WandaVision
CAPA
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Figurino dos anos 50: Marvelous Mrs. Maisel 10 fatos facinantes sobre a moda dos 70’s em The Get Down Em Anne With An E os trajes são baseados em um período exato?
Coleção de Smith inspirada em “Um Maluco no Pedaço”
Figurinista de Grown-Ish, estilo e carreira
DARK
Oh, series? janeiro/2021 edição 01
Editorial
Nota da Editora A revista Oh, Series? lança a sua primeira edição em 2021. Abordando o tema de séries atuais e clássicas, a revista busca focar na construção de personagens e de identidade através das roupas e figurinos presentes nas séries. Nessa primeira edição, nossa equipe trabalhou buscando algumas das séries mais faladas ultimamente e que tivessem um forte trabalho de direção de arte e figurino, além de séries clássicas que marcaram épocas e estão sempre sendo relembradas pelos telespectadores. Não se limitando a séries de um só tipo, a revista tem como um dos pilares mostrar produções audiovisuais diferentes entre si, de países diferentes, culturas diferentes e para públicos diferentes. Se vocês, nossos leitores, lerem a revista, é praticamente impossível não se interessar por pelo menos uma dessas produções. Nesta edição, nossa primeira, por exemplo, temos séries infanto-juvenil, séries mais adultas, comédias, dramas, séries americanas e também de outros países. O nosso objetivo é apresentar séries novas para nosso público, mas também uma visão diferenciada sobre a estética escolhida para cada uma das séries, seja relacionado com os figurinos de época de séries como Anne com E, seja com a escolha de cores em produções mais pesadas emocionalmente como Dark. Outro ponto apresentado nesta revista é o inverso: ao invés de um mundo influenciar o figurino de uma série, uma série influenciar como as pessoas do mundo real vão querer se vestir, como quando se cria uma coleção de roupas baseada em uma série, algo que acontece com mais frequência do que se pensa, nesta edição mostrada através da coleção inspirada em Um Maluco no Pedaço. Agradecemos então a todos os nossos leitores, bem como a todas as pessoas envolvidas na produção da primeira edição da Oh, Series?, nossa equipe, que conta com Carol Lima (que vos escreve), Nayara Ramos, Niedja Oliveira e Taynan Barbosa; e os professores que apoiaram e orientaram o projeto, Hans Waechter e Othon Vasconcelos. Aproveitem a revista que têm nas suas mãos.
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edição 01
janeiro/2021
Conteúdos
Moda
Figurino dos anos 50:
The Marvelous Mrs. Maisel 04
Arte
Dez fatos fascinantes sobre a
incrível moda dos Anos 70 em The Get Down 16
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Editorial
O Gambito da Rainha
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História
Em Anne With an E os trajes são baseados em um período exato? 34
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Tempo
DARK: o que o figurino 42 pode revelar?
A evolução do estilo em WandaVision 48 Perfil
Figurinista de Grown-Ish, estilo e carreira 54
Consumo
Coleção de Roupas de Will Smith inspirada em “Um Maluco no Pedaço” 62 5
Moda
Figurino dos anos 50:
The Marvelous Mrs. Maisel
O que dizer de uma série com um figurino que não se repete? E com uma ambientação perfeita dos anos 50? Esses são os elogios básicos que qualquer pessoa consegue reparar só de assistir os primeiros episódios e que deixam a série melhor ainda. The Marvelous Mrs. Maisel começou a ser exibida em 2017 pela Amazon Prime e já ganhou muitos fãs por ser aquela série divertida que você perde a noção do tempo e quando vê, já acabou todos os episódios. Dirigida por Amy Sherman-Palladino, o roteiro conta a história de Miriam Maisel, apelidada como Midge, uma mãe e dona de casa que faz de tudo pelo marido Joel, mas que no fim ele acaba indo embora e deixando a família para trás. Essa é a parte que você pensa que ela ia entrar numa fossa e ficar triste, só que a personagem é tão engraçada que ela fica bêbada e vai até o bar (onde o Joel fazia stand up) e desabafa.
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Sua situação foi tão espontânea que ela faz stand up sem nem perceber e agrada a plateia. É aí que a série engata com uma nova Midge, que fala o que pensa e garante boas risadas para o público. O elenco conta com a participação de Rachel Brosnahan (Midge - de H se of Cards), Alex Borstein (Susie - de Uma Família da Pesada), Tony Shalhoub (Abe - de Monk), Michael Zegen (Joel - de The Walking Dead), Miriam Hinkle (Rose - de Dois Homens e Meio) e Kevin Pollak (Moishe - de Os Suspeitos).
figu rino Para te convencer ainda mais sobre a qualidade do seriado, ele ganhou 8 Emmys na premiação de 2018, incluindo a estatueta de melhor série de comédia, e esse ano já ganhou por melhor figurino de época em TV no Costume Designer Guild Awards. A responsável por esse trabalho impecável é Dona Zakowska, figurinista norte-americana que já trabalhou como assistente de figurino nos filmes de Woody Allen (Crimes e Pecados - 1989, Contos de Nova York - 1990, Simplesmente Alice 1990, Neblina e Sombras - 1991) e vestiu vários famosos como Angelina Jolie e Antonio Banderas. Mesmo vestindo celebridades, o seu trabalho não é tão conhecido nos outros longas e ela começou a ser reconhecida com o Emmy pela série John Adams da
HBO em 2008. Por isso devemos lembrar que apesar de um figurinista ter poucos trabalhos conhecidos, ele pode sim fazer trabalhos muito bons e ser um ótimo profissional. Um ponto importante de se falar é que nessa época (anos 50) as mulheres tinham que estar impecáveis para seus maridos e se fossem solteiras, mais ainda para conquistar um bom partido. As mulheres esperavam os maridos dormirem para tirar a maquiagem e também acordavam mais cedo para se arrumar, só para não ficar ao natural. O figurino é muito importante nessa parte porque para quem pensa que na
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hora de dormir é só colocar qualquer roupa, na série é o contrário. Midge usa camisolas trabalhadas em renda e até sapatos com pompom para compor a roupa de dormir. Para a figurinista Zakowksa, essa parte é a chave de entender a evolução da personagem: “Por muito tempo o robe (como se fosse um roupão de banho, mas em tecidos leves) dava essa sensação de estilo mais romântico, iluminado e bem feminino, mas praticamente já não é mais usado. A série fala sobre a reviravolta de uma vida perfeita de dona de casa que tem que lidar com a realidade, mas nessa época as
mulheres não usavam camisetas para dormir, então a roupa de dormir dava a impressão de que tudo estava bem e elas eram felizes apesar de tudo”.
cipais têm mais de 70% das roupas feitas do zero e o restante veio de lojas vintages e lojas de locação. Segundo a figurinista, nessa época (1950) as pessoas mais ricas preferiam ter rouA figurinista conta ao Deadli- pas sob medida e compravam ne que gostou do roteiro por os próprios tecidos, então ela ser ambientado em Nova York achou tão importante também durante o ano de 1958 e por fazer as peças de Midge. ter como personagem principal A paleta de cores do fiuma mulher que está em tran- sição da vida doméstica para o gurino também foi relevante início de uma aventura, o que porque ela usou tons vibrantes também influencia nas roupas como viu em fotografias, e disse que ela usaria. que as cores são os ritmos musicais do roteiro: “A série não Donna Zakowska teve é um musical, mas poderia ser, uma equipe de 20 pessoas e porque a noção que você tem ao ela disse ao The Daily Beast escolher as cores acaba influenque vestiu quase 5 mil pessoas ciando o jeito do programa. Eu na primeira temporada de The tive que criar os tons das rouMarvelous Mrs Maisel. Pratica- pas para poder controlar tudo mente 90% do figurino da série como eu queria, porque eu nunfoi feita pela própria equipe e a ca acharia o tom de pink ou o maioria dos personagens prin- azul do jeito que Midge usa”.
Midge Maisel Midge Maisel (Rachel Brosnahan) é o tipo de personagem que tem controle de si e é muito detalhista, para essa personagem a figurinista teve que seguir uma exigência da diretora: não deixar que a atriz ficasse com aparência depressiva, porque não importa o que acontece em sua vida, ela consegue segurar as rédeas. A peça mais chamativa da série, que já era comentada antes do lançamento, é o casaco rosa que ela usa no açougue (uma das primeiras cenas). “Tem algo nessa cor que me faz pensar que ali (na cena) é onde ela começa a mostrar quem é. Eu me esforcei bastante para encontrar o tecido para o casaco e o rosa tem uma profundidade que ficou bonito tanto nas cenas internas quanto externas”, disse a figurinista. O site EW revelou que foram quase 200 amostras de cores para encontrar esse tom de rosa e que a figurinista recebe várias mensagens nas redes sociais de pessoas interessadas em comprar o tecido. Daí você assiste a série, vê esse casaco e não tinha a menor noção de que pra chegar nele, foram analisadas 200 amostras de tons de rosa! Isso é fazer figurino.
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“
uma personagem que tem controle de si e muito detalhista
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No segundo episódio da primeira temporada, Midge aprendeu a dirigir porque queria muito usar luvas rosas e tudo que envolve a personagem começa com um acessório, que é sua característica única. As mulheres gostavam de combinar os sapatos com as bolsas e deixar um look harmônico e com Midge não era diferente. O vestido de casamento foi inspirado no da Givenchy que Audrey Hepburn usa no filme Funny Face (1957 - dirigido por Stanley Donen) porque a figurinista queria que fosse simples, elegante e que tivesse uma luz própria. Além de Audrey, ela olhou o trabalho da Dior e do estilista francês Jacques Fath porque eles conseguiam mostrar o espírito dos anos 50. Quando ela vai apoiar Joel em sua noite de stand up seu look muda, ela usa um conjunto de calça capri (que não chega até a canela) e blusa preta, e o que traz cor é o lenço colorido. A figurinista disse que o look boêmio teve inspiração no próprio bairro da série: “Havia muitos traços da cultura européia em Nova Iorque nessa época, por isso quando você
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Audrey Hepburn trabalhou ativamente em Hollywood por menos de duas décadas, mas ela ainda é lembrada como um dos maiores ícones da história do cinema – vestindo os looks mais memoráveis de Hollywood e servindo de inspiração até hoje para o cinema e moda.
está trabalhando com o estilo de Nova York nos anos de 1950 é diferente do que você faria com Indiana ou a costa oeste nesses anos. Tinha um movimento cultural, intelectual e artístico muito forte que fez o momento unir política, arte e e moda no centro da cidade”. Na cena do jantar de reconciliação com Joel, Midge usa um vestido vermelho para impressioná-lo e seduzi-lo ainda do jeito dela, mas para a figurinista o vestido passa a ideia de independência, mostrando que a personagem queria dizer “Eu sei que você me deixou, eu não ligo. Eu estou aqui e sou forte!”. No terceiro episódio a linha do tempo é desconstruída e Midge volta ao seu estilo usando um terninho rosa para mostrar que ela continua com a mesma personalidade. No restante da temporada você vê o estilo de Midge mudando, como ao voltar para casa dos pais e usar um look mais casual (continuando bem colorido) com calça rosa e camisa listrada dando um ar mais jovem por estar em sua vida antiga. A figurinista disse que o espírito da personagem mesmo mudando um pouco, continua com a mesma essência da verdadeira Midge, como nas cenas nas quais que ela usa o uniforme de trabalho cinza e os acessórios estampados dão vida ao look. E ela comenta que o figurino dela se divide em roupas de usar no bairro de casa e roupas de usar no centro da cidade (com o visual bem mais despojado).
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“A diferença na moda de Nova York em 1950 era entre a área residencial e o centro. Eu tive que fazer dois guarda-roupas e mesmo assim ela nunca ficaria toda boêmia. E eu lembro de dizer para minha equipe que ela nunca usaria boinas.”
A empresária de Midge e funcionária do Gaslight Café, onde acontecem os stand ups, Susie Myerson (Alex Borstein) contrasta com a amiga toda colorida. Ela usa suéters, calças, suspensórios, jaquetas jeans, boinas e um colar que carrega as chaves do Gaslight e isso foi ideia da diretora. A inspiração veio das fotos originais do lugar, que mostravam várias pessoas com aquele estilo pelo bairro e no café. “Ela tinha que ter um jeito mais durão que ninguém precisasse julgar. A jaqueta de couro no estilo James Dean fez sucesso naquele período e parecia uma boa escolha”. Para a figurinista, o figurino de Susie é importante para dar contraste e tensão entre as duas personagens que são opostas: “A roupa tem que criar o drama para cada personagem e definir as relações”.
Cada análise de figurino tem um aprendizado diferente sobre a importância das roupas para contar a história. Na segunda temporada, a figurinista pensou na evolução de cada personagem com o passar dos episódios e disse que antes Midge tinha a imagem de mãe perfeita e com sua liberdade ela começa a temporada com uma vida mais leve, viajando e estudando. A paleta fica mais iluminada e o visual parisiense começa a ser visto em estampas, roupas curtas e casuais.
A figurinista se inspirou na atriz Grace Kelly (pela elegância e por ela ser referência de estilo nos anos 50) e no filme francês Duas Garotas Românticas (dirigido por Jacques Demy) que mostra duas irmãs que cantam e dançam em busca do sonho de ir a Paris. A paleta de cores do filme é referência para Zakowska que tem a oportunidade de usar muito amarelo e rosa pink e tirar Midge de sua zona de conforto. A pré-produção da segunda temporada foi de 3 meses (12 semanas) e Donna Zakowska contou com uma equipe de 25 profissionais entre assistentes de figurino, costureiras e alfaiates. A figurinista desenhou 85% dos chapéus, comprou bolsas e sapatos vintages online e contratou uma francesa para fazer as roupas íntimas da época para os personagens. Em entrevista ao site E! ela disse que foram cerca de 5000 figurinos, em que mais de 1000 foram para figurantes e 400 para os principais nas cenas de Paris.
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G R A C E K E L L Y
Para a cena inicial da viagem, a figurinista teve a ideia de Midge olhando revistas para saber o que ela poderia usar no aeroporto, porque a personagem nunca tinha andado de avião. O resultado foi um look inspirado em aeromoças e com tons de rosa para lembrar seu estilo da primeira temporada (que nos episódios vai mudando). Aproveitando suas férias em Catskills, lugar onde as famílias judaicas passam o tempo livre no meio do ano, Midge também começa a se aventurar com estampas, como o vestido floral, e usa roupas que ninguém imaginaria ela usando. Seu look no passeio de barco (vestido aberto com shorts verde) foi inspirado nas roupas da designer Claire McCardell e marca o início das roupas mais esportivas femininas - Detalhe: a própria figurinista desenhou borboletas do chapéu. Além disso, a cena da competição de biquíni mostra que Midge já está diferente e mais rebelde, porque ela não poderia participar por não estar casada e muito menos com a roupa de banho que ela escolheu. Não foi só Midge que mudou, sua mãe Rose também teve uma repaginada e sua personalidade contida virou algo bem jovem e vibrante com tons de roxo e vermelho. A atriz Marin Hinkle, que interpreta a personagem, disse em entrevista que o figurino é o que guia sua atuação e quando coloca as roupas, 90% do trabalho já está feito. Bom para lembrar que apesar da boa atuação, o figurino é o que dá vida junto ao cenário no roteiro.
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A roupa de apresentação também mudou, ela começou com calças capri e camisetas de gola, e trocou por vestidos pretos como parte da nova identidade que ela adotou no stand up. A figurinista disse que tentou vários modelos de vestido para ter diferentes opções de silhueta e um dos escolhidos foi um no formato balonê (saia mais solta que o comum). O pai Abe (Tony Shalhoub) resistiu às mudanças, mas quando frequentou cafeterias na temporada em Paris (onde conversava sobre filosofia com as pessoas que conheceu por lá) passou a usar jaqueta de couro e boina. A figurinista contou ao site Vulture que foi divertido trocar o visual dele e ela só deu o pontapé para ele ter uma crise de identidade, e se questionar sobre sua vida. Donna Zakowska disse que a segunda temporada é um momento de transição e que na terceira ela vai se aprofundar em cada personagem com novas personalidades. Os próximos episódios vão demorar para serem lançados, já que The Marvelous Mrs. Maisel é anual, mas você pode ir acompanhando a série pela Amazon.
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propaganda Toda Frida
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Arte
Get Down
Dez fatos fascinantes sobre a incrível moda dos Anos 70 em
The Get Down 16
Esse projeto de Baz Luhrmann traz de volta a moda do hip hop e o glamour da discoteca. Depois de meses de espera, o tão esperado programa da Netflix de Baz Luhrmann, The Get Down, está aqui. A série conta um “conto mítico” de inspiração histórica, mostrando o nascimento do hip hop no fim dos anos 70 nas mãos de adolescentes de olhos arregalados que viviam no perigoso e corajoso South Bronx. Como as outras obras-primas de Luhrmann (Moulin Rouge, O Grande Gatsby, Romeu e Julieta), a série é uma festa para os olhos. Isso se deve em parte a Catherine Martin, esposa de Luhrmann, produtora executiva e designer que, armada com uma década de pesquisas sobre a época, trabalhou com a figurinista Jeriana San Juan para trazer a época de volta à vida.
San Juan (que trabalhou em Sex & Drugs & Rock & Roll, Flesh & Bone e The Americans), teve apenas três meses para criar todos os looks e, no mundo hiper real de Luhrmann, tomou a liberdade de fazer tudo. “Acho que a perspectiva do programa realmente pretende fazer você se sentir totalmente imerso no período de tempo e torná-lo muito fresco, novo, vibrante e nítido
- como se você fosse uma das crianças lá em 1977”, San Juan diz sobre os trajes, “Não queríamos que parecesse histórico. Tudo passa por uma alta perspectiva, assim como qualquer pessoa pensa em sua própria infância - as coisas são sempre maiores e mais coloridas do que você lembra,” Temos então 10 fatos fascinantes de San Juan sobre o design para a série.
1. Ela se inspirou em fotógrafos icônicos
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San Juan diz que se referiu às fotos dos fotógrafos de rua Joe Conzo e Jamel Shabazz (este último que recentemente trouxe de volta sua estética com a campanha Puma de Kylie Jenner ). “Tive de aprender a língua e as regras da época. Quais eram as bainhas? Qual era a largura da boca de sino em 1977 versus 1979? E mergulhar de verdade em tudo o que pude”, diz San Juan. As fotos de Conzo de quando ele era um estudante no Bronx, em particular, forneceram informações valiosas sobre como a comunidade dos personagens deveria ser.
2. Ela comprou todos os catálogos da Sears, JC Penney eMontgomery Ward entre os 70’s e 80’s
Get Down
Graças ao Etsy, Craigslist, eBay e outros cantos da Internet, San Juan colocou as mãos em um tesouro dos estilos mais populares da época. “Tenho todos os volumes, a primavera / verão, o outono / inverno, tenho todos eles .”
3. Grandmaster Flash contribuiu diretamente nos figurinos da série San Juan foi direto à fonte e entrevistou Grandmaster Flash, um pioneiro do hip hop, que é produtor do programa e retratado como personagem. “Poder passar por uma arara de roupas com ele para descobrir o que era autêntico e o que não era, até a paleta de cores que cabia em 1977, foi um presente fascinante”, diz o designer. Ela também entrevistou o rapper dos anos 80 Kurtis Blow, “É muito legal trabalhar com pessoas que estavam vivas e presentes, e sobre o que a história trata - é realmente a melhor pesquisa que eu poderia fazer.”
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4. Muito garimpo em armazéns antigos
5. Diane, Halston e Gucci abriram seus arquivos para a série
Enquanto muitas das peças da mostra foram desenhadas por San Juan e sua equipe, várias também foram adquiridas pela boa caça à moda antiga. Eles começaram indo para Daybreak Vintage e Right to the Moon Alice Vintage, armazéns de aluguel em Nova York, e puxando prateleiras em prateleiras de roupas da época. Tratava-se de olhar as peças de vestuário em primeira mão - certas técnicas de costura nem existiam nos anos 70, por exemplo - e ter uma ideia precisa da qualidade dos tecidos da época. Em um ponto, San Juan conseguiu encontrar o vestido exato que ela estava olhando em um dos catálogos da Montgomery Ward, com a etiqueta ainda presa.
San Juan diz que trabalhou com as três marcas, todas potências na era do glamour da high-disco, para inspirar o guarda-roupa do elenco. DVF, por exemplo, forneceu fotos de atrizes em suas roupas dos anos 70, enquanto peças reais eram usadas como pontos de partida para os padrões. “Muitos vestidos eram fantásticos, senão para usar, então para pesquisa. Usei-os para obter essa precisão na silhueta. Às vezes, eu pegava um vestido e encontrava um tecido mais fresco e o refazia usando muitos detalhes semelhantes aos daquele período de tempo “, diz San Juan. Na cena club do primeiro episódio, Mylene, uma aspirante a cantora de discoteca, usa um vestido antigo de lamé deslumbrante, que San Juan diz que se inspira diretamente em Halston.
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6. Jaden Smith é adepto à moda dos anos 70 San Juan diz que o elenco de recém-chegados passou a amar os trajes que usavam - incluindo Smith, que recentemente se tornou uma estrela da moda por seus próprios méritos. “Primeiro foi um choque cultural. Quando Jaden vestiu um par de calças dos anos 70 que lhe cabiam, ele ficou “Wow, elas são realmente justas” - demorou um pouco para compreender as características, mas então, muito rapidamente, passou disso para absolutamente amar, e todos os atores começaram a me perguntar: “Você poderia fazer mais um par desses pra eu usar na vida real?”, diz San Juan.
7. San Juan aprovou todas as roupas que aparecem na tela - até dos figurantes “O que é usado no fundo são peças realmente importantes para se encontrar - nós meio que pintamos a tela”, diz San Juan. “Essencialmente, elas se tornam o pano de fundo para a cena, para a história, e então havia certas coisas que eu queria fazer com que com certeza fossem vistas”.
Essas coisas podem ser camisas pólo, ou culotes, ou tiaras, ou um tipo específico de sandália, todas tiradas de páginas de pesquisa. A equipe de San Juan então teve que adquirir as peças e vestir todos os extras e fotografias de cada pessoa foram tiradas - algumas com diferentes opções para San Juan aprovar. Como pode imaginar, é uma façanha incrivelmente desafiadora. “Às vezes, é uma hora da manhã e ainda tenho um monte de post-its para colocar em cada uma das fotos que dizem mude este sapato para vermelho ou coordene um chapéu diferente que combine com este vestido”, ela adiciona.
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8. Os tênis grandes e 100% autênticos “Os sapatos são extremamente importantes - sempre”, diz San Juan. Como Luhrmann fez questão de mostrar os detalhes de cada fantasia, San Juan queria ter certeza de que os sapatos da época - Pro Keds, Pumas, Converse - fossem retratados, especialmente tendo em mente os amantes de tênis que poderiam estar assistindo (“Os amantes de tênis sabem a diferença - eles podem dizer o que é uma falsificação”). Profissionais da Keds trabalharam diretamente com ela e Martin para reproduzir estilos que eram populares em 1977 e 1978. “Porque eles foram capazes de fazer isso e porque estavam no meio do relançamento de sua marca, realmente casou perfeitamente”, diz San Juan.
9. Até os guarda-roupas dos coadjuvantes foram totalmente pensados e extensivamente pesquisados Um guarda-roupa que se destaca é o da professora do ensino médio dos protagonistas, que não parece muito, mas usa itens como óculos estilo Gloria Steinem, acessórios gigantes e um conjunto listrado de duas peças. San Juan diz que trabalhou com Luhrmann para desenvolver personagens com pesquisa: “Qual era a renda de uma professora naquela época? O que ela poderia pagar? Quais são as questões culturais com que ela está preocupada? Ela era uma hippie nos Anos 60? Ela é uma feminista? Tudo isso foi informado pelas suas roupas”, revela a estilista.
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10. Os figurinistas registram o processo no todo Instagram. E é glorioso.
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O Gambito da Rainha
Editorial
O Gambito da Rainha é uma minisérie da Netflix que foi lançada em 2020. Se trata da história de uma garota que fica órfã ainda criança e acaba descobrindo no xadrez um talento incomparável. Com uma direção de arte impecável, a fotografia e os figurinos da série são um deleite para os olhos, por isso a minisérie tem o lugar de honra da revista sendo mostrada neste editorial.
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História
Em Anne With An E os trajes são baseados em um período exato?
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Este material é dedicado aos figurinos de palco usados em uma nova série de TV canadense chamada “Anne com E”. Aqui, falaremos sobre os trajes da moda típicos do período - a virada do século XX. Qual a base do que as mulheres usam? Como eram seus vestidos, penteados, chapéus e outros aces-
sórios? Como os figurinistas incorporaram tendências da moda daquela época nos figurinos da série? Você verá lindas roupas autênticas de museus que inspiraram a equipe de guarda-roupas. Pra contextualizar, aqui estão alguns exemplos da silhueta de vestidos femininos do final do século XIX. O mais importante foram as estruturas inferiores, usadas pelas mulheres para apertar exageradamente na parte da cintura e também deixar o quadril cheio.
Jessica Glasscock para o Costume Institute no Metropolitan Museum: “Com a crescente dependência da desossa de aço e a construção por peças mais complexa, o espartilho tornou-se capaz de fornecer uma base blindada para moldar o corpo feminino a uma forma de ampulheta. As inovações na construção do espartilho também permitiram que mais pressão fosse colocada na cintura do que era possível no século XVIII”. Alex Reda disse:
“Foi ótimo não ter tia Josephine usando espartilho neste episódio, o que é um grande negócio para aquele período”
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O vestido estético foi um movimento da moda na segunda metade do século XIX que rejeitou as tendências vitorianas altamente estruturadas e pesadamente recortadas em favor de belos materiais e simplicidade de design, como vemos no vestido da tia Josephine.
Nesta pintura de William Powell Frith, vemos exemplos desse estilo de vestido.
“a estética via os corsets e a rigidez da época como pouco atraentes e artificiais, foi uma essência da revolução da moda ”.
A coleção John Bright afirma que “as características do vestido estético, que esses vestidos tendiam a incorporar, podem ser vistas neste exemplo: um estilo baseado em vestido medieval ou clássico, solto, feito de tecidos finos em cores sutis, e bordado em designs estilizados distintos”. As roupas de base são os heróis anônimos do figurino pois raramente são vistas, mas criam a silhueta correta. Muito se fala sobre o espartilho ao longo das três temporadas de “Anne com E” e seus temas de maioridade e modéstia feminina em contraste com a reforma do vestido vitoriano.
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Então você notará que todas as mulheres adultas em “Anne com E” usam espartilhos. Existem apenas duas exceções mencionadas na série: Srta. Stacy e Sra. Barry. Este estilo de espartilho desossado retratado aqui era chamado de espartilho longo e curto por causa da altura das laterais. Apresentava um volume frontal com laço nas costas. O espartilho à direita foi vendido por um dólar em 1899.
O espartilho era usado sobre uma camisa de algodão ou linho que absorvia o suor e a oleosidade e criava uma barreira entre a pele e o espartilho, que nunca era lavado. Aqui está outro exemplo - um espartilho bordado deslumbrante (1890-1900) enfeitado com renda dos leilões de Augusta. Só porque estava escondido, não significava que não pudesse ser bonito.
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dois exemplos de capas de espartilho do Museu McCord
De acordo com o Underpinnings Museum, tal vestimenta normalmente teria sido usada sobre um espartilho para esconder a cor e as linhas do espartilho de aparecer através das vestimentas externas. Os espartilhos costumavam ser de cores vivas, e as anáguas podiam criar umas linhas feias em tecidos finos.
Parte do guarda-roupa de base de uma mulher da época também incluiria algumas peças de algodão ou até linho e longas anáguas, como vemos na foto ao lado. Tudo isso é do Museu McCord.
A silhueta de estilo masculino de Srta. Stacy é menosprezada pelo Clube de Costura das Mães. McCord Museum declara que: “No final do século XIX, os tabus contra a vestimenta do gênero oposto para mulheres se desgastaram. Como um traje de montaria, um terno feito sob medida era geralmente de lã e incorporava detalhes masculinos, embora caísse como roupas femininas convencionais. Era usado com uma blusa na cintura, modelada na camisa de um homem e uma gravata de fita; a alusão à moda masculina era óbvia ”.
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Este chapéu de chá é lindo. De acordo com o McCord Museum, “Seguindo as tendências da moda estabelecidas na França, as mulheres canadenses de posses podiam ser vistas usando acessórios de cabeça elaborados e intencionalmente atraentes. Em 1872, um desses jornalistas descreveu um gorro típico de sua época como ‘aquela pequena casca de noz sem sentido escandalosamente enfeitada com cachos de fitas, flores, penas, que dá às nossas esposas e filhas uma aparência tão alarmante de insanidade’ ”.
McCord também afirma que “manter a cabeça coberta é um sinal quase universal de modéstia feminina e, no século XIX, as mulheres canadenses estavam igualmente sujeitas a essa lei não escrita; no entanto, ironicamente, alguns dos chapéus femininos mais elegantes não eram nada modestos ”. Por falar em chapéus, a Sra. Eliza Barry tem alguns dos melhores chapéus e roupas de Avonlea.
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Mesmo que Winifred Rose seja uma personagem secundária, ela tem ótimos figurinos. Este traje em particular parece ser influenciado pelo visual Náutico - originalmente, inicialmente planejado para roupas infantis e masculinas, no início do século XX na América, os vestidos de marinheiro eram popularmente conhecidos como “vestido Peter Thompson”, em homenagem ao ex-alfaiate naval creditado como criador do estilo.
Promaganda Prime Vídeo
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Promaganda Prime Vídeo
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Tempo
DARK O que o figurino de Dark pode revelar sobre a série? Recentemente eleita pelo Rotten Tomatoes como melhor produção original Netflix, Dark tornou-se um grande sucesso devido um conjunto de fatores que vão desde um roteiro inovador, cuidadosamente elaborado através de detalhes que podem passar desapercebidos até aos olhares mais perfeccionistas, uma trilha sonora que mantém o espectador em constante estado de tensão e alerta aliada a uma fotografia fria, quase desesperançosa. A seleção do elenco para compor as diferentes fases da trama é tão perfeita que merece um post à parte, porque nesse iremos focar no que o figurino de Dark pode revelar sobre a série.
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A importância do figurino numa obra cinematográfica Durante as fases de pré-produção e produção de uma obra cinematográfica cada detalhe importa, praticamente nada é colocado numa cena de forma aleatória, muito pelo contrário, tudo é estudado minuciosamente, desde o tipo de plano, enquadramento dos atores e dos objetos que compõe o cenário, constituindo o que chamamos de mise en scène, todo componente da mise en scène é importante, mas um que muitas vezes pode ser negligenciado aos olhos dos telespectadores é o figurino.
A série Dark trás em seu roteiro inúmeras referências, desde Mitologia Grega, alquimia e ciências, a filosofia. Dentre estas referências, uma se destaca, estando fortemente presente até mesmo nos nomes dos personagens, me refiro as referências bíblicas. Acredite, existem estudos sobre o significado das cores na Bíblia. Logo, com tamanha influência religiosa na trama de Dark, podemos especular que as cores não foram escolhidas ao acaso. Vejamos o que o amarelo representa na Bíblia. O ouro é visto como uma representação do ouro que está presente em diversas passagens da Bíblia como em Pedro 1:7:
O Casaco de Jonas As roupas dos atores numa determinada cena podem revelar muito sobre o tipo de mensagem que o diretor quer nos passar. O fato de um ator usar basicamente o mesmo figurino durante três temporadas de série não pode ser algo em vão. Em Dark, Jonas Kahnvald usa desde o primeiro episódio um casaco amarelo que se destaca na fotografia cinzenta de Winden. Mas o que Baran Bo Odar e Anette Guther, a figurinista, quiseram passar com esta escolha?
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“Assim acontecerá para que a sinceridade da vossa fé seja atestada, muito mais preciosa que o ouro que se corrompe, ainda que refinado pelo fogo, resultando em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.”
A cor é associada ao fogo e aos processos de purificação na Bíblia, estando intimamente ligada à fé e à unção. Na terceira temporada finalmente deverá ser revelado quem é o “messias”, aquele que poderá romper o ciclo (se é que isso é possível), muitos acreditam que é o Jonas, baseado na fala de Cláudia no episódio 6 da segunda temporada, onde ela diz que já viu o mundo sem ele e não gostou.
O casaco de Mikkel Outro casaco que chama atenção é o que Mikkel estava usando quando desapareceu em 2019, ele veste um moletom preto com estampa de caveira, que simboliza seu desaparecimento, equivalente à morte. Por cima veste um casaco vermelho. No Antigo Testamento, vermelho é traduzido da palavra hebraica oudem. A essa cor é atribuída a raiz de toda humanidade, estando também relacionada ao sangue do cordeiro, expiação e salvação.
A partir desta linha de raciocínio, surge um questionamento inevitável: por que o Jonas mais velho veste um casaco preto? E mais uma vez isso deve ter um significado. Os mais distraídos podem alegar que o casaco escureceu com o passar do tempo, ou foi resultado da radiação, mas ao observarmos melhor é possível perceber que são casacos diferentes.
A vida de Michael é sacrificada para dar existência a de Jonas, vimos isso quando Jonas retorna a 2019 e tenta impedir o suicídio do pai, mas na verdade foi usado por Adam para passar a ideia e dar continuidade ao ciclo.
O preto está relacionado à escuridão, morte e luto. Na versão mais velha de Jonas, ele está visivelmente cansado das viagens e dos acontecimentos em looping, ele fala abertamente à H.G. Tannhaus que quer destruir este ciclo. A cor pode estar associada ao seu estado de espírito. Alguns apostam que essa é a versão mais velha de Jonas em um dos mundos (assumindo a ideia de três ou mais). Analisando os trailers da terceira temporada e até mesmo as fotos que Baran Bo Odar posta em seu Instagram, as roupas dos personagens como Martha e Magnus também são escuras, parece ser um mundo sombrio e sem esperança. No entanto, em um dos mundos, Martha poderá assumir a função de Jonas, afinal será ela quem vai usar o casaco amarelo em um deles.
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A roupa de Martha como Ariadne No episódio 6 da primeira temporada, Martha aparece interpretando Ariadne, vestindo um vestido branco, com um fio vermelho que representa o fio de Ariadne, personagem da Mitologia Grega que ajuda Teseu, seu grande amor, a sair do labirinto do Minotauro seguindo um novelo de lã, o “fio de Ariadne”. Para muitos já está claro que Martha é uma peça chave para elucidação do mistério de Dark. Abaixo sua fala durante a peça Ariadne:
“O mundo antigo voltou para a assombrar como um fantasma que sussurra em um sonho como construir o mundo novo, pedra por pedra. A partir daí, eu sabia que nada mudaria. Que tudo ficaria como antes. As rodas dentadas giram em um círculo. Um destino ligado ao próximo. O fio, vermelho como o sangue, junta todas nossas ações. Ninguém consegue quebrar os nós. Mas eles podem ser cortados. Ele cortou nossos, com uma lâmina afiada. Porém algo ficou para trás que não pode ser cortado. Uma ligação invisível.”
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A fotografia de Dark
Esse texto pode nos revelar tanto as intenções de Adam para a humanidade quanto a profunda ligação de Jonas (Teseu) e Martha (Ariadne), o amor do casal não consegue ser destruído, sobrevive ao tempo, existindo até mesmo em outros mundos, teriam eles gerando uma criança? Uma aposta é o novo personagem que aparece em suas três versões no trailer, ele tem uma fissura labial também conhecida como lábio leporino no qual a consanguinidade entre os pais pode ser um fator de risco.
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Outro elemento primoroso de Dark é a fotografia, o responsável por ela Nikolaus Summerer teve como referência Prypiat para criar o futuro pós-apocalipse da série. Desde o início da série a casa da família Kahnwald é simétrica. Um outro detalhe é o nome da Hannah ser um palíndromo. Já sabemos que essa é uma casa onde acontecimentos importantes acontecem, estes detalhes podem não ser em vão, afinal em Dark tudo tem um motivo, tudo está totalmente conectado.
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Dos Anos 50 aos 2010: a incrível evolução de estilo em
Wandavision
Se você acha que WandaVision é só mais uma produção do universo cinematrográfico Marvel, você está completamente enganada. A série de sucesso, original do Disney+, é uma história surrealista de amor de dois super-heróis envolvidos em um gigante mistério, que simultaneamente ocorre em um programa de TV falso, que é uma ode à história dos sitcons dos canais de TV no passar dos anos. Cada episódio da série mostra Wanda e Visão vivenciando uma nova década na história da televisão, com o guarda-roupa, a decoração do cenário, o cabelo, a maquiagem e a identidade visual geral da época sendo cuidadosamente recriados. Só aí você já pode imaginar a riqueza e o trabalho que envolveu toda a equipe de figurino e maquiagem da produção, liderada pela chefe do departamento de maquiagem, Tricia Sawyer, e pela chefe do departamento de cabelo, Karen Bartek. Arriscamos dizer que, graças a esse fato, WandaVision conta com um dos mais criativos looks de cabelo, maquiagem e figurino que já nos deparamos na história do cinema e da televisão! O último episódio da primeira temporada de WandaVision chegou à plataforma de streaming no dia cinco de março. Se você já é fã da produção ou está procurando por um motivo para assistir, te convidamos a continuar aqui e mergulhar na evolução de estilo da série (pode ficar tranquila que a gente não vai dar nenhum spoiler).
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Tempo
Episódio 1
Logo no primeiro episódio já temos uma série de referências em cada detalhe. Essa estreia é ambientada na década de 50 e completamente inspirada em I Love Lucy - considerado por muitos, o primeiro e mais icônico sitcom de todos os tempos. Para honrar as inspirações, o episódio foi filmado na frente de um público ao vivo, usando câmeras retrô preto e branco, e iluminação vintage de verdade e característica da época, o que adicionou alguns desafios para toda a equipe, pois as luzes de 70 anos atrás eram extremamente quentes.
Anos 50
Apesar de incrível, a produção dificultou (e muito) o trabalho dos figurinistas e maquiadores, pois foi necessário um intenso trabalho em cima das cores para que tudo se adaptasse melhor ao
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modelo p&b. “Nós realmente tivemos que brincar com as cores”, disse Tricia Sawyer, “até as cores das bases tinham que ser um pouco mais rosadas por conta das câmeras e da luz forte. Porém, a transformação mais surpreendente no aspecto de make foi para Visão, cujo rosto teve que ir do vermelho (tradicional da personagem) para o azul a fim de ficar mais realista quando filmado em preto e branco”. E tem mais: o vestido de noiva de Wanda foi feito do zero só para a série e é uma homenagem à Hollywood da década de 50, em especial à Audrey Hepburn que usou um vestido extremamente semelhante em Cinderela Em Paris.
Episódio 2
Anos 60
50
No segundo episódio, WandaVision nos convida a mergulhar nos anos 60 e, mais uma vez, faz referência a uma produção da época. Dessa vez, a fonte escolhida foi o filme A Feiticeira. A maior parte do episódio ainda foi filmada em preto e branco, porém, no final vemos tudo se transformar em Technicolor, apresentando mais uma reviravolta e dificuldades para a equipe de maquiagem. Karen Bartek, responsável pelo departamento de cabelo, contou quão diferente foi a transformação de Elizabeth Olsen da década de 50 para a de 60. Por mais que ambos os estilos apresentassem uma modelagem volumosa, alta e cheia de spray, o tamanho e o formato dos rolos usados eram completamente diferentes de uma década para a outra. “Os rolos dos anos 50 possuem uma forma ligeiramente diferente dos anos 60 e 70. E, embora a cor não fosse tão importante para mim como era para a equipe de maquiagem, a forma do cabelo também apresentou uma certa dificuldade, já que não poderíamos enganar em nenhum aspecto, seja no formato do rolo ou na quantidade de spray aplicado.”
Episódio 3
Anos 70 O terceiro episódio de WandaVision é o primeiro 100% colorido e talvez o mais divertido de observar as mudanças estéticas de figurino e maquiagem. É possível identificar claras inspirações na sitcom The Brady Bunch em todos os aspectos do episódio. Ao entrarmos na década hippie, as modelagens das roupas são completamente diferentes das da década anterior e nos deparamos com golas extravagantes, calças com boca extremamente amplas, estampas psicodélicas, tons terrosos e uma maquiagem muito mais divertida e experimental.
Episódio 4
Anos 80
Na parte da beleza, os cabelos são extremamente característicos e quase caricatos, representam com perfeição a década. Para o cabelo super lustroso e brilhante de Elizabeth Olsen, Bartek então resolveu apostar nas tais das perucas. “A peruca foi feita com um cabelo russo muito bonito, que já era bastante liso para começar, então eu apenas adicionei alguns produtos amaciantes para que ele se movesse mais e tivesse um caimento melhor.”
Depois de um episódio ambientado fora do esquema sitcom e décadas, no quinto episódio voltamos e somos apresentados aos anos 80. A maior fonte de informações, inspirações e figurinos foi a sitcom Full House, grande sucesso da época.
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Com isso, vieram muitos tons pastéis, mousse de cabelo e cinturas super altas. O cabelo ganhou aquele famoso aspecto oitentista e volumoso, e as maquiagens se tornaram mais infantis, com um forte blush nas maçãs do rosto e rabos de cavalo no topo da cabeça. No figurino, as estampas geométricas, as camisas de manga curta, as calças de cintura super alta e as roupas de ginástica marcaram presença, nos transportando diretamente para a década mais colorida.
Episódio 6
Anos 90
No último episódio mais retrô de WandaVision, somos teletransportados para os anos 90 e, apesar de se passar majoritariamente no Halloween com todos os personagens fantasiados, é possível identificar diversas inspirações e homenagens a ícones importantes da última década do século.
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Episódio 7/8
Anos 00
Nos dois últimos episódios da série, saímos da dinâmica retrô e entramos no século XXI, mas não pense que a contemporaneidade do episódio tira de cena as inspirações em sitcons e o trabalho duro de toda equipe de figurino e maquiagem. As fantasias usadas por cada personagem foram milimetricamente pensadas. Por exemplo, a “cartomante sokoviana” de Wanda foi na verdade uma homenagem ao seu traje de Bruxa Escarlate nos quadrinhos, enquanto o lutador mexicano de Visão foi um de seus primeiros e mais marcantes trajes também no HQ. Até Pietro (Evan Peters), Billy (Julian Hilliard) e Tommy (Jett Klyne) estão usando uma versão de seus alter egos nos quadrinhos da Marvel.
Para os anos 2000 e 2010, o sitcom escolhido para ser a fonte de WandaVision é Modern Family. Vemos uma Wanda completamente diferente dos episódios anteriores, com aspectos mais naturais e um figurino que representa uma exaustão, física e mental, através das roupas (um roupão e muito moletom).
A passagem do tempo em WandaVision é tão interessante que sabemos apenas pegar roupas dos personagens quando chegamos aos anos 2010. E é muito instigante ver isso na série, cuja primeira temporada está completa no serviço de streaming da Disney, o Disney+.
Apesar de passar a maior parte do sexto episódio com um capacete excêntrico e caricato, para se adaptar à década em questão, a equipe de maquiagem se inspirou em Jennifer Aniston nos anos 90 para criar a beleza de Elizabeth Olsen. “Nossa inspiração originalmente, quando fizemos a peruca, foi um look dos anos 90 de Jennifer Aniston como Rachel Green. Modéstia à parte, o resultado ficou incrível”, disse Karen Bartek.
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Perfil
Figurinista de Grown-Ish, Michelle Cole fala conselhos sobre estilo, inspiração e carreira Não é absolutamente exagero quando dizemos que Grown-Ish é um dos programas mais elegantes da televisão atualmente. E não é apenas a moda que está ressoando com os telespectadores, já que a série freeform já foi renovada para uma segunda temporada. Com a veterana da indústria Michelle Cole no comando do figurino e um elenco incluindo estrelas do estilo como Yara Shahidi, Luka Sabbat e Chloe & Halle, usar peças de alta moda de Balenciaga e Balmain nunca pareceu tão fácil e descolado. Entre as cenas em um dia em que a própria ícone da moda, Tracee Ellis Ross, dirigia o Black-Ish, conversamos com Michelle Cole sobre como ela se inspirou no estilo dos alunos da Howard University e Spelman, quanta contribuição Yara e o resto do esquadrão de Grown-Ish dá sobre o guarda-roupa, como foi vestir a personagem de Yara para sua bolsa dos sonhos na Teen Vogue e muito mais.
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Teen Vogue: O Grown-Ish definitivamente decolou e foi renovado para uma segunda temporada, o que é tão emocionante. Como você se sente sobre a popularidade do programa? Isso era algo que você esperava? Michelle Cole: Estou extremamente orgulhosa disso. Para mim, pessoalmente, quando estou fazendo um show - e tenho feito isso por cerca de trinta e cinco anos - eu não faço um show pensando no que vai acontecer a seguir. Estou sempre pensando: “Como posso fazer meu trabalho?” E acho que f uncionou bem para mim, pois estou sempre dando cento e vinte por cento.
Felizmente, a maioria dos pilotos em que trabalhei foram escolhidos, mas faço isso porque adoro. Mesmo se isso não tivesse sido escolhido, eu sei que ainda estaria ótimo. Quando estávamos fazendo o piloto, estávamos um pouco pressionados porque estávamos filmando em quatro dias e tínhamos muitos ajustes. E não conhecíamos bem a série porque estávamos tentando descobrir os personagens. Toda semana, você está tentando desenvolver seus personagens porque a cada semana você recebe aquele roteiro que os revela um pouco mais. te
É como namorar. A parempolgante é que estou
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revelando essas diferentes cama das de diferentes personagens. Com Zoey, vindo da casa de seus pais e indo para a faculdade, estamos vendo ela florescer na nossa frente. Quando ela estava em Black-Ish, ela tinha seus outros irmãos com quem estava, mas vamos vê-la florescer sozinha neste show. Estou extremamente orgulhosa do nosso trabalho árduo. Cabelo e maquiagem me deixam linda e eu dou a eles um grande grito porque eles fazem as roupas parecerem como eu gostaria de chamar de “mais melhor”. E Yara tem muita contribuição. Não sabia o que esperar, mas sei o que esperava de mim e da minha equipe.
TV: É um dos meus novos programas favoritos, então eu diria que todo o seu trabalho duro valeu a pena. MC: E essa é a parte boa! Quase sempre vale a pena porque, seja bom ou ruim, é um processo de aprendizagem. Nós sabíamos que seria tão grande? Bem, acho que a melhor surpresa é o quão bem-sucedido é. TV: E o que você disse antes sobre o Black-Ish , como Zoey cresceu e aquela transição acontecendo sozinha na escola, estou me perguntando como você abordou isso. Ela está definitivamente assumindo mais riscos de estilo e isso é perceptível, mas ainda se parece com ela. Como você está abordando as diferentes fases da vida dela?
“Apresentamos muitas marcas grandes e maravilhosas, mas é mais sobre seu visual e seu estilo. Nós gostamos de misturar tudo. O risco dela é mostrar que ela está crescendo.”
MC: Fizemos muitos painéis sobre cada personagem e Yara deu muitas informações sobre como ela se sente. Eu também a conheço desde o piloto, quando ela tinha quatorze anos. Eu a vi em sua própria vida e como ela aborda o estilo pessoalmente. Quando a vemos ir para a faculdade no primeiro episódio, ela diz a seu pai para ter uma vida e que ela está sozinha. Ela desliga na cara dele e acho que a vemos começar a correr esses riscos. Ela sempre teve roupas lindas e sempre foi muito divertido vestir Zoey
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Mas aqui ela está crescida. Ela vai usar um robe com uma camiseta Sade por baixo e, em seguida, um lenço e brincos de argola grandes. Corremos um pouco mais de riscos com um mocassim Gucci e uma roupa Zara PJ, que era uma das minhas favoritas. Eu adoro quando ela se levanta de manhã e não pensa muito sobre isso: ela apenas coloca. Ela veste o que ela deseja usar naquele dia. Ela mudará de um suéter com uma blusa de algodão por baixo para uma pele falsa, jeans e algumas botas na próxima vez que a virmos. Apresentamos muitas marcas grandes e maravilhosas, mas é mais sobre seu visual e seu estilo. Nós gostamos de misturar tudo. O risco dela é mostrar que ela está crescendo. Quando você a vê nas primeiras cenas do show, ela está experimentando tops diferentes quando vai para a aula noturna.
Ela acaba indo com um moletom. Também começamos a vê-la em vestidos realmente fofos. Começamos a mostrar suas pernas e sua silhueta em algumas dessas roupas, o que não fizemos no Black-Ish. Ela está na faculdade, então é uma transição. A mãe dela é interpretada por Tracee Ellis Ross, então vamos. Ela se veste de forma incrível em Black-Ish e está usando todas essas roupas ótimas também, então é claro que ela tem estilo quando vem de dois pais elegantes no programa. É Zoey montando seu próprio visual agora. Ela não tem os pais: é só ela. E ela depende de si mesma para conseguir o visual certo.
MC: Prestamos muita atenção nas redes sociais e nas revistas. Mas eu meio que confio na minha intuição, já que venho fazendo isso há algum tempo. Não temos muito tempo, pois fizemos muitas compras para conseguir todos esses looks, então estamos confiando em nossos instintos. Também olhamos muito para o estilo de rua. Adoro um momento de meias e sandálias. Peles falsas. Uma bolsa ousada. Eu amo tudo o que tem a ver com o que os nova-iorquinos estão vestindo na rua. Também adoro observar a moda das pessoas na faculdade, como a Howard University. Eles tendem a se vestir diferentes na Costa Leste e eu gosto das camadas. Spelman também, vamos buscar inspiração a partir daí. Na UCLA e na USC, a maioria das pessoas usa camiseta e jeans porque fica no sul da Califórnia. Eu andei por esses campi e você verá algumas pessoas se arrumando. Mas na costa leste, digamos NYU, por exemplo, é uma aparência diferente por causa das camadas e do clima. Estava 27 graus na semana passada no sul da Califórnia e a maioria de nós estava usando chinelos. Mas fazia -12 graus na cidade de Nova York.
TV: Você definitivamente tem a sensação de que Zoey e seu time seriam as crianças mais bem vestidas da escola, mas o que eles estão vestindo ainda parece realista. Isso é muito importante.
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TV: Sim, isso muda as coisas com certeza! Sou nova-iorquina nativa e vestir-se para o frio é divertido para muitos de nós. Vestir seus casacos divertidos e experimentar é o melhor. MC: Eu amo como os nova-iorquinos estilizam todo o visual, mesmo que parte dele seja puxado. Também estou assistindo a Fashion Week e as passarelas. Quando estou assistindo a todos esses programas, sou capaz de puxar peças deles e, em seguida, emparelhar as coisas com uma jaqueta jeans para torná-la mais jovem. Adoro uma saia Chanel com uma t-shirt e um colete. Eu amo Stella McCartney e Gucci também. Capas de chuva Burberry.
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TV: Eu adoro o visual com meias e sandálias e estou tentando fazer isso sozinha! Talvez nesta temporada. Você está no jogo há décadas, o que é muito inspirador. Muitos de nossos leitores estão na escola ou acabaram de sair da escola e estão tentando descobrir como entrar na indústria da moda. Você tem algum conselho ou dica para os jovens que gostariam de trabalhar no guarda-roupa para um desfile ou figurino? MC: Eu me formei em figurino e meu primeiro trabalho foi em The Young and the Restless, com David Hasselhoff. As horas são longas. Comecei hoje às 5h30, para que possamos dar nossa primeira tacada. Você tem que amar isso. Haverá muitos dias em que você não o fará, mas você tem que ser persistente. É quase como um time de futebol: quem vai conseguir e quem não vai. E isso não o torna uma pessoa mais fraca se você não sobreviver. Você tem que mostrar desejo quando entrar no negócio. Eu digo às pessoas para começarem a trabalhar de graça, para que possam começar a aprender. Eu aceitei tantas pessoas porque elas vêm até mim e perguntam: “Michelle, posso trabalhar para você?” E eu digo, “sim!”. Algumas pessoas ainda estão na escola, mas querem saber do que se trata. Existem muitos elementos em ser um figurinista. Não se trata apenas de roupas bonitas.
É também trabalhar com os atores, que têm personalidades diferentes. Você também tem um orçamento e um conjunto que precisa para trabalhar e iluminação. Todas essas coisas entram em jogo para fazer cada cena acontecer. É uma imagem maior do que as pessoas pensam. Alguns estagiários chegaram e depois não voltaram. Teve uma garota que veio passar um dia e eu nunca mais a vi. Não acho que as pessoas percebam o que é necessário para fazer isso. Há muito estresse. Mas uma das chaves é trabalhar muito. E não coloque uma idade nisso. Trabalho com pessoas de 35 e 22 anos. Acerta quando chega e é orgânico. Acho que às vezes os jovens se pressionam para serem designers aos 30, mas acho que o melhor é aprender o ofício. Venho fazendo isso há muito tempo, então, para permanecer neste negócio por tanto tempo quanto eu, você precisa conhecer seu ofício. Tínhamos um orçamento muito pequeno quando começamos isso e o Quênia [Barris] é um ótimo chefe para se trabalhar. Fui até ele e disse que não seria capaz de fazer isso e que precisaria de ajuda com o orçamento. Você tem que ser capaz de reconhecer isso e isso vem da experiência. Achamos que poderíamos fazer um pouco mais barato, mas não foi possível. Tivemos que ir até ele e conversar com ele sobre isso. Chegamos a um lugar feliz, mas você tem que ver isso chegando.
Seja honesto e verdadeiro consigo mesmo. Espere a sua vez porque vai chegar.
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TV: Esse é um conselho incrível. É tão interessante agora por causa do espaço digital e da mídia social, que criou esse tipo de cultura de comparação. As pessoas se perguntam por que não podem ter certas coisas e ficam com ciúmes daqueles que têm, mas tudo leva tempo.
TV: Eu amei seu look de festa daquela minissaia preta e branca definida quando ela era a “garota do copo”. Adorei vê-la crescer, ser mais ousada e correr riscos com seu estilo. Esse look também era algo que eu usaria e quero no meu guarda-roupa!
MC: Quando você coloca esse tipo de objetivo, você fica muito frustrado. Não coloque isso em si mesmo. Já tive pessoas que começaram comigo aos 30 anos e isso é ótimo. Tive outros que foram advogados primeiro, mas sua vocação era para o guarda-roupa. Tive assistentes nessas circunstâncias. Algumas pessoas simplesmente mudam de carreira. Eu tenho uma iniciante comigo e ela está na casa dos 40 anos e está tentando descobrir se é isso que ela quer fazer. Agora eu tenho uma pergunta para você. Qual seu look favorito da Zoey até agora?
MC: É isso que estamos procurando! Não queremos torná-lo tão rebuscado que não seja crível. Somos muito cautelosos com isso.
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propaganda Quem disse berenice
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Coleção de roupas de Will Smith inspirada em “Um Maluco No Pedaço” chega ao Brasil
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Consumo
Poucas coisas capturam a década de 90 como o seriado Um Maluco No Pedaço. A música tema do show foi o hino da década, e personagens como Carlton Banks, com seus movimentos de dança, e Jazzy Jeff nas mesas giratórias tornaram-se icônicos na cultura pop. Foi através do programa que o mundo foi apresentado a Will Smith, o ator que interpretou o personagem chamado Will Smith no programa. Nas últimas três décadas, Smith teve uma carreira longa e bem-sucedida em Hollywood. Mas nesta semana, ele lançou uma nova linha de roupas que capitaliza suas raízes como o Fresh Prince of Bellair.
A moda dos anos 90 está de volta em grande estilo, com marcas que vão da Reebok a Champion trazendo looks daquela década. A linha de roupas de Smith é chamada Bel-Air Athletics, inspirada no colégio ficcional que Will e Carlton são matriculados na série. As roupas vem com um brasão falso da escola.
A coleção de edição limitada, disponível exclusivamente no site de Will Smith, está disponível apenas até 14 de outubro. Para a alegria dos fãs Brasileiros, a equipe de Will Smith disponibilizou o envio para o Brasil, sabendo que muitos no país são fãs do ator e da série. As coleções incluem itens com camisetas do colégio à moda antiga por US $ 30 nas cores tradicionais da escola, como vermelho e marinho, e casacos com capuz cinza de US $ 60 e shorts de US $ 50 correspondentes. Existem também alguns designs inspirados na moda maximalista dos anos 90, cheia de desenhos animados e fontes conflitantes. Destaque para a camiseta de gravata azul celeste de US $ 40 com uma foto de Smith na casa dos vinte anos. Existem também alguns itens, incluindo uma camiseta e boné de beisebol, que apresentam um desenho de Will como atleta. Outros designs incluem uma jaqueta azul de US $ 90 com uma linda estampa estampada no interior que espreita na lapela. E sim, há uma bola de basquete de US $ 30 correspondente em uma estampa azul e estampada. Em muitas das imagens promocionais da coleção, Will Smith mais velho usa peças da coleção, relembrando a icônica série. E para aqueles de nós que passaram tanto tempo assistindo ao programa que quase parece que frequentamos a escola Bel-Air, faz todo o sentido do mundo colocar nossas mãos em alguns ganhos atléticos da Bel-Air.
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