O FIM DO MUNDO É LOGO ALI

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O FIM DO MUNDO É LOGO ALI


We have nothing to lose and a world to see



CONTEÚDO PLANEJANDO A VIAGEM

EL CALAFATE A terra dos Glaciares

PUERTO NATALES Cidade dos encantos

PUNTA ARENAS Charmes escondidos

USHUAIA Terra do fogo



PLANEJANDO A VIAGEM

A ideia de conhecer Ushuaia surgiu com o meu pai. Sempre muito facinado por moto, tem o costume de ver vídeo no YouTube de viagens e percursos pela América do Sul. Até que um dia, se deparou com um vídeo que mostrava viagens de moto para o Atacama, Ushuaia ^ e outras cidades da Patagonia Argentina e Chilena. Além disso, um de seus amigos de trabalho tinha feito um percurso há pouco tempo e recomendou. Inicialmente, a viagem seria desde o Atacama até Ushuaia, mas o percurso deman^ de viagem e muito mais despesas dava 1 mes do que o nosso orçamento permitia, então fechamos uma viagem que icluia El Calafate (Argentina), Puerto Natales (Chile), Punta Arenas ^ (Chile) e Ushuaia (Argentina), nessa sequencia.


Conforme esse amigo ia sugerindo roteiros alternativos e não tão caros, alguns iteressem iam sendo despertados no meu pai, como o de atravessar o Estreito de Magalhães, que liga Punta Arenas e Rio Grande (Argentina), e depois seguíamos para a metade argentina de Ushuaia. Conforme algumas escolhas iam sendo fietas, o roteiro ia tomando forma. E, com isso, chegamos a decisão final: Começando por El Calafate, seguindo para Puerto Natales, depois Punta Arenas e, por fim, a Terra do fogo: Ushuaia.


EL CAL


L A FAT E


EL CALAFATE

A primeira parada do roteiro já nos encantou de cara. Desembarcamos em um aeroporto super charmoso, o Aeroparque, onde é possível perceber a quantidade de pessoas que se aventuram pela Patagonia e entender porque nosso voo estava tão cheio na vinda. A cidade no encantou antes mesmo de pousarmos. A vista era linda e já conseguíamos perceber o que vinha pela frente. Saímos do aeroporto e fomos direto ao hotel, Patagonia Park Plaza. O hotel era lindo e tinha vista para os Lagos Argentinos esplendorosa. Não perdemos tempo, guardamos as malas e fomos explorar a a cidade que tanto nos encantou.



EL CALAFATE


Até o centro de El Calafate fazíamos uma caminhada de uns 20 minutos. Ali já começamos a observar a paisagem diferente e interessante da Patagônia argentina. Caminhamos até a um centro onde tinham restaurante, bares e algumas lojinhas. Almoçamos depois de horas vivendo a base de lanchinhos de avião, andamos mais um pouco e logo fizemos nossa caminhada de volta para o hotel. Chegamos, fizemos o check-in, tomamos banho e apagamos no quarto do hotel. Depois de muito dormir, acordamos as 22h da noite e inacreditavelmente, ainda estava calro! Océu estava azulzinho, e então descobrimos que na Patagonia amanhece as 5:30 e o sol só se põe as 22:30h da noite. Achamos isso ótimo, pois como bons cariocas que somos, temos um receio de andar a noite em qualquer lugar que seja, então gostamos do fato de só escrecer em um horário que nós muito provavelmente já estaríamos de volta ao hotel.


No dia seguinte, resolvemos que visitaríamos o museu dos glaciares. É um passeio grátis, com ônibus saindo do centro de El Calafate de hora em hora. Na nossa primeira tentativa o ônibus lotou na pessoa que estava na nossa frente. Resolvemos então andar até dar a hora seguinte. Caminhamos por meia hora e fomos visitar a Laguna Nimez. Lugar indescritível, lago que parece não tem fim faz com que a vista pareça ser infinita. O lago possui uma rota que lhe permite fazer uma caminhada em torno dele, mas não fizemos.


Aproveitaoms para pegar mais algumas informações turísticas enquanto ficavamos ali, pois possuía um ambiente fechado para tirar dúvidas, pegar informações sobre o lago em questão e a cidade em si. Meu pai pegou algumas infrmações, ficamos aproveitando a vista e tentando não ser levados pelo vento forte que bagunçava tudo a nossa volta. Era um vento forte e frio, mas nós estavamos amando explorar a cidade que, de tão quietinha, não parece ter tando a oferecer.




EL CALAFATE

Mais meia hora de caminhada de volta e resolvemos comer algo no La Cocina no cruzamento das ruas 1º de maio com a Gal.San Martin, antes de enfrentarmos uma nova fila para irmos ao Museu. Restaurante muito gostoso, apesar de caro (aliás, tudo na Argentina estava bem caro). Fomos de novo para a fila do ônibus que levava para o museu e sobramos novamente. Como no dia seguinte iríamos a Perito Moreno ver os glaciares ao vivo, desistimos do tal museu e fomos andar mais pela cidade. Fomos até o bus terminal e compramos nossa passagem para Puerto Natales (viajaríamos para lá no dia 08.01) e nossa passagem para Perito Moreno. Quase perdemos a ida para Puerto Natales, tamanha é a procura por passagens para aquela região. Em seguida, voltamos ao hotel e, na volta, paramos em um parque que tinha uma espécie de mirante que nos encantou porque podíamos ver muita coisa de uma perperspectiva incrível.




PE RI TO MO RE NO


GLACIAR PERITO MORENO

Iniciamos nosso terceiro dia de viagem, e no roteiro estava o incrível passeio para o Parque Nacional dos Glaciares, onde pudíamos ter a vista esplendorosa dos diversos glaciares e do mais encantador, Perito Moreno. No dia anterior tinhamos ido a rodoviária de El Calafate para procurar por passeios para o parque, mas, por ser muito em cima da hora, só conseguimos passagens para ir e voltar de onibus do próprio terminal, mas isso não fez do nosso passeio pior. Ao se aproximar da entrada do Parque dos Glaciares já podíamos ter uma ideia da imensidão que era tudo aquilo. Era uma infinidade de gelo incrível que nos fez refletir sobre o nosso tamanho em relação ao planeta Terra. O parque era completamente aberto, e a única construção existente era a de passarelas que nos permitiam andar dentro da floresta, para observarmos os Glaciares de perto e de longe. Infelizmente não compramos ingressos para o Ferryboat para irmos até bem perto dos glaciares, mas o espetáculo de longe também valeu a pena.





there is no time to be bored


in a world as beautiful as this


adiรณs, el calafate


Quarto dia de viagem. Acordamos no nosso último dia em El Calafate, tomamos café, fizemos check-out e saímos em direção a Puerto Natales por volta de 6:30 da manhã. Pegamos um taxi até o terminal, onde embarcamos no nosso bus. Após algumas horas de viagem, passamos pela frontreira entre Argentina e Chile, para todo aquele ritual imigratório. Tudo certo, seguimos viagem!


hola, puerto natales

Chegamos na rodoviária de Puerto Natales, que, muito peculiarmente, nos chamou atenção por ser em frente a um presídio da cidade. Pegamos nossas malas e seguimos andando pro nosso hotel que, segundo informações, era perto da rodoviária. Na realidade não foi bem assim rs, andamos masi ou menos uns 25min/30min para chegar ao hotel, que era encantador. WE ARE PATAGONIA - ECOHOUSE é a segunda filial do hotel na cidade, o outro se encontra no centro, mais ou menos uns 15min de carro dali. Chegamos como nomades, puxando malas pesadas e querendo apenas deitar.


Nos encantamos com tudo que o hotel tinha. Eles ofereciam serviços diferenciados e muito pertinentes para o contexto, como aluguel de bicicletas. O espaço de café da manhã era 100% compartilhado, contando apenas com uma grande mesa para todos os hóspedes dividires. É bom lembrar que o café da manha era bem “fitness”, visto que tudo era integral e leve. Com isso, não perdemos tempo e já reservamos as bikes pro dia seguinte, pra explorar um poquinho da cidade que não era longe dali (a não ser que nós fossemos andando).




puerto natales

No dia seguinte, não perdemos tempo, acordamos cedo, tomamos café, pegamos nossas bikes e fomos pro Centro da cidade. Era um domingo, então estava tudo um pouco vazio e deserto, mas ainda pudemos conhecer algumas lojas e cafeterias que se tornaram nossas favoritas até sairmos da cidade. Conhecemos o Mesita Grande, que era uma pizzaria com um conceito diferente, onde só existe uma grande mesa compartilhada para todos os clientes comerem, e foi onde jantamos no dia.




TORRES DEL PAINE


TORRES DEL PAINE


Hoje tiramos o dia para passear pelo Parque Nacional Torres del Paine, para conhecer as grandes montanhas com muita neve no topo. Fizemos o passeio com um grupo fechado, em uma van com, mais ou menos, 16 pessoas de vários cantos do mundo, inclusive o Brasil. Pecamos por não saber que o passeio pegaria grande parte do dia, e então não levamos lanche, oq ue nos fez ter que almoçar pelo parque, em um restaurante não tão bom e mais caro que a média. Fora detalhes, o passeio foi incrível e encantador.


TORRES DEL PAINE


Ao longo do passeio, a van faz algumas paradas para conhecermos pontos famosos pela incrível paisagem que possuem. Assim como em grande parte das cidades, o vento forte e cortante, praticamente de levar nossos corpos. As tres paradas que me chamaram mais atenção é a que fazemos para observar as montanhas, a de uma cascata e a “Cueva del Milodon”.


Cueva del milodon

O enorme animal na entrada da caverna atrai todas as atenções. A réplica em tamanho natural é do mamífero chamado Milodón. O fóssil, encontrado há mais de 100 anos, causou furor no meio científico. Ele tem aproximadamente 12 mil anos e transformou a área em um importante centro de estudos paleontológicos e arqueológicos. É o único mamífero que viveu exclusivamente na região patagônica. A caverna, que fica a 24km de Puerto Natales, guarda outros segredos. Formada a partir de uma geleira entre 35 e 14 mil anos atrás, a Cueva del Milodón possui 30m de altura e 200m de profundidade. No interior, é composta por estalactites, estalagmites, terreno raro e uma “janela” natural que permite belíssima vista da paisagem. O trajeto até a caverna é curto: são menos de 15 minutos de caminhada. As árvores que guardam a entrada pulam do verde intenso para o laranja outonal.



Adiรณs puerto natales, hola punta arenas


s

Nos despedimos de Puerto Natales e fomos em direção a Punta Arenas. Chegamos a Punta Arenas por volta das duas da tarde. O apart hotel Quilango é maravilhoso. A construção é como se fossem containeres empilhados, mas o flat é excelente. Cozinha americana (toda equipada), uma sala de excelente tamanho e dois quartos. Saímos para comer e encontramos Mesita Grande em Punta Arenas também. Excelente restaurante. Depois caminhamos até a orla para ver como era a cidade. Depois de almoçarmos, fomos em busca da passagem para o Ushuaia, pois só ficaremos aqui por duas noites. Foi super difícil acharmos, mas encontramos uma empresa (depois descobrimos que era uma das piores empresas da cidade). Entretanto, como havia acontecido em El Calafate, a procura é muito grande e já não encontramos passagens nas melhores empresas.


punta arenas


No dia seguinte, fomos a Zona Franca de Punta Arenas, que é conhecida pelos ótimos preços em cosméticos e eletronicos, e foi onde eu comprei minha GoPro. Nesse dia, perguntamos no hotel números de onibus e fomos em um de linha normal mesmo, da cidade. Demoramos pouco mais de 40 minutos para chegar até lá e, basicamente, eram pequenos shoppings, com uma praça de alimentação e várias lojas do mesmo segmento. Almoçamos por ali mesmo, andamos um pouco pelas lojas e depois voltamos para as proximidades do hotel lá pro final da tarde. Tomamos banho e saímos para comer rápido e fomos dormir cedo, pois no dia seguinte já iriamos para Ushuaia, o destino final.


a caminho de ushuaia

Fizemos check-out no hotel às 6 da manhã e pegamos um taxi em direção à empresa de ônibus que nos levaria ao Ushuaia. Já durante a espera, o frio era cortante e começamos a conversar com algumas pessoas na fila, pois o pessoal da empresa ainda não havia chegado para abrir a sede e podermos nos abrigar dentro do escritório. O grande barato deste trajeto é que atravessaríamos o Estreito de Magalhães, que foi uma experiência muito interessante. Uma porque temos que descer do ônibus e entrar na balsa à pé. Depois porque, já dentro da balsa, ficamos em um local todos juntos e misturados e, tem gente do mundo inteiro. Atravessado o estreito de Magalhães a viagem segue (não sabíamos, mas ainda teríamos umas doze horas pela frente).





ushuaia, fin del mundo

Chegamos a Ushuaia quase meia noite, e o hotel foi completamente compreensível em relação ao check-in, pois estão acostumados com hospedes chegando a esse horário.


No dia seguinte pela manha, a recepcionista nos deu algumas dicas e disse que uma das curiosidades de Ushuaia é a mudança de tempo no mesmo dia, dizendo que a cidade passa por todas as estações do ano no mesmo dia.




ushuaia, fin del mundo

O centro de Ushaia é um pouco dis-

tante do nosso hotel, mas íamos muito rapidamente de taxi, então não era complicado. Ushuaia tem uma rua principal no centro, chamada San Martín, onde tem lojas de grandes marcas como Nike e lojas locais de lembrancinhas e coisas artesanais.



ushuaia, fin del mundo


Ushuaia é uma cidade linda, a cidade do roteiro que mais lembra uma metrópole, com muitas lojas e espaços turísticos com estruturas muito novas. Deixamos de fazer um único passeio devido ao tempo, que foi ao Parque Nacional.


FONTES

Todas as fotos são autorais, exeto a da abertura da seção sobre Perito Moreno, as fotos da parte interioro do We Are Patagonia - Ecohouse e a primeira foto sobre a Cuerva del Milodón.



Sou estudante de Publicidade e Propaganda da ESPM Rio, estou no etrceiro período. Tenho 19 anos, moro no Rio de Janeiro, carioca da gema e apaixonada por viajar, por isso decidi falar um pouco sobre minha aventura pela Patagonia, em janeiro de 2015. Essa revista foi direcionada pra matéria de Diagramação e Produção Gráfica, para desenvolver habilidades no InDesign, para diagramar documentos e peças publicitárias.


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