções entrem de acordo com as leis e que sejam elementos viáveis para sua localidade. LOCALIZAÇÃO O vetor urbano do bairro Bela Vista, mais conhecido como Bixiga. Está localizado na região central de São Paulo, e pertence a subprefeitura da Sé. (Figura 3) Figura 3 - Distrito da Subprefeitura Regional da Sé

Suas vias mais importantes são: - Av. Brigadeiro Luís Antônio; - Viaduto Armando Puglisi; - Rua 13 de maio, - Rua Rui Barbosa; - Rua Conselheiro Carrão, - Rua Manoel Dutra; - Rua Santo Antônio; - Av. Nove de Julho. É notável que a região tem uma importância eminente para a historia, economia, diversidade em a vidades e turismo da cidade e do estado de São Paulo. Por conta desses pontos citados acima, a região recebe diversos turistas e amantes da cultura local todos os dias. Iden ficando todos esses pontos, como pode ser visto na Figura 6, o presente trabalho ira dar inicio diante a seguinte área demarcada. Figura 4 - Topografia do bairro do Bixiga

Fonte: h ps://pt-br.topographic-map.com/

A topografia da área demarcada e escolhida para a intervenção é marcante no bairro, estando localizado a baixo do espigão da Av. paulista. Em algumas partes do bairro como na escadaria do Bixiga que fica entre a rua dos ingleses com a Rua 13 de maio, tendo um desnível com cerca de 13 metros de queda, que fica localizado no setor do EIXO PRINCIPAL. Na zona da GROTA por estar localizada no meio de um vale sendo a área mais baixa do Bexiga, chegando a ter um desnível de 20 metros de cada lado. No setor Brigadeiro/Radial sendo uma região mais plana mas ainda descendo no sen do da AV. radial leste


Figura 5 - Mapa do Bairro Bela Vista - Bixiga Fonte: google maps

Figura 6 - Mapa Áereo do Bairro Bela Vista - Bixiga Fonte: google earth


Primeiro registro de ocupação, como sí o do capão do portugues, Antonio Pinto.

Foi instalado um quilombo as margens do corrego Saracura, os

O Bixiga nasce para o mundo. Foi inaugurado o loteamento com a presença do imperador Dom Pedro II, lançando a pedra fundamental de um hospital que nunca foi construido. Outra leva de negros chegou a São Paulo

Figura 7 - Linha do tempo do Bairro Bela Vista - Bixiga Fonte: unicamp.br/unicamp/ju/no cias/2019/03/11/bexiga-historia-viva-das-origens-da-cidade-de-sao-paulo


A história do Bixiga pode começar a ser contada em 1559 com o seu primeiro registro de ocupação na área, com o nome de Si o do Capão do Português Antônio Pinto. Seu próximo registro foi em 1820, com a compra do local por Antônio Bexiga, e pelos escravos que haviam ali. Então, pode se dizer que realmente foi dado inicio da historia do bairro. O nome tem várias hipóteses de origem, mas ninguém sabe ao certo qual a verdadeira, dentre elas existem essas quatro: Chácara do Bexiga - diz que o nome do bairro se deu por conta da Chácara do Bexiga, pertencente a um certo Antônio Bexiga (estalajadeiro) ou Antônio Manuel, que possuía uma estalagem no local; Surto de varíola ou “bexiga” - Isso se deu por conta dos inúmeros surtos de varíola que São Paulo teve. Como essa doença matou muitas pessoas, suponham – se que o bairro tenha servido de refugio aos “bexigosos”; E por ul mo, é o nome Antônio Bexiga que tem duas hipóteses sobre ele, uma é que ele contraiu varíola e ficou com o rosto deformado e ficou conhecido por Antônio Bexiga. A outra, é por ele ser o dono da região e por seu sobrenome ser Bexiga e assim ficou por homenagem a ele. Em 1810 foi feita a construção de um quilombo as margens do córrego Saracura, onde os negros se alojavam por conta de ser alagadiço e não ser requisitado pelos brancos. Foi passando de dono ao longo dos tempos e o próximo vendeu parte da chácara do Bixiga para lotear. O bairro nasceu para o mundo em 1878 com a presença do imperador Dom Pedro II lançando a pedra fundamental de um hospital que nunca foi construído, e com os preços baixos dos terrenos chamou a atenção dos imigrantes italianos recém chegados ao Brasil, e eles não se interessavam pelos cafezais, então foi a par r desse momento que surgiu os cor ços e as primeiras can nas italianas na cidade de São Paulo,

e também o ano da abolição da escravatura dos negros. Por conta do sotaque dos italianos e o modo como eles falavam o bairro ficou conhecido como “BIxiga”. Com o Passar dos anos o bairro deu inicio ao status de reduto da boemia ao receber vários teatros como o Oficina e Sérgio Cardoso, também recebeu os amantes do samba. As primeiras e poucas construções do bairro começaram a ser mostradas nos mapas da cidade em 1910 e a chegada de mais europeus e negros na região. Anos mais tarde teve a chegada de um dos grandes nomes e hoje a imagem do bairro, Adoniram Barbosa, eternizado com estatuas e sua imagem nos semáforos da região. E o nascimento da escola de samba Vai-Vai como simbolo da cultura negra no bairro, que foi construída no lugar daquele quilombo citado bem no inicio da historia, 200 anos depois. Teve a inauguração do Cine Rex, um dos marcos do bairro e para a cidade como a sala mais moderna de cinema. O local ficou conhecido como a Broadwya paulista, e teve a construção do teatro TBC pelo italiano Franco Zampari e dando inicio ao teatro moderno na cidade. Na mesma época teve a chegada dos nordes nos a São Paulo, em busca de uma vida melhor. Armando Puglise um dos grandes nomes desse bairro maravilhoso, construiu um museu do Bixiga, reunindo todas as an guidades dos moradores para não deixar a história do local se esvair com o tempo. Nos anos 70 teve a falência do Cine Rex e com isso a inauguração do Teatro Zaccaro no lugar. A construção da paroquia Nossa Senhora da Achiropita com a comemoração do centenário da abolição da escravatura. E diante de todos os fatos em 2002 teve o seu tombamento como patrimônio histórico pela CONPRESP, como amostra de desenvolvimento urbano de São Paulo.


Imagem 1 - Visita ao bairro

Imagem 2 - Visita ao bairro

Imagem 3 - Visita ao bairro

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Imagem 5 - Visita ao bairro

Imagem 6- Visita ao bairro

Imagem 7 - Visita ao bairro

Imagem 8- Visita ao bairro

Casa de oração para todos os povos Rua 13 de maio.

Restaurante Tavola Rua 13 de maio

Viaduto Armando Puglisi Rua 13 de maio

Teatro Zaccaro e Cine Rex Rua Rui Barbosa

Restaurante C... Que Sabe? Rua Rui Barbosa

Teatro Sergio Cardoso Rua Rui Barbosa

Espaço urbano Rua 13 de maio.

Casas an gas Rua 13 de maio

Imagem 9 - Visita ao bairro

Imagem 10- Visita ao bairro

Imagem 11 - Visita ao bairro

Imagem 12 - Visita ao bairro

Colégio J. R. Passalacqua - baixa densidade Rua Rui Barbosa

ED. Res. Passalacqua - decada 70 Rua João Passalacqua

Entrada pela via abaixo do viaduto abaixo do viaduto julho de julho de mesquita mesquita Rua João Passalacqua Rua João Passalacqua

Imagem 16 - Visita ao bairro

Imagem 13 - Visita ao bairro

Imagem 14 - Visita ao bairro

Imagem 15 - Visita ao bairro

ED. Brasil - residencial Rua Santo Antônio

ED. residencial Rua Santo Antônio

ED. residencial entre a Rua Santo Teatro Ruth Escobar Antônio, entrando na Rua Delegado Rua dos Ingleses Everton para a 9 de julho

Imagem 18 - Visita ao bairro

Imagem 19 - Visita ao bairro

Imagem 20- Visita ao bairro

Imagem 21 - Visita ao bairro

Imagem 22 - Visita ao bairro

Imagem 23 - Visita ao bairro

Imagem 24- Visita ao bairro

Imagem 25 - Visita ao bairro

Imagem 26- Visita ao bairro

Escadaria do Bixiga Rua 13 de maio e morro dos ingleses

Casas caracteris cas italianas Rua 13 de maio

Hospital Menino Jesus Rua dos Ingleses

Escola Estadual Rua 13 de Maio

Casa Dom Orione Rua 13 de Maio

Casa Noturna Velho Pietro Rua 13 de maio

Paróquia Nossa Senhora Achiropita Rua 13 de maio

Paróquia Nossa Senhora Achiropita Rua 13 de maio

Central Panelaço - restaurante Rua Conselheiro Carrão

Imagem 17 - Visita ao bairro

Praça Dom Orione Rua 13 de maio


Figura 8 - Mapa de Tombamento e Área Envoltória

LEGENDA: Área envoltória Imóveis tombados

Valor Artístico

Valor Histórico

O bairro do Bixiga tem diversos bens tombados e protegidos que são uniformemente distribuídos em toda a região, o que confirma a importância da criação da iden dade do bairro na cidade de São Paulo, como origem de determinadas culturas e grupos, além desses bens tombados, ainda existe muitos que, estão em processo de tombamento. Devido a quan dade de edi cios de interesse histórico, a mancha da área envoltória é pra camente demarcada em toda a área do Bixiga. Nota-se que há uma grande quan dade de bens tombados legalmente na região escolhida para estudo, como na Figura 5. Em sua maioria são classificados como BIR (Bens Imóveis Representa vos), eles se tornaram patrimônio por seu valor histórico ou arquitetônico por conta de seus traços em suas contruções mostrando assim os marcos das épocas em acessão de seu tempo contru vo. Alguns são chamados de patrimônios imateriais que, por vezes não estão ligados a edíficio mas, sim ligados a memoria ou iden dade do local, marcando a paisagem como o caso da Escadaria do Bixiga na Imagem 31.

Valor Arquitetônico PATRIMÔNIO MATERIAL imagem 30

Valor Afetivo

Valor de Memória

Valor de Identidade PATRIMÔNIO IMATERIAL imagem 31

Fonte: Mapa de autoria própria - 2020

Imagem 27 - Teatro TBC

Imagem 28 - A casa mais an ga do Bixiga

Imagem 29 - Casarão Rua Santo Antônio

Fonte: h ps://www.flickr.com/photos/graduale/356840097

Fonte: h ps://www.saopauloan ga.com.br/a-casa-mais-an ga-do-bixiga/

Fonte: h ps://www.saopauloan ga.com.br/rua-santo-antonio-663/

Imagem 30- Teatro Zaccaro - Rua Rui Barbosa

Imagem 31 - Escadaria do Bixiga

Imagem 32- Imóvel tombado à rua

Fonte: h ps://www.saopauloan ga.com.br/teatro-zaccaro/

Fonte: h ps://perdidasnobixiga.wordpress.com/2016/06/20/escadaria-do-bixiga/

Fonte: h ps://www.oespacopublico.com.br/2019/02/19/genebra-uma-rua-do-bexiga/


PLANO REGIONAL - SÉ CARACTERIZAÇÃO O Plano Regional de Dezembro de 2016 da subprefeiLocalizada ao lado de importantes áreas comerciais tura da Sé, apresenta caracterís cas da região de estudo e os com grandes fluxos de transeuntes. Cons tuída por residendetalhamentos das diretrizes. tes de baixa renda e presença marcante de imigrantes. A área encontra-se bastante deteriorada, com concentração PERÍMETRO DE AÇÃO de cor ços e graves problemas estruturais, com carência de ID 424 | BELA VISTA poli cas e serviços públicos e com problemas estruturais e Região com abrangência de quatro distritos, Consola- necessidade de implantação de equipamentos sociais de ção; República; Sé e Liberdade. setores diversos. PRINCIPAIS OBJETIVOS • Atender a demanda por equipamentos e serviços • Atender a população em situação de vulnerabilidaPúblicos sociais, especialmente de assistência social e de de social, especialmente a população em área de risco; lazer e esportes; • Qualificar os espaços livres públicos, especialmen• Promover ações indutoras do desenvolvimento te os vinculados ao comércio e os vinculados ao transporte econômico local pelo es mulo ao comércio e servi- público; ços locais; • Melhorar a acessibilidade e mobilidade local; • Solucionar os problemas de saneamento ambiental, em especial esgotamento sanitário e manejo de água pluviais (drenagem);

DIRETRIZES LEGISLAÇÃO VIGENTE

MACROZONAS E MACROÁREAS

O Plano Diretor da cidade de São Paulo, aprovado no dia 30 de Junho de 2014 com base legal a Cons tuição Federal de 1988, considera que a propriedade deve cumprir sua função social. Por esse mo vo, estabelece as condições de cumprimento dessa função social e salienta que o direito a moradia é um direito cons tucional (Secretaria Municipal de Licenciamento). O Plano orienta o desenvolvimento da cidade através de diretrizes que preveem maior equilíbrio social, ambiental e economia através da aproximação entre moradia e emprego, melhorias na mobilidade urbana, crescimento urbano nas proximidades de eixos de transporte público e qualificação ambiental. As polí cas públicas, geralmente visam orientar esse novo modelo de expansão urbana embasando nas definições da cidade compacta, pautadas no adensamento populacional maior que o de empregos em áreas da cidade, visando o equilibrio dessa relação.

Com obje vo de intervenção urbana está inserida na Macrozona de Estruturação Urbana, que por sua vez, é subdividida em quatro macroáreas a qual, a área do presente estudo ocupa parcialmente duas, sendo elas: Macroárea de estruturação metropolitana - caracterizada pela grande oferta de infraestrutura urbana e eixos de mobilidade porém, com desequilíbrio entre a oferta de emprego e moradia. Essa macroárea é dividida em setores - central, eixos de desenvolvimento e orla ferroviária e fluvial. Macroárea de qualificação da urbanização - caracteriza-se pela oferta moderada de serviços e equipamentos e a combinação de uso residencial e não residencial.

Figura 9 - Mapa Piu Setor Central Fonte: h ps://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-territorial/piu/piu-monitoramento/ Data de acesso: 08/07/2020

Figura 10 - Imagem Ilustra va do Plano Diretor Fonte: h ps://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marcoregulatorio/plano-diretor/texto-da-lei-ilustrado/ Data de acesso: 08/07/2020


Figura 11 - Mapa de Zoneamento - Bixiga

ESTUDO DE LEIS - ZONEAMENTO

O perímetro de estudo, dentro do Bixiga, possui um zoneamento divido em: Zeis 3 - são imóveis ociosos, galpões abandonados, deteriorados, cor ços, em locais onde tem boa oferta de infraestrutura. Nesses espaços vai se u lizar recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) para poder atender mais rapidamente nessas regiões. Zeis 5 Foi criada no Plano Diretor Estratégico pegando imóveis sub lizados para construção de Habitação do Mercado Popular (HMP). Geralmente essas áreas estão muito próximas de eixos bem estruturados. ZEU - Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana que tem por obje vo consolidar os parâmetros estabelecidos pelo PDE para os eixos.

Fonte: Mapa de autoria individual- 2020

Devido ao estudo do Novo Zoneamento (Lei nº 16.402 de 23 de março de 2016), o bairro do Bixiga é classificado com predominância em três classes de zoneamento. Figura 11 - Mapa de Zoneamento - Bixiga. Essas zonas vinculam o desenvolvimento urbano a mobilidade, sendo assim devendo possuir uma rede de transporte consolidada, es mulando o adensamento populacional e constru vo, requalificar os espaços existentes e ligando as novas propostas de urbanização em geral da região.

SEÇÃO VIII - Dos eixos de estruturação da transformação urbana Art. 75. Os eixos de estruturação da transformação urbana, definidos pelos elementos estruturais dos sistemas de transporte colevo de média e alta capacidade, existentes e planejados, determinam áreas de influência potencialmente aptas ao adensamento constru vo e populacional e ao uso misto entre usos residenciais e não residenciais. O projeto tema deste presente trabalho esta localizado na área de classificação ZEU que será mostrado ao longo do documento aqui descrito. Tabela 1 – Parâmetros de ocupação por zonas (índices urbanís cos).

De acordo a calssificação de zoneamento imposto pela Gestão Urbana da Cidade de São Paulo, as zonas tem por lei regulamentar esses locais de acordo ao que é determinado por ela e assim fazer daquele local mais estruturado para os moradores e frequentadores da região. Por conta dessas zonas é imposto alguns parâmetros de ocupação do solo, são elas: TO (taxa de ocupação), é uma medida porcentual da projeção da edificação na área do terreno. CA (coeficiente de aproveitamento), é um número somado da área de todos os pavimentos e muliplicando pela área do lote, vai indicar a quan dade máxima de metragem quadrada que pode ser construída no lote de arcodo a legislação de zoneamento. Eles são relevantes para que de con nuidade ao uso do solo e também ao gabarito ja preexistente do local sem exclui-lo ou ignora-lo, fazendo assim que seja algo que tenha uma harmonia entre o novo e o atual, dando embasamento para as diretrizes da proposta a ser erguida no lote escolhido para tal. Taxa de Permeabilidade é a parte do lote que é livre de qualquer edificação, permi ndo assim a infiltração da água no solo.

Figura 12 - Modelo de coeficiente de Aproveitamento

De acordo a (Tabela 1) a seguir estão apontados os parâmetros urbanis cos legais a serem seguidos para limites de gabarito e de taxa de ocupação do solo. Essa tabela é estabalecida de acordo a classificação de zoneamento citada anteriormente, promovendo embasamento para diversas diretrizes para a região escolhida de estudo e fazendo com que seja feito um plano urbano de acordo ao que foi decretado pelo Gestão Urbana da Cidade.

*NA = não se aplica; Fonte: Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS - 16.402/2016), Quadro 3 – Parâmetros de ocupação, exceto de Quota Ambiental.


Figura 13 - Mapa de Gabarito - Bixiga LEGENDA:

LEGENDA: 1 a 2 Pavimentos.

6 a 10 Pavimentos.

RESIDENCIAL

COMERCIAL

3 a 5 Pavimentos.

11 a 25 Pavimentos.

INSTITUCIONAL

INDUSTRIAL

Terrenos vazios/estacionamento. Como em todos os índices urbanís cos, o Gabarito é determinado pelo município. Portanto, não existe um padrão universal a ser seguido, devemos sempre verificar o zoneamento e as alturas permi das por lei na região onde vamos construir. O tamanho máximo do gabarito geralmente é determinado levando em consideração o quanto a região será adensada, a morfologia das construções existente e previstas, percepção da paisagem, caracterís cas econômicas, ambientais e sociais do local. Uma das principais funções do gabarito é impor limites de altura para que não haja “roubo de sol”, isso é, quando as edificações são muito mais altas que seu entorno e acabam privando as outras construções ou espaços de receber luz natural. O Bixiga é classificado como ZEU em seu zoneamento, tendo um CA máximo de 4, mas tem que ser levado em consideração que a região é histórica, a maioria de suas edificações foram construídas no século 19 e tendo algumas mudanças de alturas no século passado. Dentro do perímetro de estudo escolhido no bairro do Bixiga, a predominância de gabarito é de 2 a 5 pavimentos, isso porque a maior parte das edificações são sobrados ou pequenos prédios com comércios e serviços em baixo e residências em cima (uso misto), como por exemplo no eixo da Rua 13 de Maio. Também podemos encontrar áreas com edificações de alta densidade e de médio a alto padrão, com edificações de 10 a 15 pavimentos como acontece na Av. Nove de Julho, e edificações bem altas de até 25 pavimentos como no final da Rua dos Franceses, Rua Rui Barbosa e da Rua dos Ingleses, já chegando na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Deste modo, podemos ter direcionamento do que pode ser feito em alguns lugares, seguindo sua con nuação de morfologia e caracterís cas próprias de adensamento propondo equipamentos de acordo ao seu local devido ao seu perfil.

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020 Figura 14 - Modelo Gabarito de Altura

USO MISTO

O Uso do Solo no bairro do Existe também uma pequeBixiga, como pode ser visto na na quan dade de uso ins tucional e Figura 16, tem a predominância de uma quase inexistente de uso uso misto e isso acompanha a industrial. região desde o seu inicio do desenNa região da Grota e do volvimento em 1880 com a venda Eixo Brigadeiro existe uma dos lotes para os imigrantes italiapredominância de residências de nos recém chegados a cidade de classes sociais mais baixas e no Eixo São Paulo e assim eles decidiram central de uso de lazer e cultural, que abririam seus próprios negócios caracterizado pelos comércios de na parte de da frente ou abaixo em descendência italiana, as can nas. suas residências, e isso é iden ficaA região do Bixiga que do com grande densidade na região mais se difere do citado é a do da 13 de maio. morro dos ingleses, próximo a O uso do solo no Bixiga é Paulista e composta por compredominantemente misto, sendo plexos residenciais com gabarito este geralmente de pequenos alto e de classe social mais comércios térreos com residências elevada. no nível superior, o que caracteriza o bairro por ser uma região de gabarito baixo. Figura 16 - Mapa de Uso do Solo - Bixiga

Figura 15 - Modelo de Uso e Ocupação do Solo

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020


Figura 17 - Mapa de Áreas Verdes Atuais - Bixiga LEGENDA: AREAS ATUAIS

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

Figura 18 - Mapa de Equipamentos - Bixiga

As áreas verdes são um critério de qualidade ambiental no meio urbano e obrigatório por lei. Quando não são implementadas ou não existem no meio urbano interfere no mesmo, e a falta desses espaços prejudica a qualidade de vida da população. Essas áreas são importantes para a qualidade de vida, ja que assumem um papel de estabilidade entre o espaço modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente. A falta de arborização, por exemplo, pode trazer desconforto térmico e possiveis alterações no microclima, e as população esta mais propensa a ter problemas de saúde relacionados principalmente as doenças respiratorias. A arborização serve como filtro para atenuar ruídos, retenção de pó, reoxigenação do ar, além de oferecer sombra. A falta de vegetação nas áreas traz consequências nega vas para o meio ambiente urbano como: alterações clima cas, enchentes, deslisamentos e pode provocar processos erosivos nos terrenos ao seu redor. O bairro possui uma escassez de áreas verdes de qualidade, não há presença de parques e não tem manutenção e equipamentos públicos nas poucas praças que existem, sendo a Praça Dom Orione um ponto notável no Bixiga. A área da Grota, local de fundo de vale, é a mais prejudicada no quesito ambiental, tendo grandes áreas com uma densa cobertura vegetal em grandes desníveis e falta de cuidado e inves mento. Os lotes não tem permeabilidade, são ocupados em sua totalidade e não teve nenhum insen vo a essa questão de cuidados. A distribuição da vegetação na cidade está relacionada com processos históricos ou até culturais, e muitas vezes fica restrita ás decisões das administrações públicas. As relações sociedade-natureza moldam o espaço sico urbano atráves das a vidades e necessidades do ser humano resultado na transformação e apropriação da natureza As áreas verdes são uma das variáveis integrantes de estrutura urbana e a preservação dessas áreas está relacionada com seu uso e sua integração na dinâmica da região, que são reflexos das ações humanas e estão vinculadas ao processo histórico na atenção do poder público no que diz á implantação e manutenção desses espaços na malha urbana.

LEGENDA: CULTURA

SAÚDE

EDUCAÇÃO RELIGIÃO Apesar da quan dade de equipamentos e infraestrutura no bairro, eles não são bem distribuídos, na sua região central possui uma boa quan dade de equipamentos, principalmente, culturais, porém nas demais áreas como a Grota e a área da Zeis a infraestrutura é insuficiente. O planejamento de equipamentos urbanos comunitários normalmente é atribuído ao poder público e, em geral, com a finalidade de proporcionar o bem-estar à população, o ordenamento do território e aumentar a compe vidade regional. A lei federal n. 6.766, de 1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, traz a seguinte definição para equipamentos urbanos comunitários: “Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares” (art. 4º parág. 2º). Complementando essa definição, a NBR 9284 conceitua-os como: Todos os bens públicos ou privados, de u lidade pública, des nados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder público em espaços públicos ou privados. A NBR 9284, além de definir os equipamentos urbanos comunitários, classifica-os em: circulação e transporte, cultura e religião, esporte e lazer, infraestrutura, sistema de comunicação, sistema de energia, sistema de iluminação pública, sistema de saneamento, segurança pública e proteção, abastecimento, administração pública, assistência social, educação e saúde.

Figura 20- Modelo de Equipamentos de Infraestrutura

Figura 19 - Modelo de Áreas Verdes

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

Fonte: Pack de blocos illustrator - 2020

ASSISTENCIA SOCIAL

Fonte: Pack de blocos illustrator - 2020


Figura 21- Modelo de Equipamentos de Transporte Fonte: Pack de blocos adobe- 2020


Figura 22 - Mapa de Transporte - Bixiga

Diante dos estudos reconhecemos a falta de alguns equipamentos para os pedestres, como ciclofaixas e linhas de metrô, que ja esta sendo prevista uma estação da Escola de Samba Vai-Vai até a Av. Brigadeira Luis Antônio pela prefeitura, e transporte público que em algumas regiões por conta da sua topográfia que dificulta em certos pontos o acesso. Além das calçadas e meio fio já citados anteriormente. Contudo, ao longo do presente trabalho será mostrado soluções para todas essas questões e de modo ecológico e sustentável, sem agredir o meio ambiente e pensando na totalidade de pessoas que possam fazer uso desses equipamentos essências já previsto como parâmetros pela lei de zoneamento, que preve acessibilidade e mobilidade a todos, preparando assim a inclusão social em locais públicos como é obrigatorio por lei.

Figura 23 - Esquema de quipamentos de Transporte - Bixiga

PEDESTRE

A circulação de pedestre é considerável todos os dias, em especial na rua 13 de maio, por conta de seu atra vo culinario e cultural, mas as calçadas são desconfortáveis e necessitam de manutenção e obtenção de acessibilidade. Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

CICLOFAIXAS A Região tem ciclofaixa somente nas ruas 13 de maio e Rui Barbosa, tendo falta nas outras regiões da área demarcada.

CARROS LEGENDA: COLETORA

FLUXO INTENSO

ONIBUS

ARTERIAL

CICLOVIA

METRÔ PREVISRO

LOCAL

VTR

PONTO DE ONIBUS O Bairro do Bixiga é cons tuído por várias vias coletoras, tendo como principais a Rua Manoel Dutra e Rua Conselheiro Carrão. De suas quatros vias arteriais as principais são a Av. Brigadeiro Luís Antônio e a Av. 9 de Julho (única que possui corredor de ônibus), onde a Av. 9 de Julho junto com a Av. 23 de Maio são as que possuem um tráfego maior em horários de pico. Além disso, a Rua Rui Barbosa e a Av. Brigadeiro Luís Antônio (também vias Arteriais) são as que mais possuem pontos de ônibus. O resto da área possui acesso ao transporte limitado, entre outros mo vos também pela topografia irregular. No mapa da Figura 22 podemos perceber que a região é carente de ciclovia, tendo somente um pequeno trecho na Rua Humaitá que dá acesso a Av. Radial Leste. Vale destacar que existe uma proposta de uma nova linha do metrô que corta o bairro do Bixiga, saindo da Av. 9 de Julho, próximo a escola de Samba Vai Vai, passando pela Praça Dom Orione, onde terá uma estação próxima e esse projeto permi rá que a população local tenha mais acesso aos transportes.

Existem ao todo 7 pontos de parada de taxistas na área demarcada para estudo, e também facil acesso aos transportes por O Bixiga tem o potencial de ser um local de altas a vidades, aplica vos de celular. pelo fato de concentrar diversos teatros e restaurantes, além das E acesso livre a carros can nas, os fluxos de circulação e os pedestres que visitam o local é pa culares. uma quan dade consideravel devido a fama da culinaria e cultura do bairro. ÔNIBUS Neste mapa conseguimos iden ficar as fragilidades e potenNão existe faixa cialidades em relação ao transporte da região escolhida para estu- exclusiva de ônibus, e falta dos, mostrando que a prioridade é mais para veiculos esquecendo transporte em algumas um pouco o pedestre e o cilcista. Devido a isso pudemos iden ficar regiões por conta da declivialgumas irregularidades no passeio de pedestre, em seu piso tem dade de sua topografia. burracos, tampas de inspeção de serviços elevadas, declividades acentuadas, as calçadas não tem largura suficiente para acomodar de uma maneira agradavel ao pedestre, falta de guias rebaixadas e METRÔ que necessita de ser vista a questão de acessibilidade para pessoas Está previsto uma linha idosas como é o caso do bairro, por se tratar de uma região com um de metrô que ligará a estação alto indice de pessoas dessa classe de idade, e visando as pessoas da escola de Samba Vai-Vai. com deficiência, além de diversos obstáculos como, degraus; postes; Estações próximas: Anhangavegetação entre outros elementos de mobiliário urbano em posições baú; Brigadeiro; Consolação; inadequadas, dificultando o ato de caminhar impedindo a circulação São Joaquim e Vergueiro. de pessoas com mobilidade reduzidas ou com deficiência.

Fonte: Pack de blocos adobe- 2020


Figura 24 - Dinâmicas Urbanas - Bixiga PORTÊNCIALIDADES LEGENDA:

LEGENDA: MORRO DOS INGLESES

CULTURAL

GROTA

SOCIAL

METRO PREVISTO

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

As a vidades no bairro do Bixiga, podem ser definidas como uma junção de todos os elementos envoltorios e marcantes que existem nele e que fazem da região algo tão importante para as pessoas que vivem e o frequentam, como seus meios de transporte, seus predios e diversos usos que interagem entre sim complementando um ao outro, transformando em um meio extremamente cultural e envolvendo assim a população na sua história e cultura local. Seus usos tem intensidade e força, tanto que persistem a quase 150 anos e retratando a vida urbana peculiar de uma pequena centralidade, expondo varios

pontos de sua vas dão com traçado memoravel, que se vai desde os usos até seus usuarios. No Bixiga temos aréas determinadas em seu meio urbano, como as aréas residenciais, seus usos comerciais e mistos, regiões de maior concentração de cultura, locais de alta e baixa renda, e etc. Por meio disso conseguimos iden ficar varios pontos a serem levados em consideração através dos levantamentos mostrados anteriormente dando assim uma direção para que possamos prosseguir nas propostas que virão a seguir, oferecendo a segurança para propor e estabelecer diretrizes concretas e certeiras para seus locais mais adequados e que se enquandrem ao contexto urbano inserido.

No mapa da Figura 24, pode ser inden ficado que o bairro foi dividido em 4 pontos focais que tem suas caracteris cas propias de uso e ocupação, como de infraestrutura. A região foi dividia entre: • Grota: Área que fica localizada num fundo de vale, desvalorizada, se encontra a população mais pobre do bairro, que colhe as águas que descem da Av. Paulista e do Morro dos Ingleses desemborcando na 9 de Julho, lugar do pequeno rio Saracura que hoje se encontra canalizado, e sendo a localização da escola de samba Vai-Vai. Conhecido pelos moradores como Grotão Na região da grota falta infraestrutura, pois a mesma esta mais concentrada na região central do bairro. Necessitando de uma revitalização da sua parte ambiental de origem. • Morro dos Ingleses: Região com predominância residencial de alta renda, sendo a parte mais alta do bairro por sua topografia. • Cultural: Eixo 13 de maio e Rui Barbosa, Sua predominância é o uso misto, estando nele localizado a maior concentração de usos culturais e culinários picos dos imigrantes italianos. • Social: Eixo da Zeis, local onde ficam os cor ços e moradores de baixa renda, sua predominância é de uso misto e necessitando de novos equipamentos para melhoria da região.

HISTÓRICAS E CULTURAIS EQUIPAMENTOS SOCIAIS O bairro se caracteriza pelo grande número de edificações tombadas que preservam a história do Bixiga, além de usos ins tucionais que promovem a cultura, dentre eles destacam-se: Teatros, can nas picas da culinária italiana e elementos tombados; São caracterís cas que atraem o público a região.

Figura 25- Potencialidades - Bixiga Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

Figura 26 - Fragilidades- Bixiga

Fonte: Mapa de autoria individual - 2020

FRAGILIDADES LEGENDA: AREA VERDE SEM QUALIDADE EDIFICAÇÕES PRECARIAS RUAS E CALÇADAS PRECARIAS A região do Bixiga, caracteriza-se por ser um bairro com grandes quan dades de comércios, edificações ins tucionais e grande quan dade de infraestrutura, também destaca-se fragilidades da região, como escassez de áreas verdes de qualidade: as poucas áreas verdes que existem não possuem manutenção, sem áreas verdes des nadas ao lazer da população, sendo destacado a região da Grota com fundo de vales, grandes áreas com densa cobertura vegetal; Calçadas sem rebaixamento, com danificações nos pisos, sem corredor de ônibus, falta de transporte em algumas regiões devido a sua topografia. Sem urbanização devida e sem ciclofaixas além da rua 13 de maio e Rui Barbosa.



Figura 27- Modelo de Masterplan Fonte: Pack de blocos adobe- 2020


Figura 28 - Diretrizes Gerais Urbanas - Bixiga LEGENDA: Grota Eixo 13 de maio Eixo zeis Descrição das diretrizes para cada setor. •Grota: Recuperação ambiental com a renaturalização do córrego Saracura, criação do parque da Vai – Vai para implementação de novas áreas verdes, com intenção de aumentar a permeabilidade do solo para evitar alagamentos futuramente. Inserção de equipamentos culturais, ambientais e sociais, promover a diversidade de usos e a vidades, permi r o adensamento da área, melhorar as conexões dos pedestres com os projetos propostos, garan a da sustentabilidade e ecologia ambiental. •Eixo 13 de Maio: A vação da a vidade urbana, comercial e cultural, transformação da dinâmica do eixo, atualização dos usos e atender ás novas demandas sem descaracterizar os aspectos importantes, suporte a cultura, com a transformação urbana que invade os lotes cria uma nova dinâmica de fluxos entre ruas e edi cios. •Eixo Zeis: Ampliar o atendimento social para os moradores da região, intensificar os usos, inserir equipamentos sociais, culturais criando uma nova dinâmica para o bairro. Após todos as análises de estudos, fragilidades e potencialidades além de argumentações em conjunto entre setores, foram estabelecidas algumas direções gerais especificas para cada local devido as suas caracterís cas e diante da lei, u lizando cada uma delas para solucionar ou atenuar as fragilidades encontradas e u lizar as potencialidades existentes. Essas diretrizes tem como obje vo de descrever as propostas individuais que foram feitas a par r desde planejamento urbano, criando um ambiente diversas alterna vas de projetos para o Bixiga. De acordo com a lei nº 13.430/2002, do Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, tem como obje vos dar melhorias e qualidade de vida no município, ordenando o plano de desenvolvimento das funções sociais da cidade garan ndo seu bem estar e que as propriedades urbanas cumpram suas funções sociais de acordo a legislação estadual e federal vigente. Sendo assim, todos os planos e projetos de obras públicas ou privadas ficam sujeitas as normas e diretrizes da presente lei. Entretanto, cada projeto estará localizado em um setor no Bixiga, contextualizando o masterplan que será descrito ao decorrer desse capitulo do trabalho, sendo descrito mais profundamente por cada aluno em seus trabalhos individuais.

Fonte: Mapa de autoria em dupla - 2020

As propostas tem como obje vo incen var a ecologia e sustentabilidade do local de estudo através dos projetos propostos. Porém, no contexto urbano estamos buscando promover a ligação novamente do ser humano com a natureza, sendo um local ecologicamente correto, fornece valor, poluir menos, u lizar usos sustentáveis de recursos, melhorar a qualidade de vida presente sem comprometer o futuro, buscando novas tecnologias ambientalmente mais sustentáveis, no entanto sem esquecer a questão econômica. Edi cios inteligentes, que buscam maior autonomia dos serviços, aliados a economia de energia, iluminação e ven lação natural, com manutenção, operação e sistema de aproveitamento de fontes de energia natural. A u lização de equipamentos urbanos de infraestrutura sustentáveis, energia renovável, espaços verdes permeável,

Figura 30- Esquema de Urbanização Ecológica

Figura 29- Parâmetros Ecológicos

Fonte: Mapa de autoria em dupla - 2020

Fonte: Pack de blocos illustrator- 2020

público ecológico, edi cios verdes, gestão eficiente de água e reu lização, enterramento de fiação, controle de veículos. A diretriz geral em potencial no setor urbano é a criação de praças e áreas permeáveis e a revitalização da biodiversidade, criando a ar culação de todas as propostas individuais, incluindo fluxos e novos espaços para a vidades, além da inclusão da energia renovável, conexões, vida 24h, apresentações ao ar livre, fazendo melhor u lização do espaço público urbano, troca dos pisos para pisos ecológicos. Equipamentos de infraestrutura urbana por energia solar, carros elétricos, áreas de pedestrização e ciclofaixas, além dá recriação da arborização, fruição de pessoas e assim baseando todas essas colocações de acordo a Figura 29, e sendo colocado em pra ca no esquema a baixo Figura 30, como base de referência para u lização a ser usada no masterplan.


Figura 32 - Ampliação Grota- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

Figura 31 - Masterplan- Bixiga

Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

LEGENDA: PRAÇAS ALARGAMENTO CALÇADAS CICLOVIAS INTERVENÇÕES REVITALIZAÇÃO DO RIO CORREDOR DINAMICO CORREDOR ECOLOGICO PEDESTRIZAÇÃO

Foram u lizados estudos de caso de referência para o embasamento das decisões projetuais conjuntas, exemplos condizentes com os princípios e planos já escolhidos para serem atendidas com concordância, buscando projetos que expusessem programas de usos mistos, a vidades heterogêneas, espaços livres, conexões, crescimento, desenvolvimento urbano, econômico e da cultura local, espaços públicos condizentes com o que a população da região necessita, equipamentos de infraestrutura urbana de transporte público ecológico e sustentável, pensando na qualidade de vida urbana, fazendo u lização de tecnologias renováveis sem agredir o meio ambiente e pensando num futuro. Tudo no masterplan criado foi desenvolvido com os parâmetros já citados em outrora, pensando na sustentabilidade, comunidades, conec vidade, con nuidade, atualidade e a história do bairro.

A intervenção proposta para o bairro do Bixiga tem como obje vo revitalizar e fortalecer o desenvolvimento social urbano, criando um sen mento de comunidade entre vizinhos. Com um circuito culinário privilegiando o pedestre e um sistema cultural diversificando o bairro, será um atra vo para toda a cidade de São Paulo. Contando com um sistema de transporte automa zado e ecologicamente correto criamos novos percursos que levam os visitantes e moradores do Bixiga para os principais pontos de comércio, cultura e lazer interligando futuras estações de metrô previstas para a região. A revitalização do córrego Saracura, na grota parte baixa do bairro do Bixiga, abre espaço para a criação do parque da Vai-vai, onde serão instalados equipamentos sociais para educação e cultura. A pedestrização, da rua 13 de maio e rua Rui Barbosa, fortalece o sistema cultural e comercial do bairro, com os desenvolvimentos de projetos que interligam as duas ruas e propõem novos trajetos e praças agregando uma nova dinâmica de percursos pelo bairro. As atrações culturais serão ampliadas pelo novo fluxo de estudantes de teatro e música, que terão oportunidade de morar no bairro devido aos novos empreendimentos imobiliários. A revitalização social com um clube espor vo, novos apartamentos HIS, escolas, centros de acolhimento e de reabilitação para usuários de drogas, auxilia o desenvolvimento humano e social para a comunidade, com o intuito de trazer uma melhor qualidade de vida para os moradores. O masterplan foi desenvolvido para requalificar o bairro com foco na melhoria urbana, criando um senso de comunidade composto de espaços de lazer, comércio, serviços e educação voltado a comunidade sem perder o aspecto histórico, respeitando e fortalecendo a cultura local como a tradicional festa de Nossa Senhora Achiropita.

GROTA

O plano urbanís co apresentado tem como obje vo principal incen var a ecologia e sustentabilidade do local de estudo através dos seus programas, porém, no contexto urbano estamos buscando inserir a ligação do ser humano com a natureza, sendo um local ecologicamente correto, fornece valor, poluir menos, u lizar usos sustentados de recursos ESTAÇÃO VAI-VAI (METRO) CISTERNA AREA DE SHOW VAI -VAI tecnológicos, melhorar a qualCENTRO DA VAI-VAI EDIFICIO GARAGEM FATEC idade de vida presente e sem ETEC BONDE PRAÇA PUBLICA comprometer o futuro, ESTAÇÃO VAI-VAI (METRO) CICLOVIA buscando novas inovações EIXO 13 DE MAIO que sejam eficientes ao meio Figura 33 - Ampliação Eixo13- Bixiga AMPLIAÇÃO Fonte: Mapa de autoria própria- 2020 ambiente. Entretanto, sem esquecer da economia, edi cios inteligentes que, buscam maior autonomia dos serviços aliados a economia de energia, iluminação, manutenção, operação e sistema de reaproveitamento de fontes naturais. AMPLIAÇÃO

Sustentabilidade econômica: - Recursos para mão de obra, materiais energia e água.

CORREDOR VERDE

MUSEU DO BIXIGA

CICLOFAIXA

MULTIFUNCIONAL ESTUDANTIL

MULTIFUNCIONAL

CENTRO CULTURAL

PEDESTRIZAÇÃO

ESCOLA DE MUSICA

CORREDOR DINAMICO

Sustentabilidade Ambiental: - Evitar efeitos perigosos e irreversíveis no meio ambiEIXO ZEIS ente através de recursos natuAMPLIAÇÃO rais e minimização de resíduos.

Figura 34 - Ampliação Zeis- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

Sustentabilidade social: - Responder as necessidades de pessoas e grupos sociais envolvidos em qualquer estágio do processo constru vo.

CENTRO ESPORTIVO

HIS

HIS

CENTRO DE REABILITAÇÃO

ESCOLA PRIMARIA

ABRIGO PARA MORADORES DE RUA


Figura 37- Plano de Permeabilidade- Bixiga

CALÇADAS E FIAÇÃO

FLUXO DE VIAS

PLANO DE PERMEABILIDADE

Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

LEGENDA:

Figura 35 - Estudo de Vias- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

Aqui iden ficamos como ficara ARBORIZAÇÃO NA VIA as vias em questão de fluxos de veículos CORREDORES ECOLOGICOS após as intervenções. As que já nham fluxo intenso em horário de pico, con nARBORIZAÇÃO RASTEIRA uaram a ter pois a via não foi modifica A inserção da camada verde na em relação ao sistema viário, foi criada a pedestrização e um enterramento da via região será essencial no desenho urbano que terá a mesma função do an go já que a a vegetação existente é baixa. A começar pela revitalização das mesmas viaduto. com uso de gramíneas. O corredor ecológico será uma área com o obje vo de unir fragmentos florestais, portanto terá uma arborização densa e com porte arbóreo médio. Esse corredor fará ligação com os três LEGENDA: perímetros: O social que possui vegetação rasteiro devido a densidade FLUXO LIVRE constru va existente, o eixo, que assim FLUXO MEDIO como o corredor dinâmico terá seu paisagismo formado por árvores de porte FLUXO INTENSO baixo e plantas. Ligando então ao PEDESTRIZAÇÃO perímetro da grota que terá o perfil ecológico, formado por uma extensa área de cobertura verde com porte arbóreo grande.

LEGENDA:

CONTROLE FLUXO DE VIAS

ALARGAMENTO DE CALÇADAS E ENTERRAMENTO FIAÇÃO ENTERRAMENTO DE FIAÇÃO

Essas áreas estão previstas o alargamento das calçadas e enterramento da fiação para melhoria de visibilidade, comodidade a população, acessibilidade e conforto. Com esse procedimento podemos ter um melhor aproveitamento da parte urbana e sendo algo mais natural. A fiação subterrânea, que pode abranger toda a rede elétrica e de cabos de telefonia e TV enterrada, apresenta diversas vantagens do ponto de vista da infraestrutura das cidades. O sistema evita problemas de descarga na rede elétrica, diminui os apagões nos bairros e reduz os riscos de queda de raios. Há, ainda, a questão esté ca. A parte operacional é mais interessante do que o sistema aéreo, porque é totalmente automa zada, existe a condição de fazer transferência de carga de alimentadores automa camente, com um acionamento no centro de operação.

Figura 36 - Estudo de Fluxos- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

LEGENDA: PAVIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO Figura 38 - Controle de Fluxos- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

Serão feitas as trocas do asfalto comum para uma pavimentação sustentável, que consiste na u lização de materiais que reduzem o impacto ambiental, uma opção para o incen vo a grandes centros urbanos que sofrem com ilhas de calor e enchentes constantes. Essa pavimentação permite o escoamento correto da água para o solo e lençóis freá cos sem trazer dano a sua estrutura interna, além de melhorar o conforto térmico suavizando a temperatura no solo e a possibilidade de reaproveitamento de água podendo ser reu lizada em estabelecimentos comerciais e residenciais. E para as calçadas será u lizado o piso bloquete, que é mais eficiente para transição de pedestre e pouco fluxo de veículos, possibilitando o escoamento da água para o solo, incluindo a colocação de sistemas de acessibilidade como piso tá l e rampas de acesso.


INTERVENÇÃO SETORIAL

LEGENDA: CENTRO CULTURAL ESCOLA DE MUSICA MUSEU DO BIXIGA MULTIFUNCIONAL ESTUDANTIL COWORKING TEATRO ZACCARO PRAÇAS ALAN ALESSANDRA LEONARDO

Figura 39 - Ampliação Eixo 13- Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

A proposta para o eixo envolve a área cultural e comercial do bairro. Rica de equipamentos, mas esquecida do mercado imobiliário. Nota-se que o processo de urbanização nos bairros vizinhos agravou a desapropriação local. Este fato é o que gera a proposta inicial de intervenção, ou seja, potencializar o valor cultural nas principais ruas do Bixiga além, de incorporar o an go com o novo afim de manter as caracterís cas locais de forma atra va para o novo público. A ideia para gerar novos inves mentos na região e qualificar o ambiente é pedestrizar a Rua Treze de maio, gerando um grande calçadão para um fluxo constante de pessoas e comércios locais. Inserir corredores dinâmicos e ecológicos com a intensão de direcionar o público adjacente, alterar um trecho da Rui Barbosa para obter uma conexão entre a Treze de maio e as intervenções urbanís cas de cada indivíduo.

THAMIRES Para o projeto de calçadas foi considerado 2 usos principais para os 2 eixos de pedestrização, para a Rua Rui Barbosa o par do foi a funcionalidade cultural e para a Rua 13 de Maio um par do gastronômico. O eixo cultural tem como foco a sociabilidade e aglomeração em torno de apresentações ao ar livre de shows de rua e no eixo gastronômico o projeto tenta consolidar a possibilidade de que os bares e restaurantes consigam ganhar mais espaço ocupando as calçadas sem sacrificar os fluxos. Já o parque linear começa na praça Dom Orione e esse parque tem como principal finalidade a proteção dos patrimônios, a Escadaria do Bexiga e a praça Dom Orione e também o acréscimo de mais áreas verdes, uma marquise e lazer para esse trecho. Então, tudo isso se torna viável com a demolição do viaduto existente e a proposta de construção de um túnel para cumprir a mesma função.

HIS HIS CORREDOR ECOLOGICO CORREDOR DINAMICO PEDESTRIZAÇÃO CICLOFAIXA


ANA RAZZULI O projeto mul funcional tem como obje vo unir espaços, pessoas e experiências. Localizado entre a avenida Rui Barbosa e a rua Treze de Maio, no polo cultural e comercial do bairro do Bixiga. Conta com um programa diversificado que atende a um coworking para ar stas e cantores com estúdios de pequeno até grande porte com toda a infraestrutura necessária para o ambiente. Além disso, está na proposta a incubadora de ideias, ou seja, incen vo à economia desse setor de forma ordenada e acompanhada por profissionais. Ainda podemos encontrar um restaurante, praça priva va e um hotel de perfil econômico. Em cooperação temos uma praça aterrada e um edi cio de moradia estudan l no mesmo lote para abrigar a todos os perfis e necessidade. A Figura 40 - Ampliação Mul funcional ideia é a conexões de pessoas em um Fonte: Mapa de autoria própria- 2020 edi cio hibrido, de modo que não descaracterize a região na sua forma.

ISAIAS BATISTA

Figura 42 - Ampliação Escola de Musica Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

O centro está localizado entre a rua Rui Barbosa e a 13 de maio, perto de vários teatros do bairro do Bixiga, entre eles o Sérgio Cardoso e o teatro Ópera. O edi cio tem como obje vo fortalecer as artes cênicas na região e se transformar em um polo cultural junto com a escola de música e o museu do Bixiga que serão inseridos no mesmo terreno e por meio de uma praça, irão fazer uma fruição pública entre as duas ruas. O programa do centro de artes cênicas será desenvolvido para comportar a escola de dança e teatro com salas de aulas, ensaios e estúdio, onde terão cursos voltados a graduação na semana, e nos finais de semana será fornecido cursos livres.

CAROLINE MARTINS LETICIA LIMA Localizado no bairro do Bexiga, entre os cruzamentos das ruas Treze de Maio e Conselheiro Carrão, na zona de ZEU, promovendo o uso misto da região. O mul funcional estudan l tem como finalidade atender os estudantes de artes e culturas da região do eixo e do Bixiga como um todo, trazendo moradia, conforto, lazer e qualidade de vida, abrangendo toda a ideia de moradia sustentável e ecologicamente correta desde o canteiro de obras até o viver no prédio. Contendo uma dinâmica nele mesmo e entre o edi cio vizinho que consiste em um coworking para ar stas de todas as culturas, nele tem a possibilidade de conquista do seu próprio espaço de trabalho junto ao mul funcional. Portanto, uma integração com os edi cios ao redor sem perder a iden dade do local Figura 41 - Ampliação Mul funcional Est. inserido, o mul funcional tem em sua qual- Fonte: Mapa de autoria própria- 2020 ificação a questão de trazer suavidade e promover a vidades que sejam necessárias e condizentes com sua localidade.

Figura 43 - Ampliação Museu do Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

Museu do Bixiga - Proposta: Criação de um uso ins tucional que resgate e promova a memória e a cultura do Bixiga, u lizando-se de meios tecnológicos e interavos para o conhecimento da região. O Museu apresentará a história desde a imigração que deu origem as caracterís cas do bairro, até o presente e futuro do Bixiga, também integrará com mais dois edi cios de uso ins tucional voltado a cultura (Ins tuto de Música e o Centro Cultural de Artes Cênicas e Dança), tendo como ponto de Centralidade a praça seca, e também ambientes compar lhados e de uso público, como: sala de exposições, Teatros e uma Midiateca.

PAMELA QUEIROZ Localizado no bairro do Bixiga entre a Av. Rui Barbosa e rua 13 de maio, o terreno está cercado por teatros e can nas, populares da cidade São Paulo, o ins tuto de música e tecnologias está integrada a uma praça com o intuito de fortalecer e integrar o circuito cultural da região. O programa do edi cio consiste em uma escola de música dinâmica e inovadora que tenta ampliar ao máximo o contato entre os alunos, a arquitetura e a dinâmica interpessoal, criando espaços de convívio e a vidades em Figura 44 - Ampliação Centro cultural grupo, que se estende para a Fonte: Mapa de autoria própria- 2020 praça e os edi cios que a compõe.


Figura 45 - Ampliação da pedestrização Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

INTERVENÇÃO SETORIAL

A cada século passado os mo vos de debates entre polí cos e arquitetos urbanistas para qual será a forma de resolver os problemas de mobilidade dos cidadãos e como resolver a questão de poluição. Em 1898 se discu a um plano urbanís co em Nova York sobre a infraestrutura de transporte e a poluição pública da época, no entanto, no ano em questão o meio de transporte eram os cavalos. Nos dias atuais debatemos sobre a poluição de gás carbônico e o alto índice de trânsito provocado pelos automóveis. Séculos atrás, as ruas europeias eram mais estreitas, pequenas e pensadas somente no tráfego humano e pequenas carruagens. Em sua grande maioria, nos dias atuais as ruas são projetadas para os carros, de grande escala e alta velocidade. Porém, hoje em dia estamos voltando a questão de incen vo de transporte público de qualidade e com menos poluentes, projetando assim novamente ruas para receber pedestre, não excluindo o carro, entretanto visando o bem estar do pedestre e dando mais espaço, fazendo com que seja mais acolhedor, mais ecológico e contribuindo para o meio ambiente, sendo sustentável.

A proposta para a área de pedestrização das ruas 13 de maio e Rui Barbosa no bairro do Bixiga, é para a questão tecnológica, sustentável e com o pensamento no próprio pedestre, fazendo o incen vo de u lização de transporte elétrico e de energia renovável, seguindo o mesmo pensamento das cidades europeias que adotaram a pedestrização como algo necessário e saudável para todos, permi ndo somente o tráfego de carros dos moradores e infraestrutura pública, como: ambulância, coleta de lixo, veículos de polícia e transporte de alimentos para e derivados para os lojistas. Será implementado carros elétricos para o transporte público, pa netes elétricos, ciclofaixas e bicicletas para aluguel. Postes com energia solar, capitando durante o dia e economizando energia elétrica. Mudança de pisos para a melhor iden ficação de locais onde se pode passar automóveis e em que momento se inicia a pedestrização, além de revitalizar e replantar árvores para trazer de volta o ecossistema e permeabilidade local.

Algumas das maiores cidades europeias ja tomaram para si a tendência da pedestrização para si, são elas: Madri, Espanha. Ja baniu grande parte dos automóveis em suas ruas, tais áreas ainda permi rão que seus moradores dirijam, mas qualquer outra pessoa que nela adentrar será multada em mais de 100 dólares. Paris, França. No úl mo ano, quando os níveis de poluição aumentaram em Paris, a cidade realizou um rodízio por um breve período de tempo. As taxas caíram cerca de 30% em algumas áreas, e agora o plano é começar a desincen var permanentemente os carros. Chengdu, China. As plantas, projetadas pelos arquitetos Adrian Smith e Gordon Gill (residentes em Chigaco), não banirão completamente os carros, mas apenas metade das ruas poderão ser ocupadas por veículos motorizados. Hamburgo, Alemanha. Embora Hamburgo não planeje banir os carros de sua região central, como tem sido no ciado por aí, a cidade tem se esforçado para facilitar a vida de quem não quer dirigir.

Figura 46 - Modelo de Pedestrização Fonte: archdaily.com.br


Figura 47 - Ampliação do Corredor Dinâmico Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

INTERVENÇÃO SETORIAL

O corredor dinâmico possui algumas caracterís cas notáveis e que é de fácil iden ficação. São elas: Ciclofaixa: Espaço delimitado na própria pista (junto com os demais veículos), calçada ou canteiro, exclusiva aos ciclistas. Pode ser implantada no mesmo nível da pista de rolamento (ou da calçada ou do canteiro). Da mesma forma que a ciclovia, a ciclofaixa pode ser uni ou bidirecional. Calçada alargada e Enterramento de Fiação: O PDE diz que as zonas de Eixos de Estruturação da Transformação Urbana possuem obje vos urbanís cos bem definidos, dentre os quais: “V – Promover a qualificação urbanís ca e ambiental, incluindo a ampliação de calçadas, enterramento da fiação e instalação de galerias para uso compar lhado de serviços públicos;”. Arborização Urbana: contribui com o bem-estar dos moradores, ajudando tanto na saúde sica como mental. Problemas como a falta de espaço nas ruas, fiações elétricas e solo inadequado são os maiores desafios enfrentados nesse processo.

Figura 48 - Modelo de Corredor Dinâmico Fonte: archdaily.com.br

O corredor tem como finalidade melhorar o local, tanto no quesito ambiental e ecológico, como no bem estar do pedestre e motorista que passar por ele. Os carros não serão proibidos de ter passagem pelo local, pelo contrário, a rua con nuará com seu uso existente porém, só obterá uma revitalização urbana para melhorias de qualidade de vida e uso.

O corredor dinâmico é uma rede de espaços públicos, fazendo a criação de um cenário urbano a vo, gerando a vidades econômicas e culturais, abrangendo as atuais áreas dando novas caracterís cas as áreas próximas, revitalizando os edi cios e conectando aos novos que estão sendo propostos. A reurbanização que será gerada, além de ser eficaz para o meio ambiente na troca de piso e possibilitando a permeabilidade e drenagem nas águas pluviais e reu lizando as mesmas para o irrigamento do gramado e das árvores que serão plantadas ao longo do corredor, minimizando a poluição do ar, do som e criando sobram para dias quentes. A reurbanização e implantação do corredor dinâmico dará mais segurança aos moradores e comerciantes da região por ser um local de vida 24h, gerando passeios, turismo e referência local, além de dar seguimento ao conceito tecnológico e sustentável que foi implantado na pedestrização.


Figura 49 - Ampliação do Corredor Ecologico Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

INTERVENÇÃO SETORIAL

Surgindo com o uma solução para os problemas urbanos da atualidade, os corredores ecológicos são: Espaços abertos lineares: Elementos de recuperação ambiental e convivência social. Envolve a criação de um local agradável e simpá co ideal para a vidades sicas, passeios e lazer. Conservação da biodiversidade: A conservação dos ecossistemas naturais, flora e fauna e os microrganismos garan ndo a sustentabilidade dos recursos naturais. Troca de pisos: U lização de piso bloquete, ele é drenante e an derrapante, oferecendo segurança e evitando acidentes em dias de chuva, possibilitando a reu lização de águas pluviais e sem afetar a permeabilidade local, e assim, evitando enchentes e deslizamentos.

A criação de corredores ecológicos vem ganhando cada vez mais espaço entre as maiores avenidas do mundo, atualmente as poucas áreas arborizadas acabam sendo valorizadas não só pela melhoria na qualidade do ar, mas também por tornarem o ambiente visualmente mais agradável. Amenizando desastres naturais, diminuindo as ilhas de calor, minimizando as enchentes e criando locais de encontro entre a população, o corredor ecológico tem uma função muito importante para a biodiversidade local. No cenário urbano, ele permite o convívio com a cidade, a experiencia visual que garante a ligação entre os pontos chaves do bairro, dando incen vo ao passeio urbano e seu turismo podendo desfrutar de um local fresco e totalmente inesquecível.

Figura 50 - Modelo de piso bloquete Fonte: h ps://imagens.mfrural.-

Figura 51 - Modelo de paisagismo Fonte:i.pinimg.com/originals/8a/9 -

Figura 52 - Modelo de parede verde urbana Fonte: img.archiexpo.com/pt/images_ae/phoFigura 53 - Modelo de Corredor Ecologico Fonte: archdaily.com.br


Figura 54- Ampliação do Teatro Zaccaro Fonte: Mapa de autoria própria- 2020

INTERVENÇÃO SETORIAL

O que esse processo de retrofit e reformulação de espaço pode trazer de bene cio para o edi cio próprio e para os demais que serão conectados a ele, são: Galerias: A vida comunitária preservada e es mulada por meio de uma arquitetura feita com passagens, um meio de comunicação interno, facilitando o encontro e o desfrute dos espaços públicos e lazer co diano. Teatro: Gerando cultura e entretenimento aos visitantes, o teatro tem como obje vo promover lazer e educação, será u lizado por todos no bairro, sendo um meio de comunicação cívica. Figura 56- Modelo de galerias Fonte:h ps://previews.123rf.com/ima-

Figura 55 - Estudo de viabilidade revitalização no Teatro Zaccaro Fonte:h ps://www.skyscrapercity.com/threads/s%C3%A3o-

Figura 57 - Modelo de retrofit para o teatro Fonte:i.pinimg.com/originals/8a/9-

A proposta para o retrofit no Teatro Zaccaro e pra traze-lo de volta a vida, e ressignificar ele de uma maneira que consiga ter uma conexão com os edi cios vizinhos, podendo assim ter uma nova funcionalidade juntando com a que ele nha antes de se tornar um prédio abandonado. A ideia para o Teatro Zaccaro é que aconteça um restauro na sua sala de teatro podendo abrigar eventos para os estudantes que serão alocados nas escolas e também ao edi cio mul funcional ao lado que estão sendo propostas no masterplan, mostrado anteriormente, tendo assim uma conec vidade abrangendo o seu entorno e não se limitando somente ao seu ín mo do prédio. Sendo colocado uma galeria aberta proporcionando uma fruição entre a quadra e a ligação entre os três edi cios coligados.


Figura 58 - Masterplan Finalizado Fonte: autoria própria, 2020.

INTERVENÇÕES Após todos os estudos de viabilidade, podemos dar início ao plano de massas final que tem o foco em revitalizar e incen var o fortalecimento para o seu desenvolvimento social do bairro no tecido urbano, criando assim experiencias e o sen mento de comunidade. Como pode ser iden ficado, na Grota a proposta principal é a revitalização do córrego saracura criando um parque que serve de homenagem a escola de samba VAI - VAI proporcionando valor a cultura local que é o samba que tem forte impacto nessa parte do bairro, e nele foi previsto uma concentração de equipamentos educacionais e culturais. Já na área central, o eixo 13 de maio, tem a sua cultura teatral e boemia preservada e ainda mais incen vada além do seu circuito culinário, e o foco da sua proposta é a Pedestrização nas ruas 13 de maio e Rui Barbosa, fazendo o enterramento do viaduto fortalecendo o foco cultural, culinário e boêmio, dando um caráter misto, além de conectar todos os projetos e levando a essa centralidade criada. Na área social a proposta é revitalizar o seu conceito, com equipamentos de lazer, saúde, educacional, promover o desenvolvimento humano trazendo uma melhor qualidade de vida aos moradores. O masterplan foi desenvolvido com um único foco, melhorias do ponto de vista do frequentador, trazendo lazer, cultura, educação, comercio, saúde tudo isso sem perder a sua essencial natural e histórica. A par r de agora a elaboração projetual segue individualizada, porem seguindo todas as diretrizes iniciais e respeitando todas as decisões urbanas tomadas em grupo. Cada projeto deve ser resolvido de maneira a permanecer as conexões e conec vidades propostas em seu embasamento urbano inicial.

LEGENDA: INTERVENÇÕES MARQUISES EQUIPAMENTOS PÚBLICOS REVITALIZAÇÃO DO CORREGO PRAÇAS PEDESTRIZAÇÃO CICLOFAIXA

O presente trabalho agora tem como finalidade dar con nuidade ao plano de massas do mul funcional estudan l que foi proposto na rua 13 de Maio e rui Barbosa com conexão direta ao edi cio do teatro Zaccaro.




Diante das análises e contexto urbano e diretrizes apresentados anteriormente, foi dado início a caracterização ao par do arquitetônico de moradia estudan l, e o que ele representaria ao bairro. Entretanto, o conteúdo proposto na escala maior que representa o bairro do Bixiga foi con nuo, mesmo na ampliação e diminuição da escala para o projeto em questão, dando a con nuidade e conec vidade do todo. O princípio do mul funcional par u da ideia e necessidade de uma habitação para tamanha demanda de estudantes, professores e até funcionários que o bairro receberia após as intervenções propostas. Baseando-se nas caracterís cas de conforto de mobilidade e acessibilidade, além do foco primordial da proposta, pretende-se unir a aprendizagem, interações, ligações entre os edi cios, realizações de eventos, fachadas a vas dando con nuidade ao uso da quadra alocado.

Figura 58- Ampliação do lote escolhido - Bixiga Fonte: Mapa de autoria própria - 2020

Casa de estudante é todo lugar des nado a moradia de estudante, tendo as possiveis in tulações: Alojamento, república, residência ou habitação estudan l. Porém, existem três pos basicos de moradia estudan l: 1 - República Estudan l: Imóvel locado cole vamente para fins de moradia estudan l (SENCE, 2011) 2- Residência Estudan l: Propriedade das ins tuições de ensino superior.

Figura 59- localização do terreno escolhido- Bixiga Fonte: google earth- 2020

3 - Casas Autônomas de Estudantes: Moradia administrada de forma autônoma, segundo estatutos de associação civil com personalidade jurídica própria.

Para melhor abordagem do conceito de moradia estudan l foi necessário buscar suas origens, realçando as primeiras construções de universidades que veram início na Europa, idade média e futuramente chegando ao Brasil, e foi então que levantaram algumas questões sobre as moradias para aqueles que sairiam de suas cidades em busca de ensino superior. Entretanto, foi entendido que exis a uma carência por parte dos acadêmicos de uma moradia próxima ao local de estudo, fazendo assim, com que surgissem as moradias cole vas, e ao longo dos anos teve seu reconhecimento social na vida dos universitários. Um país que tem destaque por sua oferta de moradias estudan s é os Estados Unidos, diante da grande amplitude em seu espaço que arquitetos da atualidade resolveram iniciar disputas de ideias para melhores conceitos de alojamento para universitários.


Primeiramente, daremos abordagem para algumas definições entre moradia e habitação, buscando discernir o que se enquadra melhor nos conceitos do tema deste projeto. Através disso, será iden ficado as maneiras de conduta comportamental do indivíduo, como é a relação das pessoas com o espaço urbano, as definições de limites e controle de acessibilidade, a iden dade com o local, como é a percepção espacial e o que a flexibilidade da arquitetura pode proporcionar ao usuário de acordo as suas carências sicas. Durante séculos a moradia e habitação vem sendo mo vos de estudos e novas possibilidades no meio da população, novas formas de pensar, viver, e compor a cidade de alguma maneira, desde então os grandes arquitetos vem remodelando os conceitos e derivações projetuais de como deve ser uma “casa” confortável e funcional, buscando embasamento não somente na evolução das cidades, mas também em tecnologia, porém, buscando suprir em primeiro lugar as necessidades do seu morador. Tudo isso acontece de acordo as estruturas familiares, social, econômica, cultural ideológica da família tradicional e que através dos anos surgiram novos grupos familiares e novas formas de residir. O grupo domés co dos dias atuais tem por sua caracterís ca principal coabitar sem nenhum po de ligação parental ou conjugal, sendo esse o que tem a maior influência na composição de lar. Entretanto, a diversidade de coabitações sem nenhum po de vínculo, se dá de forma mais abrangente cuja as relações tem como base na brevidade dos usuários que buscam a sua independência. Portanto, esse grupo de acordo ao Tramontano (1991) dá a devida importância de uma moradia que de abertura as suas necessidades sicas e de socialização para seus usuários.

Para que possamos compreender os seus termos técnicos, inicialmente vamos analisar o seu contexto e o seu especifico significado. A moradia estudan l deve propor suporte para as necessidades do morador, promovendo a vidades de socialização de convívio e apoio. A maior caracterís ca da moradia estudan l são os moradores de diversas culturas, idades e experiencias diversificadas, sendo um público heterogêneo, e sendo pessoas em fase de transformação intelectual, e de amadurecimento pessoal, podendo ter esse contato com pessoas dis ntas de seus laços familiares e agora se relacionando com pessoas totalmente “diversificadas” e opostas a sua forma de criação, e sendo assim idealizando a sua formulação de caráter e criando responsabilidades e valores. Morar é simplesmente o seu local de repouso, descanso, habitar já é um ambiente mais amplo, caracterís co a sua personalidade, a habitação atende todas as suas necessidades sicas, emocionais, sociológicas e laços familiares.

Habitação: Morar no espaço escolhido, criar raizes, se sen r seguro, crecer socialmente, criar laços familiares, dar iden dade própria, desenvolver a vidades relacionadas ao ato de coabitação. Moradia: Local que permite saciar as necessidades, uma simbologia de habitação e um modelo de iden ficação com a vida do usuario. Local ed permanência a curto prazo.

Através de estudos sobre o comportamento isolado de cada pessoa com o ambiente podemos iden ficar de que maneira serão u lizadas as áreas livres e de que maneira será desfrutado a edificação como seu local de morada. Foi iden ficado por Goe ems (2012) três itens que iden ficam como esse comportamento é mediante a elementos arquitetônicos: 1 - Iden ficação de Interior e Exterior: espacialidade definida por muros, portas, cercas e marcações no piso. 2 - Visibilidade: Privacidade e iden dade, locais que a pessoa fica meramente exposta a quem passa. 3 - Apropriação: Sen r que o ambiente é seu espaço, sen mento de posse de alguma maneira iden ficada mediante a cores, quadros, texturas.


O direito à moradia digna foi reconhecido e implantado como pressuposto para a dignidade da pessoa humana, desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, foi recepcionado e propagado na Cons tuição Federal de 1988, por advento da Emenda Cons tucional nº 26/00, em seu ar go 6º, “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Cons tuição.” De acordo ao Ministério Público Em consonância com o Comentário Geral n. 04, de 12 de dezembro de 1991, do Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da Organização das Nações Unidas – ONU, moradia adequada não é aquela que apenas oferece guarida contra as variações climá cas. Não é apenas um teto e quatro paredes. É muito mais: É aquela com condição de salubridade, de segurança e com um tamanho mínimo para que possa ser considerada habitável. Deve ser dotada das instalações sanitárias adequadas, atendida pelos serviços públicos essenciais, entre os quais água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, coleta de lixo, pavimentação e transporte cole vo, e com acesso aos equipamentos sociais e comunitários básicos (postos de saúde, praças de lazer, escolas públicas, etc.). Segundo a Cons tuição do Brasil de 1988 ar go 5º, §§ 2º e 3º, existe um tratado internacional sobre os direitos humanos que o estado tem por obrigação fornecer moradia digna a toda a população brasileira, como já foi dito anteriormente, moradia digna não é somente um teto e quatro paredes, cada cidadão tem o direito de um padrão de vida estável que possa assegurar a si próprio e sua família de bem estar, saúde, alimentação, cuidados médicos, serviços sociais, direito a segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez ou casos de perda de meios de subsistência fora de seu controle. Garan ndo assim um meio de vida mais seguro a toda a população, e foi assim que surgiram os programas de habitação social e minha casa minha vida, tendo um meio de oferecer estes serviços de maneira planejada e oferecendo serviços de infraestrutura e seguindo as leis do Plano Diretor e Estatuto da cidade, que garantem diversas formas de intervenção do Poder Público sobre o patrimônio par cular, assim como sobre as próprias cidades.

Podemos concluir que, além de alimentação, saúde, trabalho, educação, e muitos outros direitos, a moradia está no topo das necessidades básicas do ser humano. Podendo assim afirmar que, cada pessoa aperfeiçoa suas capacidades e integração social, e possuir uma moradia é fundamental para a própria sobrevivência, dificilmente um indivíduo consegue sobreviver por muito tempo exposto a eventos naturais sem nenhum abrigo. É imprescindível para a dignidade humana uma moradia digna e de qualidade, sendo um dos fundamentos da República Federa va do Brasil no ar go 1º, inciso III. Porém, a reforma urbana no Brasil é um efeito de casos urbanos vindo do processo de redemocra zação do mesmo, devido a incompreensão de muitos que não entendem a necessidade de implementação de habitação social na polí ca. Existe uma dificuldade para o Estado conseguir efetuar tal polí ca pois é necessário quebrar a desigualdade social criada pela urbanização, transformando assim num grande trabalho em equipe que acontece entre o Estado e a sociedade. Entretanto, os Municípios e o Estado não podem se omi r da responsabilidade cons tucional que a eles foram impostas para criar diretrizes e programas de moradia e melhorias para ter uma habitação social que possua todos os requisitos de acordo a lei exigida. E para que tudo isso aconteça, a habitação tem que ser a preço acessível, pelo menos, para grande parte da população, dando a eles o direito de compra da casa própria.


O conceito de moradia estudan l é muito amplo, e tem sido pra cado por países desenvolvidos, como a Europa, Asias e América do norte. Proporcionando assim uma diversa gama de possibilidades para os estudantes. Contando com tal infraestrutura desses con nentes, essas residências oferecem o que tem de melhor no mercado, dependendo do quanto o aluno quer inves r na sua moradia existe a possibilidade de quartos individuais e para quem não tem tanta condição financeira tem a opção de quartos compar lhados, todos já vem mobiliados para os estudantes. Contendo também, sala de jogos, lavanderia comunitária, salas de convivência, cozinha comunitária, áreas de lazer, entre outros, e contam com segurança 24h com o controle de acesso e a proximidade com as escolas do local. (TOGNETTI, 2015) De acordo com Sampaio (2013) na Grã-Bretanha, e países desenvolvidos como ele, as moradias estudan s com o crescimento de locomoção de universitários a nível europeu, um estudo diz que o mercado imobiliário nesse seguimento é um dos mais estáveis e atra vos. Podendo citar também a Americam Campus Communi es, contando com cerca de 100.000 camas distribuídos em 164 imóveis próprios.

Li lefild (2011, p.146) fez uma pesquisa que aponta as principais preocupações dos usuários das moradias estudan s: - Valor do aluguel e relação custo-bene cio; - Proximidade com as ins tuições de ensino; - Acesso a internet e tecnologia; - Suítes privadas; - Segurança sica e patrimonial; - Transporte de boa qualidade; - Nível básico de conforto; - Boa infraestrutura e localização; - Acessibilidade. Figura 60 - Tipologias de Quartos Fonte: Pack de blocos illustrator - 2020

O público alvo das moradias universitárias tem um obje vo em mente de ingressar numa ins tuição de ensino, e por conta disso muitos saem de seu local de origem para ir atrás desse obje vo, e acabam se juntando com outras pessoas com culturas, criações e pensamentos diferentes. Muitos são jovens, solteiros e com pouco recurso financeiro, com isso tornando os projetos de moradia com pologias dis ntas. O que caracteriza uma moradia estudan l convencional é o perfil do seu usuário, o estudante tem necessidades e hábitos diferente de um núcleo familiar. (FARIA E BAROOSSI, s.d.). Entretando existem contrariedades neste po de residência, como: costumes e gostos da população jovem, o afastamento familiar, vida em conjunto, a carreira de cada estudante, personalidades de cada um. Este ambiente serve como aprendizado para quem escolhe morar nestes ambientes, lições que vão além da sala de aula. (SOUSA, 2005). De acordo com Sousa (2005), as moradias estudan s se tornam espaços de vivencia familiar humanizado, criando laços entre si, moradores nas mesmas condições e com pessoas ao redor da moradia.


Imagem 33 - Conjunto residêncial USP Fonte: h ps://imagens.usp.br/?p=22068

No Brasil as moradias estudan s que existem normalmente são para as universidades federais e são inseridas em prédios an gos de grande importância, como o conjunto residencial da USP, a Casa do estudante da Universidade de Brasília e a Residência Universitária do Campus Benfica da UFC. Essa valorização de moradias aqui no pais está muito relacionada a oferta e demanda por parte das universidades públicas, refle ndo assim uma polí ca de efe var um processo democrá co ao acesso á educação gratuita, buscando atender principalmente estudantes sem condições socioeconômicas e de cidades distantes. O mercado imobiliário no Brasil para as moradias estudan s é desvalorizado por falta de inves mento e por falta de entendimento de compreender a lógica de ocupação próxima as universidades, visando atender o conforto e mobilidade do estudante, e não refle r sobre o que isso traria de bene cio a cidade, como a diminuição do trânsito e a super lotação do transporte público e devido a esses fatores a poluição ambiental que é gerada. Então, entraremos agora na questão do: por que devemos inves r e incen var a construção de moradias estudan s? Podemos avaliar que em sua maioria as casas que são transformadas em moradia para universitários são pensões sem nenhum po de preparado sico, confortável ou de condições de bem-estar para os moradores, como foi dito anteriormente, os usuários dessas moradias são em sua maioria estudantes de baixa renda e vindos de outra cidade em busca de melhoria educacional, seja em universidades; FATEC; ETEC. Quando se trata de pensão, é um mercado muito movimentado e que ao mesmo tempo oferece riscos por estar constantemente fechando por questões financeiras. Entretanto, quando se opta por alugar um imóvel, para quem vem de outra cidade encontra algumas dificuldades e burocracias com contratos de locação, além de ser um aluguel caro para um ambiente de péssima qualidade tendo de bene cio só a boa localização, encontram problemas com fiador e muitas vezes

dificuldades para conseguir alguém que dívida o aluguel, sendo assim um processo demorado e cansa vo. É de salientar que, a mudança de saída da casa e conforto dos pais e ter que encarar os impasses e privações que serão no seu dia a dia após essa decisão de ir para outra cidade sem conhecer ninguém, e ter que providenciar mobília, contratar serviços de água; luz; internet e gás. Pagar as constas, conseguir um fiador para obter a locação do imóvel, tudo isso vai depender do morador (no caso o estudante) levando um certo período de tempo e dedicação. E após conseguir tudo isso, precisar dividir sua acomodação com uma outra pessoa que não conhece e ter que saber lidar com as diferentes personalidades, criando um ambiente considerável para que possam lidar com os assuntos relacionados a casa, como por exemplo: Divisão das tarefas da casa, compra dos alimentos e par lhamento das contas geradas. A falta de privacidade, principalmente quando se compar lha um quarto é o ponto nega vo nesses pos de moradia, especialmente se as partes não conseguem ter uma harmonia entre si. Referente a parte arquitetônica, podemos apontar alguns pontos nega vos nessas pensões e casas alugadas para os estudantes, a sua qualidade é comprome da por visar apenas o lucro financeiro, pelo fato do universitário estar a procura de uma moraria da maneira mais rápida possível, e nessas construções podemos apontar que, na sua maioria o terreno é completamente ocupado, não possui jardins, é inexistente áreas de lazer e convivência e se tem são de baixa qualidade, não possui uma boa iluminação e má ven lação, conforto acús co é ignorado, as dimensões são as mínimas, ou seja, tudo o que foi citado não tem nenhum po de planejamento e levando o estudante a péssimas condições de moradia com o valor mais caro do mercado e indicando futuramente o mau desempenho educacional do universitário em suas a vidades pedagógicas.

Certamente, depois de todas essas análises feitas e discu das aqui, podemos constatar que o aumento da mobilidade estudan l tem do um crescimento ilimitado nos úl mos tempos, abrindo oportunidades nesse âmbito do mercado imobiliário, tornando-se um bom inves mento, iden ficando que as repúblicas e qui netes não estão sendo mais sa sfatórias ao usuário atual, sobretudo os que preferem gastar mais em busca de comodidade e privacidade, mudando assim o perfil social dos estudantes (ZANCUL, 2007). E por fim podemos aqui citar a Uliving, que é a pioneira em moradia estudan l privada aqui no país, afirmando o fim das repúblicas e vindo o novo produto que já é tendencia do mercado nos países mais desenvolvidos. De acordo com o site deles (uliving.com.br) foi fundada em 2012, trazendo ao Brasil um novo conceito de viver e morar. Em seus edi cios desenvolvidos para jovens, além dos apartamentos mobiliados e infraestrutura completa, a Uliving também proporciona serviços, eventos e workshops, que melhoram a qualidade de vida. Estando presente em todas as fases, desde o projeto até a operação do empreendimento. A Uliving oferece a opção de escolha de quarto compar lhado ou individual, porém, eles oferecem o serviço de hospedagem, um contrato que contorna a dificuldade de ter que conseguir um fiador, entretanto os contratos são trimestrais e que podem ser renovados durante esse período. Uliving, é um modelo das residências estudan s que atual no mercado imobiliário da Europa e américa do norte, dando ao usuário, planejamento, conforto, comodidade, bem estar e segurança, pois foi feito pensando exclusivamente em seu público algo, de maneira a suprir as necessidades de quem nele vai morar.

Imagem 34 - Casa do Estudante Uni. Brasília Fonte: ceplan.unb.br

Imagem 35 - Residência do Campus Benfica Fonte: h ps://imagens.usp.br/?p=22068

Imagem 36 - Uliving Residencial Estudan l Fonte: uliving.com.br


Para melhor entendimento do assunto tema, foram necessárias pesquisas que seriam a fundamentação teórica principal do presente trabalho que, norteariam os princípios básicos a serem seguidos tanto no conceitual quanto na pra ca do projeto final. Através destas pesquisas, foi iden ficado que, a sociedade que ocupa um determinado lugar cons tui a sua ordem própria, sendo assim, torna-se indispensável conhecer o público alvo, sua ro na, preferencias, regras e necessidades para elaborar um projeto que seja 100% eficiente, principalmente quando se trata de espaços domés cos e sociais, segundo Dama a (1991) Para uma habitação estudan l que tem o foco para os jovens em idade de conhecimento pessoal e definição de caráter, é necessário a iden ficação de espacialidade co diana de um indivíduo nessas condições e entender as suas a vidades e assim compreender o que é preciso para sua eficácia comportamental, entendendo a sua personalidade e valores, assim, considerando suas necessidades para o planejamento de uma moradia des nada a esse grupo, pois o que normalmente acontece são projetos genéricos que buscam modelos de moradia simples e sem iden ficação de público, tonando aquele ambiente algo totalmente monótono e cansa vo a mente, ignorando totalmente a entrevista e busca de conhecimento sobre quem irá morar naquele local, transformando em apenas mais uma edificação de moradia comum e convencional, e refle ndo esse desprezo na arquitetura, por exemplo: Os espaços de circulação são tratados como insignificantes ou como se fossem hotéis, com corredores longos, estreitos e fechados, e sem privacidade visual por ter a porta de entrada próxima da outra e perdendo a ven lação cruzada desse ambiente, sendo mais frequente

em moradias estudan s, fazendo com que essa organização caracterís ca seja algo nega vo entre os estudantes, pois não proporciona nenhuma a vidade diversa do que ele já é em si, tornando o edi cio algo retangular e repe vo. Para dar um exemplo foi usado o projeto da Moradia Estudan l da Universidade de Bilkent, Figura 61, feito pelo FXCollabora ve, pode-se perceber que o morador ao sair da escadaria ou do elevador encontra um imenso corredor central fechado e estreito de aproximadamente 55m e sempre a porta de entrada de cada quarto é espelhada com o da frente, não favorecendo a ven lação cruzada e dando impressão de encarceramento, esse corredor não possibilita um espaço de encontro e convivência. Portanto, fica ní do que ao projetar uma moradia deve-se considerar até os momentos de transição da circulação até a porta do dormitório do morador, e não a tornar algo monótono e sem planejamento como algo simplesmente comum e convencional. Podemos notar que a espacialidade dos acessos aos dormitórios são elementos que remetem o espaço residencial do estudante ao ambiente ins tucional, podendo observar nos projetos que contem em sua formação de acesso aos dormitórios por corredor, se torna constante o ambiente ins tucional, e assim, podendo fazer uma comparação com a Figura 62 - Moradia Estudan l / C.F. Møller, que possui uma estruturação totalmente fora do convencional, um resultado de corredores sendo u lizados como ambientes de convivência alternando com os dormitórios, transformando o ambiente residencial em algo agradável e aconchegante, montando que para um ambiente de residência estudan l não precisa ser seguido padrões de prédios habitacionais unifamiliares, muito menos remeter-se a uma breve lembrança de estar num hotel.

Figura 61- Moradia Estudan l da Universidade de Bilkent Fonte: archdaily.com.br/

Figura 62 - Moradia Estudan l / C.F. Møller Fonte: archdaily.com.br


A espacialidade que remete a lembrança de um ambiente ins tucional formal no seu ambiente de residência e assim, minimizando a possibilidade de criação de laços e convivência, que geralmente acontecem em grandes moradias estudan s cole vas, tornando o di cil relacionamento e desenvolvimento pessoal que a própria arquitetura através de seu projeto pode trazer. Como mostrado anteriormente na Figura 62, uma delimitação de espaços de uso cole vo na edificação são reservados rigidamente em um único setor do prédio, e voltando o seu planejamento em somente pensar nas células habitacionais como o foco vital, deixando de lado a possibilidade de socialização do morador próximo ao seu dormitório, fazendo com que ele receba algum visitante somente dentro do seu quarto e por vezes rando a sua privacidade ou de um colega que divide aquele mesmo espaço, ou ter que ir até uma ala distante que foi planejado o local de convivência.

Para impedir que esse po de ambiente se torno algo desagradável é até mesmo tedioso e semelhante ao ins tucional para o morador, é de suma importância entender que a conexão entre o privado e o uso público possam coexis r num mesmo local de maneira mediatária, como mostrado na Figura 64, que além de criado a unidades habitacionais foi incluso o meio de convivência no mesmo andar e próximo dos dormitórios, permi ndo a interação entre os moradores sem ter que se locomover pra longe do seu quarto. E também tendo uma implantação de maneira a possibilitar ven lação, e visibilidade por todos os lados do edi cio como mostra a Figura 63. Na Figura 65, podemos iden ficar o quão aconchegante e informal pode ser o ambiente de moradia estudan l, saindo da ideia tradicional, possibilitando salas e cozinha comunitária nos meios de circulação, dando ao morador cenários de poder criar laços afe vos e lembranças de uma residência familiar.

Figura 63 - Moradia Estudan l / C.F. Møller Fonte: archdaily.com.br

Figura 64 - Moradia Estudan l / C.F. Møller Fonte: archdaily.com.br

Figura 65 - Moradia Estudan l / C.F. Møller Fonte: archdaily.com.br


Qualquer pessoa tem suas necessidades, desejos, gostos e caracterís cas de personalidade, e o arquiteto está no mercado para atender tudo isso, fazer a entrevista com o grupo de pessoas que pretendem ocupar determinado espaço e entender todas as suas expecta vas de um ambiente que seria ideal para todos, diante disso, podemos citar dois exemplos de pessoas que estariam entre os indivíduos desse grupo, estudantes que valorizam a convivência socia, confraternizações, estudos em grupo, bate-papo e debates, por outro lado tem o estudante que gosta de pesquisar e necessita de silêncio, é mais reservado e introver do, gosta de estar sozinho e ter o seu próprio espaço. Então, podemos assim entender que uma moradia estudan l tem a obrigação de oferecer acomodações diversificadas buscando suprir as carências de modo genérico. Com esse po de diretriz pode se fornecer unidades diversificadas que geram variedades permi ndo que os estudantes tenham opções para seus dormitórios tendo um quadro composto por necessidades em forma de tamanho e custo, refle ndo a pretensão de cada um. Tendo opções de suítes, dormitórios individuais e cole vos, banheiro comunitário, apartamentos tradicionais individual e compar lhado. Podemos usar uma universidade que é famosa por seus núcleos de habitação residencial estudan l americano, a Harvard, que considera várias opções de dormitórios, e na quan dade de alunos por unidade e seus equipamentos de serviços que são fornecidos de acordo a tamanho, preço e gosto, visando a variedade de pologia habitacional.

Através de uma pesquisa realizada por Zancul (2007), foi constatado que alguns estudantes no início de sua graduação que vão para outras cidades estudar tem por preferência morar sozinhas até que com o passar dos tempos vá se criando um grupo de amigos e convivência e então decidem por morar com uma outra pessoa que ja conheça, seja em casas de estudantes, repúblicas, apartamentos e afins, permi ndo que o estudante tenha a possibilidade de criar vínculos e amizade, além de ter alguém com quem possa dividir os custos gerados. E então podemos citar a moradia estudan l que contém uma vasta gama de dormitórios de todos os pos, possibilitando ao estudante trocar de dormitório quando achar necessário, por exemplo: de um individual para um compar lhado, ou de um pequeno para uma suíte, e vice versa. Nos dias atuais a possibilidade de morar sozinho está em alta entre os assuntos mais comentados entre a juventude atual, sendo um tema a ser levado em reflexão para o mercado imobiliário época atual, e para os arquitetos de grandes habitações uma grande tendencia e assim saindo os famosos lo s de 30m², para quem deseja a liberdade de morar sozinho e num local acolhedor. Porém as moradias estudan s para universidades estão sendo recomendável que seu modelo deve ser de alojamentos não seja ofertado a venda, mas sim, um contrato de estadia e que o morador tenha a versa lidade de trocar de dormitório sempre que necessário.

Dormitorios: Oferecer varias pologias de apartamentos,e dormitorios, que vão do individual completo até o comparlhado e comunitario. Cozinha e banheiro: Para quem escolheu a opção mais simples, o morador u lizara cozinha e banheiro colabora vo. Aluguel? Não, contrato trimestral de estadia, podendo ser renovado. Figura 66 - variação de ambientes Fonte: Pack de blocos illustrator 2020


Tipos de áreas comuns:

A arquitetura elabora a concepção de estalagem por fatores de público alvo, e que não se resume somente a unidade individual como é padrão em edi cios mul familiar, então para a moradia estudan l é necessários um planejamento que componha o encontro social entre os moradores, prevendo os momentos em que esses encontros seriam a forma mais adequada a todos de maneira posi va, e conhecendo a maneira que esses público se relaciona conseguimos iden ficar e impulsionar e desincen var esses encontros socias em forma de ambientes, pois isso contribui para bem-estar dos moradores. Através do projeto podemos criar ambientes que sejam programados para criação de vida social e interação que são necessários para a vida estudan l, como no projeto da Moradia Estudan l / C.F. Møller, que as áreas de convivência potencializadas são próximas aos dormitórios, e quando são distantes promovem um uso mais con do. Mas, para chegar até esse desenho foi necessário um estudo de viabilidade como forma de prever a subu lização do mesmo, tornando necessárias as restrições de acesso e caminhos que são necessários para a chegada até tal local. Esses espaços estratégicos que são criados para es mular o convívio social, conhecidos como “pontos acidentais de convívio” não quer dizer exatamente de compar lhamento, mas sim de u lização comum de equipamentos, mobiliário e elementos ali alocados como aglomerações sociais, facilitando um prelúdio para uma conversa entre vizinhos.

- Acadêmias - Piscina - Cozinhas compar lhadas - Salas de convivio - Praças - Circulação - Praças de alimentação - Terraços - Varandas - Conexões entre edificios - Banheiros - Lavanderia comunitaria.

Figura 67 - Espaços Comuns Fonte: Pack de blocos illustrator 2020

Diante da pandemia notou-se a necessidade de “voltar pra casa”, dedicar mais tempo a funções que estavam perdidas, e até novas formas de estudar e trabalhar, o ensino a distância e o home office. Antes do contagio, a tendencia era de espaços cada vez menores e hoje as pessoas viram a necessidade de conforto, espaços de lazer, áreas verdes, hall de entrada como espaço de higienização, a u lização de comando de voz para acionar vários comandos nas casas. Com a chegada da pandemia as residências se tornaram um refúgio de segurança e a questão da higiene se tornou prioridade, passando a ser algo além de moradia, mas sim de proteção. Assim como na época da gripe espanhola, os modelos de construções, arquitetura e decoração passaram por transformações para que pudesse facilitar a salubridade, e assim as a vidades que exis am antes em uma residência mudaram. Após a chegada do isolamento as pessoas fazem a vidade numa academia, hoje fazem em casa. Filmes, o streaming que era mais para os fins de semana passou a ser coisa do dia a dia e diante disso as pessoas começaram a perceber que precisavam de locais apropriados em suas casas para a vidades como estudar e trabalhar e além de poder ficar isolado individualmente se necessário para não contaminar o restante das pessoas do mesmo ambiente e assim ressignificando o seu espaço residêncial. E diante de tudo isso algumas coisas vão mudar daqui pra frente que serão de necessidade para a saúde pública, como: Limpeza dos ambientes através da iluminação UV, portais de higienização nas entradas de estabelecimentos públicos, o distanciamento social e evitar grandes aglomerações, segundo Débora Barreto (2020)

Figura 68- Distanciamento Social Fonte: Pack de blocos illustrator 2020

Figura 69- Comportamento pós COVID Fonte: Pack de blocos illustrator 2020



Após a concepção de caracterização urbana ser definida, e o estabelecimento de diretrizes projetuais expostos diante das pesquisas, iniciou-se a a estruturação do conteúdo arquitetônico. A princípio foi necessário a es pulação de grandes blocos que significassem a dimensão similar do programa de necessidades de maneira generalizado. Como:

Todas as áreas pré-estabelecidas tem como finalidade orientar quais são as maiores necessidades a serem pensadas na concepção do projeto arquitetônico, visando as carências de cada po de estudante e também de quem pode passar próximo da edificação e que tenha o direito de usufruir de maneira ampla ao que o mul funcional pode oferecer para cada público. Após isso, começa a ser necessário colocar em medidas reais e trabalhar com áreas mais precisas, colocando tudo de acordo ao que deverá ser de fato e criar o programa ideal, que atenda a todas as normas de zoneamento, legislação e de acordo aos critérios dos bombeiros.

MORADIA: Unidades de dormitórios, suítes, apartamentos individuais e duplos. COWORKING Áreas de interesse social, cozinhas colabora vas e salas de aluguel. PRAÇAS: Locais que tem permeabilidade, contato com a natureza e ar livre. FACHADA ATIVA: Lojas que dão o seguimento e con nuidade ao uso do solo do local inserido. ÁREA COMUM: Salas de jogos e atra vos para os moradores. CULTURAL: Ligação com o teatro Zaccaro e con nuidade as suas a vidades. ADMINISTRAÇÃO: Setor de gerenciamento do edificio. Podendo constatar que cada bloco possui suas caracterís cas, demanda e diferentes a vidades, sendo eles que originaram os componentes do edi cio e aos ambientes, dividindo assim as áreas por setores facilitando a quan dade e as possíveis conexões entre espaços. Mais adiante será mais detalhado os pos de a vidades em cada seção.

Figura 71- Diagrama de comportamente de divisão de areas Fonte: Pack de blocos illustrator 2020

Figura 70- Divisão de Áreas - terreno Fonte: Autoria própria 2020


Figura 73- Iden ficação de Áreas Totais Fonte: Autoria propria, 2020.

Quando se trata de definir a espacialidade das a vidades (subsetores) e seus ambientes que tem a necessidade de uma metragem quadrada mínima, foi analisado de acordo aos índices urbanís cos da Zona em que está localizado o lote - ZEU (Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana), que contém uma capacidade resiliente para os meios constru vos de Coeficiente de Aproveitamento Máximo de 4 e uma Taxa de Ocupação de até 0,85 (85%). Foi iden ficado junto aos meios legais pelos sites da prefeitura de São Paulo os índices nas Tabelas 3 e 4 para os valores de Coeficiente de aproveitamento permi dos e já calculados para a área de intervenção escolhida para a elaboração do presente trabalho, e na Tabela 5 contém os dados de coeficiente proposto para dar início ao projeto, servindo como base e com isso estruturando a melhor distribuição de ambientes. E por es pular uma área inicial foi necessário fazer a distribuição dela de maneira adequada a cada setor em suas funções principais. Cada um recebeu uma quan dade de metragem quadrada visando suas necessidades a serem atendidas que foi baseada em estudos preliminares, e referencias projetuais. Para melhor entendimento desta distribuição, foi necessário um diagrama com as principais divisões, somando ainda com a área de 25% que corresponde a circulações e sanitários na Figura 72.

1.259,52m²

2350m²

1.330m²

1700m²

5080m²

Tabela 2- Dimensões de área para intervenção Fonte: GeoSampa, 2020.

Tabela 3 - Taxa de Ocupação para a área escolhida Fonte: Prefeitura de São Paulo, 2020.

2072m²

700m²

2285m² Tabela 4 - Coeficiente de Aproveitamento para a área escolhida Fonte: Prefeitura de São Paulo, 2020.

Figura 72- Áreas Iniciais Fonte: Pack de blocos illustrator 2020

Tabela 3 - Índices Urbanís cos e áreas iniciais Fonte: Autoria propria, 2020.


Figura 74- Conceito de Massa Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 75- Demarcação do lote Fonte: Autoria propria, 2020

Para dar início ao plano de massas da edificação foi necessário fazer um esquema de implantação, contendo em seu conceito três planos: A conexão da edificação, proporcionando a fruição de pessoas, não contendo barreiras para que possa ter uma passagem de caminhos. A escala, que seria as alturas e como se comportariam diante da distribuição de áreas em blocos. E após isso o comportamento de tudo isso no seu entorno, como mostrado na figura 74.

Após a definição de conceitos de acordo aos cinco pontos ditos no início desse trabalho que são: Comunidades, sustentabilidade, conec vidade, con nuidade e atualidade, foram necessários alguns estudos de volumes para dar “forma” a este conceito em forma de projeto. Considerando principalmente a sua locação, o projeto respeitou todos os parâmetros e incen vou em outros, como por exemplo o teatro Zaccaro, um elemento tombado e que teve grande papel na história do bairro, e o futuro mul funcional está previsto para ser ao lado desse grande marco no Bixiga. O lote possui um perímetro de 257,5m², que pode ser usado um coeficiente de aproveitamento de 4, porem, sem esquecer os conceitos iniciais e respeitando a sua localidade. Lembrando que a Rua 13 de Maio tem um perfil mais baixo, residencial com comercio na frente ou na parte de baixo na casa, e que assim segue na Rua Conselheiro Carrão. Entretanto, na Rua Rui Barbosa o perfil ja é outro completamente visando a ver calização. Foi iden ficado que o terreno está na cota 784, tendo algumas variações mínimas entre 783,50 e 783. Então foi decidido que o lote seguiria a cota de 784 tendo o alinhamento com a Rua principal que é a 13 de maio e a Conselheiro Carrão. Após essas definições foi necessário a busca por uma malha de modulação para dar início ao volume do projeto em questão. E foi decidido pela modulação mais usada na construção civil que é de 1,25m x 1,25m, sendo assim foi criado um GRID na demarcação do lote nessas dimensões para nortear a inicialização do volume.


Figura 76- Volume inicial Fonte: Autoria propria, 2020

Na iniciação do volume foram usados o GRID da modulação de 1,25 e o perímetro escolhido, de acordo a figura 75. Após isso o volume foi elevado até a altura do teatro Zaccaro para seguir o seu alinhamento e dar con nuidade ao seu tecido urbano de acordo a fachada principal que é a fachada 13 de Maio. Então, foi necessário estudar quais seriam os melhores meios de conexões diante ao urbano e as supostas intervenções vizinhas, os critérios usados para tais conexões foram: a transparência na fruição de pessoas entre os lotes e ruas que o ligavam, sem impedir a transição entre esses elementos, proporcionando a con nuidade e conec vidade entre os projetos, sem a imposição de muros ou barreiras, cria - se um ambiente limpo e agradável a população, aonde o pedestre pode entrar por um lote de uma determinada rua e assim sair em outra sem precisar dar meia volta por conta de um muro de separação de loteamento, um plano urbano bastante usado na Europa e que se torna bem visto por grandes urbanistas. E assim criando vazios de maneira que conseguimos iden ficar as áreas que serão as permeáveis e as construídas. Através dessas conexões que começam os primeiros traçados da volumetria norteadora do projeto, que com esse embasamento o plano térreo fica com um aspecto pré-definido e tendo que estudar os outros métodos de conceitos a serem implantados no projeto de maneira a ser concebido de acordo a estudos pensados exatamente para o seu local de implantação.

Antes de iniciar o levantamento de volumetria do respec vo projeto foram necessárias pesquisas sobre coeficiente de aproveitamento de um empreendimento de tal porte e que pudesse atender o público alvo previsto e também as necessidades que o masterplan necessitava para ser totalmente eficaz não somente ao seu público de interesse, mas a toda a população como um todo e assim sendo um edi cio totalmente indispensável para tal localidade.

A decisão das conexões foram tomadas baseadas nas intervenções vizinhas, e que assim pudessem ter uma interligação mesmo que de modo indireto, porém, que a arquitetura induzisse ao pedestre essa seção de conexão sem que fossem ligações sicas.

Figura 77- Conexões Fonte: Autoria propria, 2020


Depois de definido as conexões e fruições do loteamento, começou o estudo de volume de acordo ao plano de necessidades, no volume inicial da figura 76 foi iden ficado que o primeiro volume seguiu o limite de altura o teatro Zaccaro, respeitando o seu entorno e fazendo a sua amarração com ele, e agora na figura 78, podemos constatar que isso foi de estrema importância para seu volume na fachada das ruas Conselheiro Carrão e 13 de Maio, além de conectar o prédio como um todo. Já na rua Rui Barbosa foi seguido o seu contexto de ver calização e a orientação de zoneamento que permite um Coeficiente de aproveitamento de 4.

Figura 78- Escala Urbana Fonte: Autoria propria, 2020

Na parte da 13 de Maio pode se iden ficar na figura 78, que foi necessário rebaixar o volume dos primeiros 5m do terreno para dar con nuidade a fachada baixa da rua, para não “agredir” seu contexto urbano e dando leveza a visão do pedestre, mostrando que o urbano é fundamental na concepção do projeto.

Figura 79- Destribuição de áreas Fonte: Autoria propria, 2020

Todas as áreas pré-estabelecidas tem como finalidade orientar quais são as maiores necessidades a serem pensadas na concepção do projeto arquitetônico, visando as carências de cada po de estudante e também de quem pode passar próximo da edificação e que tenha o direito de usufruir de maneira ampla ao que o mul funcional pode oferecer para cada público. Após isso, começa a ser necessário colocar em medidas reais e trabalhar com áreas mais precisas, colocando tudo de acordo ao que deverá ser de fato e criar o programa ideal, que atenda a todas as normas de zoneamento, legislação e de acordo aos critérios dos bombeiros. Após a definição de a vidades e áreas pré-definidas, foi iniciado a disposição da espacialidade da proposta, e o modelo u lizado tem como a base da somatória e a divisão das áreas em blocos para conseguir colocar em pra ca e em dimensões reais o que foi proposto e pensado inicialmente para cada setorização. Sendo assim, na figura 79 foi colocado em pra ca a divisão de áreas em medidas reais no conceito de plano de massas que foi indicado na figura 72. Foi feito a divisão dos setores por cor, e assim facilitando o entendimento do mesmo. Inicialmente na figura 79, foi feito um diagrama para iden ficar o comportamento da espacialidade na necessidade de áreas que seriam fundamentais para o projeto do mul funcional, e através dele foi concebido a implantação de áreas no plano de massa inicial. A maior prioridade do mul funcional é de moradias, pois é o foco eminente do projeto aqui proposto, porém, não deve ser somente isso. Como explicado anteriormente é necessário remeter a lembrança de uma residência ao morador que irá habitar no mul funcional, dando a ele conforto ao implantar áreas de lazer e uso comum. Além da necessidade de administração, circulações e a fachada a va para dar a con nuidade da sua localização.


Logo depois de decidir a escala urbana e a divisão de áreas de acordo ao volume definido, foram feitas aberturas em toda a massa que serviriam como pequenos jardins ver cais no meio urbano. Como podemos iden ficar na figura 82, o prédio está com as fachadas principais voltadas para as maiores incidências solares, tendo insolação nessas faces por longos períodos e assim formando grandes ilhas de calor, então foi pensado na vegetação como brise natural para a edificação, além de atender o conceito inicial de sustentabilidade, a vegetação que será criada terá como finalidade a baixa na temperatura dessas faces que sem isso seriam elevadas por estarem expostas com frequência a incidência solar. A vegetação também serve como um purificador do ar, bloqueando a entrada de poeiras e outros resíduos que vem com o vento, como foi falado acima ela ajuda na clima zação natural do ambiente e trazendo umidade e podendo servir como uma barreira acús ca natural contra ruídos e melhorando a poluição sonora em seu ambiente. A vegetação é um grande es mulante a cria vidade, e sendo aloca numa moradia estudan l, assim, melhorando a qualidade de vida dos estudantes, transformando o espaço das varandas em um ambiente completamente convida vo e aconchegante, resgatando assim a convivência do ser humano com a natureza.

Para aproveitar a alta incidência solar foram feitas aberturas de claraboias que possibilitam entrada de iluminação natural em todos os blocos, uma claraboia no teto do bloco do habitacional e uma claraboia com o mesmo conceito da escada helicoidal no bloco central da 13 de Maio, conforme a figura 82.

Figura 80 - Cheios e vazios Fonte: Autoria propria, 2020

Essas áreas verdes vão ter como finalidade além de criar um melhor conforto térmico, vai possibilitar ambientes de convívio social e lazer entre os moradores e frequentadores do mul funcional. Os prédio será um marco em cada estação do ano e sendo totalmente reconhecido no bairro. Figura 81 - Vegetação como bloqueio de CO Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 82 - Insolação Fonte: Autoria propria, 2020


A velocidade horaria média dos ventos em São Paulo passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano. A Época de mais ventos no ano dura 4,5 meses, de 20 de agosto a 29 de dezembro, com velocidade média dos ventos acima de 12,3 km por hora, segundo o weathers park.

Figura 83- Ven lação natural Fonte: Autoria propria, 2020

As circulações definidas no plano de massas da edificação podem ser iden ficadas de acordo a figura 84, mostrando em vermelho as circulações ver cais e horizontais de pedestre, e a entrada e saída de para o subsolo localizada na Rua 13 de Maio.

Figura 84 - Acessos e circulações Fonte: Autoria propria, 2020

A ven lação também foi um fator crucial para o volume do projeto final, a sua posição mais alongada na direção dos ventos predominantes proporcionada uma ven lação natural permanente em toda a edificação, norteando os locais que deverão ter aberturas para possibilitar essa entrada de ar fresco e criar uma ven lação cruzada. O maior edi cio deverá conter aberturas de influência que possam ser necessários para o edi cio mais baixo. os acessos que foram criados de maneira a possibilitar um fácil deslocamento pelo lote e pela edificação, dando a possibilidade de entrar por um local e sair por outro com facilidade. Assim como o loteamento tem várias conexões essa ideia foi transpassada para o interior da edificação e assim dando con nuidade ao seu par do inicial de fruição con nua. As pessoas poderão entrar pela Rua 13 de maio, subir até o quarto andar, caminhar entre os blocos que estão localizados na Rua Conselheiro Carrão ou Rui Barbosa e sair por esses acessos com total liberdade. Porém só conterá restrição nos acessos ao conjunto habitacional que é apenas para moradores e convidados. Esses acessos são compostos por 8 caixas de circulação, sendo algumas deslocadas para fora da edificação e se tornando uma caracterís ca arquitetônica, que são: 4 escadas externas abertas, duas caixas de elevador com caixa de escada de incêndio e pressurização e conjunto de elevadores, e uma escada helicoidal que é o principal marco arquitetônico.


O conceito de maior peso na iniciação desse projeto foi a sustentabilidade e para isso foi decidido que a sua estrutura poderia ser totalmente reaproveitável e de fácil montagem, então foi definido uma estrutura totalmente modular desde os seus eixos até a sua concepção estrutural que é metálica e lajes alveolares que são pré-moldados e sem resíduos na hora da sua construção e se for o caso, na hora da sua demolição sendo peças totalmente reaproveitáveis. Por conta da sua modulação foi possível criar peças de tamanho iguais em vários locais, tanto nas lajes quanto nos pilas e vigas. Foi u lizado perfis metálicos em H para os pilares, vigas em perfil i com perfurações para proporcionar a passagem de ven lação pela estrutura e também para a passagem de equipamentos hidráulicos e elétricos. Tirantes em áreas de balanço para que pudesse ser feito a sua sustentação. A viga vagão na passagem de conexão entre o edi cio principal da Rua Rui Barbosa e a Rua 13 de Maio. Um núcleo de sha s no bloco entre a 13 de Maio e a Conselheiro Carrão para atender a modulação e ficar todas as aberturas da 13 de Maio com 5m. Escadas de emergência e blocos de elevadores como núcleos rígidos, e sha s no bloco habitacional que tem inicio e fim em blocos de setor técnicos. Na figura 84 pode se iden ficar a claraboia feita no teto do bloco central da 13 de Maio em estrutura metálica redonda e com uma viga calandrada que possibilita essa forma arredondada na abertura da sua laje. Já na figura 87 tem uma claraboia linear que possibilita a entrada de iluminação natural para todos os pavimentos habitacionais. Ambas têm um deslocamento para que possa ter saída de ar quente.

Perfis metálicos

Viga vagão

Figura 86 - Claraboia central 13 de Maio Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 85 - Eixos de estrutura Fonte: Autoria propria, 2020 Figura 87- Claraboia bloco habitacional Fonte: Autoria propria, 2020

PISO ELEVADO

LAJE ALVEOLAR VIGA I

PILAR PERFIL H Figura 88- Ampliação estrutura - laje, pilar e viga. Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 89- visão 3D das aberturas do embasamento Fonte: Autoria propria, 2020


CALHA

MONTANTE

PLACA PERFURADA

Figura 90 - estrutura explodida da fachada Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 91 - Estrutura de placa metalica Fonte: Autoria propria, 2020 BRISE

Na figura 90 pode se iden ficar a estrutura de placa metálica perfurada que foi usada na fachada do embasamento e nas áreas abertas do bloco habitacional, como a estrutura a fachada também é pré-moldada possibilitando uma fácil montagem e facilidade na hora da sua construção. Essa estrutura é composta por uma calha, o montante e as chapas perfuradas padronizadas. Na figura 91 pode se iden ficar como ele é montada. Na figura 92, é o fechamento das fachadas norte e oeste que possui uma grande incidência solar com brise fixo que possibilita a saída de ven lação e barrando a entrada de radiação.

GUARNIÇÃO

VIDRO

Figura 92 - Fechamentos para fachada norte e oeste Fonte: Autoria propria, 2020

O painel perfurado para arquitetura permite a proteção das fachadas contra a incidência solar direta e proporciona a ven lação da envoltória, por isso é u lizado como elemento de reves mento de fachadas com a função de controlar a temperatura interna das edificações de modo a atender requisitos de conforto ambiental. O painel perfurado para arquitetura permite ainda a permeabilidade visual através de suas perfurações, ao passo que protege a privacidade dos ambientes internos, de forma a criar uma segunda pele – ou uma membrana permeável – em edificações marcadas por uma solução de vanguarda e atentas às questões de conforto térmico e lumínico. O painel perfurado para arquitetura é produzido em diferentes materiais, dimensões e com padrões diversos de perfurações, de forma a atender os mais diferentes requisitos de projeto. O produto é oferecido em estrutura com cantoneira ou sem cantoneira, e fabricado em alumínio, aluzinc ou aço inox. A instalação dos painéis em chapa perfurada u lizados como reves mento é realizada com o uso de uma estrutura metálica auxiliar, fixada diretamente na estrutura do edi cio, que permite parafusar os painéis de forma simples e econômica. A instalação do painel pode ser feita tanto na ver cal quanto na horizontal, a depender do efeito esté co desejado. Uma vez instalados dentro dos parâmetros técnicos recomendados, os painéis perfurados para arquitetura não necessitam de manutenção. O Painel metálico perfurado foi escolhido também pelo fato de dar con nuidade a estrutura metálica da edificação e também pela pra cidade e economia de tempo por ser uma modulação padronizada de acordo ao modulo definido.


Dando con nuidade as diretrizes iniciais, a sustentabilidade é um fator crucial na elaboração desse projeto e a energia renovável não poderia faltar, a energia solar fotovoltaica é uma energia de fonte renovável e constante, não traz danos ao meio ambiente pois não depende de uma grande área de instalação. Seus resíduos são eliminados para que evitem a poluição ambiental, evitando também o desmatamento e outros impactos nega vos ao meio ambiente, a importância da energia solar é por ser gerada sem emi r gases responsáveis pelo efeito estufa, sendo uma energia alterna va, limpa e renovável. Neste sen do, é fundamental que a população incen ve a u lização dessa tecnologia a fim de melhorar sua relação com a natureza, favorecendo populações não abastecidas pela energia elétrica convencional. De modo estratégico foi definido que as placas solares ficariam no local mais alto da edificação, que é na cobertura do pavimento habitacional, tendo capitação solar durante o dia inteiro. As estações de conservação de energia solar estão localizadas nos pavimentos técnicos do bloco habitacional e no subsolo que funcionara de acordo a figura 95.

LOCALIZAÇÃO DAS PLACAS

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

Figura 93 - Placas fotovoltaicas no projeto Fonte: Autoria propria, 2020

As placas fotovoltaicas Canadian Solar, modelo CS6P 250P, possuem 60 células de policristalino, com super cie autolimpante, e 330 Wa s de potência cada. Sua eficiência aproxima-se de 15,54%, com bom desempenho mesmo sob baixos índices de radiação.

Figura 95 - Estações de conservação de energia solar Fonte: Autoria propria, 2020

Dimensões painel: 1960 X 992 X 35 mm

O sistema de conversão, posicionado no subsolo, conta com inversor (corrente con nua corrente alternada), controlador de cargas e baterias. Após a inversão das corretes, a energia poderá ser u lizada nos equipamentos e geradores. Figura 94 - Sistema de conservação de energia solar Fonte: h p://www.pontualsc.com.br/solucoes-det/ energia-solar-fotovoltaica Figura 96- Placa fotovoltaica Fonte: h p://www.pontualsc.com.br/solucoes-det/ energia-solar-fotovoltaica


Figura 97- Estação de tratamento de agua pluvial Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 98- Estação de tratamento de agua pluvial Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 99- Exemplo de captação de agua da chuva Fonte: h ps://www.metax.com.br/sistemas-de-captacao-de-agua-em-construcoes-sustentaveis/

Figura 100- Exemplo de tratamento de aguas cinzas Fonte: h ps://www.universidadetrisul.com.br/sustentabilidade/reuso-de-aguas-cinzas-e-solucao-sustentavel-em-edificios

Os sistemas de captação de água atuam de forma a aumentar a eficiência hídrica de empreendimentos residenciais ou prediais, industriais e comerciais/corpora vos. Durante a instalação de seus principais modelos, são necessários dois itens essenciais para o bom funcionamento do processo: os filtros para limpeza da água de chuva oriunda dos telhados e uma cisterna para seu armazenamento. Os primeiros, inclusive, também direcionam a quan a certa do recurso para a cisterna, enquanto o excedente é enviado para a galeria pluvial. O chamado conjunto flutuante é outro elemento dos sistemas de captação de água; serve para captar a água presente abaixo da lâmina da cisterna e evita a absorção de materiais decantados. Já o “sifão ladrão” impede o transbordamento de água da cisterna e o freio d’água reduz a velocidade de entrada da água na cisterna, além de evitar o revolvimento das par culas decantadas no reservatório. Por fim, o realimentado é responsável por abastecer automa camente a cisterna ou o reservatório de reuso com água da rua quando a chuva é escassa, exemplo na figura 99. Água cinza é toda água residual domés ca, ou seja, não industrial proveniente de chuveiros, torneiras de banheiros e máquinas de lavar. São efluentes líquidos gerados de edificações residenciais e comerciais que podem ser reu lizadas para fins não potáveis, mostrado de acordo a figura 100. A estação de tratamento para águas pluviais, localizada no subsolo, conta com filtro de areia e bomba dosadora de cloro. A água tratada será u lizada, sobretudo, para irrigação das vegetações e limpeza das praças, pisos e mobiliários externos.


O intuito da implantação de um mul funcional estudan l no bairro do Bixiga não é somente atender os estudantes e professores das ins tuições de ensino do bairro que são criados no masterplan proposto, mas também em dar suporte aos alunos das faculdades próximas como podemos observar na figura 102. Entretanto a maior finalidade do mul funcional é fornecer conforto acessibilidade e mobilidade ao morador, dando a ele um ambiente com uma diversidade de possibilidades num só edi cio, contendo de tudo um pouco sem a necessidade de se locomover para outro bairro ou até mesmo cidade, transformando o seu local de implantação numa centralidade. De acordo com todas as informações apresentadas até o presente momento foi decidido que: a parte térrea seria des nado ao setor comercial, dando con nuidade ao contexto urbano existente, proporcionando locais de alugueis para restaurantes, cafés ou lanchonetes de acordo a figura 103. Subindo seu pavimento foi planejado uma ala de coworking gastronômico promovendo a culinária já existente do Bixiga e ajudando a dar mais ênfase a esse setor, criando salas de aula, cozinhas compar lhadas, e possibilitando a oportunidade de aluguei de um box no térreo para a a propaganda de sua gastronomia efetuada no bloco de coworking do mul funcional, mostrado na figura 104. Também foi vista a necessidade de dar con nuidade as a vidades do teatro Zaccaro, promovendo alas de exposições e workishops, figura 105. O foco principal do mul funcional é o habitacional e foi vista a necessidade da criação de várias pologias de habitação de acordo a renda e necessidade de cada morador, então o habitacional foi dividido em 4 blocos, o primeiro são apartamentos individuais de 30m², o segundo bloco é para apartamentos compar lhados de 2 dormitórios de 70m², o terceiro bloco é o individual simples de 17m², o quarto bloco é familiar sendo ele duplex com capacidade de 2 dormitórios e uma suíte, figura 106. Entre esses blocos habitacionais existe um pavimento técnico contendo cozinha comunitária, lavanderia e pet place para os cuidados do seu pet, pois hoje os animais também devem ser pensados como um possível moradores, figura 107.

Figura 101- Plano de massas no meio urbano Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 102- Faculdades proximas ao Bixiga Fonte: google maps

Figura 103- Comercial Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 104- Coworkin Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 105- Cultural Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 108- Área comum Fonte: Autoria propria, 2020 Figura 106- Habitacional Fonte: Autoria propria, 2020

Figura 107- Pisos tecnicos Fonte: Autoria propria, 2020


O quadro de áreas foi elaborado de acordo a estudos de casos usados como embasamento, e também nas necessidades que surgiram de acordo aos projetos próximos que foram implantados, diante disto viu a necessidade dessa criação de áreas que compõe o edi cio do mul funcional estudan l. Como dito anterior mente, o volume foi dividido em blocos e a par r desses blocos foram criados os planos de necessidades para a edificação, de acordo a tabela 02. A par r de agora será possível iden ficar essas áreas no projeto em espacialidade real, projetadas de acordo ao quadro de áreas em forma de proposta de espaços, compondo o mul funcional. Essas áreas poderam ser iden ficadas no projeto em forma de plantas e cortes para uma melhor visualização da proposta concebida ao longo do ano.

Tabela 02- Quadro de areas Fonte: autoria propria 2020.












































































fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

imagem da fachada. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

O edi cio é situado ao longo de uma encosta, ele fornece acomodação para os estudantes do campus da universidade de Bilkent, no oeste de Ancara. Seu projeto foi feito adjacente a outro edi cio residencial que já era existente o que levou o projeto a criar uma configuração em L, criando assim um pa o entre as duas estruturas. A mais longa das duas alas do novo prédio fica adjacente e o mais longe possível do dormitório existente, permi ndo que luz solar suficiente alcance o pá o. O edi cio busca um conforto por meios passivos, u lizando amplo isolamento, mi gação de pontes térmicas, medidas de estanqueidade aprimoradas, vidros triplos e ven lação de recuperação de energia. Cada fachada é projetada para o mizar sua orientação solar específica. Uma profundidade de quase um metro nas fachadas leste e oeste fornece sombreamento interno, e os disposi vos de sombreamento externos protegem uma parede de cor na voltada para o sul. Todos os espaços contam com ven lação natural e refrigeração passiva.

Analise Cri ca O edi cio da Moradia Estudan l da Universidade de Bilkent / FXCollabora ve tem uma espacialidade muito ins tucional e remete a lembrança de um local de estudos e não de moradia, com corredores estreitos e largos não proporcionando ao morador uma sensação para um local de morada e familiar. Porém, sua localização é bem importante, pois fica bem próximo ao seu campus principal de atendimento, fazendo com que oa alunos se desloquem com facilidade e transformando esse edi cio num marco também a sua localidade.

Planta pavimento po. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020 Planta situação. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020


Diagrama de incersão. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020


fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

Maquete eletronica da fachada. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

O projeto da nova moradia estudan l para a Universidade do Sul da Dinamarca, em Odense, é baseado em um forte espírito de comunidade. As 250 residências de estudantes estão localizadas em três edi cios interligados de 15 pavimentos. Isto significa que a residência não tem frente ou fundos, mas parece atraente de uma perspec va de 360 graus. A forma dis n va do edi cio irá torná-lo facilmente reconhecível no campus, e claramente anuncia seu conteúdo residencial diferenciado. O projeto cons tui uma ligação entre o campus universitário linear de 1966 e o novo Cortex Park, um Parque de Pesquisa e Conhecimento projetado por C. F. Møller em 2009 como um aglomerado urbano mais irregular e denso. A estrutura clara da universidade é também uma inspiração para a moradia estudan l: com seu layout centrado em espaços comuns em todos os pavimentos, o novo edi cio reinterpreta o campus existente da universidade, administrável, de escala humana e configurado em torno de ambientes comuns - uma espécie de campus ver cal.

Analise Cri ca

O edi cio da Moradia Estudan l Moradia Estudan l / C.F. Møller, é bem interessante pois buscou iden ficar o sen mento dos moradores de ter em sua moradia ins tucional a sensação de casa. A sua circulação central possibilita uma convivência e criação de espaços comuns entre os moradores a cada pavimento, rando a sensação de ins tuição educacional com corredores longos e estreitos e apartamento de porta com porta rando assim a privacidade. Além de proporcionar uma visão 360 de toda a sua localização e a ven lação cruzada e sua total iluminação natural.

Planta pavimento po. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020


As áreas comuns não estão presentes apenas nos andares residenciais: o Campus Hall também dispõe de um café no piso térreo, bem como salas para grupos, áreas de estudo e espaços de festa nos pisos superiores, com terraços em vários níveis desfrutando de uma vista magnífica da cidade e da universidade. As áreas comuns são cuidadosamente classificadas como pequenas e ín mas a salas maiores para grandes ocasiões, para estabelecer um equilíbrio entre o cole vo e a necessidade de privacidade. O Campus Hall é uma construção de baixa energia feita a par r de materiais de qualidade que atendem aos rigorosos códigos dinamarqueses para o plano de 2020 e dá prioridade ao transporte público e ao ciclismo - é fornecida uma bicicleta para cada morador. O conceito geral de energia do edi cio é baseado na o mização dos parâmetros de design passivo, como forma, orientação, adaptação às condições climá cas, iluminação natural, pé-direito e massa térmica estrutural, bem como um envelope altamente isolado e hermé co, uso de ven lação natural cruzada e extensiva recuperação de calor a par r do ar de exaustão, águas residuais e chuveiros.

Planta pavimento terreo. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

Diagrama de incersão. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

imagem de área comum. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

Diagrama de incersão. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020


fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

imagem da fachada. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

A moradia está localizada no bairro Friedrichshain, em meio a uma área residencial e comercial, com prédios de apartamentos picos de Berlim. Também faz fronteira com o conjunto de edi cios projetado pelo arquiteto Hermann Henselmann, ao longo da rua Karl-Marx-Allee / Frankfurter Allee. O conjunto de apartamentos para estudantes e micro apartamentos compreende um total de 567 unidades, com 485 apartamentos para estudantes e 82 micro apartamentos, agrupados em torno de um pá o. A parte frontal do edi cio recebeu uma estrutura escalonada. O lobby espaçoso serve como uma atração central e convida a permanecer. A área de entrada inclui outras áreas acessíveis ao público, como áreas para seminários e eventos, áreas de lavanderia e loja, estúdio fitness e restaurante. Além disso, o uso dos terraços é man do aberto para pequenas áreas de estar e instalações de restauro. O pá o interno foi projetado como um oásis verde mul funcional. Existem extensas áreas verdes para relaxar, espaços comunitários, ilhas com lugares de estar e estacionamento para bicicletas.

Analise Cri ca Em termos de contexto urbano o edi cio esta atendendo todos os pedidos de uma o ma localidade e espacialidade, a conexão com o entorno e sua con nuidade no tecido urbano em relação ao seu coeficiente de aproveitamento estão em perfeita harmonia. Porém no quesito de habitabilidade os corredores largos e estreitos rementem a ins tucionalidade e esquecem a sensação de ler para o estudante que nele reside. Suas alas de convivi-o comum são localizadas muitas vezes fora do âmbito do habitacional, fazendo com que o morador tenha que andar metros para poder receber alguém sem rar a privacidade de quem mora com ele no mesmo apartamento. Entretanto o conceito de ambiente rus co e industrial remete a jovialidade dos ambientes trazendo um conforto.

imagem do dormitorio. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

imagem da claraboia para iluminação natural fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020


imagem da área comum. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

Planta pavimento TIPO. fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020

imagem do dormitorio fonte: archdaily.com.br - acesso dia 15 de outubro de 2020



A experiência projetual para o bairro do Bixiga teve uma visão posi va, principalmente por conseguir ampliar e melhorar seus usos e caracterís cas, em todos os seus aspectos. Desde os temas abordados, aos conceitos e métodos u lizados, correspondem a essência da sua história iniciada lá em 1820, fortemente voltada para cultura e boemia. Pensar em espaços culturais e remetentes a história onde as possibilidades e ar culações são inúmeras, a primeira vista, pode gerar incertezas, porém uma nova interpretação do como fazer acontecer a cultura local em relação as comidas picas, o teatro e o samba. As a vidades e os eventos impulsionam as interações entre as pessoas e os espaços, que na verdade, configuram o objeto central da proposta, a conexão e conec vidade dos edi cios com o urbano e uns com os outros desempenhando o papel de história vivida para as pessoas que podem frequentar o local. A maior intensão do projeto urbano e seus projetos individuais é criar fragmentos que se encaixem e se conectem de maneira geral, onde um supre a necessidade do outro e criando um bairro completo e planejado com os mínimos detalhes. A proposta do masterplan e seus projetos em pequena escala buscam demonstrar que a arquitetura tem como finalidade buscar os interesses dos seus usuários e de possíveis visitantes além de resolver os problemas, tanta promover melhoria.



Sao Paulo, 15 de Dezembro de 2020. Olá para quem está lendo, provavelmente você seja algum estudante buscando informações ou um trabalho para se inspirar no seu final de graduação. Bom, quero primeiramente te desejar boa sorte e te encorajar a ir até o final. Tenha certeza, valerá a pena. Sei que todos esses anos de faculdades não foram fáceis, assim como não foram pra mim. Você não está só! Mas, existe um caminho de oportunidades pela frente me esperando agora e também terá pra você. Se você for algum aluno do Profº Roberto Yokota, te dou uma dica, ele não é fácil de se lidar no início. Mas, se você es ver disposto a se entregar, se jogar de cabeça nesse projeto, tenha certeza que verá um resultado extraordinário no final. Porém você tem que se permi r abrir a mente e se reinventar como arquiteto (a), e ele é o melhor mentor para isso. Ele gosta de dar alfinetadas, então desconte essas alfinetadas no projeto e “jogue” com ele no fim, deixei uma brincadeira no qual ele entenda que as suas alfinetadas surgiram efeito, foi assim que fiz com ele. Se divirta acima de tudo. E tenho certeza, ele marcou a minha vida, e acredito eu que ele também não me esquecerá, como a aluna revoltada e perseguida (risos). Enfim, quero te dizer que a arquitetura é muito mais do que tudo o que foi ensinado nesses anos todos de graduação, ela irá te mover a acreditar em coisas maiores e pensar mais no conforto de todos, e no seu também. A arquitetura não deveria ser tratada como essa do sofrimento, ela deveria ser da com paixão e pura intensidade. Amo a minha profissão, amo o que faço e hoje eu aceito o tulo de urbanista com muito orgulho, pois, hoje eu entendo o seu mais belo significado. A vontade de desis r vai vir por muitas vezes, mas você chegou até aqui, já foi tão longe e está tão perto de concluir, esquece todas as vezes que se achou incompetente e acredite no seu potencial. Eu te digo tudo isso, pois, queria muito ter lido algo assim no início desse trabalho, me faria acreditar muito mais em mim. A arquitetura é pensar no cole vo, e creia, esse trabalho e essa carta é justamente para isso. Você vai conseguir, todo o seu esforço valerá a pena. Te desejo tudo o que existe de melhor nesse mundo, e se permita sen r arquitetura, se divirta e boa sorte! A sensação de dever cumprido é a melhor que existe.

Le cia Lima. Thalles Roberto Jesus pode escrever a sua história de novo Olha o que Ele fez comigo, ó! A chance de dar tudo errado era tudo o que eu nha em mim Mas olha o que Ele fez comigo No olhar eu carregava um pouco de morte E a minha festa tava tão vazia de sorriso E, quando eu pensei que o rio ia secar Olha o que Ele fez comigo (E vai fazer assim com a sua família hoje!) Um dia, já cansado, eu disse "Pai, não quero ser mais prisioneiro da maldade!" E Ele me chamou de filho Pedi perdão, me humilhei, chorei, como eu chorei (Deus sabe como eu chorei) E Ele foi fiel comigo Arrancou aquela tristeza que doía Me lavou com o seu sangue, perdoou A minha festa, agora, é cheia de sorrisos Olha o que ele fez comigo Vai fazer assim com a sua família hoje E Ele é meu melhor amigo Viver com meu Jesus é lindo, e Junte suas forças E clame a Deus Que Ele escuta o grito do seu fraco coração Eu não nha nada E, agora, tenho vida E uma história nova e linda Escrita pelo dedo de Deus



Sites: GOETTEMS, Franceschet Renata - Moradia Estudan l da UFSC: Estudo sobre as relações entre o ambiente e os moradores. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnologico. Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Florianópolis, BR SC, 2012. TRAMONTANO, Marcelo - Novos Modos de Vida Novos Espaços de Morar, São Carlos 1993. TRAMONTANO, Marcelo - Habitação Contemporânea Riscos Preliminares, São Carlos, 1993. FILKESTEIN, Cris ane Wainberg - Flexibilida Na Arquitetura Residencial: Um estudo sobre conceito e sua aplicação / Cris ane Wainberg - Fikestein; Orientação de Edson da Cunha Mahfuz - Porto Alegre - UFRGS , Faculdade de Arquitetura, 2009. COELHO, Araújo Roberto - Sistemas Constru vos integrado em Estrutura Metálica - Dissertação ( Pós - graduação ) Minas Gerais - 2003 CULLEN, GORDON. Paisagem Urbana. São Paulo: Mar ns Fontes, 1983.

h p s : / / w w w. a rc h d a i l y. c o m . b r / b r / 9 3 7 0 0 1 / m o ra d i a - e s t u d a n l-frankfurter-tor-gbp-architeken?ad_source=search&ad_medium=search_ result_all ( acesso em Maio, 2020) h p s : / / w w w. a rc h d a i l y. c o m . b r / b r / 9 4 2 0 5 4 / m o ra d i a - e s t u d a n l-vortex-durig-ag-plus-i en-plus-brechbuhl-ag?ad_source=search&ad_me dium=search_result_all ( acesso em Maio, 2020) h p s : / / w w w. a rc h d a i l y. c o m . b r / b r / 9 3 3 9 9 2 / m o ra d i a - e s t u d a n l-da-universidade-de-bilkent-fxcollabora ve?ad_source=search&ad_medi um=search_result_all ( acesso em Maio, 2020) h p s : / / w w w. a rc h d a i l y. c o m . b r / b r / 7 9 8 9 0 3 / m o ra d i a - e s t u d a n l-cf-moller?ad_source=search&ad_medium=search_result_all ( acesso em Maio, 2020) h ps://www.archdaily.com.br/br/01-127379/proposta-vencedora-para-edificio-de-uso-misto-em-paris-slash-soa-architectes?ad_source=se arch&ad_medium=search_result_all#send-valida on-email ( acesso em Junho, 2020) h ps://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ ( acesso em Fevereiro, 2020) h ps://uspdigital.usp/anuario/AnuarioControle; Acesso em Julho 2020. h ps://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/ ( acesso em Março de 2020). Construção Modular: www.futureng.pt (acesso em outubro de 2020).


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