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COMPLEXO DE USO MISTO EM SÃO CAETANO DO SUL CULTURA, LAZER, COMÉRCIO E SERVIÇO

LETÍCIA JULIANA PAZIAN



COMPLEXO DE USO MISTO EM SÃO CAETANO DO SUL CULTURA, LAZER, COMÉRCIO E SERVIÇO

LETÍCIA JULIANA PAZIAN TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO SÃO PAULO, JULHO 2014

ORIENTAÇÃO DE BRUNO ROBERTO PADOVANO



Agradecimentos Aos meus pais e irmã por estarem sempre presentes, me apoiando e amando incondicionalmente. Ao prof. Bruno Roberto Padovano pela orientação e ensinamentos que vou levar para vida toda, evidenciando o papel de compromisso que o arquiteto deve ter para com a cidade e sociedade através dos princípios da sustentabilidade. Aos demais membros da banca, prof. Carlos Leite de Souza e prof. João Carlos de Oliveira Cesar, que aceitaram o convite, cedendo parte do seu tempo para enriquecer esta banca. A todos os meus amigos e colegas com quem vivi grandes momentos nestes anos de faculdade e me ensinaram que a força de um trabalho em grupo é infinitamente superior do que a de um indivíduo. Obrigada a todos que de alguma forma contribuíram para a finalização desse processo no qual se conclui hoje para dar início a uma nova jornada.



Proposta Propor um espaço articulado entre os diferentes usos, público e privado, buscando a sustentabilidade através da valorização e qualificação dos espaços públicos.



SUMÁRIO

Introdução

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São Caetano do Sul - História e percepção visual

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São Caetano do Sul - Hoje

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Tipologias

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O que há na cidade...

18

Urbanismo Sustentável

20

Projeto

23

Terreno

24

Entorno

26

Diretrizes

29

Transformação Urbana

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Conceito e Sustentabilidade

34

Programa

36

Teatro

38

Cinema Livre

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Desenhos

42

Modelo

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Bibliografia

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INTRODUÇÃO

A cidade de São Caetano do Sul está completamente inserida na região metropolitana de São Paulo, apresenta o maior índice de desenvolvimento humano do país e possui cem por cento do seu território urbanizado. Não tendo mais para onde crescer, iniciou um intenso processo de verticalização nos ultimos anos, valorizando o espaço privado e o uso do automóvel. Os espaços parecem cada vez mais enclausurados e uma sensação de mal estar é crescente com a falta de “respiros” na cidade. É necessário, portanto, um planejamento urbano que crie soluções inovadoras.

O conceito do projeto prevê uma inter-relação dinâmica e mistura dos programas da forma mais flexível possível, onde a cidade é incorporada no projeto e vice-versa. O programa é constituído por um complexo de cultura, lazer, comércio e serviço.

O urbanismo sustentável repensa não só um modelo de desenvolvimento das cidades, mas também de uma vida urbana. Como ter qualidade de vida aliada ao crescimento das cidades e como superar a falta de mobilidade urbana. Buscou-se aplicar neste projeto, os seus principais conceitos de uso misto e a mobilidade urbana, propondo um espaço articulado entre os diferentes usos, público e privado, buscando a sustentabilidade através da valorização e qualificação dos espaços públicos. 9


SÃO CAETANO DO SUL - HISTÓRIA E PERCEPÇÃO VISUAL Para sintetizar uma imagem do espaço urbano de São Caetano do Sul e compreender a sua transformação, assim como suas carências e necessidades, o estudo histórico da cidade foi essencial para adquirir essa percepção visual e elencar os principais aspectos a serem inseridos no projeto proposto neste TFG.

“Ainda no século XVII, foi formada a Fazenda São Caetano, assim batizada pelos seus novos proprietários: os beneditinos, padres da ordem de São Bento. Esses padres receberam terras em doação (...). Os beneditinos mudaram-se para o Tijucussu trazendo alguns negros africanos escravizados para trabalhar na lavoura e na criação de animais da Fazenda.”

A vivência na cidade em questão também foi fundamental para adquirir uma interpretação individual, facilitando a leitura da mesma sob esse aspecto.

(RAMOS E SOUZA, 1992, p.13)

De acordo com MORO JUNIOR (1998), é possível separar a história de São Caetano do Sul em três momentos: 1º Início da ocupação - Influência beneditina; 2º Início das atividades industriais no século XIX; 3º Após anos 50 100% de ocupação urbana. Momento 1: Início da ocupação - Influência beneditina As primeiras manifestações de ocupação na região foi em meados do século XVI com a reprodução do princípio colonizador português, principalmente pelo fator físico do rio Tamanduateí que representava uma importante rota para São Paulo. São Caetano do Sul só passa a exercer um papel mais importante a partir da vinda dos beneditinos, isso porque eles trouxeram um pequeno número de escravos que passariam a constituir uma população trabalhadora local que gerariam uma economia para a cidade, a olaria.

Os beneditinos, que se caracterizavam pelo seu trabalho com a terra, aproveitaram a qualidade da mesma para iniciar a produção de telhas e tijolos que se transformara na principal atividade da cidade. Com a vinda dos italianos em São Caetano do Sul e a formação do Núcleo Colonial, muitas dificuldades foram encontradas para se produzir alimentos e construir suas casas. Uma delas se deve ao fato da dificuldade encontrada pelos italianos de abrir espaços nas matas para a construção de suas moradias. Outra dificuldade foi a infertilidade do solo que os impossibilitavam de transformar São Caetano em uma terra de predominância agrária. Por último, a falta de assistência do governo em auxiliá-los. “A primeira dificuldade dos alegres vênetos foi construir suas casas: inicialmente acomodados nas antigas construções da Fazenda São Caetano, eles precisaram abrir espaços nas matas. Sem a ajuda do governo, sem muitos recursos, a terra fértil não fornecia muitos frutos.” (RAMOS E SOUZA, 1992, p.14)

LOCALIZAÇÃO DE SÃO CAETANO DO SUL NA ÁREA METROPOLITANA DE SÃO PAULO produzido por aluna Imagem do Google Earth, 2013

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Como alternativa, tentou-se a cultura da uva para a produção do vinho, hábito trazido da terra natal, porém, esta cultura não foi o suficiente para resolver o problema dos colonos. Uma das soluções foi dedicar esforços, novamente, às olarias, por esta ser uma das farturas dessa terra. Momento 2: Início das atividades industriais no século XIX Aos poucos, nos últimos anos do século XIX, as fábricas começaram a aparecer. Isso ocorreu devido à venda de lotes de terra que seus proprietários, os colonos já empobrecidos, tinham como última riqueza, surgindo, então, lado a lado, a industria e a olaria. “Ao mesmo tempo, nos últimos anos do século XIX, alguns colonos já muito empobrecidos resolveram vender a última parcela de riqueza que lhes sobrara: a terra. Começaram as vendas dos lotes próximos à linha do trêm e aos rios, no atual Bairro Fundação. Os compradores desses terrenos eram pessoas de fora do Núcleo Colonial. e alí instalaram suas fábricas.” (RAMOS E SOUZA, 1992, p.17) Devido à grande abundância de água, a região tinha grande potencial para o funcionamento de máquinas, ainda mais com a recente construção da São Paulo Railway Company, que passaria por São Caetano e ajudaria na distribuição de produtos.

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Já no começo da segunda década do século XX, a Câmara Municipal de São Bernardo cria uma política de incentivos fiscais para a instalação de indústrias no município. Isso acarretou que nos anos 20, São Caetano do Sul era o segundo município de São Bernardo que mais arrecadava, ficando atrás somente de Santo André. Muitas indústrias se instalaram e muitas novas olarias também surgiram como grande negócio usando o solo argiloso. “A proximidade com o mercado de São Paulo e as facilidades de transporte eram fatores fundamentais. Neste período São Caetano do Sul vivia o apogeu das olarias. A produção de tijolos achava fácil mercado em São Paulo. Havia uma grande diversificação produtiva.” (MORO JUNIOR, 1998, p.62) No entanto, esse crescimento econômico não era acompanhado de infra-estrutura e havia uma desorganização da malha urbana: “Na verdade, o crescimento populacional e econômico de São Caetano não era acompanhado pelas obras mínimas de infra-estrutura. Não havia água encanada e esgoto.” (MÉDICI, 1993) “Não havia até 1929 lei municipal, estadual ou federal que disciplinasse a abertura de loteamentos. A falta de uma posição firme do governo foi um dos fatores responsáveis pela desorganização histórica


da malha urbana. Os loteamentos eram criados a partir da divisão dos antigos terrenos de assentamentos imigrantes, com rápida demanda de função do apogeu industrial da região.” (MORO JUNIOR, 1998, p.63) No final da década de 1930 o descontentamento dos imigrantes com a dependência política de São Bernardo e um surto de tifo levou São Bernardo a investir em saneamento. Em 1944 Santo André é emancipado e São Caetano passa a ser atrelado a esse novo município. Em 1948 a cidade de São Caetano do Sul é emancipada. Momento 3: Após anos 50 - 100% de ocupação urbana “... A leitura da legislação municipal de São Caetano do Sul ao longo da década de 50 deixa claro que a cidade tinha consciência de dois pontos: a) não possuía qualquer sentido de planejamento; b) não tinha espaço para crescer mais.” (MÉDICI, 1993) Em 1954 foi elaborado o primeiro zoneamento da cidade que era dividida basicamente em zona residencial, rural, de comércio e indústria. As áreas ribeirinhas eram preferenciais para a instalação industrial e tanto a poluição

como as enchentes eram um forte problema. Esse zoneamento foi revogado em 1965. No ano de 1968 foi feito um primeiro estudo preliminar de um plano diretor, mas que nunca foi utilizado. Entre os anos 1950 até 1980 pode ser considerado o apogeu industrial com forte crescimento econômico na cidade. A partir da década de 90, a cidade passa por um processo de evasão de suas indústrias com um aumento na arrecadação municipal da participação de comércio e serviços. Grandes espaços de ocupação industrial foram totalmente desativados em área plenamente servidas de infra-estrutura urbana e com carência de espaços públicos. “... o descompasso entre os significativos investimentos públicos para a implantação de uma infra -estrutura industrial e a tímida participação do Município no desenvolvimento de sua infra-estrutura urbana, definiram seu perfil urbanístico básico: sua grande densidade determinada por loteamentos implantados pela iniciativa privada, ausência de uma política municipal que estabelece critérios normativos e orientadores de utilização do espaço urbano e as áreas de ocupação industrial situadas ao longo dos eixos de transporte e energia.” (MORO JUNIOR, 1998, p.68)

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SÃO CAETANO DO SUL - HOJE DADOS: SÃO CAETANO DO SUL

COMPARATIVO - SÃO PAULO

-Área: 15,33 km2 -População: 156.362 hab -IDHM: 0,862 (1º colocado no país) -Densidade demográfica: 9.342 hab/km2

-Área: 1.521.101 km2 -População: 11.821.873 hab -IDHM: 0,805 (28º colocado no país) -Densidade demográfica: 7.398,26 hab/km2 (PINHEIROS - 9.140 hab/km2)

IBGE, 2013

A cidade de São Caetano do Sul tem se destacado nos indicadores sociais e econômicos. Tem liderado o ranking de IDHM no Brasil dos últimos anos. É um dos menores municípios do Brasil. De acordo com MORO JUNIOR (1998) a grande maioria das famílias possui renda mensal alta. Não tem favelas pois já não há mais espaços vagos para sua formação. Tem luz, água e esgoto em toda a extensão do município. A saúde e educação pública com qualidade reconhecida pela ONU. Sobram vagas nas escolas e hospitais mas não sobra espaço nas ruas e terrenos. “Assim, a pobre menina rica não possui espaço para brincar: São Caetano do Sul está completamente ocupada, com uma das maiores densidades do país. Cada pedacinho de espaço livre de terreno é ocupado com construção. Rapidamente vão se acabando os recuos frontais e laterais. “Se der, construo mais um pavimento, afinal a minha família é amiga do prefeito”. Neste paraíso de classe média, cada centímetro é valorizado pelo morador (...)”. (MORO JUNIOR, 1998, p.98) A paisagem da cidade vem sofrendo constantes alterações. As casas eram em sua grande maioria, sobrados geminados com bom acabamento e áreas acima de 100m2. Os poucos edifícios dificilmente ultrapassavam quatro pavimentos, com excessão da região mais alta da cidade, o centro, que concentra edificações mais altas.

LOCALIZAÇÃO DE SÃO CAETANO DO SUL produzido por aluna Imagem do Google Earth, 2013

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IMAGEM AÉREA DA CIDADE O município possuí 100% de seu território urbanizado. O centro possui maior verticalização e vai diminuindo no sentido da periferia FOTO FELIPE MACEDO

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Este panorama se alterou. Com cem por cento de ocupação urbana, a cidade não tem para onde crescer. Iniciou-se um processo de verticalização intenso em todo o município nesta década.

É necessário um planejamento urbano que crie soluções inovadoras para os problemas que aparecem e que estão por vir. A cidade precisa ser reinventada diante das dificuldades aparentes.

A malha urbana da cidade segue padrões tradicionais de loteamentos e como herança histórica, ela é desordenada. As ruas são locais e estreitas, características de uma cidade pequena e interiorana e suportam cada vez menos o crescente número de automóveis nas ruas e casas. Por ser uma cidade de classe média predominante, o incentivo ao uso do automóvel faz parte cultural de grande parte das famílias e pouco se incentiva o transporte público por meio de ciclovias, VLTs, etc. Os novos edifícios residenciais tem, em sua maioria, mais de duas vagas de estacionamento por apartamento. Alguns condomínios horizontais são murados e o pedreste percorre uma calçada sem vida urbana. Os espaços parecem cada vez mais enclausurados e uma sensação de mal estar é crescente com a falta de “respiros” na cidade.

IMAGEM AÉREA DA CIDADE “Os espaços parecem cada vez mais enclausurados e uma sensação de mal estar é crescente com a falta de “respiros” na cidade.” FOTO ANDRÉ BONACIN

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TIPOLOGIAS

A paisagem em São Caetano do Sul é facilmente assimilada pelos sobrados geminados e pela concentração dos edifícios altos no centro, parte de cota mais elevada da cidade

Apesar das constantes alterações na paisagem, a cidade mantem alguns aspectos característicos de “cidade pequena”, como a praça, a igreja e o comércio de rua no centro.

Parque Chico Mendes

Praça Di Thiene

acervo pessoal

acervo pessoal

A cidade tem grande efervescência cultural, mas não possui um espaço integrador dessas atividades que atualmente ocorrem em pequenos espaços segregados.

Centro Digital (Projeto da JAA arquitetos) FOTOS - FELIPE MACEDO

PRINCIPAIS ÁREAS DE LAZER 18

PRINCIPAIS ÁREAS DE CULTURA


IMAGENS DA CIDADE

FOTOS - FELIPE MACEDO

O QUE HÁ NA CIDADE...

Os locais públicos de lazer e encontros se dão, sobretudo, em parques e praças o que, por vezes, limita as atividades que podem ser desenvolvidas.

Um centro de cultura e lazer de maior porte permitiria, portanto, o encontro das diversas atividades culturais da cidade em meio a outras opções de lazer e do estímulo ao

encontro e que se estenderiam aos municípios adjacentes, uma vez que a cidade possui localização estratégica entre São Paulo e o Grande ABC.

Fundação das artes

Teatro Paulo Machado de Carvalho

Teatro Santos Dumont

FOTOS - FELIPE MACEDO

acervo pessoal

acervo pessoal

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URBANISMO SUSTENTÁVEL

Jane Jacobs, já nos anos 50 e 60, afirmava sua postura a favor da diversidade e densidade urbana, o “caos urbano”, no qual a cidade era vista como um sistema vivo e que sua “urbanidade” deveria ser pensada na escala das relações sociais.

coletiva - urbanismo fluído, concebido em rede sobre tramas de áreas verdes.”

Conclui que o “caos urbano” constitui uma vida rica e densa de significados mais importante que o desenho ortogonal em macro escala e que a diversidade de usos e a proximidade entre as pessoas através das ruas, calçadas, comércios, residências, serviços e outros, gerariam um uso constante dos espaços públicos, criando a situação de vários “olhares atentos” para esses locais, o que os tornaria mais seguros e prazerosos de se viver.

Ao pensar a cidade de forma compacta eu aproximo os diferentes usos e diminuo as distâncias a serem percorridas entre uma atividade e outra.

O urbanismo sustentável repensa não só um modelo de desenvolvimento das cidades, mas também de uma vida urbana. Como ter qualidade de vida aliada ao seu crescimento e como superar a falta de mobilidade urbana.

Uso misto

As pessoas frequentam três principais setores de atividades, são elas: moradia, trabalho e lazer. Quando essas atividades estão distantes, exige grandes deslocamentos. Esses deslocamentos, na cidade tradicional, tendem a ser unidirecional, pois um mesmo uso se concentra em um mesmo local. Ou seja, as pessoas seguem o mesmo senOs núcleos compactos e de uso misto reduzem as necessidades de deslocamentos e criam bairros sustentáveis cheios de vitalidade

Segundo Brian Edwards (2008), as diretrizes básicas para promover a sustentabilidade do meio urbano são: “ - melhorar a habitabilidade das áreas urbanas - promover a regeneração urbana - promover a urbanização compacta e uso misto - melhorar o acesso de pedestres e ciclistas - concentrar a urbanização ao redor de pontos nodais de transporte público - oferecer ambientes urbanos mais propícios para a vida

Distância que exige deslocamento de carro

O zoneamento das atividades induz à utilização e dependência do automóvel particular

Distância que pode ser percorrida a pé ou de bicicleta

Núcleos compactos reduzem as distâncias e permitem o deslocamento a pé ou de bicicleta

SILVA E ROMERO, adaptado de ROGERS, 2001 em: O urbanismo sustentável no Brasil a revisão de conceitos urbanos para o século XXI

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tido para se dirigir ao trabalho e novamente, no final do expediente, seguem o mesmo sentido para retornar aos seus lares.

Para isso, é necessário a melhoria no sistema de transporte coletivo e na integração desse sistema com as áreas de interesse público.

O aglomerado de pessoas se deslocando na mesma direção, acarreta os problemas que já vivenciamos: maior número de pessoas utilizando o carro, o que gera congestionamentos; a ineficiência do transporte público na integração entre essas áreas; grande perda de tempo e qualidade de vida neste processo.

A paisagem é um fator fundamental. Quando o caminho a ser percorrido a pé ou com bicicleta é agradável e belo, estimula este tipo de deslocamento.

Ao aproximar as atividades, pensando em usos integrados, com qualidade nos espaços públicos e entre esses espaços públicos, cria-se locais plenamente servidos dos três setores, estimulando a circulação de pessoas a pé em uma paisagem agradável e com vida, gerando segurança, menores deslocamentos e ganho no tempo que pode ser dedicado à qualidade de vida.

Bons espaços públicos e mais áreas verdes O chão público deve ser pensado de uma maneira a ser agradável, providenciando o encontro e sociabilização entre as pessoas, estimulando trocas culturais que enriquecem o coletivo e o ser humano. As áreas verdes contribuem para a saúde e beleza nas cidades, reaproximando o homem da natureza mesmo em local urbano.

Todas as áreas passam a estar aptas na geração de empregos, estimulando a economia. A proximidade com a moradia, estimula o comércio e os serviços e vice-versa. Mobilidade Urbana Com um planejamento integrado, a mobilidade se torna mais inteligente a partir do momento em que o uso do automóvel é desestimulado.

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PROJETO

A proposta do projeto é ocupar o terreno com usos mistos sem perder o caráter público dos espaços livres. O projeto prevê a conciliação entre um grande centro de cultura e lazer, comércio e serviço em uma região bem servida de infra estrutura e transporte público. A cidade realiza intensa carga de atividades gratuitas de cultura, esporte e lazer. Essas atividades acontecem em diversos espaços como escolas, parques e praças. Cada espaço público ou livre é intensamente utilizado, uma vez que eles são pequenos respiros dentro de um urbanismo denso. Desta forma optou-se pela construção de um centro cultural que permita a reunião dessas atividades. O conceito do projeto prevê uma inter-relação dinâmica e mistura dos programas da forma mais flexível possível. A ideia é não limitar possibilidades de usos nos espaços.

As áreas livres são incorporadas no projeto, quebrando a barreira do público/ privado, dentro/ fora, praça/ área construída, aproximando o projeto da cidade. Para tanto, dois pontos foram essenciais na elaboração do projeto: - Fluidez: significa a incorporação da cidade no projeto e vice-versa. O projeto é permeável como uma grande praça. - Criação de áreas de permanência, descanso, sociabilização e encontro.

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AV. GOIÁS ENNEDY

AV. GUID OA

LIBERTI

TERRENO

LOCALIZAÇÃO DO TERRENO

AV. PRES .K

Imagem extraída do Google Earth, 2013

DADOS DO TERRENO - Área: 40200 m2 - Ocupação anterior: Siderurgica Coferraz - Proprietária atual: USCS

N

LOCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE CULTURA, LAZER E TRANSPORTE produzido por aluna Imagem extraída do Google Earth, 2013

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parques

terminal de trem e ônibus

praças

estações da futura linha 18

teatros

terreno do projeto

Esporte, cultura e lazer

O terreno escolhido está situado na entrada da cidade, no cruzamento de duas importantes avenidas: Av. Goiás e Av. Guido Aliberti. O local é plenamente servido de infraestrutura e transporte público. Hoje, o terreno pertence à USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e


90

160

400

antigamente abrigava a Siderúrgica Coferraz, fábrica que teria deixado o terreno contaminado. Laudos recentes indicam que o terreno não oferece rico à saúde humana e está em processo de venda pela USCS. Atualmente a prefeitura utiliza o espaço para promover o projeto social

Showlidariedade, um show aberto. Segundo a lei de zoneamento de 2010 (Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão - SEPLAG), o terreno está classificado como Z-13 (Mista para Desenvolvimento Sócio-Econômico de Interesse Público) no qual permite mescla de usos e alta densidade.

FOTOS DO TERRENO acervo pessoal

ZONEAMENTO

Fonte: Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul (2010)

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Intensa atividade comercial

ENTORNO

Estações da futura linha 18 do metrô (ABC - Tamanduateí)

SABESP

Conjunto Habitacional Heliópolis 26

CEU Meninos


Terminal rodoviário e ferroviário

Uso predominantemente residencial

ENTORNO N

produzido por aluna Imagem extraída do Google Earth, 2014

Espaço Cerâmica (novo bairro planejado com shopping, residência e serviço

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ENTORNO

LOCALIZAÇÃO DO TRAÇADO DA LINHA 18 DO METRÔ Produzido por Estudo de Impacto Ambiental do Metrô

O futuro monotrilho prevê a conexão do grande ABC com a linha verde do metrô, na estação Tamanduateí. Haverá duas estações próximas ao terreno do projeto. Uma ciclovia é prevista no alinhamento do trilho.

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N


DIRETRIZES A concepção do projeto se formou a partir de diretrizes do que se pretendia e não pretendia. A partir delas, o projeto tomou forma pela simples interpretação das mesmas.

CASAMENTO COM O TERRENO Centro cultural Serviço / Comércio

IMPOSIÇÃO NO TERRITÓRIO

Área livre

Relação provável entre níveis

LOTEAMENTO, DIVISÃO TRADICIONAL DO TERRENO Integração do edifício com a praça

Relação geométrica: identidade do projeto

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TRANSFORMAÇÃO URBANA

Localizado entre as duas futuras estações da linha 18 do metrô, o complexo será bem servido de transporte público, estando a cerca de 380 metros da estação mais próxima. No entanto, a trajetória atual não estimula o caminho do pedestre. Pelo contrário, valoriza o uso do automóvel, com quatro e cinco faixas em cada sentido. O caminho a ser percorrido é murado em ambos os lados (em um lado pelo supermercado e no outro por um muro de contenção das águas do córrego dos meninos), o que gera uma sensação de insegurança maior para o pedestre. Uma das alternativas seria a retirada do muro do córrego transformando-o em um grande parque linear, proposta mais interessante de todas. No entanto, ao longo do córrego, várias linhas e torres de transmissão exigem um estudo mais rigoroso para a viabilização deste parque linear. A solução imediata, foi aumentar o canteiro central, criando um grande passeio rodeado de vegetação, espelhos d’água, bancos e boa iluminação, interligando todo o complexo, estimulando o percursso a pé e o uso do transporte público.

Para isso, foram retiradas uma faixa de automóvel em cada sentido, ficando com três faixas cada. A faixa mais próxima do passeio possui dimensões maiores nos dois sentidos, pensando em futuros corredores de ônibus com as paradas voltadas para o canteiro central. A cada 200 metros, uma passarela de pedestre e ciclistas cruza a Av. Guido Aliberti e o córrego, conectando-se à uma nova ciclovia que margeia a água do lado de São Paulo e conecta os bairros Vila Heliópolis, Vila Carioca e Jardim Patente ao complexo, incorporando-os aos benefícios do projeto urbano.

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E

CO FRANCIS RUA SÃO

S AV GOIÁ

RET ARLOS DEL P RUA MAJOR C

AV. GUIDO ALIBERTI

AV. MARGINAL

PRAÇA DO METRÔ ESTAÇÃO GOIÁS

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PASSEIO PEDESTRE

COMPLEXO USO MISTO PASSARELA PARA SÃO CAETANO DO SUL PEDESTRES E CICLISTAS


SITUAÇÃO ATUAL

M PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

ImagemDA extraída do Google Earth, 2014 CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL AUTODESK

NOVA AVENIDA MARGINAL (PREVISTO NO PROJETO DO METRÔ)

IMPLANTAÇÃO CICLOVIA

ESTAÇÃO ESPAÇO CERÂMICA

0

100

N 250

500

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CONCEITO E SUSTENTABILIDADE

REF. CONCURSO ANEXO MUBE - MASA

CASCA

O conceito do projeto consiste em permitir um programa livre no centro cultural e espaços públicos. Para isso, uma casca tem mais a função de proteger, ventilar e iluminar do que de delimitar o espaço, mesclando o interno com o externo.

SISTEMA ESTRUTURAL

COBERTURA VEGETAL esquema da conexão dos módulos e da laje nervurada na estrutura

módulo de concreto vazado

Brise natural em toda fachada

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A concepção do sistema estrutural parte do elemento pré-fabricado de concreto. Um módulo de 60 x 60 cm vazado. Este módulo pode ser encaixado em uma estrutura metálica de duas formas distintas: com a face vazada para frente, criando aberturas na fachada, ou com a face vazada para cima, criando um fechamento na fachada. Esta modelo permite a criação de uma casca dinâmica e um processo mais de montagem do que de construção.

Fachada ventilada permite a circulação de ar dentro do espaço

as faces vazadas criam grandes janelas e quebram a barreira da parede, aproximando mais o interno do externo

um único elemento facilita a instalação, a manutenção e barateia o custo da obra

A cobertura vegetal com grama traz as seguintes vantagens: - contribui para diminuir as ilhas de calor - reduz a velocidade de escoamento da água da chuva - drenagem urbana - contribui para a redução da poluição - melhora o conforto térmico e acústico - melhora o aspecto visual e cria novas áreas verdes na cidade SOMBRA E ILUMINAÇÃO A implantação do projeto teve como critério o menor impacto de sombreamento no entorno, principalmente do edifício de serviços devido à sua altura elevada, e as áreas livres sempre ensolaradas. A geometria escalonada do edifício suavizou o sombreamento sobre a cobertura do centro cultural no período da tarde. No período da manhã, a sombra é projetada em um trecho estreito da Av. Guido Aliberti, tendo pouco impacto nos edifícios adjacentes. A fachada do prédio está no sentido norte / sul, não pegando iluminação direta, criando maior corforto térmico e visual.


grelha de 6 x 6 metros

Sol no período da manhã: pouco interferência no entorno

N

pilares espaçados 1,5 metros para fora no edifício de serviços

paredes do teatro servirão de estrutura na parte central

Sol no período da tarde: geometria escalonada diminui o impacto do sombreamento

MODULAÇÃO E ESTRUTURA O projeto foi modulado de seis em seis metros. Todo o dimensionamento das lajes e alocação dos pilares seguiram esta grelha. A laje é nervurada nos dois sentidos criando uma uniformidade visual do teto. As paredes estruturais do teatro sustentam a cobertura na parte central do centro cultural. No edifício de serviços, os pilares deslocaram 1,5 metros para fora em cada lado para que as lajes não fiquem em balanço mais de um terço do vão.

locação dos pilares dentro da grelha

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PROGRAMA

O programa procura reunir as áreas públicas do centro cultural e comércio. A área comercial fica sob o edifício de escritórios, marcando a transição entre o espaço público e privado. A integração desses espaços com a área externa enfatizou o caráter público do local. O centro cultural é formado por lajes livres e independentes, protejidas pela casca, criando liberdade de usos e disposições de layouts. O projeto permite uma visão do todo em qualquer local com o propósito de cativar e direcionar as pessoas através da curiosidade e dos sentidos.

SANITÁRIOS

ÁREAS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

Comércio - 7224 m2 Serviço - 45.284,64 m2

CIRCULAÇÃO VERTICAL RESTRITA (ACESSO ESCRITÓRIOS)

Centro Cultural - 29.069,79 m2 ÁREA TOTAL - 81.578,43 m2 SANITÁRIOS

CIRCULAÇÃO VERTICAL

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SANITÁRIOS

CIRCULAÇÃO VERTICAL


ESCRITÓRIOS

OFICINAS

ADMINISTRAÇÃO PESQUISA E ACERVO

RECREAÇÃO ARTÍSTICA COMÉRCIO PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

ÁREA DE LEITURA

TÉRREO

ACESSO ESTACIONAMENTO

NÍVEL

ÇA DA PRA

ÁREA DE CONVIVÊNCIA E LAZER

ESTACIONAMENTO ESPAÇO EXPOSITIVO CINEMA LIVRE

GRANDE TEATRO CARGA / DESCARGA TEATRO

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O teatro ocupa o espaço central no Centro Cultual, como símbolo do encontro das diversas atividades artísticas. Composta pela parte principal e mezanino, é acessado pelo térreo e subsolo através de paredes articuláveis que podem manter o teatro totalmente aberto e com um fluxo fluído, ou fechado, mantendo as apresentações privadas. Possui uma grande área adaptável em frente ao palco, de 10 metros de comprimento que permite um uso flexível. Nesta área, pode ser alocada mais poltronas, atingindo a capacidade máxima de 1500 expectadores, pode servir como local para orquestras ou ainda uma pista no estilo casa de show.

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TEATRO

8

7 9

9 6

13

5 1

2 3

10

10 4

3

12

4

1 4

4

5

7 6

14

8 11

2 1

1 Foyer

7 Proscênio

2 Cabine de controle

8 Palco

3 Mezanino

9 Acesso palco / platéia

4 Galerias

10 Circulação interna

5 Platéia principal

11 Sub-palco

13 Forro acústico

6 Fosso multiuso

12 Torre de cena

14 Carga e descarga / camarins

0

10

25

50

39


Cinema livre são quatro espaços com telas de cinema, duas grandes - telas de 10 x 4,25m - e duas menores - 6 x 2,55m. Esses espaços podem ser acessados livremente em qualquer momento. Cada um deles possui uma programação diferente. A arquibancada é formada com o desnível no piso. É só chegar e sentar.

40


CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK

CINEMA LIVRE

2

3

1

1

2

3

1

1

0

10

1 Projeção 2 Forro acústico 3 Acesso técnico

25

50

* Dimensões consideradas de acordo com a NBR 12237: Projetos e instalações de salas de projeção cinematográfica. 41


DESENHOS

A

B

C

D

E

F

G

H

I

2

A

3

7

-6,60

B

1

-13,50

-3,00

7 6 5

9 C

6

A

42

B

C

D

E

F

G

H

1 Espaço expositivo

4 Corredor Técnico

7 Sanitários

2 Praça de alimentação

5 Torre de circulação restrita (serviço)

8 Vestiários para funcionários

3 Restaurantes

6 Circulação acesso público

9 Depósito / apoio

I


J

K

L

M

N

P

O

R

Q

D

4 3

3

3

3

3

3

3

5

3

3

3

1

7

8

5

5 A

2

6

6

6 4

-3,00

B

5

C

6

D

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

PLANTA COTA -3,00 0

10

25

N

50

43


B

A

C

F

E

D

G

H

I

2

15

A

7

3

B

6

0,00

17

16

-3,00

5

7

C

6

10

11

A

44

B

12

C

14

13

D

E

F

G

H

5 Torre de circulação restrita (serviço)

10 Emprestimo de equipamentos

13 Redário

6 Circulação acesso público

11 Área de jogos

14 Área de convivência / estar

7 Sanitários

12 Atendimento/ informações/ bilheteria

15 Recreação

I


J

K

L

M

N

P

O

R

Q

D 0,00

18

18

18 18

5 18

6

18

18

18

5 6

0,30

18

18

1

5 A

6 4

B

5

C

6

D

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

16 Teatro 17 Foyer

PLANTA TÉRREO 0

10

25

N

50

18 Lojas 45


B

A

C

2 5,00

19

A

E

F

G

H

I

D

E

F

G

H

I

21

7

3

B

20

D

6

0,00

5

7 C

22

6

A

46

B

C

5 Torre de circulação restrita (serviço)

19 Apresentações livres

22 Espaço leitura

6 Circulação acesso público

20 Saletas de recreação

23 Escritórios

7 Sanitários

21 Sala de apoio artístico


J

K

L

M

N

P

O

R

Q

D

23

23

5

23

23

23

1

5

23

5

23

A 3,60 4

B

5

C

6

D

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

PLANTA PRIMEIRO PAV. 0

10

25

N

50

47


B

A

2

24

24

24

24

C

D

E

F

G

H

I

C

D

E

F

G

H

I

A

3

7

6

B

10,00

5

25

6

A

48

7

26

C

B

5 Torre de circulação restrita (serviço)

23 Escritórios

6 Circulação acesso público

24 Oficinas

7 Sanitários

25 Administração

26 Pesquisa e acervo


J

K

L

M

N

P

O

R

Q

D

23

23

5

23

23

23

5

23

1

5

23

A 6,90 4

B

5

C

6

D

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

PLANTA SEGUNDO PAV. 0

10

25

N

50

49


B

A

C

E

D

F

G

H

27

2

I

30

27

A

7

3

7 6

B

16

-6,60

-13,50

-7,50

17 5

6

28

29

29

9

27

A

50

9

7

27

C

7

B

31

C

D

E

F

G

5 Torre de circulação restrita (serviço)

9 Depósito / apoio

27 Cinema Livre

6 Circulação acesso público

16 Teatro

28 Bar / café

7 Sanitários

17 Foyer

29 Salas de recreação

H

I


J

K

L

M

N

P

O

R

Q

D

5 32

5

5

6

6

1

A

6

4

B

5

C

6

D

J

K

L

30 Bicicletรกrio 31 Estacionamento Motos 32 Estacionamento

M

N

O

P

Q

R

PLANTA PRIMEIRO SUB. 0

10

25

N

50

51


A

B

C

F

E

D

G

H

I

9 2

34 A

3

34 16

B

-16,50

33 -13,50

35 5

34 C

6

34

A

52

B

9 Dep贸sito / apoio

34 Camarins

16 Teatro

35 Copa

33 Acesso carga e descarga - Teatro

C

D

E

F

G

H

I


2

A

3

B

5

C

6

PLANTA SEGUNDO SUB. 0

10

25

N

50

53


ADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK 38

38

38 36

37

37

PAISAGISMO 0

10

25

CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONA

38

38

36 Deck com jatos d’água N

50

37 Decks

38 Bolsões de convivência e estar 54

37


ARBOREAS

FRUTOS

Palmeira Jeriva

Geni pa americana

medio porte 8 a 15m de altura

medio porte 8 a 14m de altura

Guabiroba

ARBUSTOS / HERBACEAS

medio porte até 20m de altura

Primavera 4,7 a 6m de altura

Pitanga pequeno porte arbustivo entre 2 a 4m de altura

Calathea zebrina

37

4,7 a 6m de altura

ASPECTO MATA Bromelias

Foram inseridas espécies exclusivamente brasileiras, presentes em São Paulo, priorizando espécies que ocorrem na mata atlântica. Para encobrir o fundo exposto dos edifícios já existentes do entorno, instalou-se muros verdes de bromélias e primavera. Árvores frutíferas foram inseridas próximo às instalações e uma vegetação mais densa com caráter de floresta nas proximidades dos edifícios existentes.

FLORES Manaca pequeno medio porte 6 a 12m de altura

Ipe amarelo e roxo pequeno medio porte 8 a 10m de altura

55


17,35

10,00 5,00

39

0,00

40

-3,00 -6,60

41

24

-7,50

1

27

30 33

-13,50

56

1 Espaço expositivo

27 Cinema livre

33 Acesso carga e descarga - Teatro

2 Praça de alimentação

30 Bicicletário

39 Recreação artística

24 Oficinas

32 Estacionamento

40 Saguão livre


63,10 60,10 56,60 53,10 49,60 46,10 42,60 39,10 35,60 32,10 28,60 25,10 21,60 18,10

43

14,60 11,10 7,60 4,10

2

42

0,30 -3,00

32

-7,50

-13,50

41 Cobertura verde 42 Comércio

CORTE AA 0

10

25

50

43 Serviços 57


17,35

10,00 5,00 0,00 -3,00 -6,60

-7,50

41

24 39 40

17

27

16

1 32 33

-13,50 -16,50

58

1 Espaço expositivo

17 Foyer

32 Estacionamento

2 Praça de alimentação

24 Oficinas

33 Acesso carga e descarga - Teatro

16 Teatro

27 Cinema livre

39 Recreação artística


43 2

40 Saguão Livre 41 Cobertura verde

42

43 Serviços

CORTE BB 0

10

25

50

42 Comércio 59


44

60

1 Espaço expositivo

28 Bar / café

33 Acesso carga e descarga - Teatro

22 Espaço leitura

29 Salas de recreação

44 Praça

27 Cinema livre

31 Estacionamento Motos


17,35

41

44

10,00

22 1 31

5,00 0,00

29

-3,00

28

27

-6,60

33

-7,50

-13,50

CORTE CC 0

10

25

50

61


63,10 60,10 56,60 53,10 49,60 46,10 42,60 39,10 35,60 32,10 28,60 25,10 21,60 18,10 14,60 11,10 7,60

43 42

4,10 0,30

2

32

2 Praça de alimentação 32 Estacionamento 42 Comércio 62

43 Serviços

0,00

-3,00 -7,50

CORTE DD 0

10

25

50


63


AV. GOIÁS

64


RUA SÃO FRANCISCO

ELEVAÇÃO OESTE 0

10

25

50

65


RUA Sテグ FRANCISCO

66


AV. GOIÁS

ELEVAÇÃO LESTE 0

10

25

50

67


68


ELEVAÇÃO NORTE 0

10

25

50

69


70


ELEVAÇÃO SUL 0

10

25

50

71


VISTA COBERTURA VERDE A cobertura verde formando uma arquibancada natural.

72


MODELOS VISTA INTERNA Redário e entrada do teatro

VISTA DECK Praça de alimentação e praça externa

VISTA AÉREA Complexo de uso misto

73


74


BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos: NBR 9050. Rio de Janeiro, 2004. 97p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projetos de instalações de salas de projeção cinematográfica: NBR 12237. Rio de Janeiro, 1988. 8p. EMPLASA. Disponível em http://www.emplasa.sp.gov.br/ emplasa/. Acsso em novembro de 2013 FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE SÃO CAETANO DO SUL. Vozes da Vizinhança: os bairros de São Caetano por seus moradores. São Caetano do Sul, 2003. 273p. HERZOG & DE MEURON. Projeto Básico - Complexo Cultural Luz, 2012. 275p. IBGE: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/. Acesso em abril de 2014. JACOBS, Jane. Morte e Vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2009. 528p.

MARTINS, José de Souza. Subúrbio: Vida cotidiana e história no subúrbio da cidade de São Paulo: São Caetano, do fim do império ao fim da república velha. São Paulo - São Caetano do Sul: Hucitec, 1986. pág. 41 - 119 MÉDICI, Ademir. Migração e urbanização: A presença de São Caetano do Sul na região do ABC. São Caetano do Sul: Hucitec, 1993. MORO JÚNIOR, Enio. A percepção visual de um urbano em transição: o caso de São Caetano do Sul. Dissertação de Mestrado, FAU USP, São Paulo, 1998. 146p. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - SEPLAG. Zoneamento estratégico do Município de São Caetano do Sul. 2010. PADOVANO, Bruno Roberto; NAMUR, Marly; SALA, Patrícia Bertacchini. São Paulo: em busca da sustentabilidade. São Paulo: Pini, Editora da Universidade de São Paulo, 2012. 349p. RAMOS, Adriana M. C. e SOUZA, Monica de. Cotidiano e História em São Caetano do Sul. São Paulo. São Caetano do Sul: Hucitec, 1992. pág. 11 - 82

75


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