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Fefe Talavera m
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o
Anarkia Boladona
L A I R O T I D E INTERVENÇÃO URBANA É O TERMO UTILIZADO PARA DESIGNAR OS MOVIMENTOS ARTÍSTICOS RELACIONADOS ÀS INTERVENÇÕES VISUAIS REALIZADAS EM ESPAÇOS PÚBLICOS. NO INÍCIO, UM MOVIMENTO UNDERGROUND, QUE FOI GANHANDO FORMA COM O DECORRER DOS TEMPOS E SE ESTRUTURANDO. MAIS DO QUE MARCOS ESPACIAIS, A INTERVENÇÃO URBANA ESTABELECE MARCAS DE CORTE. PARTICULARIZA LUGARES E RECRIA PAISAGENS. EXISTEM INTERVENÇÕES URBANAS DE VÁRIOS PORTES, INDO DESDE PEQUENAS INSERÇÕES ATRAVÉS DE ADESIVOS (STICKERS) ATÉ GRANDES INSTALAÇÕES ARTÍSTICAS.
...FAZENDO ARTE. APESAR DE NÃO SER MACHISTA, A ARTE URBANA É AINDA DOMINADA PELO SEXO MASCULINO. NÃO É UMA GRANDE SURPRESA SE PENSARMOS QUE O TRABALHO PODE ENVOLVER ESCALADAS, EVENTUAIS CORRIDAS DA POLÍCIA E UM EXPEDIENTE NOTURNO, POR VEZES SOLITÁRIO. MAS NÃO É ISTO QUE PODE PARAR A CRIATIVIDADE DE UMA MULHER. NÃO É MILITÂNCIA FEMINISTA, É UM AVISO: ELAS ESTÃO INVADINDO A SUA RUA.
lady pink
A N A R K I A B O L A D O N A A grafiteira carioca Anarkia Boladona é formada em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas sua arte tem influência da pichação, nicho habitualmente dominado por homens. Seus trabalhos tratam principalmente da luta feminina em relação ao corpo, à sexualidade e à subjetividade e relações de poder. Em 2008, ela criou o “Grafiteiras Pela Lei Maria da Penha”, projeto que usa o graffiti e cultura
anarkia boladona
urbana para combater a violência contra as mulheres, dentro do qual surgiu a Rede Nami, que realiza projetos sociais, cursos e eventos. Anarkia foi premiada em Nova York com o DVF Awards, prêmio anual dado a mulheres que lutam para diminuir a violência e a injustiça de gênero, pela Diller-von Fustenberg Family Foundation. Mas, além de seu engajamento, ela é reconhecida pelo talento e a qualidade de seu trabalho.
anarkia boladona
L A D Y A I K O Aiko nasceu em Tóquio, mas vive em Nova Iorque desde a década de 90. Sua arte mistura motivos florais, cartoons femininos e a visualidade da cultura pop em um trabalho em mídias variadas. AIKO utiliza stencil, tinta spray e técnicas de impressão em silkscreen para criar um trabalho vibrante e de larga escala.
M I N H A U Camila Pavanelli, mais conhecida como “Minhau”, destaca-se em seu trabalho pela utilização de traços fortes e cores contrastantes. Marca registrada de seu trabalho, os gatinhos ganham espaço nos muros e outros locais da cidade de São Paulo rompendo com o cinza predominante do concreto e das construções.
T A T I minhau
S U A R E Z
Tati Suarez é uma artista americana de 28 anos, especialista em pintura a óleo em tela ou madeira. O seu estilo é charmoso e distintivo, sendo que a característica mais marcante de seus trabalhos estão nos olhos, sempre grandes e que atraem quem está olhando para um mundo belo e surreal.
M I S S
V A N
Vanessa Alice Bensimon,
Miss
Van, nascida em 1973 em Toulouse,
tati suarez
França, é reconhecidamente uma das mais influentes grafiteiras. Seus desenhos de mulheres sexies e provocantes já provocou uma reação negativa de algumas feministas.
F A F I Fafi, nasceu em 1979. A grafiteira francesa ficou famosa com suas bonequinhas delicadas que começaram a ser vistas nas ruas de Paris, as Fafinettes. Sexies e basicamente uma releitura de uma Pin Up moderna, as Fafinettes
miss van
inspiraram garotas de carne e osso a se vestirem como elas.
F A I T H
4 7
Artista de rua autodidata,
Faith47,
nascida na África do Sul, teve seus primeiros contatos com o graffiti em 1997, por influência de um membro da YMB Crew, Wealz130 - com quem ela foi casada e tem um
filho, que também é artista de
rua. Seus trabalhos são bastante instrospectivos e reflexivos e suas inspirações partem principalmente
fafi
de questões existenciais.
M I S O Misturando pintura, ilustração e colagem pelas paredes e muros da cidade, a artista urbana Miso, ou Stanislava, como é conhecida na Austrália, tem apenas 21 anos e rabisca as ruas de Melbourne desde os 14. Sua inspiração vai desde o estilo estético Art Nouveau até o grafite contemporâneo,
faith 47
L A D Y
P I N K
Nascida no Equador, Lady Pink (Sandra Fabara) ganhou Nova Iorque através de seu graffiti. No colegial ela já estava exibindo pinturas em galerias de arte e em 1979, começou a competir com os meninos por um espaço cor de rosa, deixando as ruas e trens com um toque feminino.
S W O O N uma artista urbana norte americana nascida em New London, Conecticut e criada em Daytona Beach, Florida. Contudo, aos 19 anos ela conquistou
swoon
Nova Iorque e se especializou em uma arte que mistura a técnica do lambe lambe
a papéis finamente trabalhados
e recortados. Apesar do processo delicado, os temas retratados têm um tom crítico, por vezes bastante pesado sobre
a realidade social de
seu país.
F E F E
T A L A V E R A
Filha de mexicanos, a artista plástica paulistana Fefe Talavera vem ganhando espaço na cena de arte
fefe talavera
de rua internacional por sua paixão. Os bichos e monstros que grafita são inspirados em “alebrijes”, bonecos do artesanato mexicano feitos de papel. “O artista que os criava dizia que isso ajudava a diminuir seus pesadelos”, conta. Para Fefe, suas criaturas têm efeito semelhante. “Sou uma pessoa violenta e a pintura me faz relaxar”. Fefe cria metáforas para fortes emoções humanas, como raiva, medo, sonhos e desejos. As técnicas são variadas: colagens, graffiti, adesivos,
fefe talavera
ilustras com nanquim, ranhuras em vidro e publicidade.
M A D C Claudia Walde, a madC, já era bastante reconhecida e apreciada quando impressionou o mundo, após grafitar um muro de 106m de comprimento por 6m de altura A visualidade da artista alemã mistura o real a personagens surreais, com cores vivas e detalhes minuciosos.
madc
REDE NAMI A Rede Feminista de Arte Urbana (Nami) é formada por mulheres artistas que possuem como ponto de partida a cena Urbana e trabalham com artes plásticas, graffiti, fotografia, design, áudio visual, teatro, e outros; criando um intercâmbio de ideias, experiências e conhecimento, promovendo os direitos das mulheres e fortalecendo seu trabalho artístico, intelectual e profissional. A grafiteira Anarkia (Panmela Castro) é a presidente da Rede, que promove eventos artísticos , cursos e oficinas.
“Rock no Zé Toré”
Frio e D’Loks
sua frequência,
pior qualidade
destacam-se
porém é certo
possível, o
pelo estilo
o sucesso do
Evento de
público se
próprio e seus
evento, uma
música
reúne em volta
trabalhos
vez que já é um
promovido por
dos músicos,
autorais.
tradicional
moradores
que tocam no
A banda
encontro de
de diversas
mesmo nível dos
“Carburador”, que
rockeiros (ou
comunidades
espectadores,
já foi composta
não).
pertencentes
o que sempre
por inúmeros
Por acontecer
ao conjunto
ajuda na
integrantes,
ao ar livre,
de favelas
interação com a
começou com uma
acaba por
da Maré, que
banda.
JAM improvisada
atrair a
reúne diversas
Antigamente, a
por alguns dos
atenção dos
bandas locais
única intenção
convidados para
transeuntes e
tocar em um
moradores dos
dos festivais.
arredores.
Contudo,
Por mais que
nas edições
seja um evento
seguintes, como
sem fins
sempre faltava
lucrativos,
um ou outro
subsidiado
integrante,
pelos próprios
novos músicos
participantes e
eram convidados
realizado pela
para substituir
simples vontade
os ausentes. Isso
de partilhar
se tornou tão
música e
frequente que
entretenimento,
passou a ser
o “Rock no Zé”,
uma espécie de
que também já
fotos: paulo barros
em geral da
e, muitas vezes,
era fomentar o
convidados de
entretenimento
outros locais
de seu público
de todo o Grande
cativo,
Rio. O encontro
apresentando
acontece
bandas de
sempre no
rock. Porém
Largo do Quarto
ultimamente
Centenário,
o evento tem
localizado no
vindo com
Morro do Timbau,
pretensões
única zona de
maiores, visando
montanha de
abrir espaço
todo o Complexo
para bandas não
da Maré, e ficou
só do gênero
conhecido como
rock, mas também
“Rock do Zé
de variantes
atração a mais
foi chamado de
Toré”, pois neste
pertinentes
no encontro,
vários outros
largo funciona
ao estilo e
onde por vezes,
nomes, persiste
um bar cujo
ao contexto
até quem está na
e move dezenas
proprietário (o
relacionado ao
plateia acaba
de pessoas a
tal do Zé Toré)
movimento.
participando.
contemplar
era quem vendia
Diversas bandas
Não se tem um
amigos,
as bebidas
oriundas do
controle exato
conhecidos e
e acabava
Complexo
de quantas
desconhecidos
curtindo o show
da Maré se
edições
também.
com o público.
apresentam no
aconteceram,
Sempre regado
evento, dentre
nem da
a muita bebida,
elas Algoz, Café
regularidade de
De grafiteiro
Graffiti/Tattoo do
para tatuador,
Brasil, uma junção
Markone começou na
de idéias mais
arte do graffiti
conhecida como
em 1995 com um
Neurose Urbana
traço próprio em
Crew. Formada por
suas pinturas,
Markone, Chivitz
do mundo. Passou
pela vontade de
adaptando sempre
e Marone em 1999
uma temporada
aumentar sua
a imagem criada ao
com a intenção
na Europa, onde
visibilidade no
espaço disponível
de criar arte a
aperfeiçoou sua
meio das artes
no momento.
todo o momento,
arte com Alfredo
urbanas, sempre se
Recentemente
incentivando
Genovese. O estilo
interessou por arte
participou do
e interagindo
livre adquirido
e enquanto só era
maior projeto de
com o público
em sua formação
tatuador ficava
Graffiti nacional,
do graffiti,
do Grafitti foi
restrito ao que
o primeiro Museu
fidelizando assim
fundamental no
as pessoas pediam
Aberto de Arte
ainda mais a arte
desenvolvimento do
a ele, a partir do
Urbana do mundo.
em suas peles. A
processo de tatuar,
momento que conheço
Com o apoio da
tatuagem surgiu
adaptando o traço
Markone conseguiu
Secretaria de
na vida de Markone
dos muros para as
a ampliar seus
Estado da Cultura,
em 2001, em meio
peles. De acordo com
horizontes e firmar
o MAAU é um projeto
a um turbilhão
o tatuador Chivitz
suas artes em
de humanização
de trabalhos
que já esta nesse
escalas maiores.
artística que visa
artísticos, e
caminho desde 1996,
assim que começou
trocar a cinza
veio para ficar.
o grafitti, assim
com o grafite
característica das
Com seu estilo
como a tatuagem
descobriu o quão
grandes metrópoles
característico,
mostra-se como
difícil seria esse
pelas cores e
e sua inspiração
intervenções na
caminho, por ser
a alegria do
vinda das ruas,
sociedade por
considerada uma
Graffiti.
já participou de
chocar a o meio em
arte marginalizada
N.U.C. a abreviação
várias convenções
que são inseridos.
e esta no mesmo
do Primeiro
e tatuou em
A tatuagem levou
código penal da
Coletivo de
diversos lugares
Chivitz ao grafitti
pixação.
Depois de tudo que passei, notei que não importa se é um tatuador que faz grafite ou grafiteiro que faz tatuagem. O que move ambos é a vontade de imortalizar e firmar sua opinião seja ela na pele de alguém ou em uma construção.
No
início
2011, de
o
de
artista
rua
JR
recebeu Prêmio
o
da
arte.
desafiados usar em
a
retratos
preto
branco
e
para
descobrir,
histórias
volta
aos
não
contadas
para
das
pessoas
exibidas
em
qualquer
lugar
redor As
do
ao
mundo.
imagens
serão
e
de
serem
qualquer
forma.
transformadas em
pôsteres
comunidade
TED.
É
concedido
anualmente um
cooperadores
de
recursos
enviadas
as
em
serão
excepcionais
e
pessoais Todos
e
e
de
peças
aglutinar
revelar
compartilhar
o
talento
os
transforme
mensagens
TED
concebido para
que
para
indivíduo
excepcional, que
recebe
quantia 100 é
mil
a
de e,
muito
US$
o
que
mais
importante, “um
desejo
mudar Após
o
faz
para
mundo”.
meses
de
preparação, ganhador seu
o
revela
desejo
na
cerimônia
de
premiação,
que
ocorre
na
Conferência TED.
Esses
desejos origem
deram
a
iniciativas colaborativas de
grande
impacto. O
desejo
artista mudar foi: que
o
do fotógrafo JR. Gigantes e monocromáticas
do JR
para
mundo
“Desejo vocês
se
mobilizem aquilo
por
que
é
importante para um
projeto
artístico global,
e
juntos virar DO O
que
possamos
o
mundo…
AVESSO.”
plano
Criar
é
um
projeto
de
arte
participativo em
larga
suas imagens já estamparam várias cidades do mundo, sempre escolhidas a dedo. As imagens podem chocar ou fazer rir mas sempre causam impacto. JR não revela sua identidade e diz que o que faz é ilegal e não comissionado, não está submetido a editores ou galerias
vocês,
participando de
impossível passar despercebido pelas obras
escala
e sua arte é acessível para qualquer um .
Bob Evans, um dos retratados
suficiente para usar como um projeto de arte”
fato de que ele achou minha cara interessante o
“o que é tão especial em mim? é lisonjeiro o
Em seu projeto Women JR percorreu cidades do mundo fotografando mulheres e utilizando a técnica do lambe-lambe para colar os retratos nas casas e muros da comunidade. Na África ao invéts de papel também
foi utilizado lona, que se transformou em telhado nas casas que antes não tinham. Em 2009, depois de ler na imprensa sobre a morte de quatro jovens no morro da Providencia, o fotógrafo decidiu que o Rio seria
seu próximo destino. Lá ele fotografou mulheres de todas as idades e bateu de porta em porta para colar as fotos gigantes. já No projeto WRINKLES OF THE CITY - rugas da cidade, JR faz retratos de idosos que representam
a memória da cidade. Depois imprime as fotos em tamanhos monumentais e as cola na mesma cidade em lugares que inspiram a história
H A L L O F - F A M E Graffiti, na maior parte dos casos em paredes legais ou paredes pouco expostas, sem grandes riscos de problemas com as autoridades. Hall-of-fame é um graffiti mais pensado e mais trabalhado, dando importância não só a escrita , mas também aos fundos e eventuais personagens. Quando o hallof-fame atinge uma proporção considerável, é muitas vezes também chamado de produção.
C R E W
a várias crews.
Um grupo de
Muitas vezes os
grafiteiros,
próprios optam
que se une por
por pintar o nome
um objectivo
das suas crews,
e forma o seu
seja abreviado
‘’colectivo’’. As
ou por extenso,
crews costumam
em detrimento do
ter nomes
seu próprio tag
extensos, que
(assinatura). Se
são abreviados
os grafiteiros
através
dão reputação
de siglas,
às suas crews, o
normalmente
contrário também
entre 2 a 4
acontece. Ou seja,
letras. Através
assim como um
dessas siglas,
grafiteiro pode
algumas
deixar sua crew
vezes são
mais famosa a
criadas novas
própria crew
definições para
pode fazer o
o nome de crew.
mesmo com outros
Um grafiteiro
grafiteiros da
pode pertencer
mesma família.
O GRAFFITI É COMPOSTO POR VÁRIOS ESTILOS E FORMAS. LISTAMOS AQUI OS MAIS CONHECIDOS ATUALMENTE E, CONSEQUENTEMENTE, MAIS UTILIZADOS
T R A S H T R A I N Normalmente quando os grafiteiros se referem a comboios, utilizam a palavra inglesa train, existe então o conceito de trashtrain , que se utiliza para comboios fora de circulação, que se destinam a abate ou requalificação. Geralmente estes vagões são bastante fáceis de pintar, ideal para obter bons resultados em graffiti, uma vez que o próprio grafitéiro tem mais tempo para elaborar a sua arte.
B O M B I N G poderá ser considerado qualquer tipo de graffiti ilegal. No entanto, quando se fala de um bombing ou bomb, fala-se de um graffiti proibido, ou seja, graffiti em qualquer lugar na rua sem a autorização do proprietário local.
T H R O W - U P É provavelmente o tipo de graffiti mais dificil de definir juntamente com o wild stile, como a própria tradução diz, throw-up significa “vomitar” tratase de graffiti’s que usa só os contornos e de forma arredondada (na maioria das vezes). Mais concretamente é a atividade do grafiteiro quando este se limita a tagar (assinar) seu nome ou o nome de suas crews.
W I L D S T Y L E Estilo de graffiti nascido em Nova Iorque nos anos 70. É um estilo bastante complexo, que vive muito da intersecção de formas e que normalmente tem um elemento característico que são as setas. O resultado final torna-se algo altamente indecifrável para quem esteja fora do graffiti e, por vezes, até para quem está por dentro.
S T Ê N C I L Molde recortado
A
em cartolina,
juntamente com a invenção do papel, no século
radiografias, ou outros materiais
origem
105
d.C.
do
Antes
stencil disso
a
se
encontra
técnica
na
China,
utilizava-se
de
de maneira a
elementos naturais, como folhas e rochas, para
criar formas
fazer
pré-defenidas,
colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se
encostando esse
máscaras
das
partes
que
não
se
podia
molde a uma
começou a entalhar a forma, o desenho, a escrita e
superfície, e
tudo o mais que se quizesse reproduzir fielmente.
passando spray
Se pode dizer que o stencil foi a primeira forma
por cima, ficando com as formas
de gravura.
subtraidas
Nos
à cartolina,
desenhos
pintadas na
para a decoração de tecido, embora com o uso de
parede. Ideal para fazer em
anos
600, mais
na
China,
complexos
começaram e
aplicar
a a
fazer
técnica
poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica
superfícies
do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou com a
pequenas, é rápido
introdução de uma primeira máscara lavável e,
de executar, e
consequentemente, reutilizável. O papel recebia,
permite também reproduzir o
antes de ser entalhada com o motivo desejado,
mesmo desenho em
um tratamento especial com suco de caqui. Isso o
vários sítios.
deixava impermeável.
por Ana Carolina Ralston
DESTAS DUAS MENTES TRANSBORDAM TODAS AS CORES E SABORES DA IMAGINAÇÃO. LÁ TUDO É POSSÍVEL E QUALQUER SONHO SE TORNA REALIDADE. A INSPIRAÇÃO PARA TANTOS DESENHOS E FÁBULAS MÁGICAS VEM DA FORMA COM QUE A DUPLA GUSTAVO E OTÁVIO PANDOLFO, CONHECIDOS COMO OSGEMEOS,REFLETEM EM SEU INTERIOR A REALIDADE E A FANTASIA QUE LHES RODEIAM. CADA PEQUENO DETALHE, PORQUE SÃO ATRAVÉS DELES QUE SUAS OBRAS ASSUMEM ESTA FORMA JÁ TÃO RECONHECÍVEL, SÃO COMPONENTES IMPORTANTES NA CRIAÇÃO DO MUNDO FANTÁSTICO, CHEIO DE HISTÓRIAS COTIDIANAS EM FORMA DE POESIA. O MUNDO ENCANTADO EM QUE VIVEM TODOS OS SEUS PERSONAGENS E QUE FUNCIONA COMO A JANELA DA ALMA ÚNICA DOS IRMÃOS GÊMEOS É REPLETO DE UMA MISTURA HARMONIOSA ENTRE REALISMO E FICÇÃO. SUAS HISTÓRIAS DANÇAM ENTRE DOIS IMPORTANTES PILARES. O OLHAR SONHADOR QUE POSSIBILITA A MATERIALIZAÇÃO DE UM MUNDO CHEIO DE FANTASIAS E SUAS CRÍTICAS INCISIVAS SOBRE AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR TANTOS CIDADÃOS ESPALHADOS PELO MUNDO,VITIMAS DE UM MODELO SOCIOECONÔMICO QUE SE ENCONTRA EM GRANDE TRANSFORMAÇÃO. DESSA UNIÃO NASCEM OBRAS QUE INVOCAM UM UNIVERSO LÍRICO E CRIAÇÕES QUE MESCLAM AMBAS PROJEÇÕES, COMO SE OS PRÓPRIOS PERSONAGENS MÁGICOS CRITICASSEM COM OLHOS INOCENTES TODA A DISCREPÂNCIA QUE EXISTE NESTA SOCIEDADE.
O graffiti entrou na vida dos irmãos em 1986, quando ainda viviam na região central de São Paulo onde passaram sua infância e adolescência.
A cultura hip hop
chegava ao Brasil e os jovens do bairro começaram a colorir suas idéias nos muros da cidade. Naquela época, com apenas 12 anos, tudo era novidade e sem ter de onde tirar suas referencias, Gustavo e Otavio improvisavam e inventavam sua própria linguagem, pintando com tintas de carro, látex, spray e usando bicos de desodorante e perfume para moldar seus traços; já que ainda não existiam acessórios e produtos próprios para a prática. O que a cidade proporcionou a eles foi essencial para o desenvolvimento de todas as habilidades que se transformaram depois no estilo próprio e imediatamente reconhecível dos artistas. O graffiti atuou sempre como uma válvula de escape para a dupla. Uma maneira que encontraram de criar um mundo onde só se pode penetrar através de suas mentes e onde tudo funciona pela lógica própria de Tritrez, o universo habitado pelos personagens amarelos, onde brilha e reina a sintonia entre todos os seus elementos. Cada parte e cada detalhe esta mergulhada na magia que envolve a imaginação dos irmãos.
A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias partem do mesmo mundo onírico que existe dentro da mente da dupla, mas tomam rumos distintos. A primeira é o próprio dialogo dos artistas com as ruas, com cada pessoa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o graffiti. A segunda é a materialização de sonhos, ideais, criticas sociais e políticas que retratam o universo vivido dentro em contraste com que se apresenta fora no dia-a-dia dos próprios irmãos. No momento em que todas estas idéias entram dentro de uma galeria elas deixam de pertencer ao graffiti e passam a fazer parte do mundo que envolve a arte contemporânea.
A I M A G I N A Ç Ã O S Ã O A S A S A S Q U E O S G E M E O S U T I L I Z A M P A R A I R A O S M A I S D I V E R T I D O S E I L U S Ó R I O S L U G A R E S Q U E H A B I T A M S U A S M E N T E S . É A P O R T A A B E R T A E O C O N V I T E P A R A M E R G U L H A R N O H U M O R E N A S D E L I C I A S D E P O D E R C R I A R U M M U N D O D A N O S S A P R Ó P R I A M A N E I R A E C O M T O D A S A S C O R E S E F A N T A S I A S Q U E S E P O S S A I M A G I N A R .
Lapa, imagine 12 metros de andaime e um muro de 300 metros no coração do Rio de Janeiro, acrescente muitas latas de spray, muitas cores, e o resultado é esse painel denominado “BAMBAS DA LAPA”, pintado pelos grafiteiros: Acme, Afa, Aira, Akuma, Br, Bragga, Ch2, Chico, Eco, Godri, Jou, Ment, Pia, Swk, Tm1 e Toz. Este painel faz parte do Projeto R.U.A. O famoso reduto da boemia, a Lapa agora virou uma galeria a céu aberto.
Alguns
grafiteiros profissionais criaram um painel com o tema “Rio, samba, boemia carioca e Lapa” na lateral de um sobrado — o espaço tem 300 metros quadrados —, na Rua Cardeal Câmara, próximo à Fundição Progresso. A iniciativa foi fruto de uma parceria público-privada, é uma nova ação de um programa antipichação da prefeitura. A obra ficará pronta no próximo sábado e deve ser a primeira de outras nos mesmos moldes. — A ideia mostra que a Lapa não é só boemia, mas o berço do grafite também. Queremos valorizar a arte de rua e com ela combater a pichação. O inicio foi na Lapa, mas já existem planos de revitalizar muito outros lugares e também de levar o projeto para Santa Teresa. Os Pichadores dão prejuízo de R$2 milhões à prefeitura. Por isso programamos o grafite na revitalização da lapa. e foi confeccionado através da união de esforços públicos e privado, num movimento pra revitalização da Lapa. Um dos produtores do painel, André Bretas, chamou a atenção para o fato de a obra ser um trabalho coletivo. O grupo de grafiteiros é formado por nomes conhecidos no meio. Para o trabalho, serão utilizadas 600 latas de spray, 120 litros de tinta látex e três andares de andaimes. Os artistas empregarão 35 cores diferentes. — Acredito que a Lapa vá abraçar o projeto, sim. Com estrutura e incentivo, grafiteiros de todas as partes terão interesse de fazer painéis aqui no bairro.
TRANSFORMAR A LAPA NUMA GRANDE GALERIA — THOMAZ VIANA, O TOZ.
Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador será
o
riso.
Espontâneo,
involuntário
e
sincero, assim como suas obras.
Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com a técnica de estêncil. Seus trabalhos de comentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo. O trabalho de Banksy nasceu da cena alternativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol, onde também foi criado. Filho de um técnico de fotocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerosol em Bristol no fim da década de 80. Observadores notaram que seu estilo é muito
similar à Bleck Le Rat, que começou a trabalhar com estencils em 1981 em Paris, e à campanha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de tubulação de Londres no fim da década de 70. Conhecido pelo seu desprezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy expõe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-las. Banksy não vende seus trabalhos diretamente, no entanto, sabe-se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffitis nos locais em que foram feitos e deixaram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores. O primeiro filme de Banksy, ‘Exit through the Gift Shop’, teve sua estréia no Festival de Filmes de Sundance em 2010 e foi nomeado para o Oscar de Melhor Documentário.