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Os autores por eles mesmos
Amanda Brito Paracampo
A História sempre fez parte da minha vida, das minhas leituras desde cedo, tal como as narrativas e a música. Sempre entendi a música como uma forma de se expressar, por inúmeros motivos e razões. E, na minha perspectiva, é a maneira mais genuína de expressão do ser humano no tempo. Agreguei minhas paixões durante minha graduação em História (UFPA) e posteriormente no meu Mestrado em História Social da Amazônia (UFPA), o que me possibilitou transmitir os conhecimentos adquiridos e criticados às gerações vindouras.
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Andrey Faro de Lima
Quando de minha graduação em Ciências Sociais (2000/2005) pela Universidade Federal do Pará, por vezes pensei em trancar o curso para me dedicar mais às atividades de músico contrabaixista, apresentando-me com bandas e artistas da região. Passei grande parte desse período lidando com tal dilema até perceber que a solução não era assim tão complicada. Ora, por que não integrar minha vivência e interesse na música às minhas pesquisas em antropologia e sociologia? Logo me vi detido em estudos acerca das diversas expressões culturais amazônicas, com especial atenção para as tradições musicais e festas populares, temas sobre os quais me debrucei durante o Mestrado (2008) e o Doutorado (2013) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFPA. Hoje, além das pesquisas, dedico-me também à docência na Escola de Aplicação da UFPA.
Antonio Maurício Costa
Sempre fui muito atraído pelos assuntos das ciências humanas, desde o ensino fundamental. Por isso, me conduzi quase naturalmente por uma carreira acadêmica que se iniciou na graduação na área de História e se completou, na
pós-graduação, na área de Antropologia. Meu trabalho hoje como professor da Faculdade de História da UFPA associa essas duas áreas, em diálogo teórico e metodológico permanente no trato de temas de pesquisa que envolvem festa, sociabilidade, religião, lazer e música. Da mesma forma, minha atividade como orientador de trabalhos acadêmicos segue por essa trilha temática, o que me permite colaborar com desafiadoras empreitadas de pesquisa.
Bernard Arthur Silva da Silva
Depois de passar oito anos (2002-2010) “batendo cabeça” em intermináveis audições de álbuns de bandas de Rock e Heavy Metal, resolvi, já como estudante do curso de Licenciatura e Bacharelado em História da Universidade Federal do Pará (UFPA, 2006-2010), realizar um trabalho monográfico (2010) sobre a História do Heavy Metal paraense. Depois (e, ainda, “batendo cabeça” em shows), continuei com a pesquisa no Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da UFPA (PPHIST/UFPA) e me tornei Mestre em História Social da Amazônia (2014), tendo mais uma vez a História do Heavy Metal local como meu objeto de pesquisa. Hoje, “bato cabeça” escutando muita “música pesada” e incomodando meus vizinhos na longínqua Xinguara-PA (sul do Pará). Quando não estou fazendo isso, leciono aulas de História do Brasil no curso de História da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA/Campus Xinguara).
Cleodir Moraes
Doutor em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), professor da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Programa de Mestrado Profissional de Ensino de História (ProfHistória), membro da Associação Nacional de História – Seção Pará (Anpuh-PA) e da International Association for the Study of Popular Music – Rama América Latina (Iaspm-AL). Atua na pesquisa e no ensino História do Brasil, com ênfase nos Estudos Culturais e na história na música popular brasileira, em particular.
Edilson Mateus Costa da Silva
Começou a carreira como músico (“operário da noite paraense”). Entre outras investidas nos espaços boêmios, em contato com as diferentes realidades e personalidades presentes nos circuitos musicais, já na graduação em história, começou suas pesquisas voltadas para a reflexão sobre a produção musical, composição e a trajetória artística de diferentes sujeitos paraenses. Professor de história da Secretaria de Educação do Pará (SEDUC-PA). Doutor em História pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA) com a tese “A invenção do carimbó: Música popular, folclore e produção fonográfica (século XX)”.
Laisa Epifanio Lopes
Aos 12 anos decidi que queria ser historiadora por sempre ter tido afeição pela cultura popular, histórias, reais e imaginárias, e pelo patrimônio histórico. Como pesquisadora, me dediquei em maior ou menor grau a esses temas e causas. Desde a graduação, entre danças e escrita, estive pesquisando sobre música popular até a pós-graduação na UFPA. Também estive atuando como educadora patrimonial na Associação dos Agentes do Patrimônio. Em 2019, me tornei Mestre em História. Atualmente estou como docente externa na Universidade Federal do Piauí, onde posso continuar a conhecer um pouco mais de outras histórias e outras realidades ao discutir e colaborar com trabalhos acadêmicos de outros pesquisadores.
Nélio Ribeiro Moreira
O interesse em aprender sobre as inúmeras possibilidades de construção harmônica e melódica associadas às letras que resultaram em peças musicais que ainda hoje me causam espanto pela qualidade de criação e execução me incitou a aprender a tocar. Em busca disso, procurei estudar música, o que fiz, embora não de forma sistemática e nem finalizado formalmente. Mas o que já sabia teoricamente pude desenvolver na prática, na vivência musical. Essa experiência atrelei à perspectiva acadêmica, que teve início na época de estudante de graduação em História, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Assim, nos bailes e aulas da vida pude atentar à dimensão social da música popular. Consequência “natural”, ela passou a ser meu interesse de pesquisa:
concluí a graduação (2004) com um trabalho sobre música popular paraense, o que teve continuidade no mestrado em Ciências Sociais (2014) e atualmente no doutorado em Sociologia e Antropologia. Acredito que a “instrumentalização” sócio-histórico-antropológica da canção não descura sua potência e proposta artísticas. Por isso, “instrumentalizo-a”, também, por meio do meu violão na arte do ensino.
Paulo Murilo Guerreiro do Amaral
Apesar de ter percorrido trajetória conservatorial durante boa parte de minha formação musical de base, cantando e tocando piano, foi a música das ruas que me apontou o caminho a trilhar, em definitivo, rumo ao magistério superior e à pesquisa. Hoje eu tenho o privilégio de coordenar, na Universidade do Estado do Pará (UEPA), o Grupo de Estudos Musicais da Amazônia (GEMAM), dentro do qual desenvolvo, com meus alunos e parceiros de outros Núcleos de pesquisa, diferentes projetos de Etnomusicologia e Música Popular, principalmente, mas também de Antropologia da Dança e de Estudos Culturais e da Performance.
Renato Pinheiro Sinimbú
Músico há 35 anos adentrei no mundo dos historiadores em 2013, a paixão pelo novo ofício foi tão grande que fui emendando os estudos, subindo os degraus acadêmicos e, após oito anos, aqui estou eu cursando o doutorado, aprendendo, pesquisando e escrevendo em meio a historiadores maravilhosos. Minhas pesquisas concentram-se em entender a história social de músicos que atuaram em meados do século XX na região do Baixo Tocantins, para isso estudo os Jazzes, os Banguês e práticas musicais ligadas ao catolicismo popular. Por ser músico, filho músico e natural do município de Igarapé-Mirí, unir a música e a história é mais que um ofício, é uma questão de entender minha identidade.
Sonia Chada
Iniciei minha trajetória musical aos seis anos de idade com o piano e, posteriormente, flauta doce, violoncelo, até que me apaixonei pelo oboé. Aos
quinze já assumia a função de oboísta da Orquestra Sinfônica da UFPA. Continuei minha caminhada como oboísta, professora de oboé e de matérias teóricas na UFPA até ter a oportunidade de cursar o Mestrado e Doutorado em Etnomusicologia. A Etnomusicologia me tirou do espaço confortável em que me encontrava, ampliou minha compreensão sobre música e até me ajudou a ser melhor oboísta. Por vários anos consegui ser oboísta e etnomusicóloga, um campo alimentando o outro. Atualmente meu oboé toca menos do que eu gostaria e tenho me dedicado mais à pesquisa sobre música, especialmente à produção de conhecimento sobre práticas musicais no Pará, à formação de pesquisadores e ao Laboratório de Etnomusicologia da UFPA.