AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edição II, novembro / dezembro 2017
O Agrupamento ESLA deseja a todos um Feliz Natal!!!
Editorial Milene Martins e Cristina Barbosa
Cumpriu-se o número um do 100Comentários. Vamos a caminho do número dois e o tema é incontornável: o Natal. Tivemos, entretanto, o S. Martinho com jantar de convívio, com castanhas assadas à moda mais ou menos tradicional e não só. Tivemo-las também cozinhadas e «empratadas» «comme il faut», bem acompanhadas de pequenos nacos suculentos de porco e peras bêbedas. Tivemos convidados de honra, como manda a etiqueta, o protocolo e as boas relações. Voltando ao Natal. Como é o Natal numa escola multicultural? Comemoramos o aniversário do nascimento mais célebre da Humanidade. Jesus de Nazaré? Javé? Yeshua? Juntamos a família a 24 de dezembro ou a 7 de janeiro? Fazemos presépio ou árvore de Natal? Ambos? Nenhum? Vamos à missa do galo ou ficamos a saborear as recentes aquisições e a ver filmes pela noite dentro? O Natal anuncia-se, primeiro, muito cedo, nos mass media, muito apelativo. De seguida, surgem os enfeites nas ruas ainda sem luzes a piscar. Finalmente, vem a profusão de luz e cor com canções de Natal pelas ruas, sobretudo nas artérias principais, onde o comércio tradicional ainda respira ... mal. Anuncia-se um Natal sem frio e sem chuva. Não é um bom sinal. Para além de não ter o mesmo encanto, vemos os efeitos do sobreaquecimento do planeta a provocar alterações climáticas que eram há pouco projetadas para o futuro, mas o futuro chegou. Um primeiro trimestre que parecia tão longo está prestes a terminar. Na escola, o Natal promete férias e pautas com classificações. Alguns alunos rezam para que os pais não as vejam antes de 24, temendo que os presentes transitem para a Pás-
100comentarios@esla.edu.pt Coordenadora: Milene Martins
coa. Ficamos mais sensíveis, embarcamos em campanhas de comprar o que não nos faz falta. Tudo em nome da solidariedade natalícia. De mãos dadas com o consumismo, preparam-se as iguarias e chega a família que traz mais presentes. Apetece citar as genuínas palavras do nosso grande escritor transmontano: "Natal. E, só pelo facto de o ser, o mundo parece outro. Auroreal e mágico. O homem necessita cada vez mais destas datas sagradas. Para reencontrar a santidade da vida, deixar vir à tona impulsos religiosos profundos, comer e beber ritualmente, dar e receber presentes, sentir que tem família e amigos, e se ver transfigurado nas ruas por onde habitualmente caminha rasteiro. São dias em que estamos em graça, contentes de corpo e lavados de alma, ricos de todos os dons que podem advir de uma comunhão íntima e simultânea com as forças benéficas da terra e do céu. Dons capazes de fazer nascer num estábulo, miraculosamente, sem pai carnal, um Deus de amor e perdão, contra os mais pertinentes argumentos da razão.» Miguel Torga, in 'Diário (1985)' Esperamos que leiam o vosso jornal e que nos deem sugestões para o melhorar. Que neste mundo conturbado, o Menino nasça em paz para todos! Feliz Natal!
des, Stella Ferreira, Tomás Salsa, Ricardo Nunes e todos os docentes e alunos do Agrupamento que nos enviaram material para a edição e identificados em cada artigo
Equipa: Cristina Barbosa Capa: Fotografia de Catarina Cruz Colaboradores nesta edição: Luís Reis, Rosa Fernan-
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A nossa Escola Rotary International Youth Exchange Programmes Lurdes Seidenstricker
No passado dia 1 de novembro o clube de Rotarios de Almancil (AIRC) organizou um jantar no hotel Conrad, tendo convidado os alunos e os pais. Os alunos presentes, participaram nos Summer Camps no verão passado e tiveram a oportunidade de partilhar com os presentes as suas experiências e aprendizagens.
Sprache und Tanz Lurdes Seidenstricker
No passado dia 16 de novembro, os alunos do agrupamento de escolas Dra. Laura Ayres, em Quarteira (turmas de alemão do 9º, 11º e VOC, das professoras Andrea Correia e Lurdes Seidenstricker), participaram ativamente na atividade "Sprache und Tanz" (Língua e Dança), um workshop interativo que pretendeu motivar os alunos para a aprendizagem do alemão e despoletar neles o prazer de aprender a língua e a sua criatividade, usando os movimentos
corporais. Os alunos exercitaram a língua através do movimento ao ritmo da língua, de forma criativa, descobrindo e explorando. Esta combinação de música, ritmo, movimento e língua em movimento, resultou muito bem, foi do agrado dos alunos e deixamos aqui um agradecimento ao Goethe Institut por nos ter enviado a Helena e a Beatrice que nos permitiram esta experiência. Danke!
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Bibliotecas Escolares BESLA Os professores bibliotecários: Almiro Lemos e João Lopes
Natal Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia. Era gente a correr pela música acima. Uma onda uma festa. Palavras a saltar. Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima. Guitarras guitarras. Ou talvez mar. E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia. Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia. No teu ritmo nos teus ritos. No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia). Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos. E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia. No teu sol acontecia. Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia). Todo o tempo num só tempo: andamento de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia. Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva na cidade agitada pelo vento. Natal Natal (diziam). E acontecia. Como se fosse na palavra a rosa brava acontecia. E era Dezembro que floria. Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava. E era na lava a rosa e a palavra. Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.
E chegou novamente o Natal… As Bibliotecas da ESLA começam a ser decoradas para esta quadra! Desde a última edição do 100 Comentários, as Bibliotecas Escolares do Agrupamento não tiveram muito sossego. Na BESLA, registámos muitas participações no Concurso Interno “Cognoscere”, que alia várias disciplinas na tentativa de descobrir quem realmente tem um conhecimento transversal destas temáticas. Além disso, demos corpo a formações internas de utilizadores de bibliotecas e também a um painel de destaques de livros. Já o Grupo de Filosofia solicitou o apoio da Biblioteca da ESLA para organizar o “Dia da filosofia” a 16 de novembro, que contou com uma exposição e com uma palestra. Para concluir o âmbito das exposições, o Departamento de Expressões solicitou o espaço para mostrar o trabalho de alunos subordinado ao tema “Composições geométricas”. Ainda na BESLA, várias turmas de 12º ano estiveram presentes na formação “Citações e referências bibliográficas”, para ficarem cientes de como deverão proceder para evitarem cair em situações de plágio.
Manuel Alegre, in 'Antologia Poética'
Na BESLA, em novembro, organizou-se uma exposição dedicada aos Criativos portugueses. Com honras de primeiro lugar tivemos Almada Negreiros. Expusemos também “Hallowen com literatura criminal”.
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Semanalmente, a disciplina de Grego exibe na Biblioteca o seu alfabeto, mostrando que se trata de uma língua bastante presente na sociedade contemporânea. Este trabalho está a cargo das turmas do prof. Luís Reis.
Bibliotecas Escolares Biblioteca EB 2,3 Na Biblioteca da EB23, durante o mês de novembro, continuaram a realizar-se várias atividades na Biblioteca da E. B. 2,3 nomeadamente a apresentação de novidades a nível do fundo documental e que estão colocados no expositor logo à entrada da Biblioteca.
A disciplina de E.V.T. está a realizar o concurso Origami e no Desafio da Semana temos o Marcador de Livros. A professora Sónia Fernandes docente da disciplina de Educação Tecnológica e as turmas A e C do 6º Ano realizaram uma exposição no âmbito do ConteúdoMaterial- (O papel-construções “ 3 D”) muito interessante e original. Também a professora Teresa Roque docente igualmente da disciplina de Educação Tecnológica com a turma do 6ºF está a realizar uma exposição subordinada ao tema Materiais, madeira, plástico, argila e papel.
Aproveitamos para informar que o Regulamento da 12.ª Edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL) já se encontra publicado. Vai cumprir-se entre o dia 20 de Novembro de 2017, e o dia 10 de Junho, data de celebração da Língua Portuguesa. Este concurso, que sempre teve a participação do nosso agrupamento, abrange este ano - para além do 3º Ciclo e Secundário - pela primeira vez o 1º e o 2º Ciclos. Aguarda-se o anúncio das obras a ler. Ao nível de agrupamento, todos os alunos deverão estar apurados até ao final de fevereiro. É de aproveitar a pausa de Natal para ler e pensar em participar…
As Bibliotecas Municipais de Loulé e de Lagos encontram-se a organizar, uma vez mais em parceria, o Concurso Literário Sophia de Mello Breyner Andresen, destinados aos alunos do Ensino Básico e Secundário do Algarve. Os trabalhos para este concurso devem ser entregues até ao dia 23 de março de 2018. Para mais informações fala com a tua professora de Português ou dirige-te à Biblioteca.
Votos de Feliz Natal para Todos… com bons livros para acompanhar!!
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nossa Escola
Halloween Amanda Howarth No passado dia 31 de outubro, os Grupos de Inglês dos 1º e 2º ciclos, dinamizaram um concurso de colheres de pau e velas denominado “ Wooden Spoons and Candles Contest”, no âmbito das celebrações do Halloween. Os alunos dos 3º, 4º, 5º e 6º anos participaram com trabalhos e foi decorado o átrio da escola EB 2,3, onde se desenrolou o concurso. A participação dos alunos nesta atividade superou as expetativas do grupo, tanto nas colheres, como nas velas, pelo número e qualidade dos trabalhos apresentados. Os alunos dos 3º e 4º anos participaram no concurso das colheres de pau, tendo sido premiados os seguintes alunos: 3º ano: 1º lugar - Daniela do 3º B e 2º lugar - Cátia Cruz do 3º D 4º ano: 1º lugar - Leonor Pereira do 4º E e 2º lugar Lucas Pereira - 4º E Os alunos dos 5º e 6º anos participaram nos concursos das colheres de pau e das velas, tendo sido premiados os seguintes alunos: Concurso das Colheres de pau: 1º lugar - Matilde Martins do 5º F e 2º lugar - Nicole Ferreira do 5º D Concurso das Velas: 1º lugar - Daniel Ferreira do 5º F e 2º lugar Jéssica Neves do 6º C Foi ainda entregue um diploma de participação a cada participante. A atribuição dos prémios dos primeiros e segundo lugares, na forma de material escolar e livros, contou com a colaboração das Editoras Areal e Porto Editora. A escolha dos primeiros lugares teve a cargo de um júri selecionado pelas docentes de Inglês, nomeadamente a Coordenadora de Estabelecimento, Isolda Costa, os professores Cláudio Galego , Pedro Félix, Telma Brás e Lia Lamarão e a Assistente Operacional, Maria José Rebocho.
Concurso de Colheres de pau
4º Ano
3º Ano
2º Ciclo
Concurso das Velas
1º Lugar Grupo de Inglês 1º e 2º Ciclo
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2º Lugar
A nossa Escola O Auto da Barca do Inferno na Biblioteca Cristina Barbosa Durante a semana de a 20 a 24 de novembro, as turmas de nono ano receberam as turmas do oitavo, proporcionando-lhes um primeiro contacto com o «pai» do teatro português, Gil Vicente, através da leitura dramatizada de várias cenas do Auto da Barca do Inferno. Esta atividade insere-se no Plano Anual de Atividades e visa promover a articulação entre anos diferentes do mesmo ciclo.
As turmas de nono, no geral, fizeram as dramatizações com empenho e gosto. Os oitavos anos mostraram alguma curiosidade e, aparentemente, divertiram-se. Para eles também é interessante deslocarem-se à escola dos mais velhos e ter um primeiro contacto com uma obra que vão estudar no próximo ano. Foi o segundo ano consecutivo de realização e, tendo em conta o sucesso da atividade, esta deverá manter-se.
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nossa Escola
Parlamento dos Jovens Presença do deputado Cristóvão Norte na ESLA Inês Aguiar, Gabriel Almeida Um Programa proficiente de discussão de ideias, um tema em debate - Igualdade de Género -, um conjunto de atividades promotoras da educação para a cidadania, incentivando o interesse dos jovens deputados pela participação cívica e política, e respetiva capacidade de argumentação na defesa de um projeto de recomendação a ser votado e apresentado à comunidade educativa. A presença do deputado da Assembleia da República, Cristóvão Norte, do PSD, no dia 11 de dezembro, na escola secundária Dr.ª Laura Ayres engrandeceu, ainda mais, o programa Parlamento dos Jovens. Elucidativo sobre o que é um estado de direito democrático, sobre os direitos das mulheres e dos homens aplicados a circunstâncias históricas e atuais (leis da paridade e da parentalidade), sobre os direitos dos transgéneros e respetiva necessidade legislativa de salvaguardar a igual-
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dade de oportunidades, sem prejuízo para os direitos dos demais, subjacente à eterna demanda da humanidade; argumentativo na resposta às questões levantadas pelos deputados escolares, pelo auditório e exemplar no modo como interagiu dialogicamente com todos os presentes neste debate. No tempo diminuto agendado, muito mais haveria para debater e argumentar política e filosoficamente. É, de forma insofismável, Um debate para tod@s.
A nossa Escola Grego — Língua Macária Luís Reis A vantagem de estudar uma língua milenar como o grego é conseguirmos alargar o nosso léxico através de relações etimológicas feitas a partir de pequenas palavras dessa língua helénica. Além disso, permite um aprofundamento da história e da cultura gregas. Permite inclusive a compreensão de mitos e a sua ligação a aspetos do nosso quotidiano. De facto, o mundo heleno antigo está tão presente no nosso dia-a-dia que não nos apercebemos dessa herança. Desde o seu alfabeto – palavra composta pelas suas duas primeiras letras: α alfa + β beta – até inúmeras palavras presentes na política, na história, na filosofia, nas ciências e na medicina, convivemos com ele diariamente. Graças a Hipócrates, considerado o pai da medicina, temos mais de 75 mil termos ligados ao mundo médico. Alguns exemplos disso são biópsia, patologia, leucemia, cardiopatia, endoscopia, osteoporose, hepatite, estomatologia, otorinolaringologista… A língua de Homero mostra-nos, por exemplo, que a palavra hipopótamo é composta por duas gregas: ἵππος [hypos (cavalo)] e ποταμός [potamos (rio)], o que nos permite facilmente compreender que este animal é considerado “um cavalo do rio”; também o segundo termo aparece na palavra Mesopotâmia [μέσος (no meio) + ποταμός [rio]; de facto, esse local está entre os rios Tigre e Eufrates. Esta língua do saber possibilita ainda a compreensão da evolução semântica de certas palavras: hipócrita [ὑποκριτἠς] era um ator ou intérprete teatral, isto é, alguém que representava atrás duma máscara. Hoje empregamos essa palavra quando nos referimos a alguém dissimulado, pois “representa” com falsidade. Podemos ainda olhar para outros étimos gregos, que nos ajudarão a entender outras palavras das mesmas famílias: glicemia [γλυκύς (glykýs - doce) + αἷμα (haima - sangue)] explica-nos a glicose, a hipo ou hiperglicemia, a glicerina…; Panteão [πᾶν (todos) + θεός (theós – deuses)] esclarece-nos a Pandora [todos os dons - δῶρα]; a pandemia [algo que atinge todo o
δῆμος - demos – povo]; a pandermite [inflamação que atinge toda a pele – δέρμα]; e a panóplia [todas as armas - ὅπλα]. Também a πόλις (pólis – cidade) nos auxilia na compreensão de palavras como acrópole [ἂκρος (ákros – parte alta) + πόλις], metrópole [μητός (mêtrós – mãe) + πόλις]; política [πόλις + τέχνη (tékne – técnica/arte)], Constantinopla (cidade de Constantino); Nápoles [νέα + πόλις -> nova cidade, construída ao lado de Paleópolis, cidade velha]... Com a chegada do inverno, regressa o frio [κρύος (krýos) cf. criopreservação] e ficamos mais suscetíveis a doenças [πάθος (páthos) cf. patologia]; por isso, por vezes, precisamos dum médico [ἰατρός (iatrós) cf. pediatra]. Se nos receitar um medicamento antipirético [ἀντι + πυρός + τέχνη], vemos que se trata dum fármaco com uma “técnica contrária ao fogo”, ou seja, é um remédio contra a febre. Polinésia, Macronésia, Micronésia, Melanésia e Indonésia têm um étimo comum que significa “ilha”. Conseguimos facilmente compreender que as ilhas podem ser muitas, grandes, pequenas, negras, ou estarem situadas no Índico. Mais próximo de nós temos também a Macaronésia [μακάριος (makários – feliz) + νῆσια (nêssia ilha)]. Daí considerarmos as ilhas dos Açores, Madeira, Desertas, Canárias e Cabo Verde ilhas abençoadas/afortunadas/felizes. Luís Reis (Alia scripta in http://latinofilia.blogspot.pt/)
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Artes
Nós, Vós Eles 10º ano realizou um trabalho atrvés de um desenho cego de cada aluno com a técnicade lápis de cor aguarelle
O efeito de volume que percebemos num objeto depende da incidência da Luz. Eis alguns trabalhos de 8º ano que demonstram isso mesmo!
Os trabalhos do 9º ano - “Composição visual com elementos da geometria” visam desenvolver a capacidade de o aluno conhecer, realizar e elaborar geometria, utilizando na sua composição a cor.
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Artes Desenho de observação a lápis 6B: Pão realizado pelo 10º ano
Desenho de observação a lápis 6B: Pão realizado pelo 11º ano
Desenho de observação a lápis 6B: Pão realizado pelo 12º ano
Nozes realizadas pelo 12º ano a aguarela
Frutas e Vegetais do Algarve 11ºano Realizou uma composição realista com lápis de cor aquarelle
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A nossa Escola Dia de São Martinho EB1 JI da Abelheira No passado dia 10 de Novembro, os professores da Escola EB1 JI da Abelheira promoveram um Magusto de São Martinho, envolvendo a Comunidade Educativa. Todos os envolvidos participaram em variadíssimas atividades no âmbito cultural, lúdico e desportivo. Na nossa realidade escolar, verificamos que a globalização é um fenómeno galopante nas sociedades atuais, a nível económico, social e cultural. Sendo a Escola um elemento preponderante, devemos ser capazes de responder à necessidade de preservarmos e cultivarmos as tradições, de maneira a não perdermos as caraterísticas identitárias que nos distinguem como povo, é importante transmitirmos esses valores e caraterísticas tradicionais aos alunos. Pretendemos assim, que as crianças da Nossa Escola se inteirem das tradições relacionadas com o São Martinho visando o desenvolvimento da consciência cívica como elemento fundamental no processo de formação de cida-
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dãos responsáveis, críticos, ativos e intervenientes, com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à sua participação, individual e coletiva, na vida da turma, da escola e da comunidade. A nossa Escola agradece o apoio da Direção da Escola, da Junta de Freguesia de Quarteira, da Associação Ensinar a Sorrir e dos voluntários da ESLA, alunos dos professores Paulo Matos e Susana que foram uma maisvalia nas estações (atividades) por nós apresentadas. Foi gratificante assistir à participação e empenho de todos. “A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná -las felizes!” (Óscar Wilde).
A nossa Escola O São Martinho na Eb 2,3 de Quarteira Eunice Carvalho No dia 10 de novembro, os alunos do 2º Ciclo, da EB 2,3 tiveram oportunidade de celebrar o S. Martinho, no âmbito da disciplina de Português, produzindo frases e quadras alusivas à época. Essas mesmas frases/quadras foram registadas em castanhas e colocadas por cima do assador que se encontrava na Biblioteca, feito pela Prof. Sónia Balão. Como manda a tradição, leu-se a Lenda de S. Martinho e refletiu-se sobre a solidariedade e a ajuda ao próximo. O S. Martinho não é apenas para comer castanhas, mas também uma forma de relembrar que devemos ser solidários e trabalhar para uma sociedade mais altruísta.
Eleição para a Associação de Estudantes Começado o ano letivo, conhecidos os novos colegas, chegou a hora de decidir quem seriam os alunos a representar os alunos. Todas as formalidades cumpridas e estavam três listas a votação: lista F cuja presidente era Carolina Miranda; lista S, presidida pelo Ivo Fernandes; lista V nas mãos da presidente Joana Paiva. No dia 23 de novembro, a lista F teve oportunidade de apresentar as suas ideias nas escolas EB2,3 e ESLA; o dia 27 foi para a lista S também nas duas escolas e, por fim, no dia 28 foi a vez da lista V. Milene Martins
Apresentadas as propostas, realizadas as atividades ,chegou o dia 30: o dia da votação. Neste dia, e como eleger os seus representantes é importante, foram votar os alunos das duas escolas referidas, num total de 594 alunos. Feitas as contas, a lista V foi a eleita para representar os interesses dos alunos na escola. A lista V elaborou um vídeo da sua campanha que pode ser visionado em: https://www.youtube.com/watch?v=IIRtWem0NA&feature=youtu.be O pensamento de todos os alunos é que votaram bem e esperam que a sua Associação de Estudantes não os desiluda e cumpra as suas propostas.
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Apontamentos de História Tricentenário do início da construção do Convento de Mafra – 1717/2017 Ana Leote e Inês Bartolomeu, 11ºD “Era uma vez um rei que fez levantar um convento em Mafra” assim começa Saramago um dos capítulos do seu Memorial do Convento. Parece que o rei D. João V fez o voto de construir um convento, se a rainha lhe desse um filho no prazo de um ano, na Vila de Mafra, dedicado a Nossa Senhora e a Santo António, para ser entregue à Ordem dos Frades Arrábidos. Contudo, numa inscrição latina, gravada na primeira pedra simbolicamente colocada por D. João V, em 1717, lê-se: ”(…) João, rei dos portugueses, tinha um voto por causa dos filhos concebidos e lançou a primeira pedra”. A promessa coincidiu com a exploração do ouro do Brasil que permitiu superar a crise financeira do século XVII e investir na arte, que se tornou um suporte do poder régio. O seu projeto é da autoria do ouvires – arquiteto germânico, João Frederico Ludovice. Este convento, projetado para 13 religiosos, rapidamente se transformou num edifício para 300 frades, com um palácio real e uma enorme basílica, numa área de 40 000m2. Segundo as Cartas do embaixador inglês em Lisboa, em 1730, a construção deste edifício de estilo barroco, obrigou a que grande número de súbditos tivesse de trabalhar na obra, como os camponeses e suas mulas e bois, de tal modo que o reino ficou por cultivar, “… o rei mandou para a construção a maioria dos homens dos vários ofícios de que podemos precisar…”. “Quando foi preciso acelerar a obra foram recrutados homens de todos os sítios, tanto camponeses como peleiros, carpinteiros e até estofadores (…). Os oficiais de justiça patrulham noite e dia para forçar os homens ao trabalho e se um homem se esconder com medo de ser mandado, a sua mulher, filhos, mãe, etc. serão presos até que ele se entregue”. A magnificência deste monumento deslumbrava muitos dos que o visitavam, como mostram as palavras de Beckford, um antiquário inglês “…Entrámos na Igreja […] está cheio de estátuas dos santos mártires, lavradas com infinita delicadeza. Rosas de mármore branco e grinaldas de palmas, de refinado lavor, ornam todas as paredes do edifício (…)’’. Com efeito, as estátuas de santos, foram executadas em Roma, conforme recomendação do conselheiro artístico do rei (e como a Igreja da Reforma Católica definia): “[As estátuas devem ser executadas] conforme as melhores regras as-
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sim da escultura como da propriedade das roupas e insígnias dos Santos (…) e assim deve Vossa Reverência caprichar na perfeição com que devem ser obradas...”. Ainda na basílica, encontramos um conjunto de dois carrilhões, fabricados em Antuérpia e Liège. Segundo a tradição, a mando d' El-Rei, o Marquês de Abrantes procurou informar-se do preço de um carrilhão tendo-lhe sido indicado o valor de 400.000$00 réis, quantia tida como demasiado elevada para um país tão pequeno. Ao que D. João V, ofendido - era o monarca mais rico do seu tempo - terá respondido: “Não supunha que fosse tão barato; quero dois!”. As opiniões divergem quanto à sua compra, Baretti, poeta italiano, diz nas suas Cartas familiares” (…) foi a coisa mais absurda e ridícula desperdiçar tanto ferro, tanto arame, tanto trabalho, tanta despesa (…)”; pelo contrário, Dembowsky, escritor polaco, refere que ‘’Em Mafra é indispensável ouvir um magnífico carrilhão (…). A majestosa harmonia destes sons toca a alma.” A Biblioteca é considerada uma das mais belas do mundo e contém, entre outros, livros proibidos pelo Índex, privilégio concedido pelo papa Bento XIV ao rei de Portugal, rico e fiel cumpridor das imposições católicas. Parte integrante do convento é o refeitório, cujas mesas são de madeiras do Brasil e a sua decoração muito simples. Mas se a decoração é austera, o mesmo não se pode dizer da quantidade de comida. Estes frades consumiam por ano cerca de 120 pipas de vinho, 60 vacas, 2353 galinhas, 322 frangos entre muitos outros alimentos. A construção do convento/palácio foi, ao longo do tempo, alvo de polémicas devido aos avultados custos. Alguns criticaram a despesa inútil, como Link, médico e naturalista, que, em 1808, refere que “D. João V teria feito melhor em empregar os tesouros do Brasil na criação de uma boa marinha, único meio que podia e devia proporcionar a grandeza de Portugal”; outros, como Lucena, historiador de arte, fazem a sua defesa, não deixando, contudo, de referir que o rei “despendeu grossas quantias em mandar vir de reinos estranhos objetos para aformosear a sua obra predileta”. Diz Lucena, em 1950, que a obra ajudou a desenvolver as boas artes (impulso na arquitetura) e os ofícios mecânicos e não foi apenas um capricho de um rei poderoso. Fontes bibliográficas: Manual de História do 11º ano; Wikipédia
Escrevinhando Maria Pedido Nesta época que se avizinha, quero que o espírito Entre nos corações e nos faça mudar atitudes. Apelar para que o Amor, a solidariedade, a compreensão, a tolerância, a justiça, o respeito, sejam os presentes para dar e receber. Sim, porque estes presentes são fáceis de adquirir, não custam dinheiro, basta ter vontade, atitude e pôr em ação. Tratar tudo e todos como gostaríamos de ser tratados, de igual para igual, sim porque somos todos seres humanos com qualidades e defeitos. Não existem seres superiores. Somos todos iguais, difere o aspeto físico… Espero que alguma coisa mude. Que se façam algumas reflexões e que possamos acordar e ver um mundo diferente. E se todos nós fizermos um bocadinho… Esta passagem será melhor com certeza.
Sónia Fernandes
Jessy—Retrato a lápis de grafite
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A todo o GAS A importância da ingestão de água no inverno Ana Garcia A água tem um papel muito importante na regulação dos tecidos, células e órgãos pois ajuda a remover toxinas. Normalmente associam-se os cuidados com a hidratação ao período do verão, pois está mais calor, e desidratamos mais rapidamente. Esta situação não ocorre só no verão mas também no inverno. Nesta altura, com o frio há maior ocorrência de gripes e constipações que podem originar desidratação, devido à menor ingestão de água. O que fazer para evitar a desidratação no inverno:
Ingerir água
Infusões, que nos ajudam a manter hidratados e quentes nos dias frios
Sopa
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EcoEscolas Operação Montanha Verde 2017 Sandra Madureira Alves Os incêndios são fenómenos de grande impacto e ninguém lhes fica indiferente. São poderosos e com uma enorme capacidade para alterar e destruir a paisagem e a vida de todos os seres vivos. O presente ano, 2017, foi bárbaro no número de incêndios que devastaram enormes áreas florestais do território português. Com o objetivo de recuperar zonas ardidas do Algarve ou simplesmente contribuir para a reflorestação do nosso país, o Zoomarine lançou a iniciativa “Operação Montanha Verde 2017”, em parceria com o Município de Loulé e em articulação com o projeto “Rota pela Floresta” da ABAE e com a qual se pretende devolver o tom verde às nossas montanhas. Deste modo, no dia nove de Novembro do presente ano, os alunos da turma do 7.°F do Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres, abraçaram com entusiasmo esta ação ambiental e deram o seu forte
contributo na plantação de cerca de 5000 espécies arbóreas e arbustivas na área da Lagoa de Momprolé. Toda esta mega operação deixou-os verdadeiramente motivados e não se inibiram de dar o seu testemunho sentido à comunicação social presente, nomeadamente à SIC e à TSF, nem de colaborar com os atores Bárbara Norton de Matos e António Pedro Cerdeira nesta ação de reflorestação e nas próprias gravações de uma novela portuguesa. Por fim, todos os alunos assinaram a bandeira da ABAE, no âmbito do Projeto Eco-Escolas, revelando muita satisfação por terem feito parte desta importante campanha ambiental.
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A nossa Escola Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on Hugo Mártires O primeiro encontro internacional do projeto Erasmus+ - “Stem on, hands on, science goes on”, decorreu no passado mês de novembro no sul da Turquia, na cidade costeira de Antalya. Durante os dias 23 a 27 de outubro três professores do nosso agrupamento estiveram reunidos com os restantes parceiros do projeto para a primeira reunião formal de trabalho. O objetivo deste encontro, para além do primeiro contacto presencial da equipa transnacional, foi proporcionar um espaço de formação sobre a temática da integração das STEM no contexto educativo.
A organização do evento esteve a cargo dos colegas da escola Yeniköy Ortaokulu que fica na localidade de Döşemealtı, no distrito de Antalya. À chegada fomos recebidos pelo coordenador local do projeto que nos apresentou aos restantes parceiros, bem como ao diretor da escola local. O primeiro dia de trabalhos foi reservado para as visitas às entidades oficiais da região. Assim, começamos a manhã no moderno edifício da câmara municipal de Döşemealtı, onde fomos recebidos pelo Sr. Presidente daquela edilidade. Juntou-se a nós também o diretor da escola local. Num ambiente descontraído e cortês, o Sr. Presidente agradeceu a nossa presença e a importância que o projeto releva para a sua cidade, e em particular para a escola Yeniköy Ortaokulu. Falou-nos sempre em Turco, auxiliado pela tradução para Inglês do responsável pelo pelouro da educação. Contou-nos um pouco sobre o papel da câmara no pelouro educativo e da região no geral. Seguindo o costume local, fomos convidados a tomar um chá, enquanto passamos às apresentações individuais. Depois de um espaço aberto a perguntas ao Sr. Presidente, seguiu-se um momento de cortesia de troca de lembranças. Da nossa parte levamos na bagagem um livro sobre o concelho de Loulé, gentilmente oferecido pela câmara municipal, assim como uma carteira de cortiça de fabrico local da nossa capital da cortiça, São Brás do Alportel. Tivemos ainda oportunidade de entregar uma carta de conforto da parte do presidente da câmara municipal de Loulé. Fomos depois presenteados com várias lembranças, de onde se destacam uma medalha comemorativa da cidade, uma caneca com o símbolo da cidade (a romã), um DVD de promoção da
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região, entre outros materiais de divulgação. Despedirmo-nos deixando o convite para uma visita a Portugal, ao Algarve e ao concelho de Loulé em particular. Seguimos para a próxima visita oficial. Apesar de não constar no programa, fomos solicitados a visitar o centro de coordenação metropolitana, um organismo que faz a ligação da gestão do distrito de Antalya com a gestão local de Döşemealtı. Fomos recebidos pelo diretor do centro, bem como por alguns elementos da comunidade local. Mais uma vez agradeceram a nossa presença salientando a importância que estes projetos têm para a comunidade local e garantindo aos responsáveis da escola local todo o apoio que necessitarem, o que deixou os nossos colegas turcos bastante agradados. Seguiu-se aquele momento típico da partilha do chá, após o que seguimos viagem. A próxima paragem foi na direção regional de educação. Fomos recebidos pelo Sr. diretor que nos deu as boas vindas e apresentou alguns dados do contexto educativo local, assim como as bases estruturais do sistema educativo na Turquia. Abordaram-se essencialmente aspetos organizacionais e processuais e não tanto aspetos pedagógicos, o que de certa forma se compreende a este nível de organização. O Sr. diretor mostrou-se bastante curioso em perceber o funcionamento dos nossos sistemas educativos, tendo solicitado que partilhássemos alguma informação acerca da nossa realidade. Gerou-se uma agradável conversa (com a respectiva tradução pelo meio) na qual ficamos a saber por exemplo, que o sistema educativo público na Turquia é totalmente centralizado ao nível dos conteúdos. É o governo central que decide o currículo e a direção regional garante o seu cumprimento nas escolas da região. Já no que diz respeito aos recursos, a escola recorre à autarquia. A autonomia das escolas é pois bastante limitada, se é que ela existe mesmo. O corpo docente, por outro lado, é da responsabilidade da direção local de cada escola. A acompanhar este momento de conversa e como por esta altura já se adivinhava, veio mais uma rodada de chá. Alguns colegas menos adeptos das ervas do oriente, começaram por esta altura a recusar de forma educada. Nós os portugueses não quisemos fazer essa desfeita. Afinal de contas fomos nós que no séc. XVI trouxemos este hábito do oriente!
A nossa Escola A direção regional de educação de Döşemealtı fica precisamente ao lado da nossa escola de acolhimento. É para lá que vamos a seguir, onde somos recebidos por um grupo de alunos vestidos com trajes tradicionais. À chegada oferecem-nos os tradicionais “Turkish delights”. No grande pátio é o alvoroço a que estamos acostumados nas nossas escolas básicas.
Alguns pais vêm à escola buscar os filhos para o almoço, enquanto outros almoçam mesmo por ali no pátio com as crianças. Somos convidados a entrar num edifício lateral da escola, uma espécie de polivalente com um palco e muitas cadeiras. Num canto temos várias mesas corridas com o almoço que foi preparado pelos pais dos alunos. Antes da refeição assistimos a um número de danças tradicionais apresentado pelos alunos nos seus trajes. Depois, a professora de inglês dá-nos as boas vindas. Após a receção formal, somos convidados para o almoço bufete. Cada um serve-se do que quiser. O desafio é tentar decifrar a gastronomia local. Para nos ajudar, explicam-nos onde estão as sobremesas e os pratos principais ... e basicamente é isso. O resto estamos por “nossa conta e risco”. Não que a qualidade oferecida esteja em causa, mas conhecendo eu alguma da comida local, certamente que alguns dos pratos têm uma quantidade generosa de especiarias. Isto pode ser um problema para o paladar estrangeiro, mas no final ninguém se queixou, seja por delicadeza ou não. Claro que não podia faltar o chá e outra das bebidas preferida dos turcos: ayran. Basicamente consiste em iogurte líquido salgado. Os turcos comem iogurte com tudo e como se isso não bastasse, ainda fazem bebida dele. Eu pessoalmente aprecio bastante. Nas sobremesas também não podiam faltar as baclavas, entre outras iguarias indecifráveis. O almoço foi muito informal num ambiente extremamente acolhedor, bem à moda da Turquia. É como se fizéssemos parte da “casa”. Seguiu-se a visita a algumas salas de aula. Começamos pelo jardim de infância, num dos edifícios anexos à escola, onde os pequenos brincam alegremente e nos mostram os seus trabalhos com a ajuda das educadoras. À medida que nos deslocamos pelo recinto da escola, somos acompanhados por uma avalanche de crianças que timidamente tentam entrar em contacto connosco. Para a maior parte deles é a primeira vez que veem estrangeiros por aqui e não resistem a lançar para o ar algumas palavras em Inglês
(“Hello” é a mais comum). No edifício principal da escola somos divididos em dois grupos para visitarmos alguma das salas. À medida que vamos passando pelas salas, somos apresentados pelos colegas Turcos e os alunos fazem-nos algumas perguntas. Umas preparadas, outras espontâneas. Vamos vendo os trabalhos que estão a fazer e falamos um pouco sobre o nosso país para saciar a curiosidade dos alunos. Alguns pedem-nos para ensinarmos palavras em Português. Numa das turmas ensinamos os alunos a contarem até 10 na língua de Camões. Acabamos por ter alguns momentos de interação muito interessantes com as crianças. Afinal de contas, o professor é sempre professor independentemente da língua a que recorre para comunicar com os seus alunos. Terminamos a visita à escola no gabinete do diretor, onde partilhamos algumas ideias sobre as nossas escolas e trocamos algumas lembranças. Como não podia deixar de ser bebemos mais um chá ou café Turco. Por esta altura alguns colegas já não conseguiam beber mais chá e como é indelicado não beber nada, optaram pelo café. Terminou assim a nossa visita à escola Yeniköy Ortaokulu, uma escola bastante humilde, onde os recursos educativos se limitam praticamente às mesas e às cadeiras. A comunidade envolvente à escola é de um estrato social baixo e os apoios não são muitos. Os nossos colegas fazem o que podem em salas com mais de 30 alunos, com mesas onde não há espaço para mais do que o caderno diário. Nas aulas de desenho, por exemplo, as folhas sobrepõe-se umas às outras. Na mesma mesa, dois alunos não conseguem trabalhar ao mesmo tempo. Não se veem projetores nem quadros interativos, apenas os velhinhos quadros de giz. Num ambiente tão “hostil” como este é necessária extrema criatividade para conseguir ensinar o que quer que seja. Ser professor é isso mesmo. É de louvar o trabalho destes nossos colegas. Um corpo docente relativamente jovem que tenta remar contra as circunstâncias, para proporcionar um mundo melhor às gerações futuras.
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