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Tendências

Negócios Edição XII Ano II Brasília, Março de 2013

ACDF Metas e Planos para 2013

NÚCLEO BANDEIRANTE Empreendedores que construíram suas vidas em Brasília

MULHER 1

Empresárias e mães cumprem seus papéis e afirmam que vale a pena TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS ::


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:: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS


TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS ::

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Editorial

A

mulher brasileira conquistou seu espaço. No Brasil, as mulheres já são 97,3 milhões, contra 93,4 milhões de homens, lutando lado a lado. Isso mesmo! Ela vem, de maneira firme, conquistando cada vez mais, sua participação no mercado de trabalho nas grandes cidades brasileiras, nestes últimos anos. Mas apesar desse avanço, elas ainda continuam na briga, principalmente nas grandes empresas das metrópoles onde a desigualdade é grande. Menos de 14% dos cargos de diretoria das 500 maiores empresas do Brasil são ocupadas pelo sexo feminino. Segundo o IBGE, a participação das mulheres chega a 45,1% nas microempresas, contra uma média de 31,8% nas médias e grandes. Outro desafio é com relação á dignidade de obter um emprego formal, que traga garantias para a sua família. No Brasil, somente 35,5% das mulheres têm carteira de trabalho assinada por causa do descaso e preconceito. Mas a nossa geração se desenvolveu profissionalmente, foi atrás de capacitação, escolaridade, conquistou o mercado de trabalho e a igualdade de direitos em casa. Hoje a mulher também fala grosso e toma decisões em pé de igualdade com seus companheiros, cada vez mais compreensivos. Por outro lado, vem o stress e a culpa de não estar tanto ao lado dos filhos. Mas é preciso lembrar que toda escolha é imbuída de situações não controláveis. Faz-se necessário compreender que estamos vivendo um mundo diferente onde as necessidades e o tempo adquirem novos valores. Podemos então mulheres, continuar lutando sem ressentimentos, com a maturidade de quem constrói um mundo melhor para todos, com perseverança e ternura, que permeiam o coração feminino.

Liana Alagemovit s

TEN by

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:: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS


sumário

Alex Dias Diretor Executivo alex@tendenciasenegocios.com.br Liana Alagemovits Editora Chefe Chefe de Redação liana@tendenciasenegocios.com.br

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|Especial

Associação Comercial do DF |Doc TEN

Fagner Lacerda

Diagramação fagner@tendenciasenegocios.com.br

Jonathan Félix

Arte-finalização jonathan@tendenciasenegocios.com.br

Allex Benchimol, Camila Bordinhon, Nathália Borgo, Marcos Candido Equipe de Reportagem

jornalismo@tendenciasenegocios.com.br

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30000 Tiragem Sugestões, comentários e críticas: jornalismo@tendenciasenegocios.com.br Redação

Empreendedoras

A liderança do Gama

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WWW.TENDENCIASENEGOCIOS.COM.BR REDAÇÃO - (61) 9288-0520 COMERCIAL - (61) 9288-2805 Distribuição Gratuita Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem prévia autorização dos editores. A Tendências e Negócios não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

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Nágela Maria |Almoce Conosco

Cátia Kubel |Seu Direito

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Sebastião Moraes da Cunha |De Primeira

@ProgramaTEN

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|Perfil

Dalva Pires

Tendências e Negócios

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|CAPA

|Cidades

Rachel Formiga Comercial Grafica e Editora Ideal (61) 33442112 Impressão

Núcleo Bandeirante

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Programa Tendências e Negócios TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS ::

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DÍVIDAS

MERCADO DE AÇÕES Comprar ações pode ser uma boa opção para investir o dinheiro ganho em 2013 e em 2014. Claro, que é importante lembrar que o investimento com pouco dinheiro deve ser um investimento inteligente. Assim, se você for investir em 2013, avalie com cuidado e pense a longo prazo. O investimento inteligente apenas se tornará rentável se houver pesquisa e muita cautela, para os iniciantes. A Bolsa, no entanto, ainda assusta: apenas 1% da população investe em ações. Mas lembre-se que o investimento em ações, fundo de ações e outros investimentos para 2013 podem ser arriscados. Por isso, a dica é sempre ler artigos e acompanhar a rentabilidade dos fundos dia -a-dia pelo menos um mês antes de começar nesta aventura, que muitas vezes nós causa transtornos, mas que também pode ser boa para os bolsos..

Quem nunca perdeu noites em claro por causa de dívidas adquiridas? Pois é, mas não adianta chorar pelo leite derramado. É preciso ter coragem e renegociá-las, procurando descontos e parcelamentos sem juros. Troque a dívida mais cara por mais barata. Uma das opções é fazer empréstimo consignado em folha de pagamento ou crédito direto ao consumidor. Segundo o Banco Central, em novembro de 2012, a taxa de juros do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, ficou em 38% ao ano, bem menor que a do cheque especial, que alcançou o absurdo de 145,4% ao ano. Mas quem precisa ir às compras, fique de olho nas taxas pagas no cartão de crédito e no cheque especial, modalidades mais caras de um financiamento. Se puder, fuja deles!

POR QUE O BRASILEIRO NÃO INVESTE EM AÇÕES? Outros/não sabe Desconfia das instituições Muito arriscado Renda muito baixa Não sobra dinheiro Não têm conhecimento

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14,20%

A grande maioria dos brasileiros tem perfil conservador de investimento (65,5%). Somente 1,6% dos entrevistados possui alta propensão para investir em ações, que geram riscos.

2,90% 6,20% 11,90% 21,30%

43,50% Dados: BM&FBovespa

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IMPOSTO O mês de março começa e com ele, gastos extras com impostos. Para não ficar no vermelho, é preciso planejamento para dar conta dos compromissos e fechar as contas. Segundo o levantamento do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal), o rendimento tributável dos brasileiros (salários, aposentadoria e aluguéis chegou ao marco histórico de R$ 1 trilhão no ano passado e pode escalar para R$ 1,1 trilhão neste ano. Quem conseguiu guardar algum dinheiro apesar das férias, vai ficar mais tranqüilo. Há quem pensa nisso e separa uma porcentagem do décimo terceiro salário e das férias, para não ter dor de cabeça. Imposto de renda, Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) são grandes sustos tanto para empresários como para os que declaram como pessoa física. O importante é estar em dia com o leão e, se possível, pagar antecipado. Alguns estados e municípios oferecem desconto no caso de pagamento à vista desses impostos, que pode variar de 3% a 8%.

CONTROLE É necessário fazer o levantamento de suas despesas mensais, para saber se uma empresa possui condição financeira para estar em dia com suas obrigações com funcionários, governo, fornecedores e parceiros. Por isso, o Controle de Despesas acompanha detalhadamente os gastos mensais e faz também a análise das possíveis variações. Com ele, também podemos fazer o cálculo do preço de venda das mercadorias, para obter uma lucratividade desejada. Ou seja, com esse instrumento, a margem de erros de compra para a produção é bem reduzida. Também é importante organizar as receitas e despesas em uma planilha. Sabendo quanto dispõe por mês, você poderá negociar. Experimente! TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS ::

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arquivo movits

by Ricardo Movits

Ricardo Movits é cineasta, poeta, escritor, compositor e artista plástico. Membro do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria Para a República Federativa do Brasil, ocupa a cadeira número 18 da Academia Maçônica de Letras. Um dos fundadores do grupo Guardiões do Saber. Há mais de 30 anos preserva em seus arquivos pessoais anotações, estudos e observações sobre diversos temas relacionados ao ser humano. Título: Como Surgiu a Mulher? Palavras Chaves: Deus; Mitologia; Adão e Eva; Jardim do Éden; Lilith; Bíblia; Suméria; Babilônia

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Como Surgiu a Mulher |Pandora

ra criação. Reconhecendo que havia sido criada por

Na mitologia grega foi Prometeu quem criou os Mortais, dando-lhes forma com argila. Prometeu é considerado o protetor dos humanos e enganou Zeus diversas vezes para salva-los. Zeus ficou uma fera com Prometeu e também com os Mortais e para puni-los, recusou a enviar o fogo divino. Então Prometeu subiu ao céu e roubou sementes de fogo e as trouxe disfarçadas para a Terra. Zeus decidiu então punir Prometeu e os mortais. Prometeu foi acorrentado enquanto uma águia comia seu fígado, que tornava a nascer. Para a punição dos Mortais, Zeus pediu a Hefesto, deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos e escultores, e a Atena, deusa da guerra, da sabedoria, das artes, da justiça e da habilidade, que criassem um ser ainda desconhecido, e cada um dos deuses colocaria neste uma qualidade. Esse ser foi a Mulher que, por ter recebido tantos dons, foi chamada de Pandora, aquela que tem todos os dons. Zeus enviou Pandora de presente a Epimeteu, o irmão de Prometeu que, esquecendo o conselho do irmão de não receber nenhum presente de Zeus, foi seduzido por sua beleza e a aceitou. Zeus também enviou de presente de núpcias uma caixa fechada. Logo que chegou a Terra, Pandora, consumida pela curiosidade, abriu a caixa. Nela estavam todos os males que escaparam e se espalharam entre os Mortais. Mas Pandora, assustada, fechou rapidamente a caixa e somente a Esperança, que se encontrava no fundo, continuou prisioneira.

recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas

|Lilith ou Eva? Na Bíblia podemos encontrar dois momentos da criação do Ser Humano. Uma no Gênesis 1:26: “E criou

Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o

criou; homem e mulher os criou”. E a outra no Gênesis 2:22: “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão”.

Bem, Deus criou homem e mulher. No Antigo Testamento, esta mulher é Lilith. É a mulher da primei-

Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, relações sexuais. Quando reclamou de sua condição a

Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma aban-

donou o Éden. Lilith não foi expulsa, ela foi embora do

Éden e se recusou a voltar. Adão ficou sozinho e Deus

criou Eva do corpo de Adão. Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento.

A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demô-

nios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 AC. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 AC.

Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada

ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e até mesmo da morte. Na Sumé-

ria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada como deusa era identificada com os demônios e espíri-

tos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins.

Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, “A mulher escarlate”, um demônio que guarda as portas do

inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cér-

bero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.

Na mitologia a primeira mulher foi presenteada com diversos dons. No velho testamento, se rebelou contra sua exis-

tência, reivindicou ter os mesmos direitos que Adão e, por decisão própria, abandonou o “paraíso”. Por tudo isso, seu determinismo e inteligência, fez com que ela reconquistasse seu lugar e reescrevesse a sua verdadeira história.

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INTERNACIONAL

Por Carolina Dias, de Paris

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or trás de todo grande homem há uma grande mulher. O provérbio adotado como mote no início do movimento feminista americano certamente era extremamente apropriado na época de LyndonJohnson, que sempre contou com o apoio e o empreendedorismo de sua esposa Lady Bird para levar seu projeto político para frente, mas hoje em dia elas não estão mais apenas prontas para apoiar, mas também para agirem elas próprias e com alguma sorte serem apoiadas por seus maridos. Cotada como uma das principais opções para a presidência dos Estados Unidos em 2016, Hillary Clinton teve de enfrentar, na época em que seu marido foi presidente, os sentimentos controversos de uma sociedade conservadora que não aceitava que ela escapasse da camisa de força imposta pelo papel esperado historicamentede uma primeira-dama. Durante o mandato de Bill Clinton, tanto no governo de Arkansas quanto na presidência dos Estados Unidos, Hillary teve grande participação política, algo que resultou em contínuo burburinho de descontentamento por parte dos críticos. Eventualmente ela teve mesmo que reduzir um pouco o leque de sua atuação pública para não atrapalhar o marido. No entanto, com o fim do mandato de Bill ela decidiu que havia chegado a hora dela e em 2001 ela virou a primeira primeira-dama a entrar na política americana ao sereleita senadora por Nova York. Antes mesmo de Bill imaginar virar presidente dos Estados Unidos, Hillary já se destacava como advogada. Primeira mulher a ser sócia de um escritório de advocacia num estado conservador tal como Arkansas, Clinton foi citada duas vezes entre os 100 melhores advogados do país. Quando seu marido ainda era governador, ela fez um excelente trabalho frente a um grupo formado para reestruturar o sistema de saúde do estado. No entanto,quando em Washington, suas tentativas de ser uma primeira-dama mais politizada tiveram que ser revistas. Os americanos têm expectativas bem características a respeito do papel que uma primeira-dama deve representar e a opinião

hilary pública pode tencioná-la para não sair do script, prova disso é o comportamento da atual Flotus (apelido carinhoso para First Lady). Michelle Obama, assim como Hillary, tem um currículo de causar inveja a qualquer pessoa, mas receosa das críticas que Hillary sofreu, Michelle prefere se apresentar de uma forma mais “tradicional”, aparecendo em eventos como a entrega do Oscar, e tratando de assuntos menos ligados a política como, por exemplo, seu projeto para jardim orgânico e sua paixão pela jardinagem. Mesmo tendo agido de forma contraria ao que os americanos esperavam, Hillary,depois que virou senadora, tornou-se a política mais bem aceita entre os americanos. Talvez isso prove que o lugar de uma grande mulher não é apenas ao lado de um grande homem. Enquanto estava no Senado ela estava claramente se preparando para uma corrida presidencial. De fato, em 2008 ela concorreu nas primárias contra Obama na condição de favorita e permanece como a principal opção Democrata à sucessão de Obama em 2016. Algo que ela garantiu com sua firme atuação à frente da Secretária de Estado, cargo que talvez seja o segundo com maior prestígio no governo americano, abaixo apenas do Presidente. Fora o ex-patrão Obama - que recentemente fez longos elogios a Hillary em um talk-show americano - Bill, seu marido, é seguramente o principal apoiador de Hillary no seu caminho de volta à Casa Branca, onde, na hipótese de ser eleita, ela poderá finalmente desempenhar funções que têm mais a ver com ela.

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TENDÊNCIASEENEGÓCIOS NEGÓCIOS:::: TENDÊNCIAS


RELAXAR

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os melhores Destinos porTeresa Perez Tour Vai viajar? Encontre os destinos mais procurados pelo mundo com a primeira agência do país focada na sofisticação

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ioneira no Brasil em viagens de alto padrão, a agência Teresa Perez Tours tem a missão de realizar os sonhos das pessoas, com roteiros personalizados de acordo com os interesses de cada um. “Utilizamos o nosso conhecimento para surpreender todos os clientes. Somos uma agência diferente, que não vende pacotes prontos”, explica o presidente, Tomas Perez. O presidente detalha que primeiro é preciso entender as necessidades e expectativas de cada cliente. A partir de então, a agência passa a desenhar um roteiro que atenda perfeitamente o desejado. A Teresa Perez Tours trabalhar com os melhores hotéis do mundo e mantém relacionamento com as redes mais importantes de hospedagens em todos os continentes. A agência conta com uma equipe treinada para conhecer a fundo os roteiros. “Costumamos dizer que, se somarmos os destinos mais conhecidos por todos os membros da nossa equipe. Teresa Perez já visitou o mundo inteiro”, afirma o presidente. Além dos funcionários capacitados, os clientes podem encontrar opções para suas viagens, cujo tema pode ser relacionado a artes, esportes, gastronomia, entre outras opções. Segundo Tomas Perez, o estreito relacionamento com os fornecedores do mundo, garante que a empresa tenha acesso às novidades de cada destino em primeira mão. “Sabe-

mos qual o restaurante mais badalado, a loja mais especial, o passeio mais imperdível e as formas mais genuínas de aproveitar cada ponto”, informa. “Viver as experiências mais locais possíveis”, é assim que o presidente justifica a procura de seus clientes, sempre atrás novos cenários para suas atividades. A logística também fica por conta da empresa, para que o turista aproveite o tempo da melhor forma possível e potencialize todos os momentos, com o mínimo de deslocamento. Cada aspecto é avaliado minuciosamente.

|A novidade Teresa Perez Tour começou 2013 o seu novo escritório em Brasília, o primeiro fora do estado de São Paulo. O mercado de Brasília é promissor devido ao alto poder aquisitivo da cidade. “A aposta é que o nosso diferencial atinja a demanda de alto padrão”, explica. De acordo com dados do Banco Central, os gastos dos brasileiros em viagens ao exterior, em fevereiro, ultrapassaram US$ 1,8 Bilhão. Além disso, a classe média também vem gastando mais, procurando roteiros de luxo. Os gastos chegaram a crescer 277,3% em 10 anos, segundo pesquisa do Instituto Data Popular.

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CIDADE E EMPREENDEDORISMO

Clínica dos sorrisos

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os 21 anos ele já é um empresário focado não apenas no sucesso do seu empreendimento, mas preocupado com questões sociais sua intensão é facilitar o acesso da população a tratamentos às vezes inacessíveis. Cleber Roberto Pires Filho nasceu em Brasília e cresceu em uma família de empresários. Aos 16 anos passou no vestibular para odontologia e depois de três liminares na Justiça conseguiu cursar, e se formar apenas aos 20 anos.

corrência desleal diminui a qualidade dos serviços, com a prática de preços abaixo da tabela da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Clínicas de odontologia oferecem, cada vez mais, preços mais acessíveis, mas em contrapartida, têm maus atendimentos e funcionários insatisfeitos, o que gera insatisfação, também, nos clientes. Após essa constatação, o jovem empresário decidiu abrir o próprio consultório no Paranoá com a filosofia focada no “melhor paciente”, o funcionário.

Para chegar a ter o próprio negócio, não bastou estudar odontologia. Cléber se especializou em outras áreas ligadas à gestão. Com MBA em Gestão de Marketing, ele precisou se dedicar as áreas de administração, RH, psicologia e publicidade. “Participei de muitos congressos. Sempre vivi no meio de empresários

A Sorrimania foi inaugurada há um mês para atender as classes C e D e os funcionários tem conforto para trabalhar. O empreendedor chama de “contaminação do ambiente” em que o ambiente, clentes e funcionários se beneficiam. Todos trabalhando com bom humor, automaticamente reflete no atendimento.

e acabei descobrindo que me dou bem com os bastidores da clínica. Cada ponto da Sorrimania foi matematicamente estudado. Aposto no cuidado e no profissionalismo”, diz Para Cleber Filho, atualmente, não é fácil ser um empreendedor. Segundo ele, a con-

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“A Sorrimania está superando as nossas expectativas. Nossa equipe conta com oito dentistas. A demanda por nossos serviços está crescendo, sendo que o nosso maior marketing é o boca a boca”, afirma. A clínica tem, aproximadamente, 300 m² de área construída, cinco consultórios iniciais, além de materiais de qualidade. “Conseguimos dar ao Paranoá um excelente tratamento, igual aos pacientes do Lago Sul e Lago Norte”, destaca. O sonho de Cléber é tornar a Sorrimania a maior rede de clínicas odontológicas do Distrito Federal e, quem sabe, do Brasil. “Quero que os profissionais que trabalham com a gente possam se sentir únicos, como os pacientes. Todos que entram na clínica se encantam e perguntam se é uma franquia. Eu respondo sempre que, em breve”, se diverte o jovem empreendedor, Cléber Filho.


Mulheres D

eirdre de Aquino Neiva (41) é advogada e integra o escritório Aquino Neiva Advogados Associados. Ela resolveu fazer parte do G15 para conhecer pessoas de sucesso. “Gostaria ficar antenada com o que está acontecendo com os formadores de opinião em Brasília”, afirma. A advogada estudou Direito na UnB e diz que ama a profissão. “Nós mulheres somos mais humanas, preocupadas com o próximo e com a vida. Ser uma mulher empresária é isso, além da preocupação com a eficiência ou com a lucratividade da empresa, estarmos preocupadas com os seres humanos que se dedicam aos nossos negócios.”, destaca. Vanessa Chaves é publicitária, economista e empresária. A escolha da profissão foi baseada numa sucessão de oportunidades que, segundo ela, foram combinadas a atitudes e o talento de pessoas que estiveram sempre ao seu lado. Vanessa gosta de viajar com a família e estar com os amigos durante os momentos de lazer. Para a sócia-diretora da Vento Bravo Comunicação, fazer parte do G15 é um privilégio, pois agrega muito aos seus negócios, além de poder estabelecer relações com outros profissionais. “Quanto mais frequente a participação, melhores os resultados, mas o principal, é poder contar com parceiros sempre ao seu lado”, afirma.

A diretora executiva do Grupo Morangos Brasil, Alessandra Freire Magalhães de Campos (39), tem como formação a gestão educacional, além do trabalho como empresária. “Hoje atuo como empresária no setor da educação representando a marca Morangos no Distrito Federal e em Goiás, cujo projeto pedagógico e escopo empresarial me chamaram atenção por sua credibilidade, qualidade, estrutura e potencial. Empreender no setor de educação e de serviços infantis tem sido a consolidação de um projeto de vida”, ressalta. Alessandra fala que integrar o G15 tem proporcionado valiosas oportunidades de networking com lideres empresariais da capital. “Podemos estabelecer importantes parcerias que alavancam projetos e fortalecem o setor empresarial do DF”, enfatiza a empresária. Há mais de 20 anos no mercado imobiliário, Sônia Amaral Ruscher iniciou a carreira vendendo imóveis na planta, para depois vender prontos. Já são 11 anos no Lago Norte, em 2009, inaugurou a filial do Lago Sul. “Senti a necessidade de me especializar, pois vender casas é um trabalho meticuloso, cheio de informações. Sempre gostei de desafios”, revela. Sônia conta com uma equipe formada por seus filhos, Rafael Ruscher, diretor de TI, Sabrina Ruscher, diretora financeira e administrativa, e Nelson Ruscher, como diretor comercial. A diretora executiva diz que a empresa é mantenedora do G15 e participar do grupo é uma oportunidade para ampliar o relacionamento. Sônia lembra que criou o grupo das meninas superpoderosas para competir com os homens na empresa. “Temos que aproveitar o potencial das mulheres”, finaliza.

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ESPECIAL

A

Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), instituída em 26 de janeiro de 1962, desempenhou um importante papel na consolidação Capital Federal em Brasília e representação política no país. Ela possui uma historia que se confunde com a de Brasília. Grande fórum de debates e palco de decisões políticas importantes, ela foi a Tribuna Livre de Brasília, que deu origem a Câmara Legislativa do Distrito Federal, criada após intensa luta pela autonomia política, o que possibilitou que em 1986, os brasilienses pudessem eleger pela primeira vez seus representantes no Congresso Nacional e em 1990 seus primeiros deputados distritais. Além disso, foi responsável pela criação do Banco Regional de Brasília (BRB) e apoiou a instituição da democracia com o movimento das “Diretas Já”, além de políticos de renome como Ulysses Guimarães, o ex-presidente Tancredo Neves e até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Presidente da ACDF em sua posse

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Presidida pelo empresário Cleber Pires, que há 16 anos participa da associação, a ACDF é hoje conhecida e respeitada como uma entidade que trabalha pelo desenvolvimento social e fortalecimento da economia do Distrito Federal. A frente de uma diretoria forte e atuante, que conta com nomes importantes como o do presidente do Conselho Superior, o ex-senador LindBerg Aziz Cury e com seus vices Hélio Queiróz, Paulo Octávio, Rubens Parrilla, Antonio Matias, Janete Vaz, Luiz Carlos Garcia e Marta Cury, o presidente da ACDF provou sua competência ao ter sido um dos fundadores da Cidade do Automóvel, na Cidade Estrutural, atuando, também em áreas diversas como na saúde, no setor imobiliário e na construção civil. Cleber Pires se declara defensor ferrenho da classe comercial, como base do desenvolvimento do DF como um todo. “Precisamos estimular a classe produtiva, para gerar em-


prego, inovação e é claro, um desenvolvimento sustentável. Tenho isso claro, como o meu objetivo porque sou um homem de luta que cresci no meio da adversidade, ou seja, sei que o sucesso é um resultado de luta e coragem para enfrentar qualquer obstáculo”, explica Pires, que trabalhou desde a infância como prestador de serviços, até se tornar um empresário do setor de automóveis. Atento as oportunidades para a cidade, o presidente da ACDF está de olho na Copa das Confederações e na Copa do Mundo de 2014. “Brasília tem muito a oferecer, mas para isso, temos que nos preparar. A ACDF vê essa oportunidade e por isso vamos oferecer planejamento, produtos e serviços direcionados para esses eventos, que serão multiplicadores de benefícios para o futuro da cidade”, avisa ao afirmar que esses grandes eventos devem ser positivos para a economia do Distrito Federal, já que esses acontecimentos vão movimentar todos os setores da cidade, principalmente os de serviço. “Esses eventos devem ser positivos para o setor produtivo”, avisa. O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Cleber Pires, percebe a importância de investimentos externos e por isso se reuniu para falar de negócios com uma delegação oficial chinesa. Empresários e autoridades do Ministério do Comércio, das Associações Comerciais e de importantes setores das Províncias da República Popular da China trocaram experiências sobre o funcionamento das Associações Comerciais dos dois países, além do intercâmbio de negócios e uma possível formalização de parcerias “Queremos alavancar oportunidades para os empresários. Estamos interessados na globalização e, neste caso, a China é uma das economias mais crescentes no âmbito global”, analisa Cleber Pires.

Como prova de sua visão global do mundo Cleber Pires vem se conectando com outros países, assim ofereceu almoço à embaixadora do Panamá no Brasil, Gabriela Garcia, para propor uma parceria comercial entre os empresários do Distrito Federal e o Panamá, conhecido como importante rota comercial mundial. “Queremos criar um corredor de negócios para nossa Capital, que ative o nosso Porto Seco, e crie oportunidades para os empresários dos dois países”, informou Pires. Articulador sábio, Cleber Pires se relaciona bem com o setor público e com o empresariado de maneira geral. Por isso sua gestão promete e desde que assumiu, vem se reunindo incansavelmente com o setor produtivo, lideranças e políticos que podem contribuir com projetos que beneficiem Brasília. “Foram mais de quinhentos eventos e reuniões”, contabilizou com orgulho o ágil presidente da ACDF. Nesta intenção, o presidente da Associação Comercial do DF, Cleber Pires recebeu o secretário de Assuntos Estratégicos do DF, Newton Lins, para tratar do Fórum Brasília + 50, que prevê mobilidade sustentada, ordem e segurança coletiva e competitividade para as empresas do DF, com internacionalização da economia. Na ocasião foi lançada a intenção para um acordo de cooperação técnica. “Podemos nos tornar um hub comercial para todo o Centro-Oeste”, contabilizou Newton Lins. Cleber Pires possui ainda vários planos e projetos, entre eles a defesa de criar, nos próximos dois anos a Zona Azul, na área central de Brasília. Essa idéia visa equacionar o problema do local com relação segurança, trânsito e estacionamento. Pires também quer que a medida beneficie o comércio das quadras do Plano Piloto, que sofre com o crescimento da cidade.

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ESPECIAL

Para isso, Cleber deve contar com a boa vontade do governador Agnelo Queiroz que reiterou seu apoio a regularização do sistema de transporte público, além da intenção de valorizar o comércio de rua, que gera empregos. O governo já anunciou a intensão para a implantação de estacionamentos subterrâneos, contribuindo para os projetos da ACDF de promover o deslocamento na cidade. O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Cleber Pires, também deve enfrentar diversos problemas como a questão dos puxadinhos. De acordo com a Administração Regional, apenas 5% do comércio da Asa Sul está em situação de regularidade, num universo de mais de duas mil empresas. Essa é uma grande polêmica em que o comércio precisa se condicionar aos novos padrões arquitetônicos, impostos recentemente pelo GDF. “Não podemos penalizar quem produz”, avisa Pires que afirmou que quer iniciar um movimento para assegurar aos empresários o direito de exercer suas atividades. “O governo precisa entender que o comércio precisa atender a população. Temo por Brasília porque vejo diversas quadras prejudicadas e com diversas lojas com portas cerradas”, lamenta. “Os empresários querem se ajustar às novas exigências, mas a burocracia é impeditiva”, explica Cleber Pires. Além disso, Cleber transita bem em outras entidades representativas como o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (CRECI-DF). Segundo o presidente do conselho Hermes Alcântara, tanto a ACDF, como o CRECI-DF devem iniciar um in-

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:::: TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS EE NEGÓCIOS NEGÓCIOS

Grupo de jovem em prol do futuro da ACDF


tercâmbio de informações entre as duas instituições para facilitar o desenvolvimento de Brasília. “Vamos discutir sobre a revitalização do comércio de rua e de pontos comerciais que com o tempo foram perdendo seu potencial de aproveitamento”, disse ao lembrar a condição deplorável de alguns pontos da cidade como a W3 Sul. “Mais uma vez, penso na união que trás a força”, completa Pires. De olho em um futuro promissor para o DF, Cleber fomentou a criação de um grupo, formado por empresários com idade entre 18 e 45 anos. A ACDF jovem é um grupo de trabalho que conta com uma diretoria formada por 24 diretores, em áreas como Capacitação, Culturas e Eventos, Marketing e Comunicações, Gestão de Recursos Humanos, Tecnologia da Informação e Inovações. O presidente da ACDF jovem, o empresário Rafael Mazzaro, garante que Brasília está pronta para absorver novas idéias e a energia de jovens empresários que desejam crescer na cidade, como seus pais. “Brasília é jovem, como nós. A maioria dessas pessoas presenciou seus pais lutarem e possui orgulho disso. Queremos fazer o mesmo e com tecnologia”, adverte. A entidade, que busca o aprimoramento contínuo de empreendedores e empresários, realiza projetos e pesquisas para facilitar a atividade profissional, promove palestras voltadas aos interesses da classe e informa a sociedade sobre a realidade empresarial no Plano Piloto em Brasília. O objetivo é apoiar jovens líderes empreendedo-

TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS EE NEGÓCIOS NEGÓCIOS ::::

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ESPECIAL

res. “Essa é uma oportunidade para estimular os jovens empreendedores a militar em favor do Setor Produtivo e a desenvolver suas aptidões com o apoio da ACDF”, afirma o presidente Cleber Pires. Para o presidente da ACDF, essa é uma oportunidade para trazer para a instituição idéias inovadores, que pertencem a juventude. Esses jovens acrescentaram para a ACDF a inovação. “Ela é a entidade mais antiga do Distrito Federal, fundada antes mesmo da inauguração de Brasília e que funciona há 54 anos, e que por isso precisa olhar para frente”, diz. Cleber destacou ainda outros projetos importantes de sua gestão, como o ACDF em Ação, que leva uma unidade móvel da associação às empresas, e que deve mobilizar a cidade, trazendo para a instituição as demandas do empresariado. Por tudo isso, Cleber Pires possui um grande desafio de criar um pacto que possa envolver o governo, a Câmara Legislativa, o Congresso Nacional e o setor produtivo. “Isso é uma questão de equilíbrio e estratégia, uma vez que possuímos uma posição importante. Somos a capital do nosso país e isso é uma grande responsabilidade. Tenho consciência do que isso representa e o que podemos realizar”, analisa.

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TENDÊNCIAS E :::: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS NEGÓCIOS

Rafael Mazzaro, Presidente da ACDF Jovem e Cleber Pires

“Vamos unir forças para gerar empregos e promover o crescimento econômico do DF, nosso compromisso é com todos!”, afirmou ao enfatizar que sua gestão possui três pilares que são a revitalização do comércio de rua, a garantia de segurança pública e a solução para a falta de estacionamentos. “Traremos soluções porque estou focado totalmente nesta cidade onde pretendo continuar morando e onde quero que meus filhos e netos possam viver com tranqüilidade”, revela.

Cleber aproveitou ainda a ocasião para lembrar que a ACDF atua em áreas como responsabilidade social, ambiental e que participa na elaboração de políticas publicas em áreas como educação, segurança e infra-estrutura. Para ele, a Associação Comercial do DF deve trabalhar com o setor produtivo em parceria com o setor público, porque possui um lema que é: “Reunir para resolver”.


ARTIGO

Da esquerda para a direita, Pedro Alcântara, Humberto Borges, Luiz Lesse, Erasmo Porta e Edvaldo Alves de Oliveira

Sicoob Credibama

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om participação expressiva de associados, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no dia 4 de março aprovou, por unanimidade, a incorporação do Sicoob Credibama pelo Sicoob Executivo. A operação vai trazer 495 novos associados para a instituição e um capital social de mais de R$ 2 milhões para o Sicoob Executivo. O projeto de incorporação do Sicoob Credibama está em discussão há mais de um ano. Erasmo Antônio Porta, presidente da instituição, explicou aos participantes da AGE que apesar de não ter dívidas ou prejuízos, o Sicoob Credibama não tem competitividade, já que não oferece nenhum produto além do empréstimo consignado em folha de pagamento. “Por não termos recursos para investir, poderemos vir a ter problemas. Por isso, a incorporação ao Sicoob Executivo nos garantirá as vantagens que hoje não podemos usufruir, pois dependemos dos bancos”, esclarece o presidente. Edvaldo Alves de Oliveira, superintendente do Sicoob Central DF, que também participou da AGE, explicou que a incorporação é uma oportunidade muito positiva para o Sicoob Executivo. De acordo com ele, a auditoria já realizada pela Central na Credibama mostra que é uma instituição enxuta e que abre uma ampla possibilidade de crescimento para o Sicoob Executivo. De acordo com o presidente da Credibama, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem cerca de 15 mil servidores públicos, entre ativos e aposentados, com potencial

para se associar ao Sicoob Executivo. “Não pudemos fazer esse investimento porque não temos recursos. Por isso chegamos à conclusão de que deveríamos nos incorporar a outra cooperativa. Após analisarmos outras três propostas, optamos pelo Sicoob Executivo”, diz. A incorporação de cooperativas está respaldada pela Lei 5.764/71, Art. 59: Pela incorporação, uma sociedade cooperativa absorve o patrimônio, recebe os associados, assume as obrigações e se investe nos direitos de outra ou outras cooperativas. Para ser concluída, a incorporação ainda precisa ser analisada por uma assembleia conjunta. Nessa assembleia, os associados vão analisar o relatório produzido pela comissão mista responsável por estudar o processo, composta por três representantes do Sicoob Executivo e três do Credibama. Por indicação da AGE, representarão o Sicoob Executivo, o conselheiro de Administração, Ézio Gomes da Mota, o diretor de Administração e Finanças, Humberto Borges de Souza, e o membro assemblear, Maurício Moreno. Luiz Lesse Moura Santos, presidente do Sicoob Executivo, afirmou que o resultado da AGE demonstra o amadurecimento dos associados, cuja visão é de buscar sempre os melhores resultados. “Essa incorporação será boa para todos. Aumentará nossos ativos e reduzirá custos, nos tornando mais competitivos”, destaca.

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DOC TEN

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Foto: Lula Lopes

Núcleo Bandeirante

Do resgate candango ao

Administrador Regional, Elias Dias Carneiro Cidade Livre era o local onde os operários foram recrutados para trabalhar na construção de Brasília. Constitui, junto com a Candangolândia, um dos principais núcleos de povoamento anterior à inauguração da Capital Federal. No contexto da construção da nova capital, tinha uma importante função comercial. Por isso é uma das mais antigas ocupações da época da construção de Brasília. Foi planejada para durar apenas o período de 1956 a 1960. As primeiras avenidas foram abertas pela Companhia Urbanizadora Novacap, ainda em 1956. A ideia era que a região fosse direciona-

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da ao comércio e, por isso, no início, ficou livre dos impostos. assim ficou conhecida como Cidade Livre. O crescimento populacional incentivou os moradores que reivindicaram a fixação da cidade, que foi fundada, oficialmente, em 20 de junho de 1961. Passando a denominar-se Núcleo Bandeirante. Os operários que chegavam de toda parte do país eram pessoas simples que traziam consigo não somente a esperança de um futuro melhor, mas o fruto da vivência de sua origem. Chegavam das mais diversas maneiras. Em longas caminhadas com pés descalços, em carros de boi e


desenvolvimento sustentável em pau-de-araras. Para a região vieram nortistas, nordestinos, mineiros e cariocas, além de pessoas da região do grande sul, centro oeste, zona da mata, enfim, de todas as regiões brasileiras. Estes trabalhadores, em sua maioria, deixavam a família para trás com a promessa de dias melhores. A instalação provisória desses migrantes foi feita em acampamentos. A Cidade Livre foi o maior e mais importante deles, se tornando o embrião da nova capital, construído em apenas dois meses. Não é de se estranhar que no começo tudo era desconfortável, quando não era poeira da seca, era a lama da chuva. Por isso o trabalho era diuturno, para que as obras da nova capital fossem entregue no prazo acertado. Desta maneira, Brasília foi erguida em três anos e dez meses no cerrado do Planalto Central, pela determinação política e confiança no progresso econômico do então Presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira. Até a inauguração da capital, os lotes eram emprestados

sob a forma de comodato, isto é, sem escritura, admitindo-se que o núcleo habitacional era provisório. A partir de 1960, uma vez cancelado o contrato de comodato, os comerciantes do Núcleo Bandeirantes foram transferidos para Brasília, mas os terrenos acabaram sendo invadidos por famílias de baixa renda que ali se fixaram. Hoje é uma das Regiões Administrativas do Distrito Federal, denominada RA VIII. Em 2011, a população urbana do Núcleo Bandeirante foi estimada pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios ‒ PDAD 2010/2011 em 26.089 habitantes. Distante do centro de Brasília doze quilômetros, o Núcleo Bandeirante é formado por alguns setores: Metropolitana, Divinéia, Vila Cauhy, Setor de Oficinas, Setor de Indústrias Bernardo Sayão, parte do Setor de Postos e Motéis Sul (SPMS) e Placa da Mercedes (SPLM), além do Núcleo Bandeirante tradicional. A cidade abriga algumas construções históricas, como: Igreja de Nossa Senhora de Fátima (em madeira), na Metropolitana; Casa do Pioneiro; estação ferroviária Bernardo Sayão; Museu Vivo da Memória Candanga, antigo Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira (HJKO) e o Museu do Catetinho.

O administrador regional Elias Dias Carneiro, nascido e criado na cidade, Revela que cuida a cidade com um carinho especial. “Meu avô foi um dos pioneiros que remanejaram as invasões dessa cidade e as transportou para Taguatinga, onde hoje é a Vila Dimas. Mas a nossa raiz é o Núcleo Bandeirante. Minha família tem grande vínculo com essa cidade”. O administrador revela ainda, que cada obra que realiza é também um sonho. Orgulhoso de ser o administrador da cidade. Elias se denomina um apaixonado. “Trabalhar com quem a gente conhece torna o trabalho mais fácil”, ressalta ao lembrar que quando chegou à administração, há quase dois anos, encontrou a cidade destruída. “Não havia parques infantis, não tinha quadra poliesportiva. As praças estavam mal conservadas”, analisa. Segundo ele, era triste ver os espaços públicos destruídos pelo vandalismo e pela falta de manutenção. “Transformamos muita coisa, implantamos quinze PECʼs para a comunidade, reformamos oito quadras de esporte, dezesseis parques infantis, duas academias da melhor idade e a biblioteca que hoje está entre as três primeiras do DF”, ressalta o administrador.

Outra preocupação da administração é o desenvolvimento sustentável da cidade. Entre os projetos, está o de implantar, juntamente com a SLU, a coleta seletiva de lixo, devido ao transtorno que a cidade enfrenta. Segundo Elias a administração comprou quarenta containers e cento e vinte lixeiras que já estão espalhadas pela cidade. Mas isso não é suficiente para resolver o problema do acúmulo de lixo. “Eu pude observar que a maior parte do lixo, em torno de 60%, pode ser reciclável. Buscando essa conscientização da população, resolvemos fazer esse trabalho. Inclusive o nosso natal foi um dos mais comentados em todo DF por conta da sustentabilidade. Foram mais de cinquenta mil garrafas pets que enfeitaram a cidade em forma de árvores e bonecos de neve e anjos”, lembra. Para 2013, Elias garante implementar o projeto da coleta seletiva de lixo, trocar o asfalto da cidade e revitalizar a feira permanente.

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Núcleo Bandeirante

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Museu Vivo da

O projeto de adaptação da estrutura hospitalar em museu foi desenvolvido pelo DePHA-DF, sob a orientação do arquiteto Silvio Cavalcanti, com a colaboração dos arquitetos Antônio Menezes Junior e Carlos Madson Reis. A situação das edificações era bastante precária por conta do tempo em que estavam sem manutenção e da ação de cupins. Alguns prédios já estavam praticamente destruídos e o tombamento era referente ao espaço urbano, ou seja, ao espaço composto pelas casas dos médicos casados, dispostas ao longo da alameda, do hospital no final do conjunto e dos alojamentos dos servidores e dos médicos solteiros, à esquerda. A área interna das edificações não estava contemplada. Em 1986 iniciou-se o processo de restauração das edificações que compõem o conjunto do HJKO. A partir do restauro das edificações, começou o processo de implementação de ações com visitas, a implantação do Museu Vivo da Memória Candanga e das Oficinas do Saber Fazer. Para Ronaldo de Medeiros que é monitorador de visitas ao Museu, a visitação ainda deixa um pouco a desejar. Observa que aos poucos o número de visitantes vem aumentando, mas considera a frequência ainda tímida. O Programa de Necessidades do Museu contempla: áreas para exposições permanentes e temporárias, administração, biblioteca, área de atividades pedagógicas, além de galpão para oficinas, de lazer para crianças e um pequeno bosque com

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árvores frutíferas. Mas o acervo do museu tem potencial ainda maior para induzir o visitante a apreender muito sobre o lugar e sua utilização inicial. O Museu Vivo da Memória Candanga, no cumprimento de seu papel social propõe e educação e formação cultural e o resgate do passado. A instituição tem por objetivo ser referência dos “saberes e fazeres” das várias manifestações artísticas e regionais que constituíram Brasília. Além da exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, que trata da história de Brasília desde sua concepção até a inauguração, Estão à disposição mais duas exposições: “Casa do Mestre Popular” e “Renovação e Tradição ‒ Novos Caminhos”. As “Oficinas dos Saberes e Fazeres”, de artesanato e arte popular, são oferecidas à comunidade em geral, com o intuito de divulgar o espaço do museu. Segundo Luciana Maya, coordenadora das oficinas e professora de tecelagem, as oficinas trabalham com os saberes e os fazeres que ao candangos trouxeram consigo. São espaços de manutenção e recriação de identidades. A proposta é trabalhar a cultura que as pessoas trouxeram somadas a cultura atual, que está sempre em movimento. “A gente trabalha a importância da memória do passado e a maneira que reage hoje em dia”, informa. Quando abertas, as inscrições são divulgadas em meios de comunicação e devem ser feitas no próprio Museu. São oferecidas cinco oficinas à comunidade, periodicamente.


Memória Candanga |Comércio A atividade econômica é importante e é pautada pela sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muita cautela pelo Governo do Distrito Federal. É intenção preservar a cidade, incentivando o seu desenvolvimento de indústrias não poluentes com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico. De acordo com o presidente da Associação Comercial Valdemir Hass, o comércio local é forte principalmente pelo fato da cidade ter todas as bandeiras bancárias. Por isso, muitos negócios são realizados e novos empreendimentos têm mudado a vida de muitos moradores. A avenida central é rica em pequenos comércios, bancos e grandes redes de lojas.

|Feira Permanente Na Feira do Núcleo Bandeirante, o principal atrativo é a praça de alimentação, o que atrai pessoas de todos os gostos. Ali, a variedade no cardápio possui um caráter regional, expressa a cultura por meio da gastronomia. O presidente da Associação da Feira Permanente do Núcleo Bandeirante, Carlos Alberto, arfirma que a feira precisa ser reformada. As instalações estão precárias. “Estamos pleiteando uma reforma geral da feira junto à ad-

ministração e secretaria de obras. Acredito que em breve, antes da Copa das Confederações, as obras estarão concluídas”, acredita. Carlos Alberto ressalta ainda que a última reforma foi feita em 2004. “Foi iniciada a reforma da cobertura metálica suspensa, mas ainda falta concluir muita coisa”, finaliza.

|O Primeiro Hospital Construído em apena 60 dias e inaugurado em 06 de junho de 1957, o Hospital Juscelino Kubitscheck de Oliveira foi o primeiro hospital a funcionar na cidade. Órgão de assistência médico-hospitalar do IAPI (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários) no Distrito Federal, inicialmente, prestou serviços aos trabalhadores da construção civil. Seus 1.265 metros quadrados de área edificada em madeira, abrigavam ambulatório, centro cirúrgico, serviços gerais, administração, residência para médicos e funcionários com famílias e alojamentos para solteiro. Com a inauguração do Hospital Distrital, no Plano Piloto, em 1960, o HJKO entrou em lento declínio. A partir de 1968, passou a funcionar somente como posto de saúde atendendo aos moradores do Núcleo Bandeirante e das invasões circunvizinhas do hospital. Em 1974, o HJKO foi totalmente desativado com a implantação dos serviços de saúde no Núcleo Bandeirante. Contudo, permaneceram habitando a área, em situação irregular, muitos ex-funcionários do hospital e outras famílias que foram agregando-se à população.

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Núcleo Bandeirante

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O Núcleo Bandeirante conta com um morador que declara, sempre que pode, sua admiração pela cidade onde cresceu e onde mora há 27 anos. Abimael Nunes de Carvalho Morador, que em1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), tendo ocupado os cargos de vice-presidente e secretá-

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rio de Comunicação da legenda no Distrito Federal. Hoje secretário de publicidade do GDF desde 2011. Atento a questão da cidadania, Abimael exerceu a vice-presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF) e a presidência do Sindicato dos Previdenciários do DF (Sindiprev), além da vice-presidência da Federação Nacional dos Previdenciários (Fenasps). Com 30 anos de experiência em gestão pública ele se tornou administrador do Núcleo Bandeirante, obtendo mais de 80% de aprovação da comunidade local e ajudou a coordenar a equipe do governo de transição para o então eleito Agnelo Queiroz ao governo do DF. Trabalhando arduamente por todas as regiões administrativas de Brasília, o secretário lembra que o GDF tem investido nas reformas e ampliação dos centros de saúde e na questão do transporte, beneficiando cidades como o Núcleo Bandeirante. Lembrando que essa é uma área prioritária, Abimael Nunes afirma que o GDF luta com o Governo Federal para a construção do Expresso DF, do VLT e da expansão do metrô. “Vamos desafogar o trânsito”, prevê ao avisar que ele participa de um governo de ações sociais, que trabalha todos os dias pelas pessoas.

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FRANQUIAS

Tradição em Brasília

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Rede de fast food é sucesso na cidade

ançada em 1992, após a inauguração de apenas um restaurante, em 1988, a franquia Habibʼs surgiu da ideia de uma cliente que, impressionada com o baixo valor da conta, sugeriu ao fundador, Alberto Saraiva, a abertura de mais um estabelecimento. Hoje, o Habibʼs conta com 400 unidades em todo o Brasil e forma a maior rede de fast-food de cozinha árabe do mundo. O retorno do investimento é estimado entre 24 a 36 meses, com lucro acima de 15% ao mês. Os interessados na franquia recebem suporte para escolher o ponto comercial, além de acompanhamento da equipe, com reciclagem de conhecimento, melhores práticas de atendimento e gestão. Muitos franqueados acabam trabalhando com mais de uma unidade. A rede conta também com a Universidade Habibʼs. O gerente da cadeia de fast-food na Asa Sul, Onésio Luciano de Souza, afirma que é uma satisfação trabalhar no Habibʼs. “Trabalho há sete anos, gosto muito e pretendo continuar por muito tempo. Procuramos criar um clima que não seja apenas de funcionário e empresa, mas um grupo de amizade”, conta. O empresário responsável pelo sucesso em Brasília é Vicente Estavanato. Ele já emprega cerca de 150 pessoas em seus estabelecimentos na Asa Norte, Asa Sul e Taguatinga. Assim, Habibʼs se tornou tradição na cidade. São 11 anos oferecendo qualidade e sabor nos pratos estilo fast-food, salgados, doces e muita variedade, com toque caseiro de quitutes árabes que fa-

zem parte do cardápio extenso que também oferece pratos leves e o famoso kit Habibʼs. Entre outros serviços, o Habibʼs oferece pacotes de aniversário para quem pretende comemorar sem ter muito trabalho. O empresário conta que durante alguns meses, há curso de capacitação para os profissionais. “Durante cerca de quatro, cinco ou seis meses o pessoal de Goiânia e São Paulo oferece cursos gratuitos na área de atendimento ao cliente, manipulação de alimentos, higiene, a fim de termos um atendimento de qualidade sempre visando o cliente”, afirma. Mensalmente, os grupos recebem mais de um milhão de pães sírios, 400 mil discos de pizza, 300 mil pães para hambúrguer e Bibʼsfihas folhadas e massas para pasteis fogazzas. A taxa de publicidade da franquia chega a 4%, os royalties a 5% e o número de sócios varia entre 3 ou 4. A rede Habibʼs conta, também, com serviço de garçons, menu completo, drive-tru, delivery e salão de festas. A operação das lojas é mista, com restaurante tradicional, serviço rápido, especial para praças de alimentação de shopping centers. Interessados na franquia terão o perfil avaliado para verificar a afinidade com o sistema de gestão do grupo e com o setor de alimentos. Após a aprovação, haverá treinamento por 45 dias, com abordagem em aspectos teóricos e práticos, incluindo avaliação de desempenho e visitas às unidades de produção.

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SAÚDE

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evido ao estilo de vida moderna que a sociedade leva, sem tempo para uma boa alimentação ou exercícios físicos regulares, as doenças cardiovasculares podem ser mais comuns do que se imagina. Mas a cardiologia pode prevenir. Quem procura o médico para exames regulares possui menos chances de sofrer as consequências das doenças do coração que incapacitam. O infarto é uma das maiores causas de mortalidade e morbidade. “Estamos o tempo todo tentando diagnosticar o mais precoce possível, antes mesmo de qualquer manifestação”, explica a cardiologista do hospital Daher, Dra. Benedita Ferreira Machado. De acordo com ela, o primeiro sintoma de infarto e da angina se caracteriza por uma dor aguda no tórax. Essa dor pode estar relacionada à atividade física ou estresse emocional, que impede a pessoa de continuar suas atividades.

Entre as mulheres, a procura pelo médico, culturalmente, sempre foi antecipada. O sexo feminino é mais preocupado com a saúde, já os homens, por acreditarem que doença é sinal de fraqueza, acabam esperando os sintomas aparecerem, o que poder ser tarde de mais. “A mulher, desde cedo, é aconselhada a procurar o ginecologista e trabalhar com a prevenção. Isso é muito importante para o impacto do tratamento e os cuidados com as doenças mais graves”, destaca a cardiologista. A doutora Benedita Ferreira ressalta que as doenças do coração estão intrinsecamente relacionadas aos fatores de risco. “Temos, como fator de risco, a idade, o histórico familiar de doenças cardiovasculares antes dos 40 anos, hipertensão, diabetes e a obesidade central que é a gordura abdominal mais frequente nas mulheres, entre outros, como o tabagismo e o sedentarismo”, diz.

A incidência de trombose nas mulheres no mundo é de cinco que tomam contraceptivos, o risco pa

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Tabaco e Pílula

uma mistura venenosa para o coração

A médica adverte ainda que o tabagismo pode causar malefícios à saúde tanto em relação ao tempo de uso quanto à suscetibilidade individual. “Na medicina, usamos como parâmetro o termo chamado “Carga Tabágica” para medir a quantidade de anos que a pessoa fumou e uma média da quantidade de maços por dia. Multiplicamos e obtemos o valor X. A partir de 20 maços por ano, já há aumento de risco de infarto, e 40 maços por ano, o risco é muito elevado”, calcula. O uso do cigarro concomitante com anticoncepcionais pode causar trombose nas mulheres. “Além dos hormônios que são produzidos no organismo, os hormônios das pílulas, aumenta a coagulabilidade do sangue, tornando mais propícia a formação de trombos”, relata a cardiologista Benedita que ainda diz que a trombose pode ser nas pernas ou no coração. A doutora esclarece também que o cigarro funciona como agente inflamatório das artérias, o que estimula a deposição de cálcio e colesterol, acelerando assim a formação de placas ateroscleróticas. “A gente sempre pede para que as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais procurem o médico para acompanhamento, porque há potencialização de fatores de risco de infarto, derrame ou trombose em outros lugares”, destaca. Mesmo isoladamente,

a pílula é fator de risco para trombose venosa e arterial. Segundo a cardiologista, os hormônios tomados, funcionam como agente trombogênico, ainda que em doses baixas. Para prevenir consequências mais graves, a mulher precisa estar atenta às dores nas panturrilhas, nas pernas, inchaços e vermelhidão, além da limitação dos movimentos. Os procedimentos ideais para evitar as doenças cardiovasculares ainda são os mais conhecidos e sempre divulgados pelos médicos, como praticar exercícios físicos, evitar o álcool e o cigarro, além de fazer avaliações. “O coração é um músculo e precisa de movimento, pelo menos 20 minutos de caminhada, cinco vezes por semana já melhora a parte respiratória, cardiovascular e ostioarticular. Manter o peso, combater a gordura abdominal, controlar a pressão arterial e beber com moderação também são importantes”, afirma a cardiologista. Pessoas sem histórico familiar de doenças do coração e sem o costume de ir ao hospital, também precisam estar atentas. É importante que os homens procurem o cardiologista a partir dos 40 anos. Já as mulheres podem se preocupar um pouco mais tarde, a partir dos 50 anos, quando costumam entrar na menopausa.

o casos para cada 10 mil mulheres. Pessoas do sexo feminino assa a ser de nove casos a cada 10 mil.

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Empreendedoras ulher

e sexo frágil são substantivos que não são mais sinônimos no século XXI. Atualmente, as mulheres têm dominado parte do mercado, prova disso, são os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que revelam aumento no número de empregos com carteira assinada no Brasil de 5,93% em comparação a 2012. De acordo com o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a relação entre salários de homens e mulheres passou para 85,97%, com o crescimento de 4,94% no salário feminino contra 4,74% no masculino. A gestão pública também recebeu maior participação das mulheres nos últimos anos. São 210.612 empregos, de acordo com o Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), além de atividades relacionadas a restaurantes (54.398), atividades de atendimento hospitalar (51.410), limpeza em prédios e em domicílios (50.214), além do varejo de

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eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo (44.767). Nas atividades de transporte de carga, vista como genuinamente masculina, também houve elevação do número de empregos (11.768). Em relação aos estudos, as mulheres também saem na frente. Subiu para 1,32% a participação delas no nível superior. O percentual masculino foi negativo em 0,13%. Já no nível superior incompleto, os homens ficam em 0,14 negativos e as mulheres 1,94% positivo. Apesar de ainda ganharem os salários mais baixos do mercado, os rendimentos médios dos homens e das mulheres, baseado em informações da Rais, registraram aumentos reais semelhantes de 3,00% e 3,03%, respectivamente. Isso reflete o crescimento, no caso do sexo masculino, de R$ 1.990,68, em 2010, para R$ 2.050,35, em 2011, e de R$ 1.647,89 para R$ 1.697,75, no caso do sexo feminino. A elevação desses números é consequência da manutenção da participação do rendimento das mulheres versus homens, que passou de 82,78% em 2010 para 82,80% em 2011.


A mulher conquista seu espaço no mercado e mostra do que realmente é capaz |O início da luta O envolvimento das mulheres na sociedade teve início no século XIX, a partir da Revolução Industrial, quando trabalhadoras entraram em greve nas fábricas têxteis. Em Nova York, em 8 de março de 1857, tecelãs realizaram uma marcha reivindicando melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária, que chegava a 16 horas diárias, e igualdade de direitos, já que o salário era até 60% menor que o dos homens. Outro ponto importante a ser lembrado é quanto às agressões físicas e sexuais sofridas. Entre as histórias que são contadas sobre a época, há um desfecho que diz que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando 130 mulheres. Em 25 de março de 1911, aconteceu outra tragédia na fábrica Triangle Shirtwaist Company, onde mais

de 150 mulheres, com idades entre 13 e 25 anos, morreram queimadas no trabalho devido à falta de segurança no local. Após o episódio de 1857, várias manifestações foram realizadas durante os dias 8 de março seguintes. Também em 1908, 15 mil operárias protestaram, sob a repressão da polícia, por seus direitos. Segundo o calendário russo, em 23 de fevereiro de 1917, correspondente a 8 de março no calendário ocidental, houve a greve das trabalhadoras de Petrogrado, também chamou a atenção da sociedade, hoje, símbolo da luta pelos direitos da mulher e oficializada pela Unesco em 1977. Durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs a comemoração do dia internacional da mulher em homenagem a essas manifestações.

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As brasileiras A

qui no Brasil a luta é diária. Mulheres guerreiras estão sempre na correria por melhores condições de trabalho e como cuidar da própria família com zelo.

Muitas não abandonam o sonho de crescer numa profissão e até mesmo de colaborar com outras pessoas que precisam de ajuda. A mulher atual e moderna não se preocupa com o que a sociedade vai pensar, mas vai atrás de seus ideais e mostra que o poder feminino está bem além da cozinha.

Um grande exemplo é An� P��l� S�nt�n� P����r�.. Empresária por influência

do marido, o também empresário Alex Dias, ela chegou a cursar direito, mas fez curso de gerenciamento financeiro e hoje segue à frente da empresa AC&L Controladoria.

Durante a semana, vida normal. Passa o tempo com o esposo e o afilhado, além de sair com as amigas. A empresária acha que as mulheres de hoje em dia são guerreiras devido a quantidade de obrigações. “São muitas, na empresa, em casa, na família. Tudo ao mesmo tempo. Estou rompendo barreiras e superando obstáculos a cada minuto”, declara a empresária de sucesso.

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A���� D����, proprietária das Óticas Di-

niz, viu a pequena loja da mãe, que vendia óculos de grau e de sol, crescer. Com a irmã Leila passou a ajudar nos negócios depois de certo tempo. Trabalhou no balcão, foi supervisora e se dedicou à gestão para manter a loja no mercado. Responsável pela parte de marketing e comercial da empresa, Aline coordena 22 lojas no DF, com cerca de 300 funcionários. Todos os anos a família ajuda o Lar dos Velhinhos com doações de óculos. “É preciso amar o seu trabalho e ter muita dedicação, sem esquecer do próximo”.

J��e�� V�� e S�n�r� Cost�. Fun-

daram, em maio de 1984, a primeira unidade do Laboratório Sabin, o maior de análises clínicas da região centro-oeste do país. Sandra é casada e tem três filhos. Durante o tempo livre, gosta de cozinhar para família e amigos, além de jogar golfe acompanhando o marido. “Sempre tive o desejo de ter meu próprio negócio e vi no Sabin a oportunidade. Aqui o essencial é cuidarmos da vida humana”, diz. Janete gosta de se reunir em casa com os três filhos para jogar tênis e ler livros de gestão de negócios. Para ela, o Sabin é concretização do grande sonho. “Hoje, nos dedicamos a tornar possível o sonho das pessoas que colaboram com o crescimento da empresa”, afirma.

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As brasileiras No Supremo Tribunal Federal (STF), conta com a mais nova ministra indicada pela presidente Dilma Rousseff, empossada em 19 de dezembro de 2011. Trata-se de Ros� W����. Filha do médico José Júlio Martins Weber e da pecuarista Zilah Bastos Pires, nasceu no Rio Grande do Sul, em 2 de outubro de 1948. A ministra foi aprovada em primeiro lugar no vestibular para a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1967. Oriunda da Justiça do Trabalho, participou de um grande marco para história do país, a votação do mensalão. Foi a primeira a votar após o relator e o revisor. Seu voto foi considerado uma esfinge pelos advogados.

C����� G�������it�� Gr�ma�h�

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precisou trabalhar desde cedo. A decisão pela profissão de secretária executiva bilíngue partiu da família. Nasceu em Tanger Marrocos e é filha de russo e uma espanhola. Após 18 anos de trabalho na área do turismo, hoje aposentada, Carmen se dedica ao voluntariado. “Nos seis últimos anos me dedico ao projeto Bibliotecas Casa do Saber ‒ Gasol, que existe graças à generosa doação de livros da comunidade”, conta. São 108 unidades montadas em Brasília, cidades do entorno, Ceará e Maranhão. “A Alegria das inaugurações na carinha das crianças é, com certeza, o combustível que me move a continuar nesse caminho”, afirma a voluntária. Carmen não se considera guerreira, mas acredita que as mulheres das décadas de 1960 e 1970, são corajosas, porque passaram por uma Ditadura. Ela é a favor de papeis iguais para homens e mulheres na sociedade.

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Na música, as mulheres de Brasília também fazem sucesso. A prova está na mídia. Vencedora do programa The Voice Brasil, a brasiliense E���� O���i� mostrou ao país que a Capital Federal continua sendo berço de bons artistas e não apenas de excândalos. Aqui não tem só política, tem mulher arrasando nos vocais. Nasceu em 12 de novembro de 1982 e cresceu ouvindo o pai tocando sanfona. Aos nove anos aprendeu a tocar violão com o irmão e atualmente toca bateria, baixo, cavaco e clarinete. Estudou eletrotécnica, trabalhou em floricultura, assistente de loja de sapato, telemarketing e fez quatro meses de teoria musical. Formada em artes cênicas, a compositora se orgulha da vida. “Canto o universo de uma negra lésbica, criada no Chaparral, região entre Taguatinga e Ceilândia”, declara.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ética e Decoro Parlamentar, a deputada distrital, C���n� Leã�, cresceu entre brinquedos e reuniões políticas. “Minha mãe sempre militou nas questões das mulheres, com grupo de feministas”, relata. A deputada é formada em administração de empresas e começou sua vida pública em 2000, em Brasília, no Procon-DF. Em 2006, foi a primeira secretária da Juventude do DF. Eleita, então, deputada distrital nas eleições de 2010 asteando a bandeira dos direitos humanos e da juventude. Para ela, a política deve ser vivida como missão de mudanças sociais, com respeito e dignidade, onde a ética cristã deve pautar cada ação de quem está a serviço do povo. Celina Leão acredita que a disseminação do conhecimento pode fazer o Brasil evoluir a largos passos e chegar a ser uma grande nação.

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As brasileiras Brasília também é palco para profissionais menos conhecidas, mas com carreiras brilhantes. W�nd� Si��e� �� S��z�, de 40 anos, acorda às cinco da manhã, há 30 anos, para pegar dois ônibus lotados de Planaltina para o Plano Piloto. Ela é pedreira e foi carregando cimento e tijolo que ajudou na construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. “Apesar do trabalho pesado, graças a Deus, tenho muita saúde. Faço para sustentar a família”, conta Wanda que começou a trabalhar aos 10 anos de idade. Entre saudações

e agradecimentos,

C���l�

F���� começou como cobradora de ônibus e há

quase três anos é motorista. “Aprendi a dirigir com cautela. Quando entrei para auto escola não tinha experiência, mas passei de primeira”, relata. Cheila acorda às 4 horas para chegar na garagem às 5h50.

A militar B��n�

Nas��n�� T��e�, aos 24

anos, pilota um Bandeirante de 16 lugares. Passou pelo treinamento de sobrevivência da Força Aérea Brasileira e, em 2008, foi a única representante do Distrito Federal no curso de formação de aviadores. Conseguiu o titulo de oficial após voar em alto mar, sem instrumentos. Para Bruna, a paixão vem desde criança. “Voar é tão bom que quando estamos na terra, olhamos para o céu”, diz.

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Além de Bruna, a história do militarismo conta com a tenente-coronel H�ld� S��v�. Em 1983 a PM formou a primeira turma de mulheres oficiais, da qual ela fez parte. “Não existiam policiais militares femininas na cidade, tivemos que fazer o curso de formação em Minas Gerais”, lembra. Foi pioneira no Batalhão Escolar, de 1989, fez segurança pessoal ao ex-governador Joaquim Roriz e participou da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

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É a maior representante feminina das brasileiras, com certeza. É a primeira presidenta, como prefere ser chamada, D��m� R�u� ��. Nasceu em 14 de dezembro de 1947, em Belo Horizonte (MG), filha do imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva. Já foi condenada por subversão durante o regime militar e passou três anos no presídio em Tiradentes. Formou em economia e, entre tantas instituições, chegou a ser ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, além de chefiar a Casa Civil. Em 31 de outubro de 2010, após o segundo turno das eleições, foi eleita, aos 63 anos, a primeira mulher Presidente da República Federativa do Brasil.

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CIDADES

A liderança do Gama

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undada oficialmente em outubro de 1967, o Gama é uma cidade que prospera desde então. Mas no começo, a cidade passou por vários problemas sem água e luz, condição que foi solucionado após a instalação da Usina Saia Velha, que passou a fornecer luz, seguida pela canalização do Ribeirão Ponte Alta. Sua RA II foi criada em 1989 e estabeleceu os novos limites das Regiões Administrativas do Distrito Federal. A Região Administrativa do

Gama é formada por área urbana, que contempla o setor Central e de Indústria, e o rural. Planejada, como Brasília, seu projeto lembra o formato de uma colméia. É nessa cidade próspera onde o comercio é variado, seguido por grande expansão imobiliária, que vive e trabalha um dos empresários mais conhecidos do local, Pedro do Ovo, que assumiu a vaga de deputado distrital, de dezembro de 2007 a abril de 2008. Neste período, o parlamentar conseguiu conciliar sua vida pública e empresarial, provando que é preciso lutar em várias frentes em prol da sua região. Ele reconhece que o Gama vive hoje um boom imobiliário. “Esse deve vir com planejamento porque aqui temos qualidade de vida e tranqüilidade”, lembra, ao vislumbrar que o aquecimento do comércio local, traz novas oportunidades de emprego e da renda da comunidade. O empresário, que continua investir na sua empresa, sediada no Gama, acredita que o desenvolvimento deve sempre prezar todas as vertentes de crescimento. “Luto pelo Gama porque aqui tive oportunidade, formei minha família e é onde meus filhos crescem e onde tenho meus amigos”, analisa Pedro com um olhar confiante para o futuro, que deseja que seja promissor.

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DIÁRIO DE UMA OBRA

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rasília recebe mais uma franquia tradicional de São Paulo, a Babbo Giovanni, que está sendo construída na 413 Norte. A pizzaria foi fundada por Giovanni Tussato, imigrante italiano que chegou ao Brasil no início do século 20.

fresca. Isso faz toda a diferença”, explicou a proprietária. Para isso, especialistas vieram de São Paulo construir o forno exclusivamente para a Babbo Giovanni.

O investimento no ramo de pizzarias partiu da experiência da proprietária, Fernanda Bigonha, que era cliente da franquia em São Luiz (MA). “Conheci a pizza, o cardápio e já era cliente. Esse casamento com o empreendimento surgiu porque, além da indicação do franqueado de São Luiz, a pizza é maravilhosa”, teorizou Fernanda.

Além de manter o formato original da franquia, como a utilização das cores, o forno a lenha e a própria forma de produção da pizza napolitana, a Babbo Giovanni Brasília investiu na ambientação. O conceito da obra foi inspirado na arquitetura moderna de Brasília. A arquiteta Isabel Veiga, explica que além do aquário - que possibilita que o cliente assista ao processo de produção da pizza - um elemento que trará maior personalidade à loja será Cobogó, uma espécie de tijolo vazado utilizado nos prédios funcionais construídos na cidade.

A nova loja traz para o Distrito Federal a tradição da massa napolitana - confeccionada com farinha, fermento natural ou levedura de cerveja, assada em um especial forno a lenha. “A gente precisa das con-

Fernanda Bigonha também aposta na escolha do ponto, que fica na quadra comercial 413/412 Norte. De acordo com a proprietária, a definição do ponto é fundamental para o sucesso do negócio. “A gente

dições de trabalho adequadas pra ter uma pizza de qualidade. Uma delas é um forno que consiga assar a pizza na temperatura certa, mantendo o ar de pizza à lenha, para que fique crocante e com sabor de massa

percebeu uma oportunidade muito favorável porque a quadra está em expansão no seguimento de gastronomia. Estamos acreditando que essa aqui vai ser a nossa rua dos restaurantes da Asa Norte”, avaliou.

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história conta que a pizza surgiu há cerca de 6 mil anos entre os egípcios ou gregos. A criação chegou à Itália pelo porto de Nápoles, durante as cruzadas. No Brasil as primeiras pizzarias nasceram em São Paulo, no bairro do Braz, trazidas pelos imigrantes italianos, Napolitanos, Sicilianos e Calabreses. A pizza é conhecida quase no mundo inteiro. Mas o Brasil possui o segundo maior mercado consumidor de pizza do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Atualmente, existem aproximadamente 25 mil pizzarias, que geram cerca de 127 mil empregos diretos, indiretos e terceirizados, apresentando movimento superior a R$ 20 bilhões/ano.

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i f r e P

l i f r e P

de Nágela maria

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ilha de artista e educadora, Nágela Maria, herdou da mãe a paixão pela arte e educação, mas se adaptou ao talento para designer. Antenada à moda, desde adolescente ligada ás tendências, adorava comprar tecidos em banca de lojas, na cidade de Cachoeira De Itapemirim (ES). A estilista elaborava modelos e procurava costureiras para montar as peças criadas. Com apenas 14 anos bem precoce já dava aulas particulares e substituía professores que não iam às aulas. Com isto, foi crescendo com vontade de ser professora e adquirir o primeiro emprego, mas o trabalho dependia da política local, pois o cargo preterido com 16 anos era municipal. Aí veio a participação precoce dentro da política. Passou a participar junto com os pais, acompanha parentes políticos, atuando nas campanhas para eleições municipais.

pintura de telas. Mas o seu destino era realmente a moda. Casou muito cedo, e para o sustento da casa bordava camisetas e revendia para amigas. Passou ainda a fazer pesquisas sobre maneiras de se vestir e recorria a revistas para ver endereços de marcas de São Paulo. Comprava e revendia.As primeiras clientes em Brasília foram residentes do Sarah Kubitschek, que me deram muita força.

Ainda Jovem, ajudava a mãe a montar salas de aula, o que foi muito gratificante, depois disso, cursou o curso de Normalista, reunindo dote de educadora e trabalhos manuais que era bordado e

Atualmente se especializou-se em noiva, em trajes de festas até o casual, agora ela conquistou sua marca própria que faz sucesso. A adoração pela arte e moda é tão forte que ainda se debru-

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Passaram os anos,e em outubro de 1991,com muito esforço junto ao ex-companheiro, montaram a primeira loja. Indo a São Paulo, Pesquisou o mundo da moda. Foi um aprendizado muito vasto, aliado ao conhecimento comercial e ao o gosto popular, para construir uma base empresarial. Assim, foi moldando sua meta, fabricando em pequena escala a modinha fashion no dia-a-dia.


il

ça na mesa de corte para fazer suas modelagens e cortes, se desdobrando para o atendimento de clientes e a criação final de peças. Fez também curso de moda na Emilia Romagna - Italia na escola CITER e cursos em Milão. Participou de desfile , na sala vila lobos, no teatro nacional do GBM. Entre desfiles realizados desde o começo,em que a Federação das Indústrias que era presidido pelo Presidente Lourival Dantas, deu seu apoio ao Sindicato do Vestuario, para a moda crescer dentro de Capital e valorizar as marcas da cidade. Foi então que, construiu sua fábrica no Pólo de Moda do Guará D.F, sempre ao lado dos eu sócio, ingressaram no Consórcio Flor Brasil e na produção para exportações de biquínis,que foi um grande aprendizado, pois precisava de ter qualidade e prazo de entrega exportando para Itália,França e Estados Unidos. Participou em Bolonha-Italia de um desfile exclusivo de sua linha praia. Dentro do Pólo de Moda ingressou junto com a ex -presidente Maria de Lourdes, no trabalho local. Foi preciso muita dedicação dos empresários em diversas reuniões, para formalizar pedidos existentes, especialmente pela segurança e pela praça da região. Hoje Nágela busca participação dos empresários junto ao Governo do DF. “Os empresários precisam de incentivo, para que a cadeia produtiva cresça e o desenvolvimento econômico do Pólo de Moda do Guará DF dê seu retorno, porque pagamos impostos ao governo do DF”, explica. Nágela Maria está junto com PSDB Mulheres, formando um grupo de participação política.

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Almoce Con J

ornalista e moradora de Brasília há 20 anos, a diretora e responsável pela empresa Engenho Criatividade & Comunicação, criadora do Prêmio Engenho de Comunicação, conversou com a equipe do programa Tendências e Negócios durante almoço no restaurante El Negro, da 413 norte. “Por opção, me dedico à comunicação empresarial, que é a área que cuida das empresas, para que elas possam levar à sociedade seus valores, produtos e serviços”, explica. Há quanto tempo a Engenho Comunicação está no mercado? Vamos fazer 17 anos. Um trabalho gratificante que tem contribuído para com as instituições. Como o empresário pode usar uma empresa de comunicação para melhorar os seus negócios? O principal objetivo para a contratação de uma empresa de comunicação é incrementar os negócios com credibilidade, que é o que eu chamo de lucro intangível, e com prosperidade, o lucro tangível. Uma agência de comunicação institucional oferece assessoria e relacionamento com a imprensa. Hoje, é muito forte a questão das redes sociais, então, fazemos gestão de redes, construímos e mantemos uma linha de trabalho para facebook e twitter de grandes empresas e profissionais liberais. Como é a relação entre a assessoria de comunicação e o cliente? Em Brasília, todas as grandes instituições, inclusive o governo, já têm um canal de assessoria de comu-

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:: TENDÊNCIAS :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS E NEGÓCIOS

nicação estabelecido, mas ainda há bastante espaço entre a iniciativa privada para a implantação do serviço. Esse segmento tem sido muito dinâmico. A área de comunicação, que é um braço do marketing, não para de se auto inventar. A Engenho Comunicação preparou alguma estratégia para os próximos eventos no Brasil? Nós temos desenvolvido projetos específicos para clientes que querem se evidenciar nessas oportunidades. Nós temos um cliente que já foi procurado pela FIFA e vai atender toda parte de alimentação da seleção. A economia no Distrito Federal já está se movimentando, haverá impacto em muitos setores. A repercussão é grande. Uma assessoria pode ser ponte para bons negócios? Sem dúvida nenhuma. Vários projetos são pontuais, têm data para começar e para terminar. Todas as publicações são praticamente assim, instrumentos para se aproximar de novos parceiros comerciais e patrocinadores. Como funciona o Prêmio Engenho? Esse prêmio nasceu quando identificamos que 90% das manchetes do Brasil e sobre o Brasil no exterior são produzidas em Brasília. E, em contrapartida, grandes prêmios de jornalismo premiam, ou premiavam basicamente, profissionais do eixo Rio-São Paulo, que são mercados maiores. Nós o criamos em 2004 para amortecer esse impasse. Então ele é dedicado ao jornalista que atua na capital do país. É um prêmio


nosco

Com Cátia Kubel

concedido por meio de uma comissão julgadora de notáveis. Este ano vamos celebrar a décima edição. A noite de premiação deve acontecer em agosto. Em abril será realizado o primeiro Seminário Brasília de Ética e Formação do Jornalista, com a presença confirmada do presidente do Grupo Volvo América Latina. Se der tudo certo, ele vai poder acontecer todos os anos na capital do país, com o objetivo de valorizar os estudantes de comunicação e o ensino com diploma. E o Seminário será durante quantos dias? Serão dois dias de seminário. Vamos divulgar antecipadamente para que dê tempo das pessoas se inscreverem gratuitamente.

O que significa para você a noite da premiação? Quando essa noite chega, vem com gosto de alívio, porque conseguimos reunir 1200 convidados e temos todos os setores da sociedade sendo representados. É um ano de trabalho sintetizado em quatro ou cinco horas de festa.

Qual a sua opinião sobre os estudantes que saem das faculdades? Quando você pega um jovem profissional, há que se fazer um grande investimento em treinamento, tanto para agregar conhecimento, quanto para auxiliar na questão comportamental. A gente contrata por questões técnicas e demite por questões de atitude.

Serviço:

Restaurante El Negro CLN 413 Bl C s/n sl 3/13, Brasília - DF, 70876-530, Telefone: (61) 3041-8775 www.elnegro.com.br

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RESPONSABILIDAE SOCIAL

Importância de ajudar o próximo

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empresário da Região Administrativa do Paranoá, José Reis, considera-se um homem bem realizado. Além do sucesso do empreendimento Comercial Reis, ele não deixa de pensar no próximo, e acredita em seus projetos sociais e o compromisso com a sociedade. Envolvido há mais de dez anos no seguimento social, ajuda principalmente, o Lar de Crianças Betel e o Centro de Reabilitação Deus Proverá. José Reis desenvolve projetos importantes para a região do Paranoá nas áreas de cultura e esporte, apoiando times como Força Jovem e Paranoá. “Gosto de contribuir e assim dar motivos e possibilidades para que os jovens tenham oportunidades e desenvolvam talentos na cidade. Eu tenho realmente esse compromisso!”, concluiu José Reis. O empresário também se preocupa com responsabilidade social na sua própria empresa. A Comercial Reis desenvolve trabalho com os projetos Jovem Aprendiz e Pró Jovem que contribui na formação e qualificação da mão-de-obra, multiplica as oportunidades de empregos na cidade e traz facilidade para seus clientes. “O projeto social que desenvolvo é muito importante pra cidade. A gente tem parceria com orfanatos, casa de recuperação, time de futebol da cidade. Tudo isso contribui e abre novas possibilidades aos mais necessitados. Dessa forma, participamos do crescimento daqui”, conclui José Reis.

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ARQUITETURA

Arquitetando sonhos Projetos modernos e adequados ao gosto de cada cliente fazem parte do trabalho da Arquitetura do Brasil, que lança ao mercado sua missão

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riada em 2008, a Arquitetura do Brasil tem o principal objetivo de desenvolver projetos de engenharia que atendam às expectativas de cada cliente, desde a concepção do projeto até a execução da obra. A empresa busca valorizar espaços com conforto, aliados à relação custo/benefício em projetos residenciais, comerciais e corporativos. A equipe é formada pelo administrador de empresas Rodrigo Del Monte e pela arquiteta Mônica Piccoli. “A junção de diferentes áreas possibilitou o desenvolvimento de uma metodologia de trabalho muito mais organizada, onde cada um tem as suas funções específicas definidas”, explica Rodrigo, que cuida do contato com fornecedores, contabilidade, contratos, marketing, entre outras atividades. A arquiteta se dedica ao desenvolvimento de projetos e contatos, com o objetivo de criar um ambiente mais produtivo, com projetos de alto padrão de qualidade.

A partir de 2012, a empresa se tornou a primeira franquia de escritórios de arquitetura do Brasil. “Na verdade, não estamos criando um novo jeito de se fazer projetos de arquitetura, mas o que oferecemos é um modelo de gestão para escritórios de arquitetura”, diz. Ainda de acordo com ele, o franqueado recebe treinamento e manuais de negócios com permanente assessoria no desenvolvimento das atividades. Rodrigo garante que o franqueado já entra no mercado com um nome forte, aliado à rede de escritórios consolidada e com formas de trabalho padronizadas. “Trabalhando de maneira correta, consequentemente, os lucros são maiores e as chances de crescimento e consolidação no mercado”, enfatiza.

Entre os clientes da Arquitetura Brasil estão, clínicas, lojas, consultórios, restaurantes, além de espaços corporativos, como escritórios e sede de grandes corporações. As principais ações são de construção e reforma de interiores, decoração e projetos complementares.

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Perfil Empreeendedor

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empreendedor é aquele que se preocupa com sua empresa, com sua comunidade, com sua cidade e com o seu país. Essa pessoa está sempre com um pé no futuro e na gestão. O tempo todo em busca de idéias que possam ser realizadas. Acredito que o empreendedorismo e inovação andam de mãos dadas e por isso temos que ter uma visão globalizada do mundo e das opções que surgem a todo o momento. Brasília foi idealizada por um grande empreendedor, Juscelino Juscelino, que se tornou presidente com o slogan “Cinqüenta Anos em Cinco”. Na presidência, construiu hidrelétricas, estradas, promoveu a industrialização e a modernização da economia. O seu grande sonho concretizado por causa do seu espírito de líder foi a construção de Brasília, que marcou a transferência da capital federal (até então no Rio de janeiro) em 21 de abril de 1960. Assim, ele promoveu também mudanças sociais e culturais que mudaram a vida de todos nós. Ele é uma prova que um empreendedor faz toda a diferença quando lhe é dado o poder de realizar!

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Saulo Diniz J

ornalista conhecido em Brasília onde circula com desenvoltura em todas as instituições empresariais, Saulo Diniz possui uma áurea de consultor e conselheiro quando o assunto é desenvolvimento sustentável e empreendedorismo. Dinâmico e sempre atento as oportunidades, Diniz está envolvido com questões relativas à expansão das micro e pequenas empresas na Capital da República. Exatamente por esse perfil visionário, Saulo Diniz começa a fazer parte da equipe, como colaborador, do grupo TEN de Comunicação, a partir desse mês. Saulo deve assinar na presente revista artigos que vão desvendar o caminho para sucesso de grandes personalidades de Brasília. Além disso, vai apresentar um quadro especial “Perfil Empreendedor” nos programas de domingo, quando vai tratar de forma descontraída do mesmo tema. Saulo Diniz ressalta que vai falar de mercado, trajetória, trabalho, mão de obra qualificada, tributação, desburocratização, entre tantos outros assuntos relevantes.. Saulo também está atento a questões importantes como o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito e ao financiamento. Certamente será um ganho inestimável para o grupo TEN, que possui uma equipe focada nas questões de Brasília e no desenvolvimento da mesma.

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Seu Direito Advogado, administrador de empresas e profissional com 25 anos de experiência na área da habitação

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Sebastião Moraes da Cunha, nascido no estado do Maranhão, morou até os 19 anos em uma fazenda, quando saiu de casa para estudar. Foi para Goiânia, onde cursou Administração de Empresas. Mais tarde, cursaria Direito em Anápolis (GO). Em 1975, tornou-se funcionário concursado da Caixa Econômica Federal. Trabalhou nas áreas de habitação, Fundo de Garantia e Seguro-Desemprego. “Eram áreas de grande importância na instituição. Se você dominasse a área da habitação, você dominava todas as outras dentro da Caixa”, relata Moraes da Cunha. Graças à experiência adquirida, principalmente no segmento habitacional, Sebastião ganhou projeção. Já com sólida carreira na CEF em Goiânia, Moraes da Cunha submeteu-se a um concurso interno em 1995 e foi trabalhar na matriz da estatal em Brasília.

tro. Esse trabalho me trouxe muitos conhecimentos sobre como advogar junto aos diferentes órgãos. Foi então, que surgiu a oportunidade de abrir o meu escritório, em 1998”, conta o advogado. Foi também nesta época que presenciou absurdos em casos envolvendo a União ‒ empresários que tomavam empréstimos milionários em bancos e se recusavam a saldar a dívida. Por essa vivência, o escritório de Advocacia Moraes Cunha, obteve uma grande projeção até mesmo junto à imprensa.

Trabalhou ainda, durante seis meses no Ministério do Planejamento. Logo depois, Sebastião foi requisitado para trabalhar na Advocacia Geral da União, onde exerceu o cargo de Advogado da União, durante três anos. Neste período, 1997-2000, Moraes da Cunha pôde aprender, na prática, toda a sistemática das questões que envolvem a advocacia e o governo. “Dentro da Advocacia Geral da União eu pude conhecer, de forma geral, o governo por den-

volvendo financiamentos na área da habitação. “Depois de ter trabalhado na área de Habitação e Financiamentos da CEF, eu conhecia os erros que existiam nos contratos e conhecia a legislação. Por isso ganhei todas as causas que defendi, relembra”.

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Em 2004 reconhecido como o melhor profissional de direito, recebeu o premio de melhor advogado do Brasil. De lá pra cá, recebeu muitas outras premiações nacionais e internacionais, como o Qualidade Brasil e o Top Business. Com o tempo, Sebastião ganhou muitas causas en-

Durante os quase 25 anos em que trabalhou na Caixa Econômica Federal, Moraes da Cunha vivenciou todo o drama do sistema financeiro de habitação no Brasil.


Assim, pôde conhecer a fundo os processos burocráticos que envolvem os financiamentos da casa própria. Em 2005, lançou o livro de sua autoria intitulado: Sistema Financeiro de Habitação: uma benção ou maldição? “Foi como realizar um sonho, já que o livro tem o propósito de ajudar as pessoas que tomam empréstimos ‒ mutuários ‒ do sistema financeiro da habitação a se livrarem das “mazelas” que as perseguem como aumento abusivo no valor das prestações e o aumento do saldo devedor dos seus financiamentos”, revela. Além da área de habitação, Moraes Cunha também advoga, hoje, nas áreas de contrato bancário, crédito pessoal, cartão de crédito e financiamento de veículo. “As pessoas muitas vezes estão endividadas, fazem empréstimos, para cobrir suas obrigações e acabam se endividando mais ainda. Isso resulta em uma bola de neve. O meu trabalho entra no momento em que essa pessoa não sabe o que fazer. Posso afirmar que vê-los bem, me faz feliz. O sistema bancário, às vezes, é muito injusto”, finaliza.

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a z e l e B e d s a c i D By Carlinhos Beauty

Truques de beleza para a mulher moderna

O

perfil da mulher moderna é daquela que estuda, cuida da família e dos negócios e ainda tem que encontrar tempo para se manter saudável e bonita. Com toda correria, muitas vezes o período disponível para se sentir bela entra em conflito com o horário comercial. Normalmente, as mulheres procuram fazer unhas e cabelos durante o almoço, à noite ou nos finais de semana para que possam se sentir bem. E o que fazer quando surge algum evento de última hora e a mulher empresária precisa estar glamourosa? O hair designer, Carlinhos Beauty, apresenta com exclusividade para a TEN opções e dicas para esse problema constrangedor.

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A primeira dica que Carlinhos propõe é ter muito cuidado na escolha da cor das madeixas. Para ele, a química deve combinar com o tom da pele. Ele citou o exemplo da empresária Ana Paula que possui a pele clara. De acordo com Carlinhos, em cima de uma base de cabelo na tonalidade castanho médio, é possível mesclar mechas em três tonalidades: louro claro, louro escuro e castanho.

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Carlinhos lembra ainda que o corte do cabelo deve ser o mais prático, porém sem perder a característica sofisticada da personalidade da mulher. “Corte estilo Chanel deixa a pessoa prontinha para ir onde precisar, desde um chá até um Oscar em Holywood. Ele nunca sai de moda”, explica. Este tipo de penteado foi lançado pela estilista em 1918. A história conta que Coco Chanel se preparava para uma noite de Ópera de Paris quando o aquecedor do banheiro estourou e queimou-lhe as pontas dos cabelos. Com pressa e sem pensar duas vezes, a estilista pegou uma tesoura e ela própria cortou seu cabelo. Assim, surgiu o famoso penteado.

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Para pessoas que possuem o cabelo liso e fino, Carlinhos indica o uso de Bobs para aumentar o volume da raiz. Se a mulher for para um evento mais sofisticado, basta dar uma eriçada no cabelo com o pente fino, passando no sentido das pontas para a raiz, e firmar com um spray fixador. “Se quiser arrojar mais é só passar o spray por baixo para levantar a raiz, o que deixa a mulher com ar de selvagem. Mas, se a intenção é ficar mais sensual, pode colocar o cabelo para trás da orelha, deixando o brinco à mostra”, conta o hair designer.

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Com o cabelo luxuoso, não é preciso abusar da maquiagem. O truque infalível, de acordo com Carlinhos, é fazer uma base na tom natural da pele, com um batom cor de boca e o olho bem pintado, não se esquecendo do rímel, da sobrancelha um pouco marcada e do blush mais rosado. “Com esse cabelo e maquiagem dá até para passar num tapete vermelho”, finaliza Carlinhos Beauty.

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de primeira páginas vermelhas

Com Dalva Pires

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TEN entrevistou a diretora administrativa da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Dalva Pires. Conheça um pouco mais sobre essa mulher moderna, que tem um grande coração e ajuda a transformar a realidade de Brasília com as próprias mãos e sempre com um grande sorriso no rosto. TEN: Quem é Dalva Pires? DALVA: Dalva Pires é uma mulher forte, determinada, que não cansa de lutar pelas causas nobres, principalmente quando o assunto é idoso e criança. TEN: Quais são os seus projetos pessoais? DALVA: Gostaria que um dia ainda possa acabar, pelo menos no nosso País, com desigualdade social, com a pobreza, com a miséria, tirando as crianças das ruas. Eu trabalho com um grupo com crianças de rua e essa situação me entristece muito. Essa desigualdade, essa falta de cuidado com a educação e as famílias menos favorecidas desprivilegiadas é muito triste. Espero que o nosso governo possa colocar em escolas de período integral essas crianças, para que os pais possam trabalhar mais confortavelmente, sem deixá-los soltos, à mercê da marginalidade. TEN: Quais são os projetos sociais que você participa? DALVA: Eu trabalho com um grupo de voluntários no Lar do Velhinhos Francisco de Assis, no Núcleo Bandeirante. Também em um orfanato chamado A Face de Cristo, em Luziânia, que é um abrigo para crianças abandonadas. Nós ajudamos arrecadando alimentos, roupas, fazendo festinhas de aniversários para eles.

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Também tem o trabalho no Nosso Lar, que fica atrás da Brasília Motors, em frente à Candangolândia. Ainda da Comunhão Espírita de Brasília e nós temos um grupo de voluntários. Nós promovemos festa junina pra arrecadar dinheiro. E tem também o orfanato Larzinho Francisco de Assis, onde todas as crianças são assistidas pelo nosso grupo. Estou sempre correndo atrás de ajuda, sempre peço fralda geriátrica para o lar dos velhinhos e agasalhos. TEN: Qual é um sonho? DALVA: Meu sonho agora é [suspira]... eu queria que meu pai vivesse muitos anos [pausa]. [Emocionada] Ver os meus filhos casados, ter os meus netos. Espero minha família continue unida do jeito que sempre foi. Infelizmente não temos mais minha mãezinha, mas meu sonho é ter o meu pai perto da gente ainda por muito tempo. Eu sei que é um sonho difícil, mas temos que ter a consciência de que viemos, cumprimos nossa missão e voltamos. TEN: O que espera de Brasília para futuro? DALVA: Espero que diminua, se não tiver como acabar, com a marginalidade e o índice de usuários de drogas no Distrito Federal. Que tenha um trabalho social pra tirar esse pessoal das ruas, principalmente no Setor Comercial Sul, debaixo da Rodoviária. Que esses usuários sejam tratados e que tenham um acompanhamento psicológico de desintoxicação. Espero que sejam tomadas providências para ter um núcleo de tratamento para esses usuários se curarem e não tornarem-se reincidentes. Muitos querem sair e não conseguem porque não possuem condição financeira de fazer um tratamento psiquiátrico.


TEN: O que você espera do Brasil? DALVA: Paz. Muita paz. Nós costumamos dizer que o Brasil é o País do mundo, berço do evangelho. Nós espíritas sabemos que o Brasil foi privilegiado. É um país muito católico, que possui uma fé fervorosa, que acreditam muito em Deus. E por saber que o Brasil tem muito mais para oferecer em termos de tecnologia, de agricultura, de tudo, eu acho que o pode produzir muito mais do que produz e deixar o produto bom aqui dentro. Não mandar tudo lá pra fora e deixar só o resto pra nós. TEN: Trabalho? DALVA: Trabalho é, não vou dizer tudo na nossa vida, mas é um complemento. Sem trabalho nossa vida fica muito vazia, muito ociosa. E quando fazemos o que gostamos, nós valorizamos. Eu acho muito gratifican-

te ver o resultado do que faço. Não conseguiria ficar dentro de casa parada, sem fazer nada. Eu tenho que produzir, tenho que ver o resultado. Eu não conseguiria me imaginar ociosa. O trabalho é vida, é energia, é saúde, é alegria, é vontade de viver. É saber que realizo o meu trabalho, que eu vou pra casa descansar e amanhã estou de novo lá, a cada dia renovanda. Todos os dias existe algo diferente no meu trabalho, com pessoas diferentes. Eu ensino muito e aprendo também dessa forma.

recendo os homens, mas eu vejo a forma como a mulher conduz o trabalho de liderança, de maneira diferente. Elas são mais articuladas do que os homens. Elas conseguem mais as coisas pela docilidade, pela educação. Eu vejo com muito bons olhos o trabalho uma mulher líder. TEN: Associação Comercial do Distrito Federal? DALVA: Eu sou suspeita pra falar. O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Cleber Pires, é meu irmão. Não desmerecendo os presidentes anteriores, mas eu vejo que hoje a ACDF é a casa do empresário. Sou diretora administrativa da ACDF e aprendi muita coisa lá, pra mim foi uma escola. Está composta também de uma diretoria muito boa. O Cleber Pires está muito bem assessorado. É uma instituição que está de portas abertas para o pequeno, micro e grande empresário, para o setor produtivo, ajudando, orientando e levantando bandeiras, para todos que procuram a ACDF.

TEN: Valorização da mulher? DALVA: Hoje, a mulher é bem reconhecida, valorizada cada vez mais. Eu acho que o espaço, hoje, é de grande valia. Louvo quem valoriza a mulher, quem dá oportunidade pra a mulher crescer. Antes a discriminação era muito grande. Só o fato de termos a Dilma Rousseff como presidente da República é uma mulher encantadora, maravilhosa, incansável, que está aí à frente e cada vez mais supervalorizando o trabalho da mulher. Quero que as mulheres tomem conta, que sejam governadoras e que ocupem cargos importantes, relevantes. E vamos dominar o mundo! [risos] A mulher é mais jeitosa, com nossa maneira de ver o mundo, é muito mais fácil conduzir, não desme-

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ESPORTE

Federação em prol do DF

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no começo de março, a Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu (FBJJ) realizou a primeira etapa do Campeonato Brasiliense de Jiu-Jitsu 2013, no Ginásio de Esportes do Cruzeiro. Ao todo, quinhentos atletas brasilenses e goianos participaram da disputa em 24 categorias. Além das Federações de Brasília e Goiânia, o Campeonato Brasiliense de Jiu-Jitsu contou com a participação de lutadores de vários estados como Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Os vencedores do brasiliense participarão do Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de JiuJitsu (CBJJ). Entre os favoritos estavam lutadores já reconhecidos no Distrito Federal. Como o atleta Enzo Gabriel (8), bicampeão brasileiro pela CBJJ em 2011 e 2012, campeão pan-americano e mundial. Atualmente, o lutador participa dos campeonatos na categoria mirim 9 anos pesadíssimo e se declara um vencedor porque acredita em seu treinamento e apoio de sua família. Enzo começou a praticar o esporte aos 2 anos, em uma academia particular. Com o auxílio financeiro do próprio pai, o menino, que mora no Setor O da Ceilândia, já participa de várias competições nacionais e internacionais. Para o pai, Everaldo Cavalcanti, é louvável o trabalho do Presidente da FBJJ, Rodrigo Natalino, que traz para a cidade eventos com o nível da Confederação Nacional de Jiu-Jitsu (CBJJ) exige. “Brasília é um celeiro de lutadores que tem capacidade de despontar no cenário nacional, mas não tem condições. E Brasília poder entrar no circuito ‒ que é dominado por Rio e São Paulo ‒ é uma mão na roda”, explica Everaldo. E finaliza: “ter a oportunidade de lutar e praticar dentro de casa é melhor”.

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De acordo com o presidente da Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu, Rodrigo Natalino, há diversos fenômenos entre os atletas brasilienses. “A intenção da Federação é exatamente colocar Brasília no palco do Jiu Jitsu mundial e mostrar que temos talento e bons atletas”, declarou. Natalino explicou que, a partir do campeonato, é possível montar um ranking dos melhores atletas de jiu-jitsu do Distrito Federal. O subsecretário de esporte e lazer, Eber Gabriel Perea, explicou que o campeonato possui grande importância para a divulgação do cenário esportivo e de lazer do Distrito Federal. Para ele, “o esporte é uma ferramenta de integração social que dá ao jovem autoestima, senso de relacionamento, de amizade e disciplina, além de trazer para dentro dos ginásios a participação das famílias”.

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Brasiliense de Jiu-Jitsu |Participação feminina O campeonato de Brasília também não deixou de fora as lutadoras. Mesmo em um esporte tradicionalmente masculino, os eventos vêm mostrando que as mulheres também possuem potencial competitivo no Jiu-Jitsu. E, durante a etapa em Brasília, elas marcaram presença. Para a atleta Glyce Kely, que pratica o esporte há 3 anos, o evento “é importante porque mostra que o Jiu Jitsu é pra todas as idades, todas as categorias e que ser mulher não influencia em nada no Jiu-Jitsu porque não é necessário somente o uso da força”.

Já a lutadora Érica Matias, a participação no Campeonato Brasiliense de Jiu-Jitsu é uma oportunidade de emprego. Érica é moradora do Varjão, onde participa de um projeto que ensina Jiu-Jitsu para mulheres e crianças. “Lá nós temos uma equipe feminina forte, de guerreiras”, fala entusiasmada. A competidora que já possui a faixa marrom, Viviane Araújo, explica que o campeonato convoca a participação feminina. “Não é um esporte só para homens, as meninas estão vindo com muita força”, explica.

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ESPORTE

Campeonato de Jiu-jitsu constroi ranking de atletas para o DF A intenção da Federação Brasiliense de Jiu-Jitsu é colocar Brasília no palco mundial e mostrar que temos talento e bons atletas TEN: Ganhando a categoria dos absolutos você vai para qual fase, agora? Uma parte da premiação foi a inscrição e a passagem para Los Angeles, na Califórnia, onde ocorrerá o mundial de Jiu-Jitsu, em maio. Como eu ganhei o absoluto, tenho o direito de disputar o esse mundial na Califórnia. Como o mundial acontece em maio, tenho até lá mais quatro competições importantes. São campeonatos profissionais que valem premiação, dinheiro e que também são preparatórios para a competição mundial. TEN: E a importância desse evento pra Brasília? Acho que esse evento contribui muito para a evolução dos atletas. O atleta precisa de competição pra entrar no nível, não é só treinar na academia. Ele precisa se dedicar e participar das competições para melhorar cada vez mais. E, sem dúvida, vem surgindo atletas novos que com certeza vão se destacar no nível nacional e internacional nesse ranking.

|Resultados O vencedor da categoria absoluto preta do Campeonato Brasiliense foi Francisco Santoro, mais conhecido como Kiko, da academia Five Rounds. Ele já ganhou esta etapa quinze vezes e deve representar o Brasil em um mundial de Jiu-Jitsu nos Estados Unidos, em maio. Acompanhe a entrevista do lutador. TEN: Há quantos anos treina Jiu-Jitsu e m qual categoria você compete atualmente? Eu comecei a treinar judô com 3 anos porque meu pai era professor e entrei no Jiu-Jitsu aos 15 anos. Estou competindo em duas categorias: superpesados, que vai de 93 quilos a 101 quilos, e o absoluto, que não tem divisão de peso.

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TEN: E o que acha dos incentivos do GDF? A gente que é atleta já está acostumado a não ter incentivo financeiro. Mas, há um tempo, eles vêm ajudando. Tem esse projeto Compete Brasília, que pagará minha passagem para o mundial, tem o projeto social de integração que ajuda as pessoas de menor renda a treinar o jiu-jitsu, dentre outros. Então, está bem melhor do que estava. Dentro das possibilidades já estão ajudando no que podem. Há um tempo a gente não tinha nada. Então, só o fato de ajudar em alguma coisa, já tá bom né. TEN: Alguma mensagem para quem está começando no Jiu-Jitsu? Eu quero agradecer aos lutadores de Brasília e dizer que a gente tem que perseverar e não pode desistir do sonho de ser campeão. Com certeza a vitória vem.


JL

um Mercado em Expansão

T

radicional no Paranoá desde 1991, o Supermercado JL atende a mais de 250 mil habitantes, além da população do entorno (Lago Sul, Lago Norte e Condomínios). A garantia é sempre de preço baixo aliado a serviços de primeira. Essa fórmula de sucesso conquistou a clientela do JL, que comemora o aniversário da empresa participando de diversos sorteios, antes mesmo do natal. Ao longo desses anos o JL trabalhou para conquistar uma posição sólida no mercado crescente de supermercados de bairro e hoje conta com uma estrutura física de aproximadamente 1.100m2, o que lhe permite oferecer mais de 8.000 itens de açougue, bebidas, cereais, condimentos, frios e laticínios, higiene, limpeza, hortifruti, matinais, perfumaria, utilidades do lar, eletrodomésticos e petshop ‒ procura crescente nos últimos tempos.

Tal expansão se deve a ascensão das classes C, D e E, que apresenta um consumo crescente e muito rápido. De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), todas as regiões brasileiras apresentaram crescimento no volume de vendas. Temporadas como a Páscoa também ajudam muito. Somente neste ano, o setor deverá registrar um crescimento significativo em relação ao ano passado. Segundo os dados do Instituto Segmento Pesquisas, 63% dos consumidores vão comprar os produtos de Páscoa em supermercados. A comodidade também conta, mas o fator preponderante para a opção pelos supermercados é o preço mais baixo, com 42,4%. De olho nestes dados, a direção do JL Supermercado abasteceu a loja para que não falte nenhum produto ligado a Páscoa, como ovos de chocolates e pescados. Mas é bom frisar que opções e preços baixos não faltam, aliás, em nenhuma época do ano.

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ARTIGO

Novas Competências para

V

Por Homero Reis

eja alguns casos: último prazo para o fechamento de metas. No primeiro ano, Carlos perdeu a apresentação de balé da filha, mas as metas foram alcançadas. No segundo ano, as metas aumentaram. Carlos cancelou as férias com a família e, mesmo assim, não alcançou as metas. No ano passado ele apagou a luz do escritório e saiu. O que vai ser neste ano? Para André, a solução para aquele projeto sobre o trânsito era a construção de um viaduto. Para João era a ampliação das vias de acesso. No final não deu nem viaduto, nem ampliação, embora a empresa toda tenha trabalhado dias e dias naquele projeto. Paulo Henrique sempre chegou antes de todos e era o último a sair do escritório. Começou a participar de um programa de qualidade de vida no qual lhe foi desafiado aprender a delegar. No início, confiou em Marina a conclusão do relatório. O resultado não foi satisfatório para ele. Não falou nada a ela e voltou a centralizar tudo. Começou a chegar mais cedo e a sair mais tarde ainda. Não sabe nada do programa de qualidade de vida. Nicolas estudou em uma das melhores universidades do país. Impecável na conclusão de suas tarefas, mas não consegue formar equipes. Vê sugestões como críticas e ideias diferentes das suas como ameaças. Na última avaliação teve nota dez em competência técnica e insuficiente em relacionamento. A empresa não sabe se vai manter o contrato com ele. Rafael contava que Márcia teria feito os contatos com os clientes. Que Roberto traria as planilhas preenchidas. Dali esperavam o fechamento da proposta. A reunião terminou sem acordo e com muitas desculpas. A proposta não foi enviada. Perderam o prazo e o cliente. Você já se viu ou reconhece algumas das situações acima? O que elas têm em comum? O que está faltando? O tema com o qual tenho trabalhado atualmente, como

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coach, é Inteligência Relacional. A primeira abordagem a ser considerada diz respeito à Gestão da Realidade. Esta competência nos desafia a entender o que, de fato, está acontecendo. Qual o contexto em que estamos inseridos e como os fatos estão sendo percebidos. Nesse domínio, o gestor deve ser capaz de separar fatos de interpretações e discernir o que é responsabilidade dele e o que depende de outros. Feita a gestão da realidade, empreendemos a outro nível ‒ Gestão das Possibilidades. Nesse domínio duas coisas devem ocorrer em sequência. Primeiro, o estudo sobre o que é possível, dadas as condições que estão postas. Esse momento é muito rico se explorarmos possibilidades criativas e inovadoras. Possibilidades são espaços para a criação. Em seguida, sabendo-se do que é possível dadas as condições existentes, perguntar sobre o que desejamos a mais ou melhor. Esse exercício de expectativas nos leva a entender se o que é possível já é o desejável ou se desejamos algo a mais que exigirá condições que ainda não estão presentes. O princípio que subjaz a esse momento diz o seguinte: se você não quer nada a mais, ou melhor, não há que se fazer nenhum esforço extra. No entanto, quem quer algo a mais ou melhor, deve esforçar-se mais e criar as condições necessárias para que o “algo a mais” ocorra. Todo o desenvolvimento humano, pessoal, social ou corporativo deve-se a pessoas que são capazes de ver possibilidades onde outros só veem limitações. Ver possibilidades para além daquelas que a situação permite nos capacita a cuidar do que podemos, e desenvolver competências para alcançar aquilo que “ainda” não podemos. Isso nos remeterá à próxima fase. Gestão das Ações e dos Resultados. Esta é a próxima fase. Aqui vamos analisar com o devido cuidado e empenho se o que temos obtido está de acordo com nossas expectativas e condições de satisfação. Se não, há aí um enorme espaço para discutir a efetividade das


A Gestão ações. Em outras palavras, os resultados são excelentes mestres sobre a natureza das ações. Essa análise é importantíssima porque nos permite entender que muitas vezes os problemas se repetem porque não mudamos nosso fazer. Se você não muda, o resultado também não muda. Se você deseja que algo diferente ocorra, você deve fazer algo diferente. Passadas as fases anteriores, vamos à Gestão dos Relacionamentos. Esse é o desafio maior. Aqui temos que fazer algumas perguntas poderosas para nos encaminhar num processo de desenvolvimento. Com quem preciso me relacionar para dar conta de algo que desejo? Com quem preciso deixar de me relacionar? Que mudanças relacionais preciso fazer para conseguir tal objetivo? Qual o grau de confiança que tenho nas pessoas que me cercam nas atividades pessoais, corporativas e sociais? Como lido com a autoridade e com as limitações das pessoas? Essas e muitas outras perguntas podem ser feitas para que eu tenha noção exata do que acontece comigo.

mento humano essa gestão é a que mais resultados traz a longo prazo. Na verdade, trata-se de se criar um hábito com o qual vamos nos qualificando para analisar problemas e tomar decisões como maior efetividade, em menor tempo, com menor custo e gerando conhecimento efetivo. Alguém já disse que quem não aprende com os erros cometidos por si ou por outrem, corre sério risco de cometê-los novamente. Gerir a aprendizagem é considerar cada experiência da vida como um forte insumo para os próximos passos, rumo ao futuro.

Gestão da Aprendizagem é a última fase dessa abordagem. Geri-la significa ser capaz de entender o que aprendemos com todo o processo vivido. Requer o registro histórico de todos os momentos que passamos, tudo que vivenciamos, toda a informação adquirida, todos os problemas enfrentados, toda a emocionalidade envolvida, de modo gerar conhecimento. Do ponto de vista do desenvolvi-

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REGISTROS

Aniversário de Benigna Venâncio Em 8 de março foi comemorado o aniversário da empresária Benigna Venâncio. A festa aconteceu na própria na loja da designer de Jóias, que fica no shopping Fashion Mall.

BPW CineCult A presidente da BPW, Sônia Melo, iniciou os trabalhos de 2013 no Sindicato das Escola Particulares do DF (Sinep). A palestra realizada neste mês contou com a participação dos empresários de várias instituições de Brasília. logo depois a instituição participou de contos importantes na cidade.

ACDF O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Cleber Pires, abriu oficialmente neste mês as atividades de 2013. O empresário fez um balanço de 2012 e deliberou sobre os projetos que a ACDF promoverá neste ano.

Café com a NProduções A NProduções recebeu seus parceiros para uma manhã de negócios, no Restaurante Oliver. O Café & Contatos, que promove todo mês a troca de cartões de visitas e network entre empresários, foi ministrado pelo diretor -presidente do Gran Cursos, José Wilson Granjeiro.

Para dar início a um dos maiores eventos culturais de Brasília, a consultora e psicóloga, Íria Martins, convidou os moradores de Brasília para um debate no dia 21 de março, no Brasília Shopping. Com o tema Cinema, sociedade e indivíduo, o evento contou com a participação dos cineastas Ricardo Movits, Sérgio Moriconi e João Inácio, com a mediação de Liana Alagemovits. O Cinicult já é siscesso e já se prepara para alcançar outras cidades no Brasil.

CLDF homenageia mulheres O gabinete da deputada distrital Liliane Roriz, em parceria com a Ong AME, homenageou oito mulheres que contribuíram para a colocação feminina no mundo do trabalho. Uma homenagem especial

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póstuma foi feita para Cilma de Paula Azevedo, voluntária da Cruz Vermelha, que morreu em um trágico acidente em dezembro de 2012. Cilma ficou conhecida por ter solicitado que os convidados do seu casamento a presenteassem doando sangue. Criada em 2004 pela empresária Cristina Boner, a AME é uma ONG que trabalha em prol da valorização da mulher no mercado de trabalho. “É preciso valorizar mulheres fortes”, explicou Liliane Roriz. A lista de homenageadas ainda conta com Aline Diniz, cuja empresa iniciou sua marca no DF e Indira Lucena, que montou um negócio com ajuda de mulheres com deficiência mental.

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Vivaice Vivaice é uma nova marca do Grupo Sandra, do Rio Grande do Sul. Referência no setor de calçados,. O Grupo é tradicional no mercado nacional e internacional, produzindo para públicos diversos que buscam exclusividade e qualidade. A proposta da marca Vivaice é a criação de produtos de acordo com as exigências da mulher moderna. São calçados diferenciados, que unem beleza, glamour e estilo na medida certa, além de conforto. Esse é o diferencial da marca que leva as empresárias para mais um passo à frente de seus negócios.

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MAISON MAYARA AMORIM Com uma marca voltada a um público diversificado, a jovem Mayara Amorim já é referência no mercado da moda em Brasília. A marca tem estilo próprio e destaca a personalidade de quem usa, aliada ao bem estar. Além de trabalhar, também, com serviço de consultoria às clientes preocupadas com o modo mais adequado de se vestir, a Maison Mayara Amorim é uma loja multimarcas, que oferece preços mais em conta, sem perder a qualidade do produto.

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Com localização estratégica, no Lago Sul, a marca Mayara Amorim é destaque entre as principais celebridades da Capital Federal. A proprietária, ainda criança, já fazia as roupas das próprias bonecas e dava indícios da futura profissão. Mayara viaja todos os anos para Milão para se atualizar diante do mercado e chegar com uma bagagem em primeira mão. As inovações que conhece, implementa nos próprios desenhos. SHIS QI 9 Bloco I Loja 05 e 06 ‒ Lago Sul. Mais informações pelo número: 3366-4341. :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS


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MÍDIAS SOCIAIS

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Habemus Papam

Intolerância

BB Crédito Acessibilidade

O Papa, Francisco sabe que o futuro da igreja está nos jovens. Por isso, no começo de seu papado tem estado próximo dos fiéis e já anunciou que estará presente na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em Julho. O novo Papa está consciente que o número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, Mesmo com o crescimento de evangélicos, o Brasil ainda é um dos gigantes que possui a maioria católica, contabilizando123,3 milhões em 2010, ou seja, 64,6% da sua população, segundo o IBGE.

Infelizmente ainda assistimos onda de intolerância racial, sexual e religiosa nos dias de hoje. Desta vez, o mau exemplo veio da charmosa Paris, onde uma multidão protestou contra o casamento entre homossexuais, antes da adoção definitiva do projeto de lei que legaliza a união e adoção por casais do mesmo sexo. Os extremistas se reuniram diante do Arco do Triunfo e tentaram invadir a Champs-Elysées, um perímetro “interditado” aos organizadores da manifestação. Prova que o respeito dessa galera é mesmo zero!

Portadores de deficiência podem aplaudir o prestígio por parte do governo. A linha de crédito do Banco do Brasil destinada às essas pessoas para financiar a aquisição de bens e serviços, ultrapassou os R$ 4 milhões em contratos. O BB Crédito Acessibilidade disponibiliza uma taxa de juros de 0,57% ao mês para quem recebe até cinco salários mínimos, ou 0,64% para quem recebe de seis a dez salários mínimos mensais. O prazo para quitação é de quatro a 60 meses e a primeira prestação pode ser paga em até 59 dias.

Museu do Índio - RJ

Provisões estáveis

CEB em baixa

Foi um fracasso a desocupação do antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde 50 indígenas resistiam em deixar o imóvel. A polêmica começou após o projeto de reforma do Maracanã, para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. Para que tudo saísse como foi planejado, alguns prédios ao redor do estádio deveriam ser demolidos, entre eles o casarão do antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978.

A queda na inadimplência observada desde o segundo semestre do ano passado não deixou de deixar os bancos em alerta. Assim, eles não reduziram suas reservas para cobrir créditos duvidosos (com risco de não serem pagos). Inadimplência do comércio subiu em 6,6% em fevereiro, em contrapartida do consumidor que caiu 3,4% em fevereiro. Segundo a Febraban, o volume de provisões está estável há seis semestres entre 6,1% e 6,3% do total emprestado pelas instituições financeiras, cautelosas por causa da expansão do crédito em 2009 e 2010.

Brasília anda passando vergonha por causa de suas instituições. É o caso da Companhia Energética de Brasília (CEB) que obteve da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),o terceiro pior desempenho, dentre as grandes distribuidoras de energia do país. A CEB se defende avisando que para evitar apagão estão trabalhando para fechar uma lacuna de 10 anos em que não foram feitos investimentos necessários para a cidade que cresceu. Em 201, foram investidos R$ 122 milhões e em 2012 outros R$ 160 milhões.

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comentários TEN

No debemos temer al Maligno cuando nos dice que nada podemos hacer contra la violencia, la injusticia y el pecado.

Papa Francisco @Pontifex_es

1

por Liana Alagemovits @ lianaalagemovits

Suplicy elogia desalojo de tierra indígena en MT

“Educar a mente sem educar o coração não é educação.” (Aristóteles)

Agência Senado @Agencia_Senado

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Francisco Castro @FranCastro

A constituição reconhece os direitos originários dos índios sobre as terras que radicionalmente ocupam, e se revela preocupado ao definir terra tradicionalmente ocupada, que são as habitadas em caráter permanente e utilizadas para suas atividades

4 Leda Nagle @Lnagle

Faixa exclusiva da EPNB deve ser liberada aos carros nos fins de semana A DFTrans concluiu que o tráfego de carros de passeio na via é maior que o de ônibus durante sábados, domingos e feriados.

Um dia perguntei ao Cauby Peixoto qual era o maior cantor do Br. Ele respondeu que o primeiro ele não dizia! O segundo era Emilio, q adorou O cantor Emílio Santiago, de 66 anos, morreu deixando saudades. Vencedor de diversos festivais de música, Emílio iniciou a carreira na década de 70 e gravou grandes sucessos como “Saygon”, “Lembra de mim” e “Verdade chinesa”. Sofrendo com a industria da música, seu último disco “Só danço samba (ao vivo)”, só foi lançado em 2012.

Mais um fds de faixas exclusivas liberadas na #EPNB! E isso é resultado da indicação que fiz pedindo a liberação

Israel Batista @ProfIsrael

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