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Do isolamento à reflexão

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Tempo errado

Tempo errado

Do isolamento à reflexão Max Marcelo

De repente a luz se apagou A reclusão tomou conta das nossas vidas E o que era simples, tornou-se complicado. Cheio de normas, de silêncio, de sentimento de perdão. E a oração caminhou para o sentido mais edificante do ser E eu que estava perdido me encontrei frente ao medo Ao medo do desconhecido lá fora Medo de tocar, medo de abraçar, medo olhar. Olhar o futuro que passa lentamente À reclusão filosófica de um tempo não mais promissor E onde está a máscara da verdade? Está presente na ocultação do sorriso largo que não vem Medo da gente, medo do invisível, medo de ser humano. E a resposta às dúvidas frequentes são poucas São aquelas que ao mesmo tempo não respondem Aquelas que o homem não tem ciência. Queria gritar, queria dançar, queria cantar... Mas como queria... Mas como, mas como, neste vazio de minha existência vã? Como neste momento em que o medo se torna amigo da escuridão? E assim na reclusão do meu ser me pergunto Para vai tudo isso? Para onde os homens irão? A resposta a estas incógnitas estão no vácuo Estão no medo de ser, na vida e na complexidade das coisas. Ao que se fecham os dizeres da terra, os momentos do chão. Quando sabemos que somente o céu está aberto A receber aqueles que se encontram no isolamento da existência perambulante Do vazio, do medo de existir...

Max Marcelo Silva de Oliveira tem 40 anos, é professor, membro da Academia Corintiana de Letras e já publicou em diversas coletâneas.

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