1. Mensagem do Presidente
A época 2021-22 representou o regresso gradual à normalidade. Depois de uma temporada 2021-22 com fortes constrangimentos provocados pela Covid-19, com bancadas vazias num teste fortíssimo à resiliência das Sociedades Desportivas, 2021-22 marcou o regresso do público aos estádios, de forma faseada, com o Futebol a não gozar do mesmo tratamento de outros sectores de atividade. Mesmo com esta conjuntura, em 2021-22, e segundo contas do Anuário do Futebol Português, o Futebol Profissional contribuiu com mais de 550 milhões de euros para o PIB (0,25 por cento) e com mais de 192 milhões de euros em impostos.
Foi o fim de um ano e meio repleto de incertezas, mas definidor do papel do Futebol Profissional no País e de uma indústria que, no período mais complexo e exigente da história, procurou sempre soluções e nunca se deixou vencer pelos problemas. No meio da tempestade, os Clubes estiveram presentes, sempre ao serviço das Comunidades.
Ver, de novo, um estádio cheio, com milhares de pessoas a apoiarem os respetivos Clubes, foi a mais saborosa vitória de uma temporada desafiante, onde voltámos a dar valor a algo que sempre tomámos por garantido. É com enorme satisfação e com sentimento
de dever cumprido que apresentamos, pelo sétimo ano consecutivo, um orçamento totalmente executado e com um resultado positivo.
Foi uma temporada cheia de emoções, mas repleta de trabalho. Organizámos 653 jogos, com as nossas três competições profissionais a evidenciarem uma competitividade ainda maior, com incerteza nas decisões até às últimas jornadas. Foi uma temporada de uma ligação forte com as Sociedades Desportivas, unidas e presentes na discussão e valorização das nossas provas, como se comprovou nas Jornadas Anuais que remataram o trabalho para os Grupos de Trabalho, sempre com espírito democrático e sem abdicar do princípio de autorregulação, bem patentes duas Cimeiras de Presidentes levadas a cabo.
Entrámos na fase final do Plano Estratégico 2019-2023, com objetivos e metas bem definidas, balizados em cinco Eixos Estratégicos: Afirmação da Liga Portugal, Valorização das Competições, Industrialização do Futebol Português, Aposta no Digital e Internacionalização da Liga Portugal.
Hoje a Liga Portugal é uma organização cada vez mais profissional, em permanente evolução dentro de portas, sempre determinada em melhorar
as nossas competições e em acompanhar as Sociedades Desportivas, por exemplo, com projetos de consultoria.
Analisado o presente, é altura de olhar e projetar o futuro. Entrámos na antecâmara da Centralização dos Direitos Audiovisuais, processo absolutamente fundamental para a sustentabilidade das Sociedades Desportivas e para a internacionalização das nossas provas. Aproxima-se a data de apresentação do modelo (até 2025) à Autoridade da Concorrência para execução até 2028, processo enquadrado pelo Regulamento de Direitos Audiovisuais e o Regime de Controlo Económico que orientem as Sociedades Desportivas em relação às prioridades de gestão e investimento das verbas oriundas dos Direitos Audiovisuais. 2022-23 será uma temporada atípica, com a realização do Mundial-2022 nos meses de novembro e dezembro, e já a perspetivar outros desafios como uma reflexão sobre o modelo das competições profissionais.
Os próximos tempos serão estimulantes. Continuaremos a apresentar resultados positivos, cada vez mais preparados para o futuro, sempre com o rigor e seriedade que nos caracterizam, com arrojo e crença nos nossos valores: Credibilidade, Agregação, Talento e Espetáculo!
2. Posicionamento Estratégico 2019-2023
Findo o primeiro mandato da atual Direção da Liga Portugal foi necessário definir qual a estratégia para a organização nos próximos anos, resultando num plano de negócios para quatro anos, que permitisse alavancar a atual fase de maturidade e projetar a Liga Portugal em território nacional e no resto do mundo. Encontrando-se a Liga Portugal numa fase estável, o dever e obrigação da organização passa por identificar os grandes desafios ao Futebol Profissional português, definindo táticas capazes de valorizar e projetar as competições que organiza.
Desta forma, tendo bases no passado e planeando mais quatro anos, foi desenvolvido, pela consultora EY, um Plano Estratégico para a Liga Portugal, assim como um novo modelo de negócios. Usando por base esse documento, e compreendendo o estado atual do setor e para onde deveremos projetar o nosso futebol, foram definidos cinco novos eixos estratégicos de atuação para o ciclo 2019-23.
O Relatório de Atividades e Contas é, então, o documento onde se evidencia a execução das atividades ao longo da última época, apresentando o posicionamento, estratégia e os projetos que a Liga Portugal tem vindo a concretizar, de forma alinhada com o seu posicionamento estratégico. Este documento relata a concretização de ações concretas e respetiva execução dos objetivos, de acordo com as linhas orientadoras que devem pautar o caminho a trilhar pela instituição, e que foi definido para estes quatro anos.
O Plano de Atividades e Orçamento no início da época e o Relatório de Atividades e Contas no final da época, são documentos fundamentais para uma organização que concorre para a sua afirmação enquanto instituição de referência imprescindível do Futebol português.
Para responder com sucesso a estes desafios, a Liga Portugal delineou uma estratégia ambiciosa para o Futebol Profissional como indústria, com o propósito de fortalecer e valorizar comercial, económica e desportivamente o Futebol Profissional português.
2.1. MISSÃO, VISÃO E VALORES
A Liga Portugal prima pelos valores da Credibilidade, Agregação, Talento e Espetáculo na organização em cada época desportiva de três grandes competições sustentadas pela excelência do futebol praticado. Uma plataforma de talento que projeta e exporta alguns dos melhores intérpretes da modalidade a nível mundial, na qual participam 36 equipas profissionais. A Missão, Visão e Valores articulam a essência das aspirações da organização, definindo o seu posicionamento perante o Mundo. São a forma como uma organização se posiciona perante os seus stakeholders, indicando para onde quer ir e como vai lá chegar.
MISSÃO
Garantir a excelência da organização das competições, em pleno respeito pela sustentabilidade económica e financeira da instituição e dos seus associados.
VISÃO
Assumir-se como uma das mais importantes Ligas da Europa, estando permanentemente na senda das boas práticas internacionais, valorizando económica e desportivamente o Futebol Profissional Português.
PROPOSTA DE VALOR
Cria Talento
CREDIBILIDADE
Em todas as vertentes, tanto nas competições como na gestão do negócio.
VALORES
ESPETÁCULO
Reunir os ingredientes para que as competições sejam cada vez mais espetaculares dentro e fora dos estádios.
TALENTO
Quer nas competições e seus intervenientes, quer na indústria como um todo.
AGREGAÇÃO
Criar as condições para defender os superiores interesses do futebol.
2.2. ESTRATÉGIA GLOBAL
A estratégia futura do Futebol Profissional português deve ser desenhada para o seu (re)posicionamento no top 5 das ligas europeias e para a promoção da sua valorização económica e desportiva.
Capitalizando a sua forte visão estratégica, uma gestão profissionalizada e qualificada e competências de negociação de contratos, a Liga Portugal tem procurado valorizar as competições profissionais, envolvendo parceiros de elevada notoriedade e qualidade e executando relevantes projetos.
Em paralelo, a Liga Portugal precisa de se afirmar mais como o agente promotor da mudança, necessitando para isso de maior notoriedade e protagonismo no contexto nacional e internacional, bem como de um modelo de governação mais adequado aos desafios que enfrenta.
É igualmente importante uma mudança de rumo assente na valorização das competições do Futebol Profissional português, tornando-o mais competitivo, mais sustentável em termos financeiros e mais transparente.
A estratégia futura deve igualmente potenciar a industrialização do futebol português, privilegiando a sua valorização comercial. O futebol é um espetáculo que necessita ser vendido enquanto tal. As boas práticas internacionais sugerem que a Liga Portugal deve reforçar todas as dimensões que contribuam para aumentar a sua espetacularidade, tornando-o mais marketable. A este nível, é absolutamente crucial a adoção de uma estratégia concertada entre os clubes que ultrapasse os constrangimentos do paradigma cultural existente e que promova o diálogo social.
O alinhamento do Futebol Profissional nacional com os desenvolvimentos
tecnológicos e digitais recentes é também fundamental. Assim, é fundamental a aposta em parcerias estratégicas (e.g. LaLiga). A aposta na internacionalização do futebol português é igualmente um caminho a seguir, capitalizando as vantagens do know-how específico existente, em particular no que respeita ao scouting, à formação de jogadores e treinadores e à organização de competições profissionais de futebol. O estabelecimento de parcerias e a definição de uma estratégia concertada nos mercados internacionais, sobretudo nos países com história em comum, pela cultura e pela língua portuguesa, que têm jogadores e treinadores a jogar em Portugal e em países que recebem jogadores e treinadores portugueses, são essenciais para o sucesso desta estratégia.
A Direção da Liga Portugal, considerando os eixos de intervenção e a estratégia global a implementar, definiu 5 eixos estratégicos para o ciclo 2019-23.
A parceria de longo prazo estabelecida entre a Liga Portugal e a EY, tem sido indispensável para o ciclo de engrandecimento do Futebol Profissional português.
Desta forma, foram desenvolvidos vários documentos, com o intuito de democratizar e aumentar a transparência do setor, destacando-se o Anuário de Futebol Português e o Plano Estratégico da Liga Portugal 2019-23, que serviu de base à definição das táticas a implementar neste ciclo.
O trabalho constante e contínuo, no âmbito desta parceria, envolveu um levantamento exaustivo de informação, que nos permite compreender a dimensão do setor e o seu posicionamento na economia nacional assim como os caminhos que terá de percorrer para alcançar os objetivos a que nos propomos.
Fev 2018 mar 2019 MAI 2019 JUL 2019
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Trabalho alargado de auscultação com o objetivo de conhecer aprofundadamente o Futebol Português, a Liga Portugal e o seu enquadramento no Futebol Mundial e Europeu.
PLANO ESTRATÉGICO E DE AÇÃO 2019-2023
Estratégia e plano de ação para responder aos desafios e constrangimentos existentes, visando posicionar o Futebol Nacional entre as 5 principais ligas europeias e valorizando-o enquanto negócio.
BUSINESS PLAN 2019-2023
Documento de natureza operacional e do foro interno da Liga Portugal, com o Plano Financeiro associado à implementação das ações identificadas e apresentadas no Plano Estratégico para o ciclo 2019-2023.
2.3. Objetivos Estratégicos
Este relatório de atividades e contas tem por referência a apresentação das ações concretas realizadas no último ano, tendo por base os grandes objetivos estratégicos macro definidos para o ciclo 2019-23. Desta forma, os objetivos estratégicos para o ciclo 2019-23 são:
Competitividade 01
Estimular a competitividade das competições, projetando a melhor arquitetura para os seus quadros e modelo competitivos;
Internacionalização 02
Apostar na internacionalização, procurando projetar além-fronteiras o Futebol Profissional Português, bem como diversificar as suas fontes de receita;
Integridade 05
Estimular a adoção de uma estratégia conjunta e transversal a todos os intervenientes no futebol de combate à manipulação e corrupção, procurando-se garantir a integridade do desporto;
Negócio 09
Contrariar algumas das idiossincrasias culturais que dificultam a implementação de um modelo de negócio mais vantajoso;
Estratégia 06
Desenvolver estratégias comerciais que vão ao encontro do novo perfil do consumidor e das suas necessidades;
Sustentabilidade 03
Garantir a sustentabilidade financeira das Sociedades Desportivas, através da efetiva implementação de regras, exigentes para participação nas competições;
Valorização 07
Contribuir para a qualificação e valorização do espetáculo, estimulando o interesse dos parceiros e potenciando um maior retorno económico;
Inovação 04
Promover uma política ativa de inovação tecnológica, enquanto alavanca da verdade desportiva e dos laços emocionais e comerciais com os adeptos;
Diálogo 08
Contribuir para o diálogo social, fazendo convergir os interesses entre os protagonistas do espetáculo;
Governação 10
Implementar um novo modelo de governação, simultaneamente democrático, ágil e fiável, que promova uma gestão moderna da Liga Portugal;
Reflexão 11
Preparar a reflexão dos novos desafios que se colocam às Sociedades Desportivas no que se refere aos seus direitos audiovisuais.
2.4. Eixos Estratégicos de Intervenção
Os objetivos estratégicos da Liga Portugal para o horizonte temporal 2019-23 foram claramente definidos, consubstanciando-se em objetivos de caráter operacional e que se transladam em 5 eixos de atuação e desenvolvimento – que resultam em 90 áreas de atuação concreta:
01. Aprovar e implementar um novo modelo de governação credível, democrático e profissional, que facilite a tomada de decisão e garanta maior transparência e responsabilização da gestão, a todos os níveis.
02. Promover estudo para aferir como o organismo é percecionado pelos seus principais stakeholders, avaliando o posicionamento da instituição e projetando estratégias que promovam as marcas associadas ao Futebol Profissional português.
03. Desenvolver um programa de Trainees Liga Portugal - Sociedades Desportivas: para aquisição e retenção de talento.
04. Reforçar a estrutura orgânica da Liga para acompanhar as necessidades crescentes, permitindo desenvolver e implementar as estratégias e projetos no futuro.
05. Reforçar o grau de profissionalização da gestão nos níveis superior e intermédio e aumentar o grau de qualificação académico e experiência internacional dos quadros.
06. Adotar uma política de formação contínua, permitindo o fluxo de profissionais entre a Liga Portugal e as várias instituições de futebol no mundo.
07. Pós-Graduação de Gestão: capitalizar a pós-graduação atual para atrair referências internacionais para o efeito de formação interna.
08. Pós-Graduação de Comunicação: realizar Curso de Pós-Graduação de Comunicação no Futebol Profissional, em parceria com a Faculdade de Comunicação Social de Braga da Universidade Católica.
09. Institucionalizar uma sessão de acompanhamento e monitorização do plano estratégico numa base semestral.
10. Promover uma reunião de quadros com periodicidade semestral.
11. Consolidar a política de reporting e de responsabilização.
12. Alargar e otimizar as fontes de financiamento, com aposta na atividade comercial e, desta forma, reforçar a posição financeira.
13. Promover estudo de suporte para avaliação à viabilidade da negociação no futuro dos direitos televisivos.
14. Criar um Centro de Estudos e Investigação sobre o Futebol Profissional Português, em estreita articulação com o meio académico.
15. Think Tank: aprofundar a vertente de laboratórios de ideias, estimulando sinergias e complementaridades com outras entidades.
16. Utilizar o projeto dos Embaixadores como promoção do futebol pela positiva, da cultura e valores da Liga e das suas competições.
17. Reformular e redimensionar a estratégia de comunicação da Liga Portugal, procurando autonomizar o lado institucional do lado mais operacional.
18. Fomentar uma nova agenda junto dos media, atores políticos e desportivos e das organizações internacionais, adotando uma estratégia mais interventiva nos diversos palcos.
19. Protagonizar uma megacampanha multimédia que evidencie as vantagens da agregação para os intervenientes no Futebol Profissional.
20. Realizar estudos para implementação de ações coletivas orientadas para a qualificação das Sociedades Desportivas.
21. Ativar a Fundação do Futebol, colocando a responsabilidade social ao serviço da marca. Lançar uma iniciativa de responsabilidade social emblemática por época.
22. Sede Liga Portugal: Implementação/ requalificação de melhores condições infraestruturais para acompanhar a evolução das necessidades se avizinham nos próximos anos.
23. Criar um observatório integrador, dinâmico e atual sobre o fenómeno do futebol em Portugal.
24. Brand Equity: desenvolver estratégia de colocação da Liga Portugal junto das grandes marcas para crescimento institucional nos mercados à imagem das ligas europeias de topo.
Valorização das Competições
Industrialização do Futebol Português
25. Desenvolver uma ferramenta digital que monitorize as contas das Sociedades Desportivas, e.g. rácios financeiros vs. metas definidas pela UEFA, suportada por um sistema de alertas.
26. Solidificar o Manual de Licenciamento para participação nas competições nacionais, tendo como base o referencial das competições europeias.
27. Renovar os pressupostos para participação nas competições.
28. Criar uma casa de apostas desportivas oficial da Liga Portugal, que seja potenciadora de novas receitas.
29. Criar um quadro progressivo de implementação de metas de fair-play financeiro inspirado nos parâmetros de fair-play Financeiro da UEFA 1.0 e de fair-play Financeiro da UEFA 2.0.
30. Análise do Investimento Externo: colaborar com o poder governamental e administrativo em temas estruturantes com vista a captar investimento internacional no Futebol português.
31. Pacto para o Futebol: criar documento sobre valores a promover e conduta a adotar, dos agentes do futebol.
32. Valorizar os prémios de fair-play, adicionando recompensas e aumentando a visibilidade mediática.
33. Promover os Grupos de Trabalho da Liga Portugal que juntam os técnicos com capacidade de influência na gestão dos clubes.
34. Estudar a possibilidade de implementação da tecnologia linha de golo (GLT) na Liga NOS.
35. Implementar uma tecnologia de apoio à análise de jogo (e.g. tactical feed), bem como de análise automática (e.g. tracking disponibilizado a todas as equipas).
36. Desenvolver as plataformas existentes com adição de novas funcionalidades.
37. Criar o conceito de Fan ID para a credenciação de todos os adeptos de futebol que vão aos estádios.
38. Informação Institucional: criar uma ligação de dados dos serviços entre a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol.
39. Desenvolver ações de formação para os comentadores desportivos. Disponibilizar informação a fim promover o lado saudável do futebol.
40. Liderar campanhas de estímulo ao fair-play e promoção do espetáculo junto dos adeptos.
41. Aumentar a criação de conteúdo educativo, festivo, positivo e cívico do futebol enquanto espetáculo desportivo de cariz familiar.
42. Promover estudo sobre o perfil do consumidor atual, configurando estratégias comerciais diferenciadas para os diferentes perfis de adeptos.
43. Desenvolver ações de formação e fóruns para vários tipos de agentes do futebol, incluindo jogadores, treinadores, diretores de campo, delegados ao jogo e dirigentes.
44. Estimular a presença de famílias nos estádios com programa de iniciativas orientadas para o efeito.
45. Pink Fan: fomentar a presença de público feminino com programa de iniciativas orientadas para este segmento.
46. Público: Desenvolver mecanismos de engagement com os clubes que contribuam para a obtenção de mais público nos estádios.
47. Violência no Desporto: conceber uma campanha para a irradicação da violência no desporto em articulação com a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto.
48. Criar, em parceria com os operadores
televisivos, um programa semanal que se realize nas imediações do estádio, à margem de um jogo das competições.
49. Promover um estudo para a otimização do modelo competitivo e identificação da melhor arquitetura entre competições.
50. Transmissões Televisivas: desenvolver uma proposta de guia de realização que harmonize a captação, produção e transmissão dos jogos e promova o espetáculo.
51. Promover a qualificação dos estádios e acessibilidades com elaboração de caderno de encargos.
52. Fan Zones: desenvolver e promover a sua proliferação.
53. Implementar uma campanha que promova um estatuto de benefícios fiscais para os futebolistas.
54. Defender, junto das entidades competentes, a redução do IVA dos bilhetes dos jogos de futebol para 6%.
55. Seguros de acidentes de trabalho desportivo: defender uma objetividade clara da lei para diminuir os prémios de seguro pagos pelas Sociedades Desportivas.
56. Apostar no incremento das propriedades para o naming sponsor.
57. Elaborar um Business Plan exequível e mensurável.
Internacionalização da Liga Portugal
58. Criar o Departamento “Digital” (autónomo), com um orçamento e estrutura adequados aos desafios futuros.
59. Aprofundar a estratégia de desenvolvimento dos canais, com elaboração de estudo para maximização do seu retorno.
60. Implementar um novo modelo de articulação entre a comunicação e o marketing.
61. Capitalizar as plataformas digitais da Liga Portugal para efeitos do branding e buzz para geração de tráfego e conversões (desenvolvimento do CRM/FRM).
62. Promover estudo que analise as ferramentas a utilizar (e.g. SEO, CRO, etc.) e o retorno dos investimentos em marketing digital.
63. Incentivar as Sociedades Desportivas a definir e implementar uma estratégia digital, com a criação de um caderno de encargos digital.
64. Produzir conteúdos digitais que estimulem a adição dos adeptos de diferentes geografias aos seus ídolos que militam nas competições nacionais.
65. Utilizar bloggers e youtubers internacionais que promovam a espetacularidade das competições e seus intervenientes.
66. Parceiros: buscar sinergias para desenvolvimento de projetos junto de grandes players da área digital.
67. Desenvolver uma plataforma integrada de e-Commerce (com as Sociedades Desportivas) pela via da venda online de merchandising
68. Definir uma estratégia de sponsoring. 69. Reforçar a aposta nos eSports e no gaming.
70. Qualificação e valorização internacional do e-Liga.
71. Criar, qualificar e valorizar internacionalmente o conceito do e-Adepto.
72. Valorizar os conteúdos digitais através do canal LIGA TV (sob a forma de plataforma de vídeo-on-demand e/ou webTV).
73. Operador de Digital Media: implementar estratégia de criação de operador de digital media (sob a forma de plataforma de vídeo-on-demand e/ou webTV).
74. Elaborar um plano de internacionalização da Liga Portugal, com os adequados recursos humanos, materiais e financeiros.
75. Criar, formalmente, o Departamento de “Internacionalização” no organigrama interno da Liga Portugal.
76. Promoção de estudo de suporte para avaliação à viabilidade da negociação no futuro dos direitos televisivos internacionais.
77. Preparar roadshow para colocação de bid internacional.
78. Desenho e implementação de ações coletivas e/ou projetos conjuntos para financiamento da internacionalização (e.g. PT2020).
79. Criação de lojas da Liga Portugal nos principais aeroportos do país.
80. Criar fan zones simultâneas fora do país junto das comunidades portuguesas.
81. Promover uma maior aproximação às agências internacionais.
82. Estabelecer parceria com player internacional de relevo.
83. Desenvolver e implementar processo de internacionalização da Taça da Liga.
84. Realizar ações da formação e desenvolver projetos de consultoria e formação junto de países pertencentes aos PALOP.
85. Utilizar os Embaixadores como promotores da Liga, das suas competições e Sociedades Desportivas nos mercados externos.
86. Criar base de dados de jogadores com distintos conteúdos audiovisuais que permita desenvolver conteúdos a veicular nos media internacionais, facilitando interações com parceiros internacionais e enriquecendo o canal Liga TV.
87. Participar em feiras internacionais para promoção da Liga e das competições.
88. Criar competições internacionais (e.g. Torneio Quadrangular, Copa Ibérica).
89. Cooperação: definir protocolo que permita a utilização conjunta de escritórios internacionais.
90. Adotar a LaLiga como benchmark estratégico.
Para cada eixo estratégico definido foram identificados um conjunto de objetivos, que se concretizarão em 90 ações e projetos específicos. Apesar de se desenvolver um Plano Estratégico a quatro anos, é anualmente, em cada Plano de Atividades, que na prática se concretizam quer material, quer financeiramente as tarefas a implementar.
Todas as ações a executar devem ser medidas em resultados e estar orientadas de forma consistente, por forma a que se alcancem os 5 eixos estratégicos.
Assim, no final da época 2021-22, a execução das linhas de orientação estratégica era a seguinte:
A Liga Portugal pretende assumir um papel cada vez mais interventivo no que concerne aos serviços que disponibiliza às Sociedades Desportivas e na procura por um modelo de financiamento, que permita maiores níveis de receitas ao Futebol Profissional português em geral e em específico à Liga Portugal.
Para além de se procurar desenvolver ações de maior concertação comercial e promocional com as Sociedades Desportivas, como desenvolver um plano de internacionalização que possa ser apoiado por fundos europeus, desenvolver propostas comerciais com maiores níveis de integração, bem como encontrar novos drivers de receitas, como a consultoria, comercialização de produtos oficiais, formação, produção de informação, entre outras.
Este caminho de diversificação da origem das receitas por parte da Liga Portugal, tem já vindo a ser percorrido, contudo novos projetos precisam de tempo para atingirem a maturidade económica. O facto de a Liga Portugal estar a desenvolver ao mesmo tempo todos os projetos de investimento, provoca que todos estejam ainda numa fase de desenvolvimento e não maturidade económica e financeira.
3.1. COVID-19
Esta época foi ainda marcada pela pandemia de COVID-19 e pela consequente limitação de público nas bancadas nos primeiros jogos da temporada. A pandemia mudou o fenómeno desportivo como o conhecíamos, deixámos de ver os estádios cheios de gente e ficámos sem os golos gritados a plenos pulmões. Tudo ficou mais cinzento.
Em consequência da pandemia, e de todas as condicionantes associadas, também algumas das atividades programadas pela Liga Portugal no início da época desportiva sofreram algumas alterações e adiamentos. As diretrizes de segurança recomendadas pela Direção Geral de Saúde foram sempre a prioridade.
Felizmente, a época terminou já com os estádios com a totalidade da lotação disponível e com a emoção de ter os nossos adeptos a torcer pelos nossos clubes sem restrições. No entanto, a pandemia foi algo que alterou o nosso quotidiano, potenciando uma transformação na nossa forma de encarar a Sociedade e de viver o Futebol. A retoma do publico foi tímida e gradual, colocando novos desafios à atividade, estimulando também o desenvolvimento de novas formas de consumo e de interação a que a indústria deverá estar atenta.
3.2. Liga Portugal bwin
O título de campeão da Liga Portugal bwin 2021-2022 rumou ao norte do país, com o FC Porto a superiorizar-se face à concorrência, ao conquistar o 30.º Campeonato da sua história, alcançando ainda vários recordes da competição. A equipa treinada por Sérgio Conceição embalou, desde cedo, para a vitória final, logrando
inclusivamente bater o recorde de pontos conquistados numa época (91) e, ainda, o recorde de maior sequência de jogos sem perder na Liga Portugal bwin (58). Logo atrás dos dragões, ficou o anterior campeão nacional, o Sporting CP. A formação de Rúben Amorim conquistou o mesmo número de pontos que na época anterior, garantindo o segundo posto e a entrada direta na Liga dos Campeões. O SL Benfica terminou
em terceiro lugar, pelo segundo ano consecutivo.
No que toca à qualificação para a UEFA Europa League e UEFA Europa Conference League, houve domínio absoluto dos minhotos. SC Braga, Gil Vicente FC e Vitória SC, terminaram em quarto, quinto e sexto lugar, respetivamente. Destaque para os barcelenses que, treinados por Ricardo Soares, obtiveram a sua primeira
qualificação europeia e ficaram muito perto de alcançar a melhor pontuação de sempre do clube na Liga Portugal bwin. No extremo oposto da classificação, BSAD e CD Tondela não conseguiram evitar a despromoção ao terminarem nos dois últimos lugares. O Moreirense FC, 16.º classificado, disputou o Playoff frente ao terceiro classificado da Liga Portugal SABSEG, o GD Chaves, mas acabaria por ser igualmente despromovido.
3.3. Liga Portugal SABSEG
A temporada 2021-2022 da Liga Portugal SABSEG foi, sem dúvida, memorável, com a promoção ao escalão maior das Competições Profissionais a ser decidida, apenas, na última jornada da competição.
Rio Ave FC, Casa Pia AC e GD Chaves entraram para o derradeiro desafio com chances de alcançar a subida direta, porém, a mesma sorriu aos dois primeiros,
com os flavienses a serem obrigados a disputar o Playoff, frente ao Moreirense FC.
A formação de Vila do Conde, comandada por Luís Freire, venceu a competição, ao conquistar 70 pontos, voltando à Liga Portugal bwin, um ano após a despromoção. Em Pina Manique também houve festa, com o regresso dos gansos ao principal escalão do Futebol Profissional, 83 anos após a sua última presença.
O GD Chaves, liderado por Vítor
Campelos, foi obrigado a disputar o Playoff, após o desaire no terreno do Rio Ave FC, na 34.º Jornada. Em duelo frente ao primodivisionário Moreirense FC, os transmontanos venceram por 2-1, no conjunto das duas mãos, conquistando o direito de disputar a Liga Portugal bwin, na temporada 2022-2023.
No que toca à outra ponta da tabela, dois históricos do futebol português despediram-se, por pelo menos uma época, das Competições Profissionais,
com A. Académica e Varzim SC a não conseguirem evitar o pior cenário, com a despromoção a bater à porta de ambos os conjuntos.
O SC Covilhã, antepenúltimo classificado, fez parte, juntamente com o FC Alverca, do primeiro Playoff da Liga Portugal SABSEG. Nesta disputa, os serranos foram superiores e bateram os ribatejanos, no agregado, por 2-0, assegurando a permanência, para felicidade dos adeptos da Beira Interior.
3.4. Allianz CUP
A semana da Final Four da Allianz CUP tornou-se num evento de referência do calendário desportivo nacional e, na temporada passada, voltou a não desiludir.
Sporting CP, SL Benfica, Santa Clara e Boavista FC foram os sobreviventes da Fase de Grupos da competição e marcaram presença na cidade de Leiria,
com o objetivo de aumentar o seu espólio de troféus na competição, caso dos rivais da Segunda Circular, ou de vencer pela primeira vez o troféu, como era o caso de açorianos e panteras.
Na primeira meia-final, o SL Benfica defrontou o Boavista FC. Everton (18’) até iniciou o jogo da melhor maneira possível para as águias, mas Gustavo Sauer (53’), na segunda parte, empatou a partida. O resultado manteve-se até ao final dos
90 minutos e foram necessárias grandes penalidades, onde a equipa de Nelson Veríssimo se superiorizou (3-2).
Já com os seus maiores rivais na Final da Allianz CUP, os comandados de Rúben Amorim procuraram lá chegar e, apesar da desvantagem inicial após golo de Lincoln (32’), conseguiram o pretendido. Um autogolo de Villanueva (40’) ainda antes do intervalo e uma grande penalidade convertida por Sarabia (60’) confirmaram
o lugar no jogo decisivo.
Com os dois rivais na final, Everton (23’) voltou a mostrar eficácia e colocou os encarnados em vantagem. No entanto, tal como no jogo anterior, o Sporting CP conseguiu reagir e, na segunda metade, deu a volta à partida. Gonçalo Inácio (49’) e Sarabia (78’) deram a vitória aos leões.
Pelo segundo ano consecutivo, a festa no Estádio Municipal de Leiria foi verde e branca.
EXECUÇÃO DO PLANO DE AÇÕES 2021-22
O Plano de Atividades da Liga Portugal para 2021-22 previa um conjunto de ações que, como já referido, foram executadas na sua totalidade. Os resultados são apresentados neste documento.
OS PROJETOS E ATIVIDADES APRESENTADOS À DATA DA REALIZAÇÃO DO REFERIDO PLANO
FORAM CLASSIFICADOS EM DOIS GRANDES GRUPOS
PROJETOS E ATIVIDADES TRANSVERSAIS
Apesar de, em muitas situações, serem liderados por um dos departamentos, exigem a participação conjunta, organizada e em bloco dos diversos departamentos, sendo por isso transversais a toda a organização.
PROJETOS E ATIVIDADES ESPECÍFICAS DE CADA DEPARTAMENTO
Apesar de contribuírem para o todo, são concentrados e desenvolvidos de forma específica por um departamento.
Os diversos departamentos desenvolvem, adicionalmente, um conjunto de ações que, não sendo isoladas, são específicas de cada departamento, que se encontram alinhadas com a orientação estratégica e com o objetivo de atingir as metas definidas pela organização.
OBJETIVOS DE PROMOÇÃO E COMUNICAÇÃO
A promoção da Liga Portugal permitiu aumentar a visibilidade, promover as suas competições e os seus produtos e criar engagement com os adeptos.
A promoção foi feita através de campanhas que fortaleceram a marca Liga Portugal, e reforçaram o seu posicionamento e as suas competições de forma integrada e consistente, de acordo com as linhas de orientação definidas para a organização.
O número avultado de jogos que a Liga Portugal organiza permite-nos produzir um grande volume de conteúdos, com elevado poder de atração para os adeptos de futebol, aumentando desta forma o engagement com o público, pela facilidade e rapidez com que a informação chega aos mesmos.
ECOSSISTEMA DIGITAL DAS COMPETIÇÕES
Algumas plataformas de forma individual não atingiram os objetivos, mas, no seu todo, a Liga Portugal alcançou os seus objetivos. Verificou-se a passagem de alguns seguidores entre plataformas, dadas as mudanças constantes de preferências, assim como a facilidade com que algumas plataformas novas permitem passar mais rapidamente a informação.
AUMENTAR O AVE DAS COMPETIÇÕES
A monitorização dos impactos da atividade comercial e promocional das competições e dos seus parceiros foi uma das preocupações da Liga Portugal. Nesse sentido, foi adotado como medida o AVE (Advertising Value Equivalency), que consiste na determinação do valor monetário das notícias, tendo por base a quantificação do custo publicitário equivalente. Este cálculo permite que seja prestada aos seus parceiros a informação relativa ao investimento, bem como medir o valor das competições da responsabilidade da Liga Portugal.
ESPECTADORES NOS ESTÁDIOS
Os objetivos apresentados encontravam-se obviamente dependentes da evolução do número de espectadores nos estádios, face à situação pandémica que se viveu e às regras definidas pelas autoridades de saúde ao longo da época desportiva. Os números ficaram, assim, abaixo do inicialmente previsto, quer pela alteração de comportamentos dos adeptos no regresso aos estádios, quer obviamente pela limitação de lotação que existiu nos estádios nos primeiros meses da época.
4.2. PROJETOS E ATIVIDADES TRANSVERSAIS
1. Kick-Off 2021-22
Foi dado o pontapé de saída da nova época, no Kick-Off 2021-2022, realizado na Alfândega do Porto. Uma cerimónia que junta Sociedades Desportivas, parceiros, sponsors e instituições, num convívio do Futebol Profissional.
Luzes, câmara, ação… e a nova bola para a temporada 2021-2022 foi apresentada. A “Brilliant Super TB”, da Select, foi recebida e entregue pelo Embaixador da Liga Portugal, Paulo Futre, num momento memorável, inspirado pelas cores do Planeta Terra.
De seguida, deu-se a entrega dos primeiros prémios oficiais que destacaram jogadores, treinadores, Sociedades Desportivas, Fundações, media partners e ilustres nomes do desporto-rei.
Numa noite em que as novidades são mais que muitas, a grande expectativa morou no final do espetáculo, com o sorteio dos calendários das competições profissionais: Liga Portugal bwin, Liga Portugal SABSEG e a primeira e segunda fase da Allianz CUP. Nesta edição, com a ajuda do Embaixador Ricardo Rocha, a chave foi sorteada compondo, assim, o número que gerou o emparelhamento dos jogos.
Entre outros, destaque ainda para o prémio Parceiro Oficial do ano, entregue à NOS, enquanto o de media partner foi atribuído ao ZeroZero. Dada a excecionalidade da fase que vivíamos em 2021, também o almirante Gouveia e Melo recebeu o Prémio Fundação do Futebol, com Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto a receber o prémio Prestígio.
Desta forma, a Liga Portugal iniciou mais uma temporada desportiva da melhor maneira, num momento de agregação que juntou muitos dos protagonistas que compõem o Futebol Profissional em Portugal.
2. Liga Portugal bwin
A Liga Portugal bwin, escalão máximo do futebol profissional, reúne 18 equipas que competem entre si em 34 jornadas.
Esta época, com especial exigência por via da entrada de um novo patrocinador e novo naming da competição, exigiu uma completa integração e participação dos diversos departamentos da Liga Portugal, em comunicação e articulação permanente.
A ligação próxima com o novo patrocinador permitiu contribuir para uma competição cada vez mais emotiva e próxima dos adeptos portugueses, assim como consolidar a afirmação da Liga portuguesa como uma referência em mercados internacionais.
Para além da normal organização dos jogos e sua calendarização assegurada pelo Departamento de Competições, existiram ao longo da época um conjunto de ações com vista à sua promoção e projeção, a saber:
• Definição de novas ativações de marca para a época 2021-22, em conjunto com os patrocinadores e parceiros, e em articulação com as Sociedades Desportivas, operadores televisivos, entre outros agentes desportivos;
• Implementação de uma cerimónia de abertura, que marcou o início do Campeonato;
• Garantir uma maior exposição mediática desta competição, com vista a aumentar o AVE (Advertising Value Equivalency) da mesma;
• Momentos com os patrocinadores e parceiros, nomeadamente ao nível das experiências e engagement dos seus clientes com a competição;
• Entrega de prémios oficiais, potenciando o talento da competição e promovendo os melhores profissionais e os diversos stakeholders da Liga Portugal;
• Entrega do troféu ao vencedor para que, no início de abril, seja possível uma abordagem às respetivas Sociedades Desportivas, de modo a tomarem conhecimento do evento idealizado;
• Promoção da competição numa lógica de 360º (adeptos, famílias, patrocinadores, parceiros, comunidade e turistas).
3. Liga Portugal SABSEG
A Liga Portugal SABSEG, segunda competição profissional, com 34 jornadas, é composta por 18 equipas, das quais duas são equipas B.
A Liga Portugal SABSEG foi dinamizada com o desenvolvimento da vertente espetáculo, nomeadamente, com uma maior aposta no investimento na cerimónia da entrega dos troféus, em colaboração com os operadores televisivos para a transmissão dos jogos e promoção da competição, através das redes sociais da Liga Portugal, dando maior visibilidade à competição.
A Liga Portugal dinamizou e acompanhou de perto as Sociedades Desportivas, de forma a requalificar, profissionalizar, valorizar e promover a competição.
Na área das Competições existiu um grande envolvimento para a melhoria das infraestruturas, incluindo os relvados, bem como no alinhamento de todos os documentos de organização do jogo.
4. Allianz CUP e Final Four
A semana da Final Four da Allianz CUP tornou-se num evento de referência do calendário desportivo nacional e, na temporada passada, voltou a não desiludir, quer dentro de campo, como fora dele.
Durante este período, a Liga Portugal e a Fundação do Futebol realizaram várias iniciativas, com o objetivo de enriquecer o espetáculo e criar uma experiência inesquecível para os largos milhares de fãs do desporto-rei que passaram pela cidade de Leiria, entre os dias 22 e 29 de janeiro.
Ao contrário do sucedido na época anterior, a edição 2021-2022 da Final Four da Allianz CUP viu o público a aderir em força, já com poucas restrições alusivas à pandemia da COVID-19, nascendo, assim, um ambiente de festa, que contou com a participação de todos os presentes.
Além do espetáculo dentro das quatro linhas, eram várias as atrações extrafutebol. O Meu Super Fan Music foi um dos eventos mais aguardados e contou com a presença e atuação de Richie Campbell, um dos nomes mais sonantes da atualidade da música portuguesa.
No Lounge, foram várias as figuras públicas que participaram na iniciativa promovida pela Liga Portugal, em conjunto com a Super Bock e a Domino’s.
Nota de destaque, ainda, para o facto de a Final disputada entre Sporting CP e SL Benfica ter sido o jogo mais visto do ano, com uma média de 2,3 milhões de espetadores, uma audiência média de 24,5% e um share de 43,4%.
O público regressou em força e a Final Four da Allianz CUP foi exemplo disso mesmo, com uma semana em cheio, em que os adeptos puderam assistir a bom futebol, grandes espetáculos e iniciativas inovadoras, levadas a cabo pela Liga Portugal e os seus parceiros.
5. Playoff Liga Portugal
Na época desportiva 2020-2021, a Liga Portugal introduziu, nas suas ligas profissionais, um conceito competitivo já utilizado pelas grandes ligas europeias em anos anteriores: o Playoff. Com a introdução desta nova prática, obtivemos uma competição mais atrativa e imprevisível, até ao último suspiro, das competições.
Disputado a duas mãos, o Playoff permitiu que o terceiro classificado da Liga Portugal SABSEG defronte o 16.º classificado da Liga Portugal bwin, num duelo emocionante por uma vaga no escalão máximo do Futebol Profissional.
Tendo em conta o sucesso deste novo modelo competitivo, na temporada 2021-2022 foi adicionado um novo Playoff, semelhante ao já existente na Liga Portugal bwin, envolvendo, desta vez, o antepenúltimo classificado da Liga Portugal SABSEG e o terceiro classificado da Liga 3.
Tal como o modelo já existente na Liga Portugal bwin, este novo Playoff, envolvendo o segundo e o terceiro escalão do Futebol português, assumiu-se como um sucesso completo, aumentando a incerteza e a competitividade das competições, acrescentando, igualmente, valor às mesmas.
6. Grupos de Trabalho e Jornadas Anuais
Criados em 2015, os Grupos de Trabalho visam promover o debate entre os quadros e gestores das Sociedades Desportivas, em torno de preocupações comuns relacionadas com diferentes áreas de trabalho, o Marketing, Conteúdos e Media, Tecnologia, Prevenção e Segurança, Responsabilidade Social e, ainda, a área do jurídico e do financeiro. Na época desportiva 2021-22 foi estreado um novo grupo de trabalho para a área de Planeamento Estratégico. Estava inicialmente planeado um novo Grupo de Trabalho para Estudo dos Direitos Audiovisuais, que acabou por se concretizar no âmbito da criação da Liga Portugal Centralização e da participação das Sociedades Desportivas neste projeto. No início da época desportiva 2021-22 iniciaram-se as atividades dos Grupos de Trabalho na reunião magna que ocorreu na sede da Liga Portugal, a 24 de setembro. Deu-se, assim, o arranque das reuniões periódicas, com as Sociedades Desportivas, para discutir temáticas de interesse coletivo, nas seguintes áreas:
COMPETIÇÕES | CONTEÚDOS E MEDIA | FINANCEIRO | JURÍDICO | MARKETING | TECNOLOGIA | PREVENÇÃO E SEGURANÇA | RESPONSABILIDADE SOCIAL | PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Desta forma, os temas debatidos durante a época de 2021-22, foram os seguintes:
Competições
- Modelos Competitivos - Categorização dos Estádios e Importância e Aposta nas Infraestruturas
- Organização de Jogo - Plataformas Digitais
Conteúdos e Media
- Manual de Realização Televisiva
- Portal de Acreditação de Media - Conteúdos e Social Media - Operações Media e Broadcasting
Marketing
- Propriedades Comerciais - Projeto Consultoria às Sociedades Desportivas
- Liga Portugal - Imagem e Reputação - Licenciamentos Coletivos - eSports
FINANCEIRO
- Totonegócio - Apostas Desportivas - Fiscalidade no Futebol - Manual de Licenciamento das Competições - Seguros Desportivos - Regulamento Fundo Solidariedade UEFA - CRESCER 2024 - Programa Centralizado de Financiamento dos Clubes
Prevenção e Segurança
- Acompanhamento da Lei 39/2009
- Formação Contínua em Matéria de Segurança - RAD e OLA
- Departamento de Segurança da Liga Portugal
Tecnologia
- eLiga - Demo Tactical Feed/Scouting/ Tracking
- Segurança Digital - Estádio Digital
Responsabilidade Social
- Acessibilidade - Liga Ambiente - Responsabilidade Social no Futebol
- Implementação fundacional
Jurídico
- Contratação Coletiva - Regulamento Disciplinar - Manual de Licenciamento das Competições - Outros Temas
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
- Anuário do Futebol Profissional Português - Centro de Estudos e Investigação
- Novo Edifício –Sede Liga Portugal - Incentivos
As Jornadas Anuais rematam o ano de trabalho dos respetivos Grupos de Trabalho com a apresentação das respetivas propostas e conclusões, que serão posteriormente vertidas nos diversos regulamentos. Nesta época, decorreram no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, casa do Sporting Clube de Portugal.
Acima de tudo, destacar que a Liga Portugal conseguiu, pela primeira vez esta temporada, trabalhar com as 34 Sociedades Desportivas do Futebol
Profissional português, da Liga Portugal bwin e Liga Portugal SABSEG.
Todas estiveram connosco, divididas entre as várias áreas de intervenção, levando
CRONOGRAMA
a cabo 62 reuniões em nove Grupos de Trabalho distintos.
As experiências, ideias e medidas resultantes dos Grupos de Trabalho
2021-22 foram depois levadas ao Grupo de Trabalho Regulamentar, que se encarregou de apresentar as propostas para alteração dos Regulamentos da Liga.
PARTICIPAÇÃO NOS GRUPOS DE TRABALHO (%)
7. Cimeira de Presidentes
Os assuntos fulcrais para o desenvolvimento da indústria do Futebol Profissional serão discutidos entre os Presidentes das Sociedades Desportivas.
Em 2021-22, tal como previsto, foram realizadas duas Cimeiras de Presidentes, que decorreram na Alfândega do Porto, nos meses de setembro 2021 e fevereiro 2022.
Neste fórum, os Presidentes debateram questões de extrema importância para o Futebol Profissional, fomentando, cada vez, mais um dos valores mais fortes da Liga Portugal: a Agregação.
8. Match Center
O Match Center – Centro de Monitorização do Futebol Profissional destina-se a acompanhar os jogos da Liga Portugal bwin, da Liga Portugal SABSEG e Allianz CUP, prestando um apoio centralizado aos diferentes agentes envolvidos na organização das partidas, nomeadamente Delegados, Sociedades Desportivas, Equipa de Arbitragem, Imprensa e Patrocinadores. A comunicação com os stakeholders externos é crucial para o sucesso e bom funcionamento do Match Center.
Esta ferramenta, implementada em 2018, corresponde à formalização e sistematização de práticas já existentes, visando o reforço da profissionalização na gestão operacional das competições, bem como maior eficiência e rigor.
Em 2021-22, à semelhança das épocas anteriores, o Match Center da Liga Portugal manteve-se em funcionamento durante toda a época desportiva, monitorizando todas as jornadas das três competições profissionais de futebol.
A criação deste centro significou um acréscimo ao já elevado nível de profissionalização existente, na organização dos jogos das competições profissionais de futebol em Portugal.
Veio, também, contribuir para uma maior eficiência em vários domínios, designadamente nos line-ups, em ativações, como a entrega de prémios, e no recebimento pela Liga de informação proveniente dos vários estádios,
garantindo, ainda, que a plataforma e-Liga está sempre operacional.
A partir da sede da Liga Portugal foi, assim, criada uma ponte com todos os estádios, o que permite, em tempo útil, perceber se estão a ser cumpridos os timings e procedimentos que os regulamentos das competições impõem.
Através de vários elementos de diferentes Departamentos da Liga Portugal, nomeadamente das Competições, Tecnologia, Jurídico, Marketing e Conteúdos e Media, a ferramenta do Match Center permite analisar e corrigir eventuais anormalidades em diversas áreas do jogo, aperfeiçoando, a cada jornada, o processo de organização dos jogos do Futebol Profissional.
A Liga Portugal pretende a total profissionalização, rigor e eficiência na operacionalização das competições. Assim, estará diretamente ligada, em todos os momentos, aos diversos intervenientes na organização e gestão de jogo, de forma a tornar ainda mais mediático o espetáculo dentro e fora das quatro linhas.
9. Talent Business Center
O posicionamento da Liga Portugal identifica, claramente, a necessidade de investir na educação das pessoas que trazem o futebol ao público português e internacional, com o intuito de ter, em Portugal, um futebol cada vez mais profissional.
O Talent Business Center da Liga Portugal, área desenvolvida através da Fundação do Futebol – Liga Portugal –FFLPF, pretende desenvolver soluções formativas para criar competências e desenvolver o Talento.
A Liga Portugal e a Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa apostaram, pelo sexto ano consecutivo, numa Pós-Graduação em Organização e Gestão no Futebol Profissional, e promoveram a terceira edição da Pós-Graduação em Comunicação no Futebol Profissional.
Os formandos receberam, já em julho de 2022, na sede da Liga Portugal, no Porto, os diplomas pela conclusão do curso formativo correspondentes à época 2021-22, numa cerimónia que decorreu no Auditório João Aranha.
Estas pós-graduações foram, à semelhança dos anos anteriores, um enorme sucesso, uma vez que oferecem uma formação especializada que conjuga os conhecimentos essenciais à parte técnica, e à prática da organização no Futebol Profissional, de uma forma totalmente única e inovadora.
10. Consultoria às Sociedades
Desportivas da Liga Portugal
Um novo projeto que mereceu um grande foco de atividade da equipa da Liga Portugal na época 2021-22. A Liga Portugal iniciou assim o seu trabalho de colaboração junto das Sociedades Desportivas, numa perspetiva de contribuir para métodos organizativos mais qualificados.
As áreas de intervenção foram vastamente amplas, desde o enriquecimento de condições para uma experiência inesquecível do adepto no estádio, do aspeto visual do jogo que é transmitido na TV, das condições de infraestruturas para os agentes desportivos envolvidos no jogo e na sua organização, como também na criação de estratégias de crescimento de receitas das Sociedades Desportivas.
A abordagem individual a cada Sociedade Desportiva permite um melhor acompanhamento e maior eficiência, na evolução das estruturas do Futebol Profissional português, permitindo à Liga Portugal transmitir as suas melhores práticas organizativas para as suas associadas e poderem guiá-las às metas propostas deste projeto. Quanto mais profissionalizadas estiverem todas as nossas Sociedades Desportivas, mais forte coletivamente se tornará a indústria.
4.3. PROJETOS E ATIVIDADES Específicas por Departamento
Durante a época de 2021-22, os diversos Departamentos da Liga Portugal desenvolveram as suas atividades, com o claro objetivo de atingir os objetivos específicos da sua área, que foram definidos de forma a contribuírem para o todo da Liga Portugal.
1DEPARTAMENTO FINANCEIRO
O Departamento Financeiro tem, à sua responsabilidade, a execução de atividades administrativas e financeiras da Liga Portugal, enquadrando-se nas mesmas um conjunto de atividades específicas e transversais relativas à época desportiva 2021-22. Por outro lado, e mostrando-se ainda da sua responsabilidade, destaca-se o acompanhamento financeiro e administrativo de toda a organização da Liga Portugal e das Sociedades Desportivas.
O Departamento Financeiro apresentou um grau de cumprimento de 100% relativamente às atividades previstas para a época 2021-22.
Atualmente, e neste rápido processo de evolução mundial, o premente acompanhamento financeiro e administrativo de toda a organização e Sociedades Desportivas é uma das prioridades deste departamento, tendo em conta a necessidade de partilha e distribuição de informação de índole financeira.
1.1. Planeamento de Atividades e Controlo Orçamental
O Plano de Atividades é o instrumento estruturante previsional que aglomera todos os princípios, objetivos e estratégias de toda a organização. Como excelente prática comum internacionalmente, é da responsabilidade dos diversos departamentos o desenvolvimento do seu Plano de Atividades, refletido no orçamento disponível para a época, que, depois de aprovado, é sujeito a um escrutínio minucioso, rigoroso e extremamente interventivo por parte do Departamento Financeiro.
Esta metodologia de trabalho em que cada departamento é responsável direto pelo seu orçamento, e sob um controlo centralizado extremamente apertado efetuado pelo Departamento Financeiro, permite, de forma prudente, eficiente e antecipada, constatar desvios orçamentais, efetuar potenciais correções e compreender de forma clara e em tempo útil a evolução do orçamento sufragado em Assembleia Geral pelos seus associados.
Mensalmente, foram efetuados controlos transversais, servindo os mesmos como pilares aos diversos departamentos da Liga Portugal na respetiva monitorização orçamental e identificação de desvios e definição de medidas corretivas.
áreas administrativo-financeiras da Liga, nomeadamente:
• Tratamento contabilístico de todos os documentos, concluindo o fecho mensal da contabilidade ao dia 6 de cada mês;
• Previsão e análise mensal das variações das necessidades e recursos de tesouraria, mantendo o orçamento de tesouraria atualizado e alinhado com as necessidades correntes e projetos da Liga Portugal;
• Desenvolvimento do sistema de controlo orçamental minucioso por centro de custo e projeto, com devido acompanhamento da ROC, cujos relatórios foram apresentados com a periodicidade semestral à Direção da Liga;
• Preparação das demonstrações financeiras anuais para 2021-22, de acordo com as normas contabilísticas em vigor, espelhando de uma forma verdadeira e transparente a situação financeira existente, desenvolvendo o Relatório e Contas anual da organização;
• Desenvolvimento de toda a faturação e controlo de pagamentos;
• Foi responsável ainda pela gestão e manutenção das infraestruturas e das instalações da Liga Portugal.
A formação da marca e do talento, num mercado cada vez mais competitivo e exigente, requer o compromisso total numa clara e contínua melhoria das infraestruturas.
Neste sentido, a Liga Portugal dará continuidade ao seu programa de apoio às Sociedades Desportivas para uma contínua e mais eficiente qualificação das suas infraestruturas em prol da valorização da nossa indústria/negócio. Este apoio financeiro/fundo deriva dos Estatutos da Liga Portugal e decorre dos resultados expectáveis positivos da exploração comercial das competições profissionais da Liga Portugal.
1.4. Manual de Licenciamento das Competições
A Liga Portugal, e em execução do trabalho e experiências tidas, em diversos fóruns de Grupos de Trabalho, pelas Sociedades Desportivas concluiu e divulgou, o Manual de Licenciamento único para o acesso às Competições Profissionais.
candidatura, referentes ao cumprimento dos critérios obrigatórios do respetivo Manual de Licenciamento.
Incluída ainda nesta atividade esteve a receção, tratamento e análise dos relatórios e contas entregues pelas Sociedades Desportivas, referentes à temporada de 2021-22, bem com a análise dos indicadores enquadrados no implementado programa de sustentabilidade económica e financeira das Sociedades Desportivas.
Este programa, referido acima, tem como objetivo primordial a racionalização dos gastos em relação às receitas obtidas por cada associado e elencar metas objetivas nos rácios que os mesmos cumpram, com vista a um equilíbrio da indústria, em geral, e das próprias sociedades, em particular.
1.5. Totonegócio
1.2. Acompanhamento Administrativo e Financeiro
De uma forma transversal, e através de um elevado conjunto de tarefas, o Departamento Financeiro garantiu o normal e bom funcionamento das
1.3.
Fundo de Infraestruturas
para a Liga Portugal SABSEG
Fundo desenvolvido pela Liga Portugal, em parceria com as Sociedades Desportivas, no sentido de encontrar soluções para melhorar as infraestruturas desportivas, por forma a que o espetáculo intrínseco a esta indústria seja cada vez mais apelativo e valorizado pelos seus diversos agentes, nomeadamente os seus adeptos e intervenientes diretos.
Este manual reúne diversos e relevantes critérios (Desportivos, Legais, Infraestruturais e Financeiros) de licenciamento e prevê a calendarização para apresentação dos mesmos, bem como as respetivas medidas administrativas para quem se pretende candidatar, conforme anteriormente dito, às competições profissionais.
Assim, o Departamento Financeiro, com o apoio do Departamento Jurídico e em sintonia com o Departamento de Competições, analisou e preparou a documentação entregue pelas Sociedades Desportivas, no âmbito das fases de
Este processo, cujo a antiguidade é reconhecida por todos e que teima em não se concluir a bom contendo dos Clubes, remonta a 1997. O mesmo foi novamente inserido nos pontos de trabalho do Grupo de Trabalho Financeiro da época desportiva em análise.
Assim, as Sociedades Desportivas decidiram a manutenção da sua discussão em sede de Grupos de Trabalho, e foi assim abordado, mais uma vez, o tema, tendo sido informadas da sua evolução no que concerne às suas segundas fases de processo. Persistem algumas dúvidas no âmbito do pós-Totonegócio (receitas Totobola), que estão a procurar ser esclarecidas junto de outras entidades. Esta proximidade de prestação e assimilação de informação, aliada à
complexidade e valências do tema, foi “renovada” novamente a sua análise e acompanhamento em sede de Grupo de Trabalho.
1.6. Gestão de Infraestruturas da Liga Portugal
Cientes dos desafios que se projetam em execução no futuro, na época em análise, e atendendo às condições atuais da sede da Liga Portugal, cujas instalações são cada vez mais escassas em espaço e em condições de desenvolvimento, tendo em conta os projetos relevantes planeados e sufragados para o mandato em curso, foi desenvolvido e aprovado um conceito, análise de custo benefício, estratégia de implementação e project finance para um novo edifício – Arena Liga Portugal, na qual foi lançada a primeira pedra no passado dia 22 de fevereiro de 2022. No passado dia 03 de junho de 2022 foi celebrada a escritura de permuta do terreno onde será edificada a Arena Liga Portugal. Assim, as futuras novas instalações da Arena Liga Portugal irão permitir melhorar as condições de trabalho dos colaboradores, e, ainda, gerar um maior fluxo de receitas para todos os associados.
Sem prejuízo a este enorme, mas necessário desafio, de construção de um novo edifício sede, a reestruturação e requalificação ao atual edifício, construído em 1999, continuou-se a realizar, de uma forma muito criteriosa e ponderada, através da reformulação cirúrgica do mesmo na prossecução da melhoria das condições de trabalho dos seus recursos humanos.
Assim, mitigar a latente exiguidade de
espaço e colocar o parque edificável ao serviço das necessidades de crescimento e desenvolvimento orgânico da Liga Portugal são, e continuarão a ser, uma prioridade para a Direção da Liga.
O Departamento Financeiro foi responsável pela implementação deste projeto, assim como pela continuação da gestão das infraestruturas existentes, assegurando, igualmente, a potenciação e manutenção do edifício sede.
Recursos Humanos
1.7.
Programa de Formação 2021-22
No atual mundo do desporto, a inovação, criatividade e necessidade de mudança são uma constante. A Formação é um dos elementos cruciais no desenvolvimento das Organizações, revelando-se de extrema importância nas várias atividades desenvolvidas pela Liga Portugal, uma vez que assume um papel crucial no cumprimento dos objetivos estratégicos. À semelhança das épocas desportivas transatas, a Liga Portugal aposta na qualificação e atualização do seu capital humano, de forma sistemática, e continua a promover a melhoria das competências através da atualização dos conhecimentos, permitindo assim aquisição de novas soft skills, tornando o colaborador num elemento diferenciador que contribui para a sobrevivência da Organização perante as perecíveis economias de mercado.
Como é habitual, foi efetuado o levantamento das necessidades nos vários Departamentos e identificadas algumas temáticas, de carácter transversal a todas as áreas da Liga Portugal, tendo sido
monitorizadas seis ações de formação internas no sentido de proceder à atualização dos conhecimentos, melhorando a autonomia individual no uso das ferramentas internas de trabalho do Microsoft Office 365.
Por forma a informar os colaboradores sobre os aspetos relevantes para a proteção da sua saúde e segurança, bem como a de terceiros, os trabalhadores realizaram um total de 10 ações de formação, adequadas para a prevenção de riscos associados à sua atividade.
No âmbito das Certificações implementadas na Organização, foram realizadas quatro ações de formação com carácter informativo, sobre as principais políticas e boas práticas de segurança de informação (ISO 27001); sobre a abordagem aos principais processos/atividades e monitorização dos indicadores e objetivos no âmbito da ISO 9001; sobre o enquadramento do RGPD, princípios gerais, sua evolução e aplicabilidade na Liga Portugal; e em referência aos procedimentos existentes no âmbito da ISO 37001, com base no Código de Transparência e Anticorrupção.
Na época desportiva 2022-23, pretende dar-se continuidade ao programa de Formação com a inclusão das temáticas que mais satisfaçam as necessidades dos vários Departamentos da Liga Portugal/ Fundação do Futebol para cumprimento dos objetivos organizacionais.
1.8. Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho (SGAD)
A Avaliação de Desempenho é uma ferramenta de recursos humanos que permite avaliar as competências técnicas e comportamentais dos colaboradores, relacionando-os com a cultura da empresa. Neste sentido, a Liga Portugal/Fundação do Futebol tem, atualmente, em vigor, um sistema de gestão de avaliação de desempenho (SGAD), realizado ao longo da época desportiva, em dois momentos distintos. Com o SGAD é possível identificar os pontos de melhoria do colaborador e desenvolvê-los, uma vez que o mesmo traz dados precisos e históricos para a Organização, fomentando a comunicação entre o avaliador e o avaliado, aumentando assim a confiança e a parceria entre ambos, fator que influencia diretamente o clima organizacional.
A avaliação de desempenho faz parte do quotidiano das organizações de sucesso, permitindo o alinhamento das tarefas diárias em direção ao foco das metas pretendidas.
Neste âmbito, foram realizadas, aos colaboradores da Organização, a avaliação intermédia, em dezembro, e a avaliação final em junho, cumprindo o estipulado para cada época desportiva no que concerne à avaliação do potencial e competências das equipas da Liga Portugal/Fundação do Futebol.
Neste processo, foram identificados pontos de melhoria técnicas e comportamentais, tendo sido alinhadas estratégias que vão ao encontro das Políticas de Gestão implementadas.
Pretende dar-se continuidade a um processo que queremos que seja
transparente, de fácil execução e uniforme através da implementação de regras transversais. Esta metodologia permite acrescentar valor e capacidade funcional, indo também ao encontro das normas ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade. a ISO 27001 – Sistema de Gestão de Segurança da Informação e a ISO 37001 –Sistema de Gestão Anticorrupção.
Este sistema avaliativo pretende pautar a conduta da Organização pelos valores de Credibilidade, Transparência, Agregação, Talento e Espetáculo, constituindo, assim, uma aposta na promoção (com base na meritocracia decorrente do desempenho do colaborador) e desenvolvimento do capital humano da Organização, permitindo:
• O alinhamento do papel e do percurso dos colaboradores no âmbito da estratégia, objetivos, valores e missão da Liga Portugal/Fundação Futebol;
• Melhoria do desempenho individual e consequentemente da organização;
• A análise sistemática e estruturada do desempenho dos colaboradores, de acordo com critérios de avaliação conhecidos e mensuráveis que possibilitem diferenciar performances;
• Harmonizar e potenciar a gestão do desempenho;
• Promover o diálogo entre chefias e colaboradores;
• Gerir expectativas individuais.
1.9. Portal do Colaborador
Embora este não fosse um dos projetos previsto no Plano de Atividades 2021-22, consideramos que a comunicação interna desempenha um papel fundamental na garantia da transparência da Organização aos seus colaboradores, o foco será assegurar um ambiente de trabalho agradável, contribuindo assim para a produtividade dos nossos trabalhadores no sentido de melhorar a gestão das pessoas e otimizar a comunicação com as mesmas, quer seja no regime presencial quer seja no regime de teletrabalho. Desta forma, pretende-se, de acordo com os objetivos estratégicos da Liga Portugal/Fundação do Futebol, em sede de desmaterialização de processos, implementar uma plataforma que vá ao encontro das necessidades das equipas de todos os Departamentos, através de um perfil pessoal onde será possível aceder a todas as informações, documentos pessoais e institucionais, bem como permitir a automatização de dados e processos, contribuindo desta forma para aumentar a produtividade, a autonomia, a transparência e o employer branding.
Para o efeito, efetuámos um estudo de mercado no sentido de recolhermos as propostas mais vantajosas e que, neste âmbito, fazem o match com os requisitos do projeto.
Por conseguinte, na próxima época desportiva, pretendemos desenvolver a motivação interna, potenciar o capital humano e reter talentos (que é tão importante quanto recrutar novos) o que está intimamente relacionado com o aumento do prestígio associado à Organização. Construir uma imagem de
marca positiva no mercado por forma a reter e atrair talentos num mercado onde os profissionais estão cada vez mais exigentes em relação às empresas onde trabalham, contribuindo para o aumento da produtividade, para a diminuição do turnover e consequentemente para a redução dos custos de recrutamento e seleção. O novo cenário do mercado de trabalho reflete que são os colaboradores que contribuem para diferenciar a empresa, tornando-a competitiva, e é por isso importante que exista a conexão do trabalhador com os objetivos da Liga Portugal/Fundação do Futebol.
2DEPARTAMENTO Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão
Este departamento, criado nesta época desportiva, constituiu um centro de produção, análise e partilha de informação relevante para a gestão, tendo à sua responsabilidade um conjunto de atividades específicas e transversais à organização.
2.1. Desenvolvimento de Estudos
Com o foco no cada vez maior profissionalismo do sector, a Liga Portugal procura organizar e sistematizar a informação, numa perspetiva de indústria geradora de riqueza e de contínuo desenvolvimento. Essa informação é disponibilizada para que todos os players a possam utilizar e incorporar na definição das suas estratégias.
No âmbito da parceria estabelecida com a consultora EY, a Liga Portugal promoveu o Estudo Internacional sobre Direitos Audiovisuais Desportivos, onde se abordaram os principais motivos para a centralização, e na importância desta ferramenta para devolver a competitividade interna e externa ao Futebol Profissional português.
O comissionamento da Liga Portugal para a elaboração deste estudo visou alimentar com conhecimento o processo de centralização de direitos audiovisuais previsto por Decreto-Lei n.º 22-B/2021, que se prevê acontecer para as épocas 2028-2029. O benchmarking dos modelos implementados nas principais ligas profissionais de futebol tem como objetivo apoiar o desenho do modelo a adotar nas ligas profissionais portuguesas.
Outro dos estudos realizados com a EY foi a elaboração da quinta Edição do Anuário do Futebol Profissional português 2021-22. O ritmo de evolução desta indústria é cada vez mais acentuado, observando-se novas realidades e perfis de consumo em resultado da renovação geracional dos adeptos e da crescente digitalização da indústria. Por isso, o entendimento do
impacto e desempenho da indústria e a capacidade de desenvolvimento de um ponto de vista sobre os seus principais desafios são mais do que nunca pertinentes.
Apesar da época 2021-22 ter sido integralmente marcada pela pandemia, observou-se um aumento das receitas das Sociedades Desportivas, e do respetivo impacto na economia nacional, o que ilustra a importância e resiliência da indústria, mas também a capacidade de adaptação dos seus stakeholders.
Ao longo da época, em conjunto com as Sociedades Desportivas, avaliaram-se os impactos financeiros da pandemia Covid-19 na indústria, monitorizando-se quadrimestralmente a evolução dos mesmos. As épocas anteriores foram exigentes e um teste de superação, pelo que, apesar da recuperação gradual verificada ao longo desta época desportiva, este acompanhamento foi essencial nesta época de viragem e de recuperação económica.
A Liga Portugal estabeleceu também uma parceria com uma instituição académica, com ampla experiência em estudos na área do desporto, nomeadamente do futebol – o Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM). No âmbito desta parceria, foi desenvolvido um estudo onde se avaliaram as Formas de Interação dos Adeptos com os Clubes de Futebol. Conhecer melhor o consumidor do produto futebol como ponto de partida é fundamental para o desenvolvimento de campanhas de marketing cirúrgicas e mais eficazes, permitindo potenciar o valor económico dos drivers de receita e otimizar o
portfólio de patrocinadores através da criação de valor mais ajustada ao seu perfil dos adeptos.
A elaboração destes documentos representa uma ferramenta vital para o crescimento e desenvolvimento da indústria do Futebol Profissional.
2.3. Controlo de Gestão
2.4. Competition Data Project
2.2. Desenvolvimento e Acompanhamento das novas áreas de Fontes de Receitas
A Liga Portugal, no âmbito do desenvolvimento da sua atividade, procura manter o desenvolvimento conceptual e de negócio das áreas já identificadas. Além disso, é fundamental alargar e otimizar as suas fontes de receita.
Para cada uma das novas áreas estratégicas, que foram identificadas ao longo da época, foram desenvolvidas estratégias para a sua implementação, acompanhadas da elaboração de um plano de negócios exequível e mensurável, de forma a aferir a capacidade financeira de cada uma dessas novas vertentes de negócio, planos esses depois monitorizados na sua execução.
Perante a definição e implementação de um Plano Estratégico de longo prazo, é necessário o alinhamento entre os planos de atividades de cada época desportiva, elaborados numa perspetiva anual, de forma que se consiga atingir todos os objetivos e estratégias definidas para a organização, de acordo com a vontade dos seus associados.
Paralelamente a isso, a Liga Portugal autonomizou algumas das suas atividades, como é o caso da Responsabilidade Social, que é desenvolvida através da Fundação do Futebol, da gestão imobiliária que é desenvolvida pela sociedade Liga Infraestruturas, a atividade comercial, que passará a ser desenvolvida pela Liga Comercial, a centralização dos direitos audiovisuais, através da Liga Centralização, e também a área de formação, através da Liga Portugal Talent Business Center.
Toda esta estrutura organizacional, exige cada vez mais uma supervisão sobre todas as atividades desenvolvidas, por forma a que a consolidação dos resultados e das ações executadas concorram para a prossecução de objetivos e metas comuns e transversais a toda a atividade.
Esta área, inicialmente prevista dentro do departamento de Conteúdos e Media, transitou nesta época para o departamento de Planeamento Estratégico. A recolha e tratamento de dados assume cada vez maior relevância dentro de qualquer organização e a Liga Portugal tem procurado acompanhar todo o desenvolvimento neste âmbito.
Os dados recolhidos e tratados pela nossa área de Data, permitem dotar os diferentes departamentos da Liga, parceiros, Sociedades Desportivas e comunicação social de informação que permite melhorar o conhecimento sobre as competições profissionais.
Ao longo da época 2021-22, procurou-se melhorar continuamente a base de dados existente, com a inclusão de dados referentes a épocas anteriores para todas as competições da Liga Portugal e ainda de outras Ligas, de maneira a desenvolvermos relatórios históricos e comparativos entre diversas realidades. Foi ainda efetuada a busca constante de ideias de estudos estatísticos que permitiram gerar informações importantes para a Liga Portugal e suas Sociedades Desportivas, de forma a criar uma base com diversidade e complementação da informação referente às competições profissionais, disponível para consulta e análise quer pela equipa de Análise de Dados, quer por qualquer outro departamento da Liga Portugal.
DEPARTAMENTO Competições
O Departamento de Competições é um departamento fundamental no seio da Liga Portugal. Um departamento onde o desafio diário passa por garantir a excelência na organização das competições do Futebol Profissional em Portugal.
O acompanhamento diário e permanente, o planeamento e a organização são características fundamentais desta área de intervenção que pretende, a cada dia, melhorar e qualificar a organização, as infraestruturas, a formação de diversos agentes, entre outras valências. O desafio é enorme, numa área onde a margem de erro não existe, tudo em prol de uma competição mais sustentável, visível e valorizada.
Este é um departamento que colabora e interage, permanentemente, com os outros departamentos e com todos os demais agentes que, fora da organização, muito contribuem para a sua operacionalização diária: Clubes, forças de segurança, operadores televisivos, agentes desportivos e outras entidades, com relação direta ou indireta com a nossa atividade diária – a organização das competições.
Fruto da evolução e das necessidades sentidas em duas áreas nevrálgicas da nossa atividade, foi criada, no seio do departamento das Competições, uma área de segurança e uma área de saúde. Estas duas áreas vêm complementar, de forma especializada e direcionada, a potenciação de atividades fundamentais da organização, que a partir de agora conta com uma maior alavancagem junto dos nossos clubes, o que será, certamente, uma mais-valia.
Estamos certos de que a continuidade e aposta feita nesta área e na sua especialização serão um forte contributo para uma maior eficácia e valorização das nossas competições.
O objetivo continuará a ser o cumprimento escrupuloso de todos os projetos planeados em cada época desportiva.
3.1. Marcação dos Jogos e Calendário Desportivo
A base de toda a organização passa pela elaboração do calendário desportivo, uma peça fundamental para o enquadramento e planeamento da época.
A preparação do calendário começa com o conhecimento do calendário coordenado internacional, onde todas as competições se mostram contempladas e onde são dadas a conhecer as disponibilidades de datas para as competições domésticas.
Na elaboração do calendário desportivo têm intervenção, numa primeira análise, a Comissão Permanente de Calendários, em estreita articulação com a Federação Portuguesa de Futebol e com todas as Sociedades Desportivas, intervenção que se repete também na marcação do dia e hora dos jogos de cada jornada.
Tem sido desenvolvida uma estratégia conjunta que vise anunciar as datas e horas dos jogos com a maior antecedência possível, por forma a melhor organizar as deslocações dos adeptos aos estádios e um melhor planeamento por parte de todos os intervenientes.
Também tem responsabilidade na proposta de elaboração das condicionantes do calendário desportivo, permitindo que a defesa dos interesses de todas as Sociedades Desportivas, em especial daquelas que defendem a imagem do futebol português em termos internacionais.
3.2. Preparação da Nova Época Desportiva
A preparação de cada época desportiva começa logo após o início da mesma; há áreas onde o planeamento de vários meses se torna fundamental para garantir atempadamente um início sem falhas.
A intervenção e participação dos clubes nos Grupos de trabalho são uma ferramenta muito importante na preparação, organização e planeamento de cada época. Neste fórum, é possível criar orientações e diretrizes operacionais que permitem uma melhor performance organizacional.
A aposta contínua e mais alargada na formação dos agentes desportivos que organizam a competição é cada vez mais uma preocupação e um desafio, pois apenas com recursos humanos melhor formados conseguiremos ter competições mais bem organizadas e mais competentes para enfrentar os desafios diários que a própria competição reclama. Neste âmbito, é fundamental a articulação com o Talent Business Center.
A colaboração e formações desenvolvidas com parceiros, como são os casos da AMEF e a ANTF, revestem-se de um carácter muito importante na agregação de departamentos médicos e na realização de fóruns de treinadores, espaços muito relevantes para estes agentes desportivos, onde revelam uma voz ativa na defesa do Futebol Profissional.
3.3. Acompanhamento Desportivo 2021-22
O Match Center é reconhecidamente uma ferramenta imprescindível no acompanhamento de todos os jogos das competições, criando o desafio de aperfeiçoar e ajustar documentos que permitam um contacto e intercâmbio de informação de forma rápida, eficaz, clara e profissional.
Apenas assim se consegue garantir que todas as ações, ativações, intercâmbio de modelos de verificação e controlo, e todos os demais temas que carecem de articulação, são tratados e agilizados de forma assertiva.
O Match Center da Liga Portugal é composto por uma equipa
multidisciplinar, que permite garantir o acompanhamento de todos os agentes desportivos que estão envolvidos na organização de jogo.
Por outro lado, e porque os números são sempre o nosso melhor indicador, este departamento procede ao acompanhamento de todos os dados estatísticos relacionados com as competições, informação fundamental para suportar todas as plataformas digitais da Liga Portugal.
Sempre que possível, foi feito o acompanhamento em terreno para dar um maior apoio às Sociedades Desportivas.
2021-22
3.4. Comissão Técnica de Vistorias (CTV)
As infraestruturas desportivas são cada vez mais um fator de diferenciação e de valorização das nossas competições. Ao longo das últimas épocas muito se tem evoluído, nomeadamente ao nível dos relvados, onde a Liga Portugal criou uma área específica de acompanhamento e classificação semanal.
Ainda assim, é muito importante manter o desafio de investir e cuidar das nossas infraestruturas, razão pela qual tem havido um maior investimento na área técnica que trata internamente desta área, a conhecida Comissão Técnica de Vistorias (CTV).
Entre outras funções, efetua o acompanhamento das infraestruturas, via licenciamento ao longo da época desportiva, dispondo também de uma área específica para relvados.
Esta Comissão Técnica teve intervenção na elaboração do guia de infraestruturas, onde é disponibilizada informação sobre as melhores práticas e orientações para potenciação e valorização das infraestruturas.
A Liga implementará um sistema de classificação semanal de infraestruturas, por forma a garantir que as mesmas são valorizadas na proporção da importância e contributo que permitem e acrescentam na valorização da competição, na defesa dos adeptos e nos demais agentes intervenientes na competição.
Durante a época 2021-22, foram realizadas, por parte da Comissão Técnica de Vistorias, um total de 188 vistorias, das quais 88 a relvados e 100 a infraestruturas.
3.5. Licenciamento dos Estádios
O licenciamento dos estádios tem vindo a seguir as melhores práticas internacionais, sendo neste momento um processo integrado com outras áreas fundamentais da nossa competição.
O procedimento começa muito antes do início da nova época desportiva e decorre por via a uma plataforma tecnológica, seguindo um manual específico e concertado com os demais pressupostos relacionados com o licenciamento de clubes para participação em competições profissionais.
Esta é uma matéria que se reveste de grande importância, uma vez que a valorização da competição passa necessariamente pela aposta na melhoria das condições prestadas aos adeptos, comunicação social e agentes desportivos.
3.6. Aposta na Melhoria dos Relvados
O relvado continua a ser uma das grandes preocupações deste departamento que tem a responsabilidade de monitorizar e acompanhar os mesmos, nos termos previstos nos regulamentos e no guia de relvados, um guia que pretende dar orientações claras sobre as melhores práticas para garantir o bom estado do relvado.
Desta forma, pretendemos que sejam diluídas as assimetrias dos terrenos de jogo, proporcionando melhores condições para o espetáculo.
Ao longo da época foram efetuadas 88 visitas e acompanhamentos com vista a garantir o bom estado de conservação dos relvados.
Mantivemos ao longo da temporada a classificação dos relvados, o que permitiu premiar a evolução e o empenho das Sociedades Desportivas na sua melhoria constante, tendo sido entregues prémios para melhores relvados do ano. Na Liga Portugal bwin, e pelo quinto ano consecutivo, o relvado do Portimão Estádio voltou a ser considerado o melhor da temporada, e o relvado do GD Chaves venceu o prémio de melhor relvado da Liga Portugal SABSEG.
Este é o reconhecimento que pretendemos manter ao longo da época: premiar aqueles que tratam e reconhecem a importância do palco das nossas competições.
3.8. Projeto Delegados
Esta direção tem mantido uma forte aposta no projeto dos Delegados, uma vez que estes agentes desportivos representam a Liga em cada jogo e são considerados a quarta equipa em campo.
O desempenho destes agentes é muito importante e em muito contribui para o crescimento cada vez mais profissionalizado do Futebol Profissional, razão pela qual é feito um grande investimento na formação, recrutamento e avaliação destes agentes.
3.7.
Workshop com as Sociedades Desportivas da Liga 3
Em estreita articulação com a Federação Portuguesa de Futebol, realizamos um workshop com os clubes que podem ascender à Liga Portugal SABSEG. Nesta sessão, é apresentado o caderno de encargos das necessidades e exigências que têm de ser cumpridas e que são de carácter obrigatório, caso consigam garantir o acesso às competições profissionais de futebol.
O caderno de encargos apresenta, além de requisitos infraestruturais, outros muito relevantes, como sejam critérios financeiros, legais ou de marketing.
Visando melhor preparar todos aqueles que pretendem integrar este projeto, em articulação com o TBC, levou-se a efeito um curso de Delegados com acesso direto ao processo de recrutamento dos mesmos. Este curso de preparação para Delegados permite aos participantes estarem mais aptos a serem candidatos à equipa de Delegados da Liga Portugal. Na época 2021-2022, integraram o curso 76 elementos, dez dos quais conseguiram garantir o acesso a uma vaga para Delegado Estagiário.
Ao longo da época 2021-22, os Delegados da Liga Portugal realizaram três ações de formação, oito ações mensais e ainda um conjunto de avaliações ao longo da época.
Estas formações são um fator fundamental para o desenvolvimento de competências pessoais e organizacionais destes agentes, que têm um papel fundamental e representam a Liga nos dias de jogo.
Resumo global do projeto delegados:
• 20 Esclarecimentos para Conselho de Disciplina;
• 14 momentos de avaliação contínua de Delegados;
• 168 avaliações de desempenho em jogo oficial;
• 344 avaliações contínuas à distância dos delegados, no processo de avaliação;
• 43 reuniões de nomeação SAND.
Continuamos a apostar na garantia de um processo totalmente transparente, recorrendo à nossa ferramenta informática SAND (Sistema de Apoio à Nomeação de Delegados), que permite manter um histórico dos Delegados, apoia na nomeação, de modo a garantir uma menor intervenção, assumindo maior equilíbrio e consistência nas nomeações de Delegados, sendo que todas as ações realizadas nesta plataforma ficam devidamente registadas e justificadas.
Foi ainda criado um projeto de mentoria que conta com a intervenção direta dos Avaliadores de Delegados que, de forma concertada e com o apoio do nosso consultor externo de formação, permite um aconselhamento e acompanhamento aos nossos Delegados.
Os Delegados Estagiários conseguiram ter maior formação pela participação em praticamente todos os jogos de cada jornada, o que nos levanta novos desafios, mas também melhor preparação para todos aqueles que no final de época consigam manter uma classificação que permita o seu ingresso no quadro de Delegados.
Outro grande desafio da época foi a realização das ações de formação nas Associações, um projeto pioneiro e integrativo, que permite passagem de conhecimento para uma área tão relevante das nossas competições,
a base de toda a nossa pirâmide competitiva.
A AF Porto recebeu os Delegados da Liga, numa iniciativa que vai continuar, numa total partilha e integração.
3.10. Análise dos Modelos Competitivos das Competições
3.11. Portal de Infraestruturas
3.9. Arbitragem e Vídeo-Árbitro
A articulação entre a Liga e o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol são fatores fundamentais na garantia de uma operacionalização da logística das equipas de arbitragem.
Ao longo da época foram realizadas diversas reuniões com o Conselho de Arbitragem, visando manter um acompanhamento da área e preparação de nova época.
Antes do início da época, e durante a mesma, são mantidos contactos permanentes com este Conselho por forma a agilizar e garantir, nos termos regulamentares, toda a operacionalidade do VAR e logística inerente às equipas de arbitragem.
O permanente acompanhamento, análise e evolução dos quadros competitivos nacionais e internacionais é fundamental, muito mais numa época diferente, onde o Campeonato do Mundo se realiza em plena época desportiva.
Também neste âmbito, e com o objetivo de garantir uma maior competitividade das equipas portuguesas, defendendo sempre o interesse das competições domésticas, começa-se a efetuar a análise face à preocupação do novo ciclo UEFA pós 2024.
Ao longo da época, foram analisadas e acompanhadas as informações e orientações internacionais e, em concertação com os grupos de trabalho, foram prestadas orientações técnicas de suporte e análise.
A área das Competições é praticamente garantida por recurso a novas plataformas, que garantem maior operacionalidade e controlo.
Assim, foi criado o Portal de Infraestruturas, ferramenta que garante que todo o licenciamento de estádios passe a ser efetuado por recurso a uma total desmaterialização.
Todos os relatórios e documentação são disponibilizados e avaliados numa plataforma intuitiva e de fácil gestão.
Toda a informação recolhida neste portal será importada para a Ficha Técnica de Estádio e demais plataformas digitais da Liga.
As informações recolhidas no âmbito da Comissão Técnica de Vistorias foram devidamente trabalhadas e tratadas através deste portal.
3.12.
Portal de Clubes
Ainda no âmbito da desmaterialização, e atendendo ao grande número de documentos trocados entre o departamento e os clubes, entra em função o Portal de Clubes o qual, entre muitas outras informações, permitirá a consulta e partilha, entre Sociedades Desportivas, de informação de forma mais eficiente e segura.
Desta forma, conseguiremos, através de um portal interativo, a monitorização e aviso de cumprimento de prazos regulamentares.
4 DEPARTAMENTO Jurídico
A área Jurídica concentra a sua atividade na interpretação e aplicação dos regulamentos, bem como na elaboração de propostas à respetiva revisão, no acompanhamento e patrocínio de ações judicias, na redação e análise de contratos de trabalho, prestação de serviços, patrocínios e outros, bem como na emissão de relatórios, pareceres e respostas a consultas, sempre que solicitado, entre outras atividades.
Esta área tem uma ação fundamental para assegurar que a organização das competições decorre no estrito cumprimento das atribuições da Liga Portugal e das normas legais e regulamentares que as regem ao passo que contribui de forma essencial para a gestão dos relacionamentos com e entre as Sociedades Desportivas e as inúmeras entidades e organizações relacionadas com o futebol e os seus agentes.
É, desta forma, uma área responsável pela integridade regulamentar, atuando preventivamente e de forma fiscalizadora das normas que regem a atividade, servindo, adicionalmente como veículo impulsionador do processo de adequação dos regulamentos às exigências dos modelos competitivos e da promoção das competições.
4.1. Acompanhamento de Protocolos, Contratos e Consulta Jurídica
As principais atividades desta área para a época de 2021-22 foram as seguintes:
• Negociação dos contratos coletivos de trabalho, com entidades como o Sindicato dos Jogadores e a Associação Nacional dos Treinadores de Futebol, entre outras;
• Consulta e apoio jurídico-legal, ao longo da época, aos órgãos estatutários, aos demais Departamentos e aos associados;
• Dar resposta a todo o tipo de notificações e solicitações provenientes de tribunais, agentes de execução, Polícia Judiciária, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Autoridade Tributária, Segurança Social e outras autoridades e entidades públicas;
• Controlo dos processos judiciais, ao longo da época desportiva;
• Patrocínio interno de processos judiciais em que a Liga Portugal seja parte;
• Acompanhamento e aperfeiçoamento dos protocolos celebrados pela Liga Portugal e as várias entidades parceiras;
• Acompanhamento de Assembleias Gerais da Liga Portugal;
• Alterações regulamentares, estatutárias e de outros diplomas como o Comunicado Oficial n.º 1;
• Acompanhamento e apoio a alterações legislativas;
• Comissão Proteção Propriedade Intelectual (luta contra a pirataria);
• Gestão da parceria de cooperação entre entidades, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Federação Portuguesa de
Futebol e o Sindicato dos Jogadores, Segurança Social e Autoridade Tributária.
4.2. Alterações Regulamentares
Foi realizada a redação das propostas de alteração aos Regulamentos de Competições, Disciplinar e Arbitragem das competições organizadas pela Liga Portugal, em colaboração com os outros departamentos, as Sociedades Desportivas integrantes do Grupo de Trabalho regulamentar e demais entidades convidadas a participar neste processo com os seus contributos.
Ainda neste processo, cumpre destacar o trabalho que foi desenvolvido nos Grupos de Trabalho criados com propósito de fazer refletir nas alterações regulamentares as reais necessidades da atividade e das Sociedades Desportivas. Coube ainda a este departamento coordenar os trabalhos e as reuniões do Grupo de Trabalho Jurídico por forma a assegurar a apresentação, nas Jornadas Anuais, de conclusões úteis para a promoção e crescimento do Futebol Profissional em Portugal.
Resta assinalar, neste conspecto, que as propostas que o departamento elaborou com o Grupo de Trabalho de Regulamentos foram apresentadas à Direção da Liga Portugal, para posterior submissão à votação das Sociedades Desportivas associadas, em sede de Assembleia Geral.
4.3.Acompanhamento Jurídico e Participação nas Alterações Legislativas
Análise sistemática da legislação em vigor e em preparação, sobre a qual emitiu pareceres e propostas de alteração (contributos) ou emendas, tendo em vista garantir a constante adequação da legislação às competições profissionais.
Acompanhamento, numa perspetiva de direito comparado, da evolução regulamentar das outras Ligas, nomeadamente no contexto da European Leagues, por forma a assegurar que a Liga Portugal adequa os respetivos regulamentos e processos às melhores práticas das suas congéneres.
O acompanhamento de entidades parceiras da Liga Portugal, como o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Associação Nacional dos Treinadores de Futebol, Federação Portuguesa de Futebol e Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, com as quais a Liga Portugal mantém estreitas ligações e temas comuns, ao longo de toda a época desportiva.
Para o efeito, concebeu e enunciou a posição da Liga Portugal, analisando documentos e projetos e fornecendo propostas de contributos da Liga aos trabalhos dessas entidades.
4.4. Unidade de Integridade no Futebol
A unidade de integridade no futebol manteve o seu funcionamento em estreita colaboração com as Sociedades Desportivas, Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, Federação Portuguesa de Futebol, Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, UEFA, FIFA, LaLiga, bem como, com Polícia Judiciária, Ministério Público, Santa Casa da Misericórdia, Casas de Apostas, Interpol e agências mundiais.
O programa “Integridade no Futebol” contempla um conjunto de ações que visam combater eventuais atos de corrupção no âmbito do chamado Match Fixing (resultados combinados).
Esta unidade tem como funções prevenir e supervisionar eventuais fenómenos de Match Fixing, efetuar o acompanhamento dos relatórios internacionais, controlar o cumprimento dos princípios de integridade financeira e desportiva e controlar as transferências. Para o efeito, e dando continuidade ao projeto, promover-se-á a reciclagem de conhecimentos, formação de formadores e produção de material didático.
Através do Match Center, o departamento deu apoio em todas as jornadas das competições profissionais às questões de integridade nas competições organizadas sob a égide da Liga Portugal.
4.5. Comissão de Proteção da Propriedade Intelectual
Dada a importância identificada pelas Sociedades Desportivas para a luta contra a violação dos direitos de propriedade intelectual, foi criada uma equipa responsável pela implementação, execução e manutenção deste projeto que visa incidir, sobretudo em quatro vertentes:
• Contrafação de produtos;
• Utilização indevida de marcas e outros sinais distintivos do comércio;
• Transmissões televisivas;
• Proteção do merchandising da Liga e das Sociedades Desportivas.
Para o efeito, continuarão a ser implementados os procedimentos desenvolvidos e materializados numa plataforma de agregação das denúncias que cheguem das Sociedades Desportivas e de particulares. O apoio jurídico poderá ser pré judicial, ou judicial, designadamente criando minutas de interpelação extrajudicial, de denúncia ao Ministério Público, de acusação particular e de outros documentos necessários ao combate da pirataria.
O projeto engloba a Liga Portugal, as Sociedades Desportivas, a ASAE, a Polícia Judiciária, Organizações Nacionais e Internacionais de luta contra a pirataria e contrafação. Este projeto conta com o apoio direto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
4.6. Comissão Arbitral Paritária
O Departamento Jurídico foi responsável pela gestão e apoio administrativo aos membros da Comissão Arbitral Paritária (CAP), designadamente tratamento do expediente recebido e expedido, instrução dos processos e notificações de despacho e decisões. Esteve também a cargo deste departamento a organização de todo o arquivo da CAP.
5
DEPARTAMENTO Inscrições e Registo de Contratos
Esta área é responsável por todos os processos associados à inscrição e registo de contratos de trabalho dos diversos agentes desportivos do setor do Futebol Profissional em Portugal.
5.1. Registo de Contratos e Inscrições de Jogadores, Treinadores e Demais Agentes Desportivos
Teve como função principal rececionar, analisar e registar contratos de trabalho de jogadores e treinadores, eventuais alterações ao seu clausulado, e a respetiva cessação, cedências temporárias e revogações de cedências temporárias, bem como a inscrição e licenciamento desses jogadores, treinadores e demais agentes desportivos nas competições profissionais.
As principais fases referentes à atividade de registo de contratos e inscrições de jogadores, para a época desportiva 2021-22, que foram acompanhadas de perto por este Departamento, ocorreram nos seguintes períodos:
• 1.º Período de inscrições –de 1 de julho a 31 de agosto 2021;
• 2.º Período de inscrições –de 03 a 31 de janeiro de 2022;
Fora dos períodos acima mencionados, existem ainda as seguintes exceções regulamentares que, também, permitem o pedido de registo e inscrição de:
• “jogadores desempregados” –que ocorreram até ao último dia do mês de fevereiro de 2022;
• jogadores em substituição de outros jogadores inscritos e incluídos no plantel por: falecimento de um jogador, lesão grave do guarda-redes ou do seu substituto, lesão grave de um jogador ao serviço da Seleção Nacional – que ocorreram ao longo da época desportiva;
• jogadores de categoria júnior que tenham representado o clube nas últimas duas épocas, que, também – ocorreram ao longo da época desportiva.
As validações realizadas resultaram da análise dos processos enviados pelas
Sociedades Desportivas, com toda a documentação exigida regulamentarmente, e dentro dos prazos definidos, e foram ainda controlados os limites máximos de
jogadores a inscrever em cada plantel, nos termos regulamentares.
As inscrições dos diferentes agentes desportivos, designadamente,
jogadores, treinadores e demais agentes desportivos foram realizadas, nos termos regulamentares, exclusivamente, através da plataforma informática TRANSFER.
5.2. Cumprimento Salarial a Jogadores
Foi realizada a monitorização do cumprimento salarial a jogadores e treinadores por parte das Sociedades Desportivas nos quatro períodos definidos regulamentarmente.
Permitiu aferir se no decorrer da época desportiva todas as Sociedades Desportivas cumpriram com o aludido pressuposto, nos termos regulamentares, nomeadamente no Regulamento das Competições e Regulamento Disciplinar da Liga Portugal, sob pena de penalização/sanção, o que veio a suceder a duas Sociedades Desportivas da Liga Portugal SABSEG, no que respeitou à verificação realizada em maio de 2022.
5.3. Manual de Licenciamento das Competições
O Departamento de Inscrições e Registo de Contratos colaborou com o Departamento Financeiro no que respeita à análise da documentação entregue pelas Sociedades Desportivas, no âmbito do Manual de Licenciamento para as Competições, designadamente a documentação relacionada com inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores. O não cumprimento do aludido pressuposto resulta em penalização/sanção.
5.4. Plataforma Transfer
É o portal dos Clubes, integrado no ecossistema tecnológico da Liga Portugal, cujo objetivo principal, desde a época desportiva 2017/2018, foi promover a modernização e desmaterialização completa de todos os processos de inscrição e registo de contratos de trabalho, dos diferentes agentes desportivos, na Liga Portugal, pelo que, ao longo da época desportiva 2021-22, foi efetuado o devido acompanhamento com vista à melhoria contínua da plataforma.
Creativity Box
A Liga Portugal tem vindo a assumir-se como um player fundamental na promoção e valorização das competições profissionais que organiza, quer a nível nacional, quer internacional. Mantendo o seu core business de organização das competições, um conjunto vasto de novas tarefas e funcionalidades têm vindo a ser desenvolvidas para que a mesma cumpra os desígnios estipulados nos seus estatutos, nomeadamente o que se prende com as orientações gerais com vista à promoção, valorização e rentabilização das competições profissionais.
Desta forma, várias novas áreas funcionais foram desenvolvidas, resultando numa grande área de atuação, a que se decidiu designar - Liga Portugal Creativity Box.
Esta área está dividida em duas grandes subáreas, que evidentemente concorrem para os mesmos objetivos, mas que se preocupam com a realização de tarefas de natureza distinta, a saber:
ÁREA DE MARKETING, COMERCIAL & BUSINESS DEVELOPMENT – tarefas de cariz mais operacional, garantindo a execução das ações operacionais do marketing, eventos, entre outras; ações focadas no financiamento da Liga Portugal e onde se desenvolvem as tarefas relacionadas com o desenvolvimento de novas áreas de negócio, investigação e informação.
CONTEÚDOS & MEDIA – com a responsabilidade da gestão da comunicação e posicionamento da Liga Portugal, e das suas competições, definindo estrategicamente o seu tom e tons de comunicação, assim como os públicos-alvo a que se destinam; o desenvolvimento de toda a estratégia digital, quer em termos de plataforma, quer de comunicações, encontra-se nesta área funcional.
Os avanços tecnológicos geraram modificações globais profundas, especialmente no que se relaciona com a área de marketing, forma de organização e a comunicação com os adeptos. O objetivo desta inovação organizacional é aumentar a fluidez da comunicação e a partilha de informação entre as equipas. Existe, claramente, uma relação positiva entre a comunicação interna e a eficácia organizacional. Desta forma, a Liga Portugal definiu uma área funcional
e organizacional que se entende como basilar, por forma a aumentar a notoriedade da marca Liga Portugal, das suas competições e concentrada em encontrar novas drivers de receitas.
O Departamento Creativity Box é, assim, uma das áreas de suporte transversal a toda a Liga Portugal e que tem por objetivo desenvolver ações que permitam aumentar a penetração e promoção da Liga Portugal junto dos seus stakeholders, em particular as
Sociedades Desportivas e adeptos.
Esta área operacional encontra-se, assim, dividida em duas grandes áreas estratégicas, que agregam, cada uma delas, quatro grandes áreas de atuação e foco operacional.
Nos últimos anos, a Liga Portugal tem pautado a sua atuação, quer na área do marketing operacional, quer na forma como comunica e posiciona, usando por base campanhas específicas e estrategicamente definidas.
Desta forma, a promoção da Liga Portugal visa aumentar a visibilidade, promover as suas competições e os seus produtos e criar engagement com os adeptos, parceiros e Sociedades Desportivas.
A promoção feita através de campanhas fortalece a marca Liga Portugal, reforça o seu posicionamento e as suas competições de forma integrada e consistente com as linhas de orientação definidas para a organização.
MARKETING
• Eventos & Operações de Marketing
• Gestão da Marca
• Promoção Operacional
• Marketing Interno
PRODUTOS OFICIAIS
• Produtos Oficiais
COMERCIAL E PATROCÍNIOS
• Área Comercial
• Gestão de Patrocínios
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
• Planeamento Estratégico de Comunicação
• Relações Públicas
• Relação com Stakeholders
• Gestão de Crise
• Produção de Conteúdos
• Business Development
• Business Intelligence
• Consultoria
• Internacionalização
MEDIA
• Gestão de Media
• Produção de Conteúdos Imprensa
• Monitorização de Media
• Eventos
CONTEÚDOS
DIGITAL 360º
• Estratégia Digital
• Desenvolvimento de Ecossistema Digital
• Gestão das Aplicações Digitais
• Gestão do Conteúdo Digital
EMBAIXADORES
• Definição do Plano de Ação
• Implementação de Projetos
ESPORTS
• Estratégia Competição
• Estragégia Promoção
• Parcerias
• Conteúdos e Comunicação
Marketing, Comercial & Business Development
MARKETING
Esta é a área responsável pelas operações de marketing, eventos, ativações de marca e bilhética. Tem a responsabilidade de garantir o planeamento e execução das ações de marketing da Liga Portugal ou definidas com os patrocinadores/ parceiros.
O Departamento de Marketing realiza, ainda, de forma integrada a gestão da marca, materiais de marketing, a promoção operacional, a sinalética e outdoor da Liga Portugal e dos seus eventos, suportando as restantes áreas nas questões operacionais relacionadas. Nos projetos transversais, a área de marketing gere e organiza muitas das atividades, pois acaba por intervir como suporte ou departamento coordenador das restantes áreas operacionais cruciais para a implementação das atividades da Liga Portugal.
Com o aumento da dimensão das equipas na Liga Portugal, devido ao incremento do número de projetos e de funções desempenhadas por cada colaborador, assim como a sua profissionalização, esta área apoia também os recursos humanos na área do marketing interno, no que se relaciona com a comunicação interna e manutenção de elevados níveis motivacionais de equipa.
6.1. Campanha de Lançamento da Bola Liga Portugal
A Liga Portugal e a Select apresentaram a nova bola oficial do Futebol Profissional português: a bola “Marca o Mundo”.
Uma “bola do futebol e do talento que marca o mundo” que vai buscar inspiração às cores do planeta Terra (azul). Além de inspiração, a preocupação ecológica foi, também, o ponto de partida para o lado solidário desta bola.
A compra da bola Brillant Super TB contribuiu para a conservação da natureza – parte do valor reverteu a favor da ANP|WWF (Associação Natureza Portugal| World Wide Fund for Nature).
O modelo foi apresentado através de um vídeo partilhado nos canais digitais da Liga Portugal, que contou com a participação de Paulo Futre. A apresentação da bola continuou no evento Kick Off 2021-22, num momento televisivo em que um Astronauta “trouxe a bola do espaço” e entregou-a a Paulo Futre.
Na época 2021-22, as competições profissionais da Liga Portugal entram no terceiro ano de parceria com a marca Select, empresa dinamarquesa fornecedora de várias ligas profissionais e divisões europeias e americanas, chegando ao nosso país através de um acordo com a Liga Portugal.
A Select Brillant Super TB foi apresentada como a bola oficial das competições profissionais da Liga Portugal até 2023.
Na presente época foi realizada uma campanha de promoção da nova bola das competições da Liga Portugal, para a época 2021-22, permitindo a promoção da Bola oficial com um posicionamento
estrategicamente definido de modo a sensibilizar os adeptos, diversos agentes desportivos e stakeholders.
6.2. Materiais de Marketing e Promocionais
O Departamento de Marketing foi responsável pelo desenvolvimento de todos os materiais de marketing e promoção de suporte às diversas ações e departamentos da Liga Portugal, nomeadamente, apresentações, manuais de normas, arquitetura de marca, estacionários, templates, brochuras, materiais de promoção digital, sinalética, outdoors e decoração, gifts e brindes.
A Liga estruturou um plano de publicações anuais que podem ser consultadas no seu website –www.ligaportugal.pt, que foram impressas ou desenvolvidas em ambiente digital, consoante os targets e a comunicação pretendida. Desta forma, para a época 2021-22, foram desenvolvidas, entre outras, as seguintes publicações:
• Anuário das Finanças do Futebol 2021-22;
• Relatório de Atividades 2021-22;
• Plano de Atividades 2022-23;
• Revistas Liga-te;
• Final Four Book: 2021-22;
• Futebol em Números;
• Jornadas Anuais 2021-22;
• Plano B – Reflexão sobre as Equipas B;
• Manual de Licenciamento das Competições.
A Liga Portugal estruturou um plano de publicações anuais, que serão impressas ou desenvolvidas em ambiente digital, consoante os targets e a comunicação definida.
6.3. Prémios Mensais e Anuais
O conceito de prémios mensais e anuais tem sido uma aposta bem-sucedida da Liga Portugal para potenciar e premiar o Talento, promovendo os melhores entre os melhores e agregando os diversos stakeholders da Liga Portugal.
Esta propriedade permitiu criar valor através da sua comercialização junto de patrocinadores e/ou potenciar a comunicação e posicionamento da Liga Portugal. Este conceito replicou-se na época 2021-22 com a mesma mecânica.
A grande novidade foi a criação do Prémio “Talento que Marca o Mundo” que resultou da votação dos Embaixadores da Liga e que pretendeu destacar, de forma mensal, o vasto contingente de jogadores e treinadores cujo talento despoletou no Futebol Profissional e brilham, atualmente, pelo mundo.
6.4. O Ligas
Desde que foi apresentado na Final Four da Allianz CUP, em janeiro de 2019, “O Ligas”, a mascote oficial da Liga Portugal, tem vindo a ganhar o seu espaço no futebol português.
A mascote, sempre que possível, marca presença nos grandes palcos do Futebol Profissional e é já uma figura reconhecida pelo público geral um pouco por todo o país.
Em 2021-22, “O Ligas” foi uma presença habitual e uma cara familiar ao público dos estádios, e cada vez mais popular entre o público mais jovem. Nos eventos da Liga Portugal, “O Ligas” marcou presença, bem como em todos os Roadshows da Liga Portugal SABSEG e iniciativas de Responsabilidade Social, nomeadamente ações da Fundação do Futebol.
Marketing Interno
A Liga Portugal desenvolveu uma estratégia de Marketing interno que teve como objetivo primário construir momentos de interação entre os colaboradores e a empresa, fortalecendo, assim, o sentimento de pertença e consequente satisfação e produtividade dos seus recursos humanos. Manteve-se o hashtag “tu importas” – transversal a todas as ações – revelador do quanto cada funcionário Liga Portugal é preponderante para a máquina no seu todo. Todas as ações implementadas tiveram quatro princípios chave:
• Melhorar a comunicação entre os ativos da Liga Portugal;
• Manter a motivação;
• Desenvolver a capacidade de resolução de problemas;
• Reforçar os valores da Liga Portugal.
6.5. Team Building – Dia Internacional do Voluntariado
No dia 05 de dezembro celebrou-se o Dia Internacional do Voluntariado, com o objetivo de apoiar e cooperar instituições que necessitam, a Liga Portugal interveio com o seu reforço interno. Numa parceria com a Just a Change, os colaboradores da Liga Portugal passaram um dia a reabilitar o Lar Santa Isabel, no Porto.
6.6. Datas Comemorativas
A Liga Portugal continuou a assinalar algumas efemérides de forma emotiva no seio do seu grupo de colaboradores, casos do Natal e Páscoa. Porém, outras datas continuam a ser vividas internamente, que revelam a importância de manter momentos motivacionais, mantendo-se também a celebração dos aniversários dos funcionários com direito a lanche e bolo.
Dia Mundial da Alimentação - o mês de outubro ficou marcado pelo Dia Mundial da Alimentação. Com o objetivo de sensibilizar os colaboradores para a importância de uma alimentação equilibrada, todas as segundas-feiras a Liga Portugal ofereceu o pequeno-almoço;
São Martinho – a Liga Portugal concedeu duas horas de castanhas assadas nas próprias instalações, acompanhadas de um lanche e jeropiga;
Dia de Reis – marcado por mais um momento de convívio com direito a lanche e bolo-rei;
Páscoa – a equipa recebeu um cabaz onde não faltaram as tradicionais amêndoas, um queijo e um folar;
Dia da Criança - os filhos dos funcionários receberam um voucher com
direito a duas entradas em centros de atividades de trampolim e muita diversão;
Verão Doce- as ações internas iniciaram-se logo no mês de agosto com a disponibilização de um carrinho com gelados na altura mais quente do ano. O objetivo foi cumprido e criou-se um momento de partilha entre os colaboradores;
Kit Escolar - consciente de que o início escolar representa uma etapa importante na vida dos filhos dos colaboradores, a Liga Portugal deixou-lhes um incentivo extra para o recomeço de uma época pós COVID. Assim, foi entregue a cada colaborador um Kit Escolar composto por uma mochila, cadernos, marcadores, um estojo e canetas.
Fomentar a comunicação interna e espírito de equipa – com efeitos positivos no desempenho dos colaboradores da empresa –, foi o desafio superado pelo marketing interno da Liga Portugal que não desistiu de incentivar e premiar os seus recursos humanos.
6.7. Festas de Natal
Natal é tempo de família, respeito, ajuda e entrega. Esta época, na impossibilidade de juntar a equipa em fraternal convívio alusivo à época, os colaboradores receberam um cabaz repleto de iguarias para guarnecerem a mesa natalícia. Quanto aos mais novos, por impossibilidade da animada festa com Pai Natal – o Liga-te Kids –, receberam prendas personalizadas. O amigo secreto fez-se, ainda, em formato online, com a troca de presentes entre todos os colaboradores.
6.8.
Liga Ambiente
Em sinergia com a Fundação do Futebol-Liga Portugal, e dando continuidade a um projeto iniciado em 2020-21, a Liga Ambiente assume-se como um projeto transversal na Liga Portugal.
O objetivo é permanente e constante: consciencializar os funcionários sobre a importância da reciclagem e demais boas práticas que visem poupança de energia, redução de resíduos, reutilização de materiais, reciclagem e separação de lixos.
A Liga Portugal e a Fundação do Futebol têm a certificação 3R6 da Sociedade Ponto Verde e, por isso, todas as infraestruturas são dotadas de ecopontos. Esta época realizou-se ainda uma recolha de tampas de plástico, que possibilitou uma melhor divisão de materiais reciclados e, ao mesmo tempo, contribuir para uma causa solidária.
Comercial e Patrocínios
Esta área foi responsável pela gestão constante dos patrocinadores e parceiros, incluindo, entre as suas atividades, o planeamento estratégico e operacional, o acompanhamento dos patrocinadores, ativações de marca, análise do retorno e valor acrescentado dos patrocínios e por garantir a execução dos contratos.
Esta área foi ainda responsável pelo desenvolvimento, criação e negociação de novas propriedades, produtos e serviços, de forma a tentar aumentar a oferta da Liga Portugal disponível para a geração de rendimentos.
Realizou, também, toda a atividade conceptual e operacional com vista ao desenvolvimento de novos patrocínios e parcerias.
6.9. Modelo de governance de patrocinadores e parceiros
A gestão dos patrocinadores e parceiros é fundamental para o fortalecimento dos laços existentes e para a partilha constante dos valores da organização com os diversos stakeholders.
É crucial que o relacionamento com os patrocinadores, que se estende por longos períodos seja produtivo, criando uma relação win-win para ambas as partes.
O contexto recente do impacto da Covid-19, que todos vivemos durante a época desportiva 2021-22, mas também com impacto na época desportiva 2021-22, colocou-nos desafios nunca pensados, no que diz respeito à gestão da relação com os nossos parceiros e patrocinadores. Ultrapassar estes mesmos desafios, mantendo intactas as relações comerciais com os nossos stakeholders, foi apenas possível dada a relação de proximidade existente com os mesmos.
No modelo de gestão de patrocinadores estão definidos alguns aspetos fundamentais para o desenvolvimento dessa política de proximidade: o acompanhamento operacional permanente, as reuniões periódicas com todos os parceiros com periodicidade previamente estabelecida e o envio dos reports mensais de exposição e monitorização.
6.10. Monitorização do retorno do investimento dos patrocinadores e parceiros
A monitorização dos impactos da atividade comercial e promocional das competições e dos seus parceiros é uma das prioridades da Liga Portugal.
Durante toda a época desportiva, realizamos a gestão da monotorização dos impactos da atividade comercial e promocional das competições e dos seus Patrocinadores, pelos seguintes meios:
• Análises de retorno e performance de competições e propriedades nos Media e Canais Digitais, para todas as competições, incluindo as competições de eSports;
• Medição dos principais impactos de retorno dos Eventos da Liga Portugal.
• A apresentação dos resultados do investimento de cada parceiro e a demonstração do valor que agregou à marca, assim como a partilha de relatórios detalhados sobre como foram cumpridos os compromissos assumidos, incluindo os principais números, monitorização offline e online é fundamental para uma gestão de parceiros eficiente.
• De salientar o foco na análise de retorno nomeadamente no que diz respeito às propriedades e conteúdos digitais, desenvolvidos em parceria com os nossos patrocinadores. Esta é uma área com interesse de ativação crescente por parte dos parceiros e potenciais parceiros.
• Durante a época desportiva foram realizadas reuniões regulares de forma a partilhar todas estas informações, de acordo com o modelo de governance definido por categoria de patrocinador/ parceiro.
6.11.
Ações de charme com patrocinadores e parceiros
Durante a época foi realizado o acompanhamento operacional permanente nos jogos e eventos da Liga Portugal e/ou experiências de marca.
Para além deste acompanhamento, realizámos encontros com os patrocinadores e parceiros com o objetivo de proporcionar momentos de agregação e envolvimento com estes stakeholders.
Estes encontros foram realizados em dois momentos distintos:
Partners Day I - Outubro 2021 –Foi momento de partilha do plano de atividades para a Época 2021-22, num contexto de retoma pós-Covid-19.
Um momento em que se partilharam projetos estratégicos para a Liga Portugal, garantindo a partilha de informação exclusiva com os patrocinadores e parceiros;
Partners Day II - Final Four Allianz Cup – Um momento de balanço dos primeiros seis meses da época desportiva, mas, sobretudo, um momento de experiência, em contexto de competição, com ativações exclusivas para os parceiros da Liga Portugal.
6.12. Atividade comercial e new business
O aumento dos rendimentos da Liga Portugal só é possível se, em conjunto com os stakeholders, formos capazes de desenvolver e encontrar novos modelos de exploração das propriedades comerciais existentes e potenciais, para a promoção das competições de forma integrada, incluindo a criação de experiências e ações de engagement de adeptos.
A manutenção de parcerias que gerem maior retorno para o Futebol Profissional e maior visibilidade para as Sociedades Desportivas e a negociação de new business que façam renascer a paixão dos adeptos por esta competição, potenciando, além da sua visibilidade, as ativações e o engagement, são fundamentais para a indústria do futebol.
É fundamental para o setor a procura de novos drivers de receita e através da diversificação do seu portfólio comercial. Estas foram as principais atividades comerciais durante a época 2021-22:
• Renegociação dos contratos ativos que estavam a terminar;
• Desenvolvimento de pacotes de ativos comerciais inovadores para apresentação aos potenciais patrocinadores e parceiros, nomeadamente nestes territórios / propriedades:
• Final Four Allianz CUP – Foram desenvolvidas novas propriedades e conteúdos para potenciar a relação comercial com os patrocinadores e parceiros da competição;
• Thinking Football - Atrair parceiros de relevo, nomeadamente no panorama internacional;
• Arena Liga Portugal - Encontrar parceiros chave para minimizar o impacto financeiro deste projeto para a Liga Portugal;
• eSports - Cimentar, através de parcerias futuras, o posicionamento deste produto para a Liga Portugal e para as Sociedades Desportivas;
• Fundação do FutebolDesenvolvimento de contactos comerciais com novos parceiros com impacto no desenvolvimento dos projetos da Fundação do Futebol.
Produtos Oficiais Liga Portugal
A área dos Produtos Oficiais da Liga Portugal foi responsável pelo desenvolvimento, criação e operacionalização dos produtos oficiais da época de 2021-22. Com o desenvolvimento do projeto, e no cumprimento da sua estratégia de posicionamento, deram-se os primeiros passos para a concentração e democratização do consumo de produtos oficiais da Liga Portugal e das suas Sociedades Desportivas, com a abertura da primeira Liga Portugal Store.
6.13. Desenvolvimento dos Produtos Oficiais Liga Portugal e Licenciamento
Ao longo da época 2021-22, desenvolveu-se um plano comercial e operacional para os Produtos Oficiais da Liga Portugal de forma integrada, estudando potencialidades de licenciamento e outras para o desenvolvimento desta área de negócio.
A implementação de uma estratégia operacional e comercial passou pela definição dos Produtos Oficiais a comercializar, bem como do desenvolvimento de ações concretas para a produção e controlo da qualidade dos produtos a produzir, de acordo com um planeamento estruturado de marketing, promoção e comunicação durante toda a época.
6.14. Desenvolvimento de Pontos de Venda
A Liga Portugal continuou a gestão e desenvolvimento dos pontos de venda atuais, como a Loja Online e a Loja Oficial na Final Four da Allianz CUP.
Paralelamente, prosseguiu a análise e estudo de novas opções, implementando o modelo de negócio e estratégia em desenvolvimento, visando a abertura de novos pontos de venda, nomeadamente:
• Início do desenvolvimento de uma nova plataforma de e-Commerce;
• Gestão e desenvolvimento das novas Lojas Liga Portugal Box Store para eventos da Liga Portugal, em particular para a Final Four da Allianz CUP;
• Início do desenvolvimento de Quiosques ou Lojas Liga Portugal Store em Centros Comerciais, com a abertura da primeira LP Store, no MAR Shopping, em Matosinhos.
6.15. Gestão e Operacionalização da Comercialização dos Produtos Oficiais
Face à evolução deste projeto e à ambição para o seu crescimento, a Liga Portugal procurou acompanhar de perto o modelo de gestão e controlo da comercialização, monitorizando, permanentemente, quer ao nível das receitas, quer no controlo de custos de produção e gestão de stocks.
Assim, e num processo de melhoria continua, dinamizou-se a gestão e desenvolvimento de um modelo de controlo de vendas e faturação dos pontos de venda, com análise em tempo real dos principais indicadores do negócio (KPI`s).
6.16.
Desenvolvimento do Merchandising e Gifts Liga Portugal
Ao longo da época foi definida e implementada uma política para o Merchandising e Gifts Liga Portugal, que inclui todos os stakeholders envolvidos. Estes foram segmentados em diversas categorias e níveis definidos.
Business Development
O desenvolvimento, criação e negociação de novas propriedades, produtos e serviços, de forma a tentar aumentar a oferta da Liga Portugal disponível para a geração de rendimentos esteve sobre a alçada da área Business Development, que liderou uma estratégia de valorização do futebol, produzindo conhecimento e contribuindo para a projeção da marca Liga Portugal.
6.17. Novas Áreas de Fontes de Receitas
No decorrer da época desportiva 2021-22, a Liga Portugal manteve o desenvolvimento conceptual e de negócio das áreas identificadas. Assim, foram desenvolvidas estratégias para a implementação das áreas que demonstrem capacidades de ser ampliada. Desta forma foi possível alargar e otimizar as fontes de financiamento, com aposta na atividade comercial e, assim, reforçar a posição financeira da Liga Portugal.
da Liga Portugal bwin e Liga Portugal SABSEG. A estratégia passou por um forte investimento na área digital onde, entre outras iniciativas, foram criados conteúdos nativos que contribuíram para a criação de uma base de adeptos pelo mundo mais próximos das competições portuguesas.
6.20. Desenvolver a área de Consultoria da Liga Portugal
6.18. Internacionalização da Liga Portugal
A criação de uma estratégia de internacionalização bem estruturada é fundamental para o crescimento do futebol nacional. Assim, a Liga Portugal continuou a desenvolver a mesma em estreita colaboração com clubes, operadores televisivos e demais stakeholders.
Foi novamente aposta o desenvolvimento e contínua implementação de uma política ativa de internacionalização da Liga Portugal, com o objetivo de penetração da marca em todo o mundo. A internacionalização é essencial para a promoção da competitividade e do negócio do Futebol Profissional português. No contexto da Liga Portugal, a internacionalização insere-se numa estratégia mais ampla de valorização e reposicionamento competitivo do Futebol Profissional português.
Assim, a Liga Portugal procurou potenciar a presença jogadores estrangeiros que atuem nos clubes
6.19.
Desenvolver relações com Ligas e Organizações Internacionais
A Liga Portugal continuou a desenvolver uma política ativa de promoção e realização de diversas ações com Ligas e Organizações Internacionais. Nesse sentido, além da relação com outros stakeholders internacionais, a Liga Portugal fortaleceu a sua relação com a LaLiga, traduzindo-se em uma estreia colaboração em diferentes áreas com a digitalização.
A Liga Portugal angariou um relevante manancial de experiência nas diversas áreas em que atua no desenvolvimento do Futebol Profissional, seja diretamente, através de parceiros especializados, sendo hoje reconhecida a nível internacional como uma das melhores Ligas do mundo a organizar e explorar as suas competições. A Liga Portugal tem experiência na relação com os vários stakeholders do Futebol Profissional.
Este conhecimento e experiência foram úteis ao fomento do futebol em mercados em desenvolvimento e, nesse sentido, a Liga manteve uma política ativa de comercialização e apresentação dos serviços profissionais.
Em 2021-22 a Liga Portugal continuou a sua colaboração com os clubes angolanos tendo em vista a implementação da Liga Angola. Esta colaboração permitirá concretizar um desejo antigo dos clubes angolanos.
DEPARTAMENTO CONTEÚDOS & MEDIA
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
Qualquer empresa necessita de uma comunicação estratégica alinhada e planeada, de forma a poder dar a conhecer, tanto interna como externamente, os seus objetivos e metas. A Liga Portugal tem traçado um Plano de Comunicação que se prolonga pela época inteira e que permite a explicação de todos os dossiês e temáticas relacionadas com a Direção Executiva e/ou com o Presidente.
O Espetáculo é o Nosso Compromisso foi um lema que nos voltou a acompanhar e que nunca nos abandona, apesar do #NãoPara que, agora, é a nova imagem de marca da Liga Portugal. Foi assente neste lema que a Comunicação estratégica da Liga Portugal comunicou muito das suas competições, prémios, ideias e ativações, tanto na política de Relações Públicas, baseada no contacto com stakeholders, como na gestão de conteúdos, digitais, audiovisuais e escritos.
O contacto com as Sociedades Desportivas é permanente e essa tem sido
uma política fundamental no modo de trabalho da Liga Portugal, que tem levado a um maior entrosamento e vontade de comunicar e trabalhar em conjunto. Criar Talento e vê-lo espalhado pelo mundo (e premiá-lo!) tem sido um desafio que todos os departamentos da Liga Portugal abraçaram e que integra um dos pilares da nossa comunicação.
No campo interno, continuamos a fazer um acompanhamento minucioso da informação publicada nos Órgãos de Comunicação social. Realizamos o clipping de imprensa diário, bem como assumimos a produção das revistas Liga-te e Liga-te em Números, o Plano B, em estrita colaboração com o Planeamento Estratégico e temos, sempre em sintonia com as Sociedades Desportivas, novos projetos de comunicação, que vão sendo trabalhados, de forma esporádica ou definitiva. Além disso, somos responsáveis pela comunicação de todos os projetos da Liga Portugal, nomeadamente na mensagem que queremos dar para o exterior.
7.1. Produção de Conteúdos
A produção de conteúdos segue a estratégia de comunicação global, no que diz respeito a macro mensagens, priorização dos temas-chave em função do posicionamento estratégico e político de cada momento, guidelines dedicados a cada canal de comunicação, identificação de públicos-alvo mais relevantes e estratégia de atuação adaptada para cada um deles. Será necessário garantir e monitorar a integridade e coerência global da comunicação na Liga Portugal a todos os níveis, com todos os púbicos e em todos as plataformas e canais.
Para a época 2021-22, foram a criados os seguintes conteúdos:
• Institucional e informativo: comunicar de forma consistente a atividade Institucional da Liga Portugal, com as Sociedades Desportivas e os Órgãos Sociais, sublinhando os valores de Credibilidade, Agregação, Talento e Espetáculo. Acompanhamento informativo da atividade da Liga Portugal, bem como de todos os stakeholders, dando especial relevância às informações relacionadas com as Sociedades Desportivas;
• Comunicação e conteúdos promocionais: conteúdos pontuais de comunicação, associadas às marcas das nossas competições permitem gerar engagement com os adeptos e público em geral;
• Revista Liga-te: publicação bimestral dedicada às atividades da indústria do Futebol Profissional, promotora das competições, ações de Responsabilidade Social e dos stakeholders, conteúdos específicos com os nossos Embaixadores e conteúdos de Futebol “puro”;
• Revista Liga-te em Números: publicação bimestral, com análise minuciosa dos dados estatísticas do Futebol Profissional, que se traduzem em verdadeiras ferramentas de trabalho para OCS e para as Sociedades Desportivas;
• Liga TV: cobertura sistematizada, em vídeo, das atividades da Liga Portugal, nomeadamente as relacionadas com as competições profissionais, os seus protagonistas, iniciativas institucionais, ações de Responsabilidade Social e ações com stakeholders;
• Magazine Liga Portugal SABSEG: Realização de várias reportagens para o Magazine da Liga Portugal SABSEG, que servem para mostrar e evidenciar o que de melhor é feito neste escalão do Futebol profissional. Participação nos Roadshows da SABSEG, com reportagens dedicadas;
• Milestones e e-Liga STATS: assinalar os marcos de desempenho desportivo de jogadores, treinadores, árbitros e delegados nas competições profissionais, com conteúdos nas redes sociais e entrega de gifts que assinalem a efeméride pessoal. Realizar análise qualitativa das estatísticas e milestones oficiais das competições da Liga Portugal, de forma a produzir informação com relevante interesse para os adeptos, OCS e Sociedades Desportivas;
• Influenciadores: promover a estratégia de colaboração com influenciadores digitais de referência (youtubers, instagrammers, bloggers), com o propósito de produzir conteúdos promocionais da Liga Portugal e das suas competições para novas audiências e alcançar targets específicos, criando uma proximidade com o público mais jovem e com requisitos de conteúdo específico;
• Entrega de prémios Talento que Marca o mundo e produção de Conteúdos relacionados com os mesmos, tal como o prémio que destaca o projeto de Marketing e Comunicação, que se destaca mensalmente;
• Construção de conteúdos institucionais e de suporte operacional a todos os canais, eventos, Presidente e Direção Executiva: Comunicados, Discursos, Editoriais e Artigos de Opinião;
• Media Kits: oferecer aos OCS informação estatística relevante sobre cada um dos jogos das competições profissionais, paralelamente suportar os departamentos de comunicação das Sociedades Desportivas nas suas antevisões de jogo e promover, de forma equitativa, todos os jogos das competições da Liga Portugal.
7.2. Relações Públicas
Esta área é responsável pela definição e operacionalização do plano de ações de charme e network junto do conjunto de opinion makers identificados no plano estratégico de comunicação e dos diversos stakeholders.
Está definido um conjunto de ações para a época 2021-22:
• FuteCOM: evento estratégico anual promovido pela Liga Portugal, que terá como público-alvo as direções e profissionais que trabalham, diariamente, nos gabinetes de comunicação, marketing e imprensa das Sociedades Desportivas;
• Encontros com a Comunicação Social e Opinion Makers: colaboração estreita com os representantes dos OCS e opinion makers. Prevê o debate de temas da atualidade da Liga Portugal e das
competições com vista a uma melhoria do esclarecimento da opinião pública e aumento de proximidade e da relação entre os jornais e a Liga Portugal;
• Representações oficiais em eventos, entregas de prémios, galas e jogos: ações que permitem um maior contacto com as Sociedades Desportivas e com entidades em geral, criando momentos de comunicação e maior ligação aos diversos intervenientes no futebol;
• Roadshow Sociedades Desportivas: promover uma política ativa de proximidade com todas as Sociedades Desportivas, de forma a potenciar a utilização de mensagens positivas e receber inputs de melhoria por parte das Sociedades Desportivas e que irá contribuir para uma melhor clarificação de temas associados às nossas competições.
DIGITAL 360º
A área digital continua a assumir um papel estratégico na comunicação que promove o contacto permanente com os adeptos, as Sociedades Desportivas e os demais agentes desportivos.
Foi necessário conceder ao domínio digital a importância que ele no futuro terá nas operações da gestão do futebol, bem como no consumo e relação do adepto com outros intervenientes no setor do Futebol Profissional. Para o efeito, foi mantida a aposta no departamento funcional na organização da Liga Portugal, apetrechado com os meios necessários à prossecução da estratégia definida pela mesma neste domínio.
O core business da Liga Portugal permite-nos produzir um grande volume de conteúdos com elevado poder de atração para milhões de utilizadores em todo o mundo. É objetivo da Liga Portugal, consolidar o ecossistema digital e manter o seu desenvolvimento, permitindo aumentar o engagement com o público pela facilidade e rapidez com que a informação chega ao adepto.
7.3. Desenvolvimento do Ecossistema Digital
A era digital levou a uma mudança do consumo de informação e do perfil do consumidor de futebol. Tornou-se necessário orientar a estratégia de comunicação, branding e buzz para a geração de tráfego e conversações para os meios digitais, com ações pensadas e coerentes com os vários segmentos de perfis de consumidores de Futebol Profissional, utilizando para o efeito as ferramentas disponíveis mais adequadas. O aumento da segmentação do público-alvo das ações de comunicação tenderá a aumentar o interesse de diversos stakeholders.
A Liga Portugal manteve a aposta no desenvolvimento de ferramentas digitais nas suas operações e na sua relação com as Sociedades Desportivas, como forma de credibilização do futebol e da valorização das competições e potenciar esse know-how acumulado além-fronteiras.
Desenvolvimento de novas plataformas digitais:
• Integração das Bases de Dados globais da Liga Portugal;
• Plataforma de gestão de públicos;
• Recolha e análise de DATA.
• Manutenção e Upgrade em termos de Funcionalidades e Design:
• Website;
• Redes Sociais;
• APP Liga Portugal;
• Liga Virtual;
• Plataforma de prémios.
A monitorização da estratégia será efetuada ao longo da época desportiva através de ferramentas como:
• Dashboard e outras métricas de
monitorização/avaliação de toda a atividade digital;
• Alinhamento operacional com as restantes áreas funcionais da Liga Portugal;
• Fiscalização da integridade estratégica definida para toda o ecossistema digital da Liga Portugal.
fundamental não só pelo tráfego orgânico que gera, mas principalmente pela perceção que cria junto dos adeptos.
Existiram vários tipos de conteúdo realizados / produzidos e que englobaram uma gestão global dos canais sociais da Liga Portugal, nomeadamente:
• Copywriting;
• Fotografia e vídeo;
• Conteúdo multilingue;
7.4. Gestão das Aplicações e do Conteúdo Digital
Em 2021-22 os conteúdos de cada plataforma foram segmentados promovendo a criação de valor mais ajustada ao perfil dos adeptos.
Foram desenvolvidas campanhas mediáticas e outras de natureza mais restrita que tornaram evidente as vantagens da agregação dos vários intervenientes no Futebol Profissional que, em paralelo, permitiu uma maior e mais efetiva concertação social em torno do Futebol Profissional.
7.5 Desenvolvimento de Conteúdo Digital
A criação de conteúdos objetivos, precisos e originais é essencial para promover a marca Liga Portugal, as suas competições e as Sociedades Desportivas.
No seu conceito geral, esta área visa produzir conteúdos altamente relevantes para os adeptos e consiste, essencialmente, em produzir conteúdos significativos ou de impacto extremamente positivo para os utilizadores, sejam conteúdos institucionais, informativos ou simplesmente conteúdos de entretenimento.
A produção de conteúdo foi
• Conteúdo direcionado a mercados internacionais específicos;
• Conteúdo multimédia interno;
• Articulação de todo o conteúdo multicanal.
Media
A Liga Portugal deve assumir-se como player cada vez mais relevante e incontornável nos media nacionais, possibilitada pela via da crescente credibilização e qualificação do sector.
7.6 Gestão de Media
Esta área irá manter o contacto próximo e constante com os OCS, de forma a assessorar os mesmos sobre os assuntos/temáticas associados à Liga Portugal e às suas competições, o objetivo é manter a relação e articulação operacional com estes profissionais.
Será responsável pela gestão diária com os OCS e deve garantir todas as suas atividades operacionais, como ponte e ajuda nas acreditações e distribuição de coletes e fazer a monitorização diária da revista de imprensa, assim como o acompanhamento permanente da atividade informática dos OCS e a monitorização de conteúdo relevante em canais alternativos, como blogs e canais sociais.
A gestão de Media também tem um papel revelante em todos os eventos, sendo da sua responsabilidade a convocatória dos OCS, receção e acompanhamento dos mesmos no dia do evento, gestão dos momentos de comunicação, definição e desenvolvimento dos conteúdos e apresentação do evento.
7.7. Produção de Conteúdos para Imprensa
Todos os conteúdos para imprensa estão sobre alçada deste departamento, destacando-se:
• Notas de imprensa alinhadas com a estratégia de comunicação global definida, assim como as campanhas/ ações desenvolvidas pela Liga Portugal a cada momento;
• Conteúdo informativo para canais;
• Conteúdos de apoio aos OCS, como os media kits;
• Conteúdos dedicados que ajudem a vincar a imagem do Futebol positivo da Liga Portugal e das suas Sociedades Desportivas;
• Recolha de informação diversa para os OCS.
Embaixadores
A Liga Portugal convidou nomes com história nos nossos campeonatos para este programa que visa a promoção e valorização do futebol.
A lista de Embaixadores é constituída por 15 antigos jogadores e treinadores que brilharam nos relvados nacionais e internacionais, desempenhando um papel de promoção do Futebol Profissional português através da presença em eventos realizados pela Liga Portugal e atividades de Responsabilidade Social, designadamente da Fundação do Futebol.
Foram convidados nomes com história nos nossos campeonatos para este programa: Nuno Gomes, Ricardo, Quim, Helton, João Pinto, Luisão, Jorge Andrade, Chainho, Alan, Manuel Fernandes, Paulo Futre, Costinha, Ricardo Rocha, Simão e André Villas-Boas e Neno.
O antigo guarda-redes, por motivos conhecidos, deixou de integrar a lista oficial, mas continuará imortalizado como Embaixador da Liga Portugal.
O Embaixador da Liga Portugal é uma estratégia de comunicação que utiliza a credibilidade e confiança de profissionais para promover e dar maior visibilidade ao setor do Futebol Profissional.
O objetivo deste programa é reforçar o posicionamento dos Embaixadores enquanto veículos de comunicação da Liga Portugal, aliançando antigos jogadores das competições profissionais como promotores da indústria do futebol, em diversos eventos da Liga Portugal e atividades de Responsabilidade Social, da Fundação do Futebol, proporcionando desta forma uma maior exposição
mediática e visibilidade às ações de cariz solidário.
A presença dos Embaixadores em eventos permite socializar as mensagens e torná-las mais positivas e consistentes junto dos adeptos do futebol, criando engagement e proximidade com todos os fãs. Pretende-se que estes sejam a imagem da Liga Portugal e que desenvolvam o orgulho profissional, o sentido de pertença, a responsabilidade partilhada, em suma os valores da organização.
Adicionalmente, à participação em eventos da Liga Portugal, foram delineados projetos específicos para o programa de Embaixadores, nomeadamente a cerimónia de Tomada de Posse Embaixadores. A cerimónia tem como objetivo marcar mais uma época como Embaixadores da Liga Portugal, com a presença do Presidente da Liga Portugal. Este evento marca mais um ano de compromisso com os valores e mensagem da instituição Liga Portugal.
Competições eSports
A época 2021-22 foi um passo importante na aposta da Liga Portugal nos eSports, em particular no ramo do Futebol Virtual, já que, pela primeira vez, as 18 Sociedades Desportivas que compõem a Liga Portugal bwin disputaram a eLiga Portugal. Assim, a competição foi verdadeiramente o espelho do Campeonato Nacional, no plano virtual.
Este foi mais um fator de consolidação da eLiga Portugal enquanto competição de referência ao nível do FIFA em Portugal, além do Prize Pool de 50.000€ – o maior a nível nacional – e da incorporação no circuito FIFA Global Series, organizado pela EA e FIFA.
Além do programa televisivo semanal, transmitido pela Sport TV e com transmissões em sinal aberto na Sport TV+, a competição manteve ainda as transmissões live, no canal da Liga Portugal, na Twitch. A presença na plataforma foi ainda dinamizada através da produção de conteúdos em direto, como entrevistas a jogadores de futebol e atletas de eSports, bem como acompanhamentos pré e pós-jogos das competições profissionais.
No plano competitivo, é de realçar a realização de três competições: eLiga Portugal, na qual o Belenenses SAD se sagrou Campeão Nacional; Taça eLiga Portugal, enquadrada na Final Four da Allianz CUP, em Leiria, e conquistada pelo eFCPorto SoccerSoul; e ainda a Supertaça eLiga Portugal, arrecadada pelo Moreirense FC EGN. Destaque ainda para a realização do evento eLiga Portugal Finals, enquadrado na feira de eSports “Oeiras Gaming 2022”,
que permitiu ao público assistir ao vivo à definição dos novos Campeões Nacionais de Futebol Virtual. Ao longo do fim de semana, em formato eliminatório, as oito equipas com melhor prestação na eLiga Portugal disputaram, em formato presencial, o mais importante título da eLiga Portugal.
DEPARTAMENTO TECNOLOGIA
Este departamento foi responsável pela gestão integrada da infraestrutura tecnológica da Liga Portugal e de suporte à organização das suas competições.
Desta forma, teve responsabilidades sobre a programação e desenvolvimento das aplicações CRM, ERP e aplicações de negócio/gestão das competições, gestão do parque informático físico da Liga, helpdesk/suporte técnico, garantia da segurança dos sistemas, suporte na recolha e gestão de bases de dados, suporte a gestão de aplicações móveis e gestão de dispositivos, entre outras.
O Departamento de Tecnologia apresentou um grau de cumprimento de 100% relativamente às atividades definidas para a época 2021-22.
8.1. Evolução Tecnológica da IntraLiga
Em 2021-22, com vista à otimização dos dados e desenvolvimentos críticos à operação, deu-se início ao processo de atualização da plataforma IntraLiga.
Neste sentido, foi efetuada a evolução de alguns módulos que constituem a referida plataforma, como é o caso das Inscrições, da Organização de Jogo e da Credenciação.
A IntraLiga, como ferramenta de gestão central de toda a informação da Liga Portugal, tem módulos que permitem a integração entre as diversas plataformas da Liga. À semelhança do ano anterior, continuaremos a consolidar, modernizar e otimizar todos os seus processos, de forma a garantir uma eficácia superior cada vez mais vincada na gestão do modelo de dados.
Após o anúncio público por parte da Microsoft do fim de suporte a algumas soluções que alicerçam a nossa plataforma, foi iniciado um processo de restruturação que implica a migração e subida da versão da base de dados utilizada, bem como da solução de armazenamento de documentos. Conscientes da urgência e sensibilidade deste tema, ambicionamos dar uma resposta rápida com garantias de cumprimento de todos os requisitos de segurança e estabilidade, estando definido um projeto com alocação de recursos exclusivo para todas as operações que serão realizadas.
8.2. Consolidação e Manutenção da Plataforma e-Liga
O e-Liga, posicionado na vanguarda tecnológica desportiva, teve como primordial objetivo facilitar o processamento de informação e eliminar, o mais possível, a possibilidade de erro, desmaterializando a documentação dos jogos profissionais de futebol. Sendo um ecossistema alimentado por várias plataformas, com ligação direta e harmoniosa à Intraliga, esta estrutura está bem consolidada e tem sido uma ferramenta fulcral no registo e transferência segura de dados entre os agentes desportivos e os repositórios da Liga Portugal.
A evolução tecnológica, e o incremento de funcionalidades que dinamizam e suportam a atividade desses mesmos agentes desportivos, tem sido uma contínua preocupação por parte do departamento de tecnologia da Liga Portugal. Um bom exemplo disso são as constantes solicitações recebidas por parte das Sociedades Desportivas que culminam em desenvolvimentos técnicos, contribuindo para a evolução referida.
Também os Delegados possuem um papel fulcral no acompanhamento e desenvolvimento desta solução, sendo feito por parte do nosso departamento um acompanhamento constante às operações de jogo e analisando com um espírito crítico evolutivo todas as operações que através de suporte digital
podem ser otimizadas. Como exemplo, teremos a evolução do método de registo de ocorrências que permitirá a estes agentes desportivos realizar de forma mais célere o relatório de jogo final.
O processo de consolidação será também fundamentado com a continuidade da implementação e evolução de vários módulos que descreveremos sucintamente de seguida.
8.2.1. SAND V4 – Sistema de Apoio à nomeação de delegados
Sistema de apoio à nomeação de Delegados: Implementação das presenças de Delegados Estagiários para o acompanhamento e formação em ambiente de competição. Desenvolvimento de modelo de classificação e registo de avaliação de Delegados.
8.2.2.
Transfer
Serão revistos alguns processos inerentes ao processo de inscrições e registo de contratos de forma a potenciar a sua otimização. A estrutura de cibersegurança aplicada nesta plataforma, será também alvo de uma reavaliação, estando já definidas ações que visam restringir e limitar ainda mais a possibilidade de acesso a documentação privada.
8.2.3.
Data Bridge Liga Portugal-FPF
Esta atividade visa a implementação dos mecanismos da ponte de dados entre a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol. A implementação desta ligação entre as duas organizações continuará dedicada aos dados referentes a inscrições, relatórios de jogo e disciplina.
8.2.4.
Portal de Clubes
Portal de comunicação entre os agentes desportivos e e-Liga para gestão de modelos de informação (apresentados no Comunicado Oficial nº1). Projeto executado em coordenação com o Departamento de Competições. Três grandes módulos foram lançados sobre este portal na época transata, nomeadamente os módulos referentes ao Licenciamento de Infraestruturas, Acreditação dos Media e Licenciamento Financeiro. A dimensão destas soluções e os circuitos funcionais abrangidos têm um impacto assinalável na dinamização do processo digital que se encontra em desenvolvimento. Estes projetos realizam-se em coordenação com o Departamento de Competições, Departamento Financeiro e área de Comunicação. Ainda no portal de clubes, dar-se-á início ao desenvolvimento de um novo módulo, Modelos e Documentação, com o objetivo de desmaterializar todos os modelos regulamentares atualmente preenchidos em papel.
8.2.5. Sistema de credenciação
Dar continuidade ao processo de análise e desenvolvimento da plataforma de credenciação, iniciado na época transata, que permitirá informatizar o acesso a zonas críticas de estádios, nomeadamente zonas técnicas, com a inclusão de códigos QR nas credenciais geradas.
8.2.6. Sistema de Notificações
Sistema de Notificações: Melhoria e uniformização da plataforma responsável pelas notificações via email e sms.
8.2.7. CRM
Garantir que as plataformas da Liga Portugal são continuamente alteradas para cumprir os objetivos mutáveis que surgem durante a época na área de CRM/FRM.
8.3. Atividades Diversas de Suporte a outros Departamentos
Existe um conjunto de projetos onde este departamento intervirá amplamente, que apesar de já se encontrarem apresentados, importa referir:
• Instalar em todas as plataformas web-based da Liga, espaços de promoção institucional e/ou publicitários, com capacidades de definir cotas e medir impressões e cliques.
Este projeto permitirá garantir que a Liga tenha ferramentas para promover ativamente as suas campanhas e/ou negociar contrapartidas digitais com os patrocinadores e parceiros;
• Manutenção e atualização constante dos websites da Liga Portugal;
• Manutenção e atualização constante da plataforma Milestones;
• Manutenção da APP da Liga Portugal e das plataformas que a suportam;
• Continuação da implementação de uma plataforma de CRM, e gestão de bases de dados de contactos, públicos e audiências no ecossistema da Liga Portugal;
• Acompanhamento do processo de formação e inicialização da utilização do Portal de Infraestruturas que irá agrupar as fichas técnicas de todos os estádios, de forma a ficarem disponíveis no tablet do delegado e relatórios de segurança, otimizando desta forma o
reporte de situações irregulares. Projeto em coordenação com o Departamento de Competições;
• Suporte à Plataforma de Monitorização do Manual de Licenciamento das Competições.
8.4. Ambiente de Qualidade e Desenvolvimento
A Liga Portugal dará continuidade à evolução do já criado Ambiente de Qualidade e Desenvolvimento, profissionalizando e dando cada vez mais robustez ao processo de disponibilização em produção das soluções desenvolvidas.
Minimizar o risco de erros e constrangimentos no acesso e manutenção das plataformas existentes, continuará a ser o objetivo da utilização deste ambiente.
para toda a atividade de organização de competições de Futebol Profissional e atividades com elas relacionadas, onde trabalha em ligação próxima com todas as suas partes interessadas, na partilha de sucessos e responsabilidades, tendo sempre presente a importância da proteção da informação que entre elas circula, promovendo desta forma a confiança entre todas as partes.
A segurança da informação, nomeadamente ao nível da proteção de dados e da informação qualificada, é vital na relação entre a Liga Portugal, as Sociedades Desportivas e as restantes entidades envolvidas.
a análise de vulnerabilidades às plataformas internas e externas, de forma a inviabilizar o acesso indevido às mesmas.
Também no sentido de proteger a Liga Portugal de possíveis ameaças de segurança, o Departamento de Tecnologia irá desenvolver as seguintes ações:
• Análise contínua dos mecanismos de segurança nas plataformas internas e externas;
• Desenvolvimento de barreiras físicas e lógicas nas instalações do Porto e Lisboa;
• Garantir o cumprimento de todos os requisitos da norma ISO 27001;
8.5. Segurança Digital
A informação gerida pela Liga Portugal, bem como os sistemas, aplicações e infraestruturas são ativos valiosos para a organização. Por entender que a perda de confidencialidade, integridade ou disponibilidade pode ter um impacto negativo na credibilidade da Liga Portugal e das suas partes interessadas, a segurança da digital e da informação deverá ser aplicada de forma sistemática em todas as fases do ciclo de vida da informação.
A Liga Portugal contribui de forma sustentada e sistemática para a Segurança da Informação, nos seus pilares fundamentais, Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade, como um fator facilitador e diferenciador,
Com a revolução digital aumentou exponencialmente a exposição de informação relevante a acessos indevidos. Os ciberataques não só podem promover o acesso a informação confidencial, como também causam danos às organizações e aos seus colaboradores. Estão em causa, por exemplo, infrações de direitos de autor, divulgação de dados sensíveis e de ativos das empresas ou mesmo as exigências do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) em relação à proteção de dados.
O desafio é grande, mas a Liga Portugal está empenhada a trabalhar na construção de plataformas de informações para despertar a consciência de todos os colaboradores e parceiros de negócio sobre a importância de seguir as boas práticas de segurança digital.
Este departamento levará a cabo a adaptação de um “Security Operational Center” (SOC) externo, o que irá permitir reagir em tempo real a eventos de brechas de segurança.
Continuamente, iremos proceder
• Monotorização do cumprimento do RGPD.
DEPARTAMENTO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO
O Departamento do Sistema de Gestão Integrado assegurou, na época 2021-22, a conformidade dos requisitos normativos de Qualidade, Segurança da Informação e Anticorrupção implementados na Liga Portugal e Fundação do Futebol, renovando os seus certificados.
As atividades do programa de gestão anual foram dinamizadas, assim como diversas ações de melhoria, quer na sede, nas instalações de Lisboa e na loja oficial.
Com o objetivo de garantir, não só a excelência, como a transparência da organização, a Liga Portugal foi certificada pela Quality Áustria, organismo de certificação austríaco, em parceria com a APCER, de acordo com a norma internacional ISO 37001 - Sistema de Gestão Anticorrupção. Foi ainda assinado um acordo de cooperação entre a Liga Portugal e a Sport Integrity Global Alliance (SIGA) com o objetivo de promover valores positivos no desporto e o compromisso na colaboração em temáticas relevantes como a boa governação, integridade financeira, prevenção e luta contra as apostas ilegais no desporto.
9.1. Sistema de gestão da qualidade –np en iso 9001:2015
Num ambiente cada vez mais dinâmico e complexo, satisfazer continuamente os respetivos requisitos constitui um desafio para as organizações. Com o objetivo de melhoria contínua do desempenho global da organização, a Liga Portugal e a Fundação do Futebol definiram as suas diretrizes e implementaram os planos de ação necessários por forma a satisfazer as exigências das suas partes interessadas.
9.3. Sistema de Gestão Anticorrupção – np iso 37001:2018
A norma NP ISO 37001:2018, Sistema de Gestão Anticorrupção, especifica requisitos e fornece orientações para estabelecer, implementar, manter, rever e melhorar as boas práticas internacionais de anticorrupção.
9.2. Sistema de gestão da segurança da informação – np iso 27001:2013
Num contexto de constante transformação digital é cada vez mais importante contribuir para a utilização e proteção da informação de forma confiável e segura.
A garantia da capacidade de preservar a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação relevante e melhoria contínua dos processos e procedimentos é uma das diretrizes mais importantes para a Liga Portugal e Fundação do Futebol – Liga Portugal por forma a dar confiança às partes interessadas de que os riscos da segurança da informação são geridos adequadamente.
Neste sentido, prosseguiu-se com o investimento na consciencialização e formação de todos os colaboradores e partes interessadas para as boas práticas da qualidade, segurança da informação e de privacidade.
Com o propósito de garantir a transparência e prevenir a corrupção na organização, a Liga Portugal implementou um Sistema de Gestão Anticorrupção e obteve, na época desportiva 2021-22, a certificação neste referencial, tornando-se a primeira organização desportiva a alcançar este reconhecimento.
DADE
DEPARTAMENTO DE APOIO À DIREÇÃO EXECUTIVA
Este departamento assegurou o apoio direto ao Presidente, à Direção, Direção Executiva e aos Órgãos Sociais da Liga Portugal. Foi da sua responsabilidade organizar, coordenar e executar todas as atividades inerentes à assessoria, secretariado de reuniões e protocolo, assim como assessorar a interligação entre os diversos departamentos, stakeholders, entidades públicas e privadas.
O departamento geriu a logística relativa a reuniões, atos de representação, visitas, convites e outros. Assegurou, igualmente, a correta gestão e implementação protocolar nos eventos organizados pela Liga Portugal e apoio em diversos processos organizacionais.
10.1. Acompanhamento Secretariado e Gestão Documental
Este departamento realizou a gestão e redação de correspondência, classificação de documentos, receção e encaminhamento de chamadas telefónicas, a gestão e agendamento de reuniões, planos de viagem, a gestão e atualização de contactos, controlo de agenda e dos compromissos do Presidente, da Direção, da Direção Executiva e dos Órgãos Sociais.
Durante a época 2021-22, elaborou, registou e promoveu a divulgação dos despachos, ofícios circulares, comunicações internas e outras decisões do Presidente, da Direção, da Direção Executiva e Mesa da Assembleia Geral Foi também da competência deste departamento o acompanhamento do secretariado de reuniões de articulação dos grandes eventos, como a Final Four e o Thinking Football Summit.
10.3. Suporte à Gestão de Eventos e Protocolar
Este departamento foi responsável pelo protocolo e acolhimento de convidados nos diversos eventos diretos e/ou transversais da Liga Portugal, nomeadamente: Kick-Off 2021-22, Final Four da Allianz CUP, Grupos de Trabalho e Jornadas Anuais e Cerimónia de Lançamento da primeira Pedra da Arena Liga Portugal. Esteve ainda envolvido na realização de eventos de cariz interno em articulação com Fundação do Futebol, inseridos nas políticas de Responsabilidade Social interna.
A plataforma de gestão de eventos revelou-se uma vez mais uma excelente ferramenta na organização dos eventos da Liga Portugal.
10.4. Atualização de Base de Dados
10.2. Suporte às Assembleias Gerais
O DADE efetuou a gestão das Assembleias Gerais, em estreita relação com o Presidente e Secretários da Mesa da Assembleia Geral, tendo sido realizadas na época 2021-22 um total de quatro reuniões, sendo duas ordinárias e duas extraordinárias.
Este departamento manteve a contínua atualização das bases de dados integrados na plataforma CRM.
RELATÓRIO E CONTAS INDIVIDUAIS 2021-22
Finda a época desportiva em análise, ou seja, 2021-22, a mesma pautou-se pela retoma de um conjunto de dinâmicas passadas afetadas, na sua execução e evolução, pela pandemia COVID-19. Apesar de ter decorrido mais de dois anos desde o início deste distúrbio, a indústria do Futebol, naturalmente, e como todas as outras indústrias, sofreu e continua ainda a sofrer impactos nefastos, com marcas profundas difíceis de esquecer e que só o tempo e a resiliência de todo o negócio conseguirão, dificultosamente, ultrapassar.
Tal como anteriormente foi salientado, umas das maiores preocupações da época desportiva em análise, atendendo ao passado recente era a necessidade de uma recuperação, a todos os níveis, urgentíssima, só possível em plena articulação com os nossos associados que permitissem minorar ao máximo as suas perdas, e por outro lado procurando elevar e sedimentar outras valências de receitas.
Assim, e com extrema dificuldade, sempre procurando tomar as melhores decisões de gestão, a época 2021-22 relevou-se pelo cumprimento do desafio de apresentar, mais uma vez, um resultado líquido positivo, na ordem do aprovado em assembleia-geral de plano de atividades e orçamento, num claro sinal de compromisso, prudência e maturidade que a organização vive. Hoje é inquestionável que o talento e valor que os novos e muitas vezes impensáveis desafios do Futebol Profissional Português exigem são enfrentados e ultrapassados com todo o profissionalismo atingindo sempre na
sua plenitude a conquista do sucesso com toda a serenidade.
A insatisfação interna sempre com um olhar desafiador relativamente a uma maior e melhor eficiência em todas as ações tidas em execução leva-nos à continuidade de um modelo de negócio sustentável. A nossa indústria, mais uma vez, pautou-se pela inigualável capacidade de adaptação, reajuste e implementação, no que diz respeito às melhores, e sempre em evolução, práticas implementadas internacionalmente.
Nunca se desviando dos princípios basilares de uma gestão profissional e sendo conhecedores de todas as dificuldades, os princípios nunca de mais deixados de referenciar tais como o do rigor, prudência e contenção, levaram-nos à sedimentada credibilidade da organização junto de todas as Instituições, assumindo a mesma um papel de destaque pelas opções estratégicas e de gestão em todo o momento tomadas. As sucessivas Direções, e esta em particular, dado tratar-se da época em análise, foram, por todos os seus membros e em todas as suas reuniões, enormes bastiões e guardiões das boas práticas, e com todo o bom senso e assertividade, tiveram o sensibilidade e compromisso de destacar as prioridades e tomar as melhores decisões de cumprimento dos nossos objetivos, pelo que este é o momento de agradecer a todos, sem distinção, os membros da Direção.
Prudentes e Cautelosos ou não sendo esta Direção guiada pelo enorme rigor e controlo orçamental o cumprimento imaculado do orçamento aprovado
em assembleia-geral da organização distribuímos integralmente, entre outras, receitas pelas Sociedades Desportivas, prémios da Taça da Liga, e conseguimos dar continuidade à organização de excelência em todas as competições. Permitimo-nos neste momento continuar a aferir a capacidade de autorregulação das Sociedades Desportivas no Futebol Profissional com base nos princípios de transparência e concorrência leal, na manutenção do princípio rigoroso de transparecia em todas as suas competições.
O espaço temporal objeto de análise neste documento de extrema relevância denominado de Relatório e Contas, bem como os resultados aqui apresentados, demonstram que a Liga Portugal, mais uma vez, e apesar de todas as dificuldades esperadas e inesperadas, escolheu, em conjunto com todos os associados, o caminho certo e robusto, e continuará a “marcar golos” de forma imaculada e profissional, sob o desiderato do futebol com talento como em todos os seus agentes se pode aferir diariamente.
Assim e como naturalmente se pode aferir, nas próximas páginas, discriminam-se as principais rubricas financeiras da época em análise, apresentando desta forma, pelo sétimo ano consecutivo, resultados operacionais positivos, nunca descurando o guião orçamental aprovado em assembleia geral dos seus associados preconizando o cumprimento de todos os objetivos delineados para o efeito.
5.1. Análise do Balanço em 30 de junho de 2022
O Balanço da Liga Portugal apresenta, em 30 de junho de 2022, um Resultado Líquido do Período positivo de 781 302€. No quadro abaixo, podemos verificar a evolução e estrutura do Ativo:
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos Fixos Tangíveis
3 633 140 23% 1 928 688 12% 1 704 451 1 529 938 12%
Ativos Intangíveis 246 946 2% 6 844 0% 240 102 16 267 0%
Participações Financeiras 911 095 6% 783 740 5% 127 355 709 329 5%
Outros Investimentos Financeiros 3 053 205 20% 887 109 6% 2 166 095 884 712 7%
TOTAL ATIVO NÃO CORRENTE
ATIVO CORRENTE
7 844 386 38% 3 606 382 23% 4 238 004 3 140 246 24%
Inventários 95 275 1% 32 745 0% 62 530 5 341 0% Créditos a Receber 932 613 6% 416 084 3% 516 529 1 152 562 9% Estado e Outros Entes Públicos 4 280 649 27% 1 865 119 12% 2 415 531 3 362 386 25% Associados 73 430 0% 523 508 3% (450 078) 651 612 5% Outros Ativos Correntes 1 820 048 12% 1 023 729 7% 796 319 738 844 6%
Diferimentos 93 717 1% 91 204 1% 2 514 48 963 0% Caixa e Depósitos Bancários 5 633 185 36% 8 085 933 52% (2 452 749) 4 135 725 31%
TOTAL ATIVO CORRENTE 12 928 917 62% 12 038 321 77% 890 596 10 095 434 76%
TOTAL DO ATIVO 20 773 303 100% 15 644 703 100% 5 128 600 13 235 680 100%
Analisando em detalhe as contas do Ativo, nomeadamente o Ativo Não Corrente, verificamos que os principais aumentos se verificam ao nível das rubricas de Ativos Fixos Tangíveis e Outros Investimentos Financeiros. Em relação aos Ativos Fixos Tangíveis este aumento deve-se sobretudo ao investimento na construção da nova sede, com o projeto de Arquitetura e Especialidades para o novo edifício, honorários de coordenação de projeto, com serviços de consultoria jurídica e com as diversas licenças relacionadas com a obra. Já relativamente à rubrica Outros investimentos Financeiros, o aumento nesta rubrica está diretamente relacionado com contrato de financiamento contraído com Banco Santander Totta, nomeadamente com uma das suas condições precedentes, constantes na ficha técnica aprovada, em que a Liga Portugal teve de depositar em conta própria o montante de 2.920.000 € para utilização, como fundos próprios, para a construção do Arena Liga Portugal.
excluídas da aplicação do método de equivalência patrimonial.
A Liga Infraestruturas é uma sociedade cujo objeto principal é a realização de investimentos na área imobiliária, incluindo compra e venda de imóveis, bem como a gestão, promoção, administração, exploração e locação de bens imobiliários próprios ou de terceiros. A Liga Infraestruturas detém um imóvel sito na Rua Castilho em Lisboa que a partir de outubro de 2019 o imóvel foi alugado à empresa Viva Payment Services SA Sucursal em Portugal, conforme contrato de arrendamento entre ambas as sociedades. O valor do imóvel representa cerca de 73% do valor do ativo da Liga Infraestruturas (311 739€).
Por outro lado, a SABSEG Desporto Seguro Lda. é uma empresa de mediação de seguros, sendo os seus principais clientes as diversas Sociedades Desportivas.
A atividade da Fundação do Futebol – Liga Portugal – FFLPFP consiste em utilizar a notoriedade do futebol, dos seus intervenientes e as competições profissionais em prol da responsabilidade social.
Constata-se um aumento de 16,2%, face ao período anterior, nas Participações Financeiras, que reflete a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial das participadas. A Liga Portugal detém participações nas seguintes sociedades: Liga Infraestruturas, ex ViaCastilho Gestão Imobiliária, Lda. (100%), SABSEG Desporto
Seguro, Lda. (30%) e Fundação do Futebol – Liga Portugal – FFLPFP (100%). Todas estas participações financeiras encontram-se registadas no ativo nas demonstrações financeiras individuais da Liga Portugal através da aplicação do método de equivalência patrimonial. No decorrer deste exercício, e fruto da
reorganização empresarial aprovada em sede Direção da Liga Portugal, foram constituídas duas novas sociedades: Liga Centralização (100 % participação Liga Portugal) e Liga Comercial (100% participação Liga Portugal). Atendendo à reduzida atividade destas duas empresas no exercício em análise, as mesmas foram
Decorrente da leitura e aplicação do Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho, a Liga Portugal irá apresentar, demonstrações financeiras consolidadas em que as participadas Liga Infraestruturas e Fundação do Futebol serão consolidadas pelo método de consolidação integral e a participada SABSEG Desporto Seguro pelo método da equivalência patrimonial. As empresas constituídas na presente época foram excluídas da consolidação uma vez que não apresentam atividade relevante no
período e da sua exclusão não resultam efeitos materialmente relevantes para as demonstrações financeiras consolidadas.
A rubrica Estado e Outros Entes Públicos reflete no Ativo os pagamentos efetuados no âmbito do PERES (1 672 937€), cujo desfecho dos processos judiciais ainda se aguarda, exceto no processo relativo ao IRC 2019, que estava totalmente provisionado e cujo desfecho foi favorável, tendo a provisão sido totalmente revertida no exercício anterior. Nesta rubrica estão refletidos também os valores pagos à Autoridade Tributária (2.018.867,34€), relativos ao processo da segunda fase (5 clubes) do totonegócio, que ainda aguarda decisão. Convém realçar que nestes processos foram ainda depositados 1.000€ em cada um/ depósito caução mantendo dessa forma todos os processos executivos em aberto. Estes pagamentos foram realizados no sentido de se libertar a penhora existente sobre o edifício sito da Rua constituição, no âmbito da celebração do contrato de permuta de terreno com a Câmara Municipal do Porto.
A rubrica Associados apresenta um saldo de 73 430€. O decréscimo desta rubrica face ao exercício anterior, em cerca de 86%, deve-se essencialmente à criação de imparidades relativamente às sociedades desportivas, não participantes nos campeonatos profissionais, que não regularizaram o valor das notas de débito (relativas às inscrições efetuadas nos anos de 2013 a 2018) relativamente aos processos de inspeção de IVA cifrando-se montante de 307.820€.
A rubrica de Outros Ativos Correntes, face ao período anterior, sofreu um
aumento de 77,8% cifrando-se à data do balanço em 1 820 048€. Esta rubrica compreende os acréscimos de rendimentos, quer relativos a patrocínios, quer os acréscimos relativos a valores afetos à Liga Portugal relacionados com a Placard e as Apostas Online do segundo trimestre de 2022 e ainda as afetações dos gastos da estrutura da Fundação do Futebol.
Os Diferimentos apresentam um
aumento de 2,8%, sendo o saldo final no valor de 93 717€. Incluem essencialmente gastos a reconhecer com parcerias, seguros, e licenças de software, referentes à época desportiva de 2022-23.
À data do balanço, as Disponibilidades em caixa e bancos no Ativo Corrente ascenderam ao montante de 5 633 185€, que representa uma diminuição de cerca de 30% relativamente ao ano anterior. O montante total de Caixa e Depósitos
Bancários integra ainda os depósitos sob garantia que ascendem a 2 920 000€ e que se encontram registados nos Ativos Não Correntes.
Os Fundos Patrimoniais totalizam o montante de 6 836 091€, mantendo-se a trajetória de reforço dos fundos. De salientar que contribuiu para este valor a incorporação do Resultado Líquido do Período positivo desta época desportiva no valor de 781 303€.
PASSIVO
NÃO CORRENTE
Provisões
1 596 882 11% 1 373 548 14% 223 334 1 532 080 19% Financiamentos Obtidos 380 952 3% 809 524 8% (428 571) 857 143 11%
TOTAL PASSIVO NÃO CORRENTE
PASSIVO CORRENTE
1 977 834 14% 2 183 072 23% (205 237) 2 389 223 30%
1 671 714 12% 634 383 7% 1 037 331 647 784 8% Estado e Outros Entes Públicos 269 870 2% 335 627 4% (65 758) 234 354 3% Associados
Fornecedores
1 693 519 12% 1 715 742 18% (22 223) 1 057 548 13% Financiamentos Obtidos 380 952 3% 142 857 1% 238 095 143 252 2% Diferimentos 1 520 396 11% 45 422 0% 1 474 974 6 232 0% Outros Passivos Correntes 6 422 918 46% 4 519 087 47% 1 903 832 3 458 746 44%
TOTAL PASSIVO CORRENTE
11 959 369 86% 7 393 118 77% 4 566 251 5 547 916 70%
TOTAL DO PASSIVO 13 937 204 100% 9 576 190 100% 4 361 014 7 937 139 100%
De acordo com o quadro acima, o Passivo cifra-se em 13 937 204€, sendo constituído pelo Passivo Não Corrente e pelo Passivo Corrente, que assumem, face ao total do passivo, um peso de 14% e 86% respetivamente.
O Passivo Não Corrente apresenta um saldo de 1 977 834€ que representa uma variação negativa de 9%. Esta rubrica é composta, pelo financiamento bancário no âmbito da Linha Capitalizar 2018 Fundo de Maneio, com o Banco Santander Totta S.A, cujo vencimento se cumpre em junho de 2024, e pelas provisões cujo detalhe pode ser consultado na nota 12 do anexo.
Evolução das rúbricas do Passivo da Liga Portugal (valores em milhares de euro; épocas 2019-20 a 2021-22)
Peso das rúbricas do Passivo da Liga Portugal (valores em percentagem; épocas 2019-20 a 2021-22)
O montante das dívidas a Fornecedores é de 1 671 714€, tendo aumentado consideravelmente face ao período anterior. Este aumento está relacionado com a existência de valores mais elevados a regularizar com fornecedores com vencimento após 30 de junho de 2022. A conta de Associados, no Passivo Corrente, apresenta um saldo de 1 693 519. O saldo desta rubrica reflete também o saldo positivo da exploração comercial referente a esta época desportiva. De acordo com o estabelecido no n.º 4 do artigo 8º do Estatutos da Liga, «o saldo positivo da prestação de contas das competições profissionais, resultante da diferença apurada em cada época desportiva entre, por um lado, os rendimentos da exploração comercial líquidos de gastos incorridos para a sua obtenção e, por outro lado, os gastos incorridos na organização dessas provas, será imputado às Sociedades Desportivas que nelas tenham participado nessa mesma época, de acordo com os critérios que vierem a ser deliberados pela Assembleia Geral, com prevalência pelo critério do mérito desportivo, depois de efetuadas as seguintes deduções:
• Uma parcela correspondente a 10% destinada ao Fundo de Equilíbrio Financeiro previsto no artigo 70.º, onde estabelece que o Fundo tem como limite o montante de 1.000.000€;
• Uma parcela correspondente a 10% destinada ao orçamento da Liga para financiamento das suas despesas gerais de funcionamento;
• Uma parcela correspondente a 25%, destinada ao Fundo de Infraestruturas da II Liga, previsto no artigo 70.º-A, até ao máximo de 500 000€.»
Feitas as respetivas deduções previstas estatutariamente, o saldo positivo da exploração comercial relativo à época 2021-22 é de 288 775,91€.
A rubrica Associados engloba igualmente uma verba referente ao mecanismo de apoio à despromoção de Sociedades Desportivas da Liga Portugal bwin para a Liga Portugal SABSEG, no montante de 536 175€. Esta verba tem origem no novo conceito das quotas TV, aprovado em Assembleia Geral pelos Associados em dezembro de 2017, complementado com nova decisão em Assembleia Geral em julho de 2019.
O saldo atual resulta de valores em aberto referentes à época 2021-22 e à constituição regular do valor do fundo relativo a 2021-22.
O saldo da rubrica de Outros Passivos Correntes representa cerca de 46% do Passivo e diz respeito essencialmente aos valores dos fundos estatutários regulamentares constituídos, assim como ao Fundo de Contingência criado pelos Associados aquando da aprovação de contas de 2018-19 e reforçado em aprovação de contas de 2020-21 e de 2021-22.
5.2. Análise das Contas de Exploração em 30 de junho de 2022
5.2.1. RENDIMENTOS
Evolução dos Rendimentos da Liga Portugal (valores em milhares de euro; épocas 2019-20 a 2021-22)
Os Rendimentos da Liga no período findo em 30 de junho de 2022 refletem um aumento para 21 900 803 (16 940 135€ em 2021-22), onde se incluem, para além dos montantes afetos aos patrocinadores/parceiros, os juros obtidos, os rendimentos e ganhos em subsidiárias e a imputação de subsídios para investimento.
Assim, relativamente ao período anterior, verificou-se um aumento nos rendimentos totais de 4 960 668€, com uma variação positiva de 1 519 118€ nas Vendas e Serviços Prestados, devido essencialmente ao aumento dos rendimentos obtidos referentes às multas e protestos, e uma variação positiva de 3 161 262€ nos Outros
Rendimentos, decorrente do aumento de alguns contratos de patrocínio, nomeadamente o contrato de naming sponsor da primeira liga com a Bwin.
A principal rubrica de Rendimentos continua a ser a dos patrocínios para o financiamento das competições profissionais, representando cerca de 71% dos rendimentos totais.
Os patrocinadores da Liga, como são os casos da Gobet – Entretenimento, S.A., da Sabseg Corretor de Seguros, S.A., da Guerin Rent-a-Car, Lda., da Finlog Aluguer e Comércio de Automóveis S.A., da Electronic Arts, da Konami Digital Entertainment Co. Ltd., da Olivedesportos, S.A., do Banco BIC Português, S.A., da Super Bock Bebidas S.A., da Select Sports,da Central Lobão – Ferramentas Elétricas SA e da BK
Portugal SA entre outros patrocinadores/ parceiros, contribuíram neste período com 15 268 700€ para o financiamento das competições organizadas pela Liga.
As vendas e serviços prestados que totalizam neste período 5 985 712€ representam 28% do total dos Rendimentos da Liga Portugal e um aumento de 34% face ao período anterior.
5.2.2. GASTOS
Os Gastos da Liga atingiram, no período de 2021-22, o valor de 21 118 036€, representando um aumento relativamente ao período anterior de 20%.
Assim procuraremos, e de acordo com o quadro e gráfico que se seguem, analisar as principais rubricas e comportamentos dos gastos: Evolução dos Gastos da Liga Portugal (valores em milhares de euro; épocas 2019-20 a 2021-22)
Os Fornecimentos e Serviços externos encontram-se detalhados na Nota 17.6 do Anexo.
De forma sucinta, nos Subcontratos, estão incluídos os gastos com a FPF, relativos às inscrições e transferências deste período e gastos com protocolo igualmente com a FPF. Compreendem ainda gastos com outras entidades, tais como o SJPF, ANTF e APAF.
Relativamente aos Serviços Especializados representam cerca de 67% dos Fornecimentos e Serviços Externos.
Os Trabalhos Especializados, com um montante total de 3 721 062€ sofreram um aumento de cerca de 29% face ao período anterior. Este aumento deve-se ao aumento e melhoria dos eventos organizados pela Liga Portugal, que envolveu a contratação de mais e especializados serviços para cumprir com excelência os mesmos.
Esta rubrica abrange o custo das análises antidopagem levadas a cabo pela ADOP (Autoridade Antidopagem de
Portugal), os serviços de desenvolvimento de aplicações informáticas no âmbito dos vários departamentos da Liga (eLiga, intraliga, Liga Virtual, Website Liga Portugal), os serviços de manutenção dos servidores a nível informático, a aposta da Liga no sistema de gestão integrado, com a segurança da informação e com a nova certificação pela ISO 37.001, os serviços de assessoria de informação, imagem e design, os serviços de análise de clipping e de monitorização do retorno das competições e dos patrocinadores, os serviços de marketing associados à aplicação dos contratos de patrocínio, a apresentação dos sorteios das competições/eventos, e outros gastos comerciais em que a Liga Portugal incorreu no decurso da sua atividade no presente período.
A rubrica Vigilância e Segurança incorpora, para além dos serviços prestados nas instalações da Liga, os encargos assumidos pela Liga com os vigilantes ARD´s nos jogos da Liga
Portugal SABSEG para a época 2021-22, perfazendo um montante total de 125 435€.
A rubrica de Honorários aumentou cerca de 2,9%, e engloba essencialmente as remunerações da arbitragem das competições organizadas pela Liga, assim como diversos prestadores de serviços, registando um saldo total de 3 691 602€.
Por fim, estão ainda relevados nos Serviços Especializados as verbas das equipas B (100 000€), bem como os valores da Taça da Liga, nomeadamente os prémios atribuídos aos Associados nos termos regulamentares.
Os Materiais representam cerca de 8% dos Fornecimentos e Serviços Externos, sendo que 63% desta rubrica diz respeito às bolas oficiais das competições, assim como aos equipamentos fornecidos pelo parceiro, neste caso a Select Sports.
As Deslocações, Estadas e Transportes, registaram um aumento de 278 974€. Esta rubrica compreende todos os transportes, viagens e alojamento relativos à arbitragem e às delegacias, assim como os diversos transportes e alojamento necessários ao longo da época desportiva, nomeadamente no âmbito realização dos diversos eventos. Este aumento substancial está relacionado com a retoma de alguns eventos que tinham sido condicionados na época anterior devido à COVID-19.
As Rendas e Alugueres, inseridas nos serviços diversos cifram-se em 519 091€ (mais 37 968€ do que o período anterior), cuja principal componente é o aluguer de viaturas para efetuar transporte regular dos agentes de arbitragem de e para os diversos estádios das competições profissionais.
A aposta da Direção da Liga continua a ser na valorização dos recursos humanos, procurando uma constante melhoria dos serviços a prestar aos Associados, patrocinadores e parceiros, alicerçada em recursos especializados e de elevada competência. Em 30 de junho de 2022, o número de colaboradores da Liga era de 97, mais 13 que no final da época anterior.
As remunerações do pessoal, incluindo os Órgãos Sociais, registaram um saldo de 2 895 220€, enquanto os Encargos Sobre as Remunerações ascenderam neste período a 659 578€. O valor remanescente é, essencialmente, relativo às indemnizações, seguros e higiene e segurança no trabalho. Assim, esta rubrica perfez o montante global de 3 644 471€.
As depreciações do período foram calculadas de acordo com as correspondentes vidas úteis estimadas de cada bem, o que não difere significativamente das taxas máximas previstas na tabela geral do Decreto Regulamentar nº 25/2009, de 14 de setembro, tendo atingido o valor de 146 618€.
Analisando a rubrica Outros Gastos, constatamos uma diminuição face ao período anterior de 2%. Esta rubrica inclui o apuramento do valor da exploração comercial das competições do período em análise (399 844€), as verbas destinadas ao fundo de despromoção (300 000€), para fazer face às adversidades verificadas pelas Sociedades Desportivas que são despromovidas para a Liga Portugal SABSEG, bem como a constituição do fundo para imprevistos aprovado na assembleia geral em dezembro 2017 (550 000€).
5.2.3. RESULTADOS
Tal como preconizado no Plano de Atividades e Orçamento, a época desportiva 2021-22, tratou-se de um período de franca estabilidade e de uma clara aposta constante nos serviços, de excelência, prestados pela Liga Portugal, na procura incessante das melhorias suscitadas pela sua Direção e pelos seus Associados. Unicamente esse equilíbrio e essa maturidade, permitiram que, apesar de todas as adversidades mundiais e nacionais vividas e ultrapassadas com união e competência, todos os constrangimentos quer na execução dos rendimentos, quer nas dificuldades encontradas na concretização dos diferentes projetos, fosse possível alcançar e suplantar o resultado orçamentado, alcançando pelo sexto ano consecutivo resultados operacionais positivos.
Assim, e de acordo com a estrutura funcional da Liga, na época desportiva 2021-22 atingiu-se um saldo positivo no valor global de 1 182 610€.
Evolução dos Resultados Associativos e Comerciais da Liga Portugal (*) (valores em milhares de euro; épocas 2012-13 a 2021-22)
(*) Resultados antes de impostos
Evolução dos Resultados Globais da Liga Portugal (*) (valores em milhares de euro; épocas 2012-13 a 2021-22)
(*) Resultados antes de impostos
Verificaram-se resultados positivos quer na atividade associativa e da Liga Portugal, quer na exploração das competições profissionais. No que respeita à atividade associativa e da Liga Portugal os resultados foram inferiores às últimas épocas, sendo que, em sentido inverso, o resultado alcançado pela exploração das competições profissionais aumentou face à época anterior.
Analisando o gráfico seguinte, podemos verificar a evolução de cada uma das atividades nos últimos anos.
O seguinte gráfico demonstra a evolução dos Resultados Antes de Impostos que foi conseguida nas últimas épocas desportivas, tendo sido alcançados resultados positivos de forma constante.
Evolução dos Resultados Antes de Impostos da Liga Portugal (valores em milhares de euro; épocas 2012-13 a 2021-22)
Assim, o Resultado Líquido da Liga, constituído apenas pelo saldo positivo relativo às receitas e encargos de cariz associativo e próprias da Liga Portugal, previstos nos artigos 63.º, 64.º e 69.º dos Estatutos da Liga, deduzido da estimativa de Imposto Sobre o Rendimento do período no montante de 1 464,81€, é de 781 303€.
5.2.4. ANÁLISE DOS CENTROS ANALÍTICOS
No seguimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nas últimas épocas, a Liga Portugal tem procurado um cada vez maior, e mais rigoroso, controlo das suas contas, nomeadamente no reconhecimento e na imputação dos seus Gastos e Rendimentos, quer à organização das competições, quer à sua própria estrutura.
Assim, de acordo com a estrutura de financiamento da Liga Portugal, a época em análise, 2021-22, apresentou os seguintes resultados analíticos:
Rendimentos Associativos e da Liga Portugal
6 917 013 5 489 482 1 427 531 26%
Rendimentos Exploraçao das Competições Profissionais 14 983 790 11 451 731 3 532 059 31%
TOTAL DE RENDIMENTOS
Organismos e Entidades
Eventos e Formação
21 900 803 16 941 213 4 959 590 29%
1 006 394 894 629 111 765 12%
1 460 540 807 401 653 139 81%
Estrutura, Serviços e Outros 10 001 431 7 851 959 2 149 472 27%
TOTAL DE GASTOS
Distribuição Direta
12 468 365 9 553 988 2 914 377 31%
2 700 000 981 874 1 718 126 175%
Distribuição Indireta 5 549 828 5 246 950 302 878 6%
TOTAL DA DISTRIBUIÇÃO 8 249 828 6 228 824 2 021 004 32%
RESULTADO OPERACIONAL
1 182 611 1 158 402 24 209 2%
Relativamente aos Rendimentos, apesar da apresentação na Demonstração dos Resultados não ter uma correspondência direta com os centros de Gastos, a sua distribuição funcional pode ser ordenada pela atividade associativa e da Liga Portugal e pela atividade referente à exploração das competições profissionais.
De relevar que na época em análise e no âmbito do apuramento dos resultados por centro analítico foram mantidas as taxas de imputação do exercício anterior.
No que respeita à Atividade Associativa e da Liga Portugal, os rendimentos englobam, para além da área de negócio referente aos Produtos Oficiais, as quotas das Sociedades Desportivas, cartões de identificação, multas e penalizações, taxas de inscrições e de transferências de jogadores, treinadores e outros agentes desportivos, tudo isto representando 32% dos rendimentos totais da Liga Portugal.
Pela organização das competições profissionais destacam-se os patrocínios como a principal fonte geradora de Rendimentos: Gobet – Entretenimento, S.A., Sabseg Corretor de Seguros, S.A., Olivedesportos, S.A., Select Sports , Guerin Rent-a-Car, Lda., Finlog Aluguer e Comércio de Automóveis S.A., Electronic Arts, Konami Digital Entertainment Co. Ltd., Banco BIC Português, S.A. e Super Bock Bebidas S.A..
A Distribuição é efetuada pela Liga Portugal quer de forma direta, com a distribuição de verbas às Sociedades Desportivas, quer de forma indireta, suportando os gastos inerentes à organização das competições. Conforme se pode
constatar através da análise do quadro abaixo, esta rubrica atingiu em 2021-22 o valor de 8 249 828€.
Distribuição às Sociedades Desportivas 2021-22 2020-21 Variação 21-22 / 20-21 Variação %
DISTRIBUIÇÃO DIRETA
Prémios da Taça da Liga 2 100 000 421 874 1 678 126 398%
Quotas Equipas B 100 000 100 000 - 0% Direitos Comerciais 63 000 55 000 8 000 15% Mecanismo solidariedade equipas despromovidas 300 000 300 000 - 0% Serviço de vigilância nos estádios 80 000 80 000 - 0% Outros 57 000 25 000 32 000 128%
TOTAL DISTRIBUIÇÃO DIRETA 2 700 000 981 874 1 718 126 175%
DISTRIBUIÇÃO INDIRETA
Serviço de vigilância nos estádios - -Fornecimento Oficial de Bilhética 18 130 806 17 324 2149% Controlo anti-doping 113 000 113 000 - 0% Distribuição de bolas 699 840 759 780 (59 940) -8% Fundo AG Dez 17 550 000 550 000 - 0% Arbitragem 3 265 149 3 044 990 220 159 7% Observadores 466 959 358 865 108 094 30% Delegados 436 750 419 509 17 241 4% Outros - - - 0%
TOTAL DISTRIBUIÇÃO INDIRETA 5 549 828 5 246 950 302 878 6%
TOTAL 8 249 828 6 228 824 2 021 004 32%
Relativamente à distribuição direta, a verba de maior relevância foi a relacionada com os prémios da Allianz CUP, distribuídos diretamente aos Associados com base nos rendimentos comerciais obtidos para a competição e distribuídos nos termos regulamentares.
Em linha com o aprovado em Assembleia Geral pelos nossos Associados, em 2021-22 foi constituída a verba referente ao mecanismo de apoio à despromoção de Sociedades Desportivas da Liga Portugal bwin para a Liga Portugal Sabseg no valor 300 000€, bem como o fundo para possíveis imprevistos que possam surgir no valor de 550 000€.
Com grande relevância pelo seu impacto financeiro nas contas da Liga, os Encargos com a Arbitragem assumiram nesta época cerca de 18% dos gastos totais da Liga e incluem-se na Distribuição Indireta às Sociedades Desportivas. O aumento verificado nesta época, de cerca de 7% está essencialmente relacionado com o aumento de gastos relacionados com o maior número de jogos agendados e realizados à semana e as condições especiais implementadas de deslocação e pernoita dos agentes desportivos.
Assim, de forma detalhada e conforme o quadro e gráficos abaixo, esta rubrica inclui os honorários pagos aos árbitros e aos observadores, as deslocações e estadas e as despesas com os membros do Conselho de Arbitragem.
ARBITRAGEM
2021-22 2020-21 Variação 21-22 / 20-21 VARIAÇÃO %
Arbitragem 3 265 149 3 044 990 220 159 7% Observadores 414 065 358 865 55 200 15% Conselho de Arbitragem 52 894 26 140 26 754 102%
TOTAL 3 732 108 3 429 995 302 113 9%
Relativamente aos Gastos incorridos em 2021-22, verificou-se uma variação de 31%, conforme quadro abaixo apresentado e resulta de forma global na aposta constante em novos projetos e em metas cada vez mais ambiciosas, assim como na procura constante da melhoria do serviço a prestar às Sociedades Desportivas.
GASTOS
2021-22 2020-21 Variação 21-22 / 20-21 Variação %
Organismos e Entidades 1 006 394 894 629 111 765 12% Eventos e Formação 1 460 540 807 401 653 139 81% Estrutura e Serviços 8 747 469 7 074 662 1 672 807 24%
Outros Gastos Operacionais 503 809 596 367 -92 558 -16% Depreciações e Amortizações 146 618 153 669 -7 051 -5%
Evolução
das Rúbricas da Arbitragem da Liga Portugal (valores em milhares de euro; épocas 2018-19 a 2021-22)
Financeiros
Imparidades
As comparticipações financeiras da Liga Portugal aos Organismos e Entidades com as quais tem protocolos e responsabilidades foram de 1 006 394€, representando 6% dos gastos totais da Liga Portugal na época de 2021-22.
Relativamente aos eventos organizados pela Liga, dada a situação epidemiológica vivida ao longo do exercício anterior, o investimento aumentou nesta época desportiva em cerca de 81%, muito devido ao crescimento do projeto dos Produtos Oficiais, e pela retoma de determinados eventos anteriormente suspensos devido à COVID-19.
A execução dos gastos com a estrutura está diretamente relacionada com a execução do plano de atividades apresentado neste documento, bem como com a estrutura da Liga Portugal, refletindo a implementação contínua de um ambicioso processo de desenvolvimento e de modernização dos seus serviços, com vista ao aumento da competitividade e da capacidade de valorizar e projetar as competições que organiza.
5.3. Análise Gráfica das Competições
As três competições profissionais organizadas pela Liga totalizaram 653 jogos distribuindo-se os mesmos pela Liga Portugal bwin (306 jogos) mais 2 do Playoff, pela Liga Portugal 2 SABSEG (306 jogos) mais 2 do Playoff, e pela Allianz Cup (37 jogos).
Assim, por competição, obtiveram-se os seguintes resultados operacionais1:
A base de cálculo dos Gastos Comuns incorridos por competição, foram aferidos com base proporcional ao rendimento obtido por essa mesma competição. Da análise dos gráficos anteriores, que refletem o resultado global das competições da Liga, constata-se um saldo positivo com a organização e exploração das mesmas, tal como se verificou nas épocas anteriores.
1 Resultados antes de imposto e da imputação conforme art.º 8 dos Estatutos Liga Portugal
5.4. Perspetivas Futuras
Como princípios preconizados e implementados pela Direção ao longo do início do seu mandato em 2015, a época 2021-22 manteve o bom caminho de resultados positivos gerados pela Liga, obtendo-se pela sexta época consecutiva resultados extremamente positivos.
Foram distribuídos aos Associados valores que rondaram os 8 249 828€, quer pelos prémios decorrentes da Allianz CUP, quer na disponibilização de bens e serviços para a atividade das Sociedades Desportivas e suporte às competições.
Foi invertida a tendência de resultados negativos obtidos nas épocas 2012-13, 2013-14 e 2014-15. As últimas seis épocas geraram resultados positivos, permitindo que se efetuasse o processo de saneamento da situação financeira líquida negativa da organização.
Com um sentimento de enorme orgulho no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, de forma criteriosa, ponderada e profissional ao longo dos anos, entendemos que muito trabalho ainda há a fazer, em conjunto com as Sociedades Desportivas, pois os desafios são enormes e só com a união de todos conseguiremos manter a senda do sucesso.
A Liga Portugal compromete-se a manter o rigor em todas as atividades previstas no Plano de Atividades para a época 2022-23, sem nunca descurar a estabilização financeira da Liga Portugal onde se releva inclusivamente no orçamento aprovado pelos Associados para a época 2022-23 em que prevê receitas totais de 23,4M€ e gastos de 22,3M€, o que significa, uma vez mais, um resultado operacional positivo de 1,1M€, constituindo um orçamento de aposta na melhoria continuada da situação económico-financeira da Liga Portugal.
Assim e dando continuidade ao trabalho estruturado e implementado por esta Direção este orçamento declara-se como uma aposta na continuidade da estabilidade financeira da Liga Portugal, permitindo prosseguir a cada vez mais relevante afirmação
da forte e credível marca Liga Portugal. Procura-se assim, a manutenção do nível dos rendimentos, sempre numa perspetiva prudente, o aumento da distribuição de verbas às Sociedades Desportivas e a aposta na valorização dos quadros da Liga Portugal e na manutenção da excelência do nosso produto, dando continuidade à afirmação da forte marca Liga Portugal, à solidificação e crescimento das competições bem como o aumento do impacto da visibilidade das mesmas.
Na presente fase de consolidação da maturidade da Liga Portugal, o objetivo é e continuará a ser o de criar uma maior e sã competitividade, investir, criar novas ferramentas de apoio e organização acompanhando desta forma a evolução do sector e indústria do futebol.
A Direção da Liga Portugal continuará a executar o seu competente e assertivo trabalho e a manter-se particularmente atenta a novos desafios e alvos específicos. Continuará a pugnar ainda pela existência de medidas de apoio que reponham a igualdade relativamente a outros sectores. As implementações das mesmas pecam por tardias a cada momento que passa dado que a desigualdade do sector face a outros dentro do mesmo território é de tal forma gritante que necessitam de resolução urgente.
A 24 de fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia, tendo originado consequências, económicas e outras, para os países da União Europeia e para o mundo. Atualmente, uma das consequências mais relevantes deste conflito é uma subida generalizada dos preços. A Liga encontra-se a monitorizar os impactos económicos e financeiros deste aumento nos seus gastos operacionais, muito embora, não sejam esperados impactos relevantes.
A Direção irá manter o acompanhamento de todos os desenvolvimentos relacionados com a situação económica nacional e internacional, designadamente decorrentes da guerra na Ucrânia, e os seus efeitos nos mercados, continuando a seguir atentamente, no que respeita aos efeitos da pandemia COVID-19, as recomendações das entidades competentes, nacionais e internacionais, para acompanhamento e gestão da crise de forma a proteger pessoas e a atividade da Liga.
5.5. Proposta de Aplicação de Resultados
Decorrente da análise da estrutura vertida nos centros analíticos, e tendo em conta as receitas e encargos de cariz associativo, previstas nos artigos 63.º, 64.º e 69.º dos Estatutos da Liga, foi apurado, no período findo a 30 de junho de 2022, um resultado líquido do período afeto à Atividade Associativa de 781 302,51€.
Assim, propõe a Direção da Liga, de acordo com o definido pelos Estatutos e atenta ao facto de a Liga se tratar de uma associação de direito privado sem fins lucrativos, que o referido resultado seja aplicado da seguinte forma:
Resultados Transitados no valor de 781 302,51€.
Porto, 14 de setembro de 2022
A Direção da Liga Portugal – Mandato 2019-2023
NOTA EXPLICATIVA ADICIONAL:
O saldo apurado na exploração da atividade comercial foi de 288 77,91€, líquido das deduções estatutárias. Nos termos do n.º 4 do artigo 8º do Estatutos da Liga, este valor deverá ser imputado às Sociedades Desportivas, sendo que, nos termos do n.º 5 do mesmo artigo, existindo um saldo negativo, este deve ser deduzido aos saldos positivos das épocas desportivas seguintes. Importa, ainda, salientar que o n.º 5 do artigo 8º dos Estatutos da Liga prevê que o saldo negativo apurado numa época desportiva é deduzido aos saldos positivos, havendo-os, de uma ou mais épocas desportivas posteriores.
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
A 30 DE JUNHO DE 2022
6.1. Balanço em 30 de junho de 2022 e 2021
BALANÇO
RÚBRICAS
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
6.2. Demonstração dos Resultados por Naturezas do Período findo em 30 de junho de 2022 e 2021
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
7 3 633 139,64 1 928 688,25
6 246 946,37 6 844,30
Investimentos financeiros – participações financeiras 10 911 095,18 783 740,10
Investimentos financeiros – outros investimentos 10 3 053 204,76 887 109,28 7 844 385,95 3 606 381,93
ATIVO CORRENTE
Inventários
17 95 275,41 32 745,21
Créditos a receber 16 932 612,61 416 083,70
Estado e outros entes públicos
17 4 280 649,26 1 865 118,76
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
RENDIMENTOS E GASTOS
Vendas e serviços prestados
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
11,17 5 985 711,59 4 466 594,08
Subsídios, doações e legados à exploração 11 701,71 12 810,49 Ganhos/perdas imputados de subsid. assoc. e empreend. conjuntos 10 206 853,08 153 910,86
Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 19 (67 948,20) (20 820,24)
Fornecimentos e serviços externos 17 (14 853 649,48) (10 709 685,14)
Gastos com o pessoal 17 (3 644 470,78) (3 401 350,33)
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 9 92 179,55 -
Provisões (aumentos/reduções) 12 (223 333,97) 158 532,28
Outros rendimentos 11,17 15 256 606,77 12 148 287,29
Associados
16,17 1 820 047,76 1 023 729,07
5,16 73 429,74 523 507,71 Outros ativos correntes
Diferimentos 17 93 717,39 91 203,57
Caixa e depósitos bancários 4 5 633 184,55 8 085 933,19 12 928 916,72 12 038 321,21
TOTAL DO ATIVO 20 773 302,67 15 644 703,14
FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO FUNDOS PATRIMONIAIS
Fundos 16 853 886,00 853 886,00 Reservas 18 1 000 000,00 1 000 000,00
Resultados transitados DACP 3 413 348,92 2 635 864,73 Ajustamentos/Outras variações nos Fundos Patrimoniais 13 787 561,35 801 278,29 6 054 796,27 5 291 029,02
Resultado líquido do período 781 302,51 777 484,19
TOTAL DOS FUNDOS PATRIMONIAIS 6 836 098,78 6 068 513,21
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE
Provisões 12 1 596 882,03 1 373 548,06 Associados 5,16 -Financiamentos obtidos 16 380 952,42 809 523,81 1 977 834,45 2 183 071,87
PASSIVO CORRENTE
Fornecedores 16 1 671 714,38 634 383,14
Estado e outros entes públicos 17 269 869,74 335 627,28 Associados 5,16 1 693 518,63 1 715 742,02
Financiamentos obtidos 16 380 952,36 142 857,15
520 395,95
Outros gastos 17 (1 827 716,91) (1 873 128,27)
RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS
935 933,36 935 151,02
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 7 (146 618,45) (153 669,11) Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) - -
RESULTADO OPERACIONAL (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS)
789 314,91 781 481,91
Juros e rendimentos similares obtidos -Juros e gastos similares suportados 16 (6 547,59) (3 660,72)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS
782 767,32 777 821,19
Imposto sobre o rendimento do período 15 (1 464,81) (337,00) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 781 302,51 777 484,19
*As notas anexas (Nota 6.5) fazem parte integrante da Demonstração dos Resultados para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
6.3. Demonstração dos Fluxos de Caixa do Período findo em 30 de junho de 2022 e 2021
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
ATIVIDADES OPERACIONAIS
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
22 085 418,76 19 263 523,00 Pagamentos a fornecedores (16 659 006,00) (10 613 127,00) Pagamentos ao pessoal (1 835 009,45) (1 740 409,00) 3 591 403,31 6 909 987,00
Recebimentos de clientes
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 6 503,83 6 778,00 Outros recebimentos/pagamentos (2 004 735,48) (2 118 967,16)
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
1 593 171,66 4 797 797,84
Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros (8 716,36) (7 216,62)
Ativos fixos tangíveis (688 923,41) (788 706,00) Ativos fixos intangíveis (246 139,63)Outros Ativos (2 920 000,00)
Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 14 400,00 9 600,00 Juros e rendimentos similares 524,02 1 616,33
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) (3 848 855,38) (784 706,29)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos - -
Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (190 476,18) (47 619,00) Juros e gastos similares (6 588,74) (15 264,24)
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) (197 064,92) (62 883,24)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (2 452 748,64) 3 950 208,31
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 8 085 933,19 4 135 724,88 Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 5 633 184,55 8 085 933,19
*As notas anexas (Nota 6.5) fazem parte integrante da Demonstração dos Fluxos de Caixa para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
Posição em 30.06.2021 853 886,00 - 1 000 000,00 2 635 864,73 801 278,29 777 484,19 6 068 513,21
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Aplicação do resultado líquido de 2020/21 777 484,19 (777 484,19) -
Outras alterações reconhecidas nos fundos patrimoniais (13 716,94) (13 716,94) Fundo de Equilíbrio Financeiro -
Cobertura de perdas – atividade comercialAplicação do método de equivalência patrimonialTotal de alterações no período - - - 777 484,19 (13 716,94) (777 484,19) (13 716,94)
Resultado líquido do período 781 302,51 781 302,51
Resultado integral 781 302,51 781 302,51
Operações com associados -
Outras operações - cobertura prejuízos atividade comercialTotal operações com associados - - - - - - -
Posição em 30.06.2022 853 886,00 - 1 000 000,00 3 413 348,92 787 561,35 781 302,51 6 836 098,78
-
FUNDOS PATRIMONIAIS ATRIBUÍDOS AOS ASSOCIADOS
NOTAS* # 51 # 551 # 552 # 56 #57 e # 59 # 81
NOTA FUNDOS RESERVAS LEGAIS OUTRAS RESERVAS RESULTADOS TRANSITADOS OUTRAS VARIAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO TOTAL
Posição em 30.06.2020 853 886,00 - 1 000 000,00 1 526 769,95 808 790,19 1 109 094,78 5 298 540,92
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Aplicação do resultado líquido de 2019/20 1 109 094,78 (1 109 094,78) -
Outras alterações reconhecidas nos fundos patrimoniais (7 511,90) (7 511,90) Fundo de Equilíbrio Financeiro
Cobertura de perdas – atividade comercial Aplicação do método de equivalência patrimonial -
Total de alterações no período - - - 1 109 094,78 (7 511,90) (1 109 094,78) (7 511,90)
Resultado líquido do período 777 484,19 777 484,19
Resultado integral 777 484,19 777 484,19
Operações com associados -
Outras operações - cobertura prejuízos atividade comercialTotal operações com associados - - - - - - -
Posição em 30.06.2021 853 886,00 - 1 000 000,00 2 635 864,73 801 278,29 777 484,19 6 068 513,21
*As notas anexas (Nota 6.5) fazem parte integrante da Demonstração das Alterações nos Fundos Patrimoniais para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
6.5.
Anexo às Demonstrações
Financeiras a 30 de junho de 2022
NOTA 1 IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
A Liga Portugal é uma associação de direito privado de âmbito nacional, constituída em 1978, que tem a sua sede social na Rua da Constituição, 2555, 4250-173 Porto.
A Liga Portugal tem como fins principais o exercício dos poderes e das competências legalmente conferidos à Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com referência às competições profissionais de futebol; a promoção e defesa dos interesses comuns dos seus membros e a gestão dos assuntos inerentes à organização e prática do Futebol Profissional e das suas competições; organização e regulamentação das competições de carácter profissional que se disputem no âmbito da FPF; negociação, gestão e supervisão do interesse e por conta dos seus associados da exploração comercial das competições profissionais.
As notas que se seguem respeitam à numeração definida no Regime de Normalização Contabilística para as Entidades do Sector Não Lucrativo (SNC-ESNL), incluindo apenas divulgações das Normas Contabilísticas de Relato Financeiro aplicáveis à Liga Portugal.
A Direção entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Liga, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa.
Todos os montantes apresentados neste anexo são apresentados em EUR (€).
NOTA 2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nota 2.1 Diplomas legais
As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto de continuidade de operações, a partir dos registos contabilísticos da Sociedade e de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística, regulado pelos seguintes diplomas legais:
• Decreto-Lei n º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística), alterado pelo Decreto-lei n º 98/2015, de 2 de julho;
• Portaria n º 218/2015, de 23 de julho (Código de Contas);
• Portaria n º 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações Financeiras);
• Aviso n º 8254/2015, de 29 de julho (Estrutura Conceptual);
• Aviso n º 8259/2015, de 29 de julho (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro para as entidades do sector não lucrativo); e
• Aviso n º 8258/2015, de 29 de julho (Normas Interpretativas).
A Direção procedeu à avaliação da capacidade da Instituição operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante disponível, incluindo os acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras. Em resultado da avaliação efetuada, a Direção concluiu que a Instituição dispõe de recursos adequados para manter as atividades, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade
das operações na preparação das demonstrações financeiras.
Nota 2.2 Comparabilidade
As quantias relativas ao período findo em 30 de junho de 2021, incluídas nas Demonstrações Financeiras, para efeitos comparativos, estão apresentadas em conformidade com o modelo resultante das alterações introduzidas pelos diplomas legais referidos no parágrafo anterior.
Conforme definido no SNC-ESNL, a rubrica de propriedades de investimento encontra-se apresentada na rubrica de ativos fixos tangíveis conforme é possível constatar na nota 7.
amortizados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso, pelo método das quotas constantes, durante um período de 3 anos.
Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Liga, sejam controláveis pela Liga e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade.
Nota
2.3 Derrogações das disposições do sistema de normalização contabilística
Não existiram no decorrer do período a que respeitam as presentes demonstrações financeiras derrogações de qualquer disposição prevista nas normas do Sistema de Normalização Contabilística.
NOTA 3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Nota 3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras
Nota 3.1.1
Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis, que compreendem essencialmente programas de computador e o registo de marcas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade e das amortizações acumuladas. Estes ativos são
Através de escritura em 19 de dezembro de 1995, a Câmara Municipal do Porto cedeu gratuitamente em direito de superfície à Liga a parcela de terreno sita na Rua da Constituição. Em 18 de julho de 2000, a Câmara cedeu o referido terreno em propriedade plena, com a condição de reversão imediata caso lhe seja dado destino diferente de utilização. Em Junho de 2022 foi celebrado um contrato de permuta com a Câmara Municipal do Porto, entre o terreno sita na Rua da Constituição e o terreno da nova sede da Liga Portugal.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate destes ativos são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/ abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados, como “Outros Rendimentos” ou “Outros Gastos”.
Nota 3.1.2 Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de julho de 2009, encontram-se registados ao seu custo considerado, o qual corresponde ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas por imparidade.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações e de perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual/ duodécimos, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
VIDA ÚTIL Anos
Edifícios e outras construções 10 - 50
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 3 - 10
Outros Ativos Fixos tangíveis 4 - 10
Os custos com a manutenção e reparação que não aumentam a vida útil destes ativos fixos são registados como gastos do período em que ocorrem. Os gastos com grandes reparações e remodelações são incluídos no valor contabilístico do ativo sempre que se perspetive que este origine benefícios económicos futuros adicionais.
Os ativos fixos tangíveis em curso, representam ativos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate destes ativos são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados, como “Outros Rendimentos” ou “Outros Gastos”.
Nota 3.1.3 Locações
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os contratos de locação, em que a Liga age como locatário, são classificados como locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, e como locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
De acordo com o método financeiro, o custo do ativo é registado como um ativo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”, os juros incluídos no valor das rendas e a reintegração do ativo são registados como gasto na demonstração dos resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados, numa base linear, durante o período do contrato de locação.
Nota 3.1.4 Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido ou reduzido ao valor proporcional à participação nos fundos patrimoniais dessas empresas, reportado à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas, anualmente, pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do período. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos fundos patrimoniais dessas empresas, por contrapartida da rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros”. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.
Nota 3.1.5 Imparidade dos ativos não correntes (exceto goodwill)
Sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado não possa ser recuperado, é efetuada uma avaliação de imparidade, com referência ao final de cada período.
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada como um gasto na rubrica “Imparidade de ativos depreciáveis”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que espera que surjam do uso continuado do ativo e
da sua alienação no final da sua vida útil.
A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a amortização/depreciação do ativo é ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efetuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida como um rendimento na demonstração dos resultados. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação), caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Nota 3.1.6 Custos de empréstimos obtidos
Os encargos financeiros com empréstimos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime de acréscimo.
Nos casos em que estes encargos sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo cujo período para ficar pronto para o uso pretendido seja substancial, estes
encargos são capitalizados até ao momento em que todas as atividades necessárias para preparar o ativo elegível para o seu uso ou para a sua venda estejam concluídas.
Nota 3.1.7 Instrumentos
DÍVIDAS DE TERCEIROS
dos resultados do período de acordo com o regime de acréscimo. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos, caso não sejam liquidados durante o período.
correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.
demostrações financeiras sempre que a probabilidade de existir uma saída de recursos no futuro não seja remota.
financeiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu custo e apresentadas no balanço deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões), de forma a refletir o seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Liga tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo custo. Até à data, o custo não difere no seu valor nominal.
EMPRÉSTIMOS
Os empréstimos são registados no passivo pelo seu custo, deduzido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e contabilizados na demonstração
Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e a Direção pretenda liquidar, numa base líquida, ou realizar a ativo a liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados no balanço pelo seu montante líquido.
FORNECEDORES E DÍVIDAS A TERCEIROS
Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo. O custo corresponde ao seu valor nominal.
Nota 3.1.9 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
PASSIVOS FINANCEIROS
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem.
Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são registados inicialmente pelo seu custo, deduzido dos custos de transação incorridos, e subsequentemente ao custo menos perda por imparidade.
Nota 3.1.8 Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e Depósitos Bancários”
As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, quando seja provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e quando o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data e as que são para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
Os passivos contingentes são avaliados pela Liga como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o controlo da Liga Portugal, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados, mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou, sendo provável, a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados nas
Os ativos contingentes surgem normalmente de eventos não planeados ou outros esperados que darão origem à possibilidade de um influxo de benefícios económicos para a Liga. A Liga não reconhece ativos contingentes nas suas demonstrações financeiras, mas apenas procede à sua divulgação, se considerar que os benefícios económicos que daí poderão resultar para a Liga forem prováveis. Quando a realização do proveito for virtualmente certa, então o ativo não é contingente e o reconhecimento é apropriado.
Nota 3.1.10. Periodizações económicas
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes” ou “Diferimentos”.
Nota 3.1.11. Impostos correntes
No que respeita aos impostos sobre o rendimento, estes encontram-se registados nos resultados da Liga e incluem o efeito dos impostos correntes. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos passivos
para efeitos de registo contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e o contabilístico. A Liga não registou impostos diferidos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações estão sujeitas a revisão e correção por parte da Administração Fiscal durante um período de 4 anos (sendo 5 anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, caso em que, dependendo das circunstâncias, os prazos podem ser alongados ou suspensos. Deste modo as declarações fiscais dos anos de 2017 a 2020, ainda poderão ser objeto de revisão.
Nota 3.1.12. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando exista uma certeza razoável de que a Liga irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.
Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reconhecidos nos fundos patrimoniais, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às depreciações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. Os outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos
necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem.
Os subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm gastos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
Nota 3.1.13. Benefícios dos empregados
A Liga registou as responsabilidades associadas a benefícios dos empregados de acordo a norma aplicável, reconhecendo em gastos os benefícios a curto prazo para os empregados que tenham prestado serviço no respetivo período contabilístico, e como um passivo, após a dedução da quantia já paga.
A Liga apurou e registou todos os compromissos concedidos e a conceder aos seus empregados associados a benefícios de curto prazo.
Nota 3.1.14. Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de devoluções, descontos e outros abatimentos e não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.
O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para a comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efetivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os
benefícios económicos associados com as transações fluam para a entidade e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas, líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os rendimentos decorrentes de prestações de serviços incluem quotizações fixas e quotizações variáveis as quais incluem, essencialmente, as inscrições e as multas e protestos. Estes rendimentos são reconhecidos na demonstração dos resultados quando debitados aos associados. Na prestação de contas são efetuados os necessários ajustamentos a estes rendimentos, decorrente da aplicação do princípio da periodização económica.
Na rubrica de Rendimentos suplementares são registados os rendimentos relacionados com os contratos de patrocínios (financiamento das provas) e o montante da Quota TV, bem como serviços de fornecimento de bilhetes e impressos. Na prestação de contas são efetuados os necessários ajustamentos a estes rendimentos, decorrente da aplicação do princípio da periodização económica.
Nota 3.1.15. Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“acontecimentos que dão lugar a ajustamentos”) são refletidos nas demonstrações financeiras da Liga. Os eventos após a data do balanço que sejam
indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
Nota
3.1.16.
Julgamentos e estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras, a Direção da Liga baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.
As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras dos períodos findos em 30 de junho de 2022 e 2021 incluem:
• Vidas úteis de ativos fixos tangíveis e intangíveis;
• Registo de provisões;
• Registo de perdas de imparidade.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data de preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
As alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados, de forma prospetiva.
Nota 3.2 Outras políticas contabilísticas relevantes
Nota 3.2.1 Fluxos de caixa
A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a NCRF 2, através do método direto. A Liga classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante, incluindo os valores cativos de depósitos a prazo.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos.
Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos.
Nota 3.2.2 Moeda estrangeira
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as
taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do período.
As diferenças cambiais associadas a contas receber/pagar cuja maturidade não se encontre definida, são registadas na demonstração dos resultados do período quando tais contas a receber/pagar forem depreciadas/ alienadas/ liquidadas.
Nota 3.2.3 Juízos de valor que o órgão de gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacto nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF-SNL, a Direção da Liga utiliza estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas, ou resultado de uma informação ou experiência adquirida.
Nota 3.2.4 Principais pressupostos relativos ao futuro
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Liga, mantidos de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Dado o prolongamento da pandemia no tempo, consideramos que permanece um cenário com um razoável nível de incerteza, nomeadamente ao nível social e económico. Consequentemente, a Liga Portugal continua atenta aos impactos da pandemia nas diversas áreas de negócio de forma a monitorizar e atuar atempadamente com vista a proteger a saúde dos seus trabalhadores e de todos os agendes desportivos, de forma a prosseguir com a sua atividade.
Apesar da existência de um nível elevado de incerteza, a Liga Portugal entende que dispõe dos recursos financeiros e patrimoniais que permite manter as suas atividades, pelo que a Direção reitera que é adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras anexas.
Nota 3.2.5 Principais fontes de incerteza
A presente nota faz referência aos principais pressupostos em relação ao futuro, adotados na elaboração das demonstrações financeiras anexas, que possam implicar um risco significativo de ajustamentos materiais à valorização de ativos e passivos dos próximos períodos financeiros.
Deste modo, na elaboração das demonstrações financeiras foram utilizados alguns pressupostos, nomeadamente, no que respeita ao apuramento de provisões e divulgação dos passivos contingentes (Nota 12). Esta avaliação foi efetuada tendo por base informação obtida junto dos advogados internos e externos responsáveis pelos processos em causa.
NOTA 4 FLUXOS DE CAIXA
Nota 4.1 Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários
A 30 de junho de 2022 e de 2021, o saldo de Caixa e de Depósitos Bancários decompunha-se da seguinte forma:
CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
30.06.2022 30.06.2021
Caixa: Caixa 33 107,60 10 753,40 33 107,60 10 753,40
Depósitos bancários:
Depósitos à ordem 4 168 883,61 7 075 179,79 Depósitos a prazo 1 431 193,34 1 000 000,00 5 600 076,95 8 075 179,79
TOTAL CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS 5 633 184,55 8 085 933,19
A Liga Portugal mantinha, à data de balanço, dois depósitos a prazo no valor global de 3 020 000€ que se encontram registados em “Outros Investimentos Financeiros” (Nota 10.3) dado que se encontram associados a garantias prestadas a favor de terceiros:
OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
Processo judicial em curso 100 000,00 862 384,01 Fundo Compensação do trabalho 23 204,76 14 725,27 Arena Liga Portugal - Cativo Financiamento 2 920 000,00Participações de capital 10 000,00 10 000,00 3 053 204,76 887 109,28
NOTA 5 PARTES RELACIONADAS
Nota 5.1 Remunerações do pessoal-chave de gestão
TOTAL DE REMUNERAÇÕES
30.06.2022 30.06.2021
Remunerações do pessoal chave de gestão 895 249,15 1 035 104,33 (Valor total das remunerações incluindo os respetivos encargos)
Nota 5.2 Transações e saldos entre partes
Nota 5.2.1 Transações e saldos pendentes
relacionadas
No decurso do presente exercício, a Liga Portugal apresentou as seguintes transações e saldos face a entidades relacionadas:
30 DE JUNHO DE 2022
PERDAS POR IMPARIDADE NO PERÍODO D/C
Federações 1 252 361,71 369 819,71Soc. Desportivas 9 784 258,36 5 214 789,47 1 317 440,43 (1 244 010,69) 340 547,39Saldo da atividade comercial 288 775,91Quotas TV Solidariedade 536 175,54Fundo de infraestruturas art 8º nº4 c) 150 989,39Participações Sociais 608 456,78 345 000,00 261 365,17 184 579,70 -
TOTAL 10 392 715,14 6 812 151,18 1 578 805,60 (1 244 010,69) 1 870 887,64 -
TOTAL LÍQUIDO 334 794,91 1 870 887,64
30 DE JUNHO DE 2021
NATUREZA DAS PARTES RELACIONADAS
Transações Saldos pendentes
PERDAS POR
RENDIMENTOS GASTOS ATIVO
Federações - 731 905,52 - - 359 088,27Soc. Desportivas 8 240 650,17 4 224 099,18 1 292 977,99 (936 190,24) 5 821,77 -
Saldo da atividade comercial - - - - 274 863,62Quotas TV Solidariedade - - - - 966 666,67Fundo de infraestruturas art 8º nº4 c) - - 166 719,96 - 106 280,38 -
Participações Sociais 190 000,00 27 490,00 174 337,30 - 14 199,05TOTAL 8 430 650,17 4 983 494,70 1 634 035,25 (936 190,24) 1 726 919,76TOTAL LÍQUIDO 697 845,01 1 726 919,76
NOTA 6 ATIVOS INTANGÍVEIS
Nota 6.1 Divulgações para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis
a. As amortizações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas de amortização médias:
VIDA ÚTIL
Programas de computador 3 anos 33,33% Propriedade industrial -b. Os ativos intangíveis apresentam a seguinte decomposição:
ATIVOS INTANGÍVEIS
ACTIVO BRUTO:
Saldo em 01-07-2020 174 555,10 848,60 175 403,70 Adições -Saldo em 30-06-2021 174 555,10 848,60 175 403,70
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2020 (159 136,93) - (159 136,93) Adições (9 422,47) - (9 422,47) Saldo em 30-06-2021 (168 559,40) - (168 559,40)
VALOR LÍQUIDO
5 995,70 848,60 6 844,30
Nota 6.2 Ativos intangíveis com vida útil indeterminada
30 DE JUNHO DE 2022
c. Os movimentos na rubrica ativos intangíveis durante os anos findos a 30 de junho de 2022 e de 2021 são os que se seguem: 30 DE JUNHO DE 2022 Software
ACTIVO
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2021 (168 559,40) - - (168 559,40) Adições (6 037,56) - - (6 037,56) Saldo em 30-06-2022 (174 596,96) - - (174 596,96)
A Liga revê anualmente a vida útil estimada dos ativos intangíveis que não estão a ser amortizados, de forma a verificar os acontecimentos e circunstâncias que apoiam uma avaliação de vida útil indefinida para esse ativo.
NOTA 7 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Nota 7.1 Divulgações sobre ativos fixos tangíveis
Nota 7.1.1 Bases de mensuração
Os ativos tangíveis estão valorizados de acordo com o modelo custo, segundo o qual um item do ativo fixo tangível é escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
Nota 7.1.2 Método de depreciação usado
A Liga Portugal deprecia os seus bens do ativo fixo tangível de acordo com o método da linha reta. De acordo com este método, a depreciação é constante durante a vida útil do ativo se o seu valor residual não se alterar.
Nota 7.1.3 Vidas úteis e taxas de depreciação usadas
As depreciações do exercício são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas de depreciação médias:
VIDA ÚTIL
Vida útil Taxa de amortização
Terrenos e recursos naturais - -
Edifícios e outras construções 10 - 50 10% - 33,33%
Equipamento de transporte 4 25%
Equipamento administrativo 3 - 10 10% - 33,33%
Outros Ativos Fixos tangíveis 4 - 10 10% - 25%
Nota
ATIVO BRUTO:
Saldo em 01-07-2021 273 287,26 7 452,04 2 139 739,55 40 400,00 662 359,26 149 900,00 338 715,33 3 611 853,44 Adições 2 241 000,00 169 747,76 33 976,83 1 659,26 483 539,56 2 929 923,41 Abates e Alienações (7 452,04) (2 140 926,83) (696,42) (2 149 075,29)
Regularizações - - - - - - -Saldo em 30-06-2022 273 287,26 2 241 000,00 168 560,48 40 400,00 695 639,67 151 559,26 822 254,89 4 392 701,56
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2021 (112 095,60) - (1 023 068,90) (40 400,00) (493 318,96) (14 281,73) - (1 683 165,19) Adições (5 465,75) (46 903,33) (72 135,49) (16 076,32) (140 580,89) Abates e Alienações 1 063 865,00 319,16 1 064 184,16 RegularizaçõesSaldo em 30-06-2022 (117 561,35) - (6 107,23) (40 400,00) (565 135,29) (30 358,05) - (759 561,92) VALOR LÍQUIDO 155 725,91 2 241 000,00 162 453,25 - 130 504,38 121 201,21 822 254,89 3 633 139,64
JUNHO DE
ATIVO BRUTO:
Saldo em 01-07-2020 273 287,26 - 2 137 424,87 40 400,00 615 274,73 5 900,00 - 3 072 286,86
Adições - 7 452,04 2 314,68 51 631,39 144 000,00 338 715,33 544 113,44
Abates e Alienações - - - - (4 546,86) - - (4 546,86)
Regularizações - - - - - - - -
Saldo em 30-06-2021 273 287,26 7 452,04 2 139 739,55 40 400,00 662 359,26 149 900,00 338 715,33 3 611 853,44
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2020 (106 629,85) - (974 061,41) (40 400,00) (419 250,67) (2 006,73) - (1 542 348,66)
Adições (5 465,75) - (49 007,49) - (77 498,40) (12 275,00) - (144 246,64)
Abates e Alienações - - - - 3 430,11 - - 3 430,11
Regularizações - - - - - - -Saldo em 30-06-2021 (112 095,60) - (1 023 068,90) (40 400,00) (493 318,96) (14 281,73) (1 683 165,19) VALOR LÍQUIDO 161 191,66 7 452,04 1 116 670,65 - 169 040,30 135 618,27 338 715,33 1 928 688,25
Em 30 de junho de 2022 e 30 de junho de 2021, para efeitos de apresentação nas demonstrações financeiras, as propriedades de investimento existentes foram agregadas na rubrica de “ativos fixos tangíveis” no balanço.
Durante o período, ocorreram aquisições de Ativos Fixos Tangíveis em curso, no valor global de 483 539,56 €, relacionadas com o projeto de construção da nova sede da Liga Portugal. Em junho de 2022, foi registado na rubrica de terrenos a escritura de permuta do edifício da atual sede na Rua da Constituição pelo terreno onde irá situar-se a nova sede da Liga Portugal. O valor atribuído ao terreno foi de 2.241.000 euros. Esta operação originou a regularização dos bens relativos ao edifício da atual sede. Nota
DEPRECIAÇÃO DO PERIODO
DEPRECIAÇÃO
DEPRECIAÇÃO
Propriedades de investimento 5 465,75 - 5 465,75 Edifícios e outras construções 46 903,33 - 46 903,33
Equipamento administrativo 72 135,49 - 72 135,49
Outros ativos fixos tangíveis 16 076,32 - 16 076,32
TOTAL 140 580,89 - 140 580,89
Nota 7.3 Depreciação acumulada no final do período
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
30.06.2022 30.06.2021
Propriedades de investimento 117 561,35 112 095,60
Edifícios e outras construções 6 107,23 1 023 068,90
Equipamento de transporte 40 400,00 40 400,00
Equipamento administrativo 565 135,29 493 318,96
Outros ativos fixos tangíveis 30 358,05 14 281,73
TOTAL 759 561,92 1 683 165,19
Nota 7.4 Restrição de titularidade de ativos fixos tangíveis
A 30 de junho de 2022, a Liga não detinha ativos fixos tangíveis com restrições de titularidade.
Nota 7.5 Divulgações sobre propriedades de investimento
A Empresa valoriza inicialmente as propriedades de investimento pelo seu custo, o qual compreende o seu preço de compra e qualquer dispêndio diretamente atribuível. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo. De acordo com este modelo, as propriedades de investimento são escrituradas pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
A 30 de junho de 2022, a quantia escriturada desta propriedade não difere significativamente do seu justo valor.
NOTA 8 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
Nota 8.1 Política contabilística adotada nos custos de empréstimos obtidos
Os gastos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
NOTA 9 IMPARIDADE DE ATIVOS
Nota 9.1 Decomposição dos movimentos relativos ao reconhecimento de perdas por imparidade e reversões de perdas por imparidade efetuados no presente período
As perdas e reversões de imparidade, ocorridas no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, foram reconhecidas na formação do resultado, pelo total de impacto determinado na rubrica correspondente. O impacto foi calculado do seguinte modo:
30 DE JUNHO DE 2022
CLIENTES ASSOCIADOS OUTROS DEVEDORES TOTAL
Perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes 307 820,45 - 307 820,45 - 307 820,45 - 307 820,45
Reversões de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes 400 000,00 - - 400 000,00 400 000,00 - - 400 000,00
TOTAL 400 000,00 (307 820,45) - 92 179,55
30 DE JUNHO DE 2021
CLIENTES ASSOCIADOS OUTROS DEVEDORES TOTAL
Perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes - -- - - -
Reversões de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes - -- - - -
TOTAL - - - -
Nota 9.2 Perdas por imparidade agregadas e reversões agregadas
de
perdas por imparidade reconhecidas durante o período
Durante o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, ocorreram os seguintes movimentos em perdas por imparidade:
30 DE JUNHO DE 2022
IMPARIDADES RECONHECIDAS
SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
Imparidade dívidas a receber: Créditos a receber 1 400 656,24 (840 500,00) (400 000,00) 160 156,24 Imparidade dívidas a receber: Associados 936 190,24 - 307 820,45 - 1 244 010,69 Imparidade dívidas a receber: Outras créditos a receber 546 569,69 - - 546 569,69
TOTAL 2 883 416,17 (840 500,00) 307 820,45 (400 000,00) 1 950 736,62
30 DE JUNHO DE 2021
IMPARIDADES RECONHECIDAS SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
Imparidade dívidas a receber: Créditos a receber 1 400 656,24 - - - 1 400 656,24
Imparidade dívidas a receber: Associados 936 190,24 - - - 936 190,24
Imparidade dívidas a receber: Outras créditos a receber 546 569,69 - - - 546 569,69
TOTAL 2 883 416,17 - - - 2 883 416,17
O movimento ocorrido a 30 de junho de 2022, referente ao reforço de 307.820,45€, está relacionado com dívidas em mora das sociedades desportivas. Apesar dos diversos esforços de cobrança dos referidos montantes, foi constituída uma imparidade do valor em dívida. A reversão de 400.000€ diz respeito à regularização de parte do saldo por parte da Ledman.
NOTA 10 INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS E OUTROS INVESTIMENTOS
Nota 10.1 Resumo dos investimentos
INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
Percentagem detida 30.06.2022 30.06.2021
Liga Infraestruturas 100% 386 550,11 383 747,40
SABSEG – Desporto Seguro, Lda. 30% 148 460,00 85 028,36 Fundação do Futebol - Liga Portugal - FFLPFP 100% 376 083,07 314 964,34
Liga Centralização, Sociedade Unipessoal, Lda 100% 1,00Liga Comercial LPPO, Unipessoal, Lda 100% 1,00911 095,18 783 740,10
Nota 10.2 Investimentos em filiais e associadas
Nota 10.2.1. Informação financeira resumida 30 DE JUNHO DE 2022 ATIVO LÍQUIDO CAPITAL PRÓPRIO RESULTADO DO PERÍODO (12 MESES)
EFEITO NOS RESULTADOS 30-06-2022
Liga Infraestruturas 462 274,36 386 550,11 8 780,00 2 802,71
SABSEG – Desporto Seguro, Lda. 1 272 976,50 759 866,63 476 438,79 142 931,64
Fundação do Futebol - Liga Portugal - FFLPFP 1 730 924,47 376 083,07 61 118,73 61 118,73 206 853,08
ATIVO LÍQUIDO CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO DO PERÍODO (12 MESES)
EFEITO NOS RESULTADOS 30-06-2021
Liga Infraestruturas 442 793,21 383 747,40 8 615,34 12 418,72 SABSEG – Desporto Seguro, Lda. 859 539,41 283 427,84 266 322,42 79 896,73 Fundação do Futebol - Liga Portugal - FFLPFP 1 011 697,82 314 964,34 61 595,42 61 595,42 153 910,86
Em 30 de junho de 2022, no que respeita à Sabseg Desporto Seguro, os dados utilizados na aplicação do método da equivalência patrimonial, referem-se a 31 de dezembro de 2021, data das últimas demonstrações financeiras aprovadas. No que respeita à Liga Infraestruturas e à Fundação do Futebol – Liga Portugal - FFLPFP, a aplicação do referido método teve por base as demonstrações financeiras relativas a 30 de junho de 2022.
A SABSEG Desporto Seguro irá distribuir resultados às suas associadas conforme deliberação da aprovação de contas relativas a 2021. A Liga irá receber 79 500,00€ que correspondem à proporção de 30 % do valor total a distribuir (265 000,00€). Apesar da Liga ainda não ter recebido este valor, o mesmo já está considerado nas suas contas.
Nota 10.3 Outros instrumentos financeiros
Nota 10.3.1. Resumo dos investimentos
OUTROS ATIVOS FINANCEIROS 30.06.2022 30.06.2021
Depósito a prazo não disponível 3 030 000,00 872 384,01 Fundo Compensação do trabalho 23 204,76 14 725,27 Penhor de depósito a prazo -3 053 204,76 887 109,28
O valor apresentado para Depósitos a Prazo, 100 000€, depositados no Montepio, serve como garantia de um processo interposto pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e por sociedades gestoras de casinos, por violação, por parte da Liga do seu direito de organizar em exclusivo, em Portugal, os jogos de sorte e azar. Consequentemente, o referido depósito encontra-se cativo.
Na época 2021-22 foi constituído mais um depósito a prazo no Santander de 2 920 000€. Este depósito a prazo foi constituído como garantia para efeitos relativos ao valor cativo referente ao financiamento ao projeto Arena Liga Portugal.
NOTA 11 RÉDITOS
Nota 11.1 Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços
A Liga Portugal reconhece os réditos de acordo com os seguintes critérios:
a. Prestações de serviços e rendimentos suplementares – são reconhecidas na demonstração dos resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço ou com base no período do contrato quando a prestação de serviços não esteja associada à execução de atividades específicas.
b. Juros – são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo.
Nota 11.2 Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período
RÉDITOS
30.06.2022 30.06.2021
Vendas 144 775,42 53 183,06
Prestações de serviços (Nota 17.3) 5 840 936,17 4 466 594,08 Rendimentos suplementares (Nota 17.4) 15 212 714,23 12 300 581,82 Juros (Nota 16.3.1) 524,02 1 616,33
TOTAL 21 054 174,42 16 768 792,23
NOTA 12 PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
Nota 12.1 Provisões
A Liga reconhece uma provisão quando, cumulativamente, existe uma obrigação presente como resultado de um acontecimento passado; seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação; e ser efetuada uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Nessa conformidade e anualmente, é efetuada uma análise dos processos em curso com vista a apurar a necessidade de incluir novas situações, bem como reforçar e/ou reverter as provisões já existentes. Este detalhe é efetuado com o apoio de consultores externos. Durante o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, ocorreram os seguintes movimentos relativos a provisões:
30 DE JUNHO DE 2022
PROVISÕES
SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO AUMENTO REVERSÃO SALDO FINAL
Processos judiciais em curso Impostos 805 537,74 - - 39 930,19 765 607,55 Outros Processos judiciais - - - -805 537,74 - - 39 930,19 765 607,55 Outras Provisões
Multas 568 010,32 - 263 264,16 - 831 274,48 568 010,32 - 263 264,16 - 831 274,48
TOTAL 1 373 548,06 - 263 264,16 39 930,19 1 596 882,03
30 DE JUNHO DE 2021
PROVISÕES
SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO AUMENTO REVERSÃO SALDO FINAL
Processos judiciais em curso Impostos 895 442,66 - 1 078,16 90 983,08 805 537,74 Outros Processos judiciais - - - -895 442,66 - 1 078,16 90 983,08 805 537,74 Outras Provisões
Multas 636 637,68 - - 68 627,36 568 010,32 636 637,68 - - 68 627,36 568 010,32
TOTAL 1 532 080,34 - 1 078,16 159 610,44 1 373 548,06
IMPOSTOS
A provisão para impostos registada em 30 de junho de 2022 decorre da melhor estimativa da Liga no que respeita às responsabilidades a incorrer no futuro, relacionadas com os diversos processos existentes – todos objetos de impugnação judicial por parte da Liga - de inspeções tributárias aos exercícios 2007-08 e 2009-10 em sede de Imposto sobre o Rendimento de pessoas Coletivas (IRC) e aos exercícios de 2003, 2004, 2009 e 2010 em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Relativamente aos processos mencionados anteriormente, e em particular os referentes ao IVA, todos objeto de impugnação judicial, e dado não ter havido qualquer evolução nos mesmos, a Liga entendeu não incrementar qualquer alteração na provisão já constituída e registada nas suas contas para os aludidos processos.
Por outro lado, foi efetuada uma reversão do montante de 39.930,19€, a 30 de junho de 2022, em virtude de ter sido julgado totalmente procedente a impugnação judicial instaurada pela Liga em relação às correções ao Lucro Tributável propostas pela Autoridade Tributária no âmbito da inspeção ao período de tributação de 2007/2008. De referir ainda e como suporte igualmente a esta decisão de reversão que a referida sentença já transitou em julgado não sendo passível de recurso por parte da Autoridade Tributária.
Conforme recordado por todos os associados e na sequência do pedido de reembolso referente ao IVA de janeiro de 2017, a AT, comunicou o indeferimento do mesmo, tendo iniciado processos de inspeção tributária em sede de IVA para os períodos de 2013, 2014, 2015, 2016,
janeiro a maio de 2017 e fevereiro de 2018. Estes processos deram origem a relatórios de inspeção onde a AT, no essencial, não concordava com o enquadramento da Liga no que respeita aos rendimentos associativos, com a exceção das multas, tendo proposto a liquidação de IVA na totalidade cerca de 2 743 743€ (incluindo juros e coimas).
De referir que a Liga, a partir de julho de 2018, numa atitude prudente e concertada com os seus associados, optou pela liquidação de IVA sobre as inscrições e quotas tendo como justificação a capacidade financeira que seria necessária até à data da decisão sobre os referidos processos, estagnando a constituição de novas contingências.
No que respeita aos relatórios relativos aos períodos de 2013 e 2017, foi efetuada reclamação graciosa junto do TAF do Porto e efetuada a prestação de garantia bancária para obter suspensão do processo de execução. Por outro lado, e em processos distintos a Liga, de acordo com o escritório que a patrocinava, e para todos os inspecionados, 2013 a 2018, optou por recorrer para o CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa, tendo igualmente sido prestada garantia bancária.
O referido Centro de Arbitragem decidiu desfavoravelmente, pese embora os recursos intentados pela Liga para o Tribunal Central Administrativo, no que concerne às liquidações adicionais de IVA relativas aos anos de 2013, 2014, 2015, 2016, e os períodos inspecionados de 2017 e 2018. (exceto na parte respeitante aos juros compensatórios, por entender não ter havido dolo por parte da Liga).
Relativamente às coimas já aplicadas, a Liga efetuou a sua defesa, com base
em argumentos de relevância superior atendendo à decisão do CAAD relativamente à inexistência de dolo por parte da Liga Portugal tendo a Autoridade Tributária deferido o pedido de especial de atenuação efetuado tendo inclusive a Liga liquidado as mesmas.
A Liga e os seus Associados acompanharam o tema sempre numa proximidade extrema, em sede de grupo de trabalho, onde se realizaram diversas reuniões e se traçou um caminho alternativo, sem penalização para os mesmos, ou seja, a possibilidade do débito do aludido imposto. Este modus operandi foi acolhido pela Autoridade Tributária tendo inclusive a mesma emitido informações vinculativas quanto à possibilidade do direito à dedução do imposto pelos seus beneficiários. Assim a totalidade deste imposto já foi faturadosob forma de nota de débito às Sociedades Desportivas participantes nas competições profissionais. A Direção da Liga entendeu não provisionar qualquer montante a
este título até porque estes processos se mostram findos e liquidados perante a Autoridade Tributária. Uma nota final de agradecimento às Sociedades Desportivas por todo o acompanhamento, empenho e sentido de agregação desenvolvido no seio deste complexo processo.
MULTAS
A provisão para multas está relacionada com as multas aplicadas entre as épocas 2017-18 e 2021-22, cujos clubes recorreram da aplicação das mesmas através do Conselho de Disciplina da FPF. Estes processos ainda estão pendentes de decisão do TAD e/ou do TCAS, podendo a Liga, caso a decisão seja favorável aos clubes, ter de devolver a estes o montante das multas já pagas.
No decorrer da época desportiva 2021-22 foi feita uma reavaliação da situação referente a todos os processos em aberto, tendo sido considerado necessário efetuar um reforço do valor provisionado no valor de 263 264,16€. Assim, o valor total da provisão foi estimado em 831 274,48€.
Nota 12.2 Passivos contingentes
Em 30 de junho de 2022 encontram-se a decorrer contra a Liga diversas ações propostas por terceiros, relativamente aos quais não é provável que resulte a saída de recursos ou que esta não possa ser estimada com fiabilidade. Estes processos são apresentados no quadro resumo abaixo:
PASSIVOS CONTINGENTES
Valor do processo
a) Ação judicial interposta por várias sociedades gestoras de casinos relacionado com o patrocínio celebrado com a Betandwin 6 350 000,00 b) Ação judicial interposta pelo F.C. Porto, SAD onde peticiona uma indemnização 7 908 499,50 c) Probabilidade de execução fiscal relacionada com a dação em pagamento dos lucros do Totobola 1 784 914,82
d) Probabilidade de execução fiscal relacionada com a primeira execução do Totonegócio 16 952 407,41
e) Pedido de arbitragem efetuado pelo Marítimo, SAD referente aos prémios da Taça da Liga das épocas desportivas 2014-15 e 2015-16 461 042,14
f) Processo contraordenacional movido pela Autoridade da Concorrência (AdC) 141 000,00
a. O processo tem como partes a Associação Portuguesa de Casinos (“APC”); Estoril Sol III – Turismo, Jogo e Animação, S.A.; Varzim-Sol – Turismo, Jogo e Animação, S.A.; Solverde – Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, S.A.; Sociedade Figueira Praia, S.A. e I.T.I. – Sociedade de Investimentos Trísticos da lha da Madeira. S.A. Vs. Liga Portuguesa de Futebol Profissional; bwin.party Services (Gibraltar) Ltd. e bwin party Digital Entertainment plc interposto refere-se à reclamação pelo facto de a Liga e a Bwin terem alegadamente violado o direito de explorarem os jogos de sorte e azar. A indemnização inicialmente pedida é de 27 296 816€, contudo a Liga e Bwin, além da multa de 30 000€, não foram por agora condenadas a pagar qualquer quantia. Este processo deu origem a uma ação executiva contra a Liga e a Bwin no ano 2012, na qual requerem a execução do pagamento de 6 350 000€ devidos a título de sanção pecuniária compulsória pela violação da proibição de exploração de jogos de lotaria e de aposta mútua em Portugal e pela publicidade e divulgação da “bwin.party” dos sites “betandwin.com” e “bwin.com”, com base na alegada violação da decisão do Tribunal de Primeira Instância do Porto, datada de 16 de setembro de 2011. Aguarda-se marcação da audiência de julgamento dos embargos de executados e decisão do recurso da LIGA, Bwin e GVC Holdings do despacho saneador
b. A Futebol Clube do Porto SAD, intentou uma ação judicial contra a Liga Portugal e membros da sua Comissão Disciplinar, reportada ao ano de 2011, na qual reclama uma indemnização de 7 908 499,50€, na sequência de decisão disciplinar que determinou uma sanção de suspensão a determinados jogadores da SAD. O processo está na fase de audiência prévia com recurso pendente de um despacho proferido na aludida audiência.
c. A AT reclama da Liga um montante de 1 784 914,82€ relativo à 2ª fase do Totonegócio e diz respeito aos seguintes clubes: Boavista, Chaves, Maia, Estrela da Amadora e Salgueiros. Este processo reporta a 2012 e integrava inicialmente 29 clubes, sobrando os cinco citados. Aguardam os respetivos despachos saneadores e marcações das audiências de julgamento (exceto Chaves que está em fase de recurso). No âmbito das execuções fiscais, a Liga requereu a substituição da hipoteca voluntária por um depósito caução no total de €5.000,00 (€750,00 de dívida exequenda acrescidos de custas na totalidade, e de 25 /prct. da soma daqueles valores), tendo procedido ao pagamento do resto da dívida.
d. A Liga Portugal requereu a extinção do processo relativo à 1.ª fase do totonegócio, com o valor de €16 952 407,41€, relativo ao ano 2005, com base na prescrição. Realizou-se o julgamento do processo no decurso dos meses de janeiro a abril de 2018 e foram apresentadas
as alegações. Após a sentença do Tribunal de 1.ª instância, aguarda-se decisão do recurso pendente.
e. O Marítimo da Madeira, Futebol, SAD apresentou um pedido de arbitragem necessária no TAD através do qual peticiona a condenação da Liga Portugal no pagamento dos valores referentes aos prémios da Taça da Liga das épocas desportivas 2014-15 e 2015-16, nos montantes de €214.000,00 e €247.042,14, respetivamente, o que perfaz um valor global 461.042,14€. Os autos foram remetidos para o Juízo Central Cível do Porto, onde aguardam andamento.
f. Processo contraordenacional movido pela Autoridade da Concorrência (AdC) à Liga Portugal e às restantes sociedades desportivas que, na época desportiva 2020-21, disputavam as competições profissionais (exceto Nacional, Farense e Chaves), por entender que foi celebrado um acordo de empresas com a finalidade de impedir, falsear ou restringir a concorrência no mercado nacional de contratação de jogadores na modalidade de acordo de não contratação. A AdC condenou a Liga Portugal numa coima de €141.000,00, tendo sido apresentado recurso junto do Tribunal da Concorrência, aguardando-se agora o andamento do processo.
NOTA 13 CONTABILIZAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO GOVERNO E DIVULGAÇÃO DE APOIOS DO GOVERNO
Nota 13.1 Políticas contabilísticas adotadas
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Liga cumprirá as condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente reconhecidos nos fundos patrimoniais, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática e racional, durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados, quando se referem a ativos depreciáveis. No caso de o subsídio estar relacionado com ativos não depreciáveis e intangíveis com vida útil indefinida, são mantidos nos fundos patrimoniais, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por imparidade.
Nota 13.2 Natureza e extensão dos subsídios do governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do governo
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga reconheceu nas suas demonstrações financeiras os seguintes subsídios do Governo:
30 DE JUNHO DE 2022
Descrição do subsídio
30 DE JUNHO DE 2021
Descrição do subsídio
NOTA 14 ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
Nota 14.1 Autorização para emissão
As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Direção no dia 14 de setembro de 2022. No entanto, os Associados poderão em Assembleia-Geral não aprovar as presentes demonstrações e solicitar alterações.
Nota 14.2 Atualização da divulgação acerca das condições à data
NOTA 15 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Nota 15.1 Principais componentes de gastos/rendimentos de impostos
GASTOS / RENDIMENTOS DE IMPOSTOS
do balanço
Entre a data do balanço e a data da autorização para emissão das demonstrações financeiras não foram recebidas quaisquer informações acerca de condições que existiam à data de Balanço, pelo que não foram efetuados ajustamentos das quantias reconhecidas nas presentes demonstrações financeiras.
30.06.2022 30.06.2021
Impostos correntes 1 464,81 337,00
Impostos diferidos -Origem e reversão de diferenças temporárias -TOTAL 1 464,81 337,00
Nota 15.2 Relacionamento entre gastos/ rendimentos de impostos e lucro contabilístico
Nas atividades sujeitas a Impostos sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) a reconciliação da taxa efetiva de imposto é a seguinte:
GASTOS / RENDIMENTOS DE IMPOSTOS
30.06.2022 30.06.2021
Resultados antes de impostos 782 767,32 777 821,19 Efeito fiscal gerado por: Diferenças entre mais e menos valias fiscal e contabilistica 539 463,81Resultados não tributados (453 316,85) (508 450,99) Resultados da atividade comercial -Gastos não dedutíveis 6 588,68 254,99 Prejuízo utilizado no âmbito da “Categoria B” -Acréscimos/Deduções referentes a provisões não tributadas - 163,68 Excesso de estimativa de IRC -Aplicação do MEP (206 853,08) (153 910,86) Dedução nº 7 art 53º CIRC (628 719,70) (115 878,01)
Outras situações (39 930,18)Lucro tributável 0,00 0,00 Lucro tributável 0,00 0,00
Taxa de imposto 21,5% 21,5% IRC - -
Tributações Autónomas
1 464,81 337,00 Imposto sobre o rendimento do período 1 464,81 337,00
NOTA 16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Nota 16.1 Bases de mensuração
É política da Liga reconhecer um ativo ou um passivo financeiro apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.
A Liga mensura ao custo menos perda por imparidade os instrumentos financeiros que tenham uma maturidade definida, que os retornos sejam de montante fixo, com taxa de juro fixa durante a vida do instrumento, ou de taxa variável que seja um indexante típico de mercado para operações de financiamento (como por exemplo a Euribor), ou ainda que inclua um spread sobre esse mesmo indexante, não contendo nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor em perda do valor nominal e de juro acumulado (excluindo-se os casos de risco de crédito).
Os contratos para conceder ou contrair empréstimo em base líquida, são também mensurados ao custo menos perda por imparidade.
Todos os instrumentos financeiros negociados em mercado líquido e regulamentado são mensurados ao justo valor.
Enquanto a Liga for detentora de um instrumento financeiro, a política de mensuração não será alterada.
Nota 16.2 Ativos e passivos financeiros
Nota
16.2.1. Ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade:
ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
30.06.2022 30.06.2021
Créditos a Receber conta corrente 932 612,61 416 083,70
Créditos a Receber cobrança duvidosa 160 156,24 1 400 656,24
Imparidade de Créditos a Receber (Nota 9) (160 156,24) (1 400 656,24)
Créditos a Receber 932 612,61 416 083,70
Fundadores / beneméritos / patrocinadores /doadores / associados / membros 1 317 440,43 1 459 697,95
Cobrança Duvidosa - -
Imparidade em Associados (Nota 9) (1 244 010,69) (936 190,24)
Associados 73 429,74 523 507,71
Outros Ativos Correntes (Nota 17.9)
2 366 617,45 1 570 298,76
Imparidade Outras Ativos Correntes (Nota 9) (546 569,69) (546 569,69)
1 820 047,76 1 023 729,07
Nota 16.2.2. Compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade:
COMPROMISSOS DE EMPRÉSTIMO
TOTAL
2 826 090,11 1 963 320,48
No decorrer da época desportiva 2020-21 a Liga contratualizou um financiamento junto do Banco Santander Totta – Linha Capitalizar 2018 Fundo de Maneio. Este financiamento no montante de 1 000 000€, tem o prazo de 48 meses, tendo a última prestação inicialmente vencimento a 30 de junho de 2024.
Nota 16.2.3. Passivos financeiros mensurados ao custo
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes passivos financeiros mensurados ao custo:
PASSIVOS FINANCEIROS
Corrente
Fornecedores 1 671 714,38 634 383,14 Associados 1 693 518,63 1 715 742,02 Outros passivos correntes (Nota 17.10) 6 422 918,38 4 519 086,76 9 788 151,39 6 869 211,92
TOTAL 9 788 151,39 6 869 211,92
O saldo de Outros Passivos Correntes integra, essencialmente, valores relativos a acréscimos de gastos no montante de 3 740 785,62€ (Nota 17.11), e também aos valores estimados relativos às apostas desportivas do 2º Trimestre 2021-22 no valor de 275 333,74€.
Nota 16.2.4. Ativos financeiros com reconhecimento de imparidade
A 30 de junho de 2022, a Liga detinha os seguintes ativos financeiros, para os quais foram reconhecidas imparidades:
Créditos a receber 1 092 768,85 160 156,24
Associados 1 317 440,43 1 244 010,69
Outras ativos correntes (Nota 17.9) 2 366 617,45 546 569,69
TOTAL 4 776 826,73 1 950 736,62
Nota
16.3
Total de rendimento e gasto de juros para ativos e passivos financeiros
Para calcular o custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro e imputar o rendimento dos juros ou o gasto dos juros durante o período do exercício, utilizámos o método do juro efetivo.
Assim, e de acordo com o método do juro efetivo, o total de rendimentos de juros para os ativos financeiros e o total de gastos de juros para os passivos financeiros discriminam-se como se segue.
Nota 16.3.1. Rendimento de juro para os ativos financeiros
RENDIMENTO DE JURO 30.06.2022 30.06.2021
Rendimentos - Ativos financeiros
Rendimento de juros de depósitos à ordem (Nota 17.4) 524,02 1 616,33 TOTAL 524,02 1 616,33
Nota 16.3.2. Gasto de juro para passivos financeiros
DE JURO
passivos financeiros
Nota 16.3.3. Montante de fundos
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha um fundo patrimonial de 853 886€.
NOTA 17 OUTRAS INFORMAÇÕES
Nota 17.1 Estados e outros entes públicos
O detalhe da rubrica de “Estado e Outros entes Públicos”, em 30 de junho de 2022 e 2021, é o seguinte:
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Ativo
30.06.2022 30.06.2021
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas 38 922,34 43 267,19 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas a recuperar -Retenção imposto sobre o rendimento -Imposto sobre o Valor Acrescentado 551 119,11 148 913,98 Outros(*) 3 690 607,81 1 672 937,59 4 280 649,26 1 865 118,76
Passivo
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas - 337,00 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 142 942,98 174 883,38 Contribuições para a Segurança Social 124 399,76 112 126,71 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 47 678,52 Outros 2 527,00 601,67 269 869,74 335 627,28
(*) Em dezembro de 2016, a Liga aderiu ao Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (denominado de PERES), tendo efetuado pagamentos que ascenderam a 1 672 937,59€. Nesta rubrica estão refletidos também os valores pagos à Autoridade Tributária (2.018.867,34€), relativos ao processo da segunda fase do totonegócio, que ainda aguarda decisão.
Nota 17.2 Garantias prestadas
GARANTIAS PRESTADAS
Nota 17.3 Vendas e prestações de serviços por atividade e mercados geográficos
As vendas e prestações de serviços em 30 de junho de 2022 e 2021 distribuíram-se da seguinte forma:
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS
Vendas e Prestações de serviços
Mercado interno
5 985 711,59 4 466 594,08
Mercado externo - 427,05 5 985 711,59 4 466 594,08
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ATIVIDADE
Vendas
Vendas
Prestações de serviços:
144 775,42 53 183,06
Quotização fixa 93 375,36 93 375,36
Multas e protestos 2 128 922,90 900 227,16 Inscrições e transferências 1 678 438,88 1 753 821,00
Quota suplementar (Equipas “B”) 100 000,00 100 000,00
Apostas Desportivas 1 819 127,03 1 547 235,50
Outras vendas e prestações serviços 21 072,00 18 752,00 5 985 711,59 4 466 594,08
Nota 17.4 Outros rendimentos
A rubrica de Outros Rendimentos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
OUTROS RENDIMENTOS
Rendimentos suplementares
Patrocínios
30.06.2022 30.06.2021
12 112 345,97 9 979 368,12
Impressos e bilhetes 22 263,98 1 001,00
Quota TV 1 796 287,50 1 726 987,50
Quota VAR 75 000,60 75 000,60 Tactical Cam 61 200,00 41 400,00
Final Four 524 596,19 104 358,24 Imputação Gastos Fundação 559 961,78 Outros 61 058,31 12 817,21 15 212 714,33 11 940 932,67
Descontos de pronto pagamento obtidos - 38,99 Correções relativas a períodos anteriores 14 661,71 147 340,15 Juros obtidos - 1 616,33 Imputação de subsídios ao investimento 13 716,94 14 963,94 Outros 15 513,79 43 395,21 15 256 606,77 12 148 287,29
Nota 17.5 Outros gastos
A rubrica de Outros Gastos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, a seguinte composição:
OUTROS GASTOS
30.06.2022 30.06.2021
Impostos 3 240,25 1 157,95 Correções relativas a períodos anteriores 75 395,74 19 320,50 Quotizações 77 116,72 69 778,44 Donativos 346 560,00 371 500,00 Gastos em investimentos não financeiros 49 677,00 1 116,75 Imputação artº 8º, nº 4 dos Estatutos 399 843,57 380 580,40 Associadas 850 000,00 850 000,00 Outros 25 883,63 179 674,23 1 827 716,91 1 873 128,27
O montante em Imputação artº 8º, nº4 dos Estatutos reflete a imputação do saldo apurado na exploração comercial às Sociedades Desportivas.
Na rubrica Donativos estão incluídos os valores referentes aos gastos operacionais da Fundação do Futebol suportados pela Liga.
Nota 17.6 Fornecimentos e serviços externos
A rubrica de Fornecimentos e serviços externos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Subcontratos
Entidades (FPF, SJPF, entre outras)
Serviços especializados
Trabalhos especializados
30.06.2022 30.06.2021
909 001,71 941 402,39
3 721 061,95 2 880 745,06
Publicidade e propaganda 284 477,93 303 985,91 Vigilância e segurança 125 435,86 115 783,69
Honorários 3 691 601,88 3 588 377,38 Conservação e reparação 56 267,47 68 800,35 Apoio equipas B, n.º 2 artigo 4.º 100 000,00 100 000,00 Prémios Taça da Liga 2 100 000,00 421 874,00
Direitos Comerciais 63 000,00 86 000,00 Comissões 1 051 347,11 17 199,79 Copa Ibérica -Outros 41 147,47 21 284,84
Materiais
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 307 834,38 146 569,18 Material de escritório 11 370,26 30 914,40 Impressos e acessórios diversos 21 126,19 1 037,01 Patrocínios 812 456,02 812 314,50 Outros 19 699,28 7 730,89 Energia e fluídos
Eletricidade 30 479,83 21 131,04 Combustíveis 72 784,64 44 594,31 Água 2 945,01 2 363,68
Deslocações, estadas e transportes Deslocações e estadas 658 352,64 379 378,44
Serviços diversos Rendas e alugueres 519 091,37 481 122,97 Comunicação 114 163,11 118 143,28 Seguros 51 744,94 43 829,03 Contencioso e notariado 25 491,79 32 956,33 Despesas de representação 11 940,87 984,94 Limpeza, higiene e conforto 40 388,34 29 474,96 Outros serviços 10 439,43 11 686,77 14 853 649,48 10 709 685,14
Nota 17.7 Gastos com pessoal
A rubrica de Gastos com Pessoal tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
GASTOS COM PESSOAL
30.06.2022 30.06.2021
Gastos com órgãos sociais 741 147,40 853 525,62 Remuneração com pessoal 2 154 072,48 1 805 732,54 Encargos sobre remunerações 659 577,80 618 608,60 Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 44 009,40 31 149,10 Outros gastos com pessoal 45 663,70 92 334,47 3 644 470,78 3 401 350,33
A rubrica de Outros Gastos com Pessoal inclui indemnizações referentes a saídas de colaboradores. O número médio de funcionários no presente exercício é de 87 colaboradores.
Nota 17.8 Diferimentos
Em 30 de junho de 2022 e 2021, o valor dos diferimentos ativos e passivos, credores por acréscimos de gastos e devedores por acréscimos de rendimentos discrimina-se como segue:
DIFERIMENTOS
30.06.2022 30.06.2021
Diferimentos Ativos Seguros 63 995,31 19 366,30 Outros 29 722,08 71 837,27 93 717,39 91 203,57
Diferimentos Passivos Patrocínios 32 520,00 32 520,00 Contrato Apoio Programa 487 960,00Permuta Edifício 964 785,87Outros 35 130,08 12 901,71 Outros 1 520 395,95 45 421,71
Os valores referentes à permuta do edifício serão regularizados até à data da conclusão do projeto.
Nota 17.9 Outros ativos correntes
Em 30 de Junho de 2022 e de 2021, o valor dos Outros ativos correntes discrimina-se como segue:
OUTROS ATIVOS CORRENTES
Fornecedores - Saldo Devedor 106 581,38 -
Adiantamento a fornecedores 19 512,46 64 648,14
Acréscimos de Rendimentos (Nota 17.11) 1 199 291,31 798 365,33
Outros devedores
1 041 232,30 707 285,29
Imparidade acumulada – Outros devedores (546 569,69) (546 569,69) 1 820 047,76 1 023 729,07
O saldo da rubrica de Outros Devedores, líquido das respetivas imparidades, é explicado essencialmente pelos valores ainda não distribuídos da SABSEG e pelo apoio concedido pelo Município do Porto relacionado com as rendas a pagar do Edifício Sede.
Nota 17.10 Outros passivos correntes
Em 30 de junho de 2022 e de 2021, o valor das outras dívidas a pagar discrimina-se como segue:
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
30.06.2022 30.06.2021
Pessoal 13 617,59 1 633,27
Outros credores 2 668 515,17 1 795 902,09
Credores por acréscimos de gastos (Nota 17.11) 3 740 785,62 2 721 551,40 6 422 918,38 4 519 086,76
Em 30 de junho de 2022 e de 2021, o valor dos Outros credores discrimina-se como segue:
OUTROS CREDORES
30.06.2022 30.06.2021
Sindicato Jogadores Prof. Futebol 120 575,30 113 897,68
APAF - 10,12
CAP (LPFP) 24 980,58 24 972,13
Arbitragem – recibos a regularizar 39 335,85 156 168,68
UEFA (Subsidio) 40 560,97 40 560,97
Fundo de Garantia 131 341,45 129 841,45 Fundo de Contigência 687 143,98 470 428,88 Fundo de Apoio à Tesouraria COVID-19 26 200,00 108 571,44 Fundo AG Dez 17 550 000,00 550 000,00 Processos Pendentes - -
Liga Saúde Desportiva 2 315,27 2 315,27 Comparticipação Garantia bancária 50 000,00 50 000,00
Verbas Placard e Apostas online 275 333,74 126 644,79 Via Castilho - -
Fundação do Futebol 184 579,70 14 199,05 Fundo CD Nacional 8 250,00 8 250,00 Valores a regularizar funcionários 5 037,99Adiantamentos de clientes 522 860,26Outros 0,08 41,63 2 668 515,17 1 795 902,09
Nota 17.11 Devedores por acréscimos de rendimentos e credores por acréscimos de gastos
DEVEDORES POR ACRÉSCIMO DE RENDIMENTOS E CREDORES POR ACRÉSCIMO DE GASTOS
30.06.2022 30.06.2021
Nota 17.13 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas
Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 30.06.2022 30.06.2021
Existência Inicial 32 745,21 5 341,45
Devedores por Acréscimos de Rendimentos
Patrocinios - -
Ajustamentos de patrocínios - -
Receita Placard e jogos online 219 321,21 229 395,23 Estrutura de Gestão e Outros Gastos Indiretos 972 279,04 561 279,04 Outros 7 691,06 7 691,06 1 199 291,31 798 365,33
Credores por Acréscimos de Gastos
Remunerações a Liquidar 697 991,25 565 917,00 Análises anti-doping 282 882,80 192 200,00 Advogados 339 733,38 204 733,38 Prémios e gratificações 40 500,00 51 000,00 Gala de final de época 184 250,00 47 500,00 Tecnologia VAR - 75 000,00 Despesas patrocínios e publicidade 824 697,23 431 171,69 Serviços Digitalização 7 647,38 7 647,38 Quota TV - 84 388,13 Quotas de Incrição e transferências - 9 137,95
Arbitragem, Observadores e Delegados 161 463,42Pós Graduação 97 920,00 763,86 Copa Ibérica - 33 593,00 Desenvolvimento projetos tecnológicos 219 000,00 159 720,38 Fundos Fundador 345 000,00 368 000,00 Senhas de Presença - 54 333,39 Ativações Liga Portugal SABSEG 100 450,00 101 818,00 Outros 439 250,16 334 627,24 3 740 785,62 2 721 551,40
Nota 17.12 Inventários
Mercadorias 95 275,41 32 745,21 TOTAL 95 275,41 32 745,21
Compras 130 478,40 22 564,35 Regularizações - 25 659,65
Existência Final (95 275,41) (32 745,21)
CMVMC 67 948,20 20 820,24
Nota 17.14 Aplicação do resultado líquido do período
A Direção propõe, de acordo com o definido pelos Estatutos e atenta ao facto de a Liga se tratar de uma associação de direito privado sem fins lucrativos, que o referido resultado seja aplicado da seguinte forma:
Resultados Transitados no valor de 781 302,51€.
Nota 17.15 Divulgações exigidas por outros diplomas legais
A Entidade não apresenta dívidas ao Estado em situação de mora, nos termos do Decreto-Lei nº 534/80 de 7 de novembro.
Dando cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de outubro, informa-se que a situação da Entidade perante a Segurança Social se encontra regularizada, dentro dos prazos legalmente estabelecidos.
Nota 17.16 Outras divulgações
Os honorários do Revisor Oficial de Contas no presente exercício ascenderam a dez mil euros.
NOTA 18 FUNDO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Nota 18.1 Mapa comprovativo da situação e evolução do fundo de equilíbrio financeiro
FUNDO DE EQUILIBRIO FINANCEIRO
Saldo anterior
30.06.2022 30.06.2021
1 000 000,00 1 000 000,00
Reforço do Fundo de equilibrio financeiro --
Cobertura da atividade operacional negativa – art.º 70.º, n.º 1 - -
TOTAL DO FUNDO EM 30 DE JUNHO DE 2022 E 2021
Rendimentos líquidos - Multas art.º 70.º, n.º 3, c)
1 000 000,00 1 000 000,00
1 536 041,03 564 481,59
Rendimentos – art.º 8.º, n.º 4, a) 44 427,06 42 286,71
Total do fundo em 30 de junho de 2021 e 2020
1 580 468,09 606 768,30
1 000 000,00 1 000 000,00
Reforço do fundo de equilibrio financeiro - -
TOTAL DO FUNDO APÓS APLICAÇÃO DE RESULTADOS
1 000 000,00 1 000 000,00
De referir que a alteração estatutária aprovada em setembro de 2017 veio introduzir o limite máximo de 1 000 000€ ao fundo de equilíbrio financeiro.
NOTA 19 FUNDO DE CONTINGÊNCIA
Tal como proposto pela Direção da Liga e aprovado em Assembleia-Geral, o saldo positivo da exploração comercial gerado em 2021-22, no montante de 216 715,10€, foi integralmente destinado ao reforço do Fundo de Contingência com vista a garantir o eventual pagamento de valores peticionados, caso algum processo fiscal e judicial tenha uma decisão desfavorável à Liga, assim como para suportar despesas e encargos com os referidos processos.
FUNDO DE CONTINGÊNCIA
30.06.2022 30.06.2021
Saldo anterior 470 428,88 447 113,53
Reforço do Fundo de Contingência 216 715,10 104 016,09 Utilizações -Altice - Processo nº488/14.2TVPRT (Juros) -Pagamentos ao Estado - CAAD 248-2018 - (61 797,59) Pagamentos ao Estado - CAAD 118/2019 - (18 903,15)
TOTAL DO FUNDO EM 30 DE JUNHO DE 2022 E 2021 687 143,98 470 428,88
Durante o presente exercício, não ocorreram utilizações no fundo de contingência, contudo exercício 2021-22 o Fundo de Contingência foi utilizado para suportar os valores referentes às coimas e juros dos processos CAAD 248/2018 e CAAD 118/2019.
Em conformidade com as disposições legais e estatutárias, reunimos no presente documento informação da atividade da Liga Portugal e das demais sociedades incluídas no perímetro da consolidação no período findo em 30 de junho de 2022, submetendo à apreciação dos Associados o Relatório e Contas consolidado bem como a proposta de aplicação de resultados.
O Grupo Liga Portuguesa de Futebol Profissional é constituído pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal), a empresa subsidiária Liga Infraestruturas, a empresa subsidiária Fundação do Futebol – Liga Portugal – FFLPF e empresa associada Sabseg Desporto Seguro, S.A., conforme estrutura de participações:
Atendendo à reduzida atividade destas duas empresas no exercício em análise, as mesmas foram excluídas da consolidação.
7.1. Análise da Atividade Consolidada do Período
Os principais indicadores consolidados são:
INDICADORES
Ativo não corrente
LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONAL
30.06.2022 30.06.2021 Variação %
7 393 491,77 3 229 289,19 4 164 202,58 129%
Ativo corrente 13 298 483,09 13 149 106,89 149 376,20 1%
Total Ativo 20 691 974,86 16 378 396,08 4 313 578,78 26%
Fundos Patrimoniais 6 836 098,78 6 068 513,21 767 585,57 13%
Passivo não corrente
2 026 965,24 2 233 008,57 (206 043,33) -9%
Passivo corrente 11 828 910,84 8 076 874,30 3 752 036,54 46%
Total do Passivo 13 855 876,08 10 309 882,87 3 545 993,21 34%
EBITDA 948 676,59 941 895,17 6 781,42 1%
Resultados operacionais 792 178,14 778 346,06 13 832,08 2% Resultado líquido do período 781 302,51 777 484,19 3 818,32 0%
A Liga Infraestruturas é uma sociedade cujo objeto principal é a realização de investimentos na área imobiliária, incluindo compra e venda de imóveis, bem como a gestão, promoção, administração, exploração e locação de bens imobiliários próprios ou de terceiros.
A Liga Infraestruturas detém um imóvel sito na Rua Castilho em Lisboa que foi ocupado pela Liga Portugal até setembro de 2019, conforme contrato de arrendamento entre ambas as sociedades. A partir de outubro de 2019 o imóvel foi alugado pela empresa Viva Payment Services SA Sucursal em Portugal, conforme contrato de arrendamento entre ambas as sociedades. O valor do imóvel representa cerca de 78% do valor do ativo da Liga Infraestruturas (311 739€).
As contas da Liga Infraestruturas encontram-se integradas nas demonstrações financeiras da Liga pelo método de consolidação integral.
A atividade da SABSEG Desporto Seguro é a mediação de seguros, sobretudo para a área do futebol, encontrando-se as suas contas integradas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de equivalência patrimonial. A Liga Portugal detém uma participação de 30% nesta sociedade.
A atividade da Fundação do Futebol – Liga Portugal é utilizar a notoriedade do futebol, dos seus intervenientes e as competições profissionais em prol da responsabilidade social, tendo sido integradas nas demonstrações financeiras da Liga Portugal pelo método de consolidação integral.
No decorrer deste exercício, e fruto da reorganização empresarial aprovada em sede Direção da Liga Portugal, foram criadas duas novas sociedades: Liga Centralização (100 % participação Liga Portugal) e Liga Comercial (100% participação Liga Portugal).
O Balanço consolidado da Liga Portugal apresenta, em 30 de junho de 2022, um Resultado Líquido do Período positivo de 781 302,51€.
Conforme é possível verificar, as contas consolidadas refletem a integração das demonstrações financeiras da participada Liga Infraestruturas, pelo que o ativo consolidado integra o valor do imóvel detido pela participada na rubrica de ativos fixos tangíveis (311 739€).
A rubrica Estado e Outros Entes Públicos reflete no Ativo os pagamentos efetuados no âmbito do PERES (1 672 938€), cujo desfecho dos processos judiciais ainda se aguarda, exceto no processo relativo ao IRC 2019, que estava totalmente provisionado e cujo desfecho foi favorável, tendo a provisão ter sido totalmente revertida no exercício anterior.
A rubrica de Outros Ativos Correntes, face ao período anterior, sofreu uma diminuição de 26% cifrando-se à data do balanço em 1 047 833€. Esta rubrica compreende os acréscimos de rendimentos, quer relativos a patrocínios, quer os acréscimos relativos a valores afetos à Liga Portugal relacionados com a Placard e as Apostas Online do segundo trimestre de 2022 e ainda as afetações dos gastos da estrutura da Fundação do Futebol.
À data do balanço, as Disponibilidades em caixa e bancos no Ativo Corrente ascenderam ao montante de 6 724 645€. O montante total de Caixa e Depósitos Bancários integra ainda os depósitos sob garantia que ascendem a 2 920 000€ e que se encontram registados nos Ativos Não Correntes.
Os Fundos Patrimoniais cifraram-se em 6 836 099€, conseguindo-se assim o reforço
dos capitais próprios. De salientar que contribuiu para este valor a incorporação do Resultado Líquido do Período positivo desta época desportiva no valor de 781 303€.
O Passivo Não Corrente apresenta um saldo de 2 026 965€. Esta rubrica é composta essencialmente pelo financiamento bancário no âmbito da Linha Capitalizar 2018 Fundo de Maneio, com o Banco Santander Totta S.A, cujo vencimento se cumpre em junho de 2024. No que respeita à análise das contas de exploração, e uma vez que as mesmas não diferem significativamente dos valores apresentados no relatório e contas individuais, remetemos a análise da respetiva evolução para o ponto 5.2 e 5.3 constantes do capítulo 5 – Relatório e Contas individuais 2021-22.
7.2. Perspetivas Futuras
Como princípios preconizados e implementados pela Direção ao longo do início do seu mandato em 2015, a época 2021-22 manteve o bom caminho de resultados positivos gerados pela Liga, obtendo-se pela sexta época consecutiva resultados extremamente positivos.
Foram distribuídos aos Associados valores que rondaram os 8 249 828€, quer pelos prémios decorrentes da Allianz CUP, quer na disponibilização de bens e serviços para a atividade das Sociedades Desportivas e suporte às competições.
Foi invertida a tendência de resultados negativos obtidos nas épocas 2012-13, 2013-14 e 2014-15. As últimas seis épocas geraram resultados positivos, permitindo que se efetuasse o processo de saneamento da situação financeira líquida negativa da organização.
Com um sentimento de enorme orgulho no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, de forma criteriosa, ponderada e profissional ao longo dos anos, entendemos que muito trabalho ainda há a fazer, em conjunto com as Sociedades Desportivas, pois os desafios são enormes e só com a união de todos conseguiremos manter a senda do sucesso.
A Liga Portugal compromete-se a manter o rigor em todas as atividades previstas no Plano de Atividades para a época 2022-23, sem nunca descurar a estabilização financeira da Liga Portugal onde se releva inclusivamente no orçamento aprovado pelos Associados para a época 2022-23 em que prevê receitas totais de 23,4M€ e gastos de 22,3M€, o que significa, uma vez mais, um
resultado operacional positivo de 1,1M€, constituindo um orçamento de aposta na melhoria continuada da situação económico-financeira da Liga Portugal.
Assim e dando continuidade ao trabalho estruturado e implementado por esta Direção este orçamento declara-se como uma aposta na continuidade da estabilidade financeira da Liga Portugal, permitindo prosseguir a cada vez mais relevante afirmação da forte e credível marca Liga Portugal. Procura-se assim, a manutenção do nível dos rendimentos, sempre numa perspetiva prudente, o aumento da distribuição de verbas às Sociedades Desportivas e a aposta na valorização dos quadros da Liga Portugal e na manutenção da excelência do nosso produto, dando continuidade à afirmação da forte marca Liga Portugal, à solidificação e crescimento das competições bem como o aumento do impacto da visibilidade das mesmas.
Na presente fase de consolidação da maturidade da Liga Portugal, o objetivo é e continuará a ser o de criar uma maior e sã competitividade, investir, criar novas ferramentas de apoio e organização acompanhando desta forma a evolução do sector e indústria do futebol.
A Direção da Liga Portugal continuará a executar o seu competente e assertivo trabalho e a manter-se particularmente atenta a novos desafios e alvos específicos. Continuará a pugnar ainda pela existência de medidas de apoio que reponham a igualdade relativamente a outros sectores. As implementações das mesmas pecam por tardias a cada momento que passa dado que a desigualdade do sector face a outros dentro do mesmo território é de tal forma
gritante que necessitam de resolução urgente.
A 24 de fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia, tendo originado consequências, económicas e outras, para os países da União Europeia e para o mundo. Atualmente, uma das consequências mais relevantes deste conflito é uma subida generalizada dos preços. A Liga encontra-se a monitorizar os impactos económicos e financeiros deste aumento nos seus gastos operacionais, muito embora, não sejam esperados impactos relevantes.
A Direção irá manter o acompanhamento de todos os desenvolvimentos relacionados com a situação económica nacional e internacional, designadamente decorrentes da guerra na Ucrânia, e os seus efeitos nos mercados, continuando a seguir atentamente, no que respeita aos efeitos da pandemia COVID-19, as recomendações das entidades competentes, nacionais e internacionais, para acompanhamento e gestão da crise de forma a proteger pessoas e a atividade da Liga.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 30
DE JUNHO DE 2022
8.1.
Balanço Consolidado em 30 de junho de 2022 e 2021
BALANÇO CONSOLIDADO
ATIVO
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
8.2. Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas do Período findo em 30 de junho de 2022 e 2021
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS
RENDIMENTOS E GASTOS
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
7 3 944 878,64 2 250 307,25
Ativos intangíveis 6 246 946,37 6 844,30
Investimentos financeiros – participações financeiras 10 148 462,00 85 028,36
Investimentos financeiros – outros investimentos 10 3 053 204,76 887 109,28 7 393 491,77 3 229 289,19
ATIVO CORRENTE
Inventários 102 848,75 40 829,03
Créditos a receber 16 973 320,02 464 501,31
Estado e outros entes públicos 17 4 282 446,09 1 881 314,57
Associados 5,16 73 429,74 523 507,71
Outros ativos correntes 16,17 1 047 832,57 1 423 163,72 Diferimentos 17 93 961,19 91 447,37 Caixa e depósitos bancários 4 6 724 644,73 8 724 343,18 13 298 483,09 13 149 106,89
TOTAL DO ATIVO 20 691 974,86 16 378 396,08
FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO
FUNDOS PATRIMONIAIS
Fundos 16 853 886,00 853 886,00 Reservas legais 22 445,91 22 445,91 Reservas 18 977 554,09 977 554,09 Resultados transitados DACP 3 506 358,95 2 725 364,92
Ajustamentos/Outras variações nos Fundos Patrimoniais 13 580 296,77 594 013,71 Excedentes de revalorização de aft e ai 114 254,55 117 764,39 6 054 796,27 5 291 029,02
Resultado líquido do período 781 302,51 777 484,19
TOTAL DOS FUNDOS PATRIMONIAIS 6 836 098,78 6 068 513,21
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE
Provisões 12 1 596 882,03 1 373 548,06 Associados 5,16 -Financiamentos obtidos 16 380 952,42 809 523,81 Outras dividas a pagar 49 130,79 49 936,70 2 026 965,24 2 233 008,57
PASSIVO CORRENTE
Vendas e serviços prestados 11,17 6 229 609,71 4 682 956,16
Subsídios, doações e legados à exploração 13 11 701,71 12 810,49
Ganhos/perdas imputados de subsid. assoc. e empreend. conjuntos 10 142 931,64 79 896,73
Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 17 (78 860,63) (29 181,15)
Fornecimentos e serviços externos 17 (15 309 957,37) (10 995 879,17)
Gastos com o pessoal 17 (3 644 470,78) (3 533 752,08)
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 9 92 179,55 -
Provisões (aumentos/reduções) 12 (223 333,97) 158 532,28
Outros rendimentos 11,17 15 236 584,95 12 820 169,49
Outros gastos 17 (1 507 708,22) (2 253 657,58)
RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS
948 676,59 941 895,17
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 7 (156 498,45) (163 549,11) Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/ reversões)
RESULTADO OPERACIONAL (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS)
792 178,14 778 346,06
Juros e rendimentos similares obtidos 1 616,33
Juros e gastos similares suportados 16 (6 547,59) (537,17)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 785 630,55 779 425,22
Imposto sobre o rendimento do período 15 (4 328,04) (1 941,03)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
781 302,51 777 484,19
*As notas anexas (Nota 8.5) fazem parte integrante da Demonstração consolidada dos Resultados para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
Fornecedores
16 1 737 064,91 665 533,88 Estado e outros entes públicos 17 273 646,88 335 627,28 Associados 5,16 1 693 518,63 1 715 742,02
Financiamentos obtidos 16 380 952,36 142 857,15 Diferimentos 17 1 520 395,95 45 421,71 Outros Passivos Correntes 16,17 6 223 332,11 5 171 692,26 11 828 910,84 8 076 874,30
TOTAL DO PASSIVO 13 855 876,08 10 309 882,87
TOTAL DOS FUNDOS PATRIMONIAIS E DO PASSIVO 20 691 974,86 16 378 396,08
*As notas anexas (Nota 8.5) fazem parte integrante do Balanço consolidado para o período findo em 30 junho 2022 e 2021.
8.3.
Demonstração
Consolidada dos Fluxos de Caixa do Período findo em 30 de junho de 2022 e 2021
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
ATIVIDADES
OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
NOTAS* 30.06.2022 30.06.2021
22 840 071,81 19 827 861,40
Pagamentos a fornecedores (16 944 232,07) (10 854 790,22)
Pagamentos ao pessoal (1 835 009,45) (1 740 409,00) 4 060 830,29 7 232 662,18
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 6 503,83 11 106,97 Outros recebimentos/pagamentos (2 218 177,19) (2 112 177,60)
FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
1 849 156,93 5 131 591,55
Investimentos financeiros (8 716,36) (7 216,62)
Ativos fixos tangíveis (688 923,41) (788 706,00)
Ativos fixos intangíveis (246 139,63)
Recebimentos provenientes de: (2 920 000,00)
Investimentos financeiros 656,79 Ativos fixos tangíveis 14 400,00 9 600,00 Juros e rendimentos similares 524,02 1 616,33
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) (3 848 855,38) (784 049,50)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos - -
Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (190 476,18) (47 619,00) Juros e gastos similares (6 588,74) (15 264,24)
FLUXOS DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) - (62 883,24)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (1 999 698,45) 4 284 658,81
Efeito das diferenças de câmbio - -
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 8 724 343,18 4 439 684,37 Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 6 724 644,73 8 724 343,18
*As notas anexas (Nota 8.5) fazem parte integrante da Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
FUNDOS PATRIMONIAIS ATRIBUÍDOS AOS ASSOCIADOS
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Aplicação do resultado líquido de 2020/21 777 484,19 (777 484,19) -
Realização excedente de revalorização
Cobertura de perdas – atividade comercialOutras alterações reconhecidas nos fundos patrimoniais 3 509,84 (13 716,94) (3 509,84) (13 716,94) Aplicação do método de equivalência patrimonial
Total de alterações no período - - - 780 994,03 (13 716,94) (3 509,84) (777 484,19) (13 716,94)
Resultado líquido do período 781 302,51 781 302,51
Resultado integral 12 810,49 12 810,49
Operações com associadosOutras operações - cobertura prejuízos atividade comercialTotal operações com associados - - - - - - - -
Posição em 30.06.2022 853 886,00 22 445,91 977 554,09 3 506 358,95 580 296,77 114 254,55 781 302,51 6 836 098,78
FUNDOS PATRIMONIAIS ATRIBUÍDOS AOS ASSOCIADOS
NOTAS* # 51 # 551 # 552 # 56 #57 e # 59 #58 # 81
NOTA FUNDOS RESERVAS LEGAIS OUTRAS RESERVAS RESULTADOS TRANSITADOS OUTRAS VARIAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS
EXCEDENTES DE REVALORIZAÇÃO DE AFT E AI
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO TOTAL
Posição em 30.06.2020 853 886,00 22 445,91 977 554,09 1 612 760,28 601 525,61 121 274,25 1 109 094,78 5 298 540,92
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Aplicação do resultado líquido de 2020-21 1 109 094,78 (1 109 094,78) -
Outras alterações reconhecidas nos fundos patrimoniais Fundo de Equilíbrio FinanceiroCobertura de perdas – atividade comercial 3 509,86 (7 511,90) (3 509,86) (7 511,90) Aplicação do método de equivalência patrimonial Total de alterações no período - - - 1 112 604,64 (7 511,90) (3 509,86) (1 109 094,78) (7 511,90)
Resultado líquido do período 777 484,19 777 484,19
Resultado integral 777 484,19 777 484,19
Operações com associadosOutras operações - cobertura prejuízos atividade comercialTotal operações com associados - - - - - - - -
Posição em 30.06.2021 853 886,00 22 445,91 977 554,09 2 725 364,92 594 013,71 117 764,39 777 484,19 6 068 513,21
*As notas anexas (Nota 8.5) fazem parte integrante da Demonstração Consolidada das Alterações nos Fundos Patrimoniais para o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021.
8.5.
Anexo às Demonstrações
Financeiras Consolidadas a 30 de junho de 2022
NOTA 1 IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO
O Grupo Liga Portuguesa de Futebol Profissional é constituído pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal), a empresa subsidiária Liga Infraestruturas, a empresa subsidiária Fundação do FutebolLiga Portugal – FFLPFP e a empresa associada SABSEG Desporto Seguro, S.A.. A Liga Portugal é uma associação de direito privado de âmbito nacional, constituída em 1978, que tem a sua sede social em Rua da Constituição, 2555, 4250-173 Porto. No decorrer deste exercício, e fruto da reorganização empresarial aprovada em sede Direção da Liga Portugal, foram constituídas duas novas sociedades: Liga Centralização (100 % participação Liga Portugal) e Liga Comercial (100% participação Liga Portugal). Atendendo à reduzida atividade destas duas empresas no exercício em análise, as mesmas foram excluídas da consolidação.
A Liga Portugal tem como fins principais o exercício dos poderes e das competências legalmente conferidos à FPF, com referência às competições profissionais de futebol; a promoção e defesa dos interesses comuns dos seus membros e a gestão dos assuntos inerentes à organização e prática do Futebol Profissional e das suas competições; organização e regulamentação das competições de caráter profissional que se disputem no âmbito da FPF; negociação, gestão e supervisão do interesse e por conta dos
seus associados da exploração comercial das competições profissionais.
As demonstrações financeiras consolidadas incluem o balanço consolidado, a demonstração consolidada dos resultados por natureza, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a demonstração consolidada das alterações nos fundos patrimoniais e o anexo consolidado. A Direção entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verdadeira e apropriada as operações do Grupo, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa.
As notas que se seguem respeitam à numeração definida no Regime de Normalização Contabilística para as Entidades do Sector Não Lucrativo (SNC-ESNL), incluindo apenas divulgações das Normas Contabilísticas de Relato Financeiro aplicáveis ao Grupo.
Todos os montantes apresentados neste anexo são apresentados em EUR (€).
NOTA 2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Nota 2.1 Diplomas legais
As presentes demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade de operações, a partir dos registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação e de acordo com as normas do Sistema de Normalização Contabilística, regulado pelos seguintes diplomas legais: • Decreto-Lei n º 158/2009, de 13 de julho (Sistema de Normalização Contabilística),
alterado pelo Decreto-lei n º 98/2015, de 2 de junho;
• Portaria n º 218/2015, de 23 de julho (Código de Contas);
• Portaria n º 220/2015, de 24 de julho (Modelos de Demonstrações Financeiras consolidadas aplicáveis às entidades do setor não lucrativo);
• Aviso n º 8254/2015, de 29 de julho (Estrutura Conceptual);
• Aviso n º 8259/2015, de 29 de julho (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro para as entidades do sector não lucrativo); e
• Aviso n º 8258/2015, de 29 de julho (Normas Interpretativas).
Sempre que o normativo referido atrás não responda a aspetos particulares de transações ou situações são aplicadas supletivamente e pela ordem indicada; às Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e Normas Interpretativas (NI) do Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, alterado pelo Decreto-Lei nº98/2015, de 2 de junho; às Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) adotadas ao abrigo do Regulamento n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho; e às Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações (SIC e IFRIC).
Nota 2.2 Comparabilidade
As quantias relativas ao período findo em 30 de junho de 2021, incluídas nas Demonstrações Financeiras consolidadas, para efeitos comparativos,
estão apresentadas em conformidade com o modelo resultante das alterações introduzidas pelos diplomas legais referidos no parágrafo anterior.
Conforme definido no SNC-ESNL, a rubrica de propriedades de investimento encontra-se apresentada na rubrica de ativos fixos tangíveis conforme é possível constatar na nota 7.
Nota 2.3 Derrogações das disposições do sistema de normalização contabilística
Não existiram no decorrer do período a que respeitam as presentes demonstrações financeiras derrogações de qualquer disposição prevista nas normas do Sistema de Normalização Contabilística.
NOTA 3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Nota 3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Liga Portugal e empresas que integram a consolidação, mantidos de acordo com as SNC-ESNL em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras consolidadas.
Nota
3.1.1
Princípios de consolidação
Os princípios de consolidação adotados pelo Grupo na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes:
a) Investimentos em subsidiárias (controladas)
As participações financeiras em empresas nas quais a Liga Portugal detenha, direta ou indiretamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia geral ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais, são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados nas rubricas “Interesses que não controlam”.
Quando os prejuízos atribuíveis aos acionistas/sócios minoritários excedam o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, exceto quando os acionistas/sócios minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o período, estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respetivamente.
Sempre que necessário, são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transações, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas
do Grupo são eliminados no processo de consolidação.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico (“Entidades de Finalidades Especiais”), ainda que não possua participações de capital diretamente ou indiretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.
b) Investimentos em associadas
Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal, as empresas onde exerce uma influência significativa, mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de gastos ou rendimentos do período. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor
do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.
As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como ganhos do período na rubrica “Outros rendimentos”.
É efetuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existam indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas como gasto as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir, são objeto de reversão.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da Associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, exceto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.
Os rendimentos não realizados em transações com empresas associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.
Nota 3.1.2 Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis do Grupo, que compreendem essencialmente programas de computador e o registo de marcas, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade e das amortizações acumuladas. Estes ativos são amortizados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso, pelo método das quotas constantes, durante um período de 3 anos.
Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e que os mesmos possam ser mensurados com fiabilidade.
Através de escritura em 19 de dezembro de 1995, a Câmara Municipal do Porto cedeu gratuitamente em direito de superfície à Liga a parcela de terreno sita na Rua da Constituição. Em 18 de julho de 2000, a Câmara cede o referido terreno em propriedade plena com a condição de reversão imediata, caso lhe seja dado destino diferente de utilização. Em Junho de 2022 foi celebrado um contrato de permuta com a Câmara Municipal do Porto, entre o terreno sita na Rua da Constituição e o terreno da nova sede da Liga Portugal.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate destes ativos são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/ abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados, como “Outros Rendimentos” ou “Outros Gastos”.
Nota 3.1.3 Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis do Grupo adquiridos até 1 de julho de 2009 encontram-se registados ao seu custo considerado, o qual corresponde ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas por imparidade.
Os ativos fixos tangíveis adquiridos após aquela data, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes depreciações e de perdas por imparidade acumuladas.
As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual/ duodécimos, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
VIDA ÚTIL Anos
Edifícios e outras construções 10 - 50 Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 3 - 10 Outros Ativos Fixos tangíveis 4 - 10
Os custos com a manutenção e reparação que não aumentam a vida útil destes ativos fixos são registados como gastos do período em que ocorrem. Os gastos com grandes reparações e remodelações são incluídos no valor contabilístico do ativo sempre que se perspetive que este origine benefícios económicos futuros adicionais.
Os ativos fixos tangíveis em curso, representam ativos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que estejam em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes
da venda ou abate destes ativos são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/ abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados, como “Outros Rendimentos” ou “Outros Gastos”.
As propriedades de investimentos, que correspondem a ativos imobiliários detidos para auferir rendimento ou para valorização de capital, ou ambos, e não para uso na produção ou fornecimento de bens e serviços ou para fins administrativos, são registadas pelo seu custo, deduzidas das depreciações acumuladas e de perdas por imparidade.
Nota 3.1.4 Locações
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os contratos de locação, em que o Grupo age como locatário, são classificados como locações financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, e como locações operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.
De acordo com o método financeiro, o custo do ativo é registado como um ativo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”, os juros incluídos no valor das rendas e a reintegração do ativo são registados como gasto na demonstração dos resultados do período a que respeitam.
Nas locações consideradas como
operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados, numa base linear, durante o período do contrato de locação.
Nota 3.1.5 Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas são registados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido ou reduzido ao valor proporcional à participação nos fundos patrimoniais dessas empresas, reportado à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do período. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos fundos patrimoniais dessas empresas, por contrapartida da rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros”. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.
Nota 3.1.6 Imparidade dos ativos não correntes (exceto goodwill)
Sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado não possa ser recuperado, é efetuada uma avaliação
de imparidade com referência ao final de cada período.
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade, registada como um gasto na rubrica “Imparidade de ativos depreciáveis”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que espera que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil.
A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence.
Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a amortização/depreciação do ativo é ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do ativo, menos o seu valor residual (se o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efetuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida como um rendimento na demonstração
dos resultados. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação), caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.
Nota 3.1.7 Custos de empréstimos obtidos
Os encargos financeiros com empréstimos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime de acréscimo.
Nos casos em que estes encargos sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo cujo período para ficar pronto para o uso pretendido seja substancial, estes encargos são capitalizados até ao momento em que todas as atividades necessárias para preparar o ativo elegível para o seu uso ou para a sua venda estejam concluídas.
Nota 3.1.8 Instrumentos financeiros
DÍVIDAS DE TERCEIROS
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor custo e apresentadas no balanço deduzidas de eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões), de forma a refletir o seu valor realizável líquido.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, o Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente
está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.
As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo custo amortizado. As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respetivo custo.
EMPRÉSTIMOS
Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor custo, deduzido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o regime de acréscimo. A parcela do juro efetivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o período.
Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar ativos e passivos e a Direção pretenda liquidar, numa base líquida, ou realizar a ativo a liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados e apresentados no balanço pelo seu montante líquido.
FORNECEDORES E DÍVIDAS A TERCEIROS
Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo. O custo corresponde ao seu valor nominal.
PASSIVOS FINANCEIROS
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual da transação, independentemente da forma legal que assumem.
Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são registados inicialmente pelo seu custo, deduzido dos custos de transação incorridos e, subsequentemente, ao custo menos perda por imparidade.
Nota 3.1.9 Caixa e depósitos bancários
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e Depósitos Bancários” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.
Nota 3.1.10. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um evento passado, quando seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e quando o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação são
reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.
Os passivos contingentes são avaliados pelo Grupo como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o controlo da Liga Portugal, ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou, sendo provável, a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes são divulgados nas demonstrações financeiras sempre que a probabilidade de existir uma saída de recursos no futuro não seja remota.
Os ativos contingentes surgem, normalmente, de eventos não planeados ou outros esperados que darão origem à possibilidade de um influxo de benefícios económicos para o Grupo. O Grupo não reconhece ativos contingentes nas suas demonstrações financeiras, mas apenas procede à sua divulgação, se considerar que os benefícios económicos que daí poderão resultar para o Grupo forem prováveis. Quando a realização do proveito for virtualmente certa, então o ativo não é contingente e o reconhecimento é apropriado.
Nota 3.1.11. Periodizações económicas
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem
independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas “Outros ativos correntes ” e “Outras passivos correntes” ou “Diferimentos”.
Nota 3.1.12. Impostos correntes
No que respeita aos impostos sobre o rendimento, estes encontram-se registados nos resultados do Grupo e incluem o efeito dos impostos correntes. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e dos passivos para efeitos de registo contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e o contabilístico. O Grupo não registou impostos diferidos.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações estão sujeitas a revisão e correção por parte da Administração Fiscal durante um período de 4 anos (sendo 5 anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações, caso em que, dependendo das circunstâncias, os prazos podem ser alongados ou suspensos. Deste modo as declarações fiscais dos anos de 2017 a 2021 ainda poderão ser objeto de revisão.
Nota 3.1.13. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas
Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando exista uma certeza razoável de que a Liga irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.
Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são inicialmente reconhecidos nos fundos patrimoniais, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às depreciações dos ativos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam. Os outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem.
Os subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm gastos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
Nota 3.1.14. Benefícios dos empregados
O Grupo registou as responsabilidades associadas a benefícios dos empregados de acordo a norma aplicável, reconhecendo em gastos os benefícios a curto prazo para os empregados que tenham prestado serviço no respetivo período contabilístico, e como um passivo, após a dedução da quantia já paga.
O Grupo apurou e registou todos os compromissos concedidos e a conceder aos seus empregados associados a benefícios de curto prazo.
Nota 3.1.15. Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de devoluções, descontos e outros abatimentos e não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.
O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i) são transferidos para a comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efetivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transações fluam para a entidade e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.
Os rendimentos decorrentes de prestações de serviços incluem quotizações fixas e quotizações variáveis as quais incluem, essencialmente, as inscrições e as multas e protestos. Estes rendimentos são reconhecidos na demonstração dos resultados quando debitados aos Associados. Na prestação de contas são efetuados os necessários ajustamentos a estes rendimentos, decorrente da aplicação do princípio da periodização económica.
Na rubrica de Rendimentos suplementares são registados os
rendimentos relacionados com os contratos de patrocínios (financiamento das provas) e o montante da quota TV bem como serviços de fornecimento de bilhetes e impressos. Na prestação de contas são efetuados os necessários ajustamentos a estes rendimentos, decorrente da aplicação do princípio da periodização económica.
Nota 3.1.16. Eventos subsequentes
Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data do balanço (“acontecimentos que dão lugar a ajustamentos”) são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas da Liga. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
Nota 3.1.17. Julgamentos e estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, a Direção da Liga baseou-se no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ ou correntes considerando determinados pressupostos relativos a eventos futuros.
As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas dos períodos findos em 30 de junho de 2021 e 2020 incluem:
• Vidas úteis de ativos fixos tangíveis e intangíveis;
• Registo de provisões;
• Registo de perdas de imparidade.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data de preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
As alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas serão corrigidas em resultados, de forma prospetiva.
Nota 3.2 Outras políticas contabilísticas relevantes
Nota 3.2.1 Fluxos de caixa
A demonstração consolidada dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a NCRF 2, através do método direto. A Liga classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante, incluindo os valores cativos de depósitos a prazo.
A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de financiamento e de investimento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros, relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de
caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de ativos fixos.
Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de financiamento incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos.
Nota 3.2.2 Moeda estrangeira
Todos os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como ganhos e perdas na demonstração dos resultados do período.
As diferenças cambiais associadas a contas receber/pagar cuja maturidade não se encontre definida, são registadas na demonstração dos resultados do período quando tais contas a receber/pagar forem depreciadas/ alienadas/ liquidadas.
Nota 3.2.3 Juízos de valor que o órgão de gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacto nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as NCRF-SNL, a Direção da Liga utiliza estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas, ou resultado de uma informação ou experiência adquirida.
a Direção reitera que é adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras anexas.
Nota 3.2.5 Principais fontes de incerteza
A presente nota faz referência aos principais pressupostos em relação ao futuro, adotados na elaboração das demonstrações financeiras anexas, que possam implicar um risco significativo de ajustamentos materiais à valorização de ativos e passivos dos próximos períodos financeiros.
Deste modo, na elaboração das demonstrações financeiras foram utilizados alguns pressupostos, nomeadamente, no que respeita ao apuramento de provisões e divulgação dos passivos contingentes (Nota 12).
Nota
3.2.4
Principais pressupostos relativos ao futuro
As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Liga, mantidos de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
A Liga Portugal continua atenta aos impactos da pandemia nas diversas áreas de negócio de forma a monitorizar e atuar atempadamente com vista a proteger a saúde dos seus trabalhadores e de todos os agendes desportivos, de forma a prosseguir com a sua atividade.
Apesar da existência de um nível elevado de incerteza, a Liga Portugal entende que dispõe dos recursos financeiros e patrimoniais que permite manter as suas atividades, pelo que
Esta avaliação foi efetuada tendo por base informação obtida junto dos advogados internos e externos responsáveis pelos processos em causa.
NOTA 4 FLUXOS DE CAIXA
NOTA 5 PARTES RELACIONADAS
Nota
4.1 Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários
A 30 de junho de 2022 e de 2021, o saldo de Caixa e de Depósitos Bancários decompunha-se da seguinte forma:
CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS
Caixa
Nota 5.1 Remunerações do pessoal chave de gestão
TOTAL DE REMUNERAÇÕES
30.06.2022 30.06.2021
Caixa 33 107,60 10 753,40 33 107,60 10 753,40
Depósitos bancários:
30.06.2022 30.06.2021
Remunerações do pessoal chave de gestão 895 249,15 1 035 104,33 (Valor total das remunerações incluindo os respetivos encargos)
Nota 5.2 Transações e saldos entre partes relacionadas
Nota 5.2.1 Transações e saldos pendentes
Depósitos à ordem
5 260 343,79 7 713 589,78 Depósitos a prazo 1 431 193,34 1 000 000,00 6 691 537,13 8 713 589,78
TOTAL CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS 6 724 644,73 8 724 343,18
A Liga Portugal mantinha, à data de balanço, dois depósitos a prazo no valor global de 3 020 000€ que se encontram registados em “Outros Investimentos Financeiros” (Nota 10.3) dado que se encontram associados a garantias prestadas a favor de terceiros:
OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
30.06.2022 30.06.2021
Processo judicial em curso 100 000,00 862 384,01 Arena Liga Portugal - Cativo Financiamento 2 920 000,00Fundo Compensação do trabalho 23 204,76 14 725,27 Participações de capital 10 000,00 10 000,00 3 053 204,76 887 109,28
No decurso do presente exercício, a Liga apresentou as seguintes transações e saldos face a entidades relacionadas:
30 DE JUNHO DE 2022
Transações Saldos pendentes
DAS PARTES RELACIONADAS
Federações
1 252 361,71 369 819,71Sociedades Desportivas 9 784 258,36 5 214 789,47 1 317 440,43 (1 244 010,69) 340 547,39Saldo da atividade comercial 288 775,91Quotas TV Solidariedade 536 175,54Fundo de infraestruturas art 8º nº4 c) 150 989,39 -
Empresas associadas - - 246 525,75 - - -
TOTAL 9 784 258,36 6 467 151,18 1 563 966,18 (1 244 010,69) 1 686 307,94 -
TOTAL LÍQUIDO 319 955,49 1 686 307,94
30 DE JUNHO DE 2021
Transações Saldos pendentes
PARTES RELACIONADAS
Federações
- 731 905,52 - - 359 088,27Sociedades Desportivas 8 240 650,17 4 224 099,18 1 292 977,99 (936 190,24) 5 821,77Saldo da atividade comercial - - - - 274 863,62Quotas TV Solidariedade - - - - 966 666,67Fundo de infraestruturas art 8º nº4 c) - - 166 719,96 - 106 280,38 -
Empresas associadas - - 166 450,00 - -TOTAL 8 240 650,17 4 956 004,70 1 626 147,95 (936 190,24) 1 712 720,71 -
TOTAL LÍQUIDO 689 957,71 1 712 720,71
NOTA 6 ATIVOS INTANGÍVEIS
Nota 6.1 Divulgações para cada classe de ativos intangíveis, distinguindo entre os ativos intangíveis gerados internamente e outros ativos intangíveis
a) As amortizações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas de amortização médias:
VIDA ÚTIL
ATIVOS INTANGÍVEIS
c) Os movimentos na rubrica ativos intangíveis durante os anos findos a 30 de junho de 2022 e de 2021 são os que se seguem: 30 DE JUNHO DE 2022 Software
30
ACTIVO BRUTO
Saldo em 01-07-2020 174 555,10 848,60 175 403,70 Adições -Saldo em 30-06-2021 174 555,10 848,60 175 403,70
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2020 (159 136,93) - (159 136,93) Adições (9 422,47) - (9 422,47) Saldo em 30-06-2021 (159 136,93) - (168 559,40)
VALOR LÍQUIDO 15 418,17 848,60 6 844,30
Nota 6.2 Ativos intangíveis com vida útil indeterminada 30 DE JUNHO DE 2022
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
A Liga revê anualmente a vida útil estimada dos ativos intangíveis que não estão a ser amortizados, de forma a verificar os acontecimentos e circunstâncias que apoiam uma avaliação de vida útil indefinida para esse ativo.
NOTA 7 ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Nota 7.1 Divulgações sobre ativos fixos tangíveis
Nota 7.1.1 Bases de mensuração
Os ativos tangíveis estão valorizados de acordo com o modelo custo, segundo o qual um item do ativo fixo tangível é escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
Nota 7.1.2 Método de depreciação usado
A Liga Portugal deprecia os seus bens do ativo fixo tangível de acordo com o método da linha reta. De acordo com este método, a depreciação é constante durante a vida útil do ativo se o seu valor residual não se alterar.
Nota 7.1.3 Vidas úteis e taxas de depreciação usadas
As depreciações do exercício são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxas de depreciação médias:
VIDA ÚTIL
30 DE JUNHO DE 2021
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Vida útil Taxa de amortização
Terrenos e recursos naturais - -
Edifícios e outras construções 10 - 50 10% - 33,33%
Equipamento de transporte 4 25%
Equipamento administrativo 3 - 10 10% - 33,33%
Outros Ativos Fixos tangíveis 4 25%
Nota 7.1.4
ACTIVO BRUTO
Saldo em 01-07-2021 273 287,26 7 452,04 2 633 739,55 40 400,00 662 359,26 161 650,00 338 715,33 4 117 603,44 Adições 2 241 000,00 169 747,76 33 976,83 1 659,26 483 539,56 2 929 923,41 Abates e Alienações (7 452,04) (2 140 926,83) (696,42) (2 149 075,29)
Regularizações - - - - - - -Saldo em 30-06-2022 273 287,26 2 241 000,00 662 560,48 40 400,00 695 639,67 163 309,26 822 254,89 4 898 451,56
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2021 (112 095,60) - (1 190 509,90) (40 400,00) (493 318,96) (26 031,73) - (1 862 356,19) Adições (5 465,75) (56 783,33) (72 135,49) (16 076,32) (150 460,89) Abates e Alienações 1 063 865,00 319,16 1 064 184,16 RegularizaçõesSaldo em 30-06-2022 (117 561,35) - (183 428,23) (40 400,00) (565 135,29) (42 108,05) - (948 632,92) VALOR LÍQUIDO 155 725,91 2 241 000,00 479 132,25 - 130 504,38 121 201,21 822 254,89 3 949 818,64
ACTIVO BRUTO
TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO OUTROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS EM CURSO TOTAL
Saldo em 01-07-2020 273 287,26 - 2 631 424,87 40 400,00 615 274,73 5 900,00 - 3 566 286,86
Adições - 7 452,04 2 314,68 51 631,39 144 000,00 338 715,33 544 113,44
Abates e Alienações - - - - (4 546,86) - - (4 546,86)
Regularizações - - - - - - -Saldo em 30-06-2021 273 287,26 7 452,04 2 633 739,55 40 400,00 662 359,26 149 900,00 338 715,33 4 105 853,44
DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:
Saldo em 01-07-2020 (106 629,85) - (1 136 562,41) (40 400,00) (419 250,67) (2 006,73) - (1 704 849,66)
Adições (5 465,75) - (58 887,49) - (77 498,40) (12 275,00) - (154 126,64)
Abates e Alienações - - - - 3 430,11 - - 3 430,11
Regularizações - - - - - - -Saldo em 30-06-2021 (112 095,60) - (1 195 449,90) (40 400,00) (493 318,96) (14 281,73) - (1 855 546,19)
Em 30 de junho de 2022 e 30 de junho de 2021, para efeitos de apresentação nas demonstrações financeiras, as propriedades de investimento existentes foram agregadas na rubrica de “ativos fixos tangíveis” no balanço.
Durante o período, ocorreram aquisições de Ativos Fixos Tangíveis em curso, no valor global de 483 539,56€, relacionadas como projeto de construção da nova sede da Liga Portugal. Em junho de 2022, foi registado na rubrica de terrenos a escritura de permuta do edifício da atual sede na Rua da Constituição pelo terreno onde irá situar-se a nova sede da Liga Portugal. O valor atribuído ao terreno foi de 2.241.000 euros. Esta operação originou a regularização dos bens relativos ao edifício da atual sede.
Nota 7.2 Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de custo de outros ativos durante o período
DEPRECIAÇÃO DO PERIODO
DEPRECIAÇÃO
DEPRECIAÇÃO
Propriedades de investimento 5 465,75 - 5 465,75
Edifícios e outras construções 56 783,33 - 56 783,33
Equipamento administrativo 72 135,49 - 72 135,49
Outros Ativos Fixos tangíveis 16 076,32 16 076,32
TOTAL 150 460,89 - 150 460,89
Nota 7.3 Depreciação acumulada no final do período
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
NOTA 9 IMPARIDADE DE ATIVOS
30.06.2022 30.06.2021
Propriedades de investimento 117 561,35 112 095,60
Edifícios e outras construções 188 368,23 1 195 449,90
Equipamento de transporte 40 400,00 40 400,00
Equipamento administrativo 565 135,29 493 318,96
Outros Ativos Fixos tangíveis 42 108,05 14 281,73
TOTAL 953 572,92 1 855 546,19
Nota 7.4 Restrição de titularidade de ativos fixos tangíveis
A 30 de junho de 2022, a Liga não detinha os seguintes ativos fixos tangíveis com restrições de titularidade.
Nota 7.5 Divulgações sobre propriedades de investimento
A Empresa valoriza inicialmente as propriedades de investimento pelo seu custo, o qual compreende o seu preço de compra e qualquer dispêndio diretamente atribuível. Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas de acordo com o modelo do custo. De acordo com este modelo, as propriedades de investimento são escrituradas pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
A 30 de junho de 2022, a quantia escriturada desta propriedade não difere significativamente do seu justo valor.
NOTA 8 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
Nota 8.1 Política contabilística adotada nos custos de empréstimos obtidos
Os gastos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
Nota 9.1 Decomposição dos movimentos relativos ao reconhecimento de perdas por imparidade e reversões de perdas por imparidade efetuados no presente período
As perdas e reversões de imparidade, ocorridas no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, foram reconhecidas na formação do resultado, pelo total de impacto determinado na rubrica correspondente. O impacto foi calculado do seguinte modo:
30 DE JUNHO DE 2022
CLIENTES ASSOCIADOS OUTROS DEVEDORES TOTAL
Perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes 307 820,45 - (92 179,55) - - - -
Reversões de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes 400 000,00 -- - - -
TOTAL 400 000,00 (307 820,45) - 92 179,55
30 DE JUNHO DE 2021
Perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes - - -- - - -
Reversões de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados: Imparidade de Clientes - - -- - - -
TOTAL - - - -
Nota 9.2
Perdas
por imparidade agregadas e reversões agregadas de perdas por imparidade reconhecidas durante o período
Durante o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, ocorreram os seguintes movimentos em perdas por imparidade:
30 DE JUNHO DE 2022
IMPARIDADES RECONHECIDAS SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
Imparidade dívidas a receber: Créditos a receber 1 400 656,24 (840 500,00) (400 000,00) 160 156,24
Imparidade dívidas a receber: Associados 936 190,24 - 307 820,45 - 1 244 010,69
Imparidade dívidas a receber: Outras créditos a receber 546 569,69 - - 546 569,69
TOTAL 2 883 416,17 (840 500,00) 307 820,45 (400 000,00) 1 950 736,62
IMPARIDADES RECONHECIDAS SALDO INICIAL UTILIZAÇÃO REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
Imparidade dívidas a receber: Créditos a receber 1 400 656,24 - - - 1 400 656,24
Imparidade dívidas a receber: Associados 936 190,24 - - - 936 190,24
Imparidade dívidas a receber: Outras créditos a receber 546 569,69 - - - 546 569,69
TOTAL 2 263 168,14 - - - 2 883 416,17
O movimento ocorrido a 30 de junho de 2022, referente ao reforço de 307.820,45€, está relacionado com dívidas em mora das sociedades desportivas. Apesar dos diversos esforços de cobrança dos referidos montantes, foi constituída uma imparidade do valor em dívida. A reversão de 400.000€ diz respeito à regularização de parte do saldo por parte da Ledman.
Em 30 de junho de 2022, no que respeita à SABSEG Desporto Seguro, os dados utilizados na aplicação do método da equivalência patrimonial, referem-se a 31 de dezembro de 2021, data das últimas demonstrações financeiras aprovadas.
A SABSEG Desporto Seguro irá distribuir resultados às suas associadas conforme deliberação da aprovação de contas relativas a 2021. A Liga irá receber 79 500,00€ que correspondem à proporção de 30 % do valor total a distribuir (265 000,00€). Apesar da Liga ainda não ter recebido este valor, o mesmo já está considerado nas suas contas.
Nota 10.3 Outros instrumentos financeiros
Nota 10.3.1 Resumo dos investimentos
OUTROS ATIVOS FINANCEIROS
30.06.2022 30.06.2021
Depósito a prazo não disponível 3 030 000,00 862 384,01 Fundo Compensação do trabalho 23 204,76 14 725,27 Penhor de depósito a prazo -Participações de capital - 10 000,00 3 053 204,76 887 109,28
O valor apresentado para Depósitos a Prazo, 100 000€, depositados no Montepio, serve como garantia de um processo interposto pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e por sociedades gestoras de casinos, por violação, por parte da Liga do seu direito de organizar em exclusivo, em Portugal, os jogos de sorte e azar. Consequentemente, o referido depósito encontra-se cativo.
Na época 2022-23 foi constituído mais um depósito a prazo no Santander de 2 920 000€. Este depósito a prazo foi constituído como garantia para efeitos relativos ao valor cativo referente ao financiamento ao projeto Arena Liga Portugal.
NOTA 11 RÉDITOS
Nota 11.1 Políticas contabilísticas adotadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adotados para determinar a fase de acabamento de transações que envolvam a prestação de serviços
A Liga Portugal reconhece os réditos de acordo com os seguintes critérios: a. Prestações de serviços e rendimentos suplementares – são reconhecidas na demonstração dos resultados com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço ou com base no período do contrato quando a prestação de serviços não esteja associada à execução de atividades específicas.
b. Juros – são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo.
Nota 11.2 Quantia de
cada
categoria significativa de rédito reconhecida durante o período
RÉDITOS
30.06.2022 30.06.2021
Vendas 144 775,42 53 337,53
Prestações de serviços (Nota 17.3) 6 084 834,29 4 629 618,63
Rendimentos suplementares (Nota 17.4) 15 193 218,53 12 616 839,73
Juros 524,02 1 616,33
TOTAL 21 278 576,84 17 248 074,69
NOTA 12 PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES
Nota 12.1 Provisões
A Liga reconhece uma provisão quando, cumulativamente, existe uma obrigação presente como resultado de um acontecimento passado, seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação e ser efetuada uma estimativa fiável da quantia da obrigação. Nessa conformidade, e anualmente, é efetuada uma análise dos processos em curso com vista a apurar a necessidade de incluir novas situações, bem como reforçar e/ou reverter as provisões já existentes. Este detalhe é efetuado com o apoio de consultores externos.
Durante o período findo em 30 de junho de 2022 e 2021, ocorreram os seguintes movimentos relativos a provisões:
30 DE JUNHO DE 2021
INICIAL RECLASSIFICAÇÃO AUMENTO REVERSÃO SALDO FINAL Provisões
Processos judiciais em curso
SALDO
Impostos 895 442,66 - 1 078,16 90 983,08 805 537,74 Outros Processos judiciais - - - -895 442,66 - 1 078,16 90 983,08 805 537,74
Outras Provisões
Multas
636 637,68 - - 68 627,36 568 010,32 636 637,68 - - 68 627,36 568 010,32
TOTAL 1 532 080,34 - 1 078,16 159 610,44 1 373 548,06
IMPOSTOS
A provisão para impostos registada em 30 de junho de 2022 decorre da melhor estimativa da Liga no que respeita às responsabilidades a incorrer no futuro, relacionadas com os diversos processos existentes – todos objetos de impugnação judicial por parte da Liga - de inspeções tributárias aos exercícios 2007-08 e 2009-10 em sede de Imposto sobre o Rendimento de pessoas Coletivas (IRC) e aos exercícios de 2003, 2004, 2009 e 2010 em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
Relativamente aos processos mencionados anteriormente, e em particular os referentes ao IVA, todos objeto de impugnação judicial, e dado não ter havido qualquer evolução nos mesmos, a Liga entendeu não incrementar qualquer alteração na provisão já constituída e registada nas suas contas para os aludidos processos.
Por outro lado, foi efetuada uma reversão do montante de 39.930,19€, a 30 de junho de 2022, em virtude de ter sido julgado totalmente procedente a impugnação judicial instaurada pela Liga em relação às correções ao Lucro Tributável propostas pela Autoridade Tributária no âmbito da inspeção ao período de tributação de 2007/2008. De referir ainda e como suporte igualmente a esta decisão de reversão que a referida sentença já transitou em julgado não sendo passível de recurso por parte da Autoridade Tributária.
Conforme recordado por todos os associados e na sequência do pedido de reembolso referente ao IVA de janeiro de 2017, a AT, comunicou o indeferimento do mesmo, tendo iniciado processos de inspeção tributária em sede de IVA para os períodos de 2013, 2014, 2015, 2016, janeiro a maio de 2017 e fevereiro de 2018. Estes processos deram origem a relatórios de inspeção onde a AT, no essencial, não concordava com o enquadramento da Liga no que respeita aos rendimentos associativos, com a exceção das multas, tendo proposto a liquidação de IVA na totalidade cerca de 2 743 743€ (incluindo juros e coimas).
De referir que a Liga, a partir de julho de 2018, numa atitude prudente e concertada com os seus associados, optou pela liquidação de IVA sobre as inscrições e quotas tendo como justificação a capacidade financeira que seria necessária até à data da decisão sobre os referidos processos, estagnando a constituição de novas contingências.
No que respeita aos relatórios relativos aos períodos de 2013 e 2017, foi efetuada reclamação graciosa junto do TAF do Porto e efetuada a prestação de garantia bancária
para obter suspensão do processo de execução. Por outro lado, e em processos distintos a Liga, de acordo com o escritório que a patrocinava, e para todos os inspecionados, 2013 a 2018, optou por recorrer para o CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa, tendo igualmente sido prestada garantia bancária.
O referido Centro de Arbitragem decidiu desfavoravelmente, pese embora os recursos intentados pela Liga para o Tribunal Central Administrativo, no que concerne às liquidações adicionais de IVA relativas aos anos de 2013, 2014, 2015, 2016, e os períodos inspecionados de 2017 e 2018. (exceto na parte respeitante aos juros compensatórios, por entender não ter havido dolo por parte da Liga).
Relativamente às coimas já aplicadas, a Liga efetuou a sua defesa, com base em argumentos de relevância superior atendendo à decisão do CAAD relativamente à inexistência de dolo por parte da Liga Portugal tendo a Autoridade Tributária deferido o pedido de especial de atenuação efetuado tendo inclusive a Liga liquidado as mesmas.
A Liga e os seus Associados acompanharam o tema sempre numa proximidade extrema, em sede de grupo de trabalho, onde se realizaram diversas reuniões e se traçou um caminho alternativo, sem penalização para os mesmos, ou seja, a possibilidade do débito do aludido imposto. Este modus operandi foi acolhido pela Autoridade Tributária tendo inclusive a mesma emitido informações vinculativas quanto à possibilidade do direito à dedução do imposto pelos seus beneficiários. Assim a totalidade deste imposto já foi faturado
- e recebido - sob forma de nota de débito às Sociedades Desportivas participantes nas competições profissionais. Face a este caminho trilhado e impulsionado pelas Sociedades Desportivas a Direção da Liga entendeu não provisionar qualquer montante a este título até porque estes processos se mostram findos e liquidados perante a Autoridade Tributária. Uma nota final de agradecimento às Sociedades Desportivas por todo o acompanhamento, empenho e sentido de agregação desenvolvido no seio deste complexo processo.
MULTAS
A provisão para multas está relacionada com as multas aplicadas entre as épocas 2017-18 e 2021-22, cujos clubes recorreram da aplicação das mesmas através do Conselho de Disciplina da FPF. Estes processos ainda estão pendentes de decisão do TAD e/ou do TCAS, podendo a Liga, caso a decisão seja favorável aos clubes, ter de devolver a estes o montante das multas já pagas.
No decorrer da época desportiva 2021-22 foi feita uma reavaliação da situação referente a todos os processos em aberto, tendo sido considerado necessário efetuar um reforço do valor provisionado no valor de 263 264,16€. Assim, o valor total da provisão foi estimado em 831 274,48€.
Nota 12.2 Passivos contingentes
Em 30 de junho de 2022 encontram-se a decorrer contra a Liga diversas ações propostas por terceiros, relativamente aos quais não é provável que resulte a saída de recursos ou que esta não possa ser estimada com fiabilidade. Estes processos são apresentados no quadro resumo abaixo:
PASSIVOS CONTINGENTES
Valor do processo
a) Ação judicial interposta por várias sociedades gestoras de casinos relacionado com o patrocínio celebrado com a Betandwin 6 350 000,00
b) Ação judicial interposta pelo F.C. Porto, SAD onde peticiona uma indemnização 7 908 499,50
c) Probabilidade de execução fiscal relacionada com a dação em pagamento dos lucros do Totobola 1 784 914,82
d) Probabilidade de execução fiscal relacionada com a primeira execução do Totonegócio 16 952 407,41
e) Pedido de arbitragem efetuado pelo Marítimo, SAD oreferente aos prémios da Taça da Liga das épocas desportivas 2014-15 e 2015-16 461 042,14
f) Processo contraordenacional movido pela Autoridade da Concorrência (AdC) 141 000,00
a) O processo tem como partes a Associação Portuguesa de Casinos (“APC”); Estoril Sol III – Turismo, Jogo e Animação, S.A.; Varzim-Sol – Turismo, Jogo e Animação, S.A.; Solverde – Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, S.A.; Sociedade Figueira Praia, S.A. e I.T.I. – Sociedade de Investimentos Trísticos da lha da Madeira. S.A. Vs. Liga Portuguesa de Futebol Profissional; bwin.party Services (Gibraltar) Ltd. e bwin party Digital Entertainment plc interposto refere-se à reclamação pelo facto de a Liga e a Bwin terem alegadamente violado o direito de explorarem os jogos de sorte e azar. A
indemnização inicialmente pedida é de 27 296 816€, contudo a Liga e Bwin, além da multa de 30 000€, não foram por agora condenadas a pagar qualquer quantia. Este processo deu origem a uma ação executiva contra a Liga e a Bwin no ano 2012, na qual requerem a execução do pagamento de 6 350 000€ devidos a título de sanção pecuniária compulsória pela violação da proibição de exploração de jogos de lotaria e de aposta mútua em Portugal e pela publicidade e divulgação da “bwin.party” dos sites “betandwin. com” e “bwin.com”, com base na alegada violação da decisão do Tribunal de Primeira Instância do Porto, datada de 16 de setembro de 2011. Aguarda-se marcação da audiência de julgamento dos embargos de executados e decisão do recurso da LIGA, Bwin e GVC Holdings do despacho saneador
b) A Futebol Clube do Porto SAD, intentou uma ação judicial contra a Liga Portugal e membros da sua Comissão Disciplinar, reportada ao ano de 2011, na qual reclama uma indemnização de 7 908 499,50€, na sequência de decisão disciplinar que determinou uma sanção de suspensão a determinados jogadores da SAD. O processo está na fase de audiência prévia com recurso pendente de um despacho proferido na aludida audiência.
c) A AT reclama da Liga um montante de 1 784 914,82€ relativo à 2ª fase do Totonegócio e diz respeito aos seguintes clubes: Boavista, Chaves, Maia, Estrela da Amadora e Salgueiros. Este processo reporta a 2012 e integrava inicialmente 29 clubes, sobrando os cinco citados. Aguardam os respetivos despachos saneadores e marcações das audiências
de julgamento (exceto Chaves que está em fase de recurso). No âmbito das execuções fiscais, a Liga requereu a substituição da hipoteca voluntária por um depósito caução no total de €5.000,00 (€750,00 de dívida exequenda acrescidos de custas na totalidade, e de 25 /prct. da soma daqueles valores), tendo procedido ao pagamento do resto da dívida.
d) A Liga Portugal requereu a extinção do processo relativo à 1.ª fase do totonegócio, com o valor de €16 952 407,41€, relativo ao ano 2005, com base na prescrição. Realizou-se o julgamento do processo no decurso dos meses de janeiro a abril de 2018 e foram apresentadas as alegações. Após a sentença do Tribunal de 1.ª instância, aguarda-se decisão do recurso pendente.
e) O Marítimo da Madeira, Futebol, SAD apresentou um pedido de arbitragem necessária no TAD através do qual peticiona a condenação da Liga Portugal no pagamento dos valores referentes aos prémios da Taça da Liga das épocas desportivas 2014-15 e 2015-16, nos montantes de €214.000,00 e €247.042,14, respetivamente, o que perfaz um valor global 461.042,14€. Os autos foram remetidos para o Juízo Central Cível do Porto, onde aguardam andamento.
f) Processo contraordenacional movido pela Autoridade da Concorrência (AdC) à Liga Portugal e às restantes sociedades desportivas que, na época desportiva 2020-21, disputavam as competições profissionais (exceto Nacional, Farense e Chaves), por entender que foi celebrado um acordo de empresas com a finalidade de impedir, falsear ou restringir a concorrência no mercado nacional de contratação de
jogadores na modalidade de acordo de não contratação. A AdC condenou a Liga Portugal numa coima de €141.000,00, tendo sido apresentado recurso junto do Tribunal da Concorrência, aguardando-se agora o andamento do processo.
NOTA 13 CONTABILIZAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO GOVERNO E DIVULGAÇÃO DE APOIOS DO GOVERNO
Nota 13.1 Políticas contabilísticas adotadas
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Liga cumprirá as condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos fixos tangíveis e intangíveis são inicialmente reconhecidos nos fundos patrimoniais, sendo posteriormente reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática e racional, durante os períodos contabilísticos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados, quando se referem a ativos depreciáveis. No caso de o subsídio estar relacionado com ativos não depreciáveis e intangíveis com vida útil indefinida, são mantidos nos fundos patrimoniais, exceto se a respetiva quantia for necessária para compensar qualquer perda por imparidade.
Nota 13.2 Natureza e extensão dos subsídios do governo reconhecidos nas demonstrações financeiras e indicação de outras formas de apoio do governo
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga reconheceu nas suas demonstrações financeiras os seguintes subsídios do Governo:
30 DE JUNHO DE 2022
NATUREZA FUNDOS PATRIMONIAIS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Descrição do subsídio Subsídio ao investimento Não reembolsável 397 791,26 13 716,95
TOTAL 397 791,26 13 716,95
30 DE JUNHO DE 2021
Descrição do subsídio
NATUREZA FUNDOS PATRIMONIAIS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Subsídio ao investimento Não reembolsável 411 508,20 14 963,94
TOTAL 411 508,20 14 963,94
NOTA 14 ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
Nota 14.1 Autorização para emissão
As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Direção no dia 14 de setembro de 2022. No entanto, os Associados poderão em assembleia-geral não aprovar as presentes demonstrações e solicitar alterações.
Nota 14.2 Atualização da divulgação acerca das condições à data do balanço
Entre a data do balanço e a data da autorização para emissão das demonstrações financeiras não foram recebidas quaisquer informações acerca de condições que existiam à data de Balanço, pelo que não foram efetuados ajustamentos das quantias reconhecidas nas presentes demonstrações financeiras.
NOTA 15 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Nota 15.1 Principais componentes de gastos/rendimentos de impostos
GASTOS / RENDIMENTOS DE IMPOSTOS
30.06.2022 30.06.2021
Impostos correntes 4 328,04 1 941,03
Impostos diferidos -
Origem e reversão de diferenças temporáriasTOTAL 4 328,04 1 941,03
Nota 15.2 Relacionamento entre gastos/ rendimentos de impostos e lucro contabilístico
Nas atividades sujeitas a Impostos sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) a reconciliação da taxa efetiva de imposto é a seguinte:
GASTOS / RENDIMENTOS DE IMPOSTOS
30.06.2022 30.06.2021
Resultados antes de impostos 785 630,55 779 425,22
Efeito fiscal gerado por:
Diferença entre mais e menos valias fiscais e contabilisticas 539 463,81
Resultados não tributados (514 435,58) (508 450,99)
Resultados da atividade comercialGastos não dedutíveis 7 651,41 254,99
Prejuízo utilizado no âmbito da “Categoria B” 6 588,68 -
Acréscimos/Deduções referentes a provisões não tributadas - 163,68 Excesso de estimativa de IRCAplicação do MEP (142 931,64) (153 910,86)
Dedução nº 7 art 53º CIRC (628 719,70) (115 878,01) Outras situações (39 930,18)Lucro tributável 13 317,35 1 604,03
Dedução de prejuízos fiscais -Taxa de imposto 21,5% 21,5% IRC 2 863,23 1 604,03
Tributações Autónomas 1 464,81 337,00
Imposto sobre o rendimento do período 4 328,04 1 941,03
NOTA 16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Nota 16.1 Bases de mensuração
É política da Liga reconhecer um ativo ou um passivo financeiro apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.
A Liga mensura ao custo menos perda por imparidade os instrumentos financeiros que tenham uma maturidade definida, que os retornos sejam de montante fixo, com taxa de juro fixa durante a vida do instrumento ou de taxa variável que seja um indexante típico de mercado para operações de financiamento (como por exemplo a Euribor) ou que inclua um spread sobre esse mesmo indexante, não contenha nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor em perda do valor nominal e de juro acumulado (excluindo-se os casos de risco de crédito).
Os contratos para conceder ou contrair empréstimo em base líquida, são também mensurados ao custo menos perda por imparidade.
Todos os instrumentos financeiros negociados em mercado líquido e regulamentado são mensurados ao justo valor.
Enquanto a Liga for detentora de um instrumento financeiro, a política de mensuração não será alterada.
Nota 16.2 Ativos e passivos financeiros
Nota 16.2.1
Ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes ativos financeiros mensurados ao custo menos imparidade:
ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
30.06.2022 30.06.2021
Créditos a Receber conta corrente 973 320,02 464 501,31 Créditos a Receber cobrança duvidosa 160 156,24 1 400 656,24 Imparidade de Créditos a Receber (Nota 9) (160 156,24) (1 400 656,24) Créditos a Receber 973 320,02 464 501,31
Fundadores / beneméritos / patrocinadores /doadores / associados / membros 1 317 440,43 1 459 697,95
Cobrança Duvidosa -Imparidade em Associados (Nota 9) (1 244 010,69) (936 190,24) Associados 73 429,74 523 507,71
Outros Ativos Correntes (Nota 17.9) 1 594 402,26 1 969 733,41
Imparidade Outras Ativos Correntes (Nota 9) (546 569,69) (546 569,69) 1 047 832,57 1 423 163,72
TOTAL 2 094 582,33 2 411 172,74
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade:
COMPROMISSOS DE EMPRÉSTIMO
Nota 16.2.4 Ativos financeiros com reconhecimento de imparidade
A 30 de junho de 2022, a Liga detinha os seguintes ativos financeiros para os quais foram reconhecidas imparidades:
30 DE JUNHO DE 2022
No decorrer da época desportiva 2020-21 a Liga contratualizou um financiamento junto do Banco Santander Totta – Linha Capitalizar 2018 Fundo de Maneio. Este financiamento no montante de 1 000 000€, tem o prazo de 48 meses, tendo a última prestação inicialmente vencimento a 30 de junho de 2024.
Nota 16.2.3 Passivos financeiros mensurados ao custo
A 30 de junho de 2022 e 2021, a Liga detinha os seguintes passivos financeiros mensurados ao custo:
PASSIVOS FINANCEIROS
Não corrente Associados -- -
Corrente
Fornecedores 1 737 064,91 665 533,88 Associados 1 693 518,63 1 715 742,02
Outros passivos correntes (Nota 17.10) 6 223 332,11 5 171 692,26 9 653 915,65 7 552 968,16
TOTAL 9 653 915,65 7 552 968,16
O saldo de Outros Passivos Correntes integra, essencialmente, valores relativos a acréscimos de gastos no montante de 3 383 949,35€ (Nota 17.11), e também aos valores estimados relativos às apostas desportivas do 2º Trimestre 2021-22 no valor de 275 333,74€.
Nota 16.3 Total de rendimento e gasto de juros para ativos e passivos financeiros
Para calcular o custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro e imputar o rendimento dos juros ou o gasto dos juros durante o período do exercício, utilizámos o método do juro efetivo.
Assim, e de acordo com o método do juro efetivo, o total de rendimentos de juros para os ativos financeiros e o total de gastos de juros para os passivos financeiros discriminam-se como se segue.
Nota 16.3.1 Rendimento de juro para os ativos financeiros
RENDIMENTO DE JURO
Rendimento de juros de depósitos à ordem 524,02 1 616,33 TOTAL 524,02 1 616,33
Nota 16.3.2 Gasto de juro para passivos financeiros
NOTA 17 OUTRAS INFORMAÇÕES
Nota 17.1 Estados e outros entes públicos
O detalhe da rubrica de “Estado e Outros entes Públicos”, em 30 de junho de 2022 e 2021, é o seguinte:
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Ativo
Nota 17.3 Vendas e prestações de serviços por atividade e mercados geográficos
As vendas e prestações de serviços em 30 de junho de 2022 e 2021 distribuíram-se da seguinte forma:
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS
30.06.2022 30.06.2021
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas 38 922,34 46 292,33 Retenção imposto sobre o rendimento -Imposto sobre o Valor Acrescentado 552 915,94 162 084,65 Outros(*) 3 690 607,81 1 672 937,59 4 282 446,09 1 881 314,57
Passivo
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas - 337,00
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 142 942,98 174 883,38 Contribuições para a Segurança Social 128 176,90 112 126,71 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 47 678,52 Outros 2 527,00 601,67 273 646,88 335 627,28
(*) Em dezembro de 2016, a Liga aderiu ao Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (denominado de PERES), tendo efetuado pagamentos que ascenderam a 1 672 937,59€. Nesta rubrica estão refletidos também os valores pagos à Autoridade Tributária (2.018.867,34€), relativos ao processo da segunda fase do totonegócio, que ainda aguarda decisão.
Nota
30.06.2022 30.06.2021
Vendas e Prestações de serviços Mercado interno 6 229 609,71 4 682 529,11 Mercado externo - 427,05 6 229 609,71 4 682 956,16
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ATIVIDADE
Vendas
30.06.2022 30.06.2021
Vendas 144 775,42 53 337,53
Prestações de serviços
Quotização fixa 93 375,36 93 375,36
Multas e protestos 2 128 922,90 900 227,16 Inscrições e transferências 1 678 438,88 1 753 821,00 Quota suplementar (Equipas “B”) 100 000,00 100 000,00 Apostas Desportivas 1 819 127,03 1 547 235,50 Rendas 23 490,00 23 490,00
Talent Business Center 193 775,20 147 750,93 Donativos - 19 852,00 Fundos Fundador - -
Outras prestações serviços 47 704,92 43 866,68 6 229 609,71 4 682 956,16
Nota 17.4 Outros rendimentos
A rubrica de Outros Rendimentos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
OUTROS RENDIMENTOS
Rendimentos suplementares
Patrocínios
30.06.2022 30.06.2021
12 590 954,60 10 284 449,12
Impressos e bilhetes 22 263,98 1 001,00
Quota TV 1 796 287,50 1 726 987,50
Quota VAR 75 000,60 75 000,60
Tactical Cam 61 200,00 41 400,00
Final Four 524 596,19 104 358,24
Pós-Graduação - 2 826,06 Outros 122 915,66 380 817,21 15 193 218,53 12 616 839,73 12 616 839,73 12 740 282,03
Descontos de pronto pagamento obtidos - 38,99
Correções relativas a períodos anteriores 14 661,71 147 340,15 Juros obtidos - 1 616,33 Imputação de subsídios ao investimento 13 716,94 14 963,94 Outros 14 987,77 39 370,35 15 236 584,95 12 820 169,49
Nota 17.5 Outros gastos
A rubrica de Outros Gastos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
OUTROS GASTOS
30.06.2022 30.06.2021
Impostos 3 240,25 1 157,95
Correções relativas a períodos anteriores 75 395,74 19 320,50 Quotizações 77 116,72 69 778,44
Donativos - 371 500,00 Gastos em investimentos não financeiros 49 677,00 1 116,75
Imputação artº 8º, nº 4 dos Estatutos 399 843,57 380 580,40 Associadas 850 000,00 850 000,00 Outros 52 434,94 560 203,54 1 507 708,22 2 253 657,58
O montante em Imputação Artº 8º, nº4 dos Estatutos refletem a imputação do saldo apurado na exploração comercial às Sociedades Desportivas.
Na rúbrica Donativos estão incluídos os valores referentes aos gastos operacionais da Fundação do Futebol suportados pela Liga.
Nota 17.6 Fornecimentos e serviços externos
A rubrica de Fornecimentos e serviços externos tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
Subcontratos
30.06.2022 30.06.2021
Entidades (FPF, SJPF, entre outras) 909 001,71 941 402,39
Serviços especializados Trabalhos especializados 4 177 369,84 3 062 273,13 Publicidade e propaganda 284 477,93 330 889,36 Vigilância e segurança 125 435,86 115 783,69 Honorários 3 691 601,88 3 593 627,38 Conservação e reparação 56 267,47 71 805,17 Apoio equipas B, n.º 2 artigo 4.º 100 000,00 100 000,00 Prémios Taça da Liga 2 100 000,00 421 874,00 Direitos Comerciais 63 000,00 86 000,00 Comissões 1 051 347,11 17 699,79 Copa Ibérica -Outros 41 147,47 21 383,84 Materiais
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 307 834,38 182 359,56 Material de escritório 11 370,26 33 917,95 Impressos e acessóriosa diversos 21 126,19 1 037,01 Patrocínios 812 456,02 812 314,50 Outros 19 699,28 27 511,89 Energia e fluídos Eletricidade 30 479,83 21 131,04 Combustíveis 72 784,64 46 380,78 Água 2 945,01 2 363,68 Deslocações, estadas e transportes Deslocações e estadas 658 352,64 382 566,98 Serviços diversos Rendas e alugueres 519 091,37 482 252,17 Comunicação 114 163,11 118 143,28 Seguros 51 744,94 43 829,03 Contencioso e notariado 25 491,79 32 956,33 Despesas de representação 11 940,87 984,94 Limpeza, higiene e conforto 40 388,34 32 871,96 Outros serviços 10 439,43 12 519,32 15 309 957,37 10 995 879,17
Nota 17.7 Gastos com pessoal
A rubrica de Gastos com Pessoal tem no período findo em 30 de junho de 2022 e 2021 a seguinte composição:
GASTOS COM PESSOAL
30.06.2022 30.06.2021
Gastos com órgãos sociais 837 772,84 853 525,62
Remuneração com pessoal 2 057 420,04 1 908 981,78
Encargos sobre remunerações 659 146,43 641 729,08
Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 44 418,91 32 255,91
Outros gastos com pessoal 45 712,56 97 259,69 3 644 470,78 3 533 752,08
A rubrica de Outros Gastos com Pessoal inclui indemnizações referentes às saídas de colaboradores. O número médio de funcionários no presente exercício é de 87 colaboradores.
Nota 17.8 Diferimentos
Em 30 de junho de 2022 e 2021, o valor dos diferimentos ativos e passivos, credores por acréscimos de gastos e devedores por acréscimos de rendimentos discrimina-se como segue:
DIFERIMENTOS
Diferimentos Ativos
30.06.2022 30.06.2021
Seguros 63 995,31 19 366,30 Outros 29 965,88 72 081,07 93 961,19 91 447,37
Diferimentos Passivos
Patrocínios 32 520,00 32 520,00
Contrato Apoio Programa 487 960,00Permuta Edifício 964 785,87Outros 35 130,08 12 901,71 1 520 395,95 45 421,71
Os valores referentes à permuta do edifício serão regularizados até à data da conclusão do projeto.
Nota 17.9 Outros ativos correntes
Em 30 de Junho de 2022 e de 2021, o valor dos Outros ativos correntes discrimina-se como segue:
OUTROS ATIVOS CORRENTES
30.06.2022 30.06.2021
Fornecedores - Saldo Devedor 106 581,38Adiantamento a fornecedores 19 512,46 64 648,14
Acréscimos de Rendimentos (Nota 17.11) 227 012,27 798 365,33
Outros devedores 1 241 296,15 738 719,94 Fundos Fundador - 368 000,00
Imparidade acumulada – Outros devedores (546 569,69) (546 569,69) 1 047 832,57 1 423 163,72
O saldo da rubrica de Outros Devedores, líquido das respetivas imparidades, é explicado essencialmente pelos valores ainda não distribuídos da SABSEG e pelo apoio concedido pelo Município do Porto relacionado com as rendas a pagar do Edifício Sede.
Nota 17.10
Outros passivos correntes
Em 30 de junho de 2022 e de 2021, o valor das outras dívidas a pagar discrimina-se como segue:
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
30.06.2022 30.06.2021
Pessoal 13 617,59 1 633,27
Outros credores 2 668 515,17 1 873 091,84
Credores por acréscimos de gastos (Nota 17.11) 3 383 949,35 2 721 551,40 Estrutura de Gestão e Outros Gastos Indiretos - 499 225,75
Talent Business Center 157 250,00 76 190,00 6 223 332,11 5 171 692,26
Em 30 de junho de 2022 e de 2021, o valor dos Outros credores discrimina-se como segue:
OUTROS CREDORES
30.06.2022 30.06.2021
Sindicato Jogadores Prof. Futebol 120 575,30 113 897,68
APAF - 10,12
CAP (LPFP) 24 980,58 24 972,13
Arbitragem – recibos a regularizar 39 335,85 156 168,68
UEFA (Subsidio) 40 560,97 40 560,97
Fundo de Garantia 131 341,45 129 841,45
Fundo de Contigência 687 143,98 470 428,88
Fundo de Apoio à Tesouraria COVID-19 26 200,00 108 571,44
Fundo AG Dez 17 550 000,00 550 000,00
Liga Saúde Desportiva 2 315,27 2 315,27
Comparticipação Garantia bancária 50 000,00 50 000,00
Verbas Placard e Apostas online 275 333,74 126 644,79
Liga Portuguesa de Futebol Profissional - 77 222,93 Via Castilho 184 579,70 -
Valores a regularizar funcionários 8 250,00Fundação do Futebol 5 037,99 14 199,05
Fundo CD Nacional 522 860,26 8 250,00 Outros 0,08 8,45 2 668 515,17 1 873 091,84
Nota 17.11 Devedores por acréscimos de rendimentos e credores por acréscimos de gastos
DEVEDORES POR ACRÉSCIMO DE RENDIMENTOS E CREDORES POR ACRÉSCIMO DE GASTOS 30.06.2022 30.06.2021
Devedores por Acréscimos de Rendimentos Patrocinios -Ajustamento de patrocínios -Receita Placard e jogos online 219 321,21 229 395,23 Estrutura de Gestão e Outros Gastos Indiretos - 561 279,04 Outros 7 691,06 7 691,06 227 012,27 798 365,33
Credores por Acréscimos de Gastos
Remunerações a Liquidar 697 991,25 565 917,00 Análises anti-doping 282 882,80 192 200,00 Pós graduação 97 920,00 763,86 Advogados 339 733,38 204 733,38 Prémios e gratificações 40 500,00 51 000,00 Gala de final de época 184 250,00 47 500,00 Tecnologia VAR - 75 000,00 Despesas patrocínios e publicidade 824 697,23 431 171,69 Serviços Digitalização 7 647,38 7 647,38 Quota TV - 84 388,13 Quotas de Incrição e transferências - 9 137,95 Arbitragem, Observadores e Delegados 161 463,42Copa Ibérica - 33 593,00 Desenvolvimento projetos tecnológicos 219 000,00 159 720,38 Fundos Fundador 345 000,00 368 000,00 Senhas de Presença - 54 333,39 Ativações Liga Portugal SABSEG 100 450,00 101 818,00 Outros 82 413,89 334 627,24 3 383 949,35 2 721 551,40
17.12 Inventários
Inventários
30.06.2022 30.06.2021
Mercadorias 102 848,75 40 829,03
TOTAL 102 848,75 40 829,03
17.13
Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas
Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 30.06.2022 30.06.2021
Existência Inicial 40 829,03 5 341,45
Compras 140 880,35 39 009,08 Regularizações - 25 659,65 Existência Final (102 848,75) (40 829,03)
CMVMC 78 860,63 29 181,15
Nota 17.14 Aplicação do resultado líquido do período
A Direção propõe, de acordo com o definido pelos Estatutos e atenta ao facto de a Liga se tratar de uma associação de direito privado sem fins lucrativos, que o referido resultado seja aplicado da seguinte forma:
Resultados Transitados no valor de 781 302,51€.
Nota 17.15 Divulgações exigidas por outros diplomas legais
A Entidade não apresenta dívidas ao Estado em situação de mora, nos termos do Decreto-Lei nº 534/80 de 7 de novembro.
Dando cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de outubro, informa-se que a situação da Entidade perante a Segurança Social se encontra regularizada, dentro dos prazos legalmente estabelecidos.
Nota 17.16 Outras divulgações
Os honorários do Revisor Oficial de Contas no presente exercício ascenderam a dez mil euros.
NOTA 18 FUNDO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Nota 18.1 Mapa comprovativo da situação e evolução do fundo de equilíbrio financeiro
FUNDO DE EQUILIBRIO FINANCEIRO
Saldo anterior
30.06.2022 30.06.2021
1 000 000,00 1 000 000,00
Rendimentos líquidos - Multas art.º 70.º, n.º 3, c) - -
Rendimentos – art.º 8.º, n.º 4, a) -
Cobertura da atividade operacional negativa – art.º 70.º, n.º 1 - -
TOTAL DO FUNDO EM 30 DE JUNHO DE 2018 E 2017
1 000 000,00 1 000 000,00
1 536 041,03 564 481,59 Rendimentos – art.º 8.º, n.º 4, a) 44 427,06 42 286,71
Rendimentos líquidos - Multas art.º 70.º, n.º 3, c)
1 580 468,09 606 768,30
1 000 000,00 1 000 000,00 Reforço do fundo de equilibrio financeiro - -
Total do fundo em 30 de junho de 2020 e 2019
TOTAL DO FUNDO APÓS APLICAÇÃO DE RESULTADOS
1 000 000,00 1 000 000,00
De referir que a alteração estatutária aprovada em setembro de 2017 veio introduzir o limite máximo de 1 000 000€ ao fundo de equilíbrio financeiro.
NOTA 19 FUNDO DE CONTINGÊNCIA
Tal como proposto pela Direção da Liga e aprovado em Assembleia-Geral, o saldo positivo da exploração comercial gerado em 2020-21, no montante de 104 016,09€, foi integralmente destinado ao reforço do Fundo de Contingência com vista a garantir o eventual pagamento de valores peticionados, caso algum processo fiscal e judicial tenha uma decisão desfavorável à Liga, assim como para suportar despesas e encargos com os referidos processos.
FUNDO DE CONTINGÊNCIA
30.06.2022 30.06.2021
Saldo anterior 470 428,88 447 113,53
Reforço do Fundo de Contingência 216 715,10 104 016,09
Pagamentos ao Estado - CAAD 248-2018 - (61 797,59) Pagamentos ao Estado - CAAD 118/2019 - (18 903,15)
TOTAL DO FUNDO EM 30 DE JUNHO DE 2020 E 2019 687 143,98 470 428,88
Durante o presente exercício, não ocorreram utilizações no fundo de contingência, contudo exercício 2021-22 o Fundo de Contingência foi utilizado para suportar os valores
CRONOGRAMA MACRO
DE PROJETOS E ATIVIDADES EXECUTADOS
Operacionalização da Comercialização dos Produtos Oficiais CUMPRIDO 6.16 Desenvolvimento do Merchandising e Gifts Liga Portugal CUMPRIDO Business Development 6.17 Novas Áreas de Fontes de Receitas CUMPRIDO 6.18 Internacionalização da Liga Portugal CUMPRIDO 6.19 Desenvolver relações com Ligas e Organizações Internacionais CUMPRIDO 6.20 Desenvolver a área de Consultoria da Liga Portugal
ANEXOS
Organograma da Liga e Órgãos Sociais 2021-22
Fazem também parte dos Órgãos Sociais da Liga: a Mesa da Assembleia Geral, o Conselho Fiscal e o Conselho Jurisdicional.
referentes às coimas e juros dos processos CAAD 248/2018 e CAAD 118/2019.
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: Dr. Fernando Mário Garcez Borges Costa
Vice-Presidente: Dr. Rui Pedro Neves da Costa Azevedo Secretário: Dr. António Francisco Gaspar Lança Schwalbach Secretário: Dr. André Duarte de Matos Faria
CONSELHO FISCAL:
Presidente: Carlos Manuel Baptista Branco
Vice-Presidente: Paulo Pimenta Machado
Vogal: António Fernando Mesquita Barbeitos
Suplente: Pedro Alexandre Tardão Lima Pimentel Alves
CONSELHO JURISDICIONAL
Presidente: Américo Joaquim Pires Esteves
Vogal: João Fernando Magalhães
Vogal: João Orlando Vieira de Carvalho
Vogal: Pedro João Alves Carneiro Marques
Vogal: Margarida Eugénia Dias Ferreira
Vogal: João Manuel do Nascimento Faria Gayo
Vogal: Maria João Ramos Monteiro Soares Ribeiro
Suplente: Andreia Lisete Miranda da Silva
Suplente: Filipe António Carvalho de Sousa Basto
Suplente: Natacha Carvalho Soares
Suplente: Sérgio Fernandes Seco de Castro Nabais
Foram também designados: COMISSÃO DE INSTRUTORES
Presidente: Fernando José dos Santos Pinto Torrão
Vogal: Rogério Pedro de Macedo e Oliveira
Vogal: Bruno Rafael Rodrigues Sampaio
Vogal: Sérgio Jorge Moutinho Marques Rola
Vogal: Filipa Alexandra Fernandes Elias
COMISSÃO DE AUDITORIA
Presidente: José Bento, indicado pela LPFP
Vogal: Manuel Pires de Matos, indicado pela LPFP
Vogal: José Maria Montenegro, indicado pela FPF
Vogal: Tiago Rodrigues Bastos, indicado pelo SJPF
Vogal: Rui Andrade, indicado pela ANTF
ESTATUTOS E REGULAMENTOS
Os Estatutos da Liga e os Regulamentos encontram-se disponíveis para consulta na integra no website da Liga Portugal: www.ligaportugal.pt
• Estatutos da Liga Portugal;
• Regulamento Geral;
• Regulamento de Competições;
• Regulamento de Arbitragem;
• Regulamento Disciplinar.
CONTACTOS
Os serviços estão disponíveis nos dias úteis das 09h00 às 19h00
SEDE DA LIGA PORTUGAL
Morada: Rua da Constituição, nº 2555 4250-173, Porto Tel.: 22 834 87 40 | Fax: 22 834 87 56
ESCRITÓRIO DE LISBOA
Morada: Torre Monsanto - Rua Afonso Praça, nº 30, Piso 10 Miraflores, 1495-061 Algés
PONTOS PREFERENCIAIS DE CONTACTO:
Geral geral@ligaportugal.pt
Direção Executiva direcaoexecutiva@ligaportugal.pt
Departamento Financeiro financeiro@ligaportugal.pt recursos.humanos@ligaportugal.pt
Departamento Competições competicoes@ligaportugal.pt
Departamento Jurídico e Registo de Contratos juridico@ligaportugal.pt registo.contratos@ligaportugal.pt
Departamento de Marketing, Comercial & Business Development marketing@ligaportugal.pt
Departamento Conteúdos & Media comunicacao@ligaportugal.pt
Departamento de Tecnologia tecnologia@ligaportugal.pt
DADE e Protocolo dade@ligaportugal.pt protocolo@ligaportugal.pt