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O RIBOMBAR DA NUDEZ

Rio de Janeiro, capital do Carnaval! Estamos em plena folia carnavalesca. A “Cidade Maravilhosa” cantada em versos de samba se prepara para receber milhares de turistas, vindos de todas as partes do mundo. “Cidade Maravilhosa” é a letra da música* composta por André Filho e que dá o nome carinhoso à cidade do Rio de Janeiro.

O palco do maior espetáculo de rua do mundo é na rua Marques de Sapucaí, chamado de Sambódromo, onde as “Escolas de Samba”, se apresentam. Essas agremiações populares, normalmente sediadas nos morros do Rio de Janeiro, Os japoneses trazem seus equipamentos fotográficos da última geração e se acotovelam entre uma enorme e barulhenta multidão nas arquibancadas do Sambódromo.

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O que eles não entendem como pode caber tanta gente naquela estrutura de concreto que parece acompanhar o bumbar dos tambores, numa impressão que tudo aquilo pode desmoronar a qualquer momento.

“Cidade Maravilhosa” é também em função de uma marcha carnavalesca, composta em 1934, por André Filho, para o carnaval daquele ano. Tornando-se hino oficial do Rio de Janeiro, em 1960. Essa música, é o próprio contexto do carnaval carioca.

Ao chegar no Rio de Janeiro, o avião faz o contorno na baía de Guanabara. De um canto pode-se ver a monumental ponte Rio – Niterói, um marco da engenharia brasileira. Do outro lado, o morro do Pão de Açúcar, onde o “bondinho” aéreo faz o trajeto entre aquele morro e o da Urca. Hoje dois símbolos que ostentam o orgulho da Cidade.

Ante todas estas maravilhas, criada pelo homem, a Natureza se impôs nas belezas naturais, escutamos, talvez motivado pelas emoções, o som abafado do “surdo” espécie de tambor, com som seco, dando o acorde rítmico e marcante, que orienta os demais instrumentos musicais e os passos dos sambistas que agora iniciam o desfile das Escolas de Samba.

A avenida Marques de Sapucaí, está toda iluminada e cercada nas suas laterais por verdadeiras edificações, onde estão as arquibancadas, como num estádio de futebol. Talvez sua altura pode-se comparar a um prédio de 10 andares. Entre a rua e o início dessa estrutura estão os camarotes cujos espaços variam de 20 a 100 pessoas. Inclusive os maiores contam com uma cozinha e banheiros individuais. São vendidos com antecedência e custam verdadeiras fortunas que chegam a valer de r$50 a 100 mil reais.

O carnaval está esquentando e as graciosas passistas entram na avenida, entre minúsculos biquinis cercados de plumas e lantejoulas. Dançam, exibindo seu corpo e rebolado. Algumas segurando as bandeiras de sua agremiação e outras se fazem rogar aos dançarinos que são trajados elegantemente: ora com coletes coloridos, ora com camisas brancas e detalhes da sua escola de samba.

O carnaval continua, e as apresentações das escolas de samba se sucedem, obrigando-as sempre a fazer o desfile em tempo pré-determinado.

Aos poucos a madrugada vai cedendo ao amanhecer e a última escola se apresenta. O público, que foi se alternando durante toda a noite, também seguem os seus caminhos. Alguns, na desculpa de espantar o cansaço se atiram nas águas do mar próximo e acabam “desmaiando” na areia, outros vão para casa e ainda há àqueles que corajosamente, enfrentarão um dia de trabalho.

Posfácio

*O hino da cidade do Rio de Janeiro é chamado “Cidade Maravilhosa” foi composto por André Filho e serviu de tema musical para o carnaval carioca de 1935. Posteriormente oficializada, em 2003, pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro,como hino oficial da cidade. A primeira gravação dessa música foi feita por Aurora Miranda (irmã de Carmem Miranda) no ano em que foi composta.

“Cariocas” é o nome que se dá aos nascidos na Cidade do Rio de Janeiro e “Fluminenses” aos nascidos no Estado do Rio de Janeiro.

[EDUARDO PRUGNER é Consultor em Marketing pessoal e empresarial para pequenas empresas, com especialização em Copywriting e Empreendedorismo. Escritor, Editorialista e Palestrante. Consultor e sócio na Prugner’s Digital Marketing. Informações sobre o tema pelo E-mail: eprugner@gmail.com.]

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