Biografia de antonio callado

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BIOGRAFIA DE ANTONIO CALLADO

VIDA: Antonio Carlos Callado nasceu em Niterói, sendo filho de uma família de alta classe média. Seu pai, que era médico, sofria de tuberculose pulmonar e mudou-se com a família para Petrópolis, em busca de um clima mais saudável, mas veio a falecer em 1928, fato que obrigou Callado a trabalhar desde cedo como jornalista. Mesmo assim, o futuro romancista continuou seus estudos, formando-se em Direito alguns anos depois. Sua carreira profissional, no entanto, deu-se na imprensa: passou de repórter a redator-chefe do extinto Correio da Manhã. Em 1941 foi para Londres e lá exerceu a função de correspondente de guerra da BBC, emissora na qual permaneceu por vários anos. Em 1947, retornou ao Brasil e à redação do Correio da Manhã. Viajou por muitos lugares, entre os quais o Nordeste, o Xingu, Cuba, o Vietnã, sempre produzindo reportagens de grande repercussão. Contudo, seus primeiros romances, publicados na década de 1950, não tiveram o mesmo êxito. O sucesso literário veio apenas com Quarup, que se constituiu num acontecimento político, quando de seu lançamento, em 1967. Apesar de seus hábitos quase aristocráticos e tímidos, Antônio Callado tornou-se uma estrela da esquerda intelectual brasileira, sendo várias preso durante a ditadura. Faleceu no Rio de Janeiro, aos oitenta anos. OBRAS PRINCIPAIS: Assunção de Salviano (1954); A Madona de cedro (1957); Quarup (1967); Bar Don Juan (1971); Reflexos do baile (1976); Sempreviva (1981); A expedição Montaigne (1982). Escritor que sempre transitou do jornalismo para a literatura, e viceversa, Antonio Callado procurou em suas obras mais importantes, aproveitar o material que sua vasta experiência como repórter lhe fornecera. Após lançar dois romances de qualidade apenas regular (Assunção de Salviano e A Madona de cedro), surpreendeu os meios literários com a publicação de Quarup, em 1967. O clima da época (polarização política, enfrentamento entre setores da sociedade civil e o regime autoritário), garantiu à obra de Callado extraordinária ressonância. O enredo do romance centra-se na figura do padre Nando, que vive num mosteiro, no Recife, e alimenta a idéia de criar com os índios, na floresta amazônica, uma sociedade utópica (no modelo das reduções jesuíticas do século XVIII). Não se atreve, porém, a viajar rumo ao coração do Brasil, pois teme não resistir ao espetáculo da nudez das índias e pecar contra a castidade. Mas uma amiga inglesa, resolve o problema de Nando, iniciando-o sexualmente. Depois disso, Nando abandona a batina e retorna a Pernambuco com Francisca que vai trabalhar na alfabetização de camponeses. Ocorre então golpe de 1964 e Nando é preso. Quando o soltam, Francisca havia retornado para a Europa. O ex-padre dedicase então a uma pitoresca vida de “apóstolo do amor”, relacionando-se com inúmeras mulheres e ensinado sua (agora refinada) técnica sexual a pescadores e a gente do povo. No final do romance, Nando decide partir para o sertão, a fim de integrar um movimento guerrilheiro de oposição à ditadura, adotando o codinome de Levindo, o antigo noivo de Francisca.


GRAÇA ARANHA

José Pereira da Graça Aranha (São Luís, 21 de junho de 1868 — Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1931) foi um escritor ediplomata brasileiro, e um imortal da Academia Brasileira de Letras, considerado um autor pré-modernista no Brasil, sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira em países europeus, ele esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiam na Europa, tendo tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura brasileira, rompendo com a Academia Brasileira de Letras por isso em 1924. Biografia Nascido em uma família abastada do Maranhão, Graça Aranha graduou-se em direito pela Faculdade do Recife e exerceu cargos na magistratura e na carreira diplomática. Como diplomata, serviu em Londres, com Joaquim Nabuco, e foi ministro na Noruega, Holanda e na França, onde se aposentou. Assumiu o cargo de juiz de direito no Rio de Janeiro, ocupando depois a mesma função em Porto do Cachoeiro (hoje Santa Leopoldina), no Espírito Santo. Nesse município ele buscou elementos necessários para criar sua obra mais importante, Canaã. Esta é um marco do chamado pré-modernismo, publicada em 1902, junto com a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha. Graça Aranha apresentou uma visão filosófica e artística assimilada de fontes muito diferentes e às vezes contraditórias. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, sendo um dos seus organizadores, quando pronunciou o texto A Emoção Estética na Arte Moderna, defendendo uma arte, uma poesia e uma música novas, com algo do "Espírito Novo" apregoado por Apollinaire. Rompe com a Academia Brasileira de Letras em 1924, a qual acusou de passadista e dotada de total imobilismo literário. Ele chegou a declarar "Se a Academia se desvia desse movimento regenerador, se a Academia não se renova, morra a Academia!". OBRAS • • • • •

Canaã, 1902 Malazarte, 1911 A Estética da Vida, 1921 Espírito Moderno, 1925 Futurismo (manifesto de Marinetti e seus companheiros), 1926


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A Viagem Maravilhosa, 1929 O manifesto dos mundos sociais, 1935


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