Av3 senhora josé de alencar 2º ano 2º trimestre

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Educando(a): Ensino médio

Turma: 2_____

Professora: Lidiane Rodrigues

Peso: 2,0

Nota:

Data: ____/____/14

Av3_Leitura: Senhora_José de Alencar 1. O trecho abaixo é de Senhora, de José de Alencar. Leia-o, com atenção, e responda ao que se pede: - É tempo de concluir o mercado. Dos cem contos de réis, em que o senhor avaliou-se, já recebeu vinte; aqui tem os oitenta que faltavam. Estamos quites, e posso chamá-lo meu; meu marido, pois é este o nome de convenção. (ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Scipione, 1994. p. 87.) Sobre o trecho citado, é correto afirmar que o narrador: A. prioriza o mundo particular, sem se preocupar com as convenções sociais. B. considera que o dinheiro e a posição social não são menos importantes do que o amor. C. percebe a importância da valorização do sujeito a partir do valor a ele atribuído, sem, no entanto, rebaixá-lo moralmente. D. evidencia a relação de posse do outro, como de um objeto, comprado em qualquer loja, reduzindo a relação amorosa a uma relação comercial. 2. No romance Senhora, o leitor depara-se com situações pontuais do contexto social do Rio de Janeiro, do Segundo Império. A partir dessa afirmativa, é possível concluir que A. o fingimento e a farsa são, no romance de Alencar, estratégias românticas para o objetivo final do par romântico, ou seja, realizar o casamento. B. a idolatria ao dinheiro, que avilta a sociedade do Segundo Império, não é, para Alencar, um impedimento à realização do verdadeiro amor. C. as personagens de Alencar não eram talhadas segundo a influência da sociedade fluminense, portanto, o escritor não levava em conta o poderio econômico do par romântico retratado. D. o fingimento e a farsa não fazem parte dos jogos de amor retratados por Alencar. 3. Em Senhora, tem-se a seguinte afirmação: “[...] Você toca piano como o Arnaud, canta como uma prima-dona, e conversa na sala com os deputados e os diplomatas, que eles ficam todos enfeitiçados. E como não há de ser assim? Quando você quer, Aurélia, fala que parece uma novela.” (ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Scipione, 1994. p. 9.) O fragmento acima diz respeito A. ao envolvimento da personagem com a política da época. B. aos dotes artísticos de uma atriz e cantora famosa no Segundo Império. C. à linguagem de novela da personagem com relação ao uso de chavões e clichês, muito comum naquela época. D. ao ideal romântico representado por Aurélia, apesar de sua independência financeira situá-la além do seu tempo. 4. Sobre o par romântico em Senhora, Aurélia e Seixas, nunca pairou uma dúvida no que diz respeito ao motivo (amor puro) do casamento. A opção que confirma a afirmação acima é:

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A. ... A mim basta-me o seu amor, já lho disse uma vez; desde que mo deu, não lhe pedi nada mais. (p. 75) B. - E o que é a vida, no fim de contas, senão uma contínua transação do homem com o mundo? (...) (p. 32) C. ... Compreendo que um homem sacrifique-se por qualquer motivo nobre, para fazer a felicidade de uma mulher, ou de entes que lhe são caros; mas se o fizer por um preço em moeda, não é sacrifício, mas tráfico. (p. 32) D. ... Olhas de longe e vês um anjo de beleza, que te fascina e arrasta a seus pés, ébrio de amor. Quando lhe tocas, não achas senão uma moeda, sob aquele esplendor. Ela não fala; tine como o ouro. Era para apresentar-te que eu te procurei. Ei-la que chega! (p. 33) 5. Leia atentamente o fragmento abaixo, retirado do romance Senhora: Tornemos à câmara nupcial, onde se representa a primeira cena do drama original, de que apenas conhecemos o prólogo. Os dois atores ainda conservam a mesma posição em que os deixamos. Fernando Seixas obedecendo automaticamente a Aurélia, sentara-se, e fitava na moça um olhar estupefato. A moça arrastou uma cadeira e colocou-se em face do marido, cujas faces crestava o seu hálito abrasado. (ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: Scipione, 1994. p. 86.) É possível afirmar, a partir do fragmento acima, que A. as palavras cena e atores, utilizadas por Alencar no romance, remetem a um vocabulário típico do cinema. B. o narrador, ao colocar Aurélia e Seixas face a face, não demonstra uma equivalência de atitudes entre as personagens. C. a cena evoca uma peça de teatro, revelando a ironia do narrador ao denunciar os jogos de interesses do par amoroso. D. o narrador apresenta a cena no quarto do casal como se fosse de um filme. 6. Identifique nas afirmativas abaixo aquelas que compõem o elemento-chave do romance Senhora, ou seja, a do casamento por interesse: I - ... nesta nossa terra os cortejos e aplausos rastejam a mediocridade feliz. (p. 25) II - ... resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido. (p. 56) III - - Quer ser minha mulher ainda, Emília? Apesar da oposição de seus parentes? Apesar de não ser eu mais do que um estudante sem fortuna? (p. 59) IV - - Ajustei-me por cem contos de réis – continuou Fernando –; foi pouco, mas o mercado está concluído. Recebi como sinal da compra vinte contos de réis; falta-me arrecadar o resto do preço, que a senhora acaba de pagar-me. (p. 88) Estão corretas: A. I e II. B. II e IV. C. III e IV. D. I, II e III. 7. A referência ao teatro, aos bailes e às molduras, como as janelas, por exemplo, muitas vezes, revela o desejo do escritor de denunciar as encenações sociais, os fingimentos, de que, muitas vezes, o ser humano é capaz. Marque a opção abaixo, que comprove essa afirmativa: A. As cortinas cerram-se, e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantavam o hino misterioso do santo amor conjugal. (p. 183) B. Afigurava-se a Aurélia que achara enfim a encarnação de seu ideal, o homem a quem adorava, e cuja sombra a tinha cruelmente escarnecido até aquele instante, esvanecendo-se quando ela julgava tê-lo diante dos olhos. (p. 161) C. Aurélia estava ocupada em reunir os diversos casais e enviá-los ao meio da sala; desembargadores de todo o tope e calibre, conselheiros carunchosos, viscondes mofados, marqueses carrancas: tudo tratava de executar-se da melhor vontade, que era o meio de tornar mais leve a penitência. (p. 154) D. Aurélia sentou-se à mesa de mosaico, voltando às costas ao jardim para não ver a formosa noite que lhe caíra no desagrado. Como porém no espelho fronteiro reproduzia-se com cintilação do cristal uma nesga do jardim, onde a claridade argentina da lua parecia coalhar-se nos lírios e cactos, a moça chamou novamente o criado e ordenoulhe que fechasse a janela pela qual entrava aquele importuno bosquejo do soberbo painel da noite. (p. 119) 8. A visão de amor das personagens de Senhora, muitas vezes, reflete a sociedade viciada, sujeita aos jogos de poder e dinheiro. Marque a alternativa que confirme essa afirmação:

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A. ... Eu o desprezo. Mas não consentirei que me roube meu marido, não? Tu me pertences, Fernando; és meu, meu só, compreite, oh! sim, comprei-te muito caro... (p. 161) B. - Não careço dizer-lhe que amor foi o meu, e que adoração lhe votou minha alma desde o primeiro momento em que o encontrei. (...) (p. 86) C. ... Suplicar-lhe-ei que aceite a minha riqueza, que a dissipe se quiser, mas consinta-me que eu o ame. (...) (p. 87) D. - Conheci que não amava-me, como eu desejava e merecia ser amada. (...) (p. 87) 9. Selecione da leitura 1 (um) exemplo de: • Comparação ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

Metáfora ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

Hipérbole ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

Prosopopeia ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________

Antítese ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________

10. Qual seria o tema central de Senhora? Ele está ligado à subdivisão da obra em capítulos? Por quê? ________________________________________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ 12. Leia o texto abaixo, do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, uma das prováveis inspirações de José de Alencar: (...) O que há de mais cruel ainda é que, todos os progressos da espécie humana, distanciando-a incessantemente de seu estado primitivo,quanto mais acumulamos novos conhecimentos, tanto maisafastamos os meios de adquirir o mais importante de todos, e ainda que, num certo sentido, à força de estudar o homem, tornamo-nos incapazes de conhecê-lo. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. XV.

Podemos dizer que Senhora tematiza um afastamento do lado primitivo do homem? Em que sentido? ________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ 13. Leia um trecho de As emoções e o coração, de Madame de Staël, escritora e teorizadora do Romantismo na Alemanha. AS EMOÇÕES E O CORAÇÃO Observar o coração humano é mostrar a cada passo a influência da moral sobre o destino: há um único segredo na vida, que é o bem ou o mal que se fez; este segredo esconde-se sob mil formas enganadoras: alguém sofre por um longo período sem merecer, ou prospera durante muito tempo por meios condenáveis, mas de repente a sorte decide-se, a palavra-chave do seu enigma revela-se, essa palavra que a consciência já tinha pronunciado muito antes de o destino a ter repetido. É assim que a história do homem deve ser apresentada nos romances; é assim que as ficções devem explicar-nos, por intermédio de nossas virtudes e dos nossos sentimentos, os mistérios da nossa condição. STAËL, Madame de. “As emoções e o coração”. In: GOMES, Álvaro Cardoso e VECHI, Carlos Alberto (orgs.). A estética romântica: textos doutrinários comentados. São Paulo: Atlas, 1992.

a) Em que sentido as ideias de Staël estão ligadas às concepções de Senhora? O texto de Madame de Staël é exemplar, pois analisa alguns dos

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________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ c) Para a autora, onde reside o mistério da condição humana? Como os romances devem mostrá-lo? E como Senhora o mostra?dades

ocultas

nos

corações,

e

assim

________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________

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________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ destino de Aurélia, e também o motivo central de sua redenção.

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