AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DRA. LAURA AYRES, Ano XIV, Edição I, setembro / outubro 2017
Editorial Milene Martins e Cristina Barbosa
Começou o novo ano letivo e, com ele, o nosso agrupamento viveu várias mudanças. Professores partiram e professores chegaram. Equipas se desfizeram e novas equipas se formaram. Neste fluxo que é, afinal, o vaivém próprio da vida, o 100Comentários mudou de mãos. A coordenadora do Jornal é, agora, a docente Milene Martins. A formação da nova equipa foi um desejo expresso pelas pessoas envolvidas, com a aprovação de quem toma as decisões finais. Acreditamos que confiam nas nossas competências no domínio das novas tecnologias da informação e comunicação, conjuntamente com o amor pelas línguas, pelos diversos saberes e, sobretudo, pelas pessoas. Do 100Comentários, mantêm-se a estrutura, a dimensão e algumas rubricas. Pretendemos, com a alteração de algumas secções, que o jornal possa ser, efetivamente, mexido, rabiscado, partilhado, nas diversas atividades destinadas aos leitores. Por outras palavras, rubricas mais interativas que despertem o desejo de fazer. Não gostávamos de o ver largado sobre as mesas como um qualquer jornal diário que perdeu a validade. Fizemos várias inovações. Criámos um espaço com o nome “Escrevinhando…” que se destina a publicar textos, de qualquer tipologia, escritos pelos adultos do nosso agrupamento. Sabemos que muita gente tem escritos interessantes, abandonados em gavetas ou em produção a meio gás. Vamos dá-los à luz. Os alunos de História podem ver os seus artigos publicados nos Apontamentos de História. A Todo o GAS irá esclarecer as dúvidas que os nossos alunos coloquem ao Gabinete de Aconselhamento em Saúde para além de lhes serem fornecidos alguns conselhos bons para a sua saúde. Pequenos e graúdos são convidados à diversão com os Passatempos que o jornal passará a incluir para libertar a mente das preocupações. Através do QR -Code será possível levar o 100Comentários dentro do telemóvel e o ISSUU permite que a visualização do jornal possa ser mais interativa no site
100comentarios@esla.edu.pt Coordenadora: Milene Martins
do Agrupamento, apesar de o download do pdf continuar disponível no mesmo local de sempre. O terma de capa, Nascer do Sol, prende-se com o tema desta edição: o Recomeço. Haverá recomeço mais belo e mais inspirador que o nascer do sol?! Desejamos manter a qualidade do Jornal. Gostávamos de poder contar com toda a comunidade educativa, para manter a vitalidade do 100Comentários e torná-lo pertença acarinhada de todos. Lê, participa, apega-te!
des, Stella Ferreira, todos os docentes e alunos do Agrupamento que nos enviaram material para a edição e identificados em cada artigo, bem como a enfermeira Cristina Farrajota
Equipa: Cristina Barbosa Colaboradores nesta edição: Luís Reis, Rosa Fernan-
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Capa: Fotografia do Nascer do Sol de Milene Martins a 07 de novembro de 2017
A nossa Rotary International Youth Exchange Programmes Lurdes Seidenstricker
No dia 18 de outubro decorreu no Auditório da escola secundária uma palestra destinada a todos os alunos do ensino secundário interessados em concorrer a um Summer Camp ou saber mais informações sobre intercâmbios. A palestra "Rotary International Youth Exchange Programmes" (Intercâmbio para Jovens) foi da responsabilidade dos Rotários do Clube de Almancil AIRC - Almancil International Rotary Club - e contou com a presença da professora Lurdes Seidenstricker, responsável pelo projeto na escola, pais e alunos interessados bem como alunos que
estiveram em vários Summer Camps e uma aluna num intercâmbio de longa duração (em Itália), partilhando as suas experiências e vivências. Este projeto, em parceria com o AIRC, tem sido uma mais valia para a escola e para os nossos alunos. Os alunos podem concorrer até dia 31 de outubro. Haverá uma pré-seleção, seguida de entrevista e só depois se iniciará o processo de atribuição dos Summer Camps. Os alunos que não puderam estar presentes e têm interesse em participar, deverão contactar a professora ou o clube para mais informações.
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Bibliotecas Escolares Biblioteca EB 2,3 O professor bibliotecário: Almiro Lemos Neste início de ano letivo, procurámos proporcionar a todos os alunos informação sobre o melhor modo de rentabilizar a biblioteca escolar. Neste sentido decorreram ações de formação de utilizadores a todas as turmas do 5º ano, com o objetivo de lhes mostrar os recursos disponíveis e as regras de funcionamento da Biblioteca. Também os docentes que, pela primeira vez, integraram a equipa da biblioteca escolar receberam formação sobre o modo de funcionamento das bibliotecas e particularmente o programa de gestão de bibliotecas: o Bibliobase.
No dia 26 de setembro comemorou-se o Dia Europeu das Línguas que tem objetivos principais alertar o público em geral para a importância da aprendizagem das línguas e diversificar a oferta linguística de modo a incrementar o plurilinguismo e a compreensão intercultural, promover a riqueza da diversidade linguística e cultural da Europa, que deve ser preservada e valorizada e fomentar a aprendizagem de línguas ao longo da vida, dentro e fora da Escola, seja para fins académicos ou profissionais, seja para fins de mobilidade ou por prazer e intercâmbio. Neste sentido a Biblioteca associou-se com o Grupo de Línguas Estrangeiras à comemoração deste evento. Foram projetadas apresentações eletrónicas relativas ao 5 de outubro de 1910 e ao Dia Mundial da Alimentação no dia 16 de outubro. Tem sido feita a divulgação do Projeto Erasmus “ Minds on STEM goes on” dinamizado pelos professores Pedro Félix, Judite Rebelo e Teresa Carvalho com as turmas do 7º A e E. Este projeto visa tornar o ensino das Ciências e da Matemática mais relevante e significativo para os alunos tendo em conta o respeito, crenças e diversidade cultural. Foi elaborado um Infográfico com algumas estatísticas da Biblioteca referentes ao ano letivo anterior e que se encontra exposto na mesma. O mês de Outubro é internacionalmente dedicado às Bibliotecas Escolares. Este ano, o mote foi “ Ligar Comunidades e Culturas”, tema muito ligado à realidade do nosso Agrupamento onde existem alunos de imensas nacionalidades.
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A nossa Escola Dia Europeu das Línguas Cristina Barbosa; Milene Martins
No dia 26 de setembro, comemorou-se na escola o
dos com as diferentes línguas europeias. Após o
Dia Europeu das Línguas. No âmbito destas comemo-
Kahoot, os alunos puderam visualizar uma apresenta-
rações, realizou-se um jornal de parede nas bibliotecas
ção eletrónica sobre os diversos países e respetivas
das escolas EB 2, 3 e Secundária, com a colaboração
línguas.
dos alunos. Os alunos do 9ºA de Francês e do secundário de Alemão criaram um pequeno vídeo com a canção tradicional Frei João, que é comum a diversas culturas, cantadas em três línguas para o mesmo ser visionado pelos alunos do 1ºciclo. Foi produzido um pequeno vídeo falado nas diferentes línguas estudadas na escola (Alemão, Espanhol, Francês, Grego, Inglês, Latim e Mandarim). Os alunos de Inglês do ensino secundário participaram num Kahoot que testaram os conhecimentos dos mesmos acerca de factos relaciona-
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A
nossa Escola
Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on Hugo Mártires
O Erasmus+ é um programa da União Europeia para a Educação, Formação, Juventude e Desporto que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2014, tendo sido criado com base no tão famoso Erasmus. O Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres integra um projeto de pareceria internacional com várias escolas da Europa, no âmbito da iniciativa Europeia Erasmus+, sob a coordenação do professor Hugo Mártires. O projeto tem a duração de dois anos e o título é "Minds on Hands on STEM Goes on", tendo como objetivo principal tornar o ensino das ciências e da matemática mais relevante e significativo para os nossos alunos tendo em atenção o respeito, crenças e a diversidade cultural. A contribuição mais relevante deste projeto será a integração das STEM no currículo escolar de uma forma holística. Serão desenvolvidas e implementadas atividades relacionadas com as áreas STEM para os 7º anos nos programas escolares. Para além do nosso agrupamento, integram ainda
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o projeto as seguintes escolas: Yeniköy Ortaokulu em Döşemealtı/Antalya, na Turquia; Osnovnouchiliste "Yordan Yovkov” em Varna, na Bulgária; Juhanliivinim em Alatskivikeskkool, na Estónia e Osnovna Sola Frana Metelka em Skocjan, na Eslovénia. O primeiro encontro decorreu na cidade de Antlalya, no sul da Turquia, durante os dias 23 a 27 de outubro, onde participaram os professores do agrupamento. As atividades do projeto poderão ser acompanhadas no cantinho Erasmus na biblioteca da Escola EB2,3 ou através do site da escola, na área de projetos.
A nossa Escola Erasmus+ Minds on Hands on STEM Goes on O Concurso dos Logótipos Os alunos das escolas participantes foram desafiados a criar um logótipo para o projeto. Os vários alunos das turmas que integram o projeto apresentaram as suas propostas criativas. Em cada escola escolheu-se o logótipo que iria representar o país. O logótipo vencedor foi votado por todos os participantes, sendo que não poderiam votar no do seu país. Depois da primeira ronda, o logótipo da nossa escola era um dos potenciais vencedores, ex aequo com a Bulgária. Após o desempate, o logótipo do nosso Agrupamento foi o vencedor. Carolina Silva , 7ºA—Portugal
Bulgária
Estónia
Eslovénia Turquia
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A
nossa Escola
Parlamento dos Jovens Inês Aguiar, Gabriel Almeida
Os professores Inês Aguiar e Gabriel Almeida vêm convidar todos os alunos do Ensino Secundário a participar no Programa “Parlamento dos Jovens”, com o seguinte tema em debate: “IGUALDADE DE GÉNERO”. Vai haver na tua Escola um Professor coordenador (professora Inês Aguiar), em colaboração com o professor Gabriel Almeida, que te vão ajudar a estudar o tema, organizando debates, por exemplo, e que vão estar atentos às regras do programa e supervisionar o processo eleitoral. É aquela professora que vai constituir uma Comissão Eleitoral Escolar para gerir essa fase na Escola e que vai orientar o grupo dos participantes até à Sessão Distrital, ou à Nacional se a tua Escola for eleita. Para seres deputado à Sessão Escolar tens de te organizar com outros colegas numa lista de 10 e esta pode ser integrada por alunos de várias turmas, contendo o nome, ano e turmas. Em conjunto, têm de propor 3 medidas sobre o tema e cada medida deve ser apresentada de um argumento que a fundamente. Isto é: o que acham que a Assembleia da República, o Governo, os órgãos locais (ou outras entidades) ou até o que os próprios jovens devem fazer para resolver uma questão, relacionada com o tema, que vocês
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considerem importante (será o vosso “programa eleitoral”). O ideal é que outros colegas façam outras listas para o debate eleitoral ser animado. Depois da fase da campanha eleitoral, haverá a eleição em Janeiro e poderás vir a ser um dos eleitos à Sessão Escolar! Para mais informações, contacta os professores responsáveis e/ ou dirige-te à biblioteca escolar da ESLA. Contamos com a tua participação ativa, uma vez que o objetivo é promover a educação para a cidadania, incentivando o teu interesse pela participação cívica e política e respetiva capacidade de argumentação na defesa de ideias. Calendarização Prevista das Atividades: Novembro/dezembro: Realização de 1 debate, com a participação de um deputado da Assembleia da República Finais de novembro: Realização de uma palestra com um representante de uma organização defensora da Igualdade de Género De 11 a 15 de dezembro: Apresentação das listas à Comissão Eleitoral e respetivos projetos de recomendação. De 15 a 20 de janeiro: Campanha Eleitoral 22 de janeiro: Eleição das listas 24 de janeiro: Sessão Escolar
A nossa Escola PARA QUÊ ESTUDAR LATIM? Luís Reis
Dizia um velho professor de Latim: «Deus nos livre da mula que faz him e da mulher que sabe Latim». Nunca percebi muito bem o quis ele dizer com isso. Teimosia?! Sabedoria?! Deixo ao vosso critério a descodificação da mensagem desta frase, na certeza de ser preferível a imagem duma mulher que sabe Latim. O Latim é conotado como uma língua que cheira a mofo, a colégios, a seminários e a padres. No entanto, utilizamos a nossa língua mãe mais vezes do que julgamos: concorremos a uma emprego e enviamos o Curriculum Vitae; mudamos de apartamento para comprarmos um duplex; compramos roupa na Vivere e na Decenio; saboreamos um
tel; o nosso esquentador é Vulcano; usamos lentes Varilux; temos um primo que trabalha na Securitas; realizamos um exame Ad Hoc; possuímos um estilo muito sui generis; desejamos Carpe diem (aproveita o dia) ou fac ut vivas (goza a vida) aos nossos amigos; arranjamos um alibi (outro aí) quando vamos responder a tribunal (Domus Iustitiae); repetimos ipsis verbis um conselho que nos deram; passeamos no Forum; analisamos a narração in medias res; estudamos o Homo Sapiens e o seu Habitat; passamos à tangente; calculamos o rendimento per capita; a tabela periódica da Química está cheia de abreviaturas latinas; terminamos uma carta com um P.S. (Post Scriptum); etc (et cetera). Será que já nos ocorreu que até o Inglês usa palavras latinas? Vejamos: exit significa “sair” em Latim e delete significa “destruir”. E os dias da semana? Nisto, os ingleses foram mais fiéis ao Latim que nós Portugueses: para os romanos o Domingo era o dia do Sol (Solis dies) – os ingleses chamam ao Domingo “Sunday”, ou seja, o dia do Sol; a Segunda-feira era o dia da Lua (Luna dies) – em inglês diz-se “Monday”, isto é, o dia da Lua;...
gelado magnum; lemos E pluribus unum no emblema do Benfica; comemos chocolates Mars e queijos TerraNostra; bebemos águas Luso, Vitalis e leite Agros; folheamos as revistas Quo e Lux; adquirimos um Clio, ou um Fiat Uno, ou um Focus, com ou sem Turbo; lemos Primus inter Pares nos maços de tabaco SG Ventil e Veni, Vidi, Vici no Marlboro; lavamo-nos com Sanex; hidratamo-nos com Nivea; jogamos Lego; compramos na Vobis, na Natura e na Imaginarium; metemos gasolina Super; temos um telemóvel da Optimus ou um telefone com ligação à Novis; contribuímos para a Caritas; queixamo-nos à Quercus; relaxamos no SPA (Salus per aquam) de um Ho-
Podíamos aprender também com a Alemanha: o alemão é uma língua não românica, pertencente às línguas germânicas. No entanto, é o país da Europa onde o Latim mais se aprofunda. Em Portugal, há muito que se fala de insucesso à disciplina de Português; o nosso Ministro da Educação sabe que uma forma de atenuar esse insucesso seria estabelecer, pelo menos, um ano de Latim obrigatório, no ensino secundário. Evitar-se-ia que, qualquer dia, seja regra escrever sem regras. Se tal acontecer, a culpa não será nossa, pois errare humanum est. Luís Reis - http://latinofilia.blogspot.pt
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Artes
“A arvore” Pintura a acrílico sobre tela à maneira de várias correntes artísticas do Séc. XX. 10
1- Ines Afonso
7– Daniela Cagau
2- Yasmin Americo
8– Marcelo
3- Alexandra Alves
9– Phool
4– Lucas
10– Mariya
5– Virgínia Bousquet
11– Francisco
6– Denisa Rusnac
Artes
Os alunos do 12º ano de Artes Visuais realizaram um trabalho feito a pastel de óleo com o tema “Turismo”, em composição abstracta Alexandra; Nº8-Mariya Vatova;
Nº1-Alexandra Andrade; Nº2-Daniela
Nº10-Phool Prado
OS 12 APÓSTOLOS Os alunos do 11º ano de Artes Visuais, realizaram um trabalho feito a pastel de óleo, de forma abstrata, com 12 figuras humanas criadas através do desenho cego.
Visite a exposição “ O Fundo Do Mar “
O FUNDO DO MAR Trabalhos realizados pelo 10º F, pastel a óleo sobre papel. Rhuan Santos Maria Andreeva Sarah Nonato Alycia Carvalho Carolina Inácio Lia Gherbovetchi Sara Botelho
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A nossa Escola A Semana do Polvo 2017 Fátima Joaquim, Milene Martins
Dia 29 de setembro foi inaugurada a exposição das fotografias premiadas do Concurso de Fotografia da Semana do Polvo. Este evento foi promovido pela AEQV – Associação de Empresários de Quarteira e Vilamoura em parceria com a Câmara Municipal de Loulé, Junta de Freguesia de Quarteira, Região de Turismo do Algarve, Inframoura e Vilamoura World. A exposição teve lugar na Rua Vasco da Gama tendo estado patente entre os dias 29 de setembro e dia 8 de outubro. O presidente da AEQV, João Guerreiro, presidiu à inauguração da exposição, tendo entregue os prémios às alunas do 12ºano do Curso Profissional de Fotografia do Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres, cujos trabalhos foram premiados.
Kiah Llewellyn
1º lugar: Kiah Llewellyn 2º lugar: Bruna Veiga 3º Lugar: Catarina Brito
Bruna Veiga
Catarina Brito
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A nossa Escola A Semana do Polvo 2017
Sónia Silva
Sónia Silva
Lara Araújo
Jéssica Almeida
Rafaela Leal
Bruna Veiga
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Apontamentos de História Nascer no século XVIII Ana Carolina Guerreiro, 11ºF
No século XVIII a gravidez era vista como um perigo que podia levar à morte e por isso havia um provérbio que dizia que “a mulher grávida tem sempre um pé na cova” pois muitas delas e os seus bebés morriam por não haver condições de higiene e cuidados médicos. Contudo, ao longo do século, verifica-se uma melhoria nos cuidados materno-infantis o que se concretizou na diminuição da mortalidade materno infantil. Neste período os partos eram muito complicados, principalmente nos campos, devido a falta de conhecimentos e também às más condições higiénicas. A verdade é que ficava a faltar ajuda nos campos, onde essa carência era mais sentida como mostra a frase de uma carta-circular do intendente de Tours, enviada para recrutar mulheres para fazerem os cursos: «(…) o conhecimento dessa arte aproveita apenas a quem vive nas cidades, enquanto os campos, expostos à prática de mulheres ignorantes, choram a perda de vidas e, muitas vezes, também os ferimentos que geram a infertilidade das mães». Para preencher essa falta, Luís XV nomeou Madame du Coudray, uma parteira muito famosa, «para ensinar a arte dos partos em toda a extensão do reino». Esta parteira verificando que havia grande dificuldade por parte das mulheres em compreender os ensinamentos teóricos, inventou uma espécie de “máquina”, que era um manequim que esta usava para fazer as suas explicações, e assim conseguia demonstrar de uma forma mais real as várias situações que ocorrem num parto. Esta parteira também foi autora de um compêndio de arte dos partos com ilustrações muito pormenorizadas. Ainda no princípio do século XVIII o peso da religião era grande. Quando os médicos pedem conselho aos doutores em teologia sobre quem é que se deveria salvar, em caso de complicações, a mãe ou o bebé, os teólogos respondem como mostra um excerto de um compêndio de Embriologia Sagrada «(…) mas a caridade (…) exige que se prefira a vida espiritual da criança que se supõe num perigo evidente de não receber o batismo, à vida temporal da mãe, que é um bem inferior à salvação eterna do filho, como diz S. Tomás». Havia também o hábito antigo de enfaixar as crianças, ou seja enrolá-las em panos, com a justificação de que era preciso dar-lhes uma postura ereta, evitando que mais tarde andasse como os animais. Quanto a este hábito, surgem também opiniões con-
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trárias como a do médico William Cadogan que condenava o enfaixamento dizendo que levava a que as crianças ficassem muito apertadas, e os seus membros sem possibilidade de se mexerem à vontade, como ilustra a sua frase: “E isto é muito prejudicial, porque os membros que não se usam nunca se tornarão fortes e corpos tão frágeis não aguentam tanta pressão (…) e também levava a muitas deformidades». Quanto à amamentação, era trabalho das amas, pois a mulher de estatuto social elevado não devia amamentar o seu filho sendo os bebés entregues a amasde-leite e criados longe dos pais, nos primeiros anos de vida. Denunciando este hábito, um médico de Lyon, concluiu que “Morre um quarto das crianças criadas por amas cuidadosas ou pelas mães e dois terços em más amas”. Com isto pretendia dizer que para diminuir a mortalidade os bebés deviam ser criados e amamentados pelas suas mães ou por boas amas. Também Rousseau, em Emílio, de 1762, escreve elogiando quem decidisse amamentar os seus filhos «Encontram-se, no entanto, algumas jovens que, cheias de uma bondade natural, ousam desafiar os costumes e os clamores do seu sexo, cumprindo, com virtude e coragem, este dever tão doce que a Natureza lhes impõe.» Embora se tenha verificado uma melhoria nos cuidados infantis, era muito frequente as mulheres abandonarem os filhos devido à extrema pobreza e preconceito em que se vivia. Para evitar o abandono das crianças na rua levando-os à morte, as autoridades dos vários países europeus criaram algumas instituições oficiais. Em Portugal, o intendente Pina Manique criou, em 1783, a “roda dos expostos” com o objetivo de recolher os bebés. Era uma espécie de cilindro que havia, nos mosteiros ou hospitais, onde se punha os bebés e depois a pessoa que o ia deixar tocava uma sineta e o cilindro rodava para dentro e a criança era recolhida. Com as crianças geralmente vinham pedaços de tecido, fitas, medalhas ou outros objetos para que se pudesse identifica-las. Concluindo, a partir de meados do século XVIII, na Europa ocidental, registaram-se alguns progressos nos cuidados materno-infantis, nomeadamente nas técnicas de parto, nas mentalidades e atitudes para com as crianças, que continuaram até aos dias de hoje. Bibliografia: Manual de História A Gravura do Compêndio Arte dos partos, de Madame du Coudray, 1759
Escrevinhando “Rentrée” e outras coisas Cristina Barbosa
Ano novo. Muitas caras novas e outras não. Sorrisos que afagam. Alguns abraços especiais. Rostos fechados. Olhares de soslaio, curiosos, a disfarçar. Vozes cantantes. Sobrolhos carrancudos. Vozes altas, muito altas, os professores falam muito alto. Temos pressa de contar. E os teus filhos? Já no 10º? Meu Deus, estou a ficar velha! E as férias? Ótimas! Assim, assim. São sempre boas sem relógio. Estás magra! Fica-te bem esse bronzeado… vê-se que estiveste no Algarve…. Eh!Eh!! Não é para todos! Somos um exército…da paz, embora nos esperem algumas batalhas. A nossa matéria-prima é especial: trabalhá-la exige preparação, perícia, sensibilidade e muita paciência. Viajamos todos na mesma montanha russa, professores, na sua maioria, em hormonas descendentes e alunos em hormonas ascendentes. Hormonas turbulentas e imprevisíveis. Esperam de nós o melhor. Às vezes, o melhor não chega. Há dias em que o timbre da nossa voz vai soar bem e as nossas palavras vão transportar melo-
dias de empatia. Há dias em que nos basta um rosto surpreendido, um par de olhos interrogativos, um brilhozinho a iluminar o rosto para sentirmos que ali semeámos algo. Há dias em que encontramos desconfiança e frio e não nos deixam passar. Não compreendemos. Nasce um desânimo! Ainda assim, vamos andando, andando… pode ser que se abra ali uma pequena brecha de luz e, então, entramos. E quando entramos e ficamos? Tocam sinos no coração. Olhamos e está ali um pedaço dos nossos filhos. Há dias em que parece que nada acontece… nem bom, nem mau. Saímos desalentados, vamos para casa cabisbaixos a questionar a vida. E suspiramos pelo euro milhões. Adormecemos exaustos. Temos sonhos agitados em turbilhões de absurdo. Nasce o dia. Voltamos com pouco ânimo. Ao transpor a porta da sala de aula, um sorriso põe-nos a funcionar, de novo, em pleno, em plenitude. Bom ano! Bom ano!
Aterragem mais ou menos tranquila na minha infância Cristina Barbosa A máquina funcionou! Não doeu nada. Olha, sou eu outra vez, a menina franzina, de sete-oito-nove anos, com pouca vontade de comer as refeições, que corre para a escola, para não chegar atrasada. Hoje está muito frio, é porque é inverno e, aqui, na minha aldeia, quando está frio é de rachar. Vou um bocadinho carregada para a Escola, porque levo tudo o que faz falta: os livros, os cadernos, os lápis de cor, o de carvão, a pena de aparo para molhar no tinteiro da carteira da sala de aula, a lousa para fazer as contas e voltar a fazer e voltar a apagar. Gosto da lousa, não quero parti-la. Ufa! O que mais pesa é a escalfeta que a minha mãe me preparou, cheiinha de brasas vermelhinhas, quentinhas que é um regalo. Tenho de as manter vivinhas toda a manhã. Isso é no recreio, quando paramos para comer o pão-nãosei-com-quê, pomo-nos todos de cócoras a soprar para reacender o nosso braseiro. É quase como um concurso a
ver quem é o melhor a soprar. Não vale a pena ir lá para fora, porque até se escorrega no chão gelado e depois não sentimos os dedos. Quem consegue aprender de pés gelados e barriga vazia? Eu cá não… Lá voltamos para os nossos lugares, pés em cima das escalfetas, com as brasinhas agora mais tímidas a prometer ainda um calorzinho. 9x9? 9x6? 9x4? Tabuada de cor e salteada, ai, ai… «Sete erros no ditado?» São sete reguadas. Ainda bem que não escrevo com erros, quase nunca. Coitadita da Rosalina, não fez as cópias em casa, pudera! Teve de ir buscar as cabras que andavam a pastar longe que eu sei lá… Devem-lhe doer tanto as mãos frias com aquele calor súbito da palmatória e também lhe dói lá dentro, que eu bem vejo a força que ela faz para não lhe saltarem as lágrimas. Tem as mãos negras do cieiro e do trabalho. Rosalina, voa Rosalina! Quando voltares, já passou tudo...
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A todo o GAS Ana Garcia O GAS está em colaboração com o Jornal da escola. Onde iremos dar informações sobre: Esclarecimento acerca do funcionamento, acessibilidade e valências disponíveis no sistema nacional de saúde
Consideram-se dentro da competência deste gabi-
Aconselhar, esclarecer e educar para a saúde de cada alu-
nete as seguintes:
no, atendendo à sua circunstância Identificar situações de risco para a saúde, com posterior encaminhamento para as entidades de saúde competentes,
- Sexualidade / contraceção - Alimentação
quando tal se justificar Rastrear problemas de saúde importantes, tais como a
- Alterações do comportamento alimentar
obesidade e a hipertensão arterial
- Comportamentos de risco, sexuais ou outros
Os alunos (anonimamente) poderão aceder ao GAS através do jornal onde colocaram questões e nos iremos responde-las através do jornal.
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- Ansiedade / Depressão
A nossa Escola Sensibilização para o uso racional de antibióticos Cristina Farrajota
As bactérias resistentes a antibióticos são um problema de saúde cada vez mais grave Durante muitas décadas os antibióticos curaram infeções potencialmente fatais. Porém, nos últimos anos, a utilização incorreta de antibióticos levou ao desenvolvimento e à propagação de bactérias resistentes a antibióticos. Quando as pessoas têm infeções causadas por bactérias resistentes, os antibióticos já não são eficazes no trata-
(1)
mento da infeção e a doença pode manter-se por mais tempo ou mesmo agravar-se. Permitir o desenvolvimento de resistência aos antibióticos é uma grave ameaça para a saúde pública, porque as bactérias resistentes podem propagar-se pela comunidade.
Manter a eficácia dos antibióticos é uma responsabilidade de todos Quando lhe prescreverem antibióticos, siga as instruções do médico de modo a minimizar o risco do desenvolvimento de bactérias resistentes. Se não seguir corretamente as instruções (por exemplo, se encurtar o tempo de tratamento, se tomar uma dose inferior ou se não tomar os antibióticos nos devidos intervalos de tempo prescritos pelo seu médico), as bactérias podem tornar-se resistentes aos antibióticos.
As bactérias resistentes podem permanecer no seu organismo e podem também ser transmitidas a terceiros. Isto pode colocá-lo a si e aos outros em risco de os antibióticos não fazerem efeito quando
Se esta ameaça continuar poderemos ter que viver num mundo em que infeções simples não podem mais ser tratadas(2)
voltar a precisar deles. A utilização responsável de antibióticos pode ajudar a combater o desenvolvimento de bactérias resistentes
O combate ao desenvolvimento de bactérias resistentes manterá a eficácia dos antibióticos para utilização pelas gerações futuras. (1) Adatptado de European Centre for Disease Prevention and Control (2) Tradução livre de AMR: a major European and Global challenge
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