CAPELA DO CALVÁRIO DO ROSSIO DE MONFORTE: UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM

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A

PORTALEGRE (30km)

Ponte Romana

Represa ARRONCHES (17km)

Capela do Calvário

Igreja de N. Sra. da Conceição

Igreja de São João Baptista

Praça de Touros João Moura Igreja Matriz de Monforte Praça da República

Torre do Relógio

Cemitério de Monforte Monforte - Estrutura Urbana Capela do Calvário Rossio Edificações Corpos d’Agua

MAPA DE PORTUGALL COM INDIÇÃO DE MONFORTE. ADAPTADO DE IMAGEM DO WIKIPÉDIA.

vila de Monforte localiza-se na região do Alto-Alentejo, distrito de Portalegre. Geograficamente, a vila de Monforte encontra-se em região elevada, no topo de um monte, entre as cotas 275 e 299. O acesso a Oeste, devido à presença do curso de água, apresenta maior diferença de cotas (cerca de 45 metros); enquanto a Este a diferença é menor (cerca de 15 metros). A poente, o acesso à vila está relacionado ao curso da Ribeira de Monforte, principal curso de água que abastece a vila, sendo que a N369 cruza a ribeira, enquanto a E802 segue as suas margens. Logo sobre a ribeira de Monforte, suposta entrada da cidade, é possível encontrar uma ponte com possível pré-construção romana, em granito, composta por cinco arcos plenos e quatro talhamares curtos. Fazia parte do antigo sistema viário romano que ligava Olisipo (Lisboa) a Emerita (atual Mérida, em Espanha)1. Antes da construção da E802, a ponte ligava diretamente à Capela do Calvário e ao rossio, sendo uma possível entrada à vila De Monforte. Esta ligação ramificava-se em duas vias, uma que atravessava o rossio - ligando diretamente a Capela do Calvário e a Capela de Nossa Sra. da Conceição e a outra que a tangenciava, conectando provavelmente a Igreja de São João Baptista e delimitando a área do rossio. É possível aferir que essas seriam as principais vias de acesso à vila de Monforte por Oeste. Também é possível interpretar que estes caminhos se distinguiam entre si, na medida em que um procurava a menor distância entre a ponte e a possível localização do antigo Castelo de Monforte e o outro procurava estabelecer-se sobre uma menor pendente, mais adequada ao transporte de mercadorias para o interior da muralha. Também é possível verificar no desenho urbano a presença de um eixo que explica a implantação da antiga ermida de planta circular, que se alinha à ponte e que contém a via que corta o rossio e conecta diretamente as ruínas do castelo de Monforte à entrada da vila, pela maior pendente. Esse eixo estabelece a ligação, tanto física como visual, entre a ponte de entrada da vila e o castelo e pode ter sido determinante na escolha do sítio de implantação dos edifícios religiosos. A malha urbana da vila de Monforte é determinada principalmente pela estrutura muralhada medieval, tal como em Portalegre, e ambas as capelas encontram-se extra-muros, apesar da Capela do Calvário de Portalegre se encontrar no meio da malha urbana e aparentar estar no miolo da cidade. Esta muralha construída sobre as ruínas de uma antiga ocupação castrense, entre os séculos 14 e 17. O castelo possuía quatro torres, incluindo a de menagem, torre do relógio, quatro baluartes, cisterna, fossos e cerca de muralhas, com quatro portas, da qual restam apenas ruínas e vestígios, inclusive da própria muralha, que aparece em partes da vila 2. A muralha defendia uma grande parte da povoação que, entretanto, foi crescendo dentro e fora dos seus limites. As características topográficas do terreno faziam com que a muralha desenhasse o feitio de uma nau com a torre mais alta na proa, onde está hoje, inserido o relógio da vila. Localizada no lado nascente, contém, ao longo do seu traçado, três minaretes, um deles transformado em torre de dos pisos. Existem edifícios com relativa sumptuosidade encostados dentro e fora da fortaleza , como por exemplo, a casa dos quartéis. No interior da muralha, as vias distribuem-se a partir da Praça da República, na região central da vila. O seu traçado medieval possibilita uma leitura do que seriam as antigas entradas da muralha. Iniciaremos o estudo da estrutura urbana começando pelo ponto mais elevado da vila, o património defensivo e militar. É no ponto mais alto que subsistem dois muros que apresentavam uma certa altura e uma torre que fazia canto com ameias . Tudo isto, segundo António Maria Cunha, deve ter sido restaurado num passado não muito distante. A partir da praça central, nota-se a presença de um eixo Este/Oeste, uma via importante a Sul e uma via a Nordeste . Estas seriam as localizações das quatro portas de entrada da antiga muralha, que ao longo dos séculos se transformaram em vias principais de acesso ao centro da vila. As portas possuíam denominações, essas referentes ao antigo nome das vias ou largos em que a porta se situava. A nordeste, vinculada à igreja Matriz e ao largo de mesmo nome, a Porta do Mártir de S. Sebastião; a oeste, a Porta de Santa Ana relacionada com a à antiga estrada para Elvas e a rua de mesmo nome; ao sul, a porta de Évora, também relacionada à estrada para Évora e a este, a porta de Menino Jesus, a que se refere a entrada da cidade pela via que tangencia o rossio. Seria essa porta importante para a compreensão da implantação da Capela do Calvário e do seu papel na estrutura urbana da vila.

Fragmentos Muralha Vias Vias Pedonais

Escala 1: 5.000 ELVAS (33km)

ÉVORA (75km)

MSS08 FAUP 2018 CAPELA DO CALVÁRIO DO ROSSIO DE MONFORTE:

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Fonte: Autoria Própria, baseado em imagem de satélite do Google.

MAPA DA ESTRUTURA URBANA DE MONFORTE, PORTUGAL. AUTORIA PRÓPRIA, BASEADO EM IMAGEM DE SATÉLITE.

UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM

COLINA DE MONFORTE (ENTRADA DA CIDADE). FOTOGRAFIA DO ACERVO DO GRUPO.


A

A

RIBEIR

ORTE

ONF DE M

I . PONTE ROMANA

II . CAPELA DO CALVÁRIO

Capela do Calvário de Monforte está situada num rossio definido também por outros dois edifícios [VER MAPA AO LADO], nomeadamente, a Igreja de São João Baptista, cuja data da sua fundação é por nós desconhecida, e a Capela de Nossa Senhora da Conceição que pertence ao século XVII. Estas duas capelas não apresentam qualquer tipo de semelhança arquitetónica com o nosso caso de estudo. A relação da Capela do Calvário de Monforte [IMAGEM II] com o espaço público não passa só por uma relação entre a fachada principal e o rossio, mas também por uma relação do objeto em si com a chegada à cidade. Isto é, apesar de haver uma relação entre ambas as fachadas da entrada das Capelas do Calvário de Monforte e a da Nossa Senhora da Conceição [IMAGEM III], ao a Capela do Calvário estar de costas para quem chega ao território da vila, os sinos recebem-nos com o som que se propaga como um chamamento para a cidade. Tal como este elemento sonoro que se vira para o exterior da vila, também existem elementos que indicam a existência de uma via sacra, tais como as três cruzes que existem por cima porta de entrada da Capela do Calvário - que também estão presentes nas ermidas dos territórios vizinhos, tais como a Ermida de Nossa Senhora da Nazaré em Barbacena, por cima da cobertura, e na Igreja de Nossa Senhora da Nazaré em Elvas, também por cima da porta de entrada - que significam fim de via sacra, e outros elementos perto do rossio que indicam que o caminho continua até à entrada na muralha como capelinhas com um altar apenas chamadas Senhor da Boa Morte e Senhor dos Passos. [IMAGEM V] A história do termo de “rossio” em Portugal mostra que a palavra significou sucessivamente “baldio“, isto é, o que resta por cultivar, o que fica para trás ou que está para fora da povoação ou da casa onde se habita 4. O rossio é um nome próprio atribuído a vários campos ou largos citadinos, é um espaço aberto que serve de mediação entre a aglomeração urbana e o campo circundante, ou seja, a definição de rossio é distinta da definição de centro da estrutura urbana. Normalmente a definição de rossio é aplicada a campos circundantes à estrutura urbana. Contudo, geralmente, localizam-se fora da cerca da mesma. Estas três capelas estabelecem uma forte relação de diálogo entre ambas, também evidenciada pela diferença topográfica do terreno onde estão implantadas. Contudo, é visível um eixo fortemente marcado entre a antiga ponte, a Capela do Calvário do Rossio de Monforte e, por fim, a Capela da Nossa Senhora da Conceição que se desenvolve em direcção a uma das possíveis entradas da muralha na cidade de Monforte. Tal facto, possivelmente sugere uma relação de diálogo mais evidenciada entre a Capela do caso de estudo e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, também marcada pela igual direção das fachadas dos dois edificados religiosos, ou seja, as fachadas principais destes dois edificados estão viradas uma para a outra. Parece existir um motivo subjacente à implantação desta três capelas, contudo a razão para tal não foi descoberta. Em conversa com habitantes de Monforte, existe a possibilidade de a implantação das três capelas estar justificada por uma competição existente entre os fundadores dos três edificados religiosos, o que eventualmente confere uma relação de confronto entre as três capelas. É ainda importante referir a proximidade da Capela em estudo a uma rede viária de elevada importância uma vez que permite a ligação entre a vila de Monforte e a cidade de Portalegre. Tal facto parece sugerir que a nível programático a Capela poderia, também, representar um outro momento de entrada na cidade para além das portas de entrada nas muralhas, uma espécie de pontuação do momento de entrada, espaço de refúgio, fresco, que desejava as boas vindas a quem chegava e as boas partidas a quem abandonava Monforte. Estes espaços de rossio possuíam vivências próprias e eram, neste caso particular, utilizados para a realização de feiras. Geralmente, as capelas faziam parte do programa dos espaços de feira, eram equipamentos de apoio às feiras, eram dispositivos arquitectónicos de ordenamento e qualificação do espaço. A vila de Monforte possui várias atividades religiosas, tais como feiras e romarias. Contudo, a feira mais relevante para o nosso caso de estudo, visto que se realizava na área do rossio, era realizada anualmente no dia 15 de Maio [IMAGEM VI]. Esta feira, denominada por feira de Sto. Izidro, consistia num pequeno mercado, uma famosa feira de gado que se prolongava por três dias. Esta grande Feira Franca era uma das mais concorridas do Alto Alentejo e apresentava os melhores produtos dos principaiscriadores de Gado. [IMAGEM VII]

III . IGREJA DE N. SRA. DA CONCEIÇÃO

IV . IGREJA DE SÃO JOÃO BAPTISTA

MSS08 FAUP 2018 CAPELA DO CALVÁRIO DO ROSSIO DE MONFORTE:

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UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM VII . CARTAZ DA FEIRA

V . CAPELA DO SR. DA BOA MORTE

MAPA DO ROSSIO DE MONFORTE. AUTORIA PRÓPRIA, BASEADO EM IMAGENS DE SATÉLITE; FOTOGRAFIAS RETIRADAS EM FEV/2018.

VII . FEIRA FRANCA DE MONFORTE - 15 de maio de 1922. IMAGEM CEDIDA CEDIDAS PELO POSTO DE TURISMO CÂMARA MUNICIPAL DE MONFORTE.


~8,2m

16,4m

IV . ROSSIO MONFORTE 1902.

V . ROSSIO MONFORTE 2017.

A partir de uma fotografia antiga [IMAGEM IV] fornecida pelo posto de turismo, datada de 1902, observa-se a existência no local de uma pequena ermida. Tratava-se de um edifício de planta circular, cuja entrada se fazia por uma porta de arco de volta perfeita, que parecia acompanhar a curvatura da parede. Sobre a porta existia uma pequena janela que também parecia acompanhar a mesma curvatura. A cobertura era composta em cone. A data de construção dessa primeira estrutura não pode ser precisada, porém, a partir de referência encontrada nas Memórias Paroquiais de Monforte de 1758, pode se aferir, portanto, que é anterior a essa data. Julga-se que o objeto pré-existente seja seiscentista, pela similaridade com outros edifícios de mesma natureza nos arredores de Monforte que datam desta época, tal como a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré à entrada de Elvas ou a Ermida de Nossa Senhora da Nazaré em Barbacena. Ao sobrepor a fotografia com uma atual [IMAGEM V] - de autoria própria, procurando preservar o mesmo ponto de vista - foi verificado que a implantação da ermida pré-existente coincidade com a dimensão do tambor da capela atual. Essa informação permite especular o processo de implantação da Capela do Calvário, surgindo algumas possibilidades:

A

I . HIPÓTESE A DE IMPLANTAÇÃO.

O

II . HIPÓTESE B DE IMPLANTAÇÃO.

B C

III . HIPÓTESE C DE IMPLANTAÇÃO.

a construção da capela atual tenha sido ao redor do tambor da ermida primitiva. Esta é a hipótese menos provável, visto que ao sobrepor as fotografias, é possível estimar os diâmetros dos tambores, sendo o tambor primitivo ligeiramente maior que o atual (8,2m e 7,7m respectivamente). [IMAGEM I] a capela atual foi construída coincidindo o desenho dos tambores, sendo que as medidas distam aprox. 50cm (2 palmos). [IMAGEM II] a construção da capela atual ocorreu sem a preocupação com a coincidência com o local da capela primitiva; sendo construída ligeiramente ao lado dela. [IMAGEM III]

O LEVANTAMENTO GRÁFICO

primeiro local visitado durante o levantamento foi o posto de turismo de Monforte, onde foram cedidas algumas informações referentes à Capela do Calvário, de extrema importância para o trabalho como um todo. Posteriormente, e após um pequeno primeiro percurso pela vila de Monforte foi realizado um registo fotográfico à distância e a uma cota superior, o que permitiu a análise da localização da Capela, bem como dos restantes edificados religiosos, no território e na paisagem de Monforte. Este primeiro levantamento fotográfico foi muito útil para o trabalho, uma vez que, numa fase já posterior, ajudou a determinar o passado arquitetónico da capela. O contato com a Capela revelou o seu estado extremamente deteriorado. Deste modo, o primeiro passo consistiu numa limpeza que possibilitasse e facilitasse o trabalho de levantamento no local. Uma vez com o espaço limpo e liberto de obstáculos, foi feita uma análise visual e elaboração de um plano de levantamento. O levantamento teve início com a seleção de um ponto central “0” situado no centro da projecção da cúpula no quadrado central, que lhe corresponde em planta. Neste ponto são seccionados uma multiplicidade de segmentos principais e secundários. Segmentos principais, como por exemplo, os que unem os vértices das paredes portantes que suportam a cúpula. E secundários, como os que relacionam os extremos dos braços laterais, o que nos possibilitava que as medições posteriores ao redor do quadrado central estejam relacionadas. Em seguida, foram se somando as medidas dos espaços adjacentes, os quadrados menores dos braços laterais, a entrada e a sacristia. Por último, foi levantado o compartimento adicionado posteriormente, localizado na parte de trás da Capela em estudo, com entrada pela fachada lateral da sacristia. Logo em seguida, foi obtido o encontro destas paredes portantes com a planta, medindo todos os pontos em cada um dos quatro apoios, o que confirmou que as medidas são iguais e comprovou que elas estavam de acordo com a proporção humana do palmo de 22. Com a conclusão da medição do perímetro interior de toda a capela, foi levantado a medida dos arcos, partindo do quadrado central previamente dimensionado. Para a determinação de altura foram utilizados vários pontos em planta com um espaçamento entre eles de 10 cm. Por sua vez, para a cúpula foi utilizado dois arcos que se intervencionavam na sua projeção em planta no ponto central “0”.

VI . ESQUIÇO DO PERFIL DO RODAPÉ INTERNO.

VII . ARCO DO BRAÇO FRONTAL.

MSS08 FAUP 2018 CAPELA DO CALVÁRIO DO ROSSIO DE MONFORTE:

3

UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM VIII . ESQUIÇO DO LEVANTAMENTO INTERNO.

IX . SOBREPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA I 1902/2017.


D’

B’

A’

A’’

C’

C’’

IV III II FOTOGRAFIAS I A VII . ACERVO DO GRUPO OUT/2017.

I

V

VI

VII

D’’

B’’

VIII . PLANTA - 1:200

MSS08 FAUP 2018 CAPELA DO CALVÁRIO DO ROSSIO DE MONFORTE:

238.8 m

VI . ESQUEMA DAS MEDIÇÕES - 1:500

239.1 m 238.95 m

239.7 m

239.5 m

240.22 m 239 m

X . ALÇADO A'A'' - 1:200

XI . ALÇADO B'B'' - 1:200

238.8 m

239.5 m

239.1 m

239.6 m 240.22 m

239.7 m

239.55 m

XII . CORTE C'C'' - 1:200

XIII . CORTE D'D'' - 1:200

A

4

UMA REFERÊNCIA NA PAISAGEM

Capela do Calvário de Monforte atual foi reconstruída a mando de António Maria Chichorro em homenagem a seus pais e avós que estavam sepultados na zona da Capela Mor. O objeto de estudo consiste numa capela em cruz grega com um acrescento de uma sacristia quadrangular ao corpo poente. A entrada da capela faz-se a nascente por uma porta de madeira. Existem mais duas entradas a norte e sul nos braços correspondentes e o altar encontra-se no corpo poente da Igreja. Quanto ao interior da capela, dado ao seu estado atual, verificámos que foi totalmente estucada e pintada à mão numa tentativa de imitar mármore [IMAGEM VI], remetendo para um motivo mais popular do ornamento da capela. Existem quatro nichos nas pilastras do cruzamento entre a nave e o transepto, onde se encontram, atualmente, apenas duas estátuas de Santos em terracota [IMAGEM V]. No entanto, seriam quatro imagens representando os apóstolos evangelistas, nomeadamente S. João, S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas. Os frisos são bastantes mas simples e no tecto existem vários rendilhados vegetalistas no encontro das abóbadas com a cúpula de pendentivos, decorada com motivos em estuque pintados, também [IMAGEM VII]. No tambor central existem quatro janelas perpendiculares aos braços da cruz grega que também acompanham a curvatura do círculo integral, emoldurados pelo que parece ser granito. [IMAGEM II] O que nos intrigou, foi o facto de a igreja ser totalmente estucada e pintada a imitar mármore. Tal acontece mantendo-se então também fiel à Capela do Calvário de Portalegre que, apesar de barroca e construída numa época de muita riqueza em Portugal, também se optou pelos desenhos à mão em vez do pedra mármore, sendo esta uma opção de projeto recorrente na altura. Exteriormente, os alçados são bastante tradicionais. As portas de madeira de duas folhas são emolduradas em granito aparelhado e estão sob um frontão mais pequeno de granito também. [IMAGEM I] Em cada braço existe mais um frontão frisado que acompanha as águas do telhado. A igreja é tipicamente Alentejana, na medida em que está totalmente pintada de branco e os embasamento, cunhais, frontão e cornijas a amarelo. O corpo da capela é maioritariamente construído em alvenaria de pedra. Esta igreja encontra-se cercada por um muro de alvenaria com três entradas, que se situam no prolongamento de três dos braços da cruz grega que caracteriza a Igreja. Apenas na sequência do braço direito desta cruz não existe nenhuma porta, pois o muro se desvanece no corpo da sacristia.


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