CASA 2019
LUZIA DOS SANTOS LIMA
AB R IGO
PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CASA
AB R IGO
Trabalho apresentado como parte dos requisitos para o desenvolvimento do Trabalho final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá.
Trabalho Final de Graduação Ribeirão Preto | 2019 Luzia dos Santos Lima Orientador Profº Dr. José Carlos Faim Bezzon
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
L698c
LIMA, Luzia dos Santos Casa abrigo para crianças e adolescentes/ Luzia dos Santos Lima Ribeirão Preto, 2019. 100p.il Trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá Orientador: José Carlos Faim Bezzon 1. Casa abrigo 2. Inclusão social 3. Criança I. BEZZON, José Carlos Faim II. Título CDU 72
Bibliotecária Responsável: Iandra M. H. Fernandes CRB8 9878
CASA
PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
AB R IGO
Orientador Profº Dr.José Carlos Faim Bezzon 1. Examinador nome 2. Examinador nome
Ribeirão Preto
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Fig.1 O eu na sociedade FONTE: lima.Luzia
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
(C.G. Jung)
Agradecimentos Agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A Instituição, e seu corpo docente que oportunizaram a janela que hoje vislumbro. Aos meus pais e irmão, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Aos meus amigos (as) pelo incentivo e compreensão nas horas difíceis de desânimo e cansaço. Agradeço a todos os professores que por minha vida passaram, por me proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação. E em especial ao meu orientador José Carlos Faim Bezzon, pelo suporte, incentivo e toda generosidade em compartilhar comigo todo seu conhecimento e experiência.
A todos vocês, o meu muito obrigado!
SUMÁRIO
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Introdução
Levantamento da Área 3.1 Localização 3.2 O terreno
14 Fundamentação Teórica 2.1 A Institucionalização no Brasil e ECA 2.1.1 Marcos normativos na defesa dos direitos das crianças e adolescentes 2.1.2 Os direitos da criança e adolescente no Brasil 2.2 Modalidades de Acolhimento 2.3 O habitar para crianças e adolescentes 2.4 A arquitetura e a construção do espaço social 2.5 Foco em Ribeirão Preto 2.5.1 Visita ao SAICA
116 Referências Bibliográficas
60 Referências Projetuais 4.1 Centro de Bem - Estar para crianças e adolescentes 4.2 Casa GAP|Moradia Estudantil
84 Estudo Preliminar 5.1 Memorial Justificativo 5.2 Anteprojeto
Fundamentação
INTRODUÇÃO
LEVANTAMENTO
TEÓRICA
ANÁLISE
Análise e Sistematização de Dados
Referências Projetuais
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
REFERÊNCIAS Bibliográficas
|1| INTRODUÇÃO A formação do indivíduo está ligada à capacidade de informação que este adquire ao longo de sua vida. Uma vez que a formação do caráter se dá nos primeiros anos de vida no lar, local de maior tempo de permanência, este interfere no desenvolvimento cognitivo e nas relações pessoais, cooperando ou inibindo. A vulnerabilidade das crianças e adolescentes transcende seu tamanho, força ou idade, mas liga-se às práticas sociais. Se é na interação que eles podem correr os riscos, é na mesma sociedade que eles podem encontrar proteção. Portanto, a criança e o adolescente é menos protegida onde ela é menos visível. Essa é, hoje a realidade de mais de 47 mil crianças e adolescentes no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (2018). São jovens que chegam aos abrigos com histórico de abandono, maus tratos, violência doméstica, e outros traumas. Para eles, a lembrança da casa inexiste ou é muito dura. Ser conduzido(a) a um lar desconhecido também não é fácil, a esperança e a sensação de acolhimento cedem lugar aos medos e às incertezas, fruto de uma história marcada por dor no próprio seio da família, ou ausência dela. Permeando por este cenário, este trabalho busca entender como o papel social da arquitetura e urbanismo se faz potente e essencial para compreender, traduzir e atuar sobre a questão do acolhimento institucional.
Para isso, é preciso mergulhar no entendimento dessa realidade nas mais diferentes escalas: Uma delas consiste no entendimento das políticas públicas atuais de assistência social à criança e adolescente no Brasil. Seguido disso, surge o questionamento da arquitetura como ferramenta na construção social, do conceito de lar e da identidade do indivíduo, mais precisamente quando falamos de um problema estrutural que vulnerabiliza parte desse público. Analisar como esse cenário de vulnerabilidade se reflete no território, onde estão essas casas de acolhimento, quais são as políticas públicas atuantes nesse cenário e quais percursos essas crianças e adolescentes são sistematicamente forçadas a percorrer até encontrar um lar, de fato. A lei determina que os abrigos sejam apenas para um curto período de transição até que a criança seja devolvida aos familiares ou o pátrio poder seja retirado definitivamente e seja entregue a adoção. E o objetivo do trabalho é trazer a arquitetura como benefício para essas crianças e adolescentes. Como pensar e intervir em um espaço que deve ser provisório, mas que, muitas vezes, é onde essas crianças e jovens crescem e constroem sua identidade.
PIVETE
Te vejo roubando sonhos dourados Te vejo em traseiras de ônibus Te vejo enrolado em cobertores Te vejo enrolado em si mesmo, com frio, Te vejo transportando um revólver e a vida Te vejo se defendendo de outras mortes Te vejo pensativo, cismando o futuro... Te vejo em bando, como bicho assustado Te vejo cheirando cola Te vejo sorrindo “Cabeça feita”. Te vejo e não posso mudar nada. Quisera te colocar no colo Mas não posso. Tua violência me assusta. Tenho medo. Graça Ribeiro
Meio Sorriso
FONTE: childfundbrasil.org.br
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INTRODUÇÃO
Fundamentação
TEÓRICA
LEVANTAMENTO
ANÁLISE
Análise e Sistematização de Dados
Referências Projetuais
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
REFERÊNCIAS Bibliográficas
|2| FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em nosso país enfrentamos inúmeros problemas de cunho social. Um deles é a ocorrência de crianças e adolescentes em situação de rua, um fenômeno complexo e típico de grandes cidades. Essas crianças e adolescentes encontram-se num ciclo vicioso. Com a perda de autoestima, pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, falta de moradia regular e problemas com álcool e outras drogas. Esses fatores políticos e econômicos dificultam a superação da sua própria condição. Os indivíduos (crianças e adolescentes) são ignorados pela sociedade e pelo poder público que nos últimos anos tem tomado poucas ações pra solucionar esse problema. Muitas vezes os serviços disponíveis não atendem suas reais necessidades. Com o crescimento de número de pessoas em situação de rua, cada vez mais a sociedade fecha os olhos para esses seres humanos que não são invisíveis, seres que sofrem que alimentam esperança e medo. E devido a todos seus problemas não conseguem exercer seus direitos de cidadão. São apenas seres invisíveis nessa metrópole. Em Ribeirão Preto essa situação aliada a outros fatores socioeconômicos contribui para o fato de um maior número de meninos e meninas procurarem as ruas como alternativa de sobrevivência e na maioria das vezes serem exploradas pelos adultos enquanto mão de obra para pequenos serviços como: vigiar carros, limpar para-brisas de automóveis no semáforo, vender doces e frutas, até o envolvimento com roubos, tráfico e uso de drogas. De todos os centros de acolhimento em funcionamento analisados através de artigos, visita técnica e páginas da internet, é possível identificar como semelhança o fato de normalmente ser um espaço adaptado para o uso, e não construído para esse fim, o que acaba por resultar em espaços mal divididos, com péssima setorização, e pouquíssima funcionalidade, uma vez que o que era um escritório se torna Quarto, uma garagem se torna cozinha e assim sucessivamente.
Por não terem um lugar para voltar, acabam por procurar abrigo na rua, sendo estes: praças, patrimônios abandonados, viadutos, parques e etc., acabam também se concentrando em regiões centrais onde o fluxo de pessoas é maior enxergando assim mais oportunidades de sobrevivência, seja pedindo ajuda, comida ou até mesmo por se agruparem conseguindo apoio uns dos outros. Essa pratica acaba por ocasionar um problema urbano gerando zonas de insegurança e violência urbana, o que resulta em aumento da criminalidade e degradação de patrimônios. Outra variável importante que dificulta a saída dessas crianças e adolescentes das ruas, é sobre os horários rígidos dentro dos centros, entrada, saída e a realização de atividades corriqueiras dentro dos centros, que consequentemente atingem a liberdade individual dos abrigados. A vida é então repartida de acordo com um horário absolutamente estrito, sob uma vigilância ininterrupta: cada instante do dia é destinado a alguma coisa, prescreve-se um tipo de atividade e implica obrigações e proibições (VIGIAR E PUNIR, pag. 110 – Foucault)
Quase todos os desenhos afetivos de uma criança ilustram sua casa. Por vezes, ela aparece acompanhada de um sol sorridente, uma macieira ou sua família de mãos dadas. Reais ou não, é nesses traços meio imprecisos que se revela uma das mais primordiais necessidades dos seres vivos: o abrigo. Aos humanos, em especial, o lar é também palco de afeto, memórias e construção e expressão da identidade de cada um. Por isso, a casa é o elemento chave para que essas crianças e adolescentes, consigam se desenvolver socialmente.
Me encolho em mim FONTE: Pixabay.com
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Child - Crianรงas FONTE: Pixabay.com
Objetivos
A escolha pelo programa de centro de apoio se dá em razão da considerável quantidade de crianças e adolescentes sem teto, moradores de rua, na cidade de Ribeirão Preto e a falta de equipamentos voltados para atender às necessidades básicas de descanso dessas crianças e adolescentes. Geralmente, elas ficam à mercê do acaso como andarilhos urbanos, ou se valem de projetos sociais. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, o acolhimento em abrigo é definido como uma medida de proteção. As instituições, não governamentais ou públicas, oferecem programas de abrigo para crianças e adolescentes que tenham tido seus direitos violados e que, em consequência disso, necessitam ser temporariamente afastados da convivência com suas famílias. As instituições cumprem a função de moradia alternativa até que a criança e adolescente retorne para sua família ou receba uma família através de adoção. A legislação técnica do “Serviço de Acolhimento Institucional”, determina que o acolhimento não deve significar uma privação do direito à convivência comunitária. Dessa forma, a instituição será um local com ambiente acolhedor e moderno que centra nas necessidades individuais dos residentes, mas, também, incentiva a participação dos residentes na vida da comunidade local. As necessidades das crianças e adolescentes em situação de rua vão além de simplesmente um local para poderem dormir ou simplesmente se alimentar.
Essas crianças e adolescentes de rua, como modo de sobrevivência, acabam fazendo uso de logradouros públicos como moradia, mesmo que alguns pernoitem em albergues ou abrigos os que permanecem nas ruas procuram adaptar o espaço para melhor atender às suas necessidades (lonas improvisando barracas, ou em muitos casos se abrigando embaixo de viadutos e marquises). Medidas para incentivar essas crianças e adolescentes de rua a restabelecerem suas vidas com condições dignas de sobrevivência se torna, no ponto de vista urbano, uma ação para revitalização dos centros da cidade, que é onde grande parte dessa população se encontra. O espaço físico de um abrigo, pode influenciar a forma como essas crianças e adolescentes se desenvolvem na sociedade. Por exemplo o método Montessori, que é aplicado em escolas, propõe um espaço que seja igual ao lar, para que a criança aprenda a fazer atividades cotidianas, como se estivem em casa, então as salas dessas instituições são como as salas de uma casa. Isso gera familiaridade entre a criança/adolescente e o espaço. Se colocarmos um muro alto, com arame farpado como intuito de gerar segurança, pode significar na verdade que esse abrigo não quer relação da comunidade, que tem medo dela e da mesma forma a comunidade pode não querer integração com aquele espaço.
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2.1 A Institucionalização no Brasil e o Eca Até meados da década de 80, durante a ditadura militar, a política de segurança nacional “colocava a reclusão como medida repressiva a todo e qualquer sujeito que ameaçasse a ordem e as instituições oficiais” (RIZZINI,2004). Todas as crianças e adolescentes órfãos ou considerados carentes e/ou delinquentes eram confinadas nos chamados “internatos” ou “orfanatos”, onde permaneciam marginalizados de qualquer convívio ou apoio social. Com o fim da ditadura e a abertura para discussões e questionamentos sociais em várias esferas, entra em vigor, na década seguinte, o Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei nº 8.069/90). O ECA é um conjunto de medidas legislativas que visa assegura os direitos fundamentais do público infanto-juvenil. As medidas apresentadas no Estatuto regulamentam o tratamento às crianças e adolescentes em situação de risco. Desde então, em detrimento às práticas de privação de liberdade, defende-se o papel do Estado na reintegração social, no reestabelecimento dos vínculos familiares, no acompanhamento psicossocial e no acesso a saúde e educação. A situação de acolhimento institucional, portanto, passa a ser vista como medida provisória e excepcional de proteção, devendo a criança ou adolescente ser reinserido(a) ao convívio familiar logo que considerado possível. Com a aprovação do estatuto da criança e do adolescente, esta prática foi coibida e os orfanatos caíram em desuso; porém, a cultura (da institucionalização) resiste em ser alterada. Em parte, porque práticas tão enraizadas como esta resistem mesmo a mudanças e estas se processam de forma lenta, e em parte porque [...] as demandas que levaram um número inestimável de crianças brasileiras aos internatos dos séculos XIX e XX não foram devidamente enfrentadas ao nível das políticas públicas. (RIZZINI,2004)
Riso FONTE: Pixabay.com
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2.1.1 Marcos normativos na defesa dos direitos das crianças e adolescentes Em especial, sobre a criança e o adolescente podemos citar:
Declaração de Genebra
1924 Um dos acordos mundiais que dá início ao olhar diferenciado para a proteção e a defesa dos direitos da criança e do adolescente. Porém, apesar de ser um documento com relevância social e política, para alguns autores ele acabou reforçando a conexão da infância a ideia de passividade e vulnerabilidade, pois este era o contexto vivenciado pela sociedade européia arruinada do momento pós guerra.
Riso que ilumina FONTE: Pixabay.com
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Decl. Univ. dos Direitos da Criança e Adolescente
1948
1959
O grande marco na história da proteção e defesa dos direitos de todos os homens e mulheres. O documento sistematiza e orgniza os direitos direitos básicos universais de todo ser humano e reconhece nos artigos 25 e 26 os cuidados especiais a infância.
Amplia a concepção de direitos das crianças e marca a mudaança do discurso do cuidado para a proteção. A criança deixa de ser objeto de cuidado para ser sujeito de direitos.
Percebe-se que o processo de proteção aos direitos da criança e o adolescente aconteceu gradativamente. A medida que a revisão sobre os processos violentos foram acontecendo nas sociades o olhar sobre a infância e a juventude toma forma e a criança e o adolescente entram de maneira mais assertiva na agenda internacional.
Convenção sobre os Direitos da Criança
1989 Consolida e dá concretude a importância da proteção a infância e adolescência. Neste documento, ratificado pelo Brasil no ano de 1990, dá-se a criança e ao adolescente o reconhecimento de condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, o direito à convivência familiar e a condição de prioridade quanto a defesa dos direitos, os pilares da doutrina de proteção integral.
Inicialmente a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 25, destaca a fragilidade da criança e do adolescente resguardando a necessidade de terem seus direitos observados quanto a cuidados e assistência especial. Em um segundo momento, destacou-se a necessidade de se proteger os diretitos da criança, de forma autônoma, independente e singular, levando, portanto, a elaboração um outro documento, por meio da Organização das Nações Unidas e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), denominada Declaração Universal dos Direitos das Crianças. Tais documentos são grandes referências na história internacional sobre os direitos da criança e do adolescentes ao introduzirem a criança e o adolescente como pessoas com necessidades claras e prioritárias de cuidado e proteção. Entretanto, esses documentos tinham caráter somente de recomendação aos estados, não trazendo em seus textos sanções, ou força jurídica a serem aplicada àquele que por ventura não seguissem os princípios ali expostos.
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2.1.2 Os direitos da criança e adolescente no Brasil
Código Mello de Matos - Código de Menores (Decreto nº 17.943-A de 12 de outubro de 1927):
1927
É considerdo a primeira experiência relacionada a sistematização dos direitos específicos à criança e ao adolescente no Brasil. No Art. 1º define “ O menor, de um ou outro sexo, abandonado ou delinquente, que tiver menos de 18 anos de idade, será submetido pela autoridade competente ás medidas de assistência e proteção contidas neste código.” - Institui-se formas de “cuidar” dos abandonados e delinquentes tendo em vista a ideia de proteção da sociedade x proteção da criança ou adolescente.
Doce menina FONTE: Gettyimages.com
Código de Menores (Lei nº 6.697, de 10 de outubro de 1979):
1979 O “ novo” Código de menores consolida a concepção de condição irregular da criança e do adolescente. e além de outras questões traz como solução para as questões sociais alternativas de segregação/ internação das crianças e adolescentes carentes e delinquentes.
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, de1990):
1990 O marco para a política de proteção da criança e do adolescente no Brasil que redireciona a política adotando a Doutrina de Proteção Integral - um novo paradigma para o direito infanto - juvenil.
Para entendermos o processo de constituição das concepções sobre a criança e o adolescente, e da defesa dos direitos da criança e do adolescente no Brasil é essencial entendermos a ideia transmitida sobre a criança e o adolescente nos principais atos normativos brasileiros, que consolidam as leis da assistência e proteção ao longo do tempo no nosso país. As referências anteriores ao ECA traduziam concepções que denominamos como “ menoristas”. Isso quer dizer que a utilização do termo “menor” carregava uma série de elementos, hábitos, costumes e formas de olhar para a infância como “não cidadãos”, ou meros objetos , intervenção do estado. Além de “menoristas”, as concepções que fundamentavam as leis e também o olhar da sociedade eram “higienistas” no sentido de traduzir a necessidade de “limpar e organizar” a sociedade, protegendo o cidadão de bem daqueles que viviam em condição irregular ou perturbadores da ordem pública. Crianças e adolescentes com trajetória de rua e/ou as crianças e adolescentes abandonadas pelos pais ou vítimas de violências tornam-se exemplos de públicos a serem objetos de intervenção do estado. Na contramão dessas concepções, o ECA apresenta um outro olhar sobre a capacidade da criança e do adolescente aprender e praticar os seus direitos e deveres. Neste sentido, crianças e adolescentes deixam de ser vistos e tratados como objetos do estado, para serem reconhecidos por todos (sociedade e estado) como sujeitos de direitos, exigíveis com base nas leis.
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2.2 Modalidades de Acolhimento Como mencionado anteriormente, a promulgação do ECA coibiu o acolhimento no formato dos antigos orfanatos, que mantinham crianças e adolescentes em regime fechado e isolado do convívio social. As modalidades de acolhimento, a partir de então, devem assemelhar-se cada vez mais a uma residência familiar. O acesso a serviços e equipamentos deve acontecer na comunidade onde está inserida, estimulando a integração social e a convivência comunitária. Segundo OLIVEIRA (2006), ‘‘Winnicott (2002) alerta para os objetivos das grandes instituições: “[...] as crianças numa grande instituição não estão sendo cuidadas com a finalidade de cura de suas doenças. Os objetivos são, em primeiro lugar, prover teto, comida e roupa a crianças que foram negligenciadas [...]”. São as modalidades de acolhimento em vigor atualmente
ABRIGO INSTITUCIONAL Deve ter aspecto semelhante ao de uma residência e estar inserido em áreas residenciais. Não devem ser instaladas placas indicativas da natureza institucional do equipamento, também devendo ser evitadas nomes que remetam a aspectos negativos, estigmatizando e despotencializando os usuários. Sua capacidade máxima é de 20 crianças e/ou adolescentes e deve contar com 8 a 10 cuidadores que se revezam em turnos de trabalho.
CASA-LAR Assim como o Abrigo Institucional, a casa-lar deve ter aspecto semelhante à de uma residência, evitando, assim, o estigma institucional e o isolamento de seus acolhidos. A diferença, entretanto, é que essa modalidade deve contar com o máximo de 10 acolhidos por unidade, que residem juntamente com um(a) cuidador/educador(a). Além disso, os espaços de caráter técnico-administrativo devem funcionar fora da casa-lar. SERVIÇO DE ACOLHIMENTO EM FAMÍLIA ACOLHEDORA Modalidade na qual uma família cadastrada abriga uma criança ou adolescente (ou mais, em caso de irmãos). É indicada em caso de provável reinserção à família de origem, evitando a institucionalização até que sejam reestabelecidos seus vínculos. REPÚBLICAS São casas destinadas a receber jovens de 18 a 24 anos que não conseguiram reestabelecer vínculos familiares, de modo a prepara-los para a vida sem o suporte da instituição. Deve abrigar até 6 jovens e possibilitar que os mesmos sejam estimados a desenvolver autonomia e independência para sua futura desinstitucionalização.
A caminhada FONTE: Gettyimages.com
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2.3 O habitar para crianças e adolescentes
A infância e a adolescência são, sem dúvidas, etapas cruciais de transformações físicas e psicológicas no ser humano. Nestas fases, todas as experiências internas e externas são determinantes na construção da identidade, da autonomia, dos medos e das potências desses futuros adultos. Visto isso, diversos profissionais, das mais variadas disciplinas (como Pedagogia, Educação, Psicologia, Pediatria, Sociologia, por exemplo), apontam para a importância da casa como lugar de referência nessa construção. O “habitar’’ é entendido como condição inerente ao ser humano, tanto no seu caráter funcional de abrigo, quanto na sua dimensão simbólica e afetiva. O lar é visto, especialmente nesta fase da vida, como referência de “lugar no mundo”, determinante para a definição, não só de onde, mas de como vivemos.
Moradia FONTE: Pixabay.com
Quando falamos de Casas de Acolhimento, portanto, essa questão deve ser observada ainda mais de perto. Essas instituições são pensadas de modo a prover temporariamente o que as crianças e adolescentes não puderam encontrar em seus lares de origem, não somente o abrigo físico, mas também os referenciais simbólicos aqui já mencionados.
“Habitar uma casa constitui o arquétipo mais rico de significados ao ser humano. É símbolo de todas as “peles” que o envolvem: o seio materno, a família e o universo, ‘Estar em casa’ significa dispor de um espaço que, por um lado, se pode assinalar com uma marca e por outro, delimita um território inviolável sobre o qual se exerce um direito.”( FISCHER.)
Talvez pela suposta brevidade de permanência nesses locais, entretanto, as normas e o próprio ECA não fazem menção à subjetividade desses espaços, o que se percebe uma grande lacuna nesta política, por dois principais motivos: primeiro, que essa brevidade nem sempre existe na prática, e “o abrigo acaba se tornando um lar permanente – um espaço onde estas crianças e adolescentes viverão até completarem a maioridade” (OLIVEIRA,2006). Segundo, independente da cronologia de permanência nessas casas, somente o fato de “ser” ou “estar” institucionalizado pode acarretar em uma experiência muito dura, negativamente potencializada por um espaço que não favorece ao acolhimento emocional e as sensações de proteção e pertencimento.
A impessoalidade nos espaços de acolhimento acaba contradizendo as próprias intenções do Estatuto da Criança e do Adolescente. Percebe-se, na maioria dos casos, uma negação do passado e da história da criança até chegar à casa, assumindo tratar-se de experiências negativas. Entretanto, se o lar familiar foi ineficaz ao prover abrigo, afeto e estabilidade, não deveriam as casas de acolhimento buscar suprir essas demandas? Como pensar num espaço paradoxal em que se deve estimular a sensação de afeto, mas sem “atravessar” a importância do seio familiar? E como pensar num espaço cuja temporalidade e transitoriedade são incertas, permitindo criar laços de pertencimento sem gerar apego, de modo que a experiência durante a instituição seja a mais positiva possível, mas sem que a desinstitucionalização seja frustrante e indesejada? “O tempo institucional parece colocar o tempo presente de vida das crianças em suspensão na casa [...] o direito de (re)lembrar o passado, em muitos momentos, parece negado: o futuro se mostra como uma aposta; e o presente fica em suspensão”. (NAZARIO.2015)
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Brincando de ser feliz FONTE: Pixabay.com
2.4 A arquitetura e a construção do espaço social Evidenciada a importância do lugar em suas diversas definições, portanto, fica subentendida a relevância da arquitetura ao pensar as casas de acolhimento para esses jovens. As respostas para criar o ambiente “ideal” dentro de uma realidade tão complexa e estrutural está muito longe de ser óbvia. Mas, assim como a arquitetura, isoladamente, não consegue dar conta de todas as facetas dessa questão, ela é essencial para pensar em soluções efetivas para cada criança acolhida, bem como para as comunidades em que estão inseridas. Um dos maiores obstáculos da boa arquitetura é sua capacidade de ler e traduzir as necessidades, dificuldades e desejos mais implícitos do seu usuário. Assim, é possível pensar em soluções adequadas a cada demanda, cada espaço e cada ser humano. Hoje, os espaços de acolhimento são vistos de maneira muito superficial e meramente funcional, não abrangendo a subjetividade do tema.
“As políticas de atenção a crianças e adolescentes devem voltar à atenção também para a estrutura física das entidades de atendimento. Mas não mais no sentido de medir sua eficiência pelo número de metros quadrados [...]. ao contrário, talvez [...] o ambiente ideal [...] pode ser encontrado na busca da simplicidade aconchegante das residências, possibilitando que cada um tenha um lugar para desenvolver as atividades comuns à sua faixa etária e permitindo a expressão individual de todos [...]” ( MELLO.2004, CITADO POR OLIVEIRA.2006)
O maior desafio, talvez seja projetar um espaço onde tudo beira à incerteza: Não se sabe, ao certo, quem ou quantas pessoas ocuparão essas casas, nem quanto tempo ali viverão. Não se sabe qual será sua idade, sua história, seus medos e seus sonhos. É um erro, portanto, tentar prever as necessidades que um espaço deve atender, sendo a única certeza a de que seu público vem de uma situação de fragilidade pessoal e familiar. Mais do que nunca, portanto, é fundamental contar com a sensibilidade e a flexibilidade do(a) arquiteto ao pensar espaços que viabilizem a variação espacial, de modo a atender diferentes demandas. Mais do que o espaço físico, é preciso pensar no espaço social como meio capaz de romper o ciclo de vulnerabilidade: um espaço que favoreça a independência, a identidade, a privacidade, as interações. Um espaço que permita o reconhecimento próprio quando a referência de casa e de proteção se encontram fragilizadas. Um espaço que contemple não só o ser humano, mas suas extensões: O ser, os lugares e as relações como atores que se retroalimentam e se modificam constantemente
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2.5 Foco em Ribeirão Preto AÇÕES QUE LIDAM COM A SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CREAS
SUAS
O CREAS, por meio do Programa de Apoio e Orientação Familiar - PAOF, atende as famílias e os e os filhos menores que tiveram seus direitos violados (violência doméstica) de maneira descentralizada, dispostas em cinco regiões: Norte, Noroeste, Central, Sudeste e Sudoeste d município. Independentemente de alterações e mudanças substanciais na composição familiar e nos arranjos familiares, a família é um forte agente de proteçãp social e seus membros: idosos, doentes crônicos, dependentes, crianças, jovens, desempregados. O Centro de Referências Especializado de Assistência Social - CREAS constitui-se numa unidadde pública estatal, de preservação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado. As metodologias desses programas consistem em atividades para incentivar a construção de uma boa relação entre os jovens e suas famílias através de atividades programadas nas oficinas. O centro oferece às crianças e aos adolescentes um ambiente agradável, educativo e seguro, no qual há oportunidades para o resgate dos valores básico da convivência familiar e comunitária. O atendimento deve levar em conta a pecularidade de cada criança e adolescente, proporcionando espaço adequado ao desenvolvimento do sentido do ser e do pertencer, bem como da autonomia pessoal pelo exercício da participação e cidadania. No centro de apoio, cada usuário será estimulado a sonhar e desenhar um projeto de vida que substituia e supere suas expeiências negativas.
O Sistema Único da Assistência Social (SUAS) constitui-se na regularização e organização em todo território nacional das nações socioassistenciais. Ações essas baseadas nas orientaçãoes da nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Os serviços, programas e benefícios tem como objetivo atender às famílias, seus membros e indivíduos, estando as suas ações focadas no desenvolvimentoto das potencialidades de cada um e no fortacelimento dos vínculos familiares.
SAICA
SEMAS
No âmbito municipal, o programa destinado à crianças e aos adolescentes em situação de vulnerabilidade social é o SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES- SAICA em situação de Vulnerabilidade e Risco social, que tem como objetivo principal acolher e garantir, provisoriamente, proteção integral, proporcionando atendimento global às necessidades de crianças e adolescentes residentes no município, vítimas de violência doméstica, física, sexual, psicológica, negligência e abandono, cujas famílias ou responsáveis encontram-se, temporariamente, impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção, o que é determinado pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude de Ribeirão Preto - SP.
Há também, em âmbito municcipal, a SEMAS - Secretaria Municipal de Assistência Social cumpre com seu papel de combater as consequências geradas pela pobreza como a exclusão social, garantindo o acesso do cidadão às políticas públicas essenciais e o desenvolvimento de uma política inclusão social das camadas mais carentes da população. Formular, coordenadar e avaliar a política municipal de assistência social visando conjugar esforços dos setores governamental e privado, no processo de desenvolvimento social do município também são algumas de suas atribuições.
CRAS Outro programa municipal é o Centro de Referências Especializados de Assistência Social - CREAS Ribeirão Preto. Tem como objetivo contribuir para o fortalecimento dos laços familiares, estimulando a reflexão e a busca de alternativas pacíficas de encaminhamento dos conflitos familiares existente, oferecendo espaços de socialização, que permitam trocas de experiências em grupos multifamiliares.
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2.5.1 VISITA AO SAICA
e conversa com a responsável do local - Maria Aparecida de Souza Realizado em 25.03.2019 LUZIA: Qual a demanda de crianças, a unidade atende essa demanda ?Os espaços são adequados, o que precisaria melhorar nesses espaços?
FONTE: Lima. Luzia
MARIA APARECIDA DE SOUZA: Então, já vou te adiantando e te explicando mais ou menos, porque aqui, já foi construído isso aqui tem uns 10 anos. Na minha opinião ta super inadequado, é mais... a questão de gestão, não foi essa gestão que fez, mas indepentende se fosse essa ou não, eu também não teria interferência nenhuma, porque a prefeitura faz o que ela quer né. MARIA APARECIDA DE SOUZA: Tem os engenheiros lá, a equipe.. eles que fizeram né. A verdade é que o abrigo ele tem que ter uma... ele tem que aproximar de um lar, seria casa mesmo, com poucas crianças, que tivesse cozinha, copa e que as crianças tivessem acesso à geladeira... tudo, como se fosse a casa deles, mas não é assim.
FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: O mais próximo possível... MARIA APARECIDA DE SOUZA: É. ..Foram criadas 5 casas , 4 semelhantes e uma que é essa daqui, que é a parte de aministrativa e que também já não era pra ter, porque na casa da gente, a gente não tem né?! Então o que poderia ter é uma salinha pequena com os técnicos, escritório, seria o suficiente. Mas enfim, vai haver quando né. Então aqui também funciona a sala de visitas, visitas das famílias, é... os técnicos né, que fazem atendimento psicológico, se vem por exemplo..., nós temos parceria com a UNIP, os estudantes de psicologia vem fazer estágio aqui, eles atendem, então vai meio que adequando né, e vai virando denovo com uma cara de instituição.
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: E essas 5 casas que você falou, foi construídas especificamente para esse uso ou foram casas adpatadas? MARIA APARECIDA DE SOUZA: Não. Foi feita especificamente pra isso, são bem... foi assim, agora a gente percebe que foi bem assim, que o projeto num foi de acordo com a necessidade e aí, por conta dessas adequações que eu estou te falando né, as coisas foram ficando piores (risos), porque, por exemplo não tinha rampa de acesso, aí teve que fazer rampa de acesso, aí não sei né, se na casa da gente tem cadeirante a gente faz dentro daquela necessidade de 1 cadeirante né, não vai fazer na instituição toda por conta de um, né. Aqui teve que fazer uma enorme rampa por conta de ser instituição, então assim, por mais que o estatuto descreve que aqui o abrigo tem que ser, é... um lugar aconhegante, é... semelhante a uma casa, num é, porque não tem como, as próprias necessidades vão pedindo outras coisas que se diz instituição. MARIA APARECIDA DE SOUZA: Bom, eu vou te falar do que é o SAICA. O SAICA é um serviço de acolhimento de crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, por isso chma SAICA - Serviço Institucional... Serviço de Acolhimento Institucional à crianças e adolescentes. A gente atende de 0 a 18 anos, a capacidade é para 48 crianças...
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: Nossa, é bastante! MARIA APARECIDA DE SOUZA: É... a gente nunca deixa chegar nesse limite. LUZIA: Hoje vocês tem quantos? MARIA APARECIDA DE SOUZA: Hoje nós devemos estar com 28. Quando tem 35, é muito, porque a gente sempre tem que deixar uma reserva pra acolhimento emergencial, então o que pede por acolhimento emergencial? uma mãe ta com seu filho na cidade, por algum motivo ela é presa, vamos supor, ou uma mãe que abandona os filhos em casa, essas crianças, elas vem pra cá.
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
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LUZIA: E vocês acolhem assim... é, a criança que não tem pai nem mãe, que não onde morar ou também aquelas famílias que não tem como cuidar? MARIA APARECIDA DE SOUZA: Não! Nem existe mais crianças que não tem referência familiar, muito difícil, quase impossível não ter uma referência. As pessoas tem assim muito engano, acham que aqui é um orfanato e não é. FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: É, inclusive acho que nem pode mais ser usado esse termo. MARIA APARECIDA DE SOUZA: Não, não usa mais. É as crianças estão aqui porque foram é... vítimas de negligência, e a negligência é assim, aqui é o último recurso do estatuto, então a criança pra vir pra cá, ela não teve no momento nenhuma referência ou da família original, ou d família extensa, que pudesse acolher naquele momento. LUZIA: Entendi... MARIA APARECIDA DE SOUZA: Então, é o fim da linha.
FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: E algumas dessas que vem pra cá, po acaso chegou a ficar um tempo na rua? MARIA APARECIDA DE SOUZA: Já, tem crianças que as próprias mães vão para as ruas, levam as crianças para esmolar, é... vão ficando maiores, então já vão sozinhas, entendeu? É a mais aquela coisa do ciclo vicioso né, a cultura de pedir, e aí elas não vão pra escola, não faz tratamento médico. LUZIA: É geralmente eu tenho visto muito é..., quando se fala assim, a gente pensa muito na região do centro, só que eu tenho visto muito pro lado da João Fíusa...
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
MARIA APARECIDA DE SOUZA: Tem para todos os lados, o lugar que tem mais criança abandonada é nas próprias comuniddes onde a sociedade não vê né. Então se você entrar numa favela, por exemplo... ali perto da sua casa, ali no Parque Ribeirão, Jardim Progresso.. se você entrar ali, você vai achar um monte de crianças que está sem referência familiar. As vezes vem, a tia vem lá do nordeste, vem com a tia, num tem nenhum documento, não tá vinculado à escolas, as vezes quem tá aqui traz pra ajudar quem tá lá, porque lá a coisa tá pior que aqui e vira assim né, daqui a pouco ela começa a prostituir, começa a usar droga, a droga é a grande questão por trás de tudo né. Então assim, é... essas...eu já trabalhei na rua né, com abordagem na rua, essas crianças que vocês veem na Fiúsa, na Nove de Julho, essas crianças geralmente elas tem famílias, e elas vão na escola, elas estão inseridas em algum programa. A minoria dessas crinaças são mesmo vítimas de negligência total, né, porque a negligência depende muito da visão que você tem né, pra gente uma criança que não vai à escola é vítima de negligência, mas as mães as vezes não acham, elas falam “eu fui até... eu só fui 1 ano na escola” ou “ eu nem fui”. Ou seja, a evasão escolar não é motivo, nem a falta de alimento também né, não se pode abrigar nenhuma criança por falta de alimento ou miséria. A questão é sempre quando o adulto abre mão da criança, abre mão de cuidar.
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
LUZIA: Sim, entendi.
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
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MARIA APARECIDA DE SOUZA: Entendeu? Porque assim a lei fala, que nenhuma criança, ela pode ser afastada do lar por conta de miserividade, por conta de religião, por conta da educação cultural, que as vezes a mãe, ela educa o filho assim, não tem aquela coisa de fazer a comida na hora, de levantar, de piolho, não tem problema, porque pra ela, aquilo ali é normal. Então isso não é motivo, o que é motivo?, é uso de droga, é abandono total né, a mãe sair e deixar a criança sozinha, é... as vezes uma criança pega uma doença, a mãe não faz o tratamento, vai pro serviço, é uma doença que coloca criança em risco, abuso sexual que é muito, muito latente nossa demanda, a pessoa ter relação sexual com uma criança, é que seja a criança tem 10, o menino tem 12, aí isso é encatado como jogos sexuais, ou seja, dificilmente essa criança vai vir pra cá, agora um com 16 com uma menina de 10, já caracteriza estupro né... é mais o que?... as crianças... Aqui é mantido pela prefeitura, 24 horas, as crianças moram aqui por um determinado tempo, até que a gente avalia junto com o juiz que a criança tenha condição de voltar ou de dar outro lugar, que seja família ou que seja, sei lá, alguma alternativa. LUZIA: Sim MARIA APARECIDA DE SOUZA: Sempre tem que buscar alternativas para tirar a criança o mais rápido. LUZIA: É, não é o ideal que ela fique muito tempo... MARIA APARECIDA DE SOUZA: Tem criança que está há 5 anos aqui, porque não tem referência mesmo, não tem quem queira, é uma criança esquizofrênica, que dá muita demanda, muitas vezes é agressiva, aí essa criança não sei até quando vai ficar. Mas a maioria deles, eles vão embora muito rápido, aiás nós temos 3 meses para trabalhar com a criança, é o prazo máximo.
LUZIA: Esse não é um prazo curto pra conseguir um resultado positivo? MARIA APARECIDA DE SOUZA: É curto, mas também se a gente deixar se prolongar...enfim... Nós temos sempre que estar com as vagas, elas tem que estar abertas porque e ai? tem outras crianças. Tem que trabalhar rapidinho, ver o que aconteceu, tentar, porque quanto tempo a criança fica longe da família mais a família se acomoda também né. Tem que trabalhar o vínculo o mais rápido possível e estimular que essa pessoa, essa mãe, esse pai se organize para poder receber a criança, ou a tia ou a avó. LUZIA: E geralmente as crianças que vocês recebem aqui, elas são geralmente de quais bairros? Tem, tipo uns mais próximos? MARIA APARECIDA DE SOUZA: Não, geralmente são bairros carentes, mas assim não tem como te falar, porque, nós já recebemos crianças que mora pra lá da Fiúsa, mansão, a questão social já não é mais um fator predominante aqui... já recebemos filhos de professores, de psicológos, né, então não é, não é mais um fator. Antigamente a gente relacionava muitoa pobreza né. LUZIA: Pois é, tem muito ainda na verdade, pra quem não conhece, pra quem está de fora, por exemplo que nem eu (risos) que não sei tão afundo. MARIA APARECIDA DE SOUZA: Então, mas se você for, por exemplo, fazer uma análise lá naquele bairro Jardim Progresso, Parque Ribeirão, você vai ver que lá tem um monte de criança que estão em situação de de violência, situação de negligência, só que ele ta com a família, ele tá com os vizinhos, com os pais, com os familiares, então não é considerado, e se for considerado os da lei, teria que fazer muitos abrigos.
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INTRODUÇÃO
Fundamentação TEÓRICA
LEVANTAMENTO
Análise e sistematização de Dados
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
ANÁLISE
Referências Projetuais
REFERÊNCIAS Bibliográficas
3.1 LOCALIZAÇÃO
Mapa Territorial de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, localizada no Estado de São Paulo ocupa uma área de aproximadamente 650 km², sendo que 248 km² estão no perímetro rural e os 401 km² restantes no perímentro urbano. A cidade é dividida em quatro regiões em mais de 160 bairros.
Ribeirão Preto
São Paulo
LEGENDA Perímetro Urbano Expansão Urbana Área Rural FONTE: Secretaria de Planejamneto de Ribeirão Preto
Fundada em 1856 o munícipio desde então não parou de se expandir, principalmente com o desenvolvimento da cultura do café na região no final do século XIX e início do XX. Com a crise do café e o desenvolvimento industrial, ocorreu um processo de migração da população rural para a cidade, iniciando-se assim um processo de expanção acelerada horizontal, onde a expeculação imobiliária predominou e ditou os locais dos quais foram construídos, gerando assim um fenômeno urbano conhecido como vazio urbano.
A área de estudo localiza-se na Zona Oeste, que começou a ser ocupada na segunda decáda do século XX com o bairro Vila Virgínia. Na década de 50 foi loteado o atual Parque Ribeirão, posteriormente em 1996 foi construído o Jardim Marchesi I, em 1983 já com início do fenômeno de condomínios horizontais é loteado o condomínio Quinta da Boa Vista e em seguida o bairro Marchesi II. Todos estes loteamentos são vizinhos perimetrais do bairro Jardim Progresso (visto como periferia social), antiga favela do Horto.
PARQUE RIBEIRร O PRETO
Local de Estudos Terreno escolhido
Jardim Progresso Fig. 28 Foto รกrea FONTE: Foto รกrea do google
sem escala
42
SOLO Topografia e Drenagem
Altimetria
Córrego Vista Alegre
611,4 m Terreno escolhido
Terreno escolhido Córrego do Horto
LEGENDA
sem escala
FONTE: pt-br.topographic-map.com
sem escala Sentido de Drenagem
Obs: Curvas de 1m em 1m.
Córregos
A cidade de Ribeirão Preto está situada no Planalto Paulista Ocidental, nome do qual está topograficamente classificada, apresentando assim um relevo suave e pouco desgastado com solo fértil, de predominância o latossolo roxo ou “terra roxa”. Com estudos topográficos da da área (Zona Oeste) realizado ao lado, podemos constatar a variação leve e descrescente de relevo e declividade. O parque Ribeirão localiza-se próximo a um divisor de águas, o ponto mais alto da topografia do entorno que está localizado atrás do depósito das Casas Bahia (611,4m acima do nível do mar). O divisor conduz a topografia em dois sentidos, em direção as micro bacias, a direita o Córrego do Horto e a esquerda o Córrego Vista Alegre.
Um dos fatores favoráveis para a escolha do bairro Parque Ribeirão, é que atualmente não possui declividades acentuadas. Este desenho topográfico acompanha as águas pluviais formando caminhos de drenagem. Apesar de todo o traçado do perímetro estar asfaltado e impermeabilizado (ruas, avenidas e edificações) observamos diversos vazios urbanos e áreas verdes que auxiliam a absorção de água, sendo assim a união destas áreas e a declividade não provocariam enchentes ou demais problemas.
ASPECTOS AMBIENTAIS
Gráfico de Precipitações
É possível constatar no mapa ao lado e no estudo de carta solar a direção de maior incidência do sol (oeste) e seu movimento sobre a área de estudo. Durante o inverno o Sol fica mais baixo e aumenta sua incidência. Os ventos predominantes da área são oriundos da região Sudoeste. O clima de Ribeirão Preto é classificado como tropical úmido, verão chuvoso e inverno seco. Segundo os dados da Prefeitura Municipal, temperatura máxima média mensal no verão é de cerca de 30º C com um índice pluviométrico superior a 200mm de chuva/mês e umidade relativa do ar entorno de 80%. Já o inverno apresenta uma temperatura mínima com média mensal entorno de 13º C, sendo a mínima 10.8º C (em julho), com precipitação média oscilando de 20 a 30mm e umidade relativa do ar em cerca de 60%.
FONTE: Climate-data.org
26 mm refere-se à precipitação do mês de Julho, que é o mês mais seco. Em Dezembro cai a maioria da precipitação, com uma média de 272mm.
NORTE
Gráfico de Temperatura
LESTE
OESTE
Terreno escolhido
FONTE: Climate-data.org
sem escala Sentido de Declividade (Topografia) Sentido dos Ventos predominantes
23.9º C é a temperatura média do mês de Janeiro, o mês mais quente do ano. Ao longo do ano Julho tem uma temperatura média de 18.4º C. É a temperatura média mais baixa do ano.
44
USO DO SOLO
4
Durante os estudos realizados no bairro Parque Ribeirão Preto e em seu entorno, foi observado a predominância de lotes residenciais. Porém, ao ponto que foi levantado, percebe-se que, os lotes comerciais estão concentrados na Rua Samuel Martineli (via de fluxo intenso) e estes diminuem progressivamente de acordo com o fluxo da via, ou seja, em ruas locais, Mesmo sendo possível encontrar pequenos comércios e prestadores de serviços, este número é insignificante quando comparado às edificações residenciais.
1
2
Referente aos espaços públicos, foi observado um número razóavel de áreas verdes, em sua maioria quadras inabitadas, algumas delas utilizadas como depósito de lixo.
3 5
LEGENDA Áreas verdes Comercial Residencial
sem escala
Terreno escolhido
Institucional
FONTE: Lima. Luzia
1. Rua: Júlio Ribeiro
FONTE: Lima. Luzia
2. Rua: Samuel Martineli
3. Rua: Samuel M
Martineli
OCUPAÇÃO DO SOLO Ao analisar a área de estudo, percebe-se que, a maior parte dos lotes constituem-se de edifícios térreos. O crescimento desta área acontece de forma horizontal, já que em geral, os edifícios desta região não possuem estrutura suficiente para verticalização. Em sua maioria, o segundo pavimento, foi construído posteriormente, de acordo com a necessidade do proprietário, ou seja, sem qualquer planejamento.
PARQUE RIBEIRÃO PRETO
É evidente que não existe a concentração das construções de dois pavimentos em uma única região, estes, estão distribuídos por todo perímetro, tendo os mais variáveis usos, desde instalações residênciais, prestação de serviço, comércio, até uso misto, além disso, não foi possível encontrar nenhuma edificação que ultrapasasse o número de dois pavimentos. Entretanto, há um grande adensamento nesta região, as construções estão muito próximas umas às outras, desrespeitanto os recuos mínimos presente na legislação vigente. Logo, o nível de conforto é bastante precário, visto que existe um sério problema de ventilação e iluminação natural, que se agrava ainda mais com a subdivisão dos lotes para famílias diferentes, fenômeno muito comum na área.
Condomínios
Terreno escolhido sem escala FONTE: Foto área do google
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
4. Rua: Cruz e Souza
FONTE: Lima. Luzia
5. Rua: A1
46
TRAÇADO Hierarquia Viária Física Rua Cruz e Souza Rua Júlio Ribeiro
Av. Cásper Líbero
Av. Manoel Antônio Dias
Terreno escolhido
LEGENDA Vias Arteriais Vias Coletoras
sem escala
Vias Locais
O acesso ao bairro Parque Ribeirão Preto pode ser atrvés das vias arteriais Av. Manoel Antônio Dias, Av Cásper Líbero e Av Patriarca, além da marginal Rod. SP 238 que conecta esta área às demais regiões da cidade. Tendo duas principais vias coletoras ( Rua Cruz e Souza, e Rua Júlio Ribeiro) que permitem o acesso e saída das vias arteriais, possibilitando a circulação dentro da região, porém essas vias não possuem semáforos. Esta região possui um grande número de vias locais de pequeno porte com cruzamentos sem semáforo, utilizadas normalmente para a circulação dos que residem de fato no bairro.
Hierarquia Viária Funcional Rua Júlio Ribeiro
Av. Cásper Líbero Rua Samuel Martineli
LEGENDA Terreno escolhido
Fluxo Intenso Fluxo Moderado
sem escala
Fluxo Baixo
As vias de maior fluxo são a Av. Cásper Líbero, a Rua Júlio Ribeiro e a Rua Samuel Martinei, entretanto essa região possui um grande número de vias locais, de fluxo baixo, devido a utilização apenas de moradores das redondezas. O fluxo intenso se dá pelo fato dessas vias arteriais e coletoras ligarem de um bairro ao outro, e também fazerem parte do itinerário de algumas linhas de transporte público.
Dimensões - Perfil das Vias CALÇADA
CANTEIRO
CALÇADA 3.00
VIA
VIA
9.00
9.00
7.00
3.00
|1| Av. Cásper Líbero 2 3
1
sem escala
3.00
VIA
CALÇADA
8.00
3.00
VIA 3.00
|2|Rua Júlio Ribeiro
Mobilidade |Transporte Coletivo
CALÇADA
CALÇADA
CALÇADA
8.00
3.00
|3| Rua Samuel Martineli
O sistema de mobilidade urbana, utiliza como rota as vias de maior fluxo, sendo estas as Av. Patriarca, Av. Cásper Líbero e Rua Samuel Martineli, sendo utilizado os dois sentidos da via como trajeto. Ao analisar o levantamento, conclui-se que as linhas de transporte urbano que compõe a rede local abrangem os seguintes bairros: Parque Ribeirão, Jd. Maria da Graça, Branca Salles, Adão do Carmo eJd. Progresso. Dentre as linhas que dão acesso ao bairro e seu entrono, destaca-se a M460- PARQUE RIBEIRÃO, por ser considerada uma linha perimetral, a mesma não adentra grandes centros urbanizados. LEGENDA
Terreno escolhido
U399 Circular M506 Jd. Progresso M406 Jd. Maria da Graça
sem escala
M460 Parque Ribeirão
48
SOCIABILIDADES
FEIRA DO PARQUE A feira começou a acontecer há pouco tempo no bairro, na verdade a feira surgiu esse ano nessa região. Com um grande número de barracas com as mais diversas atividades, desde a parte de alimentos até vendas de roupas e calçados (uma espécie de bazar). A feira está situada em um espaço fixo, onde cada feirante é responsável pela montagem e desmontagem de sua barraca a cada dia de trabalho. Trata-se de um espaço público, onde os próprios morades da região que são os organizadores. A feirinha do Parque Ribeirão é praticamente um mercado a céu aberto, montada no espaço (área verde) em frente ao Centro de Educação Profissional e a escola Profª Glete de Alcântra. Seu cenário é bastante diversificado, juntamente com as cores das lonas, dando assim um colorido especial aos nossos olhos.
A feira faz com que os sentidos fiquem mais apurados, as cores parecem “saltar aos olhos”, os cheiros das frutas e temperos exalam seus aromas, além dos sabores das comidas que impregnam o paladar e proporcionam diferentes sensações olfativas e degustativas, características do mercado que dificilmente passam despercebidas.Na medida em que nos aproximamos das barracas é praticamente impossível não sentir a harmonia presente no espaço.
3
Terreno escolhido
2 1
sem escala
sem escala
FONTE: Lima. Luzia
2. Rua Dr. Eugênio Casilo
FONTE: Lima. Luzia
1. Av. Cásper Líbero
FONTE: Lima. Luzia
1. Av. Cásper Líbero
FONTE: Lima. Luzia
3. Rua: Lúcio de Mendonça
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
3. Rua: Lúcio de Mendonça
2. Rua Dr. Eugênio Casilo
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
3. Esquina da Escola Profª Glete de Alcântra Rua: Lúcio de Mendonça
1. Ao Fundo Centro de Educação Profissiona Av. Cásper Líbero
50
EQUIPAMENTOS URBANOS
LEGENDA
22 21
20 19
18 17
7 8 5 3
4
6 10
9 11
12
16 13
15 14
2 1
Terreno escolhido
1. Centro Social Marista Irmão Rui 2. Escola Estadual Jd. Monte Carlo 3. UBS Jd. Maria das Graças 4. Prefeitura Municipal Rib. Preto 5. Escola Profª Rosangêla Basile 6. FRASOL Fraternidade Solidária São Francisco 7. Igreja Católica 8. Campo de Futebol 9. Creche Anna Augusta França 10. PMRP Secretaria Municipal da Saúde 11. Arquidiocese Paróquia Nossa Senhora de Lourdes 12. Escola Profº José Pedro Moreira 13. Feira livre (aos domingos) 14. Centro de Educação Profissional 15. UBS Waldemar Barnsley Pessoa 16. Profª Glete de Alcântra 17. Secretaria de Administração 18. Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto 19. Associação Obreiros do Bem 20. Base de apoio Comunitário 21. Quadra esportiva pública 22. Núcleo de atendimento à Criança e Adolescente (Programa Segundo Tempo)
sem escala
Equipamento Urbano, segundo a norma brasileira NBR 9284, é um termo que designa todos os bens públicos ou privados, de utilidade pública, destinadas à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos ou privados.
Conforme denota-se no mapa, constata-se que a área abordada apresenta predominância de equipamentos urbanos de uso educacional, tratando-se de diversas etapas de ensino estadual. Ainda assim a quantidade de escolas não atende toda a demanda da região. Por exemplo, no ensino médio, a maioria dos adolescentes acabam indo estudar na escola da Vila Virgínia ( Profª Eugênia de Vilhena) por faltar vaga nas escolas perto de suas casas.
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
1. Centro Social Marista Irmão Rui Av. Manoel Antônio Dias
14. Centro de Educação Profissional Rua: Profº Wladimir Pinto Ferraz
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
3. UBS Jd. Maria das Graças Rua: Cruz e Souza
15. Waldemar Barnsley Pessoa Rua: Gui Saad Salomão
16. Escola Profª Glete de Alcântra Rua: Gui Saad Salomão
FONTE: Lima. Luzia
5. Escola Profª Rosângela Basile Rua: Samuel Martineli
FONTE: Lima. Luzia
16. Escola Profª Glete de Alcântra Rua: Lúcio de Mendonça
FONTE: Lima. Luzia
20. Base de Apoio Comunitário Av. Patriarca
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
9. Creche Anna Augusta França Rua: Júlio Ribeiro
FONTE: Lima. Luzia
8. Campo de Futebol Rua Júlio Ribeiro
21. Quadra Esportiva pública Av. Patriarca
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
22. Núcleo de aten. Criança e Adolescente Rua: Nadin Latufe
52
VEGETAÇÃO
6 5
3
FONTE: Lima. Luzia
1. Av. Cásper Líbero
4
2
7
1
Área bem arborizada
Área Predominantemente arborizada
4
8 Árvores existentes antes da ocupação área institucional
FONTE: Lima. Luzia
2. Samuel Martineli
Terreno escolhido sem escala
A vegetação existente na área de estudo apresenta diversas características, sendo essas distribuídas de forma heterogênea. Por consequência do adensamento urbanístico o objeto de estudo, Parque Ribeirão e seus respectivos bairros vizinhos apresentam um décifit em arborização como pode ser constatado no mapa de estudo acima. Esse déficit pode afetar os moradores de diversas formas, como por exemplo, a falta de caminhos sombreados, além do microclima local. Foi identificadas espécies existentes antes da ocupação, que foram conservadas, estas localizadas na área institucional de educação. O local apresenta muitos conflitos com vegetações inapropriadas em calçadas, as avenidas com canteiros centrais possuem significativos eixos verdes.
FONTE: Lima. Luzia
3. Rua. Juvenal Guimarães
FONTE: Lima. Luzia
4. Av Cásper Líbero
4. Praça Av. Cásper Líbero
FONTE: Lima. Luzia
4. Praça Av. Cásper Líbero
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
8. Praça Rua: José Francisco da Silva
7. Praça Rua: Orlando Ziotti
FONTE: Lima. Luzia
6. Praça Rua: Cruz e Souza
FONTE: Lima. Luzia
FONTE: Lima. Luzia
5. Praça Rua: Dr. Eugênio Casilo
54
ASPECTOS SOCIOECONÔMICO Homens X Mulheres População de Ribeirão Preto A população de Ribeirão Preto no estado São Paulo é de 604.682 habitantes. População Cidade Ribeirão Preto X Estado São Paulo
6.000
4.500
População do Subsetor Oeste 10.289 hab.
98,6%
Conforme o censo 2010 a população de Subsetor Oeste - 8 (o-8) é distribuida entre homens e mulheres. A População masculina, representa 5.101 hab. e a população feminina, 5.188 hab. O gráfico abaixo demonstra essa relação:
3.000
Ribeirão Preto
1.500
São Paulo
Homens Mulheres
0
A população de Ribeirão Preto representa 1,38% da população de São Paulo.
Censo 2010
Em Subsetor Oeste - 8 (o-8), Ribeirão Preto, existem mais mulheres do que homens. Sendo a população composta de 50.42% de mulheres e 49.58% de homens.
FONTE: Brasil Sabido
FONTE: População
Educação Segundo o Censo 2010, haviam 73.242 matriculas no ensino fundamental e 25.843 no ensino médio. Ainda assim o total da população alfabetizada é de 543.689.
Matricula em Ensino Fundamental e Ensino Médio
26,1% 73,9%
FONTE: Brasil Sabido
Alfabetismo
Ensino Fundamental Ensino Médio
Alfabetizados Analfabetos
89,9%
Faixa etária da população de Subsetor Oeste - 8 (o-8) - Ribeirão Preto
0 a 4 anos 5 a 14 anos
24,4%
15 a 64 anos 65 anos e +
64,8%
FONTE: População
Dados Tabulados sobre a População de Subsetor Oeste DOMIICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTE POPULAÇÃO RESIDENTE POPULAÇÃO HOMENS POPULAÇÃO MULHERES RAZÃO DE DEPENDÊNCIA JOVENS RAZÃO DE DEPENDÊNCIA TOTAL RAZÃO CRIANÇAS - MULHERES MÉDIA DE MORADORES POR DOMÍCILIOS PROPORÇÃO DE DOMÍCILIOS OCUPADOS PROPORÇÃO DE DOMÍCILIOS NÃO OCUPADOS
3.019 10.289 5.101 5.188 37.6% 43.0% 29.9% 3.7 91.9% 8.1%
FONTE: População
56
Renda A renda per capita média de Ribeirão Preto cresceu 46,14% nas últimas duas décadas, passando de R$ 899,18, em 1991, para R$ 1.070,28, em 2000, e para R$ 1.314,04, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,02%. Entre 1991 e 2000, essa taxa média anual foi de 1,95%. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 4,73%, em 1991, para 5,95%, em 2000, e para 2,53%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,53, em 1991, para 0,56, em 2000, e para 0,54, em 2010.
RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE - MUNICÍPIO - RIBEIRÃO PRETO-SP
1991
2000
2010
Renda per capita % de extremente pobres % de pobres
899,18 0,81 4,73
1.070,28 1,52 5,95
1.314,04 0,61 2,53
Índice de Gini
0,53
0,56
0,54
FONTE: PNUD, Ipea e FJP Distribuição da renda por quintos da população (ordenada segundo a renda domiciliar per capita)
1991 Índice de Gini É um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.
2000 7,6%
2010 6,8%
18,4% 58,5%
7,6%
10,8%
11,4%
11,4%
18,1%
18,3% 60,8%
59%
FONTE: PNUD, Ipea e FJP
1º Quinto 2º Quinto 3º Quinto 4º Quinto 5º Quinto
3.2 O TERRENO A escolha do terreno - que está localizado na esquina da Rua José Adriano Morrei Junior e Av. Cásper Líbero - se deu através de uma visita que realizei ao SAICA (Serviço de Acolhimento Institucional à Crianças e Adolescentes) no dia 25 de Março 2019, localizado no bairro Planalto Verde - Ribeirão Preto. Em conversa com a responsável do local, Maria Aparecida de Souza, percebi que ali se recebia/acolhia crianças e jovens de todas as regiões da cidade , e que muitas delas vinham do bairro Parque Riberão Preto. Após essa visita, fiz um breve levantamento do bairro Parque Ribeirão afim de entender as necessidades dos que ali residiam. A área tem uma grande demanda de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e tem também alguns equipamentos voltados para a educação com programas sociais, como o Núcleo de atendimento à Crianças e Adolescentes, Centro Social Marista Ir. Rui e a Base de apoio comunitário, ambos atendem como programa de segundo tempo, evitando assim que essas crianças e jovens fiquem nas ruas. Porém a área não conta com nenhum tipo de casa de acolhimento/casa abrigo, o que me faz pensar que seria totalmente condizente implantar um projeto desse caráter nessa região, ele agregaria juntamente com os equipamentos já existentes. Com este projeto não seria necessário que essas crianças se deslocassem para tão longe, as crianças e jovens que residirem nessa Casa-Lar FONTE: Foto área do poderiam utilizar dos mesmos espaços, programas e atividades que as outras google crianças da região, o que proporcionaria a elas a sociabilidade com outras pessoas sem se sentirem exclusas da sociedade, sem se sentirem um grupo a parte .
sem escala
Ru
aJ
RESTRIÇÕES LEGAIS
os
éA Ju dria ni no or M
Segundo a lei complementar nº 2157 de 2007 do Plano diretor de Ribeirão Preto fica instituído que na divisão territorial a Zona Oeste se enquadra na ZUP (Zona de Urbanização Preferencial). Desta forma deve-se respeitar os seguintes índices urbanísticos: - Densidade Populacional líquida máxima é de 2.000hab/ha e básica de 850hab/ha, adotando uma média de 3,4 pessoas por unidade unifamiliar; - Coeficiente de aproveitamento é de 5X (cinco vezes) a área do terreno; - Sollo natural permeável 10%, pois a área do terreno é de 446,64m²( o que configura dimensão inferior a 1.000m² ); - Os recuos do lote são de acordo com a legislção minucipal, podendo haver o encostamento nas edificações que circulam o terreno escolhido. - Taxa de Ocupação é de 70% do lote, respeitando os recuos e a taxa de solo natural.
or
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L er
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ás .C Av
QUADRA 78 | LOTE 3 AREA DE 446,64m²
58
INTRODUÇÃO
Fundamentação TEÓRICA
LEVANTAMENTO
Análise e sistematização de Dados
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
ANÁLISE
Referências Projetuais
REFERÊNCIAS Bibliográficas
CENTRO DE BEM - ESTAR
PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO
Centro de Bem-estar para criança e adolesccente em Paris FONTE: Archidaily
Arrisca-se, no presente trabalho, a dizer que o conceito de leveza é um dos que perpassam as ideias do projeto, tendo em vista que as sensações que a arquitetura causa nos seus usuários, no seu público alvo ou em qualquer pessoa que perpassa por ele, são sensações que podem trazer uma série de sentimentos, tanto positivos, quanto negativos. No caso específico de um Centro de Apoio a ideia de leveza é interessante, agregando um valor positivo ao projeto. Destaca-se como característica projetual de relevância, a ideia do conceito de leveza estrutural, leveza volumétrica, pois o edifício tem uma leveza interior e exterior, havendo um equilíbrio de atividades que acontecem na parte descoberta e atividades que acontecem dentro dele; há também uma leveza do próprio sistema construtivo no uso de materiais, sendo eles pré-moldados. Para além de um conceito geral, alguns detalhes podem ser interessantes, por exemplo a distribuição programática ( dimensionamento de dormitórios diferentes, dimensionamento de espaços de oficinas que possam abrigar números distintos de pessoas). Outra característica projetual são os sistemas de aberturas, com a ideia da utilização de brises, elementos vazados externos móveis, trazendo uma prática diferente para a fachada agregando homogeneidade as visuais do projeto.
CENTRO DE BEM-ESTAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES MARJAN HESSAMFAR & JOE VERONS ARCHITECTES ASSOCIES
FICHA TÉCNICA Localização: Porte dels Lilas, 75019 | Paris - França Área: 6225.0m² Ano do Projeto: 2013
Parte externa FONTE: Archidaily
64
Av en id
a:
Du
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LOCALIZAÇÃO | IMPLANTAÇÃO
Acesso
2
FONTE: Archidaily
Acesso
1
Rua: Paul Meurice (Entrada Principal)
Acesso
FONTE: Archidaily
3
FONTE: Archidaily
Centro de Bem-estar para criança e adolesccente em Paris FONTE: Archidaily
CIRCULAÇÃO | PÚBLICO x PRIVADO 1. Circulação Principal 2. Home Office 3. Equipe de Educação, Escritório 4. Sala de Espera 5. Dormitório de visitantes dos pais 6. Escritório de Serviço Social 7. Enfermaria 8. Sala de Reunião 9. Escritório de Gestão e Administração 10. Escritório de Serviços
Pátio Interno
Pátio Interno
Parte externa FONTE: Archidaily FONTE: Archidaily
PLANTA TÉRREO
0 1
Em relação à planta o projeto estrutura-se em uma forma de “L” com distanciamentos volumétricos que permitem respiros ou uma composição de cheios e vazios deixando assim grandes terraços recreativos em cada piso. Este sistema de camadas permite a entrada de iluminação e ventilação em todos os espaços alocados nesses setores da planta e um vínculo maior entre interior e exterior. Para otimizar ao máximo a entrada de luz natural, os arquitetos decidiram então posicionar o edifício em torno de jardins delimitados por suas duas volumetrias construídas.
5m
1. Eixo de Circulação principal 2. Eixo de Circulação secundário 3. Eixo de Circulação secundário 4. Dormitório Individual 5. Dormitório Adaptado 6. Escritório de Educação 7. Sala de Jantar 8. Sala de Jogos 9. Sala de Esportes 10. Sala de Aula 11. Mediateca
Pátio Interno
Pátio Interno
LEGENDA Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres
FONTE: Archidaily
PLANTA PRIMEIRO PISO
0 1
5m
66
1. Eixo de Circulação Principal 2. Eixo de Circulação Secundário 3. Dormitório de 3 camas 4. Banheiro Compartilhado 5. Escritório - Equipe de Educação 6. Sala de Jantar 7. Sala de Jogos 8. Sala de Leitura 9. Sala de Psicomotor 10. Jardim de Infância 11. Escritório 12. Terraço de Jogos
O edifício é estruturado a partir de pátios internos que se configuram como vazios, a partir deles os usuários tem a possibilidade de visualização de todos os níveis da edificação, pois em qualquer lugar que esteja na edificção a partir do pátio consegue-se ter visualização dos outros espaços.
LEGENDA Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres Laje Jardim
FONTE: Archidaily
1. Eixo de Circulação Primária 2. Eixo de Circulação Secundário 3. Dormitório de 3 camas 4. Banheiro Feminino 5. Banheiro 6. Escritório - Equipe de Educação 7. Sala de Jantar 8. Sala de Jogos 9. Sala de Aula 10. Mediateca 11. Escritório
Pátio Interno
Pátio Interno
Parte externa do edifício FONTE: Archidaily FONTE: Archidaily
PLANTA TERCEIRO PISO
0 1
5m
Pátio Interno
Pátio Interno
PLANTA SEGUNDO PISO
0 1
5m
1. Dormitório 2. Dormitório 3. Dormitório 4. Dormitório 5. Jardim de Infância 6. Escritório de Educação 7. Sala de Ausculta 8. Escritório Versátil 9. Sala de Visita 10. Espaço DML 11. Quarto - Alimentação Bebê 12. Escritório 13. Terraço de Jogos
Pátio Interno
Pátio Interno Parte externa do edifício FONTE: Archidaily
PLANTA QUARTO PISO
0 1
5m
FONTE: Archidaily
Percebe-se que no edifício há semelhança com unidades de apartamentos, sendo com 3 dormitórios, um grande espaço de sociabilidade e uma área molhada de apoio direto, não precisando se locomover para fazer as necessidades, sendo uma unidade autônoma. Portanto, nota-se que não se tratam apenas de dormitórios individualizados, e sim um núcleo habitacional que da suporte a várias atividades, inclusive atividades de preparo de alimentos, higiene pessoal, etc.
1. Alojamento do Pessoal 2. Passarela Exterior 3. Não telhado acessível
Pátio Interno
Pátio Interno LEGENDA Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres Laje Jardim FONTE: Archidaily
PLANTA QUINTO PISO
0 1
5m
68
1. Armazenamento de loja 2. Sala de Equipamentos 3. Enfermaria 4. Sala de Espera 5. Sala de Visita 6. Quarto individual (12-18 anos) 7. Quarto coletivo (3-6 anos) 8. Sala de Jantar 9. Quarto Coletivo (6-12 anos) 10. Berçário 11. Alojamento Pessoal
FONTE: Archidaily
1. Sala de Espera 2. Gestão de Escritórios 3. Escritório de Serviços Responsáveis 4. Armazenamento de Loja 5. Biblioteca de funcionários 6. Oficina 7. Despensa 8. Quarto de adolescente 9. Mediateca 10. Sala de Aula 11. Sala de Jogos 12. Sala de Jantar 13. Quarto (3-6 anos) 14. Escritório Educador 15. Quarto (6-12 anos) 16. Unidade Berçário (0-3 anos) 17. Terraço de Jogos 18. Alojamento Pessoal
LEGENDA Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres Laje Jardim
FONTE: Archidaily
CORTE AA
CORTE BB
0 1
0 1
5m
5m
Também postou-se por fazer da escada principal um importante ponto central, não sendo apenas um elemento de ligação entre níveis subsequentes, mas sim um grande passeio pelo projeto, pois há vastas aberturas direcionando o olhar para o meio físico exterior. Foi dado ênfase na concepção de finalidade mobiliário construído.
Imagem interna | circulação vertical FONTE: Archidaily
PROGRAMA DE NECESSIDADES| SETORIZAÇÃO 1. Circulação Principal 2. Home Office 3. Equipe de Educação, Escritório 4. Sala de Espera 5. Dormitório de visitantes dos pais 6. Escritório de Serviço Social 7. Enfermaria 8. Sala de Reunião 9. Escritório de Gestão e Administração 10. Escritório de Serviços
Imagem interna FONTE: Archidaily
FONTE: Archidaily
LEGENDA Áreas de Alimentação Áreas de Recreação Áreas Administrativas Áreas de Descanso
PLANTA TÉRREO
0 1
5m
1. Eixo de Circulação principal 2. Eixo de Circulação secundário 3. Eixo de Circulação secundário 4. Dormitório Individual 5. Dormitório Adaptado 6. Escritório de Educação 7. Sala de Jantar 8. Sala de Jogos 9. Sala de Esportes 10. Sala de Aula 11. Mediateca 12. Lavanderia
FONTE: Archidaily
PLANTA PRIMEIRO PISO
0 1
5m
70
1. Eixo de Circulação Principal 2. Eixo de Circulação Secundário 3. Dormitório de 3 camas 4. Banheiro Compartilhado 5. Escritório - Equipe de Educação 6. Sala de Jantar 7. Sala de Jogos 8. Sala de Leitura 9. Sala de Psicomotor 10. Jardim de Infância 11. Escritório 12. Terraço de Jogos
1. Eixo de Circulação Primária 2. Eixo de Circulação Secundário 3. Dormitório de 3 camas 4. Banheiro Feminino 5. Banheiro 6. Escritório - Equipe de Educação 7. Sala de Jantar 8. Sala de Jogos 9. Sala de Aula 10. Mediateca 11. Escritório
Pátio Interno
Pátio Interno
Pátio Interno
FONTE: Archidaily
PLANTA SEGUNDO PISO
0 1
5m
LEGENDA Áreas de Alimentação Áreas de Recreação Áreas Administrativas Áreas de Descanso Áreas Psicológicas | Terapêuticas
Este tipo de instituição está sujeito a constantes mudanças, não só durante a vida útil do edifício em si, mas também em todas as etapas do projeto. Edifício projetado como uma matriz que permite amplas possibilidades de mudanças durante etapas de estudos do projeto. Por exemplo, os grandes corredores não foram desenhados apenas como passagens, mas também podem ter outros usos caso seja necessário.
Pátio Interno
Corredor FONTE: Archidaily
FONTE: Archidaily
PLANTA TERCEIRO PISO
0 1
5m
1. Dormitório 2. Dormitório 3. Dormitório 4. Dormitório 5. Jardim de Infância 6. Escritório de Educação 7. Sala de Ausculta 8. Escritório Versátil 9. Sala de Visita 10. Espaço DML 11. Quarto - Alimentação Bebê 12. Escritório 13. Terraço de Jogos
PLANTA QUARTO PISO
Pátio Interno
1. Alojamento do Pessoal 2. Passarela Exterior 3. Não telhado acessível
Pátio Interno
Pátio Interno
Pátio Interno
PLANTA QUINTO PISO
0 1
5m
0 1
5m
LEGENDA Áreas de Alimentação Áreas de Recreação Áreas Administrativas Áreas de Descanso
Para manter uma sensação acolhedora ao longo do projeto, uma demanda colocada aos arquitetos foi desenhar a comunicação visual e mobiliário do seu interior. O contato regular com o pessoal permitiu a criação de uma sinalização poética e lúdica. Centro de Bem-estar para criança e adolesccente em Paris FONTE: Archidaily
72
SISTEMA CONSTRUTIVO: MATERIALIDADES
LAJE EM BALANÇO
(Sensação de leveza ao edifício). Percebe-se que os volumes são iguais, com isso a ideia de esconder vigas. ELEMENTO VAZADO
O elemento vazado está estruturado a partir dessas lajes que avançam.
CORTE AA
0 1
Centro de Bem-estar para criança e adolesccente em Paris FONTE: Archidaily
O sistema de aberturas no edifício vai permitir entrada positiva de iluminação, insolação natural e ventilação em alguns momentos que precisa garantir um certo grau de privacidade, controlando também a incidência desses raios solares. Nesse sentido esses elementos vazados são justamente para haver um controle, colocando então elementos móveis. Além disso dando uma linguagem de unidade para o edifício, conseguindo assim um sistema que abertura que se comunica (linguagem em comum).
5m
O elemento vazado da fachada é de madeira emoldurada em metal enquanto que os pilares, vigas e lajes são de concreto. A estrutura de concreto de vigas e pilares em toda a construção permitem um certo grau de flexibilidade, porque a vedação é independente da estrutura. Os elementos exteriores pré- fabricados de concreto foram feitos com cimento branco sem eletrodos, portanto, o concreto é auto-limpante e não vai ter sua cor alterada com o tempo mantendo assim seu aspecto original. A escolha de material auto-limpante é importante para combater o clima e a contaminação gerada pelo intenso tráfego, pois por perto passam as principais vias circundantes de Paris. Cimento branco, persianas de cor de outro e metálico são utilizados em todas as fachadas, reforçando a sensação de homogeneidade ao londo de todo o centro.
Materialidade da Fachada FONTE: Archidaily
Elementos exteriores FONTE: Archidaily
74
CASA GAP
MORADIA ESTUDANTIL
RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO O equilíbrio do projeto, a relação entre o público e o privado, que se define através do pátio, o qual cria um espaço ao ar livre, trazendo a natureza para dentro do edifício, além de incentivar as relações sociais entre os residentes. O projeto da Casa Gap busca ajudar o estilo de vida dos jovens dos tempos atuais. Para isso, os espaços comuns como sala de estar, cozinha e espaço para refeições são compartilhados. Dessa forma podemos ter uma visão de “casa compartilhada”.
CASA GAP
ARCHIHOOD WXY
FICHA TÉCNICA Localização: Bokjeong-dong | Coréia de Sul Área:596.0m² Ano do Projeto: 2015
Casa GAP FONTE: Archidaily
78
LOCALIZAÇÃO | IMPLANTAÇÃO
FONTE: Archidaily
Casa GAP FONTE: Archidaily
FONTE: Archidaily
CIRCULAÇÃO |PÚBLICO x PRIVADO |PROGRAMA DE NECESSIDADES 1. Jardim / Pátio 2. Loja 3. Banheiro 4. Eixo de circulação vertical 5. Armazenamento
FONTE: Archidaily
PLANTA TÉRREO
Pátio Interno FONTE: Archidaily
1. Jardim / Pátio 2. Dormitórios 3. Sala 4. Varanda 5. Banheiro 6. Utilitário 7. Eixo de circulação vertical LEGENDA Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres
O pátio é um grande vazio, um espaço aberto comum que engloba todo o edifício, através de uma área de pilotis de fácil acesso. Tal vazio permite que a fachada da frente e posterior, através das aberturas, recebam ventilação e iluminação natural do sul. Além disso, o pátio torna-se o real sentido do local pois, incentiva a sociabilidade. O equilíbrio é coordenado pelo espaço ao ar livre que define o conceito do projeto - um desenho que ajuda a trazer a natureza aos residentes e fomentar a interação e a sociabilidade entre os companheiros na casa.
PLANTA PRIMEIRO PISO
FONTE: Archidaily
80
1. Jardim / Pátio 2. Dormitórios 3. Sala 4. Varanda 5. Banheiro 6. Utilitário 7. Eixo de circulação vertical
Varandas do quarto FONTE: Archidaily
Um vão em menor escala representa as varandas das seis unidades. São projetadas com abertura para o exterior e para o pátio, permitindo a comunicação com os vizinhos. Para evitar que os residentes percam privacidade, as varandas foram projetadas de forma mais linear, e são colocadas no interior de cada uma das unidades para impedir que pessoas de fora possam ver o que se passa dentro.
FONTE: Archidaily
PLANTA SEGUNDO PISO
1. Jardim / Pátio 2. Dormitórios 3. Sala 4. Varanda 5. Banheiro 6. Utilitário 7. Eixo de circulação vertical
O pátio proporciona a integração dos espaços e as varandas de cada unidade são apoiadas num padrão cruzado para melhorar ainda mais a privacidade entre os pavimentos. LEGENDA
Pátio Interno FONTE: Archidaily
Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres
FONTE: Archidaily
PLANTA TERCEIRO PISO
1. Estacionamento 2. Jardim 3. Loja 4. Varanda 5. Salas coletiva
FONTE: Archidaily
CORTE BB
Fachada FONTE: Archidaily
1. Acesso 2. Jardim 3. Salas coletivas 4. Varanda 5. Banheiro 6. Eixo de circulação vertical Diagrama FONTE: Archidaily
LEGENDA
FONTE: Archidaily
CORTE AA
Circulação Principal Circulação Vertical Áreas Coletivas Áreas Privadas Áreas Livres
82
INTRODUÇÃO
Fundamentação TEÓRICA
LEVANTAMENTO
Análise e sistematização de Dados
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
ANÁLISE
Referências Projetuais
REFERÊNCIAS Bibliográficas
ORGANOGRAMA
REPOUSO
PLANO DE MASSAS
ESTUDOS
HIGIENE
RECREAÇÃO SERVIÇO
HIGIENE
ALIMENTAÇÃO
ADM
FLUXOGRAMA REPOUSO
.Dormitórios .Dormitório do Cuidador
ESTUDOS
HIGIENE Banheiros
RECREAÇÃO . Área livre . Lazer . Brinquedoteca
SERVIÇO .área de serviço
ALIMENTAÇÃO .Cozinha . Despensa .Sala de Jantar .Sala de Estar
HIGIENE Banheiros
ADM
. Recepção . Coordenação . Sala de Reunião
DESENVOLVIMENTO
86
|3| PROCESSO DE PROJETO Diagramas
Uso do terreno
Separação de atividades
Subtrair Criar dois blocos separados
Ampliar campo de visão
Encaixar volumes e voltar a ser apenas um bloco
Separar blocos (assim separa também as atividades) criando espaço comum entre os dois blocos.
Elevar volumes
Tombar volumes
Valorização do espaço entre os blocos
Rotação dos volumes no terreno, ganhando qualidade de espaço.
Trabalhar as alturas e redesenhar a forma
Criar conexão de um bloco ao outro
88
MEMORIAL JUSTIFICATIVO | DESCRITIVO CONCEITO | PARTIDO
O terreno escolhido está localizado em uma área com grandes índices de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, Zona Oeste de Ribeirão Preto. Além disso existem vários equipamentos voltados para o atendimento educacional, atendendo as crianças e adolescentes com programas de segundo tempo. O fato do terreno estar totalmente inserido em área residencial é mais um fator importante, pois assim as crianças e adolescentes que forem acolhidas na casa lar, não se distanciarão excessivamente do ponto de vista geográfico e sócio-econômico de sua realidade de origem, fazendo com que elas não se sintam em um ambiente em que não pertencem. O conceito do projeto é proporcionar melhor qualidade de vida a essas crianças e adolescentes, é possibilitar a integração com o espaço onde vivem, é permitir que colecionem boas memórias, que o lar para elas, seja como é para todas as outras crianças que tem aonde morar e estruturação familiar, é favorecer a elas a sensação de proteção (como a sensação que temos em nossa casa) e de pertencimento ( porque elas fazem parte dessa sociedade). O edifício será concebido através da criação de dois blocos ligados por uma passarela: o primeiro será destinado a área administrativa, sendo o terraço de uso livre para as crianças e adolescentes, o segundo destinado ao uso privativo no pavimento superior com os dormitórios e no pavimento inferior, áreas de uso comum.
O espaço livre criado entre esses dois blocos serão destinados a atividades de lazer e área de convívio. Não será realizado no projeto, espaços como: salas de aulas, oficinas, ateliês ou quadras esportivas, afim de não tornar essa casa-lar em um centro cultural. Dessa forma, o projeto deve promover o desenvolvimento das crianças e adolescentes a reintegração na sociedade. Tendo o concreto armado como principal materialidade do projeto, a casa abrigo é visualmente e espacialmente definida por sua volumetria incomum, as paredes que formam esse desenho distinto são o principal sistema de carga e estabilidade para o edifício. Ainda com uma preocupação externa, foi acresentado a madeira, presente nos fechamentos de algumas aberturas contrastando sua cor quente com a cor neutra do concreto. No interior, foi priorizado a flexibilidade de layout, uma vez que, a demanda de criança e adolescentes na Casa Abrigo é um número variável, podendo haver situações diversas para divisão de quartos, por exemplo. Para que seja possível haver essa flexibilidade, foi adotado o uso de divisórias articuladas que se deslocam por trilhos, que podem ser fixos na laje deixando o piso livre , possibilitando agilidade na hora de reformular o espaço, evitando grandes reformas.
PROGRAMA DE NECESSIADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO A elaboração do programa de atividades aconteceu levando em consideração os espaços necessários para atender as crianças e adolescentes
TERREO Ambientes
2 PAVIMENTO Quantidade
Área m²
Ambientes Lazer Dormitório w.c
Hall de entrada Sala de estar Sala de jantar Cozinha Área de serviço w.c
1 1 1 1 1 2
4.11m² 43.59m² 23.27m² 8.85m² 7.18m² 8.43m²
Sala de Reunião Recepção Administrativo
1 1 1
7.77m² 8.65m² 13.77m²
TOTAL
Berçario Dormitório cuidador w.c cuidador Sala de Estudos w.c Lazer TOTAL
2 4 2
Área m² 50.59m² 54.41m² 11.60m²
TOTAL
116.60m²
TÉRREO
125.62m²
1 PAVIMENTO
129.40m²
2 PAVIMENTO
116.60m²
ÁREA TOTAL
371.62m²
125.62m²
1 PAVIMENTO Ambientes
Quantidade
Quantidade 1 1 1 1 1 1
Área m² 15.83m² 9.45m² 5.55m² 15.29m² 4.38m² 78.90m² 129.40m²
90
DETALHES
DIVISÓRIA ARTICULADA Divisória articulada é uma solução para espaços variados. Este sistema permite compor ambientes, subdividindo-os instantaneamente, proporcionando assim planimetrias adequadas às necessidades de ocupação. Neste caso, como pode haver variadas situações nas divisões de quartos, esse sistema é o mais indicado para conseguirmos reformular o layout sem precisar passar por processo de reforma.
Dados Técnicos Dimensões do painel: Altura e largura em função do projeto e do tipo de revestimento, sempre em módulos iguais e também em função do espaço disponível para receber os painéis (nicho).
lã de planta
* Espessura: 111 mm para chapas sobrepostas. 81mm para chapas interpostas * Peso estimado do painel: 47 kg/m². * Fixação do painel: Processa-se por encaixe e com manivela que aciona dois mecanismos telescópicos incorporados ao painel e que pressiona o piso e o teto com aderência em borracha.
corte perspectiva
* Detalhes dos Trilhos: Os trilhos de alumínio estão fixados sempre acima do forro, na laje, em vigas de concreto ou estruturas metálicas,com tirantes e suportes fabricados na medida necessária, fixados com buchas mecâni cas. * Miolo: lã de rocha, polímero, lã de pet ou de acordo com a necessidade do projeto.
Modulações 3
Vantagens das divisórias articuladas
vidro
versatilidade, pois permite a possibilidade de abertura total do ambiente, transformando duas salas em uma rapidamente. Não se trata de uma simples divisão de ambientes, e sim uma grande flexibilidade de layout.
porta
Detalhe 4 Painel | Parede
painel
painel
painel
2
5
Detalhe 1 Painel | Painel
vidro
Detalhe 2 Painel | Vidro
Detalhe 5 Canto | Batente
1
4
Detalhe 3 Vidro| Vidro
Outra grande vantagem da divisória movel é a questão acústica. Compostas por painéis independentes com sistemas multidirecionais que se desloca por trilho, que podem ser fixos na laje ou em uma estrutura auxiliar (treliça), deixando o piso livre, possibilitando agilidade na hora de dividir ou multiplicar o espaço.
92
IMPLANTAÇÃO E COBERTURA
d
R. José Adriano M. Junior
1 Acesso 2. Terraço 3. Laje impermeabilizada 4. Jardim 03
c
3 04
a
I=7.85%
a
I=7.85%
2
02 b
b
1
+ 0.00
4
4
- 0.05
Calçada
d
c
N
01
Av. Casper Líbero
0
1
3
5
Imagem. Térreo Pátio
94
Imagem. Fachada Principal
TÉRREO
9. Recepção 10. Administração 11. Sala de Reunião 12. w.c
c
2,40
+ 0.02
6
5
7
1,83
2
2,35
8,31
10
1,97
2,80
12+ 0.02
+ 0.05
a
11
3,33
8
4,43
2,67
1,87
3,30
d
5,30
1. Escada 2. Elevador 3. Sala de Estar 4. Sala de Jantar 5. Cozinha 6. Área de Serviço 7. w.c 8. Hall de entrada
a
3,00
9
+ 0.05
3
4
1
b 7,80
b 10,00
+ 0.00
- 0.05
11
d
c
N
0
1
3
5
96
PRIMEIRO PAVIMENTO 1. Escada 2. Elevador 3. Sala de Estudos 4. Berçário 5. Dormitório Cuidador 6. w.c cuidador 7. w.c 8. Terraço d
+ 3.12
7
2
4,55
7,80
3
2,35
3,90
4,50
4
c
+ 3.12
a 2,57
4,47
1 + 3.12
b
6 11,15
8,55
1,60 4,25
a
5
4,33
b
8
+ 3.15
d
N
c
0
1
3
5
Imagem. 1ยบPavimento Sala de Estudos
98
Imagem. Fachada Posterior
SEGUNDO PAVIMENTO
1. Escada 2. Elevador 3. Dormitรณrio 4. Lazer 5. w.c c
d
3,26
+ 6.22
5
3
a
3,80
3,47
3 4,25
2
a
3,60
4 3,70
5,00
4,00
+ 6.25
3,22
3
1,80
+ 6.22
3
1 5
3,45
d
7,80
b 1,96
b
c
N
0
1
3
5
100
CORTE A-A
+ 9.35
+ 6.25
+ 3.15
+ 0.05
0
1
3
5
ELEVAÇÃO 01 | Av. Casper Líbero
0
1
3
5
102
CORTE C-C
+ 9.35
+ 6.25
+ 3.15
+ 0.05
0
1
3
5
ELEVAÇÃO 02 | R. José Adriano M. Junior
0
1
3
5
104
ELEVAÇÃO 03 | Posterior
0
1
3
5
CORTE B-B
+ 9.35
+ 6.25
+ 3.15
+ 0.05
0
1
3
5
106
ELEVAÇÃO 04| Posterior
0
1
3
5
CORTE D-D
+ 9.35
+ 6.25
+ 3.15
+ 0.05
0
1
3
5
108
Imagem. Térreo Sala de Estar
Imagem. 1 Pavimento Terraรงo
110
Imagem. TĂŠrreo Sala de Jantar | Sala de Estar
Imagem. Térreo Pátio
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Imagem. 1 Pavimento Vista sala de estudo | escada
Imagem. 2 Pavimento Dormitรณrio
114
INTRODUÇÃO
Fundamentação TEÓRICA
LEVANTAMENTO
Análise e sistematização de Dados
ESTUDO Preliminar e Anteprojeto
ANÁLISE
Referências Projetuais
REFERÊNCIAS Bibliográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069 de 1990. BRASIL Plano Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1994. FONSEA, C., SCHUCH, P., URIARTE, P., SOARES, D., CASTILHO, J., RECENA, M, A. Estrutura e composição dos Abrigos para Crianças e Adolescentes em Porto Alegre. Relatório – Pós-Graduação em Antropologia Social. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. FOLHA.COM. De lavoura a bufê, trabalho infantil tem quatro flagrantes por dia em SP.2015. LUDMILLA. Souza. Estudo mostra evolução do trabalho infantil em São Paulo e Porto Alegre. 2018. LIVROARBÍTRIO. TAG: Capitães de Areia – E se Pedro Bala vivesse nos dias atuais?. 2015. MEDEIROS, M., FERRIANI, M.G.C. Programas de Atenção às Crianças e aos Adolescentes em Situação de Rua: Percepções de seus Coordenadores. Ver. Bras. Cresc. Desenv. Hum., São Paulo,5(1/2),1995. Refere-se ao Art. De mesmo nome, V(1/2), 48-59,1995. MPF. Como é a vida de crianças e adolescentes nos abrigos. Disponível em <http://www.turminha.mpf.mp.br/direitos-das-crianças/convivencia-familiar-e-comunitaria. >Acessado em 20.03.2019. NAZARIO, Roseli. Infância das crianças pequenas no contexto de acolhimento institucional: narrativas de meninas e meninos na casa (lar) 2014.260p. Tese de Doutorado (Programa de pós Graduação em Educação) – Centro de ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,2014.
OGG, Helena D’ Ávila. Centro de Assistência à população em situação de rua. Dissertação (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) – UTFPR. Curitiba, 2014. OLIVEIRA, José Roberto de. A rua na pobreza e a pobreza na rua: a rua como novo local do habitar. Um estudo das relações entre moradores de rua e espaço urbano. Dissertação (Mestrado Em Arquitetura E Urbanismo) – Universidade Federal Fluminense,2006. QUINTÃO, Paula Rochlitz. Morar na rua: há projeto possível?. Dissertação (Mestrado – Área De Concentração: Projeto, Espaço E Cultura) - Fauusp. São Paulo, 2012. RIZZINI, Irene. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: Ed PUC-Rio; São Paulo: Loyola,2004. SIERRA,V.M., MESQUITA, W.A. Vulnerabilidade e Fatores de Risco na Vida de Crianças e Adolescentes. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v.20, n.1,p.148-155, jan/mar.2006. Disponível em <http://www.seade.gov.br>; <http://www.scielo.br>. VÉRAS, Maura P. B. Sociedade urbana: desigualdade e exclusão sociais. Caderno CRH, Salvador, N.38, P 78-114, Jan. / Jun./ 2003. Disponível < https://portalseer.ufba.br/index.php/crh/article/view/18616
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CASA
AB R IGO
Luzia Dos Santos Lima 2019