A rena e a Ilha do Sol Fรกtima Pombo
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dezembro de 2020
A rena e a Ilha do Sol O Pai Natal vive na Lapónia Como sabemos, o Pai Natal vive numa terra chamada Lapónia. O Pai Natal, os duendes e as renas. Também há ursos, lobos, linces, alces, veados, lebres, esquilos, castores e muitos outros animais. A Lapónia é uma terra que fica muito longe e que tem muita, muita neve. Mesmo quando é verão, há neve na Lapónia. Então, quando é inverno, podem imaginar como está tudo branquinho por todos os lados! O Pai Natal já está habituado àquela paisagem e vive lá todo o ano, à espera das cartas das crianças que lhe escrevem a pedir prendas e a explicar que se portaram muito bem. Há só um dia que o Pai Natal sai da Lapónia. É no dia 24 de dezembro. O Pai Natal sai de manhã cedo no seu trenó puxado por renas e carregado de presentes para distribuir nessa noite. As renas que puxam o trenó do Pai Natal não são umas renas quaisquer. Pelo contrário! São 2
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umas renas mais inteligentes e com mais músculo para poderem fazer uma viagem tão longa e não se perderem nunca. São umas renas mesmo muito especiais e, por isso, também são muito raras. O Pai Natal conta com a ajuda das suas renas de ano para ano e não se preocupa mais com o assunto. Ele já tem muito que fazer com os presentes das crianças. Claro que também precisa da ajuda dos duendes para fazer os embrulhos. Então, vamos lá ver o que está a acontecer na Lapónia no dia 23 de dezembro. O dia 23 de dezembro Neste dia, os duendes estão muito atarefados porque têm de acabar de pôr os laços nos presentes todos, depois têm de metê-los no saco gigante do Pai Natal e, finalmente, transportar o saco para dentro do trenó e amarrá-lo com todo o cuidado. (...) No dia 23 de dezembro, todos os habitantes da Lapónia estão realmente muito atarefados, porque já falta muito pouco tempo para o Natal. (...) Depois do Pai Natal ter verificado o grande trenó, dirigiu-se para um certo local da floresta onde as suas renas especiais e raras estavam reunidas. O Pai Natal só quer dizer-lhes 'olá' e confirmar que está tudo pronto para 3
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a viagem do dia 24, logo pela manhãzinha, porque o caminho a percorrer é muito, muito longo. Quando chega ao pé das renas, verifica, com grande surpresa, que há uma certa confusão entre elas e que uma delas tem um trenó pequenino amarrado ao corpo. Então, pergunta o Pai Natal: - Porque é que estão tão desassossegadas, minhas amigas? Nessa altura, as renas ficam muito caladinhas, mas
voltam-se
em
conjunto para a rena que tinha um trenó pequenino. Ela sente que tem de dar uma explicação e começa assim: - Pai Natal, é verdade que sou muito tua amiga e que já viajei contigo muitos, muitos Natais, mas quero confirmar que este Natal não quero passá-lo na neve. Quero viajar até à Ilha do Sol e passar lá uns dias com outros animais meus amigos. - O quê, rena? - pergunta o Pai Natal espantado. - Mas tu sabes que eu preciso de ti para levar as prendas às crianças de todo o mundo. 4
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- Eu compreendo o que dizes, mas este ano não contes comigo. Já não aguento mais neve, tenho mesmo de ir para a Ilha do Sol, onde está quente, onde há um bosque muito belo e verde e regatos de água fresca. - disse a rena. (...) - Muito bem, não se fala mais nisso. - declarou o Pai Natal. - Vou ter de encontrar uma rena que te substitua. - Nisso, posso ajudar-te se quiseres. - ofereceu-se a rena. - Quando partes para a Ilha do Sol? - perguntou o Pai Natal. - Parto hoje, ao pôr-do-sol, para chegar lá amanhã, quando o sol estiver a nascer. - respondeu a rena. E com aquela resposta, foram à procura de outra rena também inteligente e com bons músculos para substituir a rena que ia de férias. O dia 24 de dezembro Na clareira da floresta estava tudo pronto para a partida. O trenó estava preso às renas que, apesar de estarem habituadas ao frio, tinham um cachecol ao pescoço e um barrete na cabeça. O saco, apinhado de presentes até cá cima, estava bem apertado e amarrado 5
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ao trenó com fios bem fortes. O Pai Natal apareceu tal como o conhecemos com o seu fato vermelho e o seu barrete. Também trazia um cachecol, igual ao das renas e uma enorme tablete de chocolate para ir comendo durante a viagem. Quando se sentou no seu lugar, verificou que tinha a lista com o nome das crianças e as respetivas prendas para não se enganar. (...). Mas, desta vez, o Pai Natal trazia na mão um presente que não estava no saco gigante das prendas das crianças. - Para quem será aquele presente? - perguntaram as renas entre si. (...) Continua.. no livro, claro!... Excerto do texto original
In: "Por ser Natal", Fátima Pombo e outros, Ed. Trinta por uma linha, Vila Nova de Gaia.
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