SESC BARÃO

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SESC

BARÃO LÍVIA BISOL MENEZES


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca Universitária Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) M511s

Menezes, Lívia Bisol. Sesc Barão / Lívia Bisol Menezes. – 2019. 75 f. : il. color. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia, Curso de Arquitetura e Urbanismo, Fortaleza, 2019. Orientação: Prof. Dr. Ricardo Cavalcanti Fernandes . 1. sesc. 2. centro. 3. revitalização. 4. multiuso. I. Título.

CDD 720


SESC BARÃO BANCA EXAMINADORA

Professor Orientador Ricardo Cavalcanti Fernandes

Professor Convidado Romeu Duarte Júnior

Arquiteto Convidado João Ribeiro

junho | 2019

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AGRADECIMENTOS À pai, mãe e Bia, por todo o amor, apoio e exemplo que cada um me deu da sua própria maneira, Aos professores da Faculdade, por todos os ensimentos, em especial os orientadores deste trabalho: Ricardo e Romeu, À minha turma original Arquigatos, e à turma que me acolheu após o intecâmbio, Csfers, por todas as companhias nesses 6 anos e meio, principalmente por todo o apoio e ajuda durante este trabalho.


RESUMO O presente Trabalho Final de Graduação refere-se ao projeto arquitetônico de um edifício vertical de uso misto, sendo ocupado pelo Serviço Social do Comércio (SESC), com atividades de caráter esportivas, sociais, educacionais e culturais; ao projeto de revitalização de um edifício subutilizado e seu posterior uso como parte integrante do SESC; e ao projeto de integração entre os dois edifícios por intermédio de uma praça de acesso público. O SESC Barão localiza-se no bairro do centro de Fortaleza, e se beneficia da materialidade da edificação histórica obsoleta do antigo Palácio da Justiça do Estado.


ÍNDICE

1. concepção 2. sesc 3. referências 4. local 5. projeto 6. conclusão


1.1. Tema e justificativa 1.2. Objetivos 1.3. Metodologia 2.1. Apresentação 2.2. O caso de São Paulo 3.1. Referências de programa 3.2. Referências de projeto 4.1. O programa na cidade 4.2. O Centro de Fortaleza 4.3. O edifício escolhido: Palácio da Justiça 4.4 Análise do entorno 4.5. Análise do lote 5.1. Partido 5.2. Programa de necessidades 5.3. Processo e resultado

6.1. Considerações finais 6.2. Bibliografia


1. concepção

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1.1. tema e justificativa O projeto de um centro de atividades diversas, complementares ao cotidiano urbano, se deu pois havia o interesse em incluir no programa de necessidades diversos usos - esportivos, sociais, educacionais e culturais, essenciais à vida - que são frequentemente renegados, tanto em relação ao tempo que as pessoas gastam com essas atividades, quanto em relação à oferta de espaços disponíveis e acessíveis de qualidade na cidade. Além disso, muitas das doenças que afetam grande parte da população (como doenças causadas pelo estresse, transtornos mentais e obesidade, dentre outras) estão ligadas à falta de exercícios, socialização e momentos de lazer, justamente pela rotina corrida e extenuante do trabalho. Então, surgiu assim a proposta de facilitar a aproximação destes usos “acessórios” (que na verdade são essenciais) à vida cotidiana, oferecendo espaço para atividades que não possuem mais lugar nas habitações modernas. Inicialmente, a proposta era realizar um centro de atividades sem nenhum vínculo a entidades ou ao governo. Porém, para garantir a viabilidade e a acessibilidade do projeto (tanto econômica quanto operacional), além de garantir um público efetivo, houve a necessidade de procurar uma alternativa de parceria pública-privada, ou de se afiliar a uma associação já consolidada, com uma estrutura de funcionamento definida. Assim, o Serviço Social do Comércio (SESC) encaixou-se perfeitamente, tanto por sua visão e atividades propostas, quanto pelo público prioritário: os comerciantes.

A observação do local mostra que o centro, local escolhido para o projeto, possui em sua quase totalidade comércios, que geram um fluxo grande de trabalhadores do setor na área. Atentando ainda, para a rotina de trabalho destes, é visível a necessidade de uma melhor qualidade de vida. Em sua maioria, trabalham em lojas apertadas, com pouca iluminação natural e ar fresco, em longos turnos, para ao final, utilizar-se do transporte público insatisfatório para realizar longos trajetos de volta à casa. O projeto pretende se inserir bem no centro desta situação, permitindo o uso acessível ao longo do dia e da noite para as atividades que irão promover saúde e bem-estar (centro esportivo), e capacitação e aprendizado (centro educacional e cultural). O SESC é aberto ao público, para que sirva como um espaço de apoio ao resto da cidade, principalmente no seu entorno próximo. Outra particularidade do tema é o aproveitamento de um edifício subutilizado no bairro do Centro. Área que, à primeira vista, parece já estar saturada, na verdade não atinge toda a sua capacidade construtiva devido aos diversos vazios presentes no bairro, tanto vazios propriamente ditos quanto estacionamentos. A reutilização do edifício existente desocupado em conjunto com o projeto de um edifício novo, são, então, propostas para potencializar o adensamento da cidade, considerado este como uma solução contra o espraiamento urbano desnecessário e suas consequências negativas.

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1.2. objetivos

1.3. metodologia

Como objetivo em nível urbanístico, o trabalho se propõe a ser um exemplo de solução para outros edifícios subutilizados ou abandonados e terrenos vazios inseridos em áreas já consolidadas, como o Centro e a Aldeota, bairros que possuem infraestrutura completa, grande fluxo e diversidade de pessoas e usos, e assim, tanto oferecem boas condições para o adensamento quanto necessitam deste para garantir sua sobrevivência. Atingindo assim, o objetivo final de promover uma revitalização de centros urbanos e evitar a expansão horizontal da cidade.

A metodologia adotada divide o trabalho em duas partes, que representam diferentes etapas: começando pela pesquisa, onde foram estudados materiais relevantes para o tema e referências, a fim de facilitar e embasar as decisões projetuais, e fundamentar a pertinência do projeto.

Tendo em vista que uma eficaz revitalização do centro da cidade deve possuir habitações de diferentes grupos sociais, o programa proposto neste projeto pretende também servir aos futuros moradores da área. Já em nível arquitetônico, o projeto propõe uma reflexão acerca da importância de ambientes de qualidade, que promovam a saúde e o bem-estar para seus usuários, pois são ativamente influenciados pelo espaço físico. Além disso, tornar os usos propostos de atividades esportivas, sociais, educacionais e culturais, acessíveis a todos do entorno e da cidade, com espaços convidativos e que promovam integração entre os usuários. E, embora o projeto tenha partido inicialmente da intenção consciente de inserir estes usos e atividades diversos à área, não pretende se solidificar a estes, para assim permitir a natural adaptação que existe do programa com o passar do tempo. Assim, o edifício objetiva ser flexível, ofertando à cidade uma infraestrutura básica, com espaços de qualidade e facilmente adaptáveis.

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Em seguida inicia-se a etapa de proposta, iniciada pelo diagnóstico, para compreender e caracterizar a área do projeto, seu entorno e seu contexto dentro da escala de bairro e de cidade, análise do edifício existente escolhido e da legislação vigente no local. Por fim, a apresentação de experimentações com a forma, que sintetiza as etapas anteriores em conceitos que irão nortear o desenvolvimento do projeto.


2. sesc

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2.1. apresentação Início O Serviço Social do Comércio (SESC), foi criado em 1946, por um grupo de empresários e sindicatos, com a liderança de João Daudt d’Oliveira. Seu objetivo, de forma simplificada, seria solucionar as necessidades e dificuldades sociais dos trabalhadores do comércio, e assim promover o seu desenvolvimento, para um processo de transformação e progresso coletivo. A iniciativa privada é atualmente presente em todos os estados do país, totalizando mais de 500 unidades fixas e móveis. Regimento do SESC (Resolução CNC nº24/68 SESC nº82/68): “TÍTULO 1 – DA FINALIDADE E DAS CARACTERÍSTICAS CIVIS Art. 1 – O SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO (SESC), instituição de direito privado, com sede e foro na Capital da República, organizado e dirigido pela Confederação Nacional do Comércio, tem por finalidade estudar, planejar e executar medidas que contribuam para o bem-estar social e a melhoria do padrão de vida dos comerciários e suas famílias e, bem assim, para o aperfeiçoamento moral e cívico da coletividade, através de uma ação educativa que, partindo da realidade social do país, exercite os indivíduos e os grupos para adequada e solidária integração numa sociedade democrática, (...)”

Valores Em sua procura para apoiar a parcela menos favorecida dos comerciários, e promover o seu autodesenvolvimento, a associação possui valores que direcionam suas ações e atividades a ultrapassarem o que seria uma simples oferta de serviços, e atingirem o objetivo final de transformar a sociedade. Assim, as ações do SESC devem contribuir para a busca do bem-estar individual e coletivo através do desenvolvimento do senso de autonomia, cidadania e liberdade. O SESC possui como finalidades, de acordo com suas Diretrizes Gerais de Ação do Sesc, os seguintes itens: “- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores no comércio e seus dependentes;

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- Contribuir, no âmbito de suas áreas de ação, para o desenvolvimento econômico e social, participando do esforço coletivo para assegurar melhores condições de vida para todos, entendendo-se qualidade de vida as condições materiais e imateriais da existência do trabalhador e de sua família, as condições de emprego e de salário que garantem essas condições e o estado físico, psíquico e social dos componentes do grupo familiar.”

Com estas finalidades a serem alcançadas, foram definidas como ações a serem tomadas: - fortalecer a capacidade de autodesenvolvimento individual através de ações educacionais e transformadoras para a sua melhoria de vida, com base no aprimoramento pessoal e profissional; - ofertar serviços de apoio à saúde e ao bem-estar; - atuar no desenvolvimento e difusão de produção cultural acessível. Estes valores estão em constante busca por atualização para adequação às transformações políticas, econômicas e sociais do país, a fim de manter sua significância frente à realidade atual da comunidade em que atua.

Público A iniciativa privada possui como clientela específica comerciários que exerçam atividades em empresas associadas à Confederação Nacional do Comércio, à Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, ou que sejam contribuintes do SESC, principalmente os trabalhadores do comércio e seus familiares, que em sua maioria, possuem renda baixa. Assim, essa parcela da população tem suas necessidades básicas de sobrevivência asseguradas, mas não as necessidades “acessórias” à vida, como lazer, esporte e cultura, sendo algumas destas atividades ofertadas também à sociedade em geral. O SESC reconhece a importância da presença dessas atividades no cotidiano de todos, a fim de garantir a manutenção da saúde física e mental, e assim estabelece suas diretrizes e ações para atender com qualidade o maior número de pessoas possível. A entidade rompe com o conceito obsoleto de que lazer e cultura devem ser restritos às classes mais altas da sociedade, e sim acessíveis a todos.


Ações Definidas nas Diretrizes Gerais de Ação do Sesc estão as características básicas de suas ações institucionais. A principal, a ação educativa, atravessa de forma direta ou indireta todas as atividades e os serviços ofertados, para fortalecer o desenvolvimento de valores pessoais e profissionais e auxiliar na sua formação sociocultural. De acordo com o próprio SESC, este é o seu diferencial em comparação à outras entidades semelhantes, pois as atividades oferecidas transpassam seus objetivos imediatos, tornando o desenvolvimento dos indivíduos mais eficiente. As ações educativas estão divididas em: informação, capacitação e desenvolvimento de valores, definidas pela natureza de cada ação distinta. Outras características intrínsecas à todas as ações do SESC são: eficácia (garantida principalmente por tratar-se de uma entidade privada); busca por qualidade (em todos os seus aspectos - produtos, serviços, instalações, métodos, técnicas e recursos humanos); acessibilidade (tanto física quanto financeira - por meio de preços acessíveis, da desburocratização do atendimento, e da localização estratégica das unidades operacionais); e responsabilidade ambiental (promovendo em seu público o sentido de sua responsabilidade no meio ambiente natural). Então, o SESC objetiva promover atividades de bem-estar físico, mental e social, ofertando serviços nas áreas de educação, saúde, cultura e lazer. Sobre a educação, o programa oferece atuações tanto para os comerciários quanto para seus dependentes. No campo da saúde, as atividades principais são relacionadas à nutrição, odontologia, medicina de apoio e o ensino de práticas para a preservação da saúde. Já sobre a cultura, além de criar e apresentar expressões artístico-culturais, o SESC pretende fortalecer a presença da cultura no cotidiano, considerando-a um recurso de transformação da sociedade. E, finalmente, o campo do lazer, onde as atividades ofertadas buscam ir além do suprimento das necessidades de recuperação física e mental, para incluir as necessidades de participação, solidariedade e integração

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O SESC é especialmente ativo em São Paulo, possuindo 42 unidades dispersas em 21 cidades no estado de SP, dentre estas são 22 unidades somente na capital. O conjunto destes é um dos grandes movimentadores do cenário cultural da cidade, e a sua atuação intensa nos campos da cultura e da educação formam um sólido projeto que abrange a população de forma democrática social e economicamente. Além disso, há uma diversificação estética do seu conjunto arquitetônico, e uma preocupação com a qualidade dos espaços oferecidos. É visível que a organização reconhece a importância de uma boa arquitetura para uma boa produção de espaços e sua posterior utilização. Algumas de suas unidades são:

sesc 24 de maio | fonte: archdaily

2.2. o caso de São Paulo

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1. Sesc 24 de Maio, Paulo Mendes da Rocha, 2017 (referência utilizada no trabalho)

3. Sesc Pompéia, Lina Bo Bardi, 1986

sesc paulista | fonte: archdaily

2. Sesc Paulista, Konigsberger e Vannucchi, 2018

sesc pompéia | fonte: archdaily

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3. referĂŞncias

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3.1. referências de programa SESC 24 DE MAIO Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha e MMBB Arquitetos Localização: São Paulo, SP Área do projeto: 29.516m² Área do terreno: 2.203m² Ano do projeto: 2017 O edifício, situado no centro de São Paulo, oferece à cidade o programa diverso - cultural, social e esportivo - do SESC. Este programa complexo pretende revitalizar a região, e valorizar o conjunto cultural do entorno, reformando um edifício antigo de uma loja de departamentos, aproveitando e adequando as instalações existentes. Esta escolha da reutilização de um edifício existente garante a localização privilegiada, um dos pontos chaves para garantir que o edifício seja utilizado cotidianamente por um grande número de pessoas.

Os principais norteadores do projeto foram: - Tornar o térreo uma galeria de passagem livre sob o edifício existente, para melhor integração com a cidade e seu entorno; - Oferecer espaços de praças cobertas, para possibilitar diversos espaços de convivência; - Usar como elemento principal de circulação as rampas, para incentivar a movimentação física dos usuários e assemelhar o caminho entre diferentes usos como um passeio, separando a circulação principal da secundária; - Construir a piscina na cobertura, para valorização do espaço e de seu uso;

o edifício no contexto da cidade | fonte: archdaily

Trazer a diversificação de usos ocasiona também a diversificação de fluxos e de pessoas, o que enriquece o edifício e o seu entorno. O fluxo esperado

de pessoas por dia é de 5.000. O espaço é aberto tanto para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, como nas unidades do Sesc, quanto para a população em geral, com programas para todas as faixas etárias e diversos interesses.

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áreas de convivência generosas e ar ar livre | fonte: archdaily

circulações secundárias por rampas | fonte: archdaily


- Fazer fachadas transparentes, para permitir a visão do resto da cidade para os diversos usos reunidos, reunindo a visão de uma sucessão de atividades sobrepostas; - Criação de uma torre de serviços como um complexo auxiliar interligada ao prédio, para reunir todas os serviços de apoio e instalações ao edifício principal, deixando-o, assim, flexível;

O programa tão diverso e a sua abordagem no edifício vertical de forma acessível são uma grande referência para o projeto deste trabalho, além de sua localização central no contexto urbano. Outro ponto destacado pelo Paulo Mendes da Rocha é em relação aos espaços projetados serem flexíveis, e consequentemente duráveis, pois acomodam as “imprevisibilidades da vida” e suas possíveis mudanças nas necessidades de usos, visão também fundamental no trabalho.

esquina do edifício | fonte: archdaily

- Romper o interior do prédio, para a criação de vazios internos, para evitar a simples justaposição de andares sem conexões ou associações entre estes;

- Manter os pilares originais, mas também criar novas estruturas independentes para a sustentação do novo programa.

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diagrama de espacialização do programa | fonte: archdaily

parede de escalada interna | fonte: archdaily

refeitório | fonte: archdaily

salas multiuso - atividade de dança | fonte: archdaily


3.2. referências de projeto INSTITUTO MOREIRA SALLES Arquitetos: Andrade Morettin Arquitetos Localização: São Paulo, SP Área do projeto: 8.662m² Ano do projeto: 2017

A praça elevada, que atrai o convívio da rua para dentro do edifício, e a utilização da pele de vidro, que marca um volume bem definido para ser bem introduzido no seu entorno e, ao mesmo tempo, permite transparecer um pouco das atividades diversas que ocorrem internamente, e a flexibilidade dos espaços internos, são as principais características utilizadas como referência.

visão externa do edifício | fonte: archdaily

O Instituto Moreira Salles buscou em sua nova sede um edifício que fosse representativo dos seus valores e dos princípios da instituição. Localizado na Av. Paulista, um dos espaços mais diversos, democráticos, movimentados, e providos de urbanidade em São Paulo, o museu pretende abrir-se para a cidade, por meio da sua praça, elevada a um dos pavimentos intermediários, o que liberou o térreo para as circulações técnicas necessárias para

o funcionamento do edifício. A escolha de elevar a praça também proporcionou um espaço de convívio mais agradável, pois o lote possuía edificações vizinhas muito próximas em suas laterais.

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térreo | fonte: archdaily

ça elevada | fonte: archdaily

mesma pavimentação da calçada na pra-

vista da praça elevada para a avenida | fonte: archdaily

fachadas de vidro - volumetria aparenta sersimilar aos edifícios do entorno | fonte: archdaily


PRAÇA DAS ARTES Arquitetos: Brasil Arquitetura Localização: São Paulo, SP Área do projeto: 28.500m² Área do terreno: 7.210m² Ano do projeto: 2012 Atualmente uma referência na paisagem do centro da cidade de São Paulo, o entorno do conjunto de edificações que constituem a Praça das Artes é diverso, com edificações de estilos e anos diferentes, que representam a memória de épocas distintas. A área, como em muitos centros urbanos brasileiros, encontrava-se degradada, e possuía, simultaneamente, uma grande diversidade de usos, classes, e tensões, que são potenciais para constituir espaços de vitalidade urbana. O complexo cultural foi então acomodado em retalhos de terrenos no interior da quadra, sendo moldado pelo seu entorno, processo nomeado pelos arquitetos de “costura urbana”.

O edifício possui, desde o ínicio, como princípio formal, a ação de liberar o pavimento térreo para tornar-se a extensão de uma praça, e assim os pedestres podem atravessar a quadra internamente, por este espaço ora coberto, ora sem cobertura. Os pesados blocos sólidos de concreto contrastam com os vazios da praça livre, e com os rasgos de janelas distribuídas sem seguir um padrão lógico visualmente definido. Assim, o conjunto de edifícios não se expressa somente por ser volume, mas também pelos seus vazios e caminhos. Os principais pontos da Praça das Artes que foram utilizados como referência para o projeto são: a criação do ambiente de praça que permeia os edifícios, e estes, por sua vez, abrem espaço para esta revelar-se como ponto central; e a aparência dos blocos sólidos e fechados, com janelas dissemelhantes que rompem esta rigidez.

relação entre novo e existente | fonte: archdaily

A Praça das Artes engloba diversas funções artísticas, principalmente na área de dança e música, com espaços para apresentações, eventos, teatro, escolas, restaurante, área de convivência, estacionamento, dentre outros. Com um programa cul-

tural tão rico e extenso, foi desafiador a inserção do conjunto no local. Todos estes espaços foram projetados com o objetivo principal de promover a revitalização do centro da cidade, fortificando o cenário cultural e criando praças de livre acesso e convivência, além de criar conexões com os edifícios do entorno e com os edifícios históricos que foram reformados.

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esqueadrias desodenadas “quebram” a monotomia da forma sólida e pesada | fonte: archdaily

o edifício encaixou-se no terreno de formato peculiar | fonte: archdaily


4. local

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4.1. o programa na cidade A ação da organização iniciou em 1948, 2 anos após o seu início em nível nacional, e hoje é integrante do Sistema Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará, juntamente com o Senac ( Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e o IPDC (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio), com sua sede de Administração Regional na Aldeota. Possui atuação na capital e em diversas cidades do interior do Estado. Em Fortaleza, a ação do SESC encontra-se presente, porém ainda um pouco tímida, principalmente se comparada às atividades realizadas em São Paulo e em outras capitais. Existem atualmente duas Unidades Operacionais completas (Unidade Centro e Unidade Fortaleza), um espaço cultural (Teatro Emiliano Queiroz), dois espaços educacionais (Escolas Educar Sesc), e dois restaurantes (Shopping Rio Mar Fortaleza e Shopping Rio Mar Kennedy), além das Unidades Móveis, como pode ser visto no mapa 01.

Unidades: Teatro Sesc Emiliano Queiroz – Bairro: Centro O teatro, com capacidade para 184 pessoas, iniciou suas atividades em 2002. Busca atingir sua clientela prioritária (comerciários e dependentes), com preços acessíveis e temáticas variadas em diferentes linguagens de expressão artística para um público variado.

Unidade Centro – Bairro: Centro Inaugurada em 1975, e reformada em 2006 para incorporar novos usos. O seu foco é nos programas de Saúde desenvolvidos nas áreas de assistência odontológica, nutrição, e a educação no tema. Além disso, ainda possui as habituais atividades esportivas, culturais, educacionais e assistenciais. Possui nas suas dependências galeria de artes, restaurante, clínica odontológica, biblioteca, sala de mídias, de jogos e de relaxamento e loja Sesc. Restaurantes Sesc – Bairros: Presidente Kennedy e Papicu Os restaurantes do Sesc possuem reconhecimento de sua qualidade nutricional e certificados de excelência em higiene, oferecendo à população refeições por preços acessíveis. Localizados estrategicamente em dois dos maiores Shoppings da cidade, além das Unidades completas, abrange um grande público de comerciários. Ainda com estas unidades em funcionamento, é pertinente a necessidade de mais espaços apropriados para fortalecer o cenário sócio-cultural da cidade de Fortaleza, e o bairro do Centro é um local adequado para isto, visto que possui fluxos e usos diversos, e um conjunto rico (porém atualmente desvalorizado) de edificações de importância histórica e cultural, que possuem um grande potencial para estes usos.

Unidade Fortaleza – Bairro: Centro Em funcionamento desde 1960, a unidade possui áreas de teatro, ginásios, academia, piscinas, convivência, biblioteca e alimentação, oferecendo atividades educativas, esportivas e culturais. Possui atividades e programas relacionados ao Ensino Infantil e Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Ensino de Idiomas e Formação de Educadores.

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Mapa 01. SESC em Fortaleza

Mapa 02. Usos do bairro

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4.2. o centro de Fortaleza Revitalização de centros urbanos O Centro da cidade foi o local de princípio da consolidação da cidade de Fortaleza, que desde o início já foi marcado por processos de segregação espacial das classes de renda mais baixas. Com o processo de descentralização do bairro e sua porterior degradação, pelo surgimento de novas centralidades (iniciada pela Aldeota com o grande eixo de expansão da zona leste da cidade que foi a Avenida Santos Dumont, e posteriormente avançando para outros centros secundários locais como Maraponga e Montese), e a perda de usos em muitos dos edifícios históricos, o centro que passou a ser renegado pelas classes altas, embora ainda inacessível para as classes baixas, e assim veio a sua degradação, com o abandono de edificações e “guarda” de lotes para especulação imobiliária, os imóveis, assim, não cumprem sua função social. Assim, a área acaba recebendo muitos moradores de rua, habitações de cortiços, e o comércio informal se expande. O centro fica marcado pela falta de qualidade especial e o declínio das condições ambientais e sanitárias. A importância da revitalização da área se deve ao centro possuir ampla gama de serviços e boa infraestrutura, em localização essencial, com a possibilidade de minimizar tempo e deslocamentos. Porém, as principais propostas de renovação e revitalização urbanas foram pontuais e desconectadas entre si, e visavam apenas o embelezamento da cidade, o que não ocasionaram em maiores desdobramentos no panorama da cidade. Com o Estatuto das Cidades, novas políticas e instrumentos pretendem solucionar este problema, com a promoção de programas para diversificação de usos, e que incluem o uso habitacional no centro (essencial para manter a continuidade da revitalização), e com o mapeamento e o incentivo da ocupação de vazios urbanos e a recuperação do acervo edílico também vazios. Apesar dos seus problemas, o Centro ainda é um bairro de grande importância e com muito potencial, que pretende ser explorado por este projeto, servindo de exemplo à outras edificações vazias no contexto do bairro e da cidade.

No mapa 02 de usos do Centro, pode ser observado o seu uso principal de comércio (especialmente nos proximidades do centro antigo), e o crescimento de uso residencial nas laterais leste e oeste do bairro, mostrando que existem centralidades e segregação (entre as laterais leste e oeste) no próprio bairro. A concentração de comércio provoca um “horário de funcionamento” na área, fazendo com que o bairro fique deserto à noite e nos finais de semana, que por sua vez causa grande insegurança à população que tenta usufruir do espaço fora dos períodos de grandes fluxos.

A escolha do bairro O bairro foi escolhido para o projeto por suas potencialidades, tais como: - Oferta de uma rede de transporte público completa, ainda longe de ser ideal, mas em relação ao restante da cidade pode ser considerada boa; - Infraestrutura já consolidada; - Localização evidentemente central, em seu sentido não só físico, como também cultural; - Por ser um bairro rico em urbanidade, e por mais que seu uso principal seja comércio, ainda há grande variedade, gerando diversidade de públicos e fluxos; - Existência de muitas praças e espaços livres que, embora muitas apresentam-se degradadas e desconectadas entre si, possuem grande potencial de revitalização para a valorização do convívio social urbano; - Legislação permissiva para alto potencial construtivo, o que viabiliza o custo-benefício de investimento do projeto. E além disso, uma das justificativas mais importantes, que transforma a visão de um ponto negativo em potencialidade: a presença de inúmeros lotes e edificações vazias ou subutilizadas. Vista como a questão principal do centro, seu problema dos vazios pode se tornar em sua própria solução, com a proposição de reformas e de novos edifícios.

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4.3. o edifício escolhido Apresentação do Edifício

Potencialidades do local

O edifício escolhido para o projeto é a antiga sede do Palácio da Justiça do Ceará, que atualmente está desocupado. O prédio encontra-se com algumas deteriorações, mas tratam-se de elementos recuperáveis.

O edifício se apresenta relativamente bem conservado, e atualmente desocupado, mesmo após algumas propostas de reforma que já foram feitas para o local, mas não realizadas. A sua localização, no “centro do centro”, também é relevante para o projeto, assim como sua proximidade à grandes marcos e pólos concentradores de pessoas da cidade, como a Praça do Ferreira.

Possui semi-subsolo, pavimento térreo elevado e pavimento superior. A entrada é pela lateral direita, onde há uma pequena escada, e outra também voltada para os fundos da edificação.

fachada frontal do edifício | fonte: acervo pessoal

Suas paredes são estruturais, e assim são espessas. São visíveis alterações que foram realizadas posteriormente à concepção do edifício, pois são divisórias finas, sem serventia estrutural.

O grande potencial do local é o terreno vazio (atualmente um estacionamento) aos fundos do edifício, que viabiliza o lote ter acesso para as duas vias, gerando um possível fluxo atravessando a quadra e criando um espaço de caráter público-privado. Além disso, a legislação vigente no terreno viabiliza um alto potencial construtivo.

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vista aĂŠrea do entorno | fonte: google maps

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vista da rua BarĂŁo do Rio Branco | fonte: acervo pessoal


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vista da rua Senador Pompeu - terreno desutilizado | fonte: arcervo pessoal

vista da entrada lateral | fonte: acervo pessoal


PLANTAS

primeiro pavimento

pav. tĂŠrreo elevado

pav. semi-subsolo

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4.4. análise do entorno Usos e fluxos

modo de operação das pessoas que utilizam o bairro atualmente.

O mapa 03 de usos do entorno confirma o argumento de que o centro possui o uso comercial como predominante. Uma diversificação nestes usos é de extrema importância para garantir variedade de pessoas e de horários permeando pelo bairro, que por sua vez, impulsiona uma maior segurança, problema que afeta drasticamente o

Todas as vias do entorno do terreno são classificadas como comerciais, o que permite maior adensamento dos lotes para o comércio. As ruas são estreitas, e praticamente não comportam o fluxo diário do bairro. Por isso, deve se incentivar o uso de transportes públicos e alternativos, a fim de di-

MAPA USOS DO ENTORNO

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Mapa 03. Usos do entorno Legenda área de intervenção divisão entre edificações residencial comercial serviços uso misto institucional outros 0

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100m

fonte: IBGE 2010, org. pela autora

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minuir a frota de automóveis particulares no local. Em relação ao entorno do terreno, é relevante observar o comportamento da Rua Liberato Barroso, que é fechada aos veículos automotores, e possui grande fluxo de comércio informal nos dias úteis.

Gabaritos

onde há maior número de habitações. Segundo Cavalcante (2015, p. 45 apud Souza, 1994, p. 129), isso de deve ao fato de que o processo de verticalização em Fortaleza e em muitas outras cidades brasileiras ocorreu motivado pelos edifícios residenciais. Já nos grandes centros urbanos do mundo, a verticalização foi impulsionada por edifícios comerciais e a consequente criação de centros financeiros.

O entorno do terreno não é muito verticalizado, como pode ser visto no mapa 04. A maioria dos edifícios possui até 3 pavimentos, provavelmente por estar localizado dentro da delimitação do Centro Antigo. Nas porções leste e oeste do bairro, existe maior verticalização, principalmente leste,

MAPA GABARITOS

N

Mapa 04. Gabaritos do entorno Legenda área de intervenção divisão entre edificações 0 - 1 pavimento 1 - 3 pavimentos 3 - 7 pavimentos 7 - 15 pavimentos > 15 pavimentos 0

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100m

fonte: IBGE 2010, org. pela autora

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4.5. análise do lote O terreno O terreno se posiciona no eixo norte-sul da cidade com suas duas maiores laterais, e possui em suas menores laterais no eixo Leste-Oeste dois acessos, para as ruas Barão do Rio Branco e Senador Pompeu. Com área de cerca de 2.800m², apresenta imenso potencial construtivo.

A legislação A identificação da legislação vigente no terreno escolhido se deu por uma análise objetiva da Lei complementar n° 236 de 11 de agosto de 2017 de Parcelamento, uso e ocupação do solo do município de Fortaleza (LUOS 2017), de acordo com as seguintes etapas:

Mapa 05. Delimitação das zonas

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A. Identificação das zonas

O terreno se encontra no Bairro Centro, de Regional própria, área com características de grande permissividade construtiva. Inserido dentro da Macrozona de ocupação urbana, existem duas zonas sobrepostas no local, que podem ser observadas no mapa 05. ZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA 1 Definição segundo a LUOS: “I - Zona de Ocupação Preferencial 1 (ZOP 1) - caracteriza-se pela disponibilidade de infraestrutura e serviços urbanos e pela presença de imóveis não utilizados e/ ou subutilizados; destinando-se à intensificação e dinamização do uso e ocupação do solo.”


PARÂMETROS URBANOS DA OCUPAÇÃO taxa de permeabilidade (%) solo taxa de ocupação (%) subsolo básico índice de aproveitamento (IA) mínimo máximo altura máxima da edificação (m) testada (m) dimensões mínimas do lote profundidade do lote (m) área (m²)

ZOP1 ZEDUS 30 30 60 60 60 60 3 3 0,25 0,2 3 4 72 95 5 5 25 25 125 125

ZONA ESPECIAL DE DINAMIZAÇÃO URBANÍSTICA E ECONÔMICA - CENTRO (TRECHO 1)

Como pode ser observado, a ZEDUS possui parâmetros mais permissivos, que se priorizam acima dos da ZOP.

Definição segundo a LUOS:

Já as normas da ZEDUS mais relevantes para o projeto são:

“IV - Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS) - são porções do território destinadas à implantação e/ou intensificação de atividades sociais e econômicas, com respeito à diversidade local, e visando ao atendimento do princípio da sustentabilidade.”

Definição segundo a SEUMA: “Possui localização privilegiada, com infraestrutura completa e importância histórica e arquitetônica. Visa a revitalização através do estímulo ao Uso Residencial, de lazer, saúde e educação além do comércio e serviço.

B. Identificação dos parâmetros urbanos da ocupação As zonas determinam os seguintes parâmetros segundo a TABELA X.

- edificação pode avançar em área equivalente a até 20% da área delimitada pelo recuo decorrente da verticalização e sua divisa do lote correspondente; - os lotes lindeiros às vias comerciais: liberar um passeio mínimo obrigatório de 3,00m, contados a partir do meio-fio e sem qualquer fechamento, inclusive na lateral e vedado seu uso para estacionamento de veículos; - pode manter os recuos e passeios existentes somente nos lotes que contenham edificações tombadas ou cadastradas como de preservação histórica pelos órgãos competentes das esferas federal, estadual e municipal; - até o quarto pavimento (12,00m): para os lotes lindeiros às ruas e avenidas de sentido norte-sul, o

35


pavimento deverá ser recuado até liberar um passeio mínimo de 4,00m (quatro metros) e sem qualquer fechamento, inclusive na lateral; dispensa dos recuos laterais; - acima do quarto pavimento (a partir de 12m): os recuos são: frente - 6,00m, para as vias e avenidas de sentido norte/sul; laterais 3,00m e fundos - 3,00m; - reserva opcional de espaços destinados ao estacionamento de veículos vinculada às atividades nas edificações situadas dentro do perímetro definido pela Av. Presidente Castelo Branco, Av. Alberto Nepomuceno, Rua Conde D'Eu, Rua Sena Madureira, Av. Visconde do Rio Branco, Av. Duque de Caxias e Av. Tristão Gonçalves.

C. Classificação das atividades e adequação às zonas

O uso definido para o programa foi classificado no grupo Comercial, dentro do subgrupo CSM - Comércio e serviços múltiplos. A LUOS, então, categoriza cada subgrupo em diferentes classes de atividades, com respectivos portes, e assim determina o número mínimo de vagas de estacionamento. O terreno em estudo, porém está dispensado de estacionamento de acordo com norma específica da ZEDUS. O uso, então, verifica-se adequado às zonas nas seguintes classes de atividades: 1, 2, Polo Gerador de Viagens (PGV) 1, PGV2 e PGV3.

D. Classificação das vias do sistema viário

Todas as vias limítrofes ao terreno são classificadas pela LUOS como vias comerciais, com a seguinte definição: IV - Vias Comerciais: destinadas a atender ao tráfego local e dar suporte ao comércio e serviços gerais.

Os parâmetros referentes à adequação dos usos ao sistema viário são de acordo com a TABELA X. Estes parâmetros são neutralizados, como visto anteriormente, pois a ZEDUS possui parâmetros independentes do sistema viário local, que se sobrepõem à legislação menos permissiva. Algumas observações, porém, são feitas pela LUOS, no que se refere à interferência da atividade à via de acordo com seu porte, tais como: a obrigatoriedade de áreas de carga e descarga e embarque e desembarque de passageiros internas aos lote e projeto especial de segurança de pedestres.

36


5. projeto 37


5.1. partido Os principais norteadores do projeto são: - Flexibilidade do espaço construído: o foco na construção do espaço é em promover a sua infraestrutura, e não em um programa de necessidades específico. Assim, a edificação pode ser adaptável às mudanças de uso que possam vir a surgir com o tempo - Uso de vegetação abundante - Realação entre arquitetura nova x existente: a relação entre estas não procura ser de concorrentes, e sim complementares, e as intevenções na arquitetura existente devem ser fáceis de distinguir - Integração entre usuários: a fim de incentivar a troca de ideias, conversas e conhecimento e a livre convivência entre os usuários dos edifícios.

38


5.2. programa de necessidades O programa de necessidades proposto é bem abrangente, buscando abranger atividades de diversas áreas, e assim foi setorizado em: esportivo e recreativo, sociocultural e educacional, tanto para facilitar o entendimento do mesmo quanto para a sua setorização espacial na edificação. O edifício, porém, não pretende se limitar a um programa de forma permanente, compreendendo que o espaço deve ser adaptável, e se moldar acompanhando as mudanças de uso e função com o passar do tempo.

Setorização em núcleos: núcleo educacional. salas diversas núcleo cultural. exposições, eventos, mediateca núcleo esportivo. academia, salas multiuso, fisioterapias, escalada, piscina núcleo social. praças (diferentes níveis de privacidade) usos complementares. refeitório, cafés/lanchonetes, lojas

39


vista aĂŠrea do projeto no entorno

40


5.3. processo e resultado final Utilizando-se dos parâmetros definidos pela legislação, foi calculado o máximo potencial construtivo disponível no lote, como visto na tabela abaixo. O potencial é relativamente alto, já a taxa de ocupação do terreno pode tornar-se um ponto limitador no desenvolvimento da forma do edifício.

41


Estudos de massa Com base no potencial construtivo disponíveis, foram feitos 3 experimentações volumétricas, a fim de ter início a uma forma, e de comparar os diferentes resultados da exploração de cada um dos 3 seguintes parâmetros da legislação como ponto de partida diferentes:

A. Altura Máxima

O volume resultante tem cerca de 31 pavimentos, destacando-se muito no entorno.

B. Taxa de Ocupação Máxima com Recuos (respeitando os recuos totalmente)

Com recúos laterais de 3 metros, o volume resultante tem cerca de 10 pavimentos, e parece harmonizar com o entorno.

C. Taxa de Ocupação Máxima sem Recuos

Utilizando a permissão de retirar os recuos laterais até a altura de 12 metros, e respeitando os recuos nos pavimentos seguintes. O recuo de frente também recebe a permissão de deixar apenas 4 metros livres contados do passeio. O volume final do esquema ultrapassa os limites da taxa de ocupação, que se revelou muito restritiva ao projeto. O volume resultante possui 13 pavimentos no total. O ponto de partida da volumetria do projeto procura atingir o máximo potencial construtivo para garantir o melhor aproveitamento do espaço, permitindo acomodar um programa de necessidades diverso, e generoso em seus espaços. Então, utilizando-se da volumetria gerada no item B, o projeto se desenvolve.

42


43


1. acima: vista entrada da rua Senador Pompeu

3. abaixo: vista interna da mediateca - รกtrio central entre os ambientes

44


2. acima: vista aérea da praça elevada

4. abaixo: vista da cobertura - piscina e área de convívio

45


5. acima: vista frontal do Palácio da Justiça - dois caminhos convidativos surgem em suas laterais 7. abaixo: vista da lateral - caminho em direção à praça central

46


6. acima: vista da praça para o edifício existente 8. abaixo: vista da plataforma metálica para a praça

47


Legenda perspectivas 1. vista entrada da rua Senador Pompeu - o desenho da implantação torna convidativa a entrada na praça, que inicia-se coberta; o uso da mesma pavimentação na calçada e por toda a praça no térreo promove fluidez ao se percorrer o caminho; 2. vista aérea da praça elevada - utiliza-se da mesma pavimentação da praça térrea para fortificaro conceito de praça e de espaço de convívio; espaço flexivel, pode ser utilizado para eventos ou atividades; inserção de vegetação em canteiros elevados;

planta situação esc1/750

Partindo da observação do entorno, inicia-se a ideia de criar uma praça unindo não só os dois edifícios, mas também as duas ruas de acesso. Comesta finalidade, e de também desprender o Palácio da Justiça do vizinho, criando circulações dos dois lados, uma pequena edificação que estava no limite esquerdo teve que ser retirada.

3. vista interna da mediateca - um átrio central percorre os 3 andares do espaço, conectando-os; instalações artíticas temporárias ou permanentes podem ser colocadas em destaque neste átrio; circulação secundária convidativa; configurações de mobiliário diversas e flexíveis; 4. vista da cobertura - piscina e área de convívio na cobertura, possibilitando vistas para o entorno, também com a paginação e canteiros já mencionados, unificando o projeto; 5. vista frontal do Palácio da Justiça - dois caminhos convidativos surgem em suas laterais; 6. vista da praça para o edifício existente - uma estrutura metálica serve de base para a parede verde, levemente espaçada do prédio, e o deck também metálico serve de área de transição e de convívio entre a praça e edifício, elevado a 1,80m acima de um jardim; 7. vista da lateral - o caminho em direção à praça central, cercado por vegetação e espaços com bancos torna-se convidativo e atrai as pessoas ao centro da praça; 8. vista da plataforma metálica para a praça - visão da praça, com sua parte coberta pelo edifício novo e sua relação com lojas no térreo.

48

G


2222

1818

1919

2020

3 1

14P(0,28 m)

1212

1313

1414

1515

1616

1717

1111

1010

99

88

77

66

55

44

33

22

11

2 2121

1 S

D

24,24

rua senador pompeu

1

S

7 6 5 4 3 2 S1

GSEducationalVersion D 15 14 13 12 11 11 10 9 8

rua barĂŁo do rio branco

N

rua liberato barroso

116,81

rua pedro pereira

49


planta implantação esc1/250

A implantação do edifício novo foi guiada pela proposta de criação de uma praça que unisse as duas ruas, cortando a quadra ao meio. Assim, o térreo é quase todo livre, ocupado apenas pela caixa de circulação e serviços e pelas lojas na lateral. O desenho destas torna convidativa a entrada, e o edifício cria cobertura para esta parte de entrada na praça. Na paginação da praça, foram utilizadas pedra portuguesa branca e preta, criando um padrão geométrico com forte impacto visual que se repete no próprio edifício, na praça elevada. A pedra portuguesa faz conexão com a tradicional Praça do Ferreira, no entorno do lote. Outro ponto de partida para o projeto foram os espaços de vegetação abundantes, principalmente no centro da praça, um “oásis” agradável entre as edificações do bairro. Os dois corredores de acesso à praça pela rua Barão do Rio Branco são marcados pelo verde, que conduz as pessoas a entrarem. Na fachada de fundos do Palácio da Justiça é incorporada uma estrutura metálica de grelha que permite o crescimento de uma parede verde.

PAVIMENTO TÉRREO esc 1/250

50

1

banheiros 28,40m²

4

lojas

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça acesso público

3

recepção sesc 30,65m²

6

deck suspenso

16 a 23m²

1.314,70m² 72,50m²

PAVIMENTO SUBSOLO -1 esc 1/250

G


C

B 44,96

4

4

4

4

4

4

4

4

4

2,73

51,67

4

7,00

3

13,46

3,34

4,00

N

4

4

4

4

±0,00 4 3 4 5 6 7

15

14

13

12

11

10

9

8

12

13

15

14

16

17

18

20

19

21

8

7

9

22

D15 14 13 12 11 11 10 9 8

11

6

10

5

3

4

2

1

2

4

1 14P(0,28 m)

22

1

3,60

4

2

4

1

4

3

8,33 %

25,80

6,52 27,90

30,72

20,95

S B

C

D

5,64

acesso veículos

8,33 %

8,49

i=20%

2,78

L

6

15,20

7,65

5

-0,90

4

7 6 5 4 3 2 1

O

A

5

S

rua senador pompeu

A

rua barão do rio branco

4

S

GSEducationalVersion

N


PAVIMENTO TÉRREO esc 1/250

1

banheiros

4

lojas

2

circ. vertical

5

praça acesso público

28,40m²

16 a 23m²

3 6 plantas edifício novo 45,44m²

recepção sesc

1.314,70m²

deck suspenso

30,65m²

72,50m²

O edifício foi projetadoSUBSOLO a partir da concentração PAVIMENTO -1 das áreas de circulação vertical, banheiros e apoios esc 1/250 - como depósitos - em uma torre de sercirc. verticalou copasestacionamento 1 45,44m² 2 780,30m² viços sólida, e assim, liberando todo o restante do pavimento para uso das atividades do edifício.

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

PAVIMENTO TÉRREO cozinha banheiros 1 14,20m² esc 1/250 2 1 3 2

café 14,20m² banheiros circ. vertical 28,40m² 45,44m² circ. vertical

3

recepção sesc

4

4

45,44m²

5

30,65m²

6

recepção 5 lojas22,20m² 16 a 23m² 6 mediateca 185,60m² praça acesso público

14,20m²

4

148,00m²

deck suspenso 72,50m²

esc 1/250

depósito

8

1.314,70m²

PRIMEIRO PAVIMENTO 1

administração sesc

banheiros 28,40m²

7

gerência

recepção 22,20m²

8

diretoria

espaços de trabalho estacionamento 302,20m²

9

sala de reunião

PAVIMENTO 2 5 SUBSOLO -1 copa

esc14,20m² 1/250

3 1

circ. vertical circ. vertical 45,44m² 45,44m²

6

circ. secundária exposições multimídias

7

28,40m²

2

780,30m²

19,15m² 8,95m²

12,00m²

QUARTO PAVIMENTO núcleo cultural esc 1/250 PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc apoio 1/250

1 circ. 28,40m² vertical 1 45,44m² circ. vertical 2 45,44m²

3 2 4

banheiros 28,40m² estacionamento mediateca 780,30m² 374,95m²

SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250 TERCEIRO PAVIMENTO

núcleo culturalcirc. secundária banheiros 7 28,40m² mediateca recepção 54 22,20m² 8 exposições 189,55m² multimídias lounge 148,00m² 5 mediateca

esc 1/250 cozinha

1

4

14,20m²

administração café

21 14,20m² 28,40m²

circ. vertical

vertical 32 circ. 45,44m² 45,44m²

3

6

banheiros

147,50m² 185,60m²

28,40m²

PRIMEIRO PAVIMENTO esc 1/250

administração sesc

depósito PAVIMENTO banheiros SEXTO 4

1

14,20m² esc 1/250

copa

2 14,20m² D.M.L. vertical 3,60m² 31 circ. 2 3

núcleo cultural

45,44m²

higienização

5 64

5,10m²

5

6,90m²

6

estoque frio

28,40m²

7

gerência

22,20m²

8

diretoria

302,20m²

9

recepção

19,15m² 8,95m²

estoque seco cocção espaços de trabalho sala de reunião 7 20,55m² 7,45m² nutrição

12,00m²

5,90m²

8

lavagem de louças

79,45m²

9

refeitório 341,00m²

preparação

17,50m²

restaurante

10 11

circ. vertica

45,44m²

banheiros 28,40m²

QUARTO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

1

apoio

28,40m²

3

banheiros 28,40m²

G


B

6,50

N

13,60

6,50

4,80

D

7

S

5 4 3 2 1

A 6

8

L

11,68

O

A

+8,75

5

13

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

11

10

9

8

7

6

5

2,20

4

3

3

2

2

3,60

4 1

1

32,60

2,20

S

B B

4,80

6,50

6,50

9

A

N

4,80

9

A

6

8

6

8

L

11,70

7

+4,90 5 4 13

12

16

14

15

18

17

21

19

20

22

9

11

10

5

8

7

2,20

6

3

4

2

3

1

2

3,60

O

N

13,60

1

32,60

B

GSEducationalVersion

4,80

N

2,20

S

53


1

circ. vertical

2

45,44m²

estacionamento 780,30m²

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250 PAVIMENTO TÉRREO esccozinha 1/250

1

núcleo cultural

banheiros 28,40m²

7

28,40m² 14,20m²

5 a22,20m² 4 16 23m²

lojasrecepção

8

45,44m²

6 185,60m² 5 1.314,70m²

30,65m²

6

4

14,20m²

2 1

banheiros café

3 2

circ. vertical

3

recepção sesc

praça acesso público mediateca 72,50m²

esc 1/250

administração sesc

banheiros

1 4 SUBSOLO PAVIMENTO 14,20m² 28,40m² copa

esc 1/250 2 14,20m² circ. vertical vertical 45,44m² 31 circ. 45,44m²

148,00m²

deck suspenso

PRIMEIRO PAVIMENTO depósito

circ. secundária exposições multimídias

5

recepção

6

-1 7

gerência 19,15m²

22,20m²

8

diretoria

780,30m² 302,20m²

9

sala de reunião

estacionamento espaços de trabalho 2

8,95m²

12,00m²

QUARTO PAVIMENTO PAVIMENTO SUBSOLO -2 núcleo cultural esc 1/250 esc 1/250

1

circ. apoiovertical 45,44m² 28,40m²

2 3

estacionamento banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

mediateca

780,30m² 28,40m² 374,95m²

SEGUNDO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

TERCEIRO PAVIMENTO cozinha banheiros

1 esc14,20m² 1/250

4

2 14,20m² administração 1 28,40m² vertical 3 circ. 45,44m² circ. vertical 2 45,44m²

5 4 6 5

café

3

banheiros

28,40m² núcleo

recepção 22,20m² mediateca mediateca 189,55m² 185,60m² lounge

circ. secundária

7 cultural 8

exposições multimídias 148,00m²

147,50m²

28,40m²

PRIMEIRO PAVIMENTO esc 1/250

depósito

1 14,20m² SEXTO copa

esc14,20m² 1/250 2

administração sesc

banheiros

4 28,40m² PAVIMENTO recepção 5

22,20m²

7

gerência

8

diretoria

19,15m² 8,95m²

circ. vertical D.M.L. 45,44m² 3,60m²

6 4

espaços de trabalho de reunião 9 sala estoque seco cocção 302,20m² 12,00m²

2

higienização 5,10m²

5

3

estoque frio 6,90m²

6

3 1

7,45m²

7

nutrição 5,90m²

8

lavagem de louças

preparação 79,45m²

9

refeitório 341,00m²

QUARTO PAVIMENTO

20,55m² 17,50m²

núcleo cultural

esc 1/250

1

apoio

28,40m²

3

banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

mediateca

28,40m²

374,95m²

TERCEIRO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

54

1

administração 28,40m²

4

mediateca

2

circ. vertical 45,44m²

5

lounge

3

banheiros

189,55m² 147,50m²

28,40m²

SEXTO PAVIMENTO esc 1/250

1

D.M.L.

4

estoque seco

7

cocção


B

6,50

N

13,60

6,50

4,80

S

A L

11,68

O

A

4

+16,45

13

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

11

10

9

8

7

6

5

4

2,20

3

2

2

3,60

3 1

1

32,60

2,20

S

B B

4,80

6,50

N

N

13,60

6,50

4,80

S

22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

4

5

L

11,68

A

+12,60 3 13

12

16

14

15

18

17

21

19

22

9

11

10

5

8

7

6

4

3

2,20

2

2

20

1

3,60

O

A

1

32,60

B

GSEducationalVersion

4,80

N

2,20

S

55


PRIMEIRO PAVIMENTO

administração sesc

esc 1/250

1

depósito

4

banheiros

14,20m²

7

gerência

copa

28,40m²

2

14,20m²

5

recepção

diretoria

circ. vertical

22,20m²

8

3

45,44m²

6

espaços de trabalho 302,20m²

9

sala de reunião

19,15m² 8,95m²

12,00m²

QUARTO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

1

apoio

28,40m²

3

banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

mediateca

28,40m²

374,95m²

TERCEIRO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

1

administração 28,40m²

4

mediateca

2

circ. vertical 45,44m²

5

lounge

3

banheiros

189,55m² 147,50m²

28,40m²

SEXTO PAVIMENTO

restaurante

esc 1/250

1

D.M.L. 3,60m²

4

estoque seco

2

higienização

7,45m²

7

cocção

20,55m²

10

circ. vertical

5

nutrição 5,90m²

8

lavagem de louças

5,10m²

11

banheiros

6

preparação

17,50m²

3

estoque frio

79,45m²

9

refeitório 341,00m²

6,90m²

PAVIMENTO TÉRREO 1

28,40m²

4

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça acesso público

3

recepção sesc 30,65m²

6

deck suspenso

16 a 23m²

1

4

banheiros

1.314,70m²

2

apoio

14,20m²

5

foyer

72,50m²

3

circ. vertical 45,44m²

6

salas multiuso

esc 1/250

circ. vertical 45,44m²

eventos e exposições

depósito

PAVIMENTO SUBSOLO -1 56 1

núcleo cultural

esc 1/250 lojas

2

estacionamento 780,30m²

28,40m²

QUINTO PAVIMENTO

esc 1/250

banheiros

45,44m²

14,20m²

28,40m²

105,17m²

58 a 90m²

OITAVO PAVIMENTO esc 1/250

1

banheiros e vestiários 50,40m²

4

núcleo esportivo

recepção 20,45m²

G


B

6,50

N

13,60

6,50

4,80

8

7

6

+24,15

2

11 13

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

11

10

9

8

7

6

5

4

10

1

3

4

3

2

3,60

5

2,20

32,60

2,20

S

B B

4,80

A

6,50

N

N

13,60

6,50

6

4,80

6

A

6

L

11,68

6

+20,30

5

4 13

12

16

14

15

18

17

21

19

20

22

9

11

10

5

8

7

6

2,20

4

3

3

2

2

1

1

3,60

O

A

9

L

11,68

O

A

1

32,60

B

GSEducationalVersion

4,80

N

2,20

S

57


PAVIMENTO TÉRREO

QUINTO PAVIMENTO

esc 1/250

1 2

circ. vertical

3

recepção sesc

28,40m²

4

lojas

45,44m²

5

praça acesso público

30,65m²

6

deck suspenso

eventos e exposições

16 a 23m²

1

depósito 14,20m²

4

banheiros

1.314,70m²

2

apoio

14,20m²

5

foyer

72,50m²

3

circ. vertical 45,44m²

6

salas multiuso

2

45,44m²

105,17m²

58 a 90m²

núcleo esportivo

esc 1/250

esc 1/250

circ. vertical

28,40m²

OITAVO PAVIMENTO

PAVIMENTO SUBSOLO -1 1

núcleo cultural

esc 1/250

banheiros

estacionamento 780,30m²

1

banheiros e vestiários

4

recepção

50,40m²

2

circ vertical

atividades esportivas

45,44m²

5

3

depósito

6

escalada

6,40m²

20,45m²

340,81m² 54,19m²

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

SÉTIMO PAVIMENTO

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

1 2 3

banheiros PAVIMENTO TÉRREO 7 4 28,40m²

cozinha 14,20m²

caféesc 1/250 14,20m²

banheiros circ.1 vertical 45,44m² 28,40m²

5

recepção

2 3

recepção sesc

45,44m²

lojas

6

deck suspenso

2

copa

3

14,20m²

4

3

banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

praça elevada

apoio

circ. vertical

administração sesc

7

28,40m²

gerência 19,15m²

1

2 3

QUARTO PAVIMENTO núcleo cultural esc 1/250 PAVIMENTO SUBSOLO -2 3

banheiros

2

45,44m²45,44m²

4

374,95m²780,30m²

circ. vertical circ.1vertical

1

28,40m²café 2 14,20m² circ. vertical

4

258 vertical 5 45,44m² 3 circ. 45,44m² 3 banheiros 28,40m²

banheiros 4 28,40m² mediateca recepção 189,55m² 5 lounge 22,20m² mediateca 147,50m²

6

185,60m²

105,17m² 6,40m²

salasmultiuso multiuso salas 58 a 90m² 32,30²

núcleo esportivo

4

50,40m²

banheiros circ verticale vestiários 45,44m² 50,40m² depósito circ. vertical 6,40m² 14,20m²

depósito

20,45m²

4

fisioterapia atividades esportivas

5

massagem escalada

6

salas multiuso

10,20m²5 340,81m² 10,20m²6 54,19m² 32,00m²

6,40m²

SÉTIMO PAVIMENTO

estacionamento mediateca 2

núcleo cultural

cozinha

1 14,20m² administração

3

28,40m²

convívio

esc 1/250

DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO apoio banheiros esc 1/250

SEGUNDO PAVIMENTO TERCEIRO esc 1/250 PAVIMENTO esc 1/250

foyer depósito

esportivo escbanheiros 1/250 e vestiários núcleo recepção

1 2

28,40m²

35 46

OITAVO PAVIMENTO esc 1/250 NONO PAVIMENTO

780,30m²

apoio esc 1/250

416,85m²

45,44m²

circ. esc vertical 1/250 espaços de trabalho 6 302,20m² 9 sala de reunião 45,44m² circ. vertical estacionamento12,00m²

1

28,40m²

banheiros esportivo 4 núcleo 28,40m²

banheiros e 2 14,20m² 1 vestiários circ. vertical 50,40m² 2 3 45,44m²

72,50m²

2

28,40m²

14,20m²

1.314,70m²

banheiros

45,44m²

apoio

depósito esc 1/250 1

recepção diretoria 5 22,20m² SUBSOLO 8 -1 PAVIMENTO 14,20m² 8,95m²

1

1

QUINTO PAVIMENTO núcleo cultural esc 1/250 DÉCIMO PAVIMENTO eventos e exposições

148,00m²

5

esc 1/250

depósito

circ. secundária exposições multimídias

praça acesso público

PRIMEIRO PAVIMENTO 30,65m²

1

8

22,20m²

4 16 a 23m² 6 mediateca 185,60m²

circ. vertical

convívio

esc 1/250

2

núcleo cultural

7 8

circ. secundária exposições multimídias 148,00m²

1

28,40m²

3

45,44m²

4

circ. vertical

caixa d'água e 28,40m² coberta praça elevada 416,85m²

DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO

núcleo esportivo

esc 1/250

1 2

DÉCIMO PAVIMENTO banheiros e vestiários piscina 50,40m²

esc 1/250 4 187,50m²

45,44m²

1

circ. vertical

núcleo esportivo

praça elevada banheiros e depósito 5 236,60m²

3

6,40m²

G


B

6,50

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

11,68

5

+31,85

13

1

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

3,60

6

32,60

2,20

S

B B

4,80

6,50

A

N

13,60

N

6,50

4,80

A

4

L

11,68

+28,00

3 13

12

16

14

15

18

17

21

19

20

22

9

11

10

5

8

7

6

4

2,20

3

2

2

1

1

3,60

O

3

11

10

9

8

7

6

5

4

2,20

3

2

2

1

A

D 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12

4

1

4,80

L

13,60

A O

N

S

6,50

1

32,60

B

GSEducationalVersion

4,80

N

2,20

S

59


PAVIMENTO TÉRREO

QUINTO PAVIMENTO

esc 1/250

1

28,40m²

4

lojas

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça acesso público

3

recepção sesc 30,65m²

6

deck suspenso

depósito 14,20m²

4

banheiros

1.314,70m²

2

apoio

14,20m²

5

foyer

72,50m²

3

circ. vertical 45,44m²

6

salas multiuso

2

45,44m²

28,40m²

105,17m²

58 a 90m²

OITAVO PAVIMENTO esc 1/250

esc 1/250

circ. vertical

eventos e exposições

1

16 a 23m²

PAVIMENTO SUBSOLO -1 1

núcleo cultural

esc 1/250

banheiros

estacionamento 780,30m²

núcleo esportivo

1

banheiros e vestiários

4

recepção

50,40m²

2

circ vertical

5

atividades esportivas

45,44m²

3

depósito

6

escalada

6,40m²

20,45m²

340,81m² 54,19m²

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

SÉTIMO PAVIMENTO

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO PAVIMENTO TÉRREO esc 1/250 esc 1/250

1 1 2 2 3 3

cozinha banheiros 14,20m² 28,40m² café circ. vertical 14,20m² 45,44m² circ. vertical recepção sesc 45,44m² 30,65m²

4 5 6

banheiros

4lojas28,40m²

7

16 arecepção 23m²

5praça acesso público8 22,20m² 1.314,70m² mediateca

21 14,20m² 45,44m² vertical 3 circ. 45,44m²

5

recepção estacionamento

6

espaços de trabalho

28,40m²

22,20m² 2 780,30m² 302,20m²

7

gerência

8

diretoria

9

sala de reunião

14,20m²

28,40m² 45,44m²

4

mediateca

banheiros 28,40m²

14,20m² esc 1/250

circ. vertical 45,44m² banheiros e 1 vestiários

6

105,17m² núcleo

salas multiuso 58 a 90m² depósito

3

50,40m²

4

circ. vertical

salas multiuso 32,30²

núcleo esportivo

1

banheiros e vestiários

4

recepção

50,40m²

12,00m²

2

esc 1/250 45,44m²

5

núcleo 340,81m²

20,45m² NONO PAVIMENTO atividades esportivas circ vertical

depósito 6,40m² banheiros e 1 vestiários

escalada

4

10,20m²

2

50,40m²

5

massagem

3

14,20m²

6

salas multiuso

circ. vertical

10,20m² 32,00m²

convívio

esc 1/250

1

apoio

28,40m²

3

banheiros 28,40m²

praça elevada DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO 2 45,44m² 4 416,85m² circ. vertical

núcleo cultural

esc 1/250

circ. secundária 7 28,40m² recepção núcleo cultural 8 exposições 22,20m² multimídias mediateca 148,00m² mediateca

caixa d'água e coberta

banheiros

1 14,20m² 4 TERCEIRO PAVIMENTO café esc 2 1/250 14,20m²

5

45,44m² 28,40m²

6 4

45,44m²

5

3 1

circ. vertical administração

2

circ. vertical banheiros

esc 1/250

147,50m²

1

lounge

esc 1/250

1

depósito 14,20m²

4

3

banheiros 28,40m²

45,44m²

6

espaços de trabalho

3,60m²

4

estoque seco

5,10m²

5

nutrição

1

D.M.L.

2

higienização

estoque frio 3 QUARTO 6,90m²

esc 1/250

60

2

administração sesc

copa recepção SEXTO 2 14,20m² PAVIMENTO 5 22,20m²

esccirc. 1/250 vertical

DÉCIMO PAVIMENTO DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO

185,60m² 189,55m²

3 28,40m² PRIMEIRO PAVIMENTO

302,20m²

7

gerência

8

diretoria

9

3

8,95m²

sala de reunião restaurante 12,00m²

7

cocção

20,55m²

10

circ. vertical

5,90m²

8

lavagem de louças 17,50m²

11

banheiros

refeitório 341,00m²

núcleo cultural

1

apoio

28,40m²

3

banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

mediateca

28,40m²

374,95m²

núcleo esportivo esportivo núcleo

esc 1/250

banheiros e banheiros e vestiários 1 vestiários 4 50,40m² circ. vertical 2 50,40m² circ. vertical5 45,44m² 45,44m² depósito

depósito piscina 3 187,50m² 6,40m²

salas multiuso praça4elevada 236,60m² 32,30²

6,40m²

19,15m²

7,45m²

9 6 preparação PAVIMENTO 79,45m²

esportivo

6fisioterapia 54,19m²

depósito SÉTIMO PAVIMENTO 6,40m²

374,95m²

esc 1/250

esportivo

6,40m²

8,95m²

28,40m²

SEGUNDO PAVIMENTO

4

esc 1/250

19,15m²

núcleo cultural

2 3

cozinha

depósito

OITAVO PAVIMENTO

PAVIMENTO SUBSOLO -2 QUARTO PAVIMENTO esc 1/250 estacionamento 780,30m² banheiros

núcleo cultural

eventos e exposições

45,44m²

3

2

praça elevada

28,40m²

DÉCIMO PAVIMENTO apoio foyer 2 5

administração sesc

4

circ. vertical

4

28,40m²

2

1esc14,20m² 1/250

1 1

circ. vertical

3

PAVIMENTO SUBSOLO -1 depósito banheiros

circ. vertical 45,44m² apoio

2

1

72,50m²

esc 1/250

esc 1/250

3

banheiros

esc 1/250

circ. secundária exposições multimídias 148,00m²

6deck185,60m² suspenso

1

apoio

45,44m² 416,85m² QUINTO PAVIMENTO

núcleo cultural

PRIMEIRO PAVIMENTO

copa circ. vertical

convívio

esc 1/250

NONO PAVIMENTO núcleo esportivo esc 1/250 QUADRO AMBIENTES

45,44m² 28,40m²

1

circ. vertical

2

banheiros

3

apoio

4

salas multiuso

17,90m² 25,10m²

1

banheiros e vestiários foyer 50,40m²

4

5 59,80m² 2 circ. 5 vertical recepção/café 14,20m² 6 79,20m² 3 6 depósito deck externo 6,40m²

7

9,45m²

16,50 a 95m²

8

100,30m²

secretaria 18,00m²

núcleo educacional

fisioterapia 10,20m²

coordenação massagem 9 10,20m²

18,40m²

diretoria salas 10multiuso 32,00m²

11

16,70m²

sala dos professores 31,45m²

DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250

caixa d'água e coberta


B

6,50

N

13,60

6,50

4,80

+31,85 +39,55

S

L

11,68

A 4

13

3

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

4

11

10

9

8

7

6

2,20

5

2

4

1

3

1

4

2

3,60

4

1

32,60

2,20

B

S

B

4,80

6,50

N

N

13,60

6,50

4,80

+35,70 1

A

S

O

A

1

A

2 3 4 5 8

L

9

11,68

5

7

5

10 11

6

6 12 13 14

4

17

4

16

4

15 18 19 20 21 13

1

12

16

14

15

18

17

21

19

20

22

9

3

11

10

5

8

7

2,20

6

2

4

1

3

1

2

3,60

22

O

6

5

1

32,60

B

GSEducationalVersion

4,80

N

2,20

S

61


340,81m²

45,44m²

3

depósito

escalada

6

6,40m²

54,19m²

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

SÉTIMO PAVIMENTO

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250

núcleo cultural

1 14,20m² esc 1/250

circ. secundária 7 recepção 5 22,20m² 8 exposições lojas multimídias 16 amediateca 23m² 148,00m² 6 185,60m² praça acesso público

PAVIMENTO TÉRREO cozinha banheiros 2 1 3 2

café 14,20m² banheiros 28,40m² circ. vertical 45,44m² circ. vertical

3

recepção sesc

4

4

45,44m²

5

30,65m²

6

14,20m²

4

3 1

circ. vertical circ. vertical 45,44m² 45,44m²

1 1 2

1

7

28,40m²

espaços de trabalho estacionamento 302,20m²

2

administração café 28,40m² 14,20m²

54

32

circ.vertical vertical circ. 45,44m² 45,44m²

65

3

banheiros

780,30m²

9

gerência diretoria

2 3

3,60m² 45,44m²

higienização 5,10m²

5

6,90m²

6

estoque frio

1

banheiros e vestiários

4

2

circ vertical banheiros e 45,44m² 1 vestiários depósito

atividades esportivas 5fisioterapia 340,81m² 10,20m² escalada 6massagem 54,19m²

3

NONO PAVIMENTO recepção esc 1/250

50,40m²

6,40m² 2

3

5,90m²

8

preparação 79,45m²

9

2

1

7

gerência

8

diretoria

19,15m²

restaurante

8,95m²

9 12,00m² 20,55m²

lavagem de louças 17,50m²

45,44m²

11

circ. vertical 45,44m²

4

mediateca

salas multiuso 32,00m²

convívio

28,40m²

circ. vertical

4

45,44m²

refeitório 341,00m²

28,40m²

esc 1/250 banheiros e vestiários 50,40m²

2

circ. vertical 45,44m²

1

3

depósito 6,40m²

2

praça elevadacaixa d'água e coberta 416,85m²

4

piscina núcleo esportivo 187,50m²

banheiros e praça elevada depósito 3 6,40m² vestiários 5 236,60m² salas multiuso 50,40m² 4 32,30² circ. vertical 45,44m²

QUADRO AMBIENTES NONO PAVIMENTO

núcleo educacional núcleo esportivo

esc 1/250

banheiros

núcleo cultural

28,40m²

10,20m²

DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO núcleo esportivo esc 1/250 DÉCIMO PAVIMENTO

QUARTO PAVIMENTO

2

depósito

6

esc 1/250

administração sesc

nutrição

banheiros

5

14,20m²

1

circ. vertical

2

banheiros

3

apoio

4

salas multiuso

17,90m²

1

25,10m²

2

9,45m²

3

16,50 a 95m²

foyer coordenação banheiros e fisioterapia 5 59,80m² 9 18,40m² 4 vestiários recepção/café 10,20m² diretoria 6 79,20m² 10 16,70m² massagem 50,40m² 5 circ. deck vertical externo 10,20m² sala dos 7 11multiuso 14,20m² 100,30m² professores 6 salas 32,00m² depósito secretaria 31,45m²

8 18,00m² 6,40m²

28,40m²

374,95m²

DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250

caixa d'água e coberta

TERCEIRO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

1

administração

2

circ. vertical

3

banheiros

28,40m²

4

mediateca

45,44m²

5

lounge

DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO

núcleo esportivo

189,55m²

esc 1/250

147,50m²

1

banheiros e vestiários 50,40m²

4

piscina

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça elevada

3

depósito

28,40m²

SEXTO PAVIMENTO

restaurante

esc 1/250

62

esportivo

SÉTIMO PAVIMENTO

estoque de seco cocção espaços trabalho sala de reunião 10 circ. vertical 7

3

circ. vertical

núcleo 20,45m²

6,40m²

núcleo cultural

22,20m²

apoio

4

50,40m²

esc 1/25028,40m²

recepção

1

núcleo esportivo

12,00m²

147,50m² 185,60m²

esc 1/250

105,17m² depósito 3 multiuso salas 6,40m² 58 a 90m² salas multiuso 4 32,30²

esc 1/250

sala de reunião

núcleo cultural circ. secundária banheiros 7 28,40m² mediateca recepção 8 exposições 189,55m² 22,20m² multimídias lounge mediateca 148,00m²

7,45m² 302,20m²

circ. vertical

esportivo

apoioSEGUNDO banheiros DÉCIMO PAVIMENTO 1 3

depósito banheiros SEXTO 1 14,20m² PAVIMENTO 4 28,40m² D.M.L. circ. vertical

45,44m² 50,40m²

2

foyer

8,95m²

28,40m²

14,20m²

6

28,40m²núcleo

OITAVO PAVIMENTO

19,15m²

374,95m²

PRIMEIRO PAVIMENTO

416,85m²

45,44m²

banheiros estacionamento 28,40m² 780,30m² mediateca

esc 1/250

apoio 14,20m² banheiros e 1circ.vestiários vertical

administração sesc

banheiros

28,40m²

núcleo cultural

3

4

5 4 6

praça elevada

72,50m²

21

2 31

45,44m²

4

eventos e exposições DÉCIMO PAVIMENTO depósito banheiros

deck suspenso

14,20m²

esccopa 1/250

circ. vertical

5

SEGUNDO PAVIMENTO esc 1/250 TERCEIRO PAVIMENTO esccozinha 1/250

2

4

3 2 4

circ. vertical 28,40m² 45,44m² circ. vertical 45,44m²

banheiros

esc 1/250

QUARTO PAVIMENTO núcleo cultural esc 1/250 PAVIMENTO SUBSOLO -2 escapoio 1/250

3

2

22,20m²

6

28,40m²

1 esc 14,20m² 1/250

PAVIMENTO SUBSOLO -1 8 copa recepção 2 5 esc14,20m² 1/250

apoio

1.314,70m²

esc 1/250

depósito

1

QUINTO PAVIMENTO

28,40m²

PRIMEIRO PAVIMENTO 1

convívio

esc 1/250

1

D.M.L. 3,60m²

4

estoque seco

7

cocção

circ. vertical

2

5,10m²

5

nutrição

20,55m²

10

higienização

7,45m² 5,90m²

8

lavagem de louças 17,50m²

11

banheiros

236,60m²

6,40m²

QUADRO AMBIENTES

45,44m² 28,40m²

187,50m²

circ. vertical

foyer

núcleo educacional coordenação

G


B

N

9,10

1,65

25,00

L

7,50

A

13

1

12

17

18

14

15

16

22

19

20

21

3

11

10

9

8

7

6

2,20

5

2

4

1

3

1

2

3,60

2,53

O

A

1

32,60

2,20

S

B B

N

N

25,00

9,10

A

13

1

12

16

14

15

18

17

21

19

20

22

9

3

11

10

5

8

7

2,20

6

2

4

1

3

1

2

3,60

2,53

L

5 +44,85

4 +44,87

O

A

7,50

1,65

2,10

1

32,60

B

GSEducationalVersion

2,10

N

2,20

S

63


PAVIMENTO TÉRREO esc 1/250

1

banheiros 28,40m²

4

lojas

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça acesso público

3

recepção sesc 30,65m²

6

deck suspenso

16 a 23m²

1.314,70m² 72,50m²

PAVIMENTO SUBSOLO -1 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

estacionamento 780,30m²

PAVIMENTO SUBSOLO -2 esc 1/250

1

circ. vertical

2

45,44m²

estacionamento 780,30m²

SEGUNDO PAVIMENTO

núcleo cultur

esc 1/250

cozinha banheiros PAVIMENTO TÉRREO 1 14,20m² 4 28,40m²

esccafé 1/250

2

5

14,20m²

3 1

banheiros circ. vertical

2

circ. vertical

3

recepção sesc

7

recepção

8

22,20m²

lojasmediateca

148,00m²

28,40m² 45,44m²

6 a 185,60m² 4 16 23m²

45,44m²

5

praça acesso público

6

deck suspenso

4

banheiros

1.314,70m²

30,65m² 72,50m² PRIMEIRO PAVIMENTO

esc 1/250

administração se

7

gerência

2 14,20m² 5 SUBSOLO PAVIMENTO -1 8 22,20m²

diretoria

1

depósito

circ. secundár exposições multimídias

14,20m²

copa

vertical esc 1/250 3 circ.

1

45,44m²

circ. vertical 45,44m²

28,40m²

recepção

6

espaços de trabalho

9

302,20m²

2

estacionamento

19,15m² 8,95m²

sala de reun 12,00m²

780,30m²

QUARTO PAVIMENTO

núcleo cultural

esc 1/250

PAVIMENTO SUBSOLO -2 apoio banheiros

64

esc 1/250 1 28,40m²

3

12

2 4

circ. circ. vertical vertical 45,44m² 45,44m²

28,40m²

estacionamento mediateca 780,30m² 374,95m²

SEGUNDO PAVIMENTO TERCEIRO PAVIMENTO esc 1/250

núcleo cultur núcleo cultural

esc 1/250

1 1 2

cozinha 14,20m² administração 28,40m² café

4 4 5

banheiros 28,40m² mediateca 189,55m² recepção

7 8

circ. secundár exposições

G


34,61

depósito 14,20m²

4

banheiros

2

apoio

14,20m²

5

foyer

3

circ. vertical 45,44m²

6

salas multiuso

105,17m²

9

10

13

14

11

15

12

i=20% núcleo esportivo

1

banheiros e vestiários

4

recepção

50,40m²

2

circ vertical

atividades esportivas

45,44m²

5

3

depósito

6

escalada

6,40m²

8

7

6

5

3

4

2

1

1

58 a 90m²

esc 1/250

20,45m²

340,81m² 54,19m²

SÉTIMO PAVIMENTO esc 1/250

convívio 34,61

1

apoio

28,40m²

3

banheiros

2

circ. vertical 45,44m²

4

praça elevada

28,40m²

416,85m²

N

QUINTO PAVIMENTO núcleo cultural esc 1/250 DÉCIMO PAVIMENTO eventos e exposições 4

apoio

banheiros e 2 1 5 14,20m² vestiários

3

circ.50,40m² vertical 2 45,44m² circ. vertical

6

banheiros núcleo esportivo 28,40m²

foyer depósito

3 6,40m² 105,17m²

salas multiuso salas multiuso 58 a490m² 32,30²

OITAVO PAVIMENTO 2 esportivo esc 1/250 NONO PAVIMENTOnúcleo 9

11

10

16

12

13

5

4

depósito

8

14,20m²

fisioterapia

7

3

20,45m²

atividades1esportivas 4 510,20m² 340,81m² 6

50,40m² depósito 2 6,40m² circ. vertical

núcleo esportivo recepção 3

banheiros e circ vertical 1 45,44m² vestiários

4

2

3

50,40m²

1

2

esc 1/250

banheiros e vestiários

14

1

15

23,73

45,44m²

PROJEÇÃO EDIFICAÇÃO

depósito 1/250 1 esc 14,20m²

esc

massagem

escalada 5 610,20m²

6

54,19m²

salas multiuso 32,00m²

i=20%

6,40m²

SÉTIMO PAVIMENTO

convívio

esc 1/250

DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO apoio esc 1/250 1 28,40m²

2

ral

GSEducationalVersion

2

28,40m²

OITAVO PAVIMENTO

ria

ria

eventos e exposições

1

ral

nião

núcleo cultural

esc 1/250

16

23,73

QUINTO PAVIMENTO

PROJEÇÃO EDIFICAÇÃO

N

circ. vertical 45,44m²

3

banheiros

4

praça elevada

28,40m²

caixa d'água e coberta

416,85m²

DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO esc 1/250

núcleo esportivo

65


66


QUINTO PAVIMENTO

C

N

núcleo cultural

esc 1/250

N

eventos e exposições

1

depósito 14,20m²

4

banheiros

2

apoio

14,20m²

5

foyer

3

circ. vertical 45,44m²

6

salas multiuso

28,40m²

105,17m²

4

58 a 90m²

2

circ vertical

5

atividades esportivas

20,45m²

SÉTIMO PAVIMENTO

convívio

esc 1/250

As maiores alterações estruturais foram: a criação apoio banheiros de uma torre de circulação vertical 1 28,40m² 3 28,40m² e banheiros unicirc. vertical praça ficada, repetindo-se oselevada pavimentos; e a 2 45,44m²por todos 4 416,85m² criação de um átrio vazio entre os pavimentos. A estrutura necessária para permitir estas mudanças é metálica, ficando facilmente visíveis as intervenções realizadas. DÉCIMO PAVIMENTO

11

4

340,81m²

No Palácio 45,44m² da Justiça, concentra-se o núcleo eduescalada 3 depósito 6 54,19m² 6,40m² cacional do programa. Buscou-se fazer poucas intervenções na estrutura existente, porém algumas foram necessárias para garantir a acessibilidade universal à edificação.

4

L

recepção

+8,75

4

10

4

4

1

2

3

Primeiro Pavimento esc 1/250

S

C

4

50,40m²

4

O

banheiros e vestiários

4

A

OITAVO PAVIMENTO 1

9

N

C

plantas núcleo esportivo esc 1/250 edifício existente

4

A

N

núcleo esportivo

4

A

4

A

4 +1,80

6

4

L

O

7

8 4

4

2

4

1 15

14

2

4

banheiros e fisioterapia As salas de aulas são flexíveis e seus mobiliários 1 vestiários 4 10,20m² permitem diferentes acordo com a nemassagem 50,40m²layouts de 2 5 10,20m² vertical cessidade, além circ. de também possuírem tamanhos multiuso 3 14,20m² 6 salas variados. 32,00m² depósito

1

núcleo esportivo

esc 1/250

4

4

S

esc 1/250

Outra grande mudança foi a entrada, que antes era banheiros e depósito 1 vestiários 3 6,40m² feita apenas pela lateral Norte, em uma entrada salas multiuso 50,40m² com degraus 2externos e outra combinação 4 com 32,30² circ. vertical 45,44m²e internos, agora é feita nos de degraus externos “fundos” do edifício, pelas duas laterais, através de um deck metálico suspenso acima de um jardim. As duas entradas são reunidas em um espaço úniNONO PAVIMENTO co de recepção e cafeteria do núcleo.

13

3 12

4 11

5 10

6 9

7 8

+1,80

6,40m²

3

8,33 % 8,33 %

caixa d'água e coberta

S

Pavimento Térreo Elevado esc 1/250

N

DÉCIMO PRIMEIRO PAVIMENTO 1

banheiros e vestiários 50,40m²

4

piscina

2

circ. vertical 45,44m²

5

praça elevada

3

depósito

187,50m² 236,60m²

banheiros 25,10m²

6

recepção/café

3

apoio

9,45m²

7

deck externo

4

salas multiuso 16,50 a 95m²

8

secretaria

79,20m²

10

diretoria

100,30m²

11

sala dos professores

18,00m²

L

O 9

4

18,40m²

4

4

4

2

16,70m²

4

1

7

2

coordenação

59,80m²

6

foyer

núcleo educacional

5

5

4

4

17,90m²

-0,90

4

3

circ. vertical

A

5

2

1

4

4

1

4

7 6 5 4 3 2 1

QUADRO AMBIENTES

eiros

4

A

6,40m²

S

vertical

15 14 13 12 11 10 9 8 13

12

11

10

9

8

31,45m²

S

C

esc 1/250

15

14

Pavimento Semi-subsolo GSEducationalVersion

N

núcleo esportivo

esc 1/250

rante

C

esc 1/250

C

DÉCIMO SEGUNDO PAVIMENTO

3


cortes

CHAPA METÁLICA CIRCULAR P/ SUPORTE ESTRUTURA BRISES VIGA METÁLICA

+51,10

FORRO DE GESSO ACARTONADO

+47,25 11º PAV. +43,40

PELE DE VIDRO REFLETIVO C/ ESTRUTURA EM ALUMÍNIO

+39,55 10º PAV. +35,70 9º PAV. +31,85 8º PAV.

BRISE DE CHAPA METÁLICA PERFURADA C/ MOLDURA METÁLICA

+28,00 7º PAV. +24,15 6º PAV.

LAJE DE CONCRETO C/ ARMADURA DE STEEL DECK

+20,30 5º PAV. +16,45 4º PAV.

ESTRUTURA BRISES +15,50

12,60 3º PAV. +8,75 2º PAV. +4,90 1º PAV. ±0,00 -2,80 SS1 -5,60 SS2

PILAR METÁLICO +7,20 1º PAV. +1,80

TÉRREO ELEV.

-0,90 SS

Corte Longitudinal AA. esc 1/500

GSEducationalVersion

Detalhe Brises Verticais GSEducationalVersion

esc 1/50


+51,10 +47,25 11º PAV. +43,40 +39,55 10º PAV. +35,70 9º PAV. +31,85 8º PAV. +28,00 7º PAV. +24,15 6º PAV. +20,30 5º PAV. +16,45 4º PAV.

+12,60

+12,60 3º PAV. +8,75 2º PAV.

+7,20 1º PAV.

+4,90 1º PAV.

+1,80 TÉRREO ELEV. -0,90 SS

±0,00 -2,80 SS1 -5,60 SS2

Corte Transversal BB. esc 1/500

Corte Transversal CC. esc 1/500

69


Fachada Norte

Fachada Sul 70


fachadas

Na Fachada Norte, o edifício novo expõe seus brises verticais móveis, e assim, as diferentes atividades que ocorrem em seu interior. O edifício do antigo Palácio da Justiça tem suas esquadrias azuis preservadas, porém os detalhes das suas paredes externas com a cor originalmente rosada são pintadas de amarelo para fortalecer a identidade visual do Sesc. Na Fachada Leste, a parede de escalada fica mais visível, tornando-se um elemento de destaque que tem o potencial de despertar o interesse de pessoas que passam pelo entorno.

Fachada Leste

Na Fachada Sul, onde havia interesse em deixá-la mais opaca e sólida para ter uma maior proteção solar e térmica, foram utilizadas apenas pequenas aberturas de esquadrias variadas, para que rompessem com o volume pesado da caixa de serviços. É possivel ver a relação dos dois edifícios através da praça e das lojas. No Palácio da Justiça, uma grande lateral cega pois era limítrofe com a edificação vizinha - surge espaço para um grande mural de arte urbana. Por fim, na Fachada Oeste, foram usados novamente os brises horizontais para melhor proteção solar. O espaço que a praça elevada cria no edifício demarca ações do programa distintas.

Fachada Oeste 71


6. conclusĂŁo 72


6.1. considerações finais O trabalho busca despertar consideração às atividades que não possuem mais espaços nas habitações modernas e que são frequentemente renegadas. Servindo de exemplo para outros edifícios existentes que estão sem uso, pretende também promover a utilização das struturas obsoletas. A proposta então, é de um edifício que seja utilizado cotidianamente por toda a população, trazendo vitalidade e regatando o centro da cidade da obsolescência.

73


6.2. bibliografia ANDRADE, Beatriz Rodrigues. Urbanidade: o uso do código da forma como alternativa para Fortaleza. 2013. 228 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. BARATTO, Romullo. Marta Moreira do MMBB explica o processo de projeto e construção do Sesc 24 de Maio. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/878223/marta-moreira-do-mmbb-explica-o-processo-de-projeto-e-construcao-do-sesc-24-de-maio>. Acesso 24 nov 2018. BARATTO, Romullo. Paulo Mendes da Rocha: “Quem tem medo do centro tem medo da liberdade”. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/878337/ paulo-mendes-da-rocha-quem-tem-medo-do-centro-tem-medo-da-liberdade>. Acesso em 24 nov. 2018. BARATTO, Romullo. Sesc 24 de Maio de Paulo Mendes da Rocha e MMBB é inaugurado em São Paulo. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/878078/sesc-24-de-maio-de-paulo-mendes-da-rocha-e-mmbb-e-inaugurado-em-sao-paulo>. Acesso em 24 nov. 2018. BARATTO, Romullo. Sesc 24 de Maio, pelas lentes de Haruo Mikami. 2017. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/879437/sesc-24-de-maio-pelas-lentes-de-haruo-mikami>. Acesso em 24 nov. 2018. CARTA da Paz Social. Rio de Janeiro, 1946. Mimeografado. D’OLIVEIRA, João Daudt. Discurso na instalação do Conselho Nacional do Sesc. Rio de Janeiro, 1947. Manuscrito. FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Lei de Uso e Ocupação do Solo (LEI 7987/96), 1996. FORTALEZA, Prefeitura Municipal de. Plano Diretor Participativo de Fortaleza (LEI 62/2009), 2009. FRAJNDLICH, Rafael Urano. fev. 2013. Brasil Arquitetura projeta Praça das Artes no Centro de São Paulo. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/227/ praca-das-artes-brasil-arquitetura-marcos-cartum-sao-277512-1.aspx>. Acesso em 25 nov. 2018. GOLDHAGEN, Sarah Williams. Welcome to our world: How the built environment shapes our lives. 1º ed. Harper, 2017. 384 p. GUERRA, Abilio. Prêmio APCA 2012 – Categoria “Obra de arquitetura”. Premiado: Praça das Artes / Brasil Ar-

74

quitetura e Marcos Cartum. Drops, São Paulo. Vitruvius, dez. 2012. Disponível em: <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/13.063/4629>. Acesso em 25 nov. 2018. MACIEL, Carlos Alberto Batista. Arquitetura como infraestrutura. 2015. 378p. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura. MELENDEZ, Adilson. Brasil Arquitetura e Marcos Cartum: Praça das Artes, SP. Uma praça abrigada no coração paulistano. Disponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/brasil-arquitetura-marcos-cartum-complexo-institucional-sao-paulo-10-04-2013>. Acesso em 21 nov. 2018. MELLO, Tais. Volumes, rampas e vazios fundem-se às ruas. Disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/brasil-arquitetura_marcos-cartum-arquitetos-associados_/praca-das-artes/362>. Acesso em 10 nov. 2018. NUNES, Leandro. Projetado por Paulo Mendes da Rocha, novo Sesc 24 de Maio já tem data de inauguração. O Estado de S.Paulo, São Paulo, 23 jul. 2017. Caderno de cultura. Disponível em: <https://cultura.estadao.com. br/noticias/geral,projetado-por-paulo-mendes-da-rocha-novo-sesc-24-de-maio-ja-tem-data-de-inauguracao,70001899841>. Acesso em: 28 nov. 2018. PAIVA, Marcelo Rubens. A magia do centro velho. 07 ago. 2017. Disponível em: <https://www.sescsp.org.br/online/artigo/11217_ A+MAGIA+DO+CENTRO+VELHO>. Acesso em 22 nov. 2018. Praça das Artes / Brasil Arquitetura. 18 fev. 2013. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/626025/ praca-das-artes-brasil-arquitetura>. Acesso em 25 nov. 2018. SOBRE o SESC. Disponível em: <http://www.sesc.com.br/portal/sesc/o_sesc/>. Acesso em 20 nov. 2018.


75


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