Revista Liga-te - 4ª Edição

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JUN 2018

JOAQUIM OLIVEIRA OLIVEDESPORTOS

"LIGA REFORÇOU CREDIBILIDADE" JOSÉ FRANCISCO NEVES ALLIANZ

"UM ENORME ORGULHO"

ESTRELAS DO FUTURO DANIEL ARAÚJO SONHA EM FAMALICÃO


Quem vive na net, nรฃo vive sem a net da NOS POWER Router Wi-Fi 10x mais rรกpido

Liga ou vai a uma loja


EDITORIAL

ALIADOS À HISTÓRIA

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razemos boas notícias para o fecho da temporada, que coincide com esta quarta edição da Liga-te: o reforço da parceria entre a Liga Portugal e a Olivedesportos, “player” fundamental da indústria do futebol, e uma nova aliança na Taça da Liga, neste caso com a Allianz Portugal, que também emprestará o seu prestigiado nome à competição nas próximas duas épocas, agora batizada de Allianz Cup. Estes parceiros alavancam o futebol profissional há muitos anos. E, de alguma forma, o trajeto de ambas coincide com a evolução do futebol profissional. É, por isso, um imperativo de justiça, referir ambos como históricos aliados da nossa indústria. Entretanto, estamos no chamado defeso do futebol profissional, com o foco na www.ligaportugal.pt

Seleção de todos nós, na sua caminhada no Mundial da Rússia, esperando-a digna da excelência a que nos habituou. As nossas Sociedades Desportivas, os emblemas do futebol profissional, contribuíram com 21 jogadores, de várias nacionalidades, para seleções do Mundial 2018, seis dos quais sob a liderança de Fernando Santos, envergando as cores de Portugal. Tudo isto se passa um mês depois da conclusão de três provas de inesquecível competitividade. Saúdo, por isso, o FC Porto (Liga NOS) e o CD Nacional (LEDMAN LigaPro) pelos títulos conquistados, assim como o Sporting CP, o Campeão de Inverno de 2017-18. As competições param, mas a indústria continua a trabalhar. Estamos já em modo de arranque da próxima temporada. Nota, por isso, para a capaci3

dade de autorresponsabilização das Sociedades Desportivas, que deram um claro sinal à sociedade de que o futebol profissional pretende contribuir para um melhor ambiente, agravando significativamente uma série considerável de sanções disciplinares, nas mais recentes assembleias gerais do organismo. Estamos confiantes numa época 201819 em tudo melhor, em sintonia com a curva crescente da nossa indústria e do talento dos intérpretes do jogo.

Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal.

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FINALISTA NOS INOVAÇÃO

LIGA PORTUGAL DISTINGUIDA NO PLANO TECNOLÓGICO Projeto e-Liga entre os três melhores na categoria Grandes Empresas

Inovação A Liga Portugal foi distinguida como uma das três grandes finalistas na categoria Grandes Empresas do NOS Inovação, prémio que reconhece as novas áreas de negócios e projetos de inovação. O e-Liga, que começou a nascer em 2015 e que foi produzido num espaço recorde de oito meses, é o responsável por esta nomeação que colocou a Liga Portugal no lote de finalistas, sendo um projeto que foi criado com o intuito de agregar num ecossistema digital, e de forma instantânea, toda a informação dos vários agentes desportivos envolvidos num jogo de futebol profissional. O projeto e-Liga, totalmente concebido pela Liga Portugal para o futebol profissional português, posiciona-se na vanguarda da tecnologia desportiva e foi idealizado para agilizar o processamento de informação, evitando, o mais possível, o erro. Este processo 100% digital permite a poupança de uma quantidade enorme de papel, entre relatórios das equipas, delegados e árbitros, com uma poupança estimada em uma tonelada de papel, até ao momento. Além da questão ambiental, todo o tempo

ganho neste processo também significa lucro. Ao passado pertencem já as horas despendidas no envio dos relatórios de jogo e na sua receção, tanto na Liga Portugal como na Federação Portuguesa de Futebol. O e-Liga, que causou sucesso na edição de 2017 da Web Summit 2017, e que levou milhares de convidados e visitantes ao espaço da Liga Portugal, conjuga, através da tecnologia “touch”, as variadas vertentes de um jogo

rência, no e-Liga, o que facilita a operação do staff dos clubes na hora de inscrever o onze inicial para cada partida. Isto faz com que a Liga seja a primeira entidade a disponibilizar, através desta plataforma, as fichas de jogo 60 minutos antes do seu início. Este é um projeto de tal forma diferenciador que tem conquistado os vários agentes desportivos, nomeadamente os que estão ligados à organização de um jogo de futebol. E veio para ficar.

de futebol, permitindo ligação direta ao sistema central da Liga: o IntraLiga. A Liga Portugal é a primeira a nível mundial a englobar tecnologicamente todas as dimensões da competição, a começar logo pela inscrição de jogadores na plataforma TRANSFER. Isto faz com que os clubes tenham os plantéis disponibilizados no Intraliga e, por ine-

Agora causou impacto junto do júri do prémio NOS Inovação. Esta é, naturalmente, uma distinção que enche a Liga Portugal de orgulho, sabendo que a inovação é um dos valores pelos quais esta organização luta diariamente. Por um futebol profissional mais tecnológico e mais evoluído.

RESPOSTAS RÁPIDAS SOBRE O E-LIGA Quanto tempo se poupa com o e-Liga? Anteriormente eram precisas cerca de 4 horas para o preenchimento de relatórios de jogo. Com o e-Liga, o processo demora cerca de 1 hora. Em termos de horas de trabalho equivale a uma poupança equivalente a mais de 5 milhões de euros, por época. Qual é a poupança com a desmaterialização do processo? Com a eliminação total da utilização de papel e respetivas impressões, a Liga consegue economizar cerca de 100 mil euros por época. A visibilidade das competições aumentou? Claramente. Houve um aumento do AVE de 100 mil euros de 2016-17 para a época 2017-18. LIGA-TE Nº4

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AGENDA

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CONTRATO COM OLIVEDESPORTOS ABRE ESPAÇO À ALLIANZ

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iga Portugal e a Olivedesportos assinaram um contrato válido para as próximas quatro épocas, sendo este um acordo que passa muito pela Taça da Liga, e pelo seu main sponsor, a Allianz Portugal, mas não se esgota nesta competição. A parceria, que foi rubricada dia 11 de junho, por Pedro Proença, Presidente da Liga, e Joaquim Oliveira, Presidente do Conselho de Administração da Olivedesportos, agrada às duas organizações, que não se pouparam aos elogios mútuos. De um lado Joaquim Oliveira fala no reforçar de laços com uma “Liga forte e credível”, fator fundamental

lando Oliveira, CEO da Olivedesportos, bem como pelos Diretores Executivos

da Liga Portugal, Sónia Carneiro, João Martins, Helena Pires e Susana Rodas.

para enfrentar a atualidade do futebol português, e do outro Pedro Proença responde com a lealdade da Olivedesportos e a importância que a empresa tem tido, ao longo dos anos, para o desenvolvimento da modalidade. Além dos dois Presidentes, a assinatura do contrato foi presenciada por RoLIGA-TE Nº4

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PEDRO PROENÇA

“JOAQUIM OLIVEIRA TEM SIDO PARCEIRO MUITO LEAL E ATENTO” Este novo contrato é a prova inequívoca de uma relação sólida entre a Liga Portugal e a Olivedesportos. Como analisa este fortalecimento de laços? É o renovar de uma relação que já vinha a ser negociada há algum tempo. Nestes três anos de mandato, que terminamos agora, vemos criar as condições de sustentabilidade necessárias para entrarmos num processo de maturidade da Liga. Este era um dos grandes projetos e que estava subjacente ao nos-

JOAQUIM OLIVEIRA

“PRECISAMOS DE UMA LIGA FORTE COMO ESTÁ AGORA” Foi assinado neste mês de junho um contrato de 4 anos, com a Liga Portugal, o que revela um inequívoco estreitar dos laços entre os dois organismos. A que se deve esta aposta por parte da Olivedesportos? Acontece pela credibilidade que a Liga tem! Reforçou clara e inequivocamente a credibilidade nos últimos anos, na medida em que houve uma tempestade negra que passou pela Liga, mas que, felizmente, foi reparada a tempo e a Liga segue no bom caminho. É uma instituição credível no futebol português, que bem precisa com a turbulência que por aí vai. A Taça da Liga, agora Allianz Cup, é uma competição que está a crescer no panorama futebolístico nacional. A aposta nesta prova é importante para a Olivedesportos? www.ligaportugal.pt

so Business Plan e foi com muita alegria que voltámos a assinar um contrato de média/longa duração com a Olivedesportos, uma organização que tem sabido interpretar como nenhuma outra aquilo que são os valores da Liga Portugal. Estamos muitíssimo satisfeitos, cumprimos mais um dos nossos objetivos, e aos poucos vamos conseguir estabilizar a Liga Portugal. Temos muitos projetos pela frente, uma taça da liga absolutamente renovada. Vamos inovar. Um agradecimento muito especial à Olivedesportos, que também conseguiu, e connosco, alavancar não só esta competição, mas um conjunto de parcerias que, neste momento, estamos a iniciar com a Olivedesportos. Joaquim Oliveira afirmou que só uma Liga muito forte, e com um Presidente como Pedro Proença, consegue enfrentar momentos de turbulência. Orgulha-se de ouvir palavras tão elogiosas? Primeiro quero deixar uma palavra de elogio à Olivedesportos, nomeadamente ao Sr. Joaquim Oliveira. Não perceber o papel que uma figura deste calibre teve no desenvolvimento do futebol em Portugal, era uma enorme injustiça. A verdade é que Joaquim Oliveira tem sabido, mesmo ao longo do tempo, atualizar-se e perceber as dinâmicas que envolvem o futebol em geral e o futebol profissional em particular. Joaquim Oliveira tem sido um parceiro

Para a Olivedesportos é importante tudo o que seja do futebol profissional. E não só. A organização precisa de ter competições e já tem o campeonato, que se chama Liga NOS, tem a Taça de Portugal e agora uma terceira competição, a Taça da Liga, que cada vez mais, todos os anos, se credibiliza com a excelência da organização. Isso viu-se na última Final Four, que teve uma organização absolutamente fantástica. Falou em credibilidade da Liga. Como homem do futebol acredita que isso acontece devido à entrada de Pedro Proença e restante Direção Executiva? É óbvio que sim! Só foi pena não ser ele a suceder ao Fernando Gomes. Houve um hiato de tempo com alguém não credível, que não estava preparado… Que estava preparado, sim, mas para outras coisas, e que depois levou com a ajuda do Dr. Luis Duque. Esta fase, dos últimos anos, foi culminada com a presença de Pedro Proença, que efetivamente credibilizou este modelo da Liga, que é a entidade patronal dos clubes. 7

muito leal, muito atento, e tem sabido interpretar como ninguém aquilo que são os novos valores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Estamos muitos satisfeitos, é o continuar de um caminho trilhado também com ele e os clubes assinam esta parceria como um sinal de que o futuro é risonho e de que todos juntos valemos mais do que cada um a negociar de forma individual. Este crescimento da Taça da Liga é um motivo de orgulho para o Presidente da Liga… Revitalizámos uma competição. Quando aqui chegámos a grande questão era saber se a Liga Portugal conseguia ter três grandes competições. Acreditámos que era possível, criámos um posicionamento próprio, um conceito, e hoje temos aquele que é o primeiro grande Campeão de Inverno. As organizações acreditaram que era possível ter uma terceira grande competição internacional no nosso quadro competitivo, investimos muito, e estamos extremamente satisfeitos com o resultado final.

Neste conturbado futebol português, com quezílias constantes, e que nos últimos tempos entrou no mundo surreal da turbulência, só mesmo uma Liga muito forte, a par da Federação, é capaz de credibilizar o futebol junto da Comunicação Social e dos patrocinadores. Sem credibilidade não se ganha nada neste país, nem noutro – só em Marte! – mas vivemos num Portugal que amamos e precisamos de uma Liga forte, ASSISTA À REPORTAGEM como está agora. COMPLETA NA LIGA TV LIGA-TE Nº4


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llianz Cup. É desta forma que passa a ser denominada a Taça da Liga, cujo naming foi vendido ao grupo financeiro até 2020. Este acordo tripartido, e que engloba também a Olivedesportos, deixa todas as partes satisfeitas, como ficou patente na apresentação do novo patrocinador, que decorreu a 12 de junho, na sede da Liga Portugal, no Porto. A cerimónia da assinatura de contrato aconteceu perante uma larga comitiva constituída pelos Diretores Executivos da Liga Portugal, bem como por Patrícia Neto, do Marketing da Allianz, Ana Sereno, da Direção de Marca da Allianz e Sara Castelão, Relações Públicas da Olivedesportos. Além de, claro, Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal, e José Francisco Neves, membro do Comité Executivo da Allianz Portugal, que rubricaram o acordo. Após o sucesso da última edição da Fi-

nal Four ficou claro que a Taça da Liga não se restringe a jogos entre três finalistas e foi evidente que esta é uma competição completamente revitalizada, o que muito orgulha a Direção Executiva da Liga Portugal. Os milhares de pessoas que encheram a Fan Zone, em Braga, e a euforia com que participaram nas diversas atividades deixaram todas as partes satisfeitas. A cidade anfitriã rendeu-se à festa do futebol e quis renovar a parceria até 2020. A Allianz Portugal, que tem como acionista e principal parceiro estratégico o BPI, é parte integrante do Grupo Allianz, um dos maiores grupos financeiros do mundo, e que conta atualmente com mais de 60 milhões de clientes. A aposta no futebol e no desporto tem sido evidente para o organismo e a entrada na Liga Portugal, através da sua Taça e do título de Campeão de Inverno, cuja decisão está marcada para a semana

ALIANÇA ATÉ

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2020 de 19 a 26 de janeiro de 2019, reforçou ainda mais esta vertente. O sucessor do Sporting CP, último vencedor da competição (então Taça CTT) será conhecido na final de 26 de janeiro e será o primeiro a conquistar a Allianz Cup. Pedro Proença mostrou-se naturalmente satisfeito com este acordo, e também com o facto de ter anunciado a SportTV como media partner da Allianz Cup, e lembrou que, em 2015, quando chegou à Liga “esta era uma das competições que diziam que estava morta à partida.” “Tivemos capacidade de a reformular, de lhe criar valor e hoje é uma competição completamente apetecível para os patrocinadores, porque tem um conceito e um posicionamento diferente, virada para o adepto, com “engagement” claro e objetivo de aposta no digital, e, portanto, o futebol festa, futebol alegria, com grande envolvimento de todas as famílias, é isso que www.ligaportugal.pt

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queremos fazer”, realçou o Presidente da Liga Portugal. Falando no “casamento perfeito de duas marcas que querem verdadeiramente um futebol diferente, um, futebol positivo”, Pedro Proença prometeu na Final Four “uma semana completa e repleta de novidades tecnológicas tendo em vista o adepto” e falou ainda do “modelo único” dedicado ao futebol profissional: “A possibilidade de termos quatro equipas, todas elas do futebol profissional, e se juntarmos uma grande marca como a Liga Portugal a uma grande marca como a Allianz, e também o próprio município de Braga, que faz destes eventos, grandes festas, temos todos os compostos para fazer desta Allianz Cup uma grande festa do futebol profissional ASSISTA À REPORTAGEM em Portugal.” COMPLETA NA LIGA TV LIGA-TE Nº4


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JOSÉ FRANCISCO NEVES

“ORGULHO POR VER NASCER A ALLIANZ CUP” Membro do Comité Executivo da Allianz Portugal relembra entrada no futebol português há 10 anos, precisamente através da Taça da Liga, prova cujo assegurar do “naming” era um objetivo para a empresa. Agora está alcançado um novo patamar em termos de posicionamento e imagem

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que levou a Allianz a apostar nesta competição? A Allianz é uma empresa que tem apostado no futebol ao longo dos últimos anos, como catalisador do seu posicionamento em termos de imagem dentro de Portugal. A nossa presença neste desporto teve início há precisamente dez anos, e curiosamente com a Taça da Liga. O futebol continua a ser um extraordinário ponto de contacto com o público em geral, ultrapassando quaisquer barreiras, segmentos, classes ou idades. Continua a ser um elemento notavelmente potenciador da notoriedade, em alinhamento com valores que a marca Allianz pretende transmitir, pelo que faz todo o sentido apostar no “naming” de uma competição como esta. Estamos também em alinhamento com o Grupo Allianz no que respeita às parcerias com o futebol. A presença da marca tem sido uma constante e ser o “naming sponsor” da Taça da Liga, da agora Allianz Cup, é um objetivo já de longa data que faz com que a Allianz atinja um novo patamar em termos de posicionamento e de imagem. Esta é uma das principais competições nacionais, com uma forte expressão regional, e que como tal também permite fazer uma associação clara à posição da Allianz no país. Em resumo, esta é a sequência lógica do investimento que temos vindo a fazer até agora, uma extensão natural da estratégia que temos vindo a desenvolver no que respeita às parcerias com o futebol. É com um enorme orgulho que vemos nascer a Allianz Cup. LIGA-TE Nº4

A Final Four, uma semana inteiramente dedicada ao futebol profissional, em Braga, será o momento alto da Allianz Cup. O que esperam desse momento? A Final Four é sem dúvida o ponto alto da Allianz Cup, o culminar de um longo período de jogos entre equipas da segunda e primeira liga. É um momento de festa, mas também bastante competitivo. É disputada em Braga, numa cidade com grande ligação ao futebol e mais concretamente num estádio muito emblemático nesta competição. Além das meias-finais e da final da Allianz Cup, será de novo ativada uma fan zone no coração da cidade, a exemplo da edição anterior, o que faz com que essa semana seja recheada de momentos de grande interação com o público, em diversas áreas de interesse, desde o desporto à Responsabilidade Social, passando pelas novas tecnologias digitais. É uma oportunidade única para estarmos em contacto com os mais diversos públicos, em ambiente de festa. A Allianz tem um historial forte de relação com o desporto, e em particular com o futebol. Quais as grandes motivações para essa relação? Esta relação não é unicamente nacional. O Grupo Allianz tem um longo historial na aposta em parcerias com o futebol. O futebol continua a ser o “desporto -Rei”, em Portugal e um pouco por todo o mundo. É a modalidade que gera mais interacção e emoção com o público. Os consumidores estão no futebol e é lá que a Allianz quer estar. Queremos estar onde estão, viver as suas emoções e perceber efetivamen10

te como podemos estar mais próximos, acompanhando o seu lifestyle, fazendo parte da sua forma de estar na vida. E claro, compartilhando valores em comum, que nos permitem assumir um posicionamento transparente, transmitir uma mensagem comum e falar a uma única voz. Que valores pode acrescentar a Allianz ao futebol profissional português? A Allianz tem neste momento uma grande aposta em assumir um novo posicionamento global enquanto parceiro para explorar a Vida. E somos um parceiro íntegro, resiliente, competente e que traz consigo uma solidez consolidada ao longo de anos de actuação num mercado segurador nem sempre fácil. Temos tido a coragem de ir em frente, ultrapassando qualquer obstáculo. Todos estes valores aproximam-nos do futebol e são bases sólidas deste desporto. Estamos prontos para encarar esta competição com uma determinação e vontade de vencer únicas. A Final Four da Allianz Cup gera momentos de grande engajamento entre o público e um conjunto de actividades extrafutebol, nomeadamente ao nível da Responsabilidade Social e do entretenimento. Isso pesou nesta nova relação entre a Allianz e a Liga Portugal? A Responsabilidade Social ocupa desde sempre um lugar de destaque na atuação da Allianz Portugal, em diversas áreas. Como tal, qualquer parceria que viabilize e potencie a associação da Allianz a esta atividade é sem dúvida sempre muito bem-vinda.

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"A Final Four é sem dúvida o ponto alto da Allianz Cup, o culminar de um longo período de jogos entre equipas da segunda e primeira liga. É um momento de festa, mas também bastante competitivo"

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FINAL FOUR | 19-26 JAN 2019

1.ª e 2.ª FASE* 11 JUL 2018

3.ª FASE

FINAL FOUR

17 AGO 2018

19 A 26 DE JANEIRO DE 2019

1.ª MEIA-FINAL 22 JAN 2019

2.ª MEIA-FINAL

FINAL

23 JAN 2019

26 JAN 2019

*Será realizado durante a III Cimeira de Presidentes, a ter lugar no Convento de São Francisco, em Coimbra, pelas 14h30


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PRESIDENTES ABREM ESPAÇO A NOVO MODELO DE GOVERNAÇÃO

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oi a 9 de maio em Coimbra que os presidentes das Sociedades Desportivas voltaram a responder de forma afirmativa ao repto lançado por Pedro Proença e marcaram presença na II Cimeira de Presidentes. Ali, a EY, consultora parceira da Liga Portugal, mostrou um cenário para novo modelo de governação, possibilidade que foi acolhida, na generalidade, pelos presidentes das Sociedades Desportivas. Também a questão do Gil Vicente e da sua integração na Liga NOS, na temporada 2019-20, foi decidida na reunião presidencial de Coimbra, numa tarde que foi profícua para o debate de assuntos importantes para o futebol profissional. Este é um conceito que deixa Pedro Proença particularmente orgulhoso, já que a Liga está “a trabalhar com todas as Sociedades Desportivas” nas questões de fundo do futebol. “Havia dois tópicos em cima da mesa. Um tinha a ver com a integração, ou não, do Gil Vicente já na próxima época; O segundo tópico teve que ver com a alteração do modelo de governação da Liga. Está em execução e queremos coloca-lo em andamento na próxima temporada. Estamos a fazer o nosso trabalho, com os clubes a contribuírem e a discutirem em sede própria e olhos nos olhos", afirmou, momentos depois de ter marcado a realização de nova Cimeira de Presidentes, para 11 de julho. _______________________________________

PINTO DA COSTA

PRESIDENTE DO FC PORTO “PRODUTIVO” “Penso que foi uma reunião produtiva, em que foi discutido o caso do Gil Vicente. Foi decidido que é necessário www.ligaportugal.pt

esperar, o que eu lamento, pois o Gil Vicente tem feito muito pelo futebol e vai passar um ano a jogar “para o boneco”. Depois, foi apresentado o novo modelo de governação, que tem coisas muito positivas. Naturalmente, o Presidente da Liga compreendeu que apresentado assim não dava para nos manifestar profundamente e decidiu – para mim muito bem – mandar todos os elementos aos clubes, fazendo estes as observações que acharem. Creio que foi uma decisão sensata, como normalmente são todas as decisões do Presidente da Liga.” _______________________________________

RUI PEDRO SOARES

PRESIDENTE BELENENSES, SAD “PARABÉNS À LIGA” “Confirma-se a vantagem de termos um espaço de diálogo, implementado pelo Presidente da Liga. Poderem estar aqui os presidentes a discutir os assuntos mais importantes do futebol em Portugal permite a abordagem de vários assuntos, com pontos de vista diferentes, mas que no fim prevaleça um compromisso, pois a nossa atividade é das mais prestigiadas em Portugal, traduzido por esta Cimeira. Estamos a favor [do modelo de governação] genericamente. Temos que ter um período para refletir sobre as competências de alguns destes novos órgãos, mas este modelo traduz aquilo que eram as necessidades e opinião dos clubes, de forma a termos uma Liga ainda mais forte, prestigiada e que contribua decisivamente para a promoção da nossa atividade. Parabéns à Liga por dinamizar todo este caminho.” _______________________________________

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RUI ALVES

PRESIDENTE CD NACIONAL “SÓ TEMOS A GANHAR” “Penso que estas reuniões têm uma contribuição fundamental para o desenvolvimento do próprio futebol profissional, da sua organização, e de tudo aquilo que o rodeia. Portanto, acho que só temos a ganhar com a criação de condições por parte da Liga para debater assuntos com relevância na vida associativa, e, por conseguinte, no desenvolvimento desta atividade, com a participação de todos. Este encontro, desse ponto de vista, foi bastante positivo. Neste momento reflete-se uma eventual alteração do modelo de governação da Liga, e assim continuará.” _______________________________________

RUI CORDEIRO

PRESIDENTE STA. CLARA “OPORTUNIDADE ÚNICA” “A Cimeira de Presidentes é sempre uma oportunidade única de auscultar aquilo que são os sentimentos dos vários clubes, de refletir sobre aquilo que é o estado do futebol profissional português. Decorreu com perfeita normalidade e penso que as tomadas de decisões foram feitas de forma democrática, transparente, respeitando a vontade da maioria, que é aquilo que se pede para o futebol: transparência e, acima de tudo, paz. O Sta. Clara sempre foi coerente com aquilo que sempre defendeu, ou seja, a integração imediata do Gil Vicente. Esta não foi a decisão da maioria, há que respeitar. Quanto ao modelo de governação proposto, julgamos que é o mais ajustado tendo em conta a realidade do futebol atual. Foi um modelo bem pensado pela entidade que esteve aqui a assessorar. É um modelo que vai de encontro a uma Liga mais moderna e próxima dos clubes.” _______________________________________

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NORMAS MAIS RÍGIDAS

CLUBES APROVARAM IMPORTANTES ALTERAÇÕES AOS REGULAMENTOS DE ARBITRAGEM E DE DISCIPLINA

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sede da Liga foi palco da Assembleia Geral Extraordinária para alterações nos Regulamentos de Disciplina e de Arbitragem, num encontro que se mostrou altamente profícuo em relação ao aumento das penalizações a vários intervenientes do futebol profissional português, fruto de um elevado grau de autorresponsabilização, sendo este o “modus operandi” que reinou neste tipo de encontros durante toda a temporada. A parte disciplinar, aliás, ocupou boa parte de uma reunião magna, que durou oito horas e decorreu na sede da Liga Portugal, no Porto. Naquela que foi uma Assembleia Geral com elevado grau de participação, e na qual não estiveram presentes apenas seis Sociedades Desportivas, foram aprovadas um conjunto de normas para o Regulamento Disciplinar das competições profissionais, que promovem o combate à violência, à corrupção e à conduta antidesportiva, num total de 16 agravamentos normativos. Uma das alterações mais mediáticas vai para a potencial perda de pontos e eventual despromoção de Sociedades Desportivas que promovam incentivos ilícitos a clubes terceiros. Em destaque, também, está a punição por estímulos a terceiros feita por dirigentes, cujas sanções podem resultar em suspensões que vão dos seis meses aos cinco anos. A mesma pena será aplicada a jogadores que deem, prometam ou aceitem recompensa, ou promessa de recompensa de terceiros, com vista à obtenção de um resultado positivo. No que toca ao Regulamento de Arbitragem, o foco foi para o funcionamento e enquadramento organizativo do Vídeo-Árbitro (VAR), assim como a categorização necessária dos elementos de arbitragem para funcionamento do referido VAR nas competições organizadas pela Liga Portugal.

ALGUNS DOS PONTOS APROVADOS ARTIGO 64.º Corrupção de outros agentes desportivos 1. O clube que der ou prometer recompensa a elemento da equipa técnica ou jogador da equipa adversária, com vista à obtenção dos fins assinalados nos artigos anteriores, será punido com as sanções previstas no n.º 1 do artigo 62.º. 2. O clube que der ou prometer recompensa a outro agente da equipa adversária, com vista à obtenção dos fins assinalados nos artigos anteriores, será punido com as sanções previstas no n.º 2 do artigo 62.º. 3. Se o ilícito for cometido na forma de tentativa, o clube será punido com a sanção de subtração de pontos a fixar entre o mínimo de dois e o máximo de cinco pontos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 125 UC e o máximo de 500 UC. 4. O clube é responsável pelos atos cometidos por qualquer dos seus dirigentes, representantes, funcionários e demais agentes desportivos a si vinculados, bem como pelos atos cometidos pelos seus representantes de facto, quando comprovadamente praticados a seu mando e no seu interesse. ARTIGO 80.º Agressão qualificada de jogadores, dirigentes e outros agentes desportivos à equipa de arbitragem 1. Sempre que algum dos elementos da equipa de arbitragem, em virtude de agressão voluntária de jogadores, dirigentes, treinadores, auxiliares técnicos, médicos, massagistas e funcionários ou outros agentes desportivos vinculados a um clube, estejam ou não incluídos nas fichas técnicas, que determine lesão de especial gravidade quer pela sua nature-

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za quer pelo período da incapacidade, fique impossibilitado de prosseguir no jogo e este seja dado por terminado antes do tempo regulamentar, o clube a que o mesmo pertence será punido com a sanção de derrota e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 125 UC e o máximo de 500 UC. 2. Em caso de reincidência, para além da aplicação das sanções previstas no número anterior, o clube será punido ainda com a sanção de interdição do recinto desportivo a fixar entre o mínimo de dois e o máximo de quatro jogos. ARTIGO 84.º Incentivos ilícitos a clubes terceiros O clube que, por si ou por interposta pessoa, oferecer, prometer ou entregar dinheiro ou qualquer outra vantagem patrimonial ou não patrimonial a um terceiro clube, sem que lhe seja devido, com vista à obtenção de um resultado positivo por parte deste num jogo oficial, assim como este terceiro clube, serão punidos com a sanção de subtração de pontos a fixar entre o mínimo de três e o máximo de cinco pontos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 100 UC e o máximo de 300 UC. ARTIGO 132.º A Incitamento à indisciplina fora do âmbito dos jogos oficiais 1. Os dirigentes que incitem à prática de atos violentos ou de indisciplina são punidos com a sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de quatro e o máximo de 16 meses e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 350 UC. 2. Se os factos previstos no número anterior forem seguidos de graves perturbações da ordem ou provocarem manifestações de des-

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respeito pela hierarquia desportiva, seus dirigentes ou outros agentes desportivos, os limites mínimo e máximo das sanções previstas no número anterior são elevados para o dobro. 3. Sem prejuízo do disposto no n.º 2, caso a infração prevista no n.º 1 seja praticada através de meios de comunicação social, as sanções nele previstas são elevadas para o dobro. ARTIGO 134.º Estímulos de terceiros Os dirigentes que cometam as infrações previstas no artigo 84.º são punidos com sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de seis meses e o máximo de cinco anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC. ARTIGO 146.º Declarações sobre arbitragem antes dos jogos e sobre a organização das competições 1. O jogador que praticar as infrações previstas nos artigos 67.º e 68.º é punido com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 50 UC e o máximo de 150 UC. 2. Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo da sanção prevista no número anterior são elevados para o dobro. ARTIGO 156.º Estímulos de terceiros Os jogadores que derem, prometerem ou aceitarem recompensa ou promessa de recompensa de terceiros com vista à obtenção de um resultado positivo são punidos com sanção de suspensão a fixar entre o mínimo de seis meses e o máximo de cinco anos e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC.

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TALENTO

A LENTE DOS NOSSOS FOTÓGRAFOS

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Momentos de glória, abraços, festejos e frustrações. No fundo, sentimentos que nos fazem apaixonar pelo futebol e que nos levam, semana após semana, aos estádios. Que assim se mantenha na Liga NOS, onde não faltam defesas, remates, faltas, lances acrobáticos, golos... E muito talento!

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TALENTO

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TALENTO

A competitividade é tanta como no escalão principal e a promessa da LEDMAN LigaPro é regressar na próxima época. Com alguns protagonistas diferentes, sejam jogadores, treinadores ou árbitros e até com Sociedades Desportivas renovadas, mas com a mesma emoção e luta. Com suor, lágrimas e momentos (muitos) de felicidade LIGA-TE Nº4

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TALENTO

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TALENTO

PRÉMIOS MENSAIS

ABRIL

MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LIGA NOS BRUNO FERNANDES (SPORTING CP): Com três golos em quatro partidas disputadas no mês de abril, o médio português ajudou os “leões” a conquistarem os 12 pontos em jogo frente a FC Paços de Ferreira, Os Belenenses, Boavista FC e Portimonense. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– MELHOR JOGADOR MÊS SAMSUNG LEDMAN LIGAPRO RICARDO GOMES (CD NACIONAL): Absolutamente fundamental na conquista do título de campeão da LEDMAN LigaPro, Ricardo Gomes marcou quatro dos 22 golos com que acabou a prova. Os seus golos ajudaram a garantir o primeiro lugar à equipa madeirense orientada por Costinha. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– GOLO DO MÊS SAMSUNG LIGA NOS HÉCTOR HERRERA (FC PORTO): Autor do golo que mudou o rumo do campeonato, o capitão dos “azuis e brancos” vence o prémio do mês de abril pelo remate à entrada da área “encarnada” que fez no Estádio do Sport Lisboa e Benfica e que recolocou o FC Porto na liderança da Liga NOS, de onde não sairia mais.

Jogo: SL Benfica – FC Porto - Jornada 30, 15/04/2018 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– GUARDA-REDES DO MÊS EUROBIC LIGA NOS IKER CASILLAS (FC PORTO): O histórico guardião dos “dragões” foi instrumental na conquista de quatro vitórias em abril, mantendo a sua baliza inviolada em três dos cinco jogos disputados, dois deles fora de casa. Esta foi a segunda vez que o espanhol recebeu esta distinção, depois de ter vencido o prémio em agosto. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– DEFESA DO MÊS LIGA NOS ALEX TELLES (FC PORTO): Com dois golos e uma assistência no mês de abril, o lateral portista mostrou toda a sua preponderância na manobra ofensiva da equipa. Conhecido pela disponibilidade e acutilância ofensiva pelo flanco esquerdo, é um desequilibrador das defesas adversárias e o principal municiador dos avançados da equipa orientada por Sérgio Conceição. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– MÉDIO DO MÊS LIGA NOS HÉCTOR HERRERA (FC PORTO): O capitão dos “azuis e brancos” comanda a equipa a partir do meio campo, e foi aí que

se distinguiu como o melhor do mês de abril. Depois de Danilo Pereira ter vencido este prémio em setembro e dezembro, o mexicano fez do FC Porto o clube com mais vitórias nesta categoria. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– AVANÇADO DO MÊS LIGA NOS MIGUEL CARDOSO (CD TONDELA): O jovem português, um dos grandes intervenientes na melhor classificação de sempre da equipa na Liga NOS, teve um mês de abril ao mais alto nível, ao marcar por três ocasiões, e assistir para dois golos. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– TREINADOR DO MÊS LIGA NOS SÉRGIO CONCEIÇÃO (FC PORTO): Com quatro vitórias em cinco jogos, a sua equipa produziu nove golos e sofreu três. Dois dos quatro triunfos ocorreram nas visitas aos campos historicamente difíceis do SL Benfica e Marítimo M.. Esta foi a terceira vez que venceu o prémio, depois de o ter conseguido em dezembro e fevereiro.

A votação para os prémios Samsung foi levada a cabo na plataforma votenosmelhores.pt e votenosmelhores.liganos.pt, juntamente com as escolhas de cada treinador das respetivas equipas das Sociedades Desportivas. No que toca aos prémios da Liga Portugal (Guarda-Redes do Mês EuroBic, Defesa, Médio, Avançado e Treinador do Mês), a votação foi feita no site da Liga, sendo aberta ao público.

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TALENTO

ÉPOCA 2016-17

CRESCIMENTO

ÉPOCA 2017-18

1 488

2 882

11 105 856

EM TODAS AS REDES SOCIAIS

18 393 026

19 816

D

esde 2016 que a Liga Portugal aposta forte no seu ecossistema digital, onde estão inseridas as redes sociais Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, assim como a plataforma do website da Liga Portugal e da Liga NOS Virtual.

26 603

1 300

1 800

12 100 000

A rede social FACEBOOK, com mais de 2,2 mil milhões de utilizadores em todo o mundo, foi um dos principais motores de agregação da Liga Portugal com o seu público, fruto das mais de 2800 publicações, 18,4 milhões de impressões, e dos 26 mil novos seguidores da plataforma. Estes números são um claro aumento em relação ao obtidos na temporada 2016-17, onde foram feitas 1500 publicações, criadas 11 milhões de impressões na audiência e ganhos 20 mil novos seguidores. ________________________________________________________

36 900 000

18 305

33 800

583 300

2 000 000

687

O INSTAGRAM, a plataforma digital mais em voga, foi a rede social onde a Liga mais cresceu na época 2017-18. Foram quase 34 mil novos seguidores, perto do dobro do valor obtido em 2016-17 (18 305), o que comprova o crescimento exponencial da rede social. Foram 1800 as publicações, mais 500 que na época transata. No que toca às impressões passadas junto dos utilizadores, houve uma triplicação dos valores, passando de 12 milhões para quase 37 milhões. ________________________________________________________

3 751

4 000 070

17 330 000

6 670

31 870

20 094

27 773

O TWITTER da Liga Portugal, como meio de contacto mais imediato com os utilizadores, viu crescer o número de posts, que fomentou a chegada de novos seguidores, assim como o aumento do número de impressões. ________________________________________________________

187

241

A nossa plataforma de vídeo YOU TUBE não foi exceção, triplicando o numero de novos subscritores obtidos na época anterior, 251 contra os 187, respetivamente. Um dos principais fatores para este aumento de interesse na plataforma foi a aposta mais vincada da Liga na elaboração de mais conteúdo vídeo, alicerçados na criação da Liga TV. ________________________________________________________

687

3 751

4 000 070 6 670

Com um WEBSITE de “cara lavada”, munido de novas funcionalidades e conteúdos, o número de visualizações no site oficial da Liga aumentou em relação ao ano transato, registando também um aumento de utilizadores e de sessões. ________________________________________________________

Número de Publicações

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Instagram Impressões

Twiter Novos Seguidores

Like

31 870

2 098 291

Uma época de sucesso, é o que se pode dizer da LIGA NOS VIRTUAL, que viu duplicar o número de visualizações e de sessões iniciadas, triplicando o número de utilizadores. ________________________________________________________ Facebook

17 330 000

40 978

116 077

298 885

597 056

You Tube Menções

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4 608 080

Número de Visualizações

Website Subscritores

Liga NOS Virtual Utilizadores

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Sessões



NOTÍCIAS

SOCIEDADES DESPORTIVAS REELEIÇÕES NAS SOCIEDADES DESPORTIVAS

Os últimos meses ficam marcados pelas eleições em cinco Sociedades Desportivas, todas ganhas pelos Presidentes em função. No Varzim SC, Pedro Faria foi reeleito Presidente da SAD até ao ano 2020, liderando os poveiros desde 2012. Armando Silva, Presidente do CD Aves, também venceu as eleições a que concorreu, com 90% dos votos, continuando na liderança do clube que preside há 12 anos. Horácio Bastos, Presidente do UD Oliveirense, estará à frente dos destinos da SAD por mais dois anos, depois de vencer um sufrágio com 96% dos votos. Gilberto Coimbra, Presidente da SAD do CD Tondela, venceu as eleições no clube tondelense, eleições onde não teve oposição. Presidente desde 2003, Gilberto Coimbra venceu as eleições na mesma Assembleia Geral em que a SAD do CD Tondela foi constituída. Por fim, Rui Alves foi reeleito como líder do CD Nacional.

NOVA MASCOTE DO CD FEIRENSE É A ESTRELA DESTE VERÃO A Liga Portugal esteve envolvida na escolha da nova mascote do CD Feirense, uma mascote que faz parte da estratégia de aproximação ao público infantil por parte de Santa Maria da Feira. Num concurso destinado aos alunos dos cursos de Artes Visuais do concelho, os desenhos entregues foram sujeitos a uma avaliação rigorosa por parte do júri constituído pela Diretora Executiva de Marketing da Liga Portugal, Susana Rodas, pelo designer António Pedro,

pelo ex-atleta e dirigente do CD Feirense, Artur Brandão, e ainda Vítor Vinhas e Vânia Nobre, pelo Departamento de Comunicação, e Educação – respetivamente – da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Deste painel, foram selecionados os quatro melhores projetos levados a cabo por parte dos alunos. A revelação da mascote vencedora será feita no jogo de apresentação do CD Feirense para a época 2018-19.

HISTÓRICOS PENDURAM AS CHUTEIRAS

A última jornada da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro marcou a retirada de quatro históricos do futebol português, que penduraram as chuteiras e despediram-se dos relvados. Ricardo Pessoa, eterno capitão do Portimonense, deixa um recorde assinalável, de 425 jogos, sendo o jogador com mais partidas disputadas pelo conjunto algarvio. Ricardo Pessoa deixa também a sua marca na LEDMAN LigaPro, sendo o futebolista com mais jogos (358) no segundo escalão do futebol português. Por sua vez, Moreno, do Vitória SC, retirou-se na partida frente ao FC Porto, tendo participado em 235 jogos do Vitória SC, clube que representou durante 17 anos. Pedro Alves, do CD Cova da Piedade, completou 254 jogos enquanto sénior, atuando 147 com as cores do piedenses, pendurando as luvas aos 39 anos de idade. Por fim, um dos históricos do Leixões SC, Bruno China, pôs fima à carreira, depois de 246 jogos com a camisola leixonense, e 386 enquanto jogador profissional. Eles retiram-se, mas deixam anos e anos de grandes jogos e festejos para os adeptos das suas equipas. www.ligaportugal.pt

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DESTAQUE

TYLER BOYD, O NEOZELANDÊS

QUE LARGOU TUDO PARA JOGAR FUTEBOL EM PORTUGAL

É o jogador de futebol em Portugal que está mais longe de casa. O jovem internacional neozelandês que cresceu na California, sonha jogar na Liga dos Campeões, sente o Haka como um All Black e anseia pela comida da mãe e da avó.

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o universo dos cerca de 1350 jogadores inscritos nas competições profissionais de futebol durante a temporada 2017-18, houve um que bem pode ostentar o título daquele que esteve mais longe de casa. Trata-se do neozelandês Tyler Boyd, natural de Tauranga, a

maior cidade de Bay of Plenty, região de praias parasidíacas a quase 35 horas de viagem de Portugal! Aos 23 anos, o jovem internacional pela Nova Zelândia alinhou esta época no CD Tondela, a título de empréstimo do Vitória SC, clube que o descobriu, há cerca de três anos, no principal cam-

peonato australiano, onde integrava o plantel do Wellington Phoenix. Se recorressemos à lei das probabilidades, Tyler Boyd, amante do desporto, estaria hoje a brilhar numa qualquer equipa de futebol americano, de beisebol ou de râguebi. Senão vejamos: o pai, Ric, é neozelandês. A mãe, Sherry, é norte-americana. Tyler, o filho, foi nascer à Nova Zelândia por vontade dos pais que, na altura, moravam em Santa Barbara, na California, onde viveu até aos 10 anos de idade, antes de se mudar em definitivo para Tauranga, a cidade-natal. Tyler Boyd cresceu, assim, num ambiente onde o futebol não é rei, nem sequer princípe, mas a verdade é que o gosto por esta modalidade e a vocação parecem estar-lhe no sangue. “Eu adoro todos os desportos, mas desde criança sempre gostei mais de futebol. Bastava que houvesse uma bola, ou algo parecido, que eu andava sempre aos chutos. Tentando fazê-lo cada vez melhor. Gosto de râguebi, gosto de basquetebol, gosto dos outros desportos, mas nada se compara com o futebol. Tentei outros desportos, sou bastante bom na maioria, mas o futebol é a minha paixão, o meu amor. Sempre adorei futebol desde bebé”. A declaração de amor é feita logo no início da entrevista e não deixa margem para dúvidas. Tyler deixou tudo para trás em busca do sonho de se tornar jogador profissional de futebol e de competir na Europa ao mais alto nível. Nada o demoveu, nem mesmo as praias parasidíacas de Bay of Plenty e da California, onde regressa sempre que pode para rever os dois ramos da família. Porém, nestas coisas nada acontece por acaso. Tyler reconhece ter herdado do pai a paixão pelo futebol. “Ele é um grande atleta a todos os níveis, joga golfe, râguebi… É bom em tudo aquilo que faz. Acho que o amor dele pelo desporto se transformou no meu amor por desporto, porque somos muito parecidos”. (Continua na página 27)

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DESTAQUE

“PERCEBO DE ONDE VEM A EMOÇÃO DO HAKA” Tyler Boyd é da terra dos All Blacks, a seleção maravilha que se tornou um fenómeno de popularidade mundial, não só pela sua quase imbatibilidade no râguebi, mas também pelo Haka com que, desde 1888, dá as boas vindas e, simultaneamente, desafia as equipas adversárias. Descrita como uma expressão da paixão, vigor e identidade da raça, esta dança tribal do povo Maori é motivo de orgulho para Tyler Boyd. “Quando vejo os All Blacks e as equipas de râguebi a fazer o Haka, sinto-me orgulhoso e percebo de onde vem a emoção antes dos jogos”. Tyler sabe dançar o Haka, mas confessa que não o faz. “Na minha escola tivemos que aprender um Haka diferente [ndr: os All Blacks praticam o Ka Mate, uma das várias versões existentes], sei até algumas palavras em Maori, a língua nativa, que já não é falada por muita gente, mas não o faço”. O jovem jogador sublinha, porém, o sentimento que nutre pelos seus dois países de origem. “Tenho orgulho no meu lado americano, da parte da minha mãe, e do lado neozelandês do meu pai. Os dois países têm estilos de vida muito bons, gente muito boa, e eu tenho família em ambos. Portanto, amo os dois”. A recusa em fazer o Haka revela, ao mesmo tempo, um outro lado da personalidade de Tyler Boyd, enquanto futebolista. “Tento não ser demasiado supersticioso. Acredito em Deus, rezo antes dos jogos. Rezo por proteção. Sobretudo, agradeço-Lhe por poder jogar este jogo bonito. De resto, a minha confiança vem da preparação ao longo da semana, de muito treino. Não acho que a sorte, ou que calçar as chuteiras de uma certa maneira, tenha alguma influência. Gosto de trabalhar muito, preparar-me para o jogo ao longo da semana. Depois, limito-me a entrar em campo, a jogar e a divertir-me”.

A ESTREIA FRENTE A DEL PIERO A estreia de Tyler Boyd no futebol profissional foi de sonho e o jogador não mais a esquecerá. Tinha acabado de assinar contrato pelo Wellington Phoenix, única equipa da Nova Zelândia que disputa o principal campeonato da Austrália, e ia defrontar o Sydney FC, onde a “estrela” se chamava Alessandro Del Piero, o histórico internacional italiano. “Lembro-me de como estava nervoso. Tinha pingos de suor na minha pele. Sentia tanto orgulho em mim e no facto de o poder fazer pela minha família, por todos aqueles que acreditaram em mim e, também, pelos que disseram que eu não conseguiria. Estava tão feliz e, ao mesmo tempo, tão nervoso”, recorda. “A atmosfera era fantástica. Era um bom estádio e ver o Del Piero jogar foi espantoso. Ele já estava velho, mas podias ver nele a qualidade, a inteligência… E o toque de bola era lindo”. No final do jogo, Tyler Boyd não foi, no entanto, capaz de fazer o que tinha vontade. “Não falei com o Del Piero. E não lhe pedi a camisola. Gostava de o ter feito, mas era jovem e estava nervoso. Estava com medo”. www.ligaportugal.pt

“SONHO JOGAR CHAMPIONS”

Tyler Boyd alimenta vários sonhos. Depois de uma temporada de empréstimo ao CD Tondela, que classifica como “um grande ano de aprendizagem”, o objetivo a curto prazo é garantir um lugar no plantel do Vitória SC para época 2018-19. “Adoro o clube. Adoro os adeptos. É um grande clube de Portugal”, confessa o futebolista, que pretende jogar na equipa de Guimarães “de forma consistente”. “Outro dos objetivos da minha carreira é jogar, um dia, na Liga dos Campeões. Desejo isso desde criança. Seja em Portugal ou noutro país”, revela. Por fim, Tyler acredita que poderá ainda defrontar três das grandes “estrelas” do futebol mundial. “Ronaldo, Messi, Neymar… Jogar contra estes grandes jogadores seria um sonho para mim. E acredito que um dia será possível. Tenho a certeza”. 25

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DESTAQUE

LANÇADO POR SÉRGIO CONCEIÇÃO FRENTE AO… FC PORTO O atual treinador campeão nacional, Sérgio Conceição, foi o responsável pela estreia de Tyler Boyd na Liga NOS. Aconteceu na época 2015-16, curiosamente em jogo frente ao FC Porto, no Estádio D. Afonso Henriques, que a equipa do então técnico do Vitória SC venceu por 1-0. Tyler Boyd foi titular, sendo substituído aos 63 minutos por Thiband Phete. Na jornada seguinte voltaria a ser chamado por Sérgio Conceição, na deslocação ao terreno d’Os Belenenses, entrando para o lugar de Licá, aos 73 minutos, numa partida que terminou empatada (3-3). Foram os dois únicos jogos feitos pela equipa principal do Vitória SC, tendo alinhado na equipa B dos vimaranenses em 73 partidas, com um total de 13 golos marcados. Na época 2017-18, Tyler Boyd rumou ao CD Tondela, a título de empréstimo. Sob o comando técnico de Pepa, o jovem neozelandês cumpriu mais de 1500 minutos de jogo, apontando cinco golos em 29 partidas. Um deles, na receção ao D. Aves, foi um dos grandes momentos da 31ª jornada da Liga NOS, com um pontapé cruzado e em arco indefensável, após tirar da frente um defesa adversário com uma finta de corpo.

NATURALIDADE: BAÍA DA ABUNDÂNCIA Quando o explorador e navegador James Cook, da Marinha Real Britânica, chegou à terra de Tyler Boyd, em 1769, encontrou uma grande baía “repleta de plantações e aldeias”. A região, numa das ilhas da Nova Zelândia, foi batizada como Bay of Plenty (em português, “Baía de Abundância”) e é hoje famosa pelos kiwis suculentos, praias linLIGA-TE Nº4

díssimas e excelentes para o surf, vinhos, marisco e por um vulcão ativo que oferece paisagens inesquecíveis. A cidade natal do jovem jogador é Tauranga. Com uma população de pouco mais de 100 mil habitantes, é um centro turístico, que convida a aventuras marinhas como a vela, a pesca e a observação de golfinhos. 26

Do outro lado do Pacífico, a 12 horas de avião, está Santa Barbara, na California (Estados Unidos), onde Tyler Boyd cresceu até aos 10 anos de idade. Refúgio de estrelas do cinema, a duas horas de viagem de Los Angeles, é também ela uma cidade de férias luxuosas, bons vinhos, belas praias e… “raparigas bonitas”. Palavra de Tyler Boyd! www.ligaportugal.pt


DESTAQUE Desvendado o mistério, o jovem jogador recorda as horas passadas a treinar sozinho, ainda miúdo, sempre que tinha tempo livre. “Se o meu pai não estivesse a trabalhar, íamos treinar juntos”. “O meu pai sempre me pôs a jogar em equipas mais velhas. Se eu tivesse 8 anos, estaria a jogar nos sub-10, ou sub11. Por isso, fui sempre motivado para ser cada vez melhor. O meu pai estava sempre a incentivar-me”, revela. Houve, porém, uma outra pessoa que foi decisiva para a sua carreira e que Tyler Boyd faz questão de recordar. Trata-se de Declan Hedge, diretor técnico da Ole Football Academy e reconhecido como um dos grandes responsáveis pelo sucesso no desenvolvimento dos futebolistas neozelandeses. “Não consigo agradecer-lhe o suficiente pelo que fez por mim. Ele criou a primeira academia na Nova Zelândia, onde treinamos a tempo inteiro. Por isso, desde os 14 anos treinava duas vezes por dia, todos os dias, fazendo os meus trabalhos escolares a meio. Isso permitiu-me maximizar o meu crescimento e tornar-me um jogador melhor”. Na opinião de Tyler Boyd, trata-se de “um ótimo sistema, que permite ao jogador tornar-se melhor”, valorizando, simultaneamente, “a escola e a educação, que também são importantes. Isso permite que vás para a universidade”. O trabalho com Declan Hedge durou sete anos. Mais tarde, as qualidades do jovem Tyler Boyd despertaram a atenção do Wellington Phoenix, “único clube profissional da Nova Zelândia”, que chamou 12 jogadores à experiência, prometendo um contrato profissional para os dois melhores. “Eu fui o primeiro dessa academia a ter um contrato profissional”, recorda, depois de ter participado numa digressão de pré-temporada na Índia, que nunca mais esqueceu. “Foi um desafio difícil. Estava muito calor, muita humidade. E nós fomos a alguns dos locais mais pobres. Muitos jogadores ficaram doentes por causa da água. Mas conseguir estar bem naquelas condições e jogar bem foi muito importante para a minha carreira". Mais tarde, já como jogador da equipa principal do Wellington Phoenix, Tyler Boyd despertou a atenção de Vlado Bozinoski, antigo internacional australiano que alinhou no Sporting CP, Beira-Mar e FC Paços de Ferreira, entre outros, e que se tornaria seu agente. “Ele viu-me jogar contra um dos jogadores dele, o Adama Traoré, que jogou no Vitória de Guimarães, mas antes tinha jogado no www.ligaportugal.pt

Melbourne. Ele viu-me, gostou de mim, começamos a construir uma relação e acabou por trazer-me para o Vitória”. Neste momento, Vlado Bozinoski, “é como um segundo pai, ou como um tio”. “Tem sido espantoso. Ensinou-me tanto acerca do jogo. É um génio no que se refere à tática. Foi ele quem tornou possível a minha vinda para Portugal, que é um país maravilhoso”. A relação de amizade entre Tyler Boyd e o agente foi crescendo, mas só quando o jogador chegou a Portugal, onde reside Bozinoski, os dois se conheceram pessoalmente. “Foi a primeira vez que o conheci em pessoa. Só tinhamos falado por Skype. Construímos uma amizade durante dois anos, mas foi a primeira vez que o conheci. Ele e a mulher, a Andreia, têm sido tão agradáveis para

mim. Eles são a minha família cá". Tyler Boyd veio sozinho para Portugal, percorrendo os quase 20 mil quilómetros que separam o país da Nova Zelândia. A vida por sua conta e risco não é, porém, uma novidade para o jovem jogador. “Tenho morado sozinho desde os 17 anos”. Mesmo assim, não disfarça as saudades da família e dos amigos. “Portugal é um país bonito, com um excelente clima. É, sem dúvida, da minha família, da minha mãe e do meu pai que eu sinto falta”, confessa. As saudades são agravadas pelas dificuldades impostas por uma diferença horária de 12 horas. “Durante o dia não consigo falar com eles. Estão a dormir”. “Estou ansioso por voltar a casa e comer a comida da minha mãe e da minha avó”, remata o jovem, que por esta altura, dividindo as férias entre a Nova Zelândia e a California, terá já matado saudades dos pratos preferidos. Bom apetite, Tyler Boyd!

"(...) desde os 14 anos treinava duas vezes por dia, todos os dias, fazendo os meus trabalhos escolares a meio. Isso permitiu-me maximizar o meu crescimento e tornar-me um jogador melhor”

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DESTAQUE

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CLÁUDIO RAMOS

O SENHOR TOTALISTA

QUE SONHOU DEFRONTAR CASILLAS E QUIM

D

izem que o futebol é uma caixinha de surpresas. Sem dúvida que sim. Mas é também uma caixa de magia. Tanto que é capaz de transformar simples sonhos de criança em realidade. Cláudio Ramos, guarda-redes do CD Tondela, é um desses casos. Cresceu a admirar as defesas de Casillas e Quim, sonhando defrontar os dois guarda-redes que mais admirava. Anos depois, Cláudio Ramos é não só LIGA-TE Nº4

dono e senhor da baliza do CD Tondela, totalista absoluto em 34 jornadas da Liga NOS na época 2017-18, como também já defrontou os dois ídolos de menino. “Há uns 15 anos atrás, quando era mais novo, defrontar o Casillas e o Quim era impensável. Isso aconteceu e foram momentos muito felizes na minha carreira”, confessa. Mas se “só” isso já deixa Cláudio Ramos orgulhoso, o que dizer de todas as marcas alcançadas na época que findou? 28

Senão vejamos: na última jornada completou 200 jogos com a camisola do CD Tondela, tornando-se no segundo jogador mais utilizado em 82 anos de história do clube; foi, ainda, o guarda-redes da Liga NOS com mais penáltis defendidos (3), maior número de defesas (125) e mais defesas completas (69). Chega? Não. Cláudio Ramos quer mais do que isso. “Gostava de nunca sofrer golos”, remata entre sorrisos, antes de revelar o trabalho diário que faz para www.ligaportugal.pt


DESTAQUE melhorar enquanto guarda-redes. “Seja no um para um, nas saídas, a jogar com os pés, temos sempre coisas a melhorar. Trabalho todos os dias para isso. Acabo um jogo e no dia a seguir revejo-o, de forma a perceber onde estive bem e onde errei para depois, durante a semana, poder trabalhar e melhorar”. Motivação e ambição não faltam. Mas num jogo de equipa nada se consegue sozinho. “É sempre importante ter o apoio dos nossos companheiros e dos nossos concorrentes”, leia-se, dos restantes guarda-redes do plantel. “É muito importante eles trabalharem no máximo, pois isso leva a que eu o faça também. Não me deixam relaxar”. Simultaneamente, há o trabalho da equipa técnica, nomeadamente dos treinadores de guarda-redes. “Eles dão-nos todas as condições para evoluirmos na nossa carreira. E também fazem o trabalho de estudar a equipa adversária, seja os livres ou os penáltis. Dão-nos essa informação toda, que é necessária para chegarmos ao jogo e fazermos o nosso melhor”.

UM CARINHO ESPECIAL PELOS ADEPTOS Cláudio Ramos chegou ao CD Tondela em 2011, proveniente do Vitória SC, onde havia assinado o primeiro contrato como profissional. “Comecei nos infantis do Sport Clube Paivense, o clube da minha terra [Vila Nova de Paiva], onde fiz dois anos de infantil”, recorda o guarda-redes, agora com 26 anos de idade. Seguiu-se um ano nos iniciados do Académico de Viseu e, após uma bem sucedida participação no Torneio Inter-Associações Lopes da Silva, foi para o Vitória SC com apenas 14 anos. “Sempre gostei de futebol, desde muito pequenino. Nessa altura não tinha irmãos e então jogava sozinho contra as paredes. Mas a bola andava sempre atrás”. E a baliza foi, desde cedo, o posto de eleição. “O meu pai jogava futsal. Eu ia ver os jogos e ao intervalo ia para a baliza defender uns remates dele. Se calhar foi aí que começou o meu gosto pela baliza”, diz o guarda-redes, que tem no palmarés chamadas

às selecções de sub-16, sub-17, sub-18 e sub-20, bem como o título de campeão da LEDMAN LigaPro, em 2015, pelo CD Tondela. Atualmente é o jogador mais antigo no plantel, sublinhando a empatia que sente com os adeptos. “Tondela é uma cidade pequena. Uma pessoa vai almoçar ou jantar a qualquer lado e conhece toda a gente. Por isso, é normal que as pessoas tenham um carinho especial por mim, conforme eu também tenho por elas”. A regularidade nos jogos é a explicação que encontra para ter alcançado a marca histórica dos 200 jogos pelo CD Tondela. “Um número muito bonito”, diz. Sete anos depois de ter chegado ao clube do distrito de Viseu e da estreia frente ao Ginásio de Alcobaça, em jogo da Taça de Portugal, Cláudio Ramos reconhece que é hoje guarda-redes muito diferente. Naquele tempo, confessa, “cometia muitos erros infantis. Hoje sinto-me um guarda-redes muito mais capaz, mais maduro, mais confiante e tranquilo. Foi com esses erros que me tornei no que sou hoje”.

UMA RECEITA PARA SERVIR A CRISTIANO RONALDO Com três penáltis defendidos na temporada 2017-18, Cláudio Ramos foi o guarda-redes da Liga NOS com melhor desempenho neste particular. Embora o segredo seja a alma do negócio, o jogador aceitou levantar o véu sobre a receita para o sucesso: • 1 dose grande de estudo acerca dos marcadores de penáltis adversários; • deixar o marcador em banho-maria o máximo de tempo possível; • atirar-se o mais tarde possível; • o último ingrediente não o revelou, mas deve ser segredo... Vários adversários já provaram desta receita, mas há um que Cláudio Ramos gostava de servir. “Sem dúvida, o Cristiano Ronaldo. É o melhor do mundo e é português. Por isso, se o defrontasse um dia, gostava de defender um penálti dele”. Está lançado o desafio!

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LIGA NOS

28 TÍTULOS NO DRAGÃO SL Benfica tenta 14.ª entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões, onde estará o campeão nacional

O

FC Porto quebrou a hegemonia do SL Benfica na conquista de títulos na Liga NOS, ao sagrar-se campeão nacional quatro anos depois, o que aconteceu pela 28.ª vez na sua história. Sérgio Conceição, na primeira época ao serviço dos “dragões”, devolveu o troféu ao Porto, clube e cidade, deixando marcas indeléveis da superioridade azul e branca nesta edição

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da Liga NOS. Estando 30 jornadas na liderança da competição, o FC Porto também conseguiu igualar o SL Benfica no recorde de pontos conquistados (88) num campeonato a 18 equipas. Nos 34 jogos disputados, os “dragões” venceram por 28 vezes, tendo empatado em quatro e perdido em duas ocasiões. O Estádio do Dragão foi uma autentica fortaleza da Invicta, com 16 vitórias e um empate em 17 jogos. Fora de casa, os novos campeões nacionais somaram 12 vitórias, três empates e duas derrotas, estas últimas diante do FC Paços de Ferreira e de Os Belenenses. O SL Benfica, que ficou no segundo lugar a sete pontos de distância do FC Porto, foi o segundo melhor ataque da prova, com 80 golos marcados, e a segunda melhor defesa, com 22 sofridos. “Dragões” e “águias” conseguiram apurar-se para a Liga dos Campeões, sendo que os portistas entram diretamente na fase de grupos da edição 2018-19 na prova “milionária”, enquanto os encarnados jogarão a 3.ª pré-eliminatória e o play-off de acesso à referida fase de grupos. Os azuis e brancos, ao vencerem a edição 2017-18 da Liga NOS, garantem também o apuramento direto para a Fase de Grupos da Liga 30

dos Campeões, feito alcançado pela 23.ª vez, um recorde partilhado apenas por Real Madrid e Barcelona. Os encarnados, por sua vez, se passarem a 3.ª pré-eliminatória e o play-off de acesso, jogarão a sua 14.ª fase de grupos da prova. No terceiro lugar ficou o Sporting CP (78 pontos), qualificando-se diretamente para a fase de grupos da Liga Europa, seguido do SC Braga, que bateu o seu recorde de pontos na competição, conseguindo amealhar 75 pontos, mais quatro que a anterior marca, da era de Domingos Paciência que alcançou o segundo lugar, em 2009-10, com 71 pontos. A equipa orientada por Abel Ferreira bateu também o recorde de mais golos marcados no emblema minhoto, numa edição da Liga NOS, com 74 golos. Os bracarenses disputarão a 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, participando na prova pela 15.ª vez. Já os leões, que se apuraram diretamente para a Fase de Grupos, vão marcar presença pela 32.ª vez, naquele que é o melhor registo a nível global. O último lugar europeu é ocupado pelo Rio Ave FC, cujo quinto lugar garantiu a qualificação para a 2.ª pré-eliminatória da Liga Europa. A equipa de Miguel Cardoso igualou a sua melhor classificação de sempre na Liga NOS, feito alcançado na época 1981-82. Esta é a terceira vez que os vila-condenses se apuram para esta prova. www.ligaportugal.pt


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LEDMAN LIGAPRO

REGRESSO PELA VIA MARÍTIMA

CD Nacional aumenta contingente da Madeira e Santa Clara coloca os Açores na rota da Liga NOS

O

CD Nacional sagrou-se, pela primeira vez na sua história, campeão da LEDMAN LigaPro, com 71 pontos, mais cinco que o 2.º da tabela, o Santa Clara que, em termos classificativos, assegura o regresso ao escalão primodivisionário 15 épocas depois. Mas voltemos ao campeão CD Nacional. Uma temporada após a despromoção da Liga NOS – que foi a primeira nas últimas 15 épocas –, a “travessia” competitiva madeirense chegou… ao melhor porto. Em 38 jornadas, o conjunto da Choupana sofreu apenas cinco derrotas e garantiu o 1.º lugar do campeonato. A juntar a este inédito título de vencedor, os alvinegros, que contabilizam 310 jogos em nove participações na LEDMAN LigaPro, já haviam alcançado uma subida de divisão em 2001-02, terminando no terceiro lugar. Na Liga NOS, o CD Nacional tem já 588 jogos disputados, fruto de 18 presenças, pelo que, em 2018-19, os insulares vão ultrapassar, seguramente, a marca dos 600 jogos. Os dois quartos lugares em 2003-04 e www.ligaportugal.pt

em 2008-09 e os dois quintos lugares em 2005-06 e em 2013-14 são os recordes madeirenses na principal competição portuguesa, o que originou três participações na fase de grupos da Liga Europa. Como que aproveitando a corrente marítima, o Santa Clara terminou a última edição da LEDMAN LigaPro na vice-liderança, e contabiliza, agora, três promoções: a primeira foi em 1998-99, ao terminar no terceiro posto, a segunda em 2000-01, onde acabou em 1º lugar e sagrou-se campeão da II Divisão. A ultima será, precisamente, este ano, devido o segundo posto conquistado da LEDMAN LigaPro. Arredado dos principais palcos lusos durante uma década e meia, dado o 17.º lugar em 2002-03, o conjunto de Ponta Delgada prepara-se, agora, para mais uma participação na Liga NOS, escalão no qual disputou, em todo o seu historial, 102 jogos. CD Nacional e Santa Clara irão regressam, então, pela via marítima à edição 2018-19 da Liga NOS, ocupando os lugares dos despromovidos Estoril Praia e FC P. Ferreira. 31

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CD MAFRA A REDENÇÃO TEM CINCO LETRAS Dois anos depois o regresso à LEDMAN LigaPro da descida e com o título de Campeão

O

CD Mafra participará pela segunda vez na LEDMAN LigaPro, depois de ter jogado a edição 2015-16 da prova. A equipa cujo clube é presidido por Antonino da Costa Florindo tentará aquilo que ainda não conseguiu na sua história, e que passa por garantir a manutenção no segundo escalão do futebol profissional português. A equipa do distrito de Lisboa, fundada em 1965, venceu a Serie D do Campeonato de Portugal, deixando pelo caminho, na fase a eliminar, o Vilaverdense nos quartos-de-final, e o União de Leiria nas meias-finais da prova - o vencedor da eliminatória definiria quem sobe de divisão. João Godinho, Hugo Ventosa, Lucas Morelatto, Bruninho, Rui Pereira, Leandro Borges e Juary Soares foram alguns dos jogadores fundamentais da triunfante caminhada mafrense rumo à LEDMAN LigaPro, que viria a culminar com a conquista do Campeonato de Portugal, cuja final foi disputada frente ao SC Farense, com vitória mafrense por 2-1, com golos de Rodrigues e Juary. Orientados por Luis Freire, o jovem treinador de 32 anos foi o timoneiro da subida da sua equipa, trazendo sucesso e a tão ambicionada promoção.

SC FARENSE LEÃO ALGARVIO REGRESSA Histórico assegurou quinta presença no segundo escalão do futebol profissional português

A Épocas na 2.ª divisão: 1

festa da LEDMAN LigaPro chegou ao sul de Portugal e um dos maiores porta estandartes da Região, o SC Farense, marcará presença na edição 2018-19 da prova. Um dos clubes com mais história no futebol profissional português, o SC Farense regressa ao convívio dos grandes, depois de duas épocas longe do palco da LEDMAN LigaPro. Esta será a quinta par-

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CD MAFRA Ano de fundação: 1965 Épocas da 1.ª divisão: -

ticipação da equipa farense no segundo escalão, sendo que grande parte do seu currículo fica marcado pelas 23 presenças na atual Liga NOS, conseguindo, em uma ocasião, o apuramento para as competições europeias. Para chegar à LEDMAN LigaPro, o centenário clube farense venceu a Série E do Campeonato de Portugal, eliminando de seguida o FC Felgueiras e o Vilafranquense no conjunto das duas partidas da meia-final, contando com os contributos importantes dos históricos Neca, António Livramento, Jorge Ribeiro, e de jogadores experientes como Hugo Marques, Filipe Godinho e Irobiso. Rui Duarte, treinador de 39 anos, foi um www.ligaportugal.pt


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BEM-VINDOS À LIGA PORTUGAL Os Presidentes do CD Mafra e do SC Farense, Antonino Florindo e João Rodrigues, respetivamente, ficaram a conhecer as instalações da sede da Liga Portugal, organismo que gere o futebol profissional nacional, onde foram recebidos por uma comitiva da Direção Executiva, e que foi presidida por Pedro Proença. Os líderes das duas Sociedades Desportivas promovidas à LEDMAN LigaPro visitaram a exposição dos 40 anos da

Liga Portugal, assim como os vários departamentos que compõem a estrutura da Liga. A visita serviu também para ficarem a par das recomendações de participação nas competições, através do Manual de Acolhimento de Clubes, onde são dadas as guias competitivas da prova. O CD Mafra e o SC Farense regressam às competições do futebol profissional, depois de um hiato de três e dois anos, respetivamente.

dos grandes responsáveis do sucesso farense nesta época, equipa com a qual se retirou da carreira de futebolista, em 2014-15. No jogo de apuramento do campeão, o SC Farense não ultrapassou o Mafra, mas o objetivo principal, esse, já havia sido conseguido.

SC FARENSE Ano de fundação: 1910 Épocas da 1.ª divisão: 23 Épocas na 2.ª divisão: 5 www.ligaportugal.pt

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ESTRELAS DA LIGA NOS NA RÚSSIA

Portugal RUI PATRÍCIO: Sporting CP WILLIAM CARVALHO: Sporting CP BRUNO FERNANDES: Sporting CP GELSON MARTINS: Sporting CP RICARDO PEREIRA: FC Porto RÚBEN DIAS: SL Benfica

Argentina SALVIO: SL Benfica ACUÑA: Sporting CP Costa Rica BRYAN RUIZ: Sporting CP

LIGA NO MUNDIAL PAULA OLIVEIRA

“ENRIQUECEDOR” A

A

Liga Portugal está representada no Campeonato do Mundo na Rússia, através da Diretora de Marketing, Paula Oliveira, e do Técnico de Marketing, Paulo César Silva. Integram a equipa da FIFA e viajaram com a bagagem pronta a receber novas experiências pessoais, mas também profissionais e que possam ser benéficas para o futebol profissional português, sobretudo em termos organizativos – a Final Four da Taça da Liga será um bom exemplo disso. Paula Oliveira vai estar na equipa de hospitalidade do Mundial, que estará no Estádio do Spartak Moscovo, enquanto Paulo César Silva vai integrar a equipa da bilhética em Kaliningrado, um enclave banhado pelo mar Báltico, e que vai acolher jogos da prova mais representativa da FIFA. LIGA-TE Nº4

participação neste FIFA World Cup 2018, vem no seguimento da experiência de muitos outros eventos no âmbito da Organização de eventos desportivos. A minha experiência começou no UEFA EURO’2004 em Portugal, onde participei nas operações dos Estádios como Venue Operations durante 3 anos e foi a minha escola, tendo tido a ajuda de três profissionais da UEFA que me marcaram e toda a minha forma de estar e de trabalhar - Sharon Burkhalter-Lau, Martin Kallen e Stephanie Theinz.

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Depois do 2004, integrei a equipa de acreditação da CAN (Taça Africana de Futebol) em 2010, em Angola, trabalhando para uma empresa alemã. Seguiu-se o UEFA EURO’2012, na Polónia, como freelancer da UEFA na área de Welcome Services, onde fiz a receção

“Estas experiências fazem-nos crescer profissionalmente, mas também em termos pessoais, já que o contato com colegas de todo o mundo, fazem com que regressemos sempre muito mais ricos”

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Irão AMIR ABEDZADEH: Marítimo M.

Nigéria ETEBO: CD Feirense

Suiça SEFEROVIC: SL Benfica

México CORONA: FC Porto HERRERA: FC Porto LAYUN: FC Porto RAÚL JIMÉNEZ: SL Benfica

Perú HURTADO: Vitória SC

Uruguai COATES: Sporting CP MAXI PEREIRA: FC Porto

Sérvia ZIVKOVIC: SL Benfica

de convidados VIP e equipas na cidade de Poznan. Em 2014 estive no FIFA World Cup, no Brasil, onde fui Hospitality Venue Manager, no Estádio do Maracanã - no mítico recinto tive a oportunidade de fazer 7 jogos do Mundial, incluindo a final Alemanha – Argentina. Por último, participei no UEFA EURO’2016, em França, como Hospitality Venue Manager da UEFA, no Estádio de Lens. No seguimento destas experiências, este ano surgiu a oportunidade de ir para o FIFA World Cup 2018, na Rússia, para colaborar com a FIFA, como Hospitality Venue Manager no Estádio do Spartak em Moscovo. Estas experiências são sempre enriquecedoras a todos os níveis, não só pelas novidades que as organizações apresentam todos os anos e que nos fazem crescer profissionalmente, mas também em termos pessoais, já que o contato com colegas de todo o mundo, com as experiências mais variadas e com formas de trabalhar diferentes, fazem com que regressemos muito mais ricos. Estarei nos jogos Argentina-Islândia (16 de junho), Polónia-Senegal (19 de junho), Bélgica-Tunísia (23 de junho), Sérvia-Brasil (27 de junho) e um dos jogos dos 16 avos-de-final. _______________________________________

PAULO CÉSAR SILVA

“IMPORTANTE” É

a primeira vez que vou participar num certame do género. Vou ficar alocado a Kaliningrado, como Ticketing Venue Manager, que é basicamente a função de gestão de bilhética, tanto com os adeptos, como na vertente comercial e outros stakeholders. No fundo vou coordenar a equipa que já lá estava a trabalhar, nestes campos, e estarei a direcionar as operações e fazer a monitorização do acesso eletrónico ao www.ligaportugal.pt

estádio, não excluindo uma boa articulação que tenho que ter com a equipa de segurança. Sei que deverei ter um conhecimento profundo do Estádio de Kaliningrado, para que possa estar familiarizado com todos os caminhos e acessos, mas até ao dia do primeiro jogo isso certamente será conseguido. Dia 4 e 5 de junho, antes do arranque do Mundial, tivemos um workshop em Moscovo e foi ali que delineámos tudo o que vão ser operações durante o Mundial, nas várias áreas, como a Bilhética Corporate, Hospitalidade, Comunicação, entre outras. Tenho 20 anos de Liga e gosto particularmente do que faço, mas é inegável que vou sair mais rico desta aventura na Rússia. Levo comigo um background em termos de experiência organizacional, mas sei que vou receber, além do enriquecimento profissional que já referi, um extra que será aplicado em Portugal. Esta é também a forma da Liga 35

absorver as melhores práticas internacionais, tanto em termos de bilhética, que será onde vou estar, como em outras áreas. Serão conhecimentos muitos importantes para as competições que nós organizamos.

“Esta é também a forma da Liga absorver as melhores práticas internacionais, tanto em termos de bilhética, que será onde vou estar, como em outras áreas”

Claro que além disto, e sendo um adepto do futebol, estou contente por estar num certame do género, sabendo que vou estar presente em quatro jogos do Campeonato do Mundo, como são o Croácia-Nigéria (dia 16), o Sérvia-Suíça (dia 22), o Espanha-Marrocos (dia 25) e o Inglaterra-Bélgica (dia 28). LIGA-TE Nº4


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PRÉMIOS ANUAIS

BOLA AO CENTRO

A

s leis de um jogo de futebol ditam que este se inicia a meio do relvado, no interior do grande círculo. Pois bem, o pontapé de saída da temporada 2018-19 será dado, a 6 de julho, em Coimbra, uma das cidades centrais de Portugal. O renovadíssimo Convento de São Francisco servirá, assim, de palco ao próximo Kick-Off da Liga Portugal, no qual se vão sortear os calendários da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro e ainda da primeira e segunda fase da Allianz Cup. Após esse sorteio, serão atribuídos os prémios oficiais – desportivos e institucionais – da Liga Portugal, distinguindo, entre Sociedades Desportivas, futebolistas, treinadores e árbitros, os melhores de 2017-18. Mas não só. Aproveitando esse mesmo talento no retângulo de jogo, também o primeiro classificado da última edição da Liga NOS Virtual, a “fantasy league” do principal escalão, será premiado pela própria NOS. O organismo que gere o futebol profissional vai ainda homenagear, durante o Kick-Off 2018-19, antigos presidentes e individualidades da sua quadragenária existência, que se prepara para mais um capítulo. A história da próxima temporada começar-se-á, então, a narrar num memo-

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rioso local de Coimbra e onde a Liga Portugal terá todo o prazer em receber os representantes das Sociedades Desportivas. O Convento de São Francisco, erguido em 1602, no Séc. XVII, localiza-se na margem esquerdo do rio Mondego, tendo tido, desde então, utilidade religiosa, bélica, hospitalar, fabril e política. E agora, segue-se a desportiva. Em 1986, foi adquirido pela Câmara Municipal de Coimbra e, volvidos, mais de 20 anos, e preservando o seu aspeto primário, o executivo conimbricense ordenou, em 2010, a sua requalificação, renovando a sua utilidade. Nesse processo, surgiu um auditório ímpar a nível nacional com mais de 1000 lugares, que dará lugar à cerimónia do Kick-Off 2018-19 da Liga Portugal. Dotado de várias valências e áreas confinadas, o edifício assume-se como um espaço multifuncional de excelência para congressos, colóquios e simpósios, nacionais e internacionais, envoltos de um ambiente sereno, acolhedor e propício à reflexão. Atualmente designado como Convento de São Francisco – Coimbra, Cultura e Congressos – Património Municipal, foi reaberto em 2016 e recentemente foi o palco das duas primeiras Cimeiras de Presidentes da Liga Portugal.

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Troféu NOS Clube Fair-Play Troféu NOS Jogador Fair-Play Troféu Samsung Jogador Jovem do Ano Troféu Melhor Marcador Troféu Melhor Treinador Troféu Golo do Ano Troféu Melhor Jogador Onze do Ano: Melhor Guarda-Redes Onze do Ano: Melhor Defesa Onze do Ano: Melhor Defesa Onze do Ano: Melhor Defesa Onze do Ano: Melhor Defesa Onze do Ano: Melhor Médio Onze do Ano: Melhor Médio Onze do Ano: Melhor Médio Onze do Ano: Melhor Avançado Onze do Ano: Melhor Avançado Onze do Ano - Melhor Avançado

Troféu Clube Fair-Play Troféu Jogador Fair-Play Troféu Melhor Guarda-Redes Troféu Melhor Jogador Troféu Samsung Jogador Jovem do Ano Troféu Melhor Marcador Troféu Melhor Treinador

Liga Portugal Troféu Relvado do Ano Troféu Delegado do Ano Troféu Árbitro Assistente do Ano Troféu Árbitro do Ano Prémio Carreira Lembranças ex-Presidentes

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NOTÍCIAS

BREVES

NOVO CICLO LIGA LUTA PELO FIM DA VIOLÊNCIA NAS EQUIPAS B JUNTO DO GOVERNO A Liga Portugal está empenhada em lutar pelo fim da violência e por punições de forma exemplar quem prevaricar. Pedro Proença, acompanhado dos Diretores Executivos, Sónia Carneiro e João Martins, esteve com João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto, tendo saído deste encontro uma série de medidas a serem trabalhadas nos próximos tempos. Dias depois foi a vez de Helena Pires, Diretora Executiva da Liga, e os diretores de segurança de FC Porto, SL Benfica,

Sporting CP, SC Braga, Vitória SC e Estoril Praia, se terem deslocado à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto para debater propostas de alteração à Lei n.º 39/2009, que estabelece o regime jurídico do combate à violência no desporto. No encontro, a comitiva da Liga e dos representantes das Sociedades Desportivas manifestou total disponibilidade para colaborar com o Governo na valorização do espetáculo desportivo, através da defesa da segurança no acesso aos estádios.

A continuação do ciclo das equipas B das Sociedades Desportivas foi aprovado, em Assembleia Geral, promovendo a continuação da alavancagem da LEDMAN LigaPro, assim como a evolução dos jovens talentos portugueses. FC Porto B, SC Braga B, Vitória SC B, SL Benfica B e o Marítimo M. B inscreveram-se para o biénio 2018-2020 de participação de equipas B no segundo escalão do futebol profissional português, esperando continuar a potenciar os talentos que nascem nas camadas jovens dos seus clubes. Note-se que, na próxima época, e apesar de ter garantido a inscrição para o biénio, o Marítimo M. B não participa na LEDMAN LigaPro.

COMISSÃO DE INSTRUTORES DA LIGA FAZ BALANÇO No período compreendido entre abril e maio de 2018, foram concluídos pela Comissão de Instrutores da Liga um total de 26 processos, designadamente 13 processos disciplinares e 13 processos de inquérito. Por comparação, face aos períodos ho-

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mólogos das épocas anteriores, e tendo por referência a data de 30 de maio de 2018, verifica-se um acréscimo no número total de processos instaurados, concretamente de 41% face à época 2016-17 e de 72% face à época 2015-16.

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A 12 de junho de 2018, data da consulta dos dados para inclusão na presente notícia, a Comissão de Instrutores tinha já concluído 78% do número total de processos instaurados nesta época desportiva

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UMA ÉPOCA COM 261 REPRESENTAÇÕES

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oram 261 as representações que a Liga Portugal efetuou na última temporada, o que mostra bem a política de proximidade que é uma aposta constante da atual Direção Executiva. Pedro Proença, Presidente da Liga Portugal, foi o representante que mais representou o organismo, com 75 presenças. Até ao final de maio, e a um mês do final da temporada, a Liga Portugal esteve em 261 eventos, dos quais a maioria relacionada com jogos das competições profissionais, ou seja, Liga NOS, LEDMAN LigaPro e Taça da Liga. Esta política promete continuar e na próxima temporada, a Direção Executiva da Liga Portugal quer continuar a aproximação às entidades desportivas, mas sobretudo às Sociedades Desportivas das competições profissionais.

LIGA PORTUGAL NA ÉPOCA 2017-18 Competições Profissionais Conferência Congresso Finais competições de Clubes da FPF Gala Inauguração Jogos Internacionais da Seleção Lançamento Livro Outros Prémios e Homenagens Aniversário Cerimónia Tomada de Posse Colóquio Competições Europeias Competições Europeias Federações

LIGA PORTUGAL NAS SOCIEDADES DESPORTIVAS A. Académica

Moreirense FC

Ac. Viseu

Os Belenenses

Boavista FC

Portiminense

CD Aves

Real SC

CD Cova Piedade

Rio Ave FC

CD Feirense

SC Braga

CD Nacional

SC Braga B

CD Tondela

SC Covilhã

Estoril Praia

SL Benfica

FC Arouca

Sporting CP

FC Famalicão

Sporting CP B

FC Paços de Ferreira

Sta. Clara

FC Penafiel

UD Oliveirense

FC Porto

União da Madeira

FC Porto B

Varzim SC

GD Chaves

Vitória FC

Gil Vicente FC

Vitória SC

Leixões SC

Vitória SC B

Marítimo M.

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ENCONTROS IBÉRICOS REFORÇAM APOSTA NA INTERNACIONALIZAÇÃO Competição amigável promovida pela Liga Portugal e pela LaLiga já tem 11 equipas interessadas

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Liga Portugal e a sua congénere espanhola, a LaLiga, definiram, em 2017, a realização de jogos de preparação entre clubes profissionais ibéricos na pré-época de 2018-19, conforme estipulado no Memorando de Entendimento assinado pelos dois organismos. O formato destes jogos ibéricos consigna, pelo menos, sete encontros entre equipas

tebol profissional português quer mostrar valências além-fronteiras e nada melhor do que fazê-lo da parceira LaLiga. Do principal escalão português, Marítimo M., Boavista FC, Vitória SC, Os Belenenses, CD Feirense e SC Braga já demonstraram interesse, assim como os conjuntos primodivisionários espanhóis do Rayo Vallecano, Getafe, Eibar, Levante e Real Bétis.

e a LaLiga, oficializada em setembro de 2017, visa o intercâmbio e partilha de know-how entre os vários agentes desportivos e a interação entre as Sociedades Desportivas ibéricas. Este intercâmbio tem um objetivo concreto: “Beneficia-se da grande projeção organizacional da LaLiga, dando um passo rumo à internacionalização da nossa marca”, explicou Helena Pires,

portuguesas e espanholas da Liga NOS e da LaLiga Santander, a disputarem-se em estádios lusos entre 28 de julho e 05 de agosto, mediante a classificação em cada prova. A aposta da Liga Portugal na internacionalização é clara e este é um passo fundamental ponderado para ser dado já este verão. Numa fase de estabilidade económica, o organismo que gere o fu-

Note-se que as questões classificativas estão definidas. O desempate de cada encontro será determinado com a marcação de grandes penalidades, sendo a seleção de equipas de arbitragem da responsabilidade da Liga Portugal e as ações disciplinares semelhantes às aplicadas em jogos particulares. A cooperação entre o organismo que gere o futebol profissional português

Diretora de Competições da Liga Portugal, acrescentando que “o intuito é, também, potenciar uma alternativa de pré-época”. Após várias ações conjuntas ao nível da responsabilidade social, controlo económico, combate à pirataria audiovisual e ‘match-fixing’ (combinação de resultados), segue-se a vertente competitiva com o ‘Iberian Summer Football’.

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AGREGAÇÃO - RESPONSABILIDADE SOCIAL

APOIO À INCLUSÃO

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Responsabilidade Social é uma área que assume um papel de relevo na Liga Portugal. Com vários projetos a serem desenvolvidos, outros há que levam ao orgulho de quem diariamente, no nosso organismo, luta por valores como a partilha e a inclusão social.

e roupa desportiva, bens distribuídos em parceria com a Lacatoni, numa ação onde esteve a Diretora Executiva de Marketing da Liga, Susana Rodas, e a Gestora de Responsabilidade Social, Ana Ribeiro. O Centro Novais e Sousa acolhe, atualmente, 64 pessoas com deficiência

Taça da Liga aconteceu inclusão social! A segunda coisa que devo dizer é que a sensibilidade com que vocês, Liga, e também a Lacatoni trataram a instituição é fundamental para os nossos utentes. Bem hajam, porque muitas vezes estas pessoas são esquecidas”. _______________________________________

JOÃO COSTA

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO DA LACATONI “A Lacatoni tem um plano de Responsabilidade Social e tem atuado dentro das suas possibilidades. As empresas têm o dever de ajudar e, por isso, estamos sempre dispostos a participar em ações destas com a Liga”. _______________________________________

SUSANA RODAS

DIRETORA EXECUTIVA DA LIGA PORTUGAL “A nossa estratégia passa por um conjunto de ações que agreguem as Sociedades Desportivas, os nossos parceiros e a comunidade, de forma a chegarmos perto de quem não tem quem os proteja. O futebol é, sem sombra de dúvida, uma das atividades económicas mais fortes em termos nacionais e não se pode alienar das necessidades que a nossa sociedade ainda tem”. _______________________________________

FUTEBOL AO VIVO PARA CONTINUAR A Final Four foi palco de iniciativas de solidariedade social, como foram o caso, por exemplo, do Jogo das Lendas, Corrida do Adepto e leilões de artigos dos clubes finalistas da Taça da Liga. Durante a semana do futebol, Pedro Proença e a equipa de responsabilidade social visitaram duas instituições da cidade minhota – o Centro Novais e Sousa e a Associação Pais em Rede - que agora começam a receber os bens e serviços que solicitaram à Liga Portugal. Foi o Centro Novais e Sousa quem esteve de visita à Liga Portugal neste mês de maio, para receber diverso material www.ligaportugal.pt

mental, com idades compreendidas entre os 18 e os 54 anos, alguns deles que estiveram de visita à Liga e à exposição dos 40 anos, que durante o ano de 2018 vai marcar presença na sede. Um grupo de utentes do Centro e adeptos do futebol aqueceram o coração de quem esteve presente, proporcionando vários momentos de boa disposição. _______________________________________

LUCINDA VILAVERDE

PROFESSORA CENTRO NOVAIS E SOUSA “Antes da recolha de donativos, o importante é a inclusão deles. E com a 41

O objetivo principal do “Futebol ao vivo” passa por permitir maior acesso aos jogos do futebol profissional, em competições organizadas pela Liga Portugal, a grupos sociais vulneráveis e/ou em risco social. Neste âmbito, a Liga tem disponibilizado a algumas instituições, que se candidatam para o efeito, convites para os encontros da Liga NOS e da LEDMAN LigaPro. A campanha “futebol ao vivo” destina-se aos utentes de entidades de caráter social, públicas ou privadas e sem fins lucrativos, que tenham por objeto a intervenção social ou educação comunitária e que, neste âmbito, desenvolvam projetos próprios ou subsidiados. LIGA-TE Nº4



NOTÍCIAS

PARCEIROS

LIGA E CATÓLICA JUNTAS EM MAIS UMA PÓS-GRADUAÇÃO A parceria da Faculdade de Direito do Porto da Universidade Católica com a Liga Portugal continua de vento em popa, prova disso é a terceira edição da Pós-Graduação em Organização e Gestão no Futebol Profissional, naquela que é a única Pós-Graduação certificada pelo futebol profissional. Depois de duas edições com grande procura e um excelente feedback por parte de alunos e professores, a terceira edição aceitará candidaturas a partir de 22 de julho, encerrando a 7 de setembro. O curso conta com um corpo docente prestigiado e convidados de renome internacional, numa Pós-Graduação que abrange formação nas áreas da organização das competições profissionais, marketing, comunicação, enquadramento jurídico e, por fim, gestão e contabilidade.

JOGO PES 2019 COM NAMING DA LIGA NOS

A Liga NOS figurará no jogo Pro Evolution Soccer (PES) 2019, algo que acontece pela primeira vez na história do famoso simulador de futebol. Com lançamento previsto para agosto de 2018, o PES 2019 contará com as 18 equipas da Liga NOS 2018-19, assim como os plantéis, equipamentos e emblemas oficiais de cada uma das equipas. Para além da Liga NOS, o PES 2019 contará com os licenciamentos das principais ligas da Rússia, Argentina, Dinamarca, Suiça, Escócia e Bélgica. Esta parceria visa promover e internacionalizar as marcas dos clubes do escalão primodivisionário do futebol profissional português.

EUROBIC COM LUCROS DE 25 M€

O banco EuroBic, patrocinador oficial da Liga Portugal, alcançou um lucro de 25 milhões de euros em 2017, número que suplanta, de sobremaneira, os 23 milhões de prejuízo do ano anterior. O banco liderado por Fernando Teixeira dos Santos tinha sido alvo de penalização em 2016, fruto da reestruturação da dívida antiga do banco, algo que não aconteceu no ano que passou e fez com que o banco de raiz angolana obtivesse um registo francamente positivo. Esta valorização do banco permitiu a distribuição de 1,9 milhões de euros pelos colaboradores da empresa, a título de participação nos lucros.

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LIGA-TE Nº4


AGREGAÇÃO

VISÃO DE FUTURO E EVOLUÇÃO NO PRESENTE A Academia FC Famalicão foi inaugurada no início do mês de junho, a pensar num universo de 350 jovens que, agora, passam a ter espaços de qualidade para os treinos de futebol. Das escolas aos sub-19 todos vão lucrar

O

FC Famalicão deu um passo em frente na projeção do seu futebol jovem ao inaugurar a sua academia de futebol. O complexo desportivo, situado em Esmeriz, começou a ser construído a 3 de junho de 2017 e abriu portas um ano depois. Ali vão trabalhar todos os escalões de formação do clube, desde as escolas até aos sub-19, num universo de 350 jovens jogadores que passam, agora, a ter excelentes condições de treino. O espaço enche-se com três relvados sintéticos para futebol de sete, de nove e de 11, e conta ainda com um recinto coberto para o futebol de cinco. Além disso, a Academia FC Famalicão conta com balneários para 12 equipas, bem como espaços de estudo e de lazer, entre outros. A Academia FC Famalicão foi inaugurada pelo Presidente do clube famalicense, Jorge Silva, pelo Presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, pelo vice-Presidente da Federação Portuguesa LIGA-TE Nº4

de Futebol, Hermínio Loureiro, pelo Presidente da Associação de Futebol de Braga, Manuel Machado e por Paulo Cunha, Presidente da Câmara Municipal de Famalicão. Pedro Proença, salientou a importância da formação dos jovens talentos portugueses, assim como a “visão estratégica das Sociedades Desportivas naquilo que deve ser o futebol profissional”. “O investimento em infraestruturas são fundamentais para a alavancagem do futebol. A aposta no jovem jogador português é, e deve ser, o futuro próximo do futebol. Parabéns ao Famalicão”, afirmou o líder da Liga Portugal. Já para Jorge Silva, Presidente famalicense, a construção desta Academia 44

tem uma “tremenda importância não só para o clube, mas também para a cidade”, potenciando a envolvência das 49 freguesias do concelho, com base nas elevadas condições logísticas e de apoio ao desenvolvimento dos atletas enquanto jogadores e enquanto pessoas. Também Nuno Moreira, coordenador do departamento de formação do FC Famalicão, em declarações à Liga TV, enfatizando a importância a “evolução do nível de condições para as camadas jovens” famalicenses, elogiando a qualidade, o conforto e as condições de trabalho que as equipas do clube passam, agora, a ter.

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AGREGAÇÃO

350 JOVENS ATLETAS

recebem formação na Academia FC Famalicão, que tem capacidade até 500 jogadores. Das escolas aos sub-19

TRÊS RELVADOS

de piso sintético, e uma bancada para 500 espectadores num dos campos

12 OS NOVOS BALNEÁRIOS

da Academia FC Famalicão: quatro para futebol de cinco, e oito para as diferentes equipas de futebol de 7, 9 e 11, mais quatro para as equipas de futebol de 5. O espaço tem ainda um departamento médico, zonas de estudo, de lazer, a loja do clube, ginásio, auditório e residência para jogadores. E, claro, os gabinetes técnicos www.ligaportugal.pt

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LIGA-TE Nº4


AGREGAÇÃO

ASSISTA À REPORTAGEM COMPLETA NA LIGA TV

DANIEL ARAÚJO

EQUILÍBRIO E MATURIDADE À ESPERA DA PROFISSIONALIZAÇÃO LIGA-TE Nº4

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s apenas 14 anos de idade de Daniel Araújo, famalicense de gema, fazem-no sonhar e dão <asas à vontade de querer “alcançar muitos objetivos” no FC Famalicão. Afinal, representar o clube da cidade é um “sonho de pequeno” e, por isso, são de felicidade os dias que o médio vai vivendo.

AGREGAÇÃO terminou, e enquanto iniciado de 1.º ano, atuou pelos sub-15, dado “o compromisso, a liderança e a inteligência tática” que foi demonstrando em campo. “Apresenta condições para chegar ao departamento profissional do clube. É muito equilibrado desportiva e socialmente, e, além disso, tem uma postura fantástica e bons resultados escolares”,

menos, a opinião de Daniel, que ambiciona evoluir “ainda mais com as condições” do recente complexo desportivo famalicense. Mas mostra um espírito altruísta ao revelar ter a esperança que “todos (os companheiros) evoluam” tanto quanto ele. Também Nuno Moreira, coordenador de formação do clube, sustenta a von-

É dos maiores adeptos do FC Famalicão e isso é revelado logo ao entrar na casa do pequeno Daniel Araújo. É um aluno de destaque e refugia-se muitas vezes no quarto, revestido a azul, onde estuda e sonha com o dia em que vai representar o clube ao mais alto nível

Foi em plena escadaria da emblemática Casa de Camilo, edifício em honra a Camilo Castelo Branco, escritor português do séc. XIX, que Daniel começou por demonstrar querer subir os degraus do futebol. Sempre com uma bola nos pés. O “promissor” futebolista já cumpriu, “com grande orgulho”, seis anos de “símbolo do Famalicão ao peito”, representando aquela que diz ser a sua “segunda família”. Um sentimentalismo repercutido também em casa. Num quarto devidamente revestido com as cores do clube, uma característica também própria da idade, Daniel vai preparando diariamente o sucesso que tem na escola. Por ali existem fotografias, quadros, posters e cachecóis do FC Famalicão e um “troféu” que exibe de brilho nos olhos. Não se trata de uma Taça, mas da primeira camisola de tons azul claro e branco que vestiu. Está assinada e guardada carinhosamente. Atualmente, o jovem centrocampista pertence ao escalão de sub-14, e é habitualmente o capitão. Na época que www.ligaportugal.pt

elogia Tiago Pinto, treinador dos sub-15. O técnico julga que a “maturidade apresentada” por Daniel, portador do “ADN famalicense”, é fruto de uma simbiose. “Técnica, comunicação, saber estar e levar a sério o futebol”, releva, acreditando que são estes os ingredientes necessários” para se tornar num futebolista “conceituado”. Sendo o futebol um desporto coletivo e, naturalmente, interativo, e “estando cada jogador dependente de outro”, Daniel ganhou também neste campo, já que foi revelando uma “forte amizade” com os demais companheiros, grande parte deles colegas de escola. “A relação com eles é fantástica, fazendo um trabalho excecional em termos de união de grupo”, confirma o treinador Tiago Pinto. Essa conexão terá, agora, continuidade na nova Academia FC Famalicão, inaugurada a 02 de junho, naquela eu foi uma “boa ideia do clube” e que possibilitará aos jogadores desenvolverem todas as suas qualidades. É este, pelo 47

tade do jovem médio, a quem deixa alguns elogios: “É um jogador com muito equilíbrio e permite que outros possam sair valorizados”.

A SONHAR COM O FUTURO

Daniel é uma criança que gosta de viver em comunidade e isso deve-se muito à realidade que vive diariamente. O respeito para com aqueles que atuam a seu lado estende-se, igualmente, “aos adversários e equipas de arbitragem”, atitude que o pai Porfírio Araújo normalmente incentiva. “O conselho que lhe tenho dado é de ser humilde, principalmente no futebol. Faz muita falta”, frisa, algo emocionado. Porém, falta de vaidade não representa falta de ambição. O progenitor tem o “sonho” de ver, um dia, Daniel a jogar ao mais alto nível em solo português. Tal pai, tal filho, pois, também o jovem jogador pretende “representar, um dia, o FC Famalicão” ao mais alto nível, que é como quem diz, “nas competições da Liga Portugal”. LIGA-TE Nº4


AGREGAÇÃO

“APOSTA NA FORMAÇÃO” “Aqui aprendemos a ser. Crescemos com os ensinamentos (…)”. Inscritas numa das paredes da nova Academia FC Famalicão, estas palavras, que principiam o lema do clube, vão ser lidas, vezes sem conta, pela maioria de 300 jovens atletas, distribuídos por sete escalões, a partir da próxima temporada. O jovem Daniel mostra interiorizar essa divisa. E com orgulho. Sem esquecer a “raça e a paixão” quando enverga a camisola famalicense, com o desejo de vencer “sempre”, o próprio reconhece a transversalidade de valores sociais ao futebol, como a “entreajuda e a solidariedade”. São fatores dos quais não abdica e, por isso, são “aplicados no quotidiano” do jovem jogador. O dia-a-dia do FC Famalicão, esse, não será mais o mesmo depois da edificação do recente complexo desportivo do clube. Futuro auspicioso? Nuno Moreira, coordenador da formação do FC Famalicão, que está “honrado e orgulhoso” por este investimento, não duvida disso mesmo. “Estas condições de treino vão elevar muito a qualidade do processo de ensino e a aprendizagem deles”, afirma, definindo o objetivo das mesmas: “Levar, cada vez mais, jogadores para o futebol profissional”, destaca, sem qualquer tipo de problemas. A implementação de diferentes procedimentos de treino, a adição de departamentos de suporte ao rendimento desportivo e, obviamente, a ligação escolar visam, com um “maior conforto”, possibilitar a formação “integral” dos futebolistas da ‘cantera’ famalicense,

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trela do futebol português no interior das quatro linhas “é bem mais alta” com as “melhores condições” da nova academia. As etapas de crescimento, essas, vão cumprir-se com calma.

que já mostra valor. Note-se que em 2017-18, as equipas de sub-13 e de sub16 sagraram-se campeões da Associação de Futebol de Braga. Certo é que tanto jogadores como staff técnico, todos ficam a ganhar com a Academia FC Famalicão, sendo este “um sinal claro do clube na aposta da sua formação”. “Eles aprendem com pessoas qualificadas e experientes, permitindo-lhes ser melhores. Mas nós também, através da sua própria evolução”, frisa Nuno Moreira. À semelhança do formato de uma bola, a secção de formação do FC Famalicão idealiza um crescimento global dos atletas, tanto no relvado como no ‘jogo da vida’, fazendo parte obrigatória da metodologia clubística o acompanhamento de cada ano letivo. Um exemplo disso é a parceria com o Agrupamento Escolar Júlio Brandão, limítrofe ao estádio do clube. “Quanto mais próximos eles estiverem, maior interação existe com a realidade escolar e familiar. É nosso papel também fornecer ferramentas para poderem singrar”, assume o coordenador da formação do emblema nortenho. Segundo Nuno Moreira, o juvenil Daniel “apresenta características desportivas e de cidadania importantes” para que possa vir a atingir um patamar elevado, estando inclusive “referenciado” pelo potencial que vem revelando. Depositando-lhe o clube “bastante confiança”, o coordenador do FC Famalicão alerta para “todas as variáveis neste processo”, embora reconheça que a probabilidade de nascer uma es-

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LIÇÃO DE FUTEBOL À MESA

Deni Hocko, médio montenegrino, de 24 anos, é o jogador favorito de Daniel entre todos os que estão no principal plantel do FC Famalicão, sobretudo pela “personalidade” que tem, mas também por, em campo, não dar “nenhum lance como perdido”. O futebolista profissional, que está a desfrutar de um período de férias após a última temporada, não deixou de agradecer a Daniel pela eleição. Através de um vídeo, combinou almoçar com o seu maior fã, assim que regressar a Famalicão, para preparar a época 2018-19. Antes de terminar o vídeo, que está disponível para ser visto através da Liga TV, Deni Hocko fez questão de deixar palavras de alento e incentivo ao pequeno Daniel, para que este se motive ainda mais para o futuro imediato. Dentro e fora do relvado. www.ligaportugal.pt


JOSÉ PEIXE

VENCEDOR DA LIGA NOS VIRTUAL

O adepto benfiquista nunca deixou de contar com os imprescindíveis Bruno Fernandes e Alex Teles

C

omo foi a experiência de participar na Liga NOS Virtual? Foi uma experiência espetacular! Participo desde a 1.ª época e continuo a desfrutar. Claro que existem sempre aspetos a melhorar. E existem também algumas questões com as regras que podem tornar o jogo ainda mais interessante. Estava à espera de ganhar? Sim e Não. Quem participa tem sempre a esperança de ganhar. No entanto, sabemos que por vezes uma falha de análise pode deitar a perder toda a época. Perdia muito tempo a escolher os jogadores? Nem por isso. Claro que a partir do último jogo da jornada fazia uma análise dos castigados e lesionados para a próxima jornada. Depois, no dia do 1º jogo da jornada, perdia algum tempo a verificar se os lesionados tinham recuperado e a prever uma eventual surpresa na jornada que os outros concorrentes não tivessem previsto. www.ligaportugal.pt

Divertia-se muito todas as semanas a jogar da Liga NOS Virtual? Sim divertia-me muito. A partir do momento em que cheguei ao 1º lugar o divertimento deu lugar a algum stress, pois o objetivo passou a ser manter o lugar. Claro que agora é fácil falar, mas se não tivesse ganho divertia-me na mesma embora de forma diferente. Debatia a sua equipa (substituições, etc…) com amigos? Tentei sempre, no inicio e ao longo da época, chamar alguns amigos para o jogo. Também discutimos algumas substituições e foi engraçado verificar que as origens clubistas eram postas de parte conforme os nossos interesses no jogo. Saliento que sou adepto do Benfica mas o Bruno Fernandes e o Alex Teles tiveram sempre prioridade na minha equipa. A partir do momento em que cheguei ao 1.º lugar passei a dedicar mais algum tempo à preparação da equipa e menos ao convívio. Mas no próximo ano cá estaremos prontos para os almoços. 49

“EXPERIÊNCIA ESPETACULAR”

AGREGAÇÃO

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AGREGAÇÃO

Q MARÍTIMO M Fundação: 20/09/1910 (107 anos) Estádio do Marítimo Inaugurado em 1957 Lotação: 10.565 lugares

PALMARÉS

1 Campeonato de Portugal (1925-26) 2 Títulos da II Divisão (1976-77 e 1981-82) LIGA-TE Nº4

ual o momento mais marcante para si, desde que assumiu a direção do clube? Desde as participações europeias, à presença na final da Taça de Portugal e nas finais da Taça da Liga mas, sobretudo, a construção do Complexo Desportivo e do Estádio do Marítimo. Complexo Desportivo por onde passam diariamente centenas de utentes, já que o mesmo inclui diversas valências, como é exemplo um ginásio de alta qualidade, o Maddfitness, aberto à comunidade. Mas, neste aspeto, destaco algo que é único em Portugal, pois o Complexo Desportivo do Marítimo conta com um colégio, o Colégio do Marítimo, que abarca crianças desde meses de idade até aos 10 anos, ou seja, até ao quarto ano de escolaridade. É algo que nos 50

deixa, efetivamente, orgulhosos. Como também é com orgulho que podemos afirmar que contamos com um Estádio de futebol que é muito mais do que isso, na medida em que apresenta outras valências, apontando-se para um estádio comercial, numa zona nobre da cidade do Funchal e que, na sua componente desportiva, possibilita o treino de outras modalidades para além do futebol, como são os casos do futsal, da patinagem de velocidade, do atletismo e do ténis-de-mesa. Um Estádio que vai muito além da sua utilidade de 15 em 15 dias para a realização de um jogo de futebol, e tem uma atividade diária muito significativa. O que diferencia o Marítimo M. dos demais? A mística dentro de uma fortaleza e o representar de uma Região: único de www.ligaportugal.pt


AGREGAÇÃO

CARLOS PEREIRA | PRESIDENTE MARÍTIMO M.

“MARÍTIMO SERÁ MUITO DIRECIONADO À INTERNACIONALIZAÇÃO"

Fala com orgulho do clube que lidera e que representa uma Região. Presidente do emblema do Funchal enaltece o passado, mas realça o presente e os projetos existentes. Um deles é o Colégio do Marítimo, para crianças até aos 10 anos

uma região insular até à autonomia que foi capaz de ser campeão de Portugal. O Club Sport Marítimo da Madeira foi, recorde-se, pioneiro nas participações regulares num campeonato nacional de futebol, o primeiro clube fora do espaço continental português a fazê-lo. Apresenta no seu historial, com muito orgulho, a primeira presença de um clube fora do espaço continental português a ascender ao primeiro escalão do futebol português, já no longínquo ano de 1977. Foi, ainda, o primeiro clube fora do espaço continental português a participar numa competição europeia. Foi, também, o primeiro, e único até ao momento, clube fora do espaço continental português a participar numa final da Taça de Portugal. Foi, igualmente, o primeiro, e único até agora, clube fora do espaço continental português a eswww.ligaportugal.pt

tar presente na final da Taça da Liga. Como vê o clube daqui a cinco anos? Um clube que está no coração de uma cidade, no coração de uma Região, com capacidade de crescimento comercial e muito direcionado à internacionalização. Quais os grandes objetivos do Marítimo M. para a nova temporada? Os objetivos do Marítimo da Madeira, Futebol SAD para a nova temporada de 2018-19 são os habituais: lutar pela presença na final da Taça de Portugal, sabendo as dificuldades que tal acarreta e que muitas vezes tem a ver com o sortilégio do sorteio, e também procurar ser apurado para participar numa prova europeia. Sabemos que existem equipas com outros argumentos, nomeadamente financeiros, mas é nossa obrigação, pelo passado e por 51

representarmos uma Região, lutar por essa meta, como tem acontecido nas últimas épocas. Que passos podem ser dados para promover uma maior sustentabilidade e competitividade da competição? Recuperar a moldura humana perdida, começando pelas escolas e encontrar os players internacionais para que o pequeno Portugal fique ligado ao Mundo, de forma a que a competitividade seja mais equiparada ao mundo europeu. Complete a seguinte frase: tendo como marca que o distingue o talento, o futebol português deve, a médio/longo prazo caminhar para… ... a credibilidade a caminho da

sustentabilidade.

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AGREGAÇÃO

HORÁCIO BASTOS | PRESIDENTE DO UD OLIVEIRENSE

“SOMOS GUERREIROS E LUTADORES” Fala de um clube de pessoas unidas e com tradição em várias modalidades. Líder da UD Oliveirense antevê um futuro sólido e revela ter metas bem claras

Q

UD OLIVEIRENSE Fundação: 25/10/1922 (95 anos) Estádio Carlos Osório Inaugurado em 1932 Lotação: 1435 lugares

PALMARÉS

2 Títulos da II Divisão (2001-02 e 2007-08)

1 Título da III Divisão (1957-58)

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ual o momento mais marcante para si, desde que assumiu a direção do seu clube? Um momento apenas é sempre uma escolha injusta para com todos os outros. Mas, não esquecendo a Final Four da Taça da Liga e a subida à LEDMAN LigaPro na época passada, creio que garantir a manutenção entre as equipas profissionais na próxima época é um enorme feito. O que diferencia o UD Oliveirense dos demais? Somos historicamente um clube de pessoas muito unidas. Aliás, no nosso nascimento, há 95 anos um grupo de pessoas gritou vivas à União como forma de celebrar a criação do clube em Oliveira de Azeméis. Em campo, seja no Futebol, no Basquetebol ou no Hóquei em Patins somos guerreiros e lutadores. É a nossa marca e identidade porque não temos os argumentos financeiros dos grandes clubes mas queremos igualá-los no desempenho. Como vê o clube daqui a cinco anos? Vejo-o bem e projeto um futuro sólido para a Oliveirense. Somos ambiciosos e temos metas bem claras. Queremos e vamos estar a jogar no nosso Estádio Carlos Osório, vamos ter uma SAD con-

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solidada e, desportivamente, estamos a projetar a subida à Liga NOS nesse período de tempo. Não prometo que é o que vai acontecer mas garanto empenho, dedicação e decisões ponderadas e sempre centradas no melhor para a Oliveirense. Quais os grandes objetivos do UD Oliveirense para a nova temporada que se avizinha? Solidificar a presença na LEDMAN LigaPro e garantir a melhor classificação possível. Praticar o bom futebol que nos caracteriza e, sem dúvida alguma, jogar outra vez em casa e sentir os nossos adeptos. Que passos podem ser dados para promover uma maior sustentabilidade e competitividade da competição? Defendo que devemos manter os 18 clubes que fazem parte da LEDMAN LigaPro. Criar mais receitas e fortalecer o naming da competição. Complete a seguinte frase: tendo como marca que o distingue o talento, o futebol português deve, a médio/longo prazo, caminhar para ... ... A centralização dos direitos televisivos e a promoção nacional e internacional da marca Liga Portugal.

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AGREGAÇÃO

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LIGA-TE Nº4


AGREGAÇÃO Por Duarte Gomes

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Mundial de 2018 arrancou e está agora na reta final da fase de grupos. A maior competição de seleções do planeta marcou também a estreia oficial do vídeo-árbitro. Após dois anos de testes offline e online - feitos também em Portugal - o projeto foi aprovado e plasmado nas leis de jogo para a nova época desportiva, pelo que, a partir de agora, já não há a rede de se estar em

À legalidade dos lances que resultem em golo, às decisões passíveis de pontapé de penálti (por assinalar ou mal assinalado), às situações passíveis de expulsão com cartão vermelho direto (por exibir ou mal exibido) e à troca de identidade disciplinar de jogadores (cartões mostrados ao atleta errado ou necessidade de identificar aquele que deve ser corretamente sancionado). ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

VAR OFICIALIZADO NO MUNDIAL

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2. Uma grande equipa de vídeo-árbitros tem dado apoio aos árbitros e assim continuará a fazer, nos restantes 64 jogos deste torneio. Para que conste, nesta prova estão 99 árbitros (incluindo árbitros assistentes e VAR's), provenientes de 46 países. Por cada jogo, são indicados 9 elementos. É, sem dúvida, a maior de todas as equipas. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 3. Aqueles que desempenham as funções de VAR trabalham a partir de um

Foto © FIFA

fase embrionária ou de pura experiência. O atual Comité Executivo da FIFA, desde sempre forte apoiante das novas tecnologias, decidiu apostar todas as fichas, utilizando a mais inovadora tecnologia ao serviço do futebol no Campeonato do Mundo da Rússia. ara que o risco fosse reduzido ao máximo, nada foi deixado ao acaso. Nesse sentido, e por tratar-se de uma mudança de paradigma na sua forma de atuar, o treino dos árbitros começou muitos meses antes do início da competição. Realizaram-se vários seminários em muitos países. Os recursos técnicos foram também selecionados com rigor e critério. Tudo foi testado e preparado até à exaustão. Caso ainda não tenha percebido como tem funcionado - e como se espera que continue a funcionar - esta ferramenta, deixo-vos com algumas das diretrizes-chave definidas para esta competição. Comecemos pelo essencial: –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1. O protocolo que está a ser agora utilizado é exatamente o mesmo que foi usado ao longo da fase de testes. O mesmo que todos nós conhecemos, por cá. Apenas quatro situações de jogo podem ser analisadas, quando o erro ou potencial erro do árbitro em campo for claro e evidente. A que me refiro?

único local, o IBC, em Moscovo. É lá que está montada uma sala de vídeo-operações, especialmente criada para este efeito. E é de lá que acompanham, à distância (nalguns casos, bem à distância), todas as incidências ocorridas nos 12 estádios onde decorre a competição. Convém recordar que, tal como na fase de testes, o VAR não toma qualquer tipo de decisões. Limita-se a apoiar o árbitro no processo de decisão, recomendando o que entende ser mais adequado, dentro dos lances protocolados. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 54

4. Em cada partida, os vídeo-árbitros terão acesso a um número significativo de câmeras (33 ao todo), sendo 8 de "ultra slow-motion" e duas dedicadas, em exclusivo, às situações de fora de jogo. A ligação será feita através de cabos de fibra ótica (garantia de velocidade e qualidade) e as comunicações entre a equipa de arbitragem asseguradas por sofisticados sistemas de rádio (devidamente encriptados). As restantes imagens disponíveis, por exemplo as que são filmadas por helicópteros ou que focam as bancadas, não serão enviadas para a sala de operações, por serem irrelevantes no processo de decisão. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

AGORA POR PARTES

• A FIFA selecionou 13 árbitros - todos internacionais - para aquela função específica. Nesse lote, estão incluídos os portugueses Artur Soares Dias e Tiago Martins. Para além deles, também alguns dos árbitros e árbitros assistentes presentes no Mundial nessa qualidade, podem desempenhar essa função. • Em cada jogo, há uma equipa composta por quatro vídeo-árbitros: o principal e três assistentes. Na prática, um VAR e três AVAR. • Além deles, cada jogo conta ainda com quatro técnicos, que estão encarregues de selecionar as melhores imagens: dois escolhem as câmaras que melhor captem o lance em análise, ao passo que os outros dois têm por missão definir os melhores ângulos de apoio à decisão. • O VAR é responsável por seguir o jogo no écran principal (colocado à sua frente) e verificar se há incidentes, dentro dos quatro protocolados, que justifiquem a sua intervenção.

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AGREGAÇÃO

A SABER Foto © FIFA

• Tal como já acontecia e provavelmente continuará a acontecer na Liga NOS, a FIFA mantém a recomendação face aos lances que devem ser revistos, em campo, pelo árbitro e aqueles cuja indicação este deve aceitar de imediato, de forma a que se perca menos tempo.

1. Lances de interpretação, mais dúbios ou subjetivos são para rever junto ao relvado: por exemplo, faltas cometidas pelo atacante antes de um golo (questão da intensidade) ou fora de jogo em que um atacante interfira com a ação do defesa;

Foto © FIFA

Foto © FIFA

Os restantes três elementos têm várias missões de apoio: um continua a ver o jogo enquanto o VAR verifica um lance (nada pode escapar e não raramente os lances sucedem-se quase em simultâneo); outro está encarregue de avaliar, em exclusivo, os foras-de-jogo; o último tem a tarefa de transmitir ao operador televisivo a decisão final do árbitro, bem como de garantir a qualidade de comunicação entre a equipa em campo e o VAR. • Uma das novidades é a interação com o público. As alterações das decisões que resultem de recomendação do VAR, são comunicadas pelo operador, pelos comentadores e através de "infotainment", ou seja, através dos ecrãs gigantes que estão em cada estádio.

DOIS PONTOS MENOS PARA REFLETIR 1. Por vezes, excesso de informação gera confusão. Quanto mais imagens disponíveis e quanto mais pessoas a tentar ajudar, mais possibilidades de se criarem problemas. Esperemos que não seja aqui o caso. 2. Quatro VAR estão na mesma sala exígua. Podem ser de países diferentes, com culturas desportivas e idiomas distintos. Está certo que todos dominam o inglês, mas decidir sob pressão no menor tempo possível requer serenidade e entendimento absolutos. Que essa barreira não seja, de facto, um barreira de verdade. www.ligaportugal.pt

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––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 2. Lances factuais, evidentes e objetivos são para aceitar, de imediato, a recomendação do VAR: por exemplo, posição adiantada de um jogador que marque golo ou penálti que resulte de uma bola cruzada claramente fora da linha de baliza. ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Nota final para a estreia de uma linha tecnológica que pretende auxiliar o VAR na análise dos foras-de-jogo. A dificuldade para encontrar um sistema credível foi finalmente ultrapassada através da criação de um sistema virtual (que recorre a imagens 3D), que conseguiu provar-se como eficaz e, diz-se, infalível. Grosso modo, a solucão passou por cruzar um conjunto de linhas virtuais (criadas por um minucioso software informático), com as imagens facultadas pelos operadores. Obstáculos como desvios dos ângulos das câmaras, lentes distorcidas ou curvatura do terreno de jogo (concavidade) ficaram para trás. Como se percebe, nada foi deixado ao acaso. Neste Mundial, o VAR tem todas as condições logísticas, operacionais e humanas, para ter balanço final bem positivo. Essa é a expectativa da FIFA, dos vários parceiros tecnológicos e dos próprios árbitros, que tal como o futebol, são também beneficiários diretos desta medida. LIGA-TE Nº4


AGREGAÇÃO: PORTUGUESES LÁ FORA

JOÃO PEDRO ARAÚJO

“PORTUGUESES

ENTRE OS MELHORES DO MUNDO”

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os 29 anos foi o mais jovem diretor clínico de um clube em competições de clubes da UEFA, então ao serviço do SC Braga. O que mudou desde então? Tive a sorte de receber esse convite, na sequência de cinco temporadas no futebol de formação e da equipa B do SC Braga. Não era normal esse tipo de oportunidades serem dadas a profissionais tão jovens mas, nessa altura, a estrutura liderada pelo Presidente António Salvador e pelos Diretores Rui Casaca e Carlos Freitas, mostrou a coragem para apostar num profissional jovem. Nesse momento, já se assistia a uma mudança de paradigma nos Departamentos Médicos, começando a dar-se lugar a médicos especialistas em reabilitação e medicina desportiva, após um tempo em que eram comuns os profissionais mais generalistas. Desde então, e do ponto de vista pessoal, a minha evoluLIGA-TE Nº4

Do SC Braga para o Mundo. João Pedro Araújo passou também pelo Al Ahli, Al Jazira FC e, agora, está no Mundial como Diretor clínico do Irão de Carlos Queiroz. Com Ruben Ferreira (fisioterapeuta) na equipa, o médico orgulha-se de um nova geração que está a nascer. ção profissional tem sido constante e gradual. Em 2013 tive a oportunidade de ingressar num projeto internacional – Al Ahli FC, nos Emirados Árabes Unidos – continuando o meu percurso na liderança de departamentos médicos, experiência que reconheço como muito enriquecedora, quer do ponto de vista pessoal como profissional. Apesar da qualidade do futebol jogado ser inferior ao praticado na Liga Portuguesa, os recursos disponíveis permitem abordagens de reabilitação state-of-the-art, proporcionando uma grande evolução profissional. Estar exposto a esta oportunidade, portanto, tem vindo a garantir um retorno fantástico ao nível da experiência. Existe uma certa perceção de que os países daquela zona – e em particular os Emirados Árabes Unidos – não garantem mais do que um certo comodismo profissional, ou até uma vida de lazer, mas a realidade é precisamente a 56

aposta: estamos sujeitos a um ambiente de trabalho que fomenta o desenvolvimento das nossas competências e até a nossa proatividade. Daí que em 2015, juntamente com os fisioterapeutas Paulo Barreira (ex-Liverpool FC e atual fisioterapeuta do Arsenal FC) e Ruben Ferreira (ex-SC Braga e atual fisioterapeuta do Al Jazira SC), tenha fundado um projeto, o Football Medicine, que acabou por ganhar dimensão internacional e que, no ano de 2017, acabou por ser premiado como o 15º melhor website mundial de pesquisa de informação relativa a Medicina Desportiva. Creio que tudo isto ajudou a que, em 2015/2016, rumasse a Sul, para liderar novamente outro Departamento Médico, desta vez no Al Jazira SC, em Abu Dhabi. Entretanto, abraçou um novo projeto… Num encontro fortuito em viagem pela região, tive a felicidade de conhecer o Professor Carlos Queiroz, que mais tarde www.ligaportugal.pt


AGREGAÇÃO: PORTUGUESES LÁ FORA me endereçou um convite para colaborar com o Departamento Médico da Seleção Nacional do Irão, no Campeonato do Mundo de 2018 na Rússia. Estamos em pleno estágio e a toda a experiência está a mostrar-se igualmente muito enriquecedora, tanto do ponto de vista profissional como pessoal. Em termos de mudança ao nível da Medicina Desportiva/Departamentos Médicos, diria que, desde essa fase em que tinha 29 anos (2008), a evolução foi exponencial. Hoje, o conhecimento maior nas áreas da medicina desportiva e das ciências do desporto, sustenta uma melhoria significativa nos resultados da reabilitação. Assistimos a grandes mudanças na forma de tratar, abordar e gerir os atletas. Diria mesmo que medicina desportiva praticada nesses tempos (2008) está hoje totalmente “obsoleta”. Esta evolução nos departamentos médicos só reforça ainda mais a tese de que a visão e estratégia dos dirigentes desportivos, em apostar em profissionais jovens e pró-ativos, com especialização relevante para a prática da Medicina Desportiva foi e será, sem dúvida, uma aposta ganha. Há uma nova mentalidade no futebol e cada vez mais os médicos são chamados a participarem na planificação dos treinos. Em que medida esta integração é importante? Como disse anteriormente, a área das ciências no desporto teve um crescimento exponencial. Esse crescimento veio beneficiar em muito os profissionais de Medicina Desportiva uma vez que, a título de exemplo, é hoje possível saber-se exatamente qual a carga imposta a um atleta durante os treinos e/ou jogos, em termos carga externa (ex. distância total percorrida ou em ações de sprint) e também de carga interna (resposta fisiológica do atleta ao exercício). Estas cargas podem até ser avaliadas por meio de questionários, que enquadram todos dados e variáveis da avaliação clínica diária do atleta. A informação recolhida vem permitir categorizar os atletas em termos de risco de lesão, dada a carga a que estão sujeitos durante a competição ou treinos. Desta forma, e sabendo nós que muitas das lesões, especialmente as lesões de não-contacto, têm uma grande associação com a forma como a carga dos treinos é imposta aos atletas, de uma forma mais ou menos natural o Departamento Médico passou a ser também influente, por via do aconselhamento, no processo de treino. Isto excluindo obviamente todo o www.ligaportugal.pt

conteúdo tático ou técnico, mas focando-se somente nos aspetos relacionados com a saúde/prevenção de lesões de forma a contribuir para uma maior disponibilidade dos atletas para treino e jogo. Em consequência, a interação com os treinadores assume-se como um ponto fulcral. A profissão de treinador de futebol é extremamente exigente, onde o processo de tomada de decisão ou de aconselhamento deve integrar uma

série de variáveis (preocupações com treino, análise, comunicação, disponibilidade dos atletas para jogo/treino, etc.), sendo por isso decisivo estar integrado num grupo forte, sólido, capaz de cultivar confiança e delegação de responsabilidades. No ano passado, um estudo científico publicado numa revista de referência mostrou o poder das relações interpessoais nos clubes de futebol. Desse estudo, concluiu-se que as equipas onde os treinadores e médicos têm uma relação de empatia e confiança maior, a incidência de lesão é menor. Daí poder dizer-se que as equipas sem esta qualidade correrem sérios riscos de alcançarem piores resultados desportivos. Ou seja, este estudo vem mostrar a importância de uma relação de proximidade, confiança, respeito e trabalho de equipa entre staffs técnico e médico dos clubes de futebol. Estando num país com muito calor, sobretudo no verão, e com elevada percentagem de muçulmanos, há cuidados adicionais a ter durante a preparação? Existem alguns cuidados especiais a ter, essencialmente nos meses mais quentes, tais como: durante os treinos, pausas mais frequentes para hidratação; durante os jogos, paragens específicas para hidratação e arrefecimento (habitualmente com toalhas com água gela57

da); modificam-se os horários tendo em conta as condições meteorológicas. No que respeita a religião, os cuidados relacionam-se mais com o período de Ramadão em que os horários dos treinos se deslocam para o período da noite; existe também um ajuste das cargas de treino tendo em conta a exigência fisiológica desse período. Que opinião tem do futebol português à distância? Prefiro falar dos pontos positivos, nomeadamente a qualidade evidenciada pelos atletas e treinadores portugueses, bem como a qualidade das estruturas de suporte aos atletas. Na minha área devo destacar de forma muito evidente a qualidade dos fisioterapeutas portugueses: tendo já trabalhado com fisioterapeutas de diversas nacionalidades, posso constatar que os portugueses estão seguramente entre os melhores do Mundo, e a prova disso é a crescente exportação dos nossos profissionais para outros campeonatos e federações internacionais. Tem saudades? Gostava de regressar? Como qualquer português emigrante, sinto saudades do meu país, embora não viva angustiado a pensar no regresso. Apesar disso, sinto que o regresso está próximo, certamente para continuar a fazer o que tenho feito nos últimos 15 anos, que é o trabalho na Medicina Desportiva no Futebol. Para além de uma paixão, é a área em que tenho desenvolvido mais competências.

FFIRI

PALMARÉS

36º Ranking FIFA (31 maio) 3 Taças da Ásia (1968 / 1972 / 1976) 5 Presenças no Mundial (14º lugar/1978) 3 Presenças nos JO's (1/4 final/1976) LIGA-TE Nº4



FICHA TÉCNICA

LIGA-TE: EDIÇÃO 004 DIREÇÃO: Pedro Proença EDITORA: Vanda Cipriano REDAÇÃO: António Barroso, Pedro Bessa, Nuno Teixeira e Hugo Lopes FOTOGRAFIA: Hernani Pereira, Gualter Fatia e Pedro Trindade DIREÇÃO COMERCIAL E PATROCÍNIOS: Susana Rodas DESIGN E PAGINAÇÃO: Adriano de Carvalho IMPRESSÃO: Greca - Artes Gráficas TIRAGEM: 800 exemplares PERIOCIDADE: bimestral


Rua da Constituição 2555 4250-173 PORTO

T: +351 228 348 740 www.ligaportugal.pt


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