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Plano de ação e sistematização de processos e produtos

Angélica recorda o Programa de Turismo do Sebrae/ES. “O foco sempre foi a capacitação e o planejamento”, acrescentando que os dois destaques foram o projeto de agroturismo e o de artesanato. Ela chegou para ajudar a implementá-los. “O Sebrae/ES fez a sistematização do Plano Estadual do Agroturismo, que já existia, mas que precisava ter uma forma. Foi realmente a partir daí que o Sebrae/ES entrou na região serrana do Espírito Santo, na área de capacitação, e que hoje é um sucesso. Atuou no turismo no meio rural, na questão da produção de alimentos, técnicas de fabricação etc. Veja que Venda Nova do Imigrante é a capital nacional do agroturismo!”, destaca Angélica.

Angélica observa que, no início, os processos de visitação dos turistas à região eram “ artesanais ” e que o Sebrae/ES direcionou o olhar dos produtores para o mercado. Ela relata que, antes dos cursos e dos treinamentos, só existiam as propriedades rurais, que abriam as suas portas à visitação. Hoje cada uma delas oferece um produto específico e, por meio das diversas associações de produtores, os empreendimentos se fortalecem mutuamente, com uma visão consolidada de cooperativismo e associativismo, que foi uma orientação dada pelo Sebrae/ES.

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Mas foi com o artesanato que ela atuou com mais foco na entidade.

“O Sebrae/ES produziu o turismo de artesanato, associado à gastronomia, à moqueca capixaba, à panela de barro, aos artefatos indígenas e fez desses materiais uma referência cultural, agregando valor, por meio do trabalho de artistas plásticos, designers e do pessoal da decoração. Daí criaram-se brindes corporativos, para presentear empresários em turismo de negócios, como souvenir mesmo”, recorda Angélica.

Foi o Sebrae/ES que conseguiu a certificação da panela de barro como produto singular, relembra Angélica. “Eu vejo o exemplo da panela de barro, reconhecida como artesanato tradicional. Foi um processo que durou dois anos, e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reconheceu a panela como um produto singular, que não existe em nenhuma parte do mundo, e que não deve ser alterado, pois seria o mesmo que mexer em 400 anos de tradição”, sentencia.

Outra atenção do Sebrae/ES relacionou-se ao artesanato indígena. “Descobrimos, que estavam usando tinta industrializada, e o Sebrae/ES interveio e oportunizou cursos de como pigmentar tintas naturais e, assim, manter a tradição dos produtos vendidos para os turistas. Foi dada muita capacitação para se chegar a esse entendimento da preservação, do valor agregado da cultura, de se trabalhar com o original, como os índios faziam na época do descobrimento”, enfatiza a ex-colaboradora.

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