Um dia desses numa rede social, uma palavra num post me chamou atenção: despoesias. Curiosa, logo cliquei no link, logo entrei em um blog e me deparei com uma espécie de poesia falada - quase pude ouvir a voz do poeta que parecia falar dele, com ele mesmo, soltando a língua em versos.
E, enquanto saboreava os poemas, um a um, entre um assombro e outro, me perdia ou me (re)descobria em uma poesia recortada por uma navalha afiada nas mãos cirúrgicas do poeta. Navalha na carne do verso. Para o leitor, o corte. A palavra. Se a poesia brota da fala, a despoesia é objeto de sua navalha. Texto de Viviane Campos Moreira (possui os blogs Balaio da Vivi e videbloguinho. É colaboradora do blog Amálgama)