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ESTUDOS SOBRE A AMAZÔNIA NA PRIMEIRA METADE
militar e político brasileiro reputado como intelectual e assíduo em variados espaços de sociabilidade. Nesse sentido, a partir de referenciais da história política, o artigo analisa a coleção de boletins do Grande Oriente do Brasil para significar a atuação de Lauro Sodré na maçonaria entre o período de 1904 e 1916, quando ele ocupou o posto de grão-mestre da instituição. Ao longo do texto, são destacadas as ações da administração de Sodré que resultaram em reformas de regulamentos, difusão de princípios político-sociais e modernização da estrutura de serviços disponibilizados aos maçons. A reflexão visa não apenas contextualizar uma das facetas menos conhecidas do velho republicano histórico paraense, mas apontar possíveis vinculações entre o campo político e o universo da sociabilidade maçônica.
Abordando outra dimensão política, Alexandre Vilhena analisa a dinâmica de policiamento do Pará na segunda metade do século XIX, a partir da abordagem de dois eixos categóricos integrados: o policiamento enquanto ideia articulada à noção de civilização; e o policiamento enquanto prática orientada pela pretensão de transformação social, mas em intenso diálogo e conflito com as condições materiais sobre as quais se desdobra. E, para isso, utiliza a documentação oficial produzida na esfera Estadual pelos poderes Executivo: Falas, Mensagens, Ofícios, Ordens do Dia; e Legislativo: Atas de Sessões e Legislação Estadual – no sentido de compreender a organização da disciplina social e as pretensões daqueles que detinham o poder decisório, tanto quanto suas denúncias dos conflitos que a vida prática apresentava a essas pretensões.
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Já Diego Filgueiras nos brinda com um artigo sobre o processo de consolidação do policiamento militarizado no Pará, com ênfase nos eventos associados à organização e profissionalização da polícia paraense, no contexto dos anos de 1870 a 1900. Nesse sentido, o artigo discorre sobre os desafios institucionais de adequar os corpos de polícia às peculiaridades de um vasto território, rural e urbano; a transição entre as várias forças empregadas no serviço de policiamento do interior e da capital da província; o processo de consolidação do modelo de policiamento militarizado ante o civil; e as influências europeias no processo de profissionalização da polícia paraense. O contexto são os eventos políticos e sociais do movimentado século XIX, que trouxeram mudanças sensíveis para a sociedade brasileira, produzindo um novo cenário social sob vários aspectos, e que impuseram às instituições policiais o desafio de se adequarem ao novo contexto que se estabelecia.