CENTRO DE APOIO AO MORADOR DE RUA ARQUITETURA DE INCLUSÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROF. ORIENTADOR: LUÍS SALVADOR LEONARDO WEIGERT
DORMIU EM UMA CAMA QUENTINHA ESTA NOITE?
EIXO 1 INTRODUÇÃO Segundo o MNPR, há em torno de 3.200 pessoas em situação de rua em Curitiba (dados de 2018, fonte – Prefeitura de Curitiba). A FAS – Fundação de Ação Social de Curitiba, conta hoje, com cerca de 742 vagas. Além das vagas disponibilizadas pela FAS, o município de Curitiba conta ao todo, com 1.800 vagas entre albergues e outras instituições parceiras, qual seriam insuficientes se comparados com a quantidade de pessoas em situação de rua. O grande problema não são apenas a quantidade de vagas insuficientes, mas a recusa por grande parte dessa população em aceitar ajuda, e passar a noite no abrigo. Segundo pesquisas feitas pelo governo federal (pesquisa de âmbito geral no Brasil), apenas 22,1% dormem em albergues ou outras instituições. Mais de 45% preferem dormir na rua. Dentre os mais variados motivos, o termo “Liberdade” aparece diversas vezes quando questionados sobre as causas pelas quais acabaram indo para rua, e o por que se recusam a frequentar estes espaços.
Diante dos fatos, os motivos pelos quais me levaram a realizar este trabalho, dentro de minhas possibilidades como futuro Arquiteto, vendo o modo e o descaso de como a sociedade trata essa parcela da população, um problema que assola não só Curitiba, mas grande parte do Brasil, e a maneira como isso reflete na paisagem urbana, gerando uma espécie de Arquitetura ostensiva, repelindo as pessoas e fugindo do seu verdadeiro propósito de servir à elas, e proporcionar o bem estar de todos. Frente a isto, não poderia eu, negar minha obrigação de contribuir para um futuro melhor para estas pessoas, assim como para minha cidade, e por mais pequena que seja esta contribuição, recusei-me a negligência-lá, encarei os fatos, e mesmo que por um breve momento, esta ação possa nos trazer um ar de esperança e servir como fonte de inspiração, para todos aqueles que de alguma forma, possam também, contribuir para um futuro melhor. "O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor." - Madre Teresa de Cálcuta.
PANORAMA SÓCIO CULTURAL
CONTEXTO GERAL
OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO
Em 1975 um trabalho investigativo realizado na cidade de são Paulo, intitulado são Paulo crescimento e pobreza, revelou que as peculiaridades dos problemas á cerca da população de rua não decorria apenas da migração, mas sim da desproporcional desigualdade social, resultantes portanto da má distribuição da riqueza que não existe somente nas grandes metrópoles, mas em todo o país. No estudo das grandes migrações rurais para os centros urbanos conclui-se que os migrantes se deslocavam de seu local de origem para sair da crise em que se encontravam, e levavam sua família tendo assegurado seu apoio para tal mudança a partir dela. Porém aqueles migrantes que não conseguiram um trabalho registrado, com salário baixo que só dava para suprir seus gastos pessoais, não puderam sustentar a família e, então passaram a viver sozinhos nas grandes cidades, resultando muitas vezes na mendicância como forma de sobrevivência. Os migrantes também foram o perfil que ocupou as periferias dos grandes centros urbanos já no final da década de 1980 sendo um período de grande expansão urbana.
Diversas são as causas que os levam a morar na rua, mas em comum à todos eles, a fragilidade, a condição financeira, e a não ser o fato de terem apenas o próprio corpo e algumas poucas mudas de roupa. A ocupação dos espaços públicos de forma permanente, e a realização de atividades e necessidades em um local público, quando as mesmas são consideradas íntimas e privadas, começam a gerar um conflito entre aqueles que não vivem a mesma realidade, mas compartilham do mesmo local.
Com o fim do regime militar, e a redemocratização do país, vieram à tona a necessidade urgente da implementação de políticas públicas, na qual a própria constituição reconheceria e seria capaz de assegurar o acesso dessa população aos serviços essenciais.
Arquitetura ostensiva e o não lugar:
Diferentes setores passaram a articular e discutir entre si, um meio pelo qual seria possível garantir os direitos de cidadania à todos, reivindicando os direitos à moradia, saúde, educação, igualdade de direitos (mulher, criança, negros, homossexuais, idosos), reforma agrária, meio ambiente e melhores condições de vida nas grandes cidades (reforma urbana, segurança,fim da violência).
A atribuição de novas funções realizadas no espaço público quase nunca são bem vista aos olhos da sociedade, são consideradas um incômodo e uma deturpação da à imagem da cidade. Políticas higienistas como forma de mascarar o problema, e a conformação de uma arquitetura ostensiva, além da consolidação de não lugares, estão cada vez mais comuns, e isto ainda ocorre nas áreas mais nobres da cidade.
Não é preciso procurar muito para se deparar com um local deste, provavelmente você só não se deu conta porque isto não o atinja de forma direta, basta prestar atenção em alguns detalhes para identificar um “não lugar” ou como a arquitetura se mostra ostensiva com essa população: Grades, muros, vasos de flores, espetos, tudo o que dificulte a acomodação sob as marquises.
“A rua tem um ímã, acho que é a liberdade” Autor não identificado
PERFIL DO USUÁRIO Segundo Decreto de Nº 7.053 DE 23 de Dezembro de 2009, considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
OS 4 ESTÁGIOS DE TRANSFORMAÇÃO DO INDIVÍDUO: 1 fase: período de 1 a 3 meses, nessa fase o indÍviuo ainda não se considera como pessoa em situação de rua, mantendo hábitos e permanecendo isolado dos demais. Ainda procura por emprego, documentos de identificação, possui roupas e cuida da higiene pessoal. Nessa fase ele tenta se reconciliar com a família pelos eventuais erros que cometeu, sendo que sua reinserção familiar é considerada mais fácil.
(TARACHUQUE, 2012 p.20) “População em Situação de Rua”, evita uma conotação pejorativa, carrega o sentido de altivez, sujeito de direito e transformação, pois é utilizado por órgãos de representantes e assistências dessa população e por alguns espaços institucionais como o Ministério Público e Ministério do Desenvolvimento Social. Assim sendo, a população em Situação de Rua “faz parte de um conjunto de trabalhadores sem atendimento a seus direitos sociais mínimos” e que sem eles acabam vivendo num limite da “sobrevivência e da dignidade humana”.
2 fase: de 3 a 6 meses vivendo nas ruas, apesar de ainda ter dificuldade de se reconhecer como pessoa em situação de rua, já visitou algum abrigo ou casa de convivência, aceitando ajuda quanto a alimentação e eventualmente procurando comida em lixeiras, já começando a não manter bons hábitos de higiene, apesar de ainda sentir vergonha por seus hábitos. É sentida a dificuldade em arrumar emprego e até em aceitar propostas de trabalho. A esta altura, tem mágoas da família e começa a responsabiliza-la por sua condição de vida. Não aceita falar da vida pessoal, mas ainda deseja ser “perdoado” . A recuperação dos vínculos familiares fica mais difícil. (PMMC,2011).
(TARACHUQUE, 2012 p.20) Tarachuque em sua pesquisa cita a definição que Santos (2001, p.16) apresenta: Entendendo a população de rua como um grupo populacional heterogêneo que tem em comum a pobreza absoluta e a sobrevivência a partir das atividades desenvolvidas nas ruas, é preciso considerar seus integrantes como pessoas cujos vínculos familiares estão fragilizados ou foram interrompidos. Vivenciam, assim, um processo de desfiliação social, onde a sua principal referência de moradia é a rua, ainda que muitos estejam vinculados a instituições, abrigos, albergues e outros tipos de equipamentos de atendimento.
3 fase: de 6 meses a 1 ano, normalmente já deve ter sido internado alguma vez, mesmo que por um curto período de tempo, e mantém um local fixo de permanência, visível e relativamente seguro, além de procurar mais por abrigos e já ter se habituado as rotinas desses locais. Os cuidados com a higiene pessoal são precários, sendo que ate evitam ir a locais que prezam por tais cuidados. Já não procura mais por trabalho e vive somente das doações e ajuda de outros, além de não querer mais nenhum contato com a família, não alimentando esperanças de voltar para casa, não gosta sequer de lembrar detalhes sobre a família. A abordagem social nessa fase é mais complicada, exigindo técnica e paciência para conseguir conquistar a confiança do indivíduo. 4 fase – Tendo sido radicado nessa situação e sem possuir perspectiva de saída das ruas. Anda em grupo e evita contatos sociais com qualquer outra pessoa. Os cuidados com a higiene são muito precários, podendo haver problemas de saúde. Nessa fase já tem conhecimento suficiente para obter tudo que precisa, tendo desenvolvido uma articulação para pedir ou tomar coisas, principalmente dinheiro, sem constrangimento. Não mantém nenhum contato com a família, tendo uma recuperação bastante trabalhosa por parte da assistencial social.
AVANÇOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
POLÍTICAS PÚBLICAS EM CURITIBA
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1993 – Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS
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1993 Lei 8.742/93 Coloca a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado. Prevê ações de iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento às necessidades básicas
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2004 – Política Nacional de Assistência Social – PNAS
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2005 – Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS
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2006 Decreto s/n 25/10/2006 Criação GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) para elaborar Política Nacional de População de Situação de Rua
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2009 – Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (resolução nº 109 do CNAS)
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2009 Resolução 109 de 11/11/2009 Ministério de Desenvolvimento Social A resolução 109 de 11 de Novembro de 2009 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) Tipifica o atendimento para as instituições de acolhida e os CREAS POP(Centro de referência Especializados para População de Rua
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2010 Portaria n. 414, de 18/08/2010 Prioriza entre os candidatos pessoas que se encontrem em Situação de Rua e recebam acompanhamento sócio assistencial do DF, Estados e Municípios, bem como de instituições privadas sem fins lucrativos, que trabalhem em parceria com o Poder Público.
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2011 – Lei 12.435 – consolidação do SUAS
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2012 – Norma Operacional Básica do SUAS NOB/SUAS
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Em 1989 o Departamento da Criança foi transferido da SMDS para a Secretaria do Menor, pelo Decreto Nº 186. Em 1991 a SMDS foi confirmada como executora da política social do Município e foi criada a Secretaria Municipal da Criança (Lei Nº. 7.671). 1993 - Fundação de Recuperação do Indigente - Frei é incorporada à Fundação de Ação Social - FAS (redação dada pela Lei Ordinária Nº. 8155/1993). 2003 - A transferência das competências e atribuições da Secretaria Municipal da Criança para a Fundação de Ação Social foi estabelecida pela Lei Ordinária Nº. 10644 de 03/04/2003. A partir de 2004 a FAS passou a atuar em consonância com as diretrizes da Política Nacional da Assistência Social - PNAS/2004. E em 2005 habilitou-se ao exercício de gestão plena, conforme condições estabelecidas na Norma Operacional Básica NOB/SUAS. O Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política para a População de Rua do Estado do Paraná – CIAMP Rua/PR, foi criado pelo Decreto Estadual nº 2.405 de 15 de setembro de 2015
DADOS DO CENSO NO BRASIL
DADOS DO CENSO EM CURITIBA
Fonte: Gazeta do povo
DADOS DO CENSO EM CURITIBA
Fonte: Gazeta do povo
PROBLEMÁTICA
PROBLEMÁTICA/ RELEVÂNCIA PARA ARQUITETURA E URBANISMO
POR QUE NÃO VOU AO ABRIGO MUNICIPAL… Chris "Priscila", 42 anos - "Parece um quartel"... "Não gosto de dormir em abrigo...aquelas camas tudo juntinhas uma da outra me incomoda bastante. Não gosto de dormir com gente estranha ao meu lado, a gente nunca sabe o que se passa na cabeça, se vão querer fazer alguma coisa...E tem a Menina Bonita, minha cachorra. Nem todo abrigo aceita que a gente leve....”
Como um abrigo para pessoas em situação de rua, pode melhor atendê-los – proporcionando segurança, conforto e oferecer serviços que permitam reinseri-los na sociedade?
José Júlio dos Santos, 55 - "É a única solução"... PALAVRAS CHAVES: Calor; Imundice (salubridade) "Quando está frio assim, o albergue é a única solução. Mas quando fica quente é até melhor ficar na rua. Fica um calor desgraçado dentro do abrigo. O abrigo é uma imundície só... ”
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Edinuza Duarte, 52 - "Só vou no frio"... PALAVRAS CHAVES: Quente; Abafado
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"No abrigo só dá para ir quando está frio, como foi essa semana. Quando está quente aquele lugar é insuportável. Eu fico sem respirar direito, naquele ar abafado. ... ” Gleimárcio Nunes da Silva, 33 - "Há panelinhas"... PALAVRAS CHAVES: Molhado, Drogas (Insegurança) ,"No albergue é meio molhado. Você tem que se acertar com as panelinhas do pessoal mais antigo, às vezes eles pedem para levar drogas para dentro.... preciso tirar um curso de qualificação, mas todo mundo pede comprovante de residência.... ” João Vitor Gomes, 19 - "Eles não respeitam as regras"... PALAVRAS CHAVES: PERTENCES; estou atrás de emprego, mas como vou conseguir se eu não tenho como deixar minhas coisas, minha mala? ... Érica Amorim, 20 - "Albergue fica longe"... PALAVRAS CHAVES: LOCALIZAÇÃO; "Nos albergues, eles obrigam a gente a levantar muito cedo. Eles nos acordam às 6h e mandam a gente embora. Às vezes, a gente não tem para onde ir porque o albergue fica longe. Não temos dinheiro para o ônibus.... ” Trecho retirado de entrevista feita pelo UOL, Fote: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/06/17/so-no-frio-moradores-de-rua-explicam-por-que-vaoou-nao-aos-abrigos-de-sp.htm
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Através de um ambiente/serviço que proporcione um atendimento em condições de privacidade e sigilo; Adequada iluminação, ventilação, conservação, salubridade e limpeza; Que proporcione segurança não só dos usuários, mas também dos profissionais que trabalham neste espaço. Acessibilidade a pessoas com deficiência, idosos, gestantes, dentre outras; Espaços reservados para guarda de seus pertences, carrinhos, e até mesmo animais de estimação. Postura ética, de respeito à dignidade, diversidade e não-discriminação, compartilhada por toda a equipe. Localização: Localização central, de modo que durante o dia possam estar próximos dos locais que frequentam/costumam frequentar, trabalham.
EIXO 2 Referencias teóricos/conceituais Definição, Tipologias:
Segundo Resolução Nº 109, de 11 de novembro de 2009 foram estabelecidos parâmetros para a oferta de serviços socioassistenciais de PSE de Média e Alta Complexidade direcionados a diversos públicos, dentre os quais a população em situação de rua. Segundo a tipificação dos serviços voltados a assistência social, são caracterizados em duas tipologias, conforme o grau de complexidade – Média e Alta complexidade. São exemplos de PSE de média complexidade: Serviço especializado em abordagem social Serviço especializado para pessoas em situação de rua Centros POP (Centro de referencia especializado para população em situação de rua) São exemplos de PSE de alta complexidade: Serviço de acolhimento institucional (para indivíduos e famílias em situação de rua) Serviço de acolhimento em república (para pessoas em processo de saída das ruas) “...No âmbito da PSE de Alta Complexidade, por sua vez, são ofertados serviço de acolhimento. A previsão desses serviços no SUAS parte, dentre outros aspectos, do reconhecimento de que nessas situações é necessário garantir a indivíduos e famílias que utilizam as ruas como espaço para moradia e/ou sobrevivência, acolhimento temporário e possibilidades para desenvolver condições para a independência, a autonomia e o auto-cuidado.”
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, previsto no Decreto Nº 7.053/2009 e na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, constitui-se em uma unidade de referência da PSE de Média Complexidade, de natureza pública e estatal. O Centro POP volta-se, especificamente, para o atendimento especializado à população em situação de rua, devendo ofertar, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.
Classificação: Levando em consideração as tipologias de assistência, e definição do objeto projetual, O centro de apoio ao morador de rua classifica-se como um modelo de apoio integrado, pois difere do imediatismo prestados por albergues, entre outros, no qual o usuário é dispensado pela manhã. “O projeto então assume um caráter mais amplo de apoio à população em situação de rua, não sendo apenas um modelo que atribui "cama e comida", mas proporciona a integração de diferentes estruturas e uma abordagem pluridimensional para o grupo. Assim, o quadro de medidas a serem integradas nesse modelo é bastante amplo e inclui serviços desde acomodação temporária, saúde, educação, cultura, esporte, trabalho e habitação a até a integração de organizações públicas e não governamentais.” (SECRETARIA...,2013)
OBJETIVO
Objetivo Geral
Referências técnicas-construtivas/ Firmitas;Utilitas Venustas Arquétipos
Elaborar um ante-projeto arquitetônico de um a Unidade de Acolhimento Integral (UAI) à população adulta em situação de rua, em Curitiba, capaz de promover inclusão social e restabelecer a dignidade e autonomia desse grupo .
Após analisar diversos projetos já existentes, a contemplação do projeto arquitetônico apresenta uma linguagem muito clara, objetiva, com soluções modulares prevendo sua expansão, de planta livre para eventuais adaptações, com propostas de ventilação e iluminação baseadas nas estratégias bioclimáticas, de estruturas relativamente leves, que demandem menor tempo de execução (devido a localização central, obras que levem muito tempo para serem executadas costumam causar grandes transtornos para a região), além da horizontalidade projetual, diminuindo assim o impacto visual, promovendo também ambientes amplos, a vista de todos e consequentemente mais seguro.
Objetivo geral Elaboração de projeto arquitetônico voltado a atender e solucionar questões no panorama sócio-econômico/culturais na cidade de Curitiba, ofertando serviços de socialização, abrigo temporário e alimento.
Objetivo específico Promover um ambiente dotado de soluções arquitetônicas que promovam, facilitem e garantam as condições de salubridade/higiênicas do ambiente, espaços arejados, ventilados e bem iluminados, ambientes amplos que garantam a comodidade e segurança dos usuários, além de espaços que atendam a demanda específica identificada, para guardar seus pertences, tratamento médico e psicológico, além de local específico para deixar seus pets, durante sua estadia no local.
Outro fator é a questão do sigilo e da privacidade, que tem se evidenciado em todos os projetos. Todos os espaços costumam se voltar para seu interior, geralmente onde fica uma praça descoberta, onde ocorrem atividades ao ar livre, convivência e socialização, e promovem a sensação de acolhimento do hóspede.
ESTUDO DE CASO
REFERÊNCIA PROJETUAL – THE BRIDGE Localização: dallas, ESTADOS UNIDOS Arquitetos: Overland Partners Área: 75000,0 m² Ano: 2010 O Centro de Assistência para Desabrigados "The Bridge", no centro de Dallas, não é mais considerado apenas o suporte padrão para o projeto de centros para sem-teto nos Estados Unidos, mas agora é o modelo mundial para o design de centros para sem-teto, desde que ganhou o prêmio de "Melhor Entrada Arquitetônica" no Competição Internacional de Desabrigados por Rebranding, organizada pela Tshwane Leadership Foundation da África do Sul. Programa: Moradia a longo Prazo, Pavilhão de eventos, praça central e Restaurante. Estrutura: O edifício conta com uma estrutura metálica e vedações em vidro, o destaque é para a alta tecnologia implementada nele, que garantiu o selo leed de construção sustentável, devido as técnicas empregadas principalmente quanto na captação de água através da cobertura, e no tratamento das águas cinzas.
ESTUDO DE CASO
REFERÊNCIA PROJETUAL – Stepping Stones
Morrys + company – reutilização da estação de metrô em Londres como albergue para sem tetos. Intitulado “Stepping Stones”, o projeto procura fornecer “uma estratégia de terreno inclusiva, viável e holística que possa apoiar uma comunidade gerenciada e equilibrada, oferecendo aos jovens moradores de rua uma solução discreta para habitação de longo prazo. Programa Habitação a longo prazo, co-working, lavanderia, áreas de recreação, jantar, pátio interno e serviços de assistência social. Estrutura: O local de implantação se apropria de uma antiga estação de metrô em Londres, onde as divisões de algumas áreas em comum são feitas por esquadrias e vidro.
ESTUDO DE CASO
REFERÊNCIA PROJETUAL – CAPSLO
O Gwynne Pugh Urban Design Studio , em conjunto com agarcia architecture + design , foi recentemente selecionado de um grupo de dezesseis empresas para projetar o novo Centro de Serviços para Desabrigados da CAPSLO , localizado em San Luis Obispo ,Califórnia . Desde 1997, existem dois abrigos que prestam serviços à comunidade de rua. No entanto, quando o município ofereceu um local, foi determinado que um centro consolidado seria capaz de operar com muito mais eficiência, 24 horas por dia. Mais detalhes após o intervalo. As estratégias bioclimáticas foram implementadas de maneira a resolver questões de ventilação e iluminação com o minimo impacto ambiental, além de diminuir os custos com energia e equipamentos.
QUADRO SÍNTESE
JUSTIFICATIVA:
RELEVÂNCIA PARA A ARQUITETURA
Segundo o MNPR, há em torno de 3.200 pessoas em situação de rua (dados 2018, fonte – Prefeitura de Curitiba)
Como um abrigo para pessoas em situação de rua, pode melhor atende-los – proporcionando segurança, conforto e oferecer serviços que permitam reinseri-los na sociedade?
A FAS – Fundação de Ação Social de Curitiba, conta hoje, com cerca de 742 vagas. Além das vagas disponibilizadas pela FAS, o município de Curitiba conta ao todo, com 1.800 vagas entre albergues e outras instituições parceiras, qual seriam insuficientes se comparados com a quantidade de pessoas em situação de rua. O grande problema não são apenas a quantidade de vagas insuficientes, mas a recusa por grande parte dessa população em aceitar ajuda, e passar a noite no abrigo.
PROBLEMÁTICA:
Medo;Segurança (geralmente esta reclamação é feita por mulheres e idosos, atrelada aos usuários de drogas que são colocados um ao lado do outro, sem maiores precauções Abandono de seus pertences; Não há espaço para guardar seus pertences, que na maioria das vezes são descartados. Abandono de seus animais; Também não há um local seguro para deixar seus “companheiros” (na grande maioria, tratam-se de cachorros) Privacidade/liberdade; Grande parte da reclamação neste aspecto, vem em função dos dormitórios, sem uma distância mínima entre eles, e sobre os banheiros, não há privacidade alguma, tanto quanto estão em situações desumanas.
TURMA: U
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Segundo pesquisas feitas pelo governo federal (pesquisa de âmbito geral no Brasil), apenas 22,1% dormem em albergues ou outras instituições. Mais de 45% preferem dormir na rua, dentre os principais motivos estão: Ambientes abafados e sem ventilação
PROFESSOR ORIENTADOR: LUIS SALVADOR PETRUCCI GNOATO
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TURNO: TARDE
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O centro de apoio deverá contar com um espaço que promova o conforto e o bem estar do usuário, promovendo um ambiente acolhedor através de: Atendimento em condições de privacidade e sigilo; Adequada iluminação, ventilação, conservação, salubridade e limpeza; Segurança dos profissionais e público atendido; Acessibilidade a pessoas com deficiência, idosos, gestantes, dentre outras; Espaços reservados para guarda volumes, carrinhos, além de um espaço pet, para seus “companheiros”.
CONCEITUAÇÃO/CLASSIFICAÇÃO Segundo Resolução Nº 109, de 11 de novembro de 2009 (CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS) estabelece parâmetros para a oferta de serviços socioassistenciais de PSE de Média e Alta Complexidade direcionados a diversos públicos, dentre os quais a população em situação de rua. Segundo a tipificação dos serviços voltados a assistência social, são caracterizados em duas tipologias, conforme o grau de complexidade – Média e Alta complexidade. No quadro abaixo foram analisados exemplos que se classificam nas duas tipologias, para que se possa melhor atender e adequar-se conforme o cenário e o contexto no qual será inserido.
LEONARDO WEIGERT - 9° PERÍODO
CENTRO DE APOIO PARA MORADORES DE RUA
PALAVRAS CHAVES: SEGURANÇA, PRIVACIDADE, DIGNIDADE, ACOLHEDOR, VENTILAÇÃO, GUARDA VOLUMES, CANIL.
Como um abrigo para pessoas em situação de rua, pode melhor atende-los – proporcionando segurança, conforto e oferecer serviços que permitam reinseri-los na sociedade?
ESTUDO DE CASO
TIPOLOGIA
SERVIÇOS PRESTADOS
INSERÇÃO URBANA
CAPSLO CENTRO DE APOIO
abrigo p/longo assistência médica prazo
CENTRO ASSITENCIA MÉDICA
alimentação
RUA
SHELTER HOME
guarda volumes
tratamento especial
CENTRO DE ACOLHIMENTO
programas de capacitação
albergue (8 hrs)
abrigo p/longo prazo
CENTRO A implantação foi feita em um ambiente semi-urbano, no qual a proposta se desenvolve em um conjunto de caixas sobrepostas que protege o seu interior dos olhares externos, mantendo a privacidade dos seus usuários.
RUA
OFICINA BORACEA
ABRIGO + ASSISTÊNCIA
alimentação
“apartamentos” individuais
espaço pet
ABRIGO SERVIÇOS DE CAPACITAÇÃO RUA
SÍNTESE
CENTRO DE ACOLHIMENTO E ASSISTÊNCIA ABRIGO SERVIÇOS DE CAPACITAÇÃO REINSERÇÃO NA SOCIEDADE
RUA
Levando em consideração o local de inserção não apenas destes 3, mas de vários outros com o mesmo contexto, percebe-se a importância da proximidade com o centro urbano, local de maior permanência e concentração destas pessoas. Os projetos geralmente se apropriam de alguma infraestrutura já existente, geralmente implantados em espaços ociosos da cidade, promovendo além de tudo a requalificação do espaço
alimentação
guarda volumes
programas de estacionamento p capacitação carrinho de rua
VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO
PROGRAMA SETORIZAÇÃO
O design geral é estruturado em torno de uma coluna central que orienta a organização da programação e distribuição de serviços de acordo com as direções principais. A segurança dos espaços aumenta das áreas públicas localizadas no oeste para as áreas muito mais íntimas e privadas no lado leste do edifício
edifício atende dois usos diferentes, um albergue para pernoite e uma albergagem de médio prazo. a circulação dá acesso as áreas de estar (quartos, refeitórios, oficinas e áreas de descanso) que estão situadas no perímetro do edifício, beneficiando-se de ventilação e luz natural.
TÉRREO
Oferece serviços de alberagem para pernoite e até mesmo médio prazo, em troca os usuários devem realizar serviços de manutenção, pintura e limpeza, em troca de hospedagem
ventilação cruzada
1 PAV
áreas em comum dormitórios instalações sanitárias
O Projeto oferece locais condições dignas e acolhedoras, porém não se tem em vista estadia de caráter permanente. A recepção ocorre dentro do conceito de serviços de Hotelaria Pública prevendo o acesso aos espaços de acolhida com funcionamento 24 horas. O atendimento disponibiliza o acesso às pessoas durante toda a noite, respeitando os hábitos noturnos da população que trabalha de madrugada nas ruas.
Os projetos tendem a ter sua volumetria voltada ao interior, para trazer maior privacidade às áreas íntimas, com foco nas estratégias de implantação para melhor aproveitamento da ventilação e iluminação natural. Além disso a maioria dos centros de apoio ao morador de rua, tendem a ser mais horizontais, para que se tenha maior controle, segurança e visibilidade de todos os ambientes, e plantas modulares, facilitando a adaptação conforme a necessidade da comunidade, e até mesmo para facilitar a compreensão do usuário
RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
Oferece serviços de apoio e recreação para a comunidade, além de espaços empresariais de cozinha e comunidade, escritórios, áreas médicas e de saúde mental
tratamento especial trabalho em troca de hospedagem
abrigo p/longo prazo
O local é estratégico por estar em região central comum e ser integrante do percurso de grande contingente de moradores de rua. Antigos galpões de transportes da Prefeitura foram reformados e adaptados a fim de viabilizar o novo programa. As construções buscam criar ambiente agradável, em espaços abertos que permitam a interação social
DIRETRIZES DE PROJETO
brises verticais
controle da iluminação
esquadrias ribalta
aberturas superiores ventilação cruzada
fonte: projeteee
telhas translúcidas para iluminação natural
. -
-
-
Aberturas voltadas para seu interior, garantindo a privacidade dos ambientes áreas em comum conectadas por uma praça interna ou pátio a céu aberto promovendo receptividade Plantas com volumetrias simples, dispostas horizontalmente em sua maior amplitude
1. 2.
3.
Ventilação cruzada Controle da iluminação com o uso de brises Controle da inércia térmica a partir do uso de materiais com maior capacidade térmica
Oferece serviços 24 horas, respeitando e reconhecendo os hábitos noturnos dos usuários, oferece serviços de capacitação e reinserção destes na sociedade, além de serviços médicos, assistência social e até mesmo atendimento veterinário para seus companheiros.
Permitir e promover a apropriação de outras pessoas nas demais áreas de recreação e até mesmo nos serviços voluntários de atendimento, promovendo o contato do indivíduo com os demais membros da sociedade, preparando-os para uma futura reinserção. Funcionamento 24 horas Abrigo temporário e longo prazo
LEONARDO WEIGERT - 9° PERÍODO
EIXO 3 PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
COMUNITÁRIO ÁREA = 1.146
SERVIÇO ÁREA = 414
ASSISTÊNCIA ÁREA = 338
DORMITÓRIO ÁREA = 957
TOTAL
AMBIENTE
QTD
M²
REFEITÓRIO RECEPÇÃO PRAÇA I.S VESTIÁRIO SALA MULTIUSO AUDITÓRIO GUARDA VOLUMES ESPAÇO PET EST. P CARRINHOS DE RUA
1 1 1 2 2 2 1 1 1 1
200 m² 56 m² 350 m² 35 m² 60 m² 45 m² 200 m² 75 m² 65 m² 60 m²
COZINHA DEPÓSITO COZINHA I.S FUNCIONÁRIOS LAVANDERIA ESTAR FUNCIONARIOS COPA DEPÓSITO PARA DOAÇÕES DML ADMINISTRAÇÃO
1 1 2 1 2 2 1 4 2
97 m² 35 m² 9 m² 90 m² 20 m² 15 m² 60 m² 5 m² 12 m²
CONSULTÓRIO MÉDICO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO APOIO PSICOLÓGICO DEPT. JURÍDICO ASSIST. SOCIAL VETERINÁRIO CURSOS TÉCNICOS SALAS DE AULA
2 1 1 1 2 1 4 5
DORMITÓRIOS MASC DORMITÓRIOS FEM DORMITÓRIOS FAM UN. HABITACIONAIS SANIT.COLETIVO MASC SANIT.COLETIVO FEM ROUPARIA CIRCULAÇÃO
15 5 5 15 1 1 2 -
ÁREA COMP. 200 m² 56 m² --35 m² 60 m² 90 m² 200 m² 75 m² 35 m² ---
ÁREA NÃO COMP. ----350 m² ----------30 m² 60 m²
97 m² 35 m² 18 m² 90 m² 40 m² 30 m² 60 m² 20 m² 24 m²
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12 m² 12 m² 12 m² 25 m² 15 m² 35 m² 25 m² 20 m²
24 m² 12 m² 12 m² 25 m² 30 m² 35 m² 100 m² 100 m²
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16 m² 16 m² 18 m² 20 m² 65 m² 65 m² 15 m² 12%
240 m² 80 m² 90 m² 300 m² 65 m² 65 m² 30 m² -
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2.855 m² + 440 m² = 3295 m²
ESTIMATIVA DE ABRIGO TEMPORÁRIO PARA 80 PESSOAS + 15 VAGAS FIXAS E ATENDIMENTO DIÁRIO ENTRE 300 A 350 PESSOAS.
SERVIÇO COMUNITÁRIO
21,8 % 34,5 %
ASSISTÊNCIA
10,9 %
32,7 % DORMITÓRIO
AS ÁREAS ESTIPULADAS, FORAM CALCULADAS DE ACORDO CONFORME O COD. SANITÁRIO E O NÚMERO DE VAGAS, ASSIM COMO O PROGRAMA MIN, A PARTIR DE UM COMPARATIVO COM OUTROS PROGRAMAS DE APOIO EXISTENTES NAS CIDADES DE CURITIBA E SÃO PAULO. A IDEIA É OFERECER TODO O SUPORTE DE MODO QUE OS USUÁRIOS POSSAM SER RE-INSERIDOS NA SOCIEDADE, E AQUELES QUE APÓS UMA TRIAGEM, FOREM APTOS, PODERÃO RESIDIR DE FORMA TEMPORÁRIA, TENDO EM VISTA QUE MUITOS LOCAIS DE EMPREGO,E SERVIÇOS PÚBLICOS, EXIGEM LOCAL DE END.FIXO.
TERRENO LOCAL DE INSERÇÃO
A necessidade de estar inserido próximo a zona central da cidade, local de maior concentração desta população, próximo aos equipamentos e serviços públicos, nos leva até a antiga sede da FAS, que hoje encontra-se desativada. O terreno escolhido fica entre as ruas Conselheiro Laurindo, esquina com a Visconde de Guarapuava, com a junção de mais um lote, totalizando a área de 4.063 m²
02
03
ZONA
890
Z.C
01
CA
T.O(%)
T.P (%)
ALTURA MÁX
5,0
100 % TÉRREO 66% DEMAIS
25%
LIVRE
LOTE MIN
360/12
RECUO FRONT.
RECUO LAT.
FACULTADO NO ALINHAMENTO
FAC. TÉRREO E 2 PAV. 2 METROS NOS DEMAIS
NONONONONONONONONOONONONONONONONONONONONONONONONONONOON
01
Visconde de guarapuava
02
André de Barros
03
Terminal do Guadalupe
CONDICIONANTES ASPECTOS NATURAIS
ASPECTOS ANTRÓPICOS
INCIDÊNCIA DOS VENTOS
890
TERMINAL DO GUADALUPE
TUBO/ESTAÇÃO GUADALUPE
LEGENDA
O ponto que mais causa impacto no local, é o edifício ao lado com cerca de 12 pavimentos, projetando uma sombra muito grande em uma das faces no terreno. Não foram identificados espécies vegetais de grande relevância que poderiam impactar no projeto, e a topografia local encontra se em sua totalidade na cota de nível de 890.
O mapa de uso e ocupação do solo, identifica que os edifícios presentes na conselheiro laurindo possuem 3 pavimentos, sendo o embasamento comercial e pav acima residencial, edifícios totalmente residências costumam ter entre 12 pav ou mais, e edificios prox ao setor estrutural acima de 12 pavimentos. O local é bem suprido quanto ao transporte público e comércio.
EMBASAMENTO COMERCIAL RESIDÊNCIAL SERVIÇO SEM USO CORPORATIVO FLUXO INTENSO FLUXO MODERADO BAIXO FLUXO
DIRETRIZES PROJETUAIS FIRMITAS
DURABILIDADE, ECONOMIA E SUSTENTABILIDADE, CONSTRUÇÃO SECA E DE BAIXO IMPACTO, ESTRUTURA LEVE, MATERIAIS COMO ESTRUTURA METÁLICA, VEDAÇÕES EM PLACAS CIMENTÍCIAS, VIDRO E MADEIRA.
UTILITAS
AMBIENTES ERGONÔMICOS, ESPAÇOS ABERTOS E ACOLHEDORES, CLAREZA, SIMPLICIDADE, SOLUÇÃO MODULARES, QUE FACILITE A EXPANSÃO, HORIZONTALIDADE, DISCRETO, VOLTADO PARA SEU INTERIOR, RESERVADO E PRIVATIVO
VENUSTAS
LINGUAGEM APROPRIADA DISTANTE DE UMA ARQUITETURA ESCULTURAL, VERDADE ESTRUTURAL, NOBREZA DOS MATERIAIS,, MUITA LUZ.
07
01
ESTRATÉGIAS
O EDIFÍCIO AO LADO, COM MAIS DE 30 M PROJETA SOMBRA EM GRANDE PARTE DO TERRENO A LESTE, COM BASE NISTO, O EDIFÍCIO FOI RECUADO, LIBERANDO ESPAÇO PARA PROPOR UMA PRAÇA ABERTA, AUMENTANDO O GRAU DE PERMEABILIDADE COM O ENTORNO, DE MANEIRA CONVIDATIVA. OS ABRIGOS FORAM POSICIONADOS VOLTADOS COM UM VISUAL PARA PRAÇA, LOCAL ONDE OCORRE A MAIOR INCIDÊNCIA DE VENTOS, GARANTINDO ASSIM AMBIENTES AREJADOS E SECOS, ALÉM DO VISUAL PARA A PRAÇA.
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TAMBÉM FOI OPTADO PELO RECUO DO EDIFÍCIO FRENTE AO ALINHAMENTOO PREDIAL, DE MANEIRA QUE POSSA PROMOVER MAIOR PERTENCIMENTO A CIDADE, E AOS FUTUROS USUÁRIOS, QUE NÃO SE SINTAM BARRADOS AO PRIMEIRO CONTATO, E SIM RECEBIDOS.
01 - ABRIGO 02 - SERVIÇO 03 - COMUNITÁRIO 04 - ASSISTÊNCIA 05 - PRAÇA - 06 ACOLHIMENTO 07 UNIDADES HABITACIONAIS
REFERÊNCIAS
MNPR - PARANA FAS - FUNDAÇÃO DE AÇÃO SOCIAL MDS - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL SECRETÁRIA DOS DIREITOS HUMANOS, LEI DE DESENVOLVIMENTO DE 2013 LOAS MANUAL DE CENTRO POP - GOVERNO FEDERAL PREFEITURA DE CURITIBA