![](https://static.isu.pub/fe/default-story-images/news.jpg?width=720&quality=85%2C50)
3 minute read
O QUE NÃO É PROATIVIDADE?
No entanto, esta abordagem preconiza -se como integrada, considerando-se que somente terá resultados se fomentar no leitor o desejo de refletir e planear, desenvolvendo comportamentos que impliquem efetiva e consequente ação.
OS BENEFÍCIOS DA VIAGEM
Como apoio à reflexão aquando da escolha da presente viagem, em deferimento de tantas outras opções, destacamos os seguintes pontos, que servirão o propósito de orientá‑lo e motivá‑lo no início da nossa rota para a proatividade: • A aplicação prática dos conteúdos: Acreditamos na aplicabilidade efetiva do proposto, esperando maximizar o potencial individual do leitor no sentido do incremento, significativo e benéfico, da sua proatividade. Deste modo, e para a sua concretização, apresentamos sugestões, dicas e reflexões a aplicar na sua rota; • A independência dos capítulos: O livro faz sentido no todo, mas, também, em cada capítulo, o que permite uma maior liberdade na sua leitura;
• A consistência científica: As referências da literatura sustentam o texto e conferem‑lhe um ponto de partida científico, constituindo pistas para o aprofundamento das diferentes matérias; • A pertinência: O contexto atual exige que sejamos proativos. As organizações pedem -nos que sejamos proativos. Não obstante, existirá uma compreensão generalizada efetiva do próprio conceito, tanto por quem o solicita como por quem tanto deseja identificar‑se com o comportamento associado ao ideal da proatividade? O livro questiona a ideia preconcebida da génese do comportamento proativo, pretendendo desvendar o potencial intrínseco e motivacional de cada indivíduo;
• A atualidade: Num contexto global de mudança e disrupção, a capacidade de nos mobilizarmos para alcançar os objetivos a que nos propomos, nas diversas esferas de intervenção que diariamente granjeamos, corresponderá a uma ferramenta de valor inestimável para assumirmos o controlo sobre o nosso futuro.
O mundo digital, catapultado de forma exponencial pelo enquadramento da natureza associada a preocupações de saúde pública, transforma os membros da sociedade em espectadores passivos e reativos da informação disponibilizada pelos diversos meios de comunicação. A sensação de incapacidade e inexpressão individual transforma cada interveniente da engrenagem social num ponto desconectado dos respetivos decisores. As reações desenquadradas de grupos minoritários, incentivados frequentemente por intenções políticas, surgem como mecanismos de libertação de pressão de uma sociedade de inatividade e voyeurismo.
Consideramos, deste modo, que o enquadramento atual global beneficiará significativamente com a compreensão e a assimilação individual de real controlo sobre o futuro, através de comportamentos proativos e de envolvimento.
A abordagem metafórica que será estabelecida entre voar, pilotar e chegar ao destino da tão desejada proatividade surge como inspiração para a reflexão pretendida. Tal como referido pelo filósofo Sócrates, “o
Homem tem de se elevar acima da terra, acima da atmosfera, para
compreender completamente o mundo onde vive”.
Não assumimos compreender o mundo. No entanto, numa época de ritmo elevado, na qual as rotinas e as responsabilidades nos aprisionam numa complexa rede de interações humanas, uma pausa, acima
da realidade, permite -nos respirar, ganhar tranquilidade e estabelecer prioridades.
Pretendemos com esta viagem, tal como num voo perto das nuvens, permitir a concentração, o foco e a clareza de pensamento que a necessidade de vigilância e a capacidade de contemplação conseguem, quando estamos com os pés fora da terra. Talvez deste modo seja possível, com os olhos no horizonte, ouvindo o motor da nossa aeronave, efetivamente diferenciar o que é acessório do que será essencial.
Aprender a pilotar um avião será a metáfora perfeita para a proatividade, uma vez que, para cada voo, temos de estudar os METAR (METeorological Aerodrome Report) e TAF (Terminal Area Forecast), relativos à meteorologia, os avisos à navegação NOTAM (Notice to Air Missions), os manuais de cada aeronave e aeródromo, conhecer a legislação, performance do avião, entre outros aspetos, antes mesmo de definirmos uma rota e criarmos um plano de voo para alcançar o nosso destino.
Ou seja, voar implica preparação, planeamento e ação, refletida e ponderada, tal como o comportamento proativo.
Voar ensina‑nos que, por vezes, o que os nossos olhos veem, e mesmo o que sentimos, poderá levar a decisões limitadas, ou mesmo incorretas. Esta arte implica compreensão e antecipação, utilizando preparação, metodologia e concentração, apoiando -nos nos instrumentos para a validação da nossa perceção. Pretendemos, deste modo, ser os seus “instrumentos”, mostrando‑lhe formas consolidadas e frutíferas de alcançar o controlo da sua vida.