1 minute read
saúde
PESSOAS QUE SOFREM DE INSÔNIA TÊM RISCO 69% MAIOR DE SOFRER UM INFARTO
O sono, junto com a alimentação e atividade física, faz parte de uma tríade da qualidade de vida. Agora, cientistas descobriram que a falta dele representa um alto risco de você sofrer um infarto.
Advertisement
Em um estudo apresentado durante o Congresso Mundial de Cardiologia, pesquisadores da Universidade de Alexandria, no Egito, revelaram que indivíduos que sofrem de insônia podem ter até 69% mais chances de ter um ataque cardíaco, em comparação com quem não tinha o distúrbio do sono.
A autora do estudo, Yomna E. Dean, e seus colegas realizaram uma revisão sistemática de outros estudos relacionados, totalizando 1.226 artigos científicos com dados de 1,1 milhão de adultos.
Deste total, 13% (153,8 mil) apresentavam insônia, definida com base em diagnós- tico médico ou em sintomas (dificuldade em adormecer, dificuldade em manter o sono ou acordar cedo e não conseguir dormir de novo).
O estudo não incluiu indivíduos com apneia obstrutiva do sono, outra doença que é fator de risco para problemas cardiovasculares.
Mesmo desconsiderando outros fatores de risco para infarto, como idade, comorbidades e tabagismo, por exemplo, os pesquisadores encontraram uma associação estatisticamente significativa entre insônia e ataque cardíaco.
As comorbidades, todavia, acabam se somando ao risco da própria insônia. No caso de indivíduos com diabetes e o distúrbio do sono, a probabilidade de infartar dobra.
“Nosso estudo mostrou que pessoas com insônia são mais propensas a ter um ataque cardíaco, independentemente da idade, e ataques cardíacos ocorreram com mais frequência em mulheres com insônia”, afirmou Yomna em comunicado.
Os autores ainda chamaram atenção para o tempo de sono. Indivíduos que relataram dormir menos de cinco horas por noite tiveram chance aumentada em até 1,56 vez de sofrer um ataque cardíaco, em comparação com aqueles que dormiam de seis a oito horas.
Yomna defende que a comunidade médica se esforce para demonstrar à população a importância do sono.
“Precisamos fazer um trabalho melhor para educar as pessoas sobre o quão perigoso [a falta de um bom sono] pode ser”, diz.