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TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE MONOGRAFIAS DIGITAIS NO BANCO DE DADOS DAUNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS Eu, LETIZIA PECORONE MENDES MELO, portador do RG n° ͺ͵ͺ͵ Org. Exp Ǧ , inscrito no CPF sob nº ͳͶͻǤʹͳʹǤ͵͵ǦͶͺ,
domiciliado no endereço: ǡ Ǥ ͵ͻǡ Ǥ Ͳǡ
, na cidade de , estado . Telefone: ȋʹȌͻͻͻͻǦͳͺ͵͵ email ̴ ̷ Ǥ .
Na qualidade de titular dos direitos de autor que recaem sobre a minha monografia de conclusão de curso, intitulada Ǧ defendida em
ͳͺȀͲ͵ȀʹͲʹͳ , junto a banca examinadora do curso com fundamento nas disposições
da lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998, autorizo a disponibilizar gratuitamente a obra citada, sem ressarcimento de direitos autorais, para fins de leitura, impressão e/ou
downloading pela internet, a título de divulgação da produção científica gerada pela Universidade Estadual de Goiás / Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, a partir desta data. ☒ autorizo texto completo ☐ autorizo parcial (resumo)
Assim, autorizo a liberação total ou resumo de meu trabalho, estando ciente que o conteúdo disponibilizado é de minha inteira responsabilidade.
, ͲͶ de de ʹͲʹͳ. Assinatura do (a) autor (a):
Assinatura do (a) Orientador (a): ___________________________________________________________
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CENTRO DE BEM-ESTAR ANIMAL
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INTRODUÇÃO Nas últimas décadas houve o estreitamento das relações entre homem e animal, que hoje é visto por muitos como um membro da família. Muitos recebem tratamentos, acessórios e alimentos de luxo, contudo esta não é uma realidade para todos. Milhares de animais vivem nas ruas e sofrem diariamente com a fome, sede, doenças e maus tratos. Como solução temporária surgem então os abrigos, que buscam dar os cuidados básicos, proteção e uma vida digna até que estes sejam adotados. No entanto, devido a uma relação desigual de entrada e saída de animais, os locais acabam sofrendo com superlotação e falta de recursos para mantê-los, e não atende à demanda das cidades. Em Goiânia a situação não é diferente, são milhares de cães e gatos abandonados nas ruas e poucas ONG’s oficiais e alguns cuidadores informais, que são mantidas por doações e constantemente passam pelos problemas descritos. E com o objetivo de suprir parte da demanda e auxiliar os espaços existentes na divulgação e conscientização, o presente trabalho propõe a criação de um Abrigo. Por meio da observação dos abrigos existentes e de suas necessidades foi pensado um espaço que não só dê lazer, saúde e cuidados aos animais, mas também atraia o público, encorajando a adoção e criando formas de renda própria.
Figuras1: Foto de um canil. Fontes: CachorroGato. Figura 2: Modelo de gatil. Fonte: Pet Model Brasil. Figura 3: Crianças lendo para cães abandonados em canil dos EUA. Fonte: Folha de São Paulo, 2016.
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HISTÓRICO
Relação Homem & Animal
A domesticação dos animais tem origem nos primórdios da humanidade e é encontrada até hoje nos mais diversos povos espalhados pelo mundo. Desde a pré-história o homem percebeu que através destes era possível conseguir muito mais que alimento, como ajuda para trabalhos pesados, proteção, transporte e controle de pragas, o que podemos ver através das pinturas rupestres. Esta foi uma relação promissora, que permitiu a manutenção e evolução das espécies e que culminou até a sedentarização do homem, fator decisivo para um maior estreitamento da relação com os animais. Aves, equinos, suínos, ovelhas, além de vários outros, foram domesticados, e os então lobos e gatos selvagens se desenvolveram e adaptaram aos que conhecemos hoje como cães e gatos. Com o passar dos anos, foi gerada então, uma relação de afeto e companheirismo entre os seres humanos e seus animais, principalmente pelos mais dóceis, brincalhões e fiéis, os cachorros e gatos. Hoje são diversos os produtos, tratamentos e cuidados voltados para os bichos de estimação,
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desenvolvidos para suprir a necessidade de se cuidar cada vez melhor destes que são vistos até mesmo como membros da família. Mas esta relação não é por acaso, pesquisas comprovam que o convívio com os animais tem influencia direta sobre a saúde física e mental humana. Para Tatibana e Costa-Val (2009), o convívio de crianças com animais estimula o desenvolvimento afetivo, o senso de responsabilidade e as ensina sobre o ciclo vida-morte. No caso dos idosos, os animais podem trazer alivio e conforto em momentos de perdas e mudanças, comuns a essa etapa da vida, e também lhes dão autoestima e fomentam o convívio social. Segundo estudo publicado pela revista científica Journal of Psychiatric Research¹ em pacientes diagnosticados com distúrbio depressivo grave, adotar um animal foi responsável por melhora significativa no quadro dentro de apenas 12 semanas. Já uma pesquisa da Universidade de Washington, constatou somente 10 minutos de interação com pets foram responsáveis por queda dos níveis de cortisol, principal hormônio causador do estresse.
HISTÓRICO
Levando em conta tais benefícios e a importância do contato com os animais, estes passaram a ser utilizados para meios terapêuticos como no caso da TAA (Terapia Assistida por Animais) em que acompanhados por profissionais da saúde os animais são introduzidos nos tratamentos de indivíduos ou de grupo para promover as saúdes física, mental, social, emocional e cognitiva. Este é o caso do projeto realizado pela Fundação Instintos², em Medellín, na Colômbia, que em colaboração com o Centro de Bem-Estar Animal La Perla³, desenvolveu um trabalho de seleção e treinamento de um grupo de cerca de 20 cães para a realização de TAA, no intuito de ajudar crianças, idosos e pessoas com deficiências físicas, cognitivas e sociais a desenvolverem suas habilidades. Há também a AAA (Atividade Assistida por Animais) que age com a finalidade de trazer recreação e lazer, principalmente no ambiente hospitalar, gerando momentos descontraídos. Gerando benefícios terapêuticos contudo sem uma finalidade terapêutica especifica como no caso da terapia. Contudo, ainda que muitos tratem seus animais como iguais e lhes deem todo o amor e carinho necessários, na origem da domesticação foi criado pelo homem uma mentalidade de inferioridade animal, que permeia até hoje e gera atos de descaso e crueldade contra os mesmos. Combinado ao fato de estes terem evoluído para se tornarem quase que totalmente
dependentes dos humanos e a evolução das próprias, cidades que dificulta a busca por fontes de abrigo e alimentos, existem hoje altos índices de animais abandonados nas ruas e uma falta de iniciativas do Estado para cuidado e realocação dos mesmos, além de uma baixa conscientização das pessoas sobre as necessidades desses animais.
¹Jornal de Pesquisas Psiquiátricas, fundado em 1961, pela Elsevier. ² Fundação independente que visa conectar pessoas e animais, além de lutar pela preservação do meio ambiente. ³ Entidade que cuida e coloca para adoção cães e gatos resgatados em condições de vulnerabilidade e sem lar. Figura 4: Entalhe de dois cachorros, um humano e um leão datados de 8.000/9.000 anos na Arábia Saudita. Fonte: El País, 2017. Figura 5: Gato lambendo picolé no calor. Fonte: World Animal Protection, 2019. Figura 6: Idosos e animais na Fundação Instintos. Fonte: Incrível.club.
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LEGISLAÇÃO
O que Dizem as Leis no Brasil O descaso também se reflete nas leis criadas, e sua fiscalização, pra estabelecer proteção dos animais abandonados no Brasil. Somente em setembro de 2020 foi promulgada a Lei nº 14.064/2020 que prevê detenção de 2 a 5 anos, além de multa, para aqueles que praticarem ato de abuso, maus-tratos, ferirem ou mutilarem cães e/ou gatos, alterando o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais 9.605/98 previa pena somente de três meses a um ano de reclusão, além de multa. Em menor escala, em 2008 foi aprovada em São Paulo a Lei nº12.916/2008, mais conhecida como Lei Feliciano, no intuito de que esta fosse aderida por outros Estados no resto do país, alcançando cerca de 20 destes. Ela estabelece que devem haver programas para o controle reprodutivo de cães e gatos, promoção de medidas protetivas através da identificação, registro, castração e campanhas educacionais de conscientização da população sobre a relevância de tais atividades. Segundo a lei fica proibida também a eliminação da vida destes animais pelo Controle de Zoonoses, canis ou abrigos gerais, com exceção para casos de eutanásia permitida em animais que possuem enfermidades incuráveis de risco para a saúde de pessoas ou outros animais, devendo ser comprovada por laudo técnico de órgão responsável. Aqueles com histórico de hostilidade injustificada deveram adentrar em critérios especiais de adoção e seu adotan-
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te deverá se comprometer a mantê-lo em local seguro. De acordo com o Artigo 6°, o Poder Público poderá dispor das seguintes medidas para a efetivação deste programa:
I-
A destinação, por órgão público, de local para a manutenção e exposição dos animais disponibilizados para adoção, que será aberto à visitação pública, onde os animais serão separados conforme critério de compleição física, de idade e de temperamento;
II
- campanhas que conscientizem o público da necessidade de esterilização, de vacinação periódica e de que o abandono, pelo padecimento infligido ao animal, configura, em tese, prática de crime ambiental;
III -
orientação técnica aos adotantes e ao público em geral para os princípios da tutela responsável de animais, visando atender às suas necessidades físicas, psicológicas e ambientais.
O recolhimento dos animais deve seguir protocolos de manejo, transporte, busca pelo proprietário, responsável ou cuidador de sua comunidade. É determinado o conceito de “cão comunitário”, aquele que não possui responsável único determinado, mas recebe apoio e cuidados da comunidade local, após recolhidos estes devem ser castrados e devolvidos à mesma. No caso daqueles que estiverem sadios e não forem resgatados no período de até 72 horas, deverão ser disponibilizados para adoção. A lei ainda prevê que para a execução dos objetivos programados o Governo poderá firmar convênios e parcerias com entidades de proteção ambiental, ONG’s, universidades, clinicas veterinárias e empresas públicas ou privadas. Contudo, é possível ver que ainda que com as leis de proteção muitos animais sofrem maus tratos nas ruas e mesmo em Estados em que a Lei Feliciano foi aprovada não existem as referentes campanhas, locais determinados para os animais serem disponibilizados para a adoção ou qualquer tipo de apoio a instituições independentes que podem oferecer suporte. Desta forma, os abrigos de amimais locais muitas das vezes ficam sobrecarregados, encarregados sozinhos de atender toda a demanda de cuidados, incluindo castração e medicamentos, e programa de conscientização.
ABRIGOS
O que são e como são os Abrigos Os abrigos de animais são locais construídos com o objetivo de alojar temporariamente animais e lhes dar condições mínimas de saúde e cuidado, como alimentação, proteção, lazer e tratamentos veterinários, quando necessário, até que estes encontrem um lar. Isto se dá com animais abandonados advindos de duas situações: aqueles cujos donos os colocaram nas ruas ou aqueles que já nasceram nas ruas advindos do cruzamento de outros animais em mesma situação e por isso não possuem lar; e também com outros que apenas se perderam de seus donos, que estão a sua procura. Em geral estes são cães e gatos, os mais comuns animais domésticos. Estes locais, em sua maioria, são ONG’s, Organizações Não Governamentais, ou outras instituições autônomas sem fins lucrativos, que dependem inteiramente de doações e de trabalho voluntário. Com isso, constantemente acabam por ficar sem recursos devido aos altos custos de se manter e tratar os animais, necessitando de divulgações por meio de jornais locais e mídias sociais.
Muitas das vezes os animais que encaminhados aos abrigos precisam de cuidados urgentes pois se encontram com feridas, desnutrição severa e/ ou parasitas, além de outros procedimentos como castração e higiene. Dessa forma, para que se saiba as necessidades especificas de cada animal e este seja tratado, assim que chega ao abrigo, é feita triagem e isolamento em canis e gatis individuais até que este esteja pronto para integração com o grupo e adoção. Os animais costumam chegar por meio de denúncias de maus tratos ou de abandono nas ruas, resgate por terceiros que não podem realizar seus cuidados e até mesmo dos próprios donos que não querem continuar com o animal. Como forma de se evitar que essas situações ocorram novamente, os abrigos presam por garantir que a adoção seja feita de maneira responsável, realizando entrevista e verificando documentos que comprovem moradia e condições de manutenção do animal pelo futuro tutor.
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ABRIGOS
No Brasil, grande parte dos abrigos existentes não possuem projeto arquitetônico adequado a seus usos e demanda, pois surgiram da iniciativa de cuidadores independentes e se deram a partir da adaptação de construções preexistentes, sem normas especificas para sua execução. Estes locais ainda carecem de estrutura que atraia voluntários e adotantes, já que muitas das vezes estes não possuem infraestrutura adequada, têm de realizar feiras de adoção em eventos específicos de outros espaços e promovem a adoção majoritariamente através das redes sociais. Tais fatores colaboram para a recorrente superlotação de canis e gatis, um dos maiores problemas enfrentados pelas instituições. Uma exceção é o Instituto Luisa Mell, fundado em 2015, este ganhou fama através de sua ativista e fundadora, que a anos busca defen-
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der os direitos dos animais e realiza resgates daqueles feridos ou em situação de risco por todo o país. Responsável por abrigar cerca de 300 animais, a instituição é mantida por doações e a venda de produtos tanto para os pets quanto seus donos, em seu próprio site. Dentre os produtos vendidos estão chinelos, roupas, caminhas e os Adota Pets, brinquedo de pelúcia em que a criança deve ‘resgatar’ o animal machucado e tratá-lo, estimulando desde cedo o afeto e cuidado destas para com os animais. O sucesso do instituto também advém de sua divulgação por meio das diversas celebridades que já visitaram o local e impulsionam doações e vendas. Diferentemente do que ocorre em outros abrigos, que se iniciam já com poucos recursos e alcançam baixo engajamento da população.
Figura 7 e 8: Cão quando recém resgatado, sem pelos e com grave infecção e posterioemente adoção e tratamento adequado. Fonte: Catraca Livre, 2019. Figura 9: Exemplo de canil informal, comumente encontrado. Fonte: CulturaMix.com. Figura 10: Idosos e animais na Fundação Instintos. Fonte: Incrível.club. Figura 11: Evento de adoção realizado em praça. Fonte: Diário de Pernambuco, 2018.
ABRIGOS
Parâmetros Diferentemente de outros estabelecimentos e construções normatizadas e fiscalizadas por órgãos governamentais, os abrigos de animais não possuem quaisquer tipos de diretrizes advindas da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e nem mesmo do Conselho de Medicina Veterinária, que regulamenta somente clinicas e hospitais veterinários. Em contrapartida algumas instituições e pesquisadores visam determinar medidas, parâmetros e pré-requisitos adequados aos abrigos e locais similares, como no Manual Técnico do Instituto Pasteur que visa a orientação para projetos de Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) e em que são indicados o programa funcional a ser seguido de acordo com o numero de habitantes do município, seu fluxograma e descrição de uso, materialidade e medidas de seus ambientes, desde o setor administrativo aos canis e gatis.
Similar ao Manual, há também as diretrizes para projetos físicos de Unidades de Controle de Zoonoses (UCZ) e fatores biológicos de risco desenvolvidas pela FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) que indica dimensões e materialidade dos ambientes, como piso monolítico de alta resistência ou cimentado queimado e teto de cobertura aparente, além dos seus equipamentos fundamentais e soluções de circulação, insolação e ventilação. O cinófilo e etólogo Bruno Tausz (2015) desenvolveu seu próprio modelo de canil que busca aliar uma melhor qualidade de vida ao animal à uma maior conveniência para os seus tratadores. Este divide os canis em dois cômodos, a área coberta e a descoberta (solário) pois se utiliza do sol como importante preventor de doenças e esterilizador ambiental. Suas dimensões foram calculadas para abrigar de 1 a 2 animais cães e acomodá-los de acordo com seu porte:
DIMENSÕES ÁREA COBERTA
P M G
1X1 1,5 X 1,5 2X2
DIMENSÕES
SOLÁRIO P M G
1X2
1,5 X 3 2X6
*Valores em metro de acordo com o porte do animal: pequeno, médio e grande.
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ABRIGOS Tausz ainda define outros ambientes necessários à manutenção dos canis, sendo eles: conjunto administrativo, cozinha e dependências para preparo de alimento dos animais, pátio para passeio dos cães, sala de banho e tosa, maternidade e quarentena, citando também a piscina como item opcional importante, pois promove um dos exercícios mais completos, independente da raça. Sobre a disposição dos canis, ele alerta sobre as problemáticas de permitir que os cães se vejam por grades:
“Um canil jamais deverá ser separado do outro por grade ou tela. Tecnicamente é uma incoerência permitir que dois cães separdos por uma grade se vejam e impliquem um com o outro. Além de latirem um para o outro em tempo integral, impedindo que descansem, façam suas digestões e se recuperem emocionalmente, quando soltos, fatalmente irão brigar.” (TAUSZ,2015)
A WSPA Brasil (Sociedade Mundial de Proteção Animal) produziu um guia especifico aos abrigos de cães e gatos em que define suas 3 tarefas principais e 5 necessidades dos animais, cujo local deve atender:
a.
ser um refúgio seguro para os animais que dele precisam; 14
1 – fisiológicas e sensoriais: fornecendo água fresca e uma dieta balanceada que mantenha os animais saudáveis e vigorosos; garantindo a prevenção, rápido diagnóstico e tratamento de doenças, lesões e dor; promovendo exercícios e brincadeiras, além de estímulos sensoriais do tipo químico (odores, feromônios), visual (pessoas e outros animais), auditivo (controle de latidos e barulhos) e tátil (interações com animais e pessoas, carícias, massagens e escovação regular); 2 – físicas e ambientais: providenciando espaço suficiente e apropriado para definir suas áreas de atividade, por exemplo: para descanso e para dormir confortavelmente, para se abrigar e se esconder ou isolar, para eliminação de fezes/urina, etc.; garantindo condições adequadas de sol/sombra, temperatura, umidade, ventilação, iluminação, distribuição e acesso a comedouros e bebedouros, boa higienização e desinfecção, quando for necessária; 3 – comportamentais: providenciando um ambiente apropriado e companhia de animais de sua própria espécie para expressar sua vida e comportamento natural, por exemplo: definir seu território e delimitar seu espaço (áreas de atividade), construir um ninho, cuidar dos filhotes, fuçar a terra, correr, saltar, brincar, competir, socializar, etc.; garantindo um bom nível de atividade e a oportunidade de escolha (preferências) e alternância dos seus comportamentos; 4 – sociais: proporcionando atividades e companhia de animais e pessoas, garantindo suas preferências por viver isolado, em par ou em grupo; garantindo uma boa socialização aos filhotes de cães (3ª – 12ª semanas de vida) e aos filhotes de gatos (2ª – 8ª semanas de vida); oferecendo oportunidades de interações, modulando os conflitos e brigas, identificando a organização social (hierarquia) dentro dos canis; garantindo a presença de áreas de isolamento e de afastamento para os gatos, reconhecendo o uso do seu espaço; 5 – psicológicas e cognitivas: promovendo estimulação ambiental (sensoriais), psicológica e social, incluindo, por exemplo, atividades recreativas e exploratórias, de modo a prevenir o tédio e a frustração, além de outras emoções negativas como o medo (ansiedade), tristeza (depressão), angústia, estresse, etc.; assegurando condições e tratamento que evitem sofrimento mental.
b.
funcionar como local de passagem, buscando a recolocação desses animais para lares definitivos;
c.
ser um núcleo de referência em programas de cuidados, controle e bem-estar animal.
ABRIGOS O guia também discorre, dentre diversos outros tópicos, sobre canis e gatis individuais e coletivos, determinando as condições ideais para se utilizar cada um, sendo os individuais indicados, para ambos animais, preferencialmente para: fêmeas em gestação ou com filhotes, aqueles em tratamento de feridas ou doenças e os muito agressivos. Sobre a disposição dos cães em canis coletivos, é indicado que: “O espaço mínimo requerido para cães que vivem em grupos é o mesmo que o requerido para um cão que vive em canil individual. Os animais só devem ser alojados em canil coletivo após cumprirem seu tempo na área de quarentena, com um mínimo de 10 dias de isolamento. Cuidados devem ser tomados para que não sejam reunidos animais incompatíveis quanto à faixa etária, porte e comportamento. Em canis coletivos deve-se utilizar a prática de esterilização de todos os animais ou a estrita separação por sexo.” (WSPA Brasil)
Desse modo, devido a escassez de leis e regulamentações que determinem normativas para o projeto e construção de abrigos, para o presente trabalho foram utilizados como referências os parâmetros apontados e os exemplos de outras projetos similares, bem sucedidos e em pleno funcionamento, como fonte de diretrizes projetuais.
Figura 12: Canil modelo. Fonte: TAUSZ, Bruno, 2008. Figura 13: Gatil do Centro de Controle de Zoonoses de Hortolância. Gatinho Zen. Figura 14: Gatil modelo. Fonte: FUNASA, 2003.
Piso: monolítico de alta resistência ou cimento queimado. Parede: branca lisa. Teto: cobertura aparente.
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ESTUDO DE CASO
RSPCA Burwood East NHArchitecture
Localização Burwood, Austrália Contrução 2007 Área Constrída Não informado
Figuras 15, 16, 17, 18, 19 e 20: RSPCA Burwood East. Fontes: (1) Buxton Construction, 2020; (seguintes) Holywestie, 2011. Figura 21: Maquete eletrônica do RSPCA Burwood East. Fonte: Rspcavic. Editado pela autora.
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O projeto dos canis da RSPCA (Australia Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animal) foi feito para localizar-se junto a sede da organização, de modo que os usos realizados no centro, como: pet shop, adestramento, clinicas veterinárias, centro educacional e outros, funcionassem como atrativos para a adoção de animais e meios de auxilio na arrecadação de recursos financeiros para a instituição.
Ao todo são 200 canis, distribuídos em 5 alas enfileiradas, que contam com 40 unidades divididas em 2 níveis. Todas as fileiras tem orientação de Leste a Oeste, afim de buscar a melhor iluminação natural e impedir a comunicação visual entre os cães para minimizar o estresse e latidos. O revestimento exterior do edifício, em painéis preto e branco, também foi pensado para contribuir maior conforto visual aos animais.
ESTUDO DE CASO A circulação entre os canis de um mesmo bloco é feita por um corredor frontal de vedação em vidro, o que permite que os cães recebam a luz do Sol e vejam o exterior do edifício, entre as alas adjacentes, em que foram feitos 4 pátios, compostos por cores, paginação e configurações diferentes. O edifício ainda que fechado de todos os lados conta com um sistema de ventilação natural em que foram feitas chaminés térmicas, tampões de vento e coletores de vento, afim de promover uma elevada troca de ar e temperatura agradável a todos os canis. Fazendo também com que o mal cheiro saia pelos dutos de exaustão e evite a proliferação de doenças entre os animais. Além disso, as entradas e saídas de ar são tratadas acusticamente para reduzir ruídos tanto para os outros animais quanto para as residências do entorno. Ao chegar no abrigo os cães, caso necessitem, recebem atendimento médico são colocados em quarentena por 9 dias. Nesse período estes são avaliados para doenças crônicas e problemas de comportamento e somente quando comprovadas as condições físicas e psicológicas do animal este é colocado para adoção junto aos demais.
Legendas Ar frio Ar quente Incidência solar Centro educacional Clínica Canis, quarentena e serviços Recepção, pet shop, creche, adestramento, adoção, apadrinhamento
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ESTUDO DE CASO
‘La Perla’Centro de Bem-Estar Animal Tres Architectos
O Centro “La Perla” é advindo de um programa do Ministério do Meio Ambiente Municipal em parceria com a Corporação Universitária Lasallista, responsável por recolher animais abandonados ou em situação de maus tratos, cuidando daqueles que necessitam de assistência veterinária e garantindo abrigo até a sua adoção. Os edifícios foram locados em meio à vegetação existente, feitos de modo a aproveitar as possibilidades de um terreno íngreme, usando-se cada um de dois níveis diferentes em que cada fileira de canis é posicionada, criando um desnível no interior do edifício, vencido por rampas, e dispondo de um “desencontro” entre as coberturas de modo a proporcionar luz e ventilação natural à circulação no interior dos blocos. Ao todo são 48 canis distribuídos em 2 edifícios. Dentro destes, os canis são separados em duas partes de modo que todos fiquem voltados para o exterior da edificação. Em cada uma destas fileiras são feitos dois pavimentos, sendo o primeiro para animais de maior porte (e canis maiores)
Localização Medellín, Colômbia Contrução 2014 Área Constrída 2.100m²
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e acima para os animais de médio e pequeno porte (em canis menores) de forma a possibilitar que todos contem com área coberta e solário. Nas extremidades, os edifícios contam com também com salas de apoio para banho e armazenamento. O acesso é livre, pois não possui portar de entrada, e pode ser feito de ambos os lados da circulação principal dos edifícios. Outros usos como administração e apoio veterinário são feitos em construção preexistente localizada no entorno dos canis. Sua materialidade é marcante pois é feita basicamente pelo concreto pré-moldado em sua vedação e em sua estrutura mista, que conta com pilares de concreto armado e vigas em aço. Além de aberturas irregulares em vidro que acompanham o desenho do terreno e daquelas feitas nos solários limitadas somente por grades.
ESTUDO DE CASO
Figuras 22, 23, 24, 25 e 26: ‘La Perla’ Centro de Bem-Estar Animal. Fonte: Tresarquitectos, 2014.
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ESTUDO DE CASO programa
Animal Refuge Center Arons em Gelauff Architecten
O refúgio é o maior abrigo de animais da Holanda, chegando a receber até 2.000 animais por ano, este foi feito para comportar 180 cães e 480 gatos. O edifício é voltado “para dentro”, pois organiza canis e gatis em torno de 2 grandes pátios de convivência como forma de se obter iluminação natural, ventilação, visibilidade dos animais e diminuição de ruídos para o exterior. Entre os dois pátios, estão localizados a recepção, as salas de administração, atendimento médico, auditório e serviços como forma de conseguir uma melhor locomoção dentro do edifício e melhor acesso tanto aos canis, quanto aos gatis, situados no pavimento superior, circundando um dos pátios. Para facilitar a circulação também foram pensados em diferentes acessos sendo uma entrada de veículos, que leva a principal feita pela recepção, e outra feita diretamente para a área de quarentena.
Pavimento Térreo
Localização Amsterdã, Holanda Contrução 2007 1º Pavimento
Área Constrída 5.800m²
Legendas
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Vestiários e auditório
Administração
Apoio
Quarentena
Recepção
Canis
Atendimento vetrinário
Gatis
Serviços
Pátios
Acesso à quarentena Acesso principal Acesso recepção
Figuras 27, 28, 29 e 30: Animal Refuge Center. Fonte: Archidaily, 2008. (3 e 4) Editadas pela autora.
JUSTIFICATIVA
Por que um Abrigo
Através dos estudos previamente apontados, pode se perceber que além de não atenderem à demanda e passarem por uma série de necessidades, como falta de insumos, superlotação e dívidas elevadas, em sua maioria, os abrigos existentes no Brasil não se enquadram nos parâmetros de dimensões ideias para conforto dos animais e nem mesmo nas três principais funções dos abrigos, segundo a WSPA (ver pág. 12), pois muitas das vezes seus animais não encontram um lar definitivo e estes não podem ser considerados centros de referência. Isto se dá por dois fatores centrais, a falta de recursos nestes locais, que não recebem apoio governamental e não possuem fonte própria de renda para sua manutenção, e a falta de estrutura adequada que seja tanto, receptiva para aqueles que querem adotar um animal ou desejam ajudar algum tipo de instituição, quanto convidativa para que os que não conhecem o local desenvolvam curiosidade e interesse pela causa. Diferentemente dos abrigos mostrados nos estudos de caso, que foram totalmente planejados para suas atividades e alcançam um perfil de excelência. Ressaltando a importância de ser feito um projeto arquitetônico devidamente pensando para conciliar as atividades e necessidades dos abrigos. Para além de um serviço de cuidado aos animais, os
abrigos são fundamentais para a saúde e segurança da população, pois os cães e gatos nas ruas são fontes de transmissão de zoonoses como a giardíase, o bicho-geográfico, a toxoplasmose, a Leichmaniose e a mais grave de todas, a raiva, que pode levar o indivíduo contaminado rapidamente a morte. Todas essas são facilmente precavidas com a vacinação e vermifugação adequada dos animais, o que não ocorre no caso daqueles que estão abandonados. Outro fator de risco aos seres humanos são os acidentes de trânsito decorrentes da circulação de animais em vias de alto fluxo. Ademais com a vida nas ruas alguns animais acabam se tornando indóceis por diversos motivos como, reflexo de proteção desenvolvido a maus-tratos, dores de feridas e/ou doenças, fome e sede, levando-os a atacar pessoas quando se sentem acuados, ainda que estas não lhe façam mal ou até mesmo tentem ajuda-los. Dessa forma, é necessária a criação de um abrigo que atenda corretamente os parâmetros estipulados por especialistas, seguindo o modelo de outros que conseguiram alcançar seus objetivos, através de um projeto idealizado propriamente a sua finalidade e que também auxilie na arrecadação de recursos, além de ser de fácil acesso a população e ajudar na conscientização da mesma.
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ESTUDO DO LUGAR
O Abandono em Goiânia
A situação de abandono de animais domésticos é mundial, e vem sendo tratada de diferentes formas ao redor do mundo. Diversos países já se adiantaram em relação a este tema e em 2017 a Holanda tornou-se o primeiro país no mundo a erradicar o abandono de animais através de políticas públicas. Elas se basearam em 3 pontos principais: campanhas de castração gratuita, aplicação de multas altíssimas, que ultrapassavam os milhares de euros, para aqueles que abandonassem seus animais e taxação de imposto sobre aqueles que optassem por comprar animais de raça, como forma de incentivar a adoção. Mas esta realidade ainda não é próxima à maioria dos países. Atualmente, segundo a World Veterinary Association¹, há cerca de 200 milhões de cães, abandonados no mundo, além das outras espécies de animais. Quando nos voltamos para o Brasil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula-se que haja mais de 30 milhões de animais abandonados, entre estes, cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães, segundo dados de 2013. Este número representa 14,92% da
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população humana do país no mesmo ano (201.032.714 pessoas). Segundo levantamento do Instituto Pet Brasil, no país existem cerca de 370 ONGs voltadas para a proteção animal, estas, com base em uma estimativa através da capacidade máxima destes locais abrigam aproximadamente, 172.083 animais abandonados. Dentro do número total de ONGs, 49% estão localizadas na região Sudeste, 18% na região Sul, 7% no Nordeste, 12% no Norte e somente 7% (cerca de 25 unidades) em toda região Centro-Oeste. Somente em Goiânia, segundo dados, de 2016, do Centro de Zoonoses, são 200 mil animais abandonados, entre cães e gatos². Segundo estimativas para o ano de 2020 pelo IBGE³, Goiânia tem uma população de aproximadamente 1.536.097 pessoas, o que faz com que seus animais abandonados representem em torno de 13,02% sobre sua população humana. E são ao todo somente 12 ONGs oficiais voltadas para o amparo destes animais em todo o Estado. Estas operam em superlotação, sem recursos, até mesmo com dívidas, e estão longe de conseguir suprir a demanda.
¹Associação Veterinária Mundial ² Fonte: Jornal A Redação ³ Fonte: IBGE Goiânia
ESTUDO DO LUGAR Há ainda outras dificuldades encontradas por estes abrigos inclusive com os custos com atendimento veterinário, que poderia ser minimizado pois há previsão em lei municipal há quase 2 anos, a construção do Hospital Público Veterinário de Goiânia, que se encontra ainda em fase licitatória e que seria responsável, dentre outras ações pelo atendimento a animais da população de baixa renda, ONG’s, protetores independentes e animais abandonados, além de realizar triagem para a adoção ou encaminhamento para o Centro de Controle de Zoonoses em caso de doenças que ofereçam risco à população, programas de conscientização para posse responsável e fiscalização de maus-tratos. Enquanto isso, para estes atendimentos a preços mais acessíveis, muitos recorrem ao Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da UFG, que realiza consultas em animais domésticos por R$80,00, um custo ainda alto para abrigos responsáveis por dezenas de animais e que têm de arcar com medicamentos e alimentação.
Figura 31: Campanha de Castração da União Libertária Animal. Fonte: ARedação, 2016. Figura 32: Fêmea e seus filhotes abandonados em Goiânia. Fonte: Jornal Opção, 2018. Figura 33: Apoiadora independente que mantém sozinha mais de 40 cães em Goiânia. Fonte: Mais Goiás, 2017.
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ESTUDO DO LUGAR Outro custo alto para as ONG’s são as castrações, que segundo pesquisa feita pelo jornal A Redação, custam em média R$400,00 em clínicas particulares da cidade. Sua falta é umas das grandes responsáveis pela superpopulação de animais nas ruas. Mas a falta de informação e conscientização pela população inibem a realização do procedimento e torna responsabilidade das ONG’s entregarem seus animais para os novos donos já castrados. Em Goiânia, mesmo já tendo sido aprovado a 4 anos, somente este ano foram liberados recursos para realização do ‘castramóvel’, programa que tem por objetivo circular a cidade castrando animais abandonados ou que vivem com pessoas sem recursos. Ainda em 2019 foi sancionada a Lei nº 20629/19 que define maus tratos como abandono de animais em vias públicas ou ambientes inabitados, agressões, privação de alimento, confinamento, acorrentamento ou alojamento inadequado, que deve possuir dimensões adequadas para o porte da espécie, espaço para movimentação, incidência solar, sombra, ventilação e fornecimento de alimento e água limpa. Para aqueles que infringirem a lei as penas são a apreensão do animal e recolhimento em local adequado, a proibição da criação de animais por 1 a 5 anos e multa com valor entre R$800,00 e R$5.000,00.
Contudo, até o mês de abril de 2020, o número de animais abandonados já aumentou 60% devido a pandemia do Covid-19, segundo Lucíola Cascão Correia, presidente da ONG Anjos Peludos¹. Não se tem provas de que os animais domésticos transmitam a doença, mas a desinformação e a falta de recursos para mantê-los fez com que muitos recorressem aos abrigos - que também se encontram abalados financeiramente devido a doença -, o que não configura crime já que este seriam um lugares adequados para animais. Sendo assim, Como forma de divulgar e popularizar a adoção, e conscientizar a população sobre o abandono, além de suprir parte da demanda dos animais abandonados da cidade, foi pensada a criação de um abrigo que obtenha maior visibilidade da população através de uma estrutura física adequada, não somente para proteger estes animais, mas também favorecer a interação com voluntários e a realização de feiras de adoção. Pois, além de não atenderem a demanda, as ONGs da cidade dependem diretamente de parcerias para feiras de adoção e mídias digitais para manter a si próprios e conseguir que seus cães e gatos sejam adotados.
¹ Uma das ONG’s oficiais que atuam na cidade de Goiânia e que abriga mais de 600 animais. Figura 34: Mapa de Goiânia. Fonte: Google Maps, 2020. Editado pela autora. Figura 35: Village Venza. Fonte: Google Maps, 2020. Editado pela autora.
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ESTUDO DO LUGAR
O Lugar
Legendas Village Veneza Avenida Milão Condomínio horizontal Condomínios verticais Pq. Bernardo Élis Lote
Localizado no bairro Village Veneza, o terreno foi escolhido por contar com grande número de lotes vagos em seu entorno, proximidade com a Avenida Milão, retentora de grande parte do comércio e serviços da região e responsável por atrair público de bairros vizinhos, além de
sua face mais abrangente estar voltada para o Parque Bernardo Élis, também gerador de alto fluxo de pessoas no dia a dia, principalmente aos finais de semana. A região também é bem conhecida por seus diversos condomínios verticais e o condomínio horizontal, Residencial Granville, com a população majoritariamente de alto poder aquisitivo que movimenta a economia local. Tais fatores colaboram para um fácil acesso e visibilidade do projeto, o que será fundamental para seu bom funcionamento já que boa parte de sua receita será oriunda da movimentação de pessoas nos espaços abertos ao público, e também para a atração de novos donos e cuidadores voluntários para os animais.
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ESTUDO DO LUGAR
Principais Vias
Legendas Village Veneza Lote Vias Coletoras Vias Arteriais
Legendas Lote Vias Coletoras Vias Locais Córrego Macambira
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Figura 36: Mapa Viário. Fonte: Google Maps, 2020. Editado pela autora. Figura 37: Village Venza. Fonte: Prefeitura de Goiânia, 2018. Editado pela autora.
O setor é composto principalmente por vias locais, de pouco fluxo, e circundado por duas vias coletoras: Avenida Trieste e Avenida Parque, onde o lote está localizado e que marca a divisa entre o setor e o Parque Bernardo Élis. Estas servem de acesso principal ao terreno escolhido. Podendo se chegar até elas através da Avenida Milão – retentora da maior parte de comércio e serviços da região -. Av. Berlim, Av. Veneza, Av. Itália, Av. dos Alpes e T-9, todas de maior fluxo e passagem para outros setores da cidade. O que torna chegada ao local escolhido fácil, porém sem que haja ruídos externos excessivos decorrente de vias de maior tráfego e alta periculosidade para aqueles que estiverem em áreas externas locadas no projeto. Levando maior conforto e segurança ao local.
ESTUDO DO LUGAR
Uso do Solo
Figura 38: Village Venza. Fonte: Prefeitura de Goiânia, 2018. Editado pela autora.
Legendas Lote
Não id.
Pq. Bernardo Élis
Escritórios
Córrego Macambira
Lava-jato
Lotes vazios
Distribuidora
Residências
Igreja
Condomínios verticais Restaurantes Salão de festas Food Park
Na região há a predominância do uso residencial, seguida de muitos lotes vagos, alguns comércios e serviços pontuais, e o parque, fazendo com que ainda que próximo de casas, este seja um local tranquilo, bem inserido na cidade e de maior visibilidade.
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ESTUDO DO LUGAR
Gabarito
Figura 39: Village Venza. Fonte: Prefeitura de Goiânia, 2018. Editado pela autora.
Legendas Lote Pq. Bernardo Élis Córrego Macambira Lotes vazios 1 Pavimento 2 Pavimentos 22 Pavimentos
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A maior parcela das construções do setor é térrea tendo também um número significativo de edifícios de 2 pavimentos, coexistindo com outras 9 torres residenciais de 21 pavimentos locadas nos condomínios Joy Invent Total Clube e Invent Max.
ESTUDO DO LUGAR
Equipamentos
Legendas Village Veneza Lote Pontos de ônibus Delegacia Escolas Terminal Bandeiras
Legendas Lote Pq. Bernardo Élis Córrego Macambira Postes - energia e luz Esgoto
Figura 40: Mapa de Equipamentos. Fonte: Google Maps, 2020. Editado pela autora. Figura 41: Village Venza. Fonte: Prefeitura de Goiânia, 2018. Editado pela autora.
Margeando o setor são encontrados 6 pontos de ônibus, além do Terminal Bandeiras que está a menos de 2km do terreno escolhido. Este se encontra também a cerca de 1,4 km do 7º Batalhão de Policia Militar e está próximo a duas escolas, estadual e municipal. O bairro é bem servido de bueiros, postes de energia e iluminação e sinalização. Enquanto mobiliários como bancos, lixeiras, bebedouros e até banheiros públicos são encontrados no parque com que o lote faz vizinhança.
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ESTUDO DO LUGAR
Topografia
Figura 42: Mapa Topográfico de Goiânia. Fonte: Topographic-Map, 2016. Editado pela autora.
O terreno encontra grande desnível topográfico de aproximadamente 8,5% em seu lado mais íngreme. Este tem caimento em direção ao parque, devido a presença do Córrego Macambira, que rege a topografia local.
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ESTUDO DO LUGAR
Clima
Direção do Vento
Legendas Village Veneza Lote Pq. Bernardo Élis Ventos úmidos vindos do pq.
Figura 43: Mapa de Insolação. Fonte: Google Maps, 2020. Editado pela autora. Figura 44: Grafico de direção dos ventos de Goiânia. Fonte: Weather Spark, 2016. Editado pela autora.
Devido a presença do parque, composto por densa massa vegetativa e curso hídrico, bem próximo, o clima local se torna mais ameno durante o dia e frio a noite, além de fazer com que os ventos que vem do leste sejas mais úmidos. O acesso principal, na parte mais baixa do lote, é voltado à sudeste propiciando uma incidência solar mais favorável a essa região.
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PROPOSTA
O Centro de Bem-Estar Animal busca atender a demanda de abrigo para cães e gatos abandonados em Goiânia, contemplando não só suas necessidades de cuidados básicos, mas também lhes dando qualidade de vida até sua adoção. Sendo também um elo de conexão entre a população e a causa animal, levando conscientização e atraindo futuros tutores e colaboradores. Para tal, foi escolhido lote no setor Village Veneza, , logo em frente do Parque Bernardo Élis, no intuito de ser um local de fácil acesso e que desperte a curiosidade e interesse das centenas de pessoas que passam ao lado todos os dias e de moradores da região. No intuito de garantir o melhor bem-estar possível ao animal durante sua estadia, foram criados espaços para além de seus alojamentos, que oferecessem lazer, exercícios, brincadeiras e socialização com pessoas e outros animais. Foram então pensados pátios específicos para os gatos e para os cães, contando este último com uma piscina. Os próprios canis e gatis também foram criados para gerar conforto, seguindo as medidas e estimativas sugeridas nos estudos apresentados no trabalho, como as do guia da WSPA, o cinófilo Bruno Tausz e o observado nos estudos de caso. Para os canis, foram estipuladas 3 tipologias: o tipo 1 são para aqueles ainda indóceis ou de grande dificuldade
32
de socialização com outros animais e que necessitam de espaço individual, já os tipos 2 e 3, são canis coletivos que podem acomodar de 5 a 10 cães a depender de seu porte, alocados juntos de acordo com comportamento, faixa etária e sexo, sendo o primeiro tipo principalmente para os de médio e grande porte e o segundo para pequeno e médio. No caso dos gatis, todos são coletivos contudo, contam com prateleiras para gaiolas individuais, e chegam a comportar cerca de 15 gatos. Há também baias de quarentena para os animais que acabaram de chegar e que precisam de tratamento, seguindo protocolo de isolamento. Como fator de conexão com o publico foram projetados espaços que atraiam tanto aqueles que já tem um ou mais animais, quanto para aqueles que escolheram ou não podem ter. Através de uma área de convivência aberta e arborizada com um pet park, para aqueles que querem um espaço de lazer desenvolvido especialmente para brincar com seus animais, um pet shop completo e um café, sendo estes últimos conjuntamente responsáveis por gerar renda para manutenção do abrigo. Há também uma recepção que fará o intermédio entre aqueles que querem adotar um animal, contribuir com dinheiro ou como voluntários e os animais do Centro.
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Centro de Bem-Estar Animal
PROPOSTA
33
FLUXOGRAMA
PROPOSTA
Para maior fluidez os ambientes sociais tem como núcleo a área de convivência aberta e há conexão direta do setor social e de serviço, já que neste irão trabalhar tanto aqueles atendem às atividades comerciais quanto somente o abrigo, sem que seja necessário no entanto, que visitantes passem pelo setor de serviço para chegar aos canis e gatis. Similar ao setor social, o interior do centro gira em torno do pátio dos cães, sendo possível o acesso direto do setor de serviço às áreas dos cães, gatos e quarentena, tanto quanto, fazer uma volta completa passando pelos 3 setores.
34
Social
Cães e Gatos
2 Café
16 Triagem
3 Pet Shop
17 Sala de tratamento
1 Pet Park e convivência
4 Banho e Tosa 5 Recepção 6 Sanitários 7 Sala do adestrador
Serviço 8 Administração 9 Copa 10 Sala de descanso
15 Baias de Quarentena
Gatos 18 Gatis 19 Pátio 20 Depósito
Cães 14 Piscina
11 Sala de Reunião
21 Banho e Tosa
12 Vestiários
22 Canis
13 Sala de entrevista (adoção)
23 Depósito
PROPOSTA
DIAGRAMAS Evolução Terreno
Evolução Forma
Terreno inicial
Setorização em volumes
Adaptação da topografia em níveis
Disposição da planta nos volumes
Ajuste à forma final
Melhora dos espaços de convivência
35
PROPOSTA
TOPOGRAFIA +SETORIZAÇÃO
Legendas Nível 0,00 Nível +3,00 Nível +6,00
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Devido à alta declividade do terreno e a necessidade de grandes áreas livres, foram criados 3 platôs, nos níveis 0, +3 e +6, acompanhando seu caimento, para melhor aproveitamento do espaço, seguindo divisão de acordo com sua setorização. O primeiro nível é responsável por todo setor social, o segundo pelo de serviço, quarentena e parte dos canis e o terceiro pelos gatis e parte dos canis.
PROPOSTA
NÍVEL 0 Voltado para a Avenida Parque, neste nível foram implantados o café, com dois banheiros e sua cozinha, o pet shop, seu banho e tosa, recepção do centro, sala de entrevistas para possíveis tutores, sanitários para visitantes e também a área de convivência e pet park, localizados no
centro. Esta disposição foi feita devido ao alto fluxo da via e do parque, no intuito de tornar o setor social convidativo e lhe dar visibilidade, e aproveitando a disposição de fachadas a leste e sul. Neste nível está o acesso principal, feito por pedestre e veículos tanto pela Avenida quanto pela Rua VV7.
1 Pet Shop 2 PNE 3 Sala do adestrador 4 Banho e tosa 5 Recepção 6 Café 7 PNE 8 Depósito 9 Sanitário
37
PROPOSTA
NÍVEL +3
1 Adm. 2 Sala de descanso 3 Copa 4 Sala de reunião 5 Vestiários 6 PNE 7 Sala de entrevista 8 Mezanino Café
38
Neste nível está o segundo platô, nele foi locado os setores de serviço e de atendimento de cães e gatos, faciliantando o percurso para funcionários. Há também parte dos canis, tipo 1 e 2, cuja disposição dos canis foi feita de forma que estes ficassem voltados a noroeste como forma de apro-
veitar a insolação, necessária para se evitar a propagação de doenças, evitando umidade, mas sem fazer com que ficassem totalmente expostos ao Sol. O pátio dos cães foi locado no centro, permitindo maior visibilidade de todos os setores internos e controle dos animais quando soltos.
9 Depósito canis 10 Canis tipo 2 11 Canis tipo 1 12 Piscina
13 Triagem 14 Sala de tratamento 15 Área de descontaminação 16 Baias de quarentena
PROPOSTA
NÍVEL +6 Aqui foi criado um terceiro platô, onde foram locados os gatis, seu pátio, banho e tosa interno e canis tipo 1 e 2, além dos canis tipo 3 posicionados sobre os canis do nível inferior, permitindo acesso ao nível tanto pelo setor dos gatos quanto dos cachorros através de rampas, e um bom fluxo
entre as duas áreas, setor de serviço e quarentena. A disposição no nível também busca favorecer uma boa visualização do pátio interno, já que seus edifícios lhe circundam.
1 Depósito setor dos gatos 2 Gatil 1 3 Gatil 2 4 Pátio dos gatos 5 Banho e tosa abrigo 6 Canil tipo 2 7 Canil tipo 1 8 Canil tipo 3
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PROPOSTA
PLANTA DE COBERTURA B
C
B
40
PROPOSTA
A
C
A 41
PROPOSTA
CORTE AA REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL
CONTENÇÃO DE INCIDÊNCIA S
Devido aos altos gastos de água decorrentes da limpeza frequente dos canis e gatis, além dos banhos dado aos animais e a manutenção da piscina, o reaproveitamento de água da chuva se faz uma boa opção tanto para a redução de despesas quanto para a adequação a um consumo sustentável.
Nos corredores dos canis foram pens tanto que protegessem os funcionár chuva durante seus percursos quan sombra nos canis próximos. Assim com sição dos canis em dois níveis permite cobertura parcial.
+6,00
42
PROPOSTA
CONFORTO + TECNOLOGIAS CORES
SOLAR
Visto em grande parte dos pet shops, o uso das cores é mundialmente conhecido por servir como fator de atração de clientes e compradores, chamando também a atenção daqueles que circulam na região. Contudo, segundo estudos, cães e gatos conseguem diferenciar somente uma parcela limitada de cores do espectro devido a um menor número de cones na retina, sendo as principais o amarelo e o azul. Desse modo, estas foram as cores que nortearam a paleta de cores do projeto.
sados beirais rios do sol e nto criassem mo a justaposolários com
+6,00
+3,00
+3,00
0
5
15
30 43
PROPOSTA
TELHA TERMOACÚSTICA
PAINÉIS
Mais conhecida como telha sanduiche esta foi escolhida por ser uma opção, tanto de cobertura +2,00 quanto de vedação viável em casos como o do canil, que necessita de conforto térmico para os animais e de redução de ruídos para o exterior, além de possuir bom custo benefício, requerer menor inclinação da cobertura, reduzir a humidade, dispensar o uso de forro e ser de fácil manutenção.
Com gran nutenção opção viá terferir na
+3,00
0,00
+3,00
0,00
44
PROPOSTA
CORTE BB +6,00
+6,00
S SOLARES
SISTEMA DE RECICLAGEM DE ÁGUA
nde consumo de energia para mao dos espaços, estes se fazem uma ável para gerar economia, sem ina estética e qualidade do local.
Devido ao alto consumo de água para a limpeza dos canis, que pode ocorrer em torno de duas vezes ao dia, um sistema de reciclagem poderia ajudar a economizar significativamente o consumo no local.
0
2,5
7,5
0
15
2,5
7,5
15
0,00
0
+6,00
2,5
7,5
15 +3,00
+6,00 +3,00
0
5
0
2,515
7,5
15 30 45
PROPOSTA
CORTE CC
MASSA VEGETATIVA
VENTILA
Para se criar maior isolamento acústico e conforto térmico foi pensada área verde no contorno do edifício como um segundo muro. E que criará também maior integração entre o abrigo e o parque a sua frente.
Os canis face e jan zada e aju ças nesse
+6,00
+6,00 +3,00
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AÇÃO NATURAL
ILUMINAÇÃO NATURAL
contam com solário e em uma nelas na outra, cria ventilação cruuda a evitar proliferação de doenes espaços.
A disposição dos edifícios, principalmente dos canis, visa obter o maior aproveitamento possível da luz do Sol, altamente importante para que iniba umidade e proliferação de doenças.
+3,00
0
5
15
30 47
PROPOSTA
48
PROPOSTA
RENDERS
49
PROPOSTA
50
PROPOSTA
51
PROPOSTA
52
PROPOSTA
53
PROPOSTA
54
PROPOSTA
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REFERÊNCIAS
https://www.jcnet.com.br/noticias/nacional/2019/08/562209-brasil-tem-3-9-milhoes-de-animais-em-condicao-de-vulnerabilidade.html https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasil-tem-30-milhoes-de-animais-abandonados https://canalcienciascriminais.com.br/abandono-animais-crime-silencioso/ https://www.thebodyshop.com.br/beleza-do-mundo/o-que-fez-holanda-ser-o-primeiro-pais-do-mundo-sem-animais-abandonados/ https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/03/16/goiania-nao-possui-atendimento-gratuito-para-animais-abandonados-ou-de-pessoas-de-baixa-renda.ghtml https://www.aredacao.com.br/noticias/69270/animais-de-rua-de-quem-%20-e-a-responsabilidade http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=23787 https://portal.al.go.leg.br/noticias/106249/governo-sanciona-lei-que-pune-quem-maltratar-animais http://ohoje.com/noticia/cidades/n/174653/t/mais-de-30-mil-cachorros-vivem-em-situacao-de-abandono-em-goiania https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/04/16/abandono-de-animais-domesticos-em-goiania-aumenta-cerca-de-60percent-por-conta-da-pandemia-do-coronavirus-diz-ong.ghtml https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/castramovel-finalmente-deve-se-tornar-realidade-em-goiania-235108/ https://olharanimal.org/prefeitura-de-goiania-go-abandona-animais/ http://arcabrasil.org.br/index.php/oficial-cresce-o-numero-de-animais-abandonados/ https://incrivel.club/admiracion-animales/en-colombia-los-perros-sin-hogar-son-entrenados-para-colaborar-en-terapias-que-ayudan-a-personas-mayores-y-con-discapacidades-976560/
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REFERÊNCIAS
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