Histórias aleatórias 1º ciclo

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Histรณrias Aleatรณrias Alunos e Professores do 1.ยบ ciclo 2015/2016 Agrupamento de Escolas de Seia


Histórias Aleatórias – 1.º Ciclo O que é

Histórias aleatórias

é uma atividade de escrita criativa que pretendeu o envolvimento

sucessivo dos alunos do 1.º ciclo de ensino do agrupamento de escolas de Seia .

Como funcionou? De acordo com a calendarização e os pressupostos apresentados abaixo, cada turma do 1.º ciclo iniciou a escrita e ilustração (esta última facultativa) de uma história, tendo por base alguns objetos da mala surpresa; A mala surpresa contém 13 objetos aleatórios e cada turma criou uma história, escolhendo os objetos necessários; Após a elaboração da história, cada turma colocou-a dentro de um envelope próprio para o efeito com a sua identificação; A apresentação dos trabalhos fez-se em dois momentos: Exposição dos trabalhos produzidos, no final do ano lectivo, na escola sede, na presença de alunos e professores; Disponibilização on-line das histórias em formato de ebooks, no final do ano.

Pressupostos Os titulares de turma no 1ºciclo manifestaram o seu interesse em relação às turmas que participam na atividade. Após o conhecimento dos grupos/turmas que participaram na atividade, a BE estabeleceu e divulgou a sequência de participação nas histórias.


A caixa mágica Joana era uma menina muito solitária, que não gostava de brincar com os meninos e as meninas da sua idade. Certo dia, Joana estava no sótão da sua casa, quando se deparou com uma caixa muito velhinha. Espantada, Joana desceu as escadas e foi ter com a mãe à cozinha e perguntou-lhe: - Mãe, o que tem esta caixa? E de quem è? - É do teu avô António. - Posso abri-la para ver o que está lá dentro? - Claro, Joana! Tem lá dentro uma caixa de ovos grande que o avô usou para guardar os seus brinquedos e, lá dentro havia um frasco de perfume, um rato de computador e uma colecção de carros de corrida, entre outros,…. - Uau! O avô já tinha um computador?! - Claro, Joana os computadores já existem há muitos anos! - A menina curiosa subiu as escadas muito depressa e escorregou nos óculos de natação que tinham ficado caídos nas escadas e foi a correr abrir a caixa. Quando abriu a caixa, salta lá de dentro uma boneca e um urso de fantoches muito engraçados que pareciam ter vida. De repente o sótão todo brilhava, enchendo-se de cores cintilantes. Ao mesmo tempo um boneco de neve com duas caras, uma feliz e outra triste começou a falar. -Tirem-me daqui! Quero ir brincar para a Serra da Estrela. - Quem és tu? – Perguntou Joana. - Sou um boneco de neve de duas caras. Quando estou na Serra de Estrela a brincar com as crianças fico com uma cara feliz. Quando me fecham nesta caixa fico com uma cara muito triste. - Oh! Não te preocupes! Vou já pedir à minha mãe para te levar à Serra da Estrela! E lá foram, a mãe, a Joana e todos os brinquedos para a serra, onde brincaram alegremente. Naquele instante, Joana sentiu ao longe uma campainha. Deu um salto na cama e viu que afinal tudo não passava de um sonho. Alunos do 4ªD de Paranhos da Beira


Os óculos mágicos Numa manhã muito fria de inverno, o Ruben saiu de casa para ir apanhar (como fazia todos os dias) búzios e conchinhas à beira do mar, pois a mãe fazia Espanta-Espíritos, para vender numa pequena loja, que tinha na cidade. O mar estava revoltado e as ondas batiam com força na areia, enrolando-se nela e trazendo para a praia conchas, búzios e pedrinhas do fundo do mar… Naquela manhã, para além dos búzios e das conchinhas apareceram também uns óculos de mergulho que alguém teria perdido, enquanto nadava no mar. Surpreendido com o seu achado, de imediato os colocou e de repente algo espantoso aconteceu… Aqueles óculos transportaram-no, num ápice, para o fundo do mar e lá descobriu uma paisagem que o deixou extasiado! O mais incrível era que os habitantes do fundo do mar falavam com ele e uma pequena Estrela-do-Mar levou-o numa viagem guiada para conhecer todas as maravilhas que o fundo do mar guardava. A pequena Estrela-do-Mar levou o Ruben ao Palácio de Coral do Rei dos Mares. Pelo caminho cruzaram-se com um Tubarão Martelo que os queria comer… Assustados com o Tubarão tentaram fugir, mas ele disse-lhes: - Não tenham medo de mim, eu sou vegetariano, não como carne! O Ruben e a Estrela-do-Mar suspiraram de alívio e perguntaram-lhe: - Vegetariano?! – Como é possível’ - Sabes, eu não tenho dentes porque foram partidos por um pescador, quando lhe roubei o peixe que tinha pescado. - Que horror… Coitadinho de ti…- respondeu o Ruben - Que fazes, tu, aqui no fundo do mar? Tu és humano! - Perguntou o Tubarão. - Bem, estava na praia a apanhar conchinhas e búzios quando apareceram estes óculos de mergulho que me transportaram para aqui e a Estrela-do-Mar está a mostrar-me toda a beleza do fundo do mar. -Ah! Então venham comigo, têm de conhecer o Titanic que está afundado aqui perto. É lá que vivo com a minha família. -A tua família… mas vão comer-nos?! - Não, eles também não têm dentes… E os três juntos nadaram até ao lugar onde o Titanic estava afundado e o Ruben ficou impressionado com o seu tamanho…


A família do Tubarão saiu para os receber e depois de lhe mostrar o que tinha sobrado do transatlântico mais famoso da história da navegação, o Ruben despediu-se e prometeu voltar noutro dia para continuar a descoberta das maravilhas do fundo do mar. Tirou os óculos e voltou à praia onde procurava os búzios e as conchinhas. Estava a anoitecer, pegou no saco e regressou a casa. Contou à mãe a sua aventura e ela muito admirada, disse-lhe que um dia iria com ele, para experimentar os óculos mágicos de mergulho.

Turma I do 1º e 2º ano da EB1 do Sabugueiro

Um dia na vida do Martim Era uma vez um menino que se chamava Martim, tinha quatro anos, frequentava o Jardim de Infância e vivia no Chaveiral. No seu quarto tinha muitos brinquedos, uns de que gostava mais, como os “urso e o rato de peluche” e outros menos, como o “boneco de neve” e a “boneca de plástico, que lhe tida oferecido a sua prima Rita. Um dia, já passava das quinze horas, chegou o seu pai, Arnaldo, que vinha no seu carro desportivo vermelho, muito atractivo, que tinha acabado de comprar. O Martim veio ver o carro novo e o seu pai perguntou-lhe o seguinte: - Filho, queres ir comigo ao supermercado, Pingo Doce? - Sim pai, eu vou e espero que gostes da minha companhia. A sua mãe tinha dado uma lista de compras ao pai e nela pedia que comprasse uma caixa com uma dúzia de ovos, uma abóbora das médias para fazer doce, uma

embalagem com pacotes de leite e

um perfume, porque o seu já tinha terminado. Terminadas as compras, e porque era a primeira vez que andava naquele carro, o pai propôs-lhe irem ao Palácio do Gelo, comprar um presente à mãe. Percorreram algumas lojas e não encontraram algo de especial para a mãe. Mas o Martim teve uma ideia e disse ao pai: - Olha pai, e se comprássemos um ramo de flores à mãe? - Boa filho, vamos já ali à florista, do segundo piso, comprá-lo. Regressaram a casa e quando chegaram, a mãe já tinha o jantar pronto. O Martim antes de se sentar à mesa, pegou no ramo de flores e escondeu-o atrás das costa e dirigindo-se à mãe disse: - Boa noite mãe! Tenho uma surpresa para ti! - O que é filho? Tirou o ramo escondido e deu-o à mãe com muito carinho.


- Que lindo! Obrigado aos dois! Mas agora vamos para a mesa, que a comida arrefece. Sentaramse e começaram a jantar, que por acaso era o seu prato preferido, carne assada com batatas fritas e salada de alface. Já era tarde, eram horas de dormir, depois de um dia tão empolgante, mostrava ares de muito cansado. Foi à casa de banho, vestiu o pijama e lavou os dentes. Logo de seguida, dirigiu-se para o quarto e pediu à mãe para lhe ler uma história. A mãe foi à estante e trouxe dois livros, “O príncipe com orelhas de burro” e “O lobo e os sete cabritinhos”. Enquanto a mãe lhe contava as histórias, adormeceu e assim terminou mais um dia para o Martim, que dormia sossegadamente. Composição coletiva elaborada por: EB1 Tourais 2º. Ano/Turma – C


Boneca de farrapos Numa velha casa havia uma boneca de farrapos que estava numa cadeira a ler uma bela história. A boneca era alta, tinha cabelo cor de laranja e olhos verdes. Ela sentia-se triste porque porque tinha perdido uns sapatos que tinham sido prenda da sua mãe. Depois de ler a história, aborrecida, decidiu ir a uma cabana que fica perto da floresta. No caminho, encontrou um urso encostado a uma pedra. - Urso, pareces triste, o que te aconteceu? – Perguntou a boneca - Perdi a minha bola e eu gosto tanto de jogar com o meu primo. – Disse o urso - Queres vir comigo? Pode ser que no caminho encontremos as nossas coisas, disse a boneca. Lá foram os dois até a uma cabana. Demoraram tanto tempo a chegar! Pela manhã, lá chegaram à cabana. Á porta estava uma menina estendida numa rede com uns belos óculos de sol a brincar com a bola do urso. - A bola é minha, disse o urso a menina. - Encontrei-a no pátio do macaco, disse ela. Podemos jogar e, assim, partilhamos, o que achas? - Está bem, disse o urso. Enquanto jogavam a boneca encontrou os seus sapatos debaixo de um pinheiro pequenino. Ao lado estava um envelope com uma carta. Como não sabiam ler continuaram a jogar...


Uns óculos novos para a Carlita História criada a partir dos seguintes objetos retirados aleatoriamente da maleta: -livro, boneca, óculos de natação, óculos de sol, ursinho de peluche, fantoche, caixa de ovos e um carrinho.

A Carlita era uma menina de sete anos que vivia numa bela cidade, no Norte de Portugal. Vivia num apartamento do sétimo andar de um prédio de onde se avistava o mar. Na sua casa habitavam os pais e os avós maternos. Certo dia, a Carlita foi à natação, como era habitual às terças e sextas-feiras. Os seus óculos de natação estragaram-se e a menina teve de sair da água. O avô que a acompanhava, tentou animá-la, dizendo-lhe que iam comprar uns óculos novos. Carlita não estava muito contente pois aqueles óculos eram especiais, tinham sido prenda do seu sétimo aniversário. De regresso a casa, passaram numa loja e viram uma montra com muito material de desporto. - Olha que belos óculos, Carlita! - disse-lhe o avô.- Vamos comprá-los? – continuou ele. - Pode ser avô, afinal preciso deles! – respondeu a Carlita, já conformada. Entraram na loja e compraram uns bonitos óculos, de cor azul turquesa. Ao sair da loja, Carlita reparou num colar muito bonito, exposto numa montra de uma loja de acessórios para senhora. - Ai que colar tão bonito! Ficava bem no pescoço da avó Teresa! – exclamou a Carlita. – Vamos comprá-lo? O avô acedeu ao seu pedido e o colar foi comprado e embrulhado para oferecer à avó. Quando chegaram a casa, Carlita, muito feliz, correu a oferecer o colar à avó. Esta recebeu-o, muito emocionada, abraçando a sua netinha. A menina correu para o seu quarto e foi conversar com a sua boneca Margarida. - Estou muito contente, Margarida! Afinal foi um dia fantástico!


Situações problemáticas no âmbito da história “UNS ÓCULOS NOVOS PARA A CARLITA” Autores: Alunos da turma G do 2.º Ano

1 – Na loja onde a Carlita comprou os óculos, havia uma dezena de prateleiras , cada uma com 10 caixas de óculos. Quantas caixas de óculos havia na loja? R. : ________________________________________________________________________

2. Lê atentamente e responde. Na rua da Carlita há uma centena e meia de prédios. O seu prédio tem uma dezena e meia de andares. Na garagem do prédio há uma dúzia de carros. No prédio da Carlita vivem quatro centenas de pessoas. 

Completa com os números adequados.

Na rua há _______ prédios. O prédio tem _______ andares. Na garagem há _________ carros. No prédio vivem _______ pessoas.

3 – No prédio da Carlita vivem 450 pessoas. Uma centena e meia são homens. Duas centenas são senhoras. Quantas são as crianças?

R. : __________________________________________________________________________


Um dia de Beatriz Era uma vez, uma menina que se chamava Beatriz e que estava no seu quintal a colher uma abóbora, para fazer um doce e uma sopa. Isto passou-se de manhã, num dia de muito calor e ela para se proteger do Sol foi pôr uns óculos e um boné. A Beatriz foi para a cozinha e, com a sua mãe, lá fez os cozinhados com a abóbora, não tendo sequer tempo para tomar o pequeno-almoço. Ela bebeu, rapidamente, só um pacote de leite achocolatado, para enganar a fome. Como estava transpirada, ela foi refrescar-se na sua piscina. Antes de mergulhar, pôs os óculos azuis de mergulho e deu grandes braçadas, de uma ponta à outra. Depois, saiu da piscina, enxugou-se, vestiu umas jardineiras de ganga e uma blusa branca, calçou uns sapatos cor-de-rosa da Barbie e no pescoço, meteu um colar de contas azuis. De seguida, perfumou-se com um perfume que cheirava bem, tal como as violetas que ela tinha no seu jardim. Toda satisfeita, viu-se ao espelho e saiu para o jardim, fechando a porta e guardando as chaves de casa, no seu porta-chaves preferido “ O Ratolas”. De tarde, quando a Beatriz se encontrava no jardim, chegaram os seus amigos, num carro desportivo, vermelho, branco e azul. Eles cumprimentaram-se e combinaram o que gostariam de fazer naquela tarde. Um queria jogar raquetes com a bola verde, junto à piscina; outro fazer um teatro com o fantoche urso; outro jogar no computador com um rato tão giro e os outros queriam ler os livros “Capuchinho Vermelho” e “ O Lobo e os Sete Cabritinhos” que se encontravam numa prateleira, de uma estante, do escritório da mãe da Beatriz. Eles acharam que podiam fazer todas aquelas brincadeiras como bons amigos que eram, e ainda ler os livros, porque a tarde era grande e dava para tudo. Quando chegou a hora do lanche, a mãe da Beatriz trouxe um frasco com o doce de abóbora, umas fatias de pão e uma limonada fresca. Deliciados, eles beberam e comeram tudo. A seguir, continuaram a brincar e quando o Sol se começou a pôr, a Beatriz e os amigos foram para as suas casas, muito felizes. Os alunos do 3º e do 4º Ano da E.B. 1 de Santiago



O mistério no parque

Estava um belo dia de sol. O urso Tomás aproveitou o sábado para brincar no parque com o rato Tomé, o seu melhor amigo. De boné e óculos de sol, o Tomás levou uma bola para jogar futebol e o Tomé uns carrinhos. Depois de um suado jogo e de brincarem com os carrinhos numa pista improvisada, resolveram lanchar pão com um delicioso doce de abóbora, uma maçã tenrinha e um pacote de leite. Quando acabaram, começaram a explorar o parque: subiram às árvores, apanharam flores, observaram esquilos e passarinhos. De repente, viram um vulto, caído junto a um carvalho. - O que é aquilo? – perguntou o Tomé. -Não sei. – respondeu o ursinho – Vamos descobrir? Aproximaram-se pé ante pé, com algum receio. - Ah! É uma boneca! – observou o ursinho. - Cheira muito bem. – reparou o Tomé. - Parece perfume de alecrim. De quem será a boneca? - Vai ser o nosso primeiro mistério. Vamos resolvê-lo e descobrir o dono. – concluiu o ratinho.

Trabalho realizado pela turma M (1º/2º ano) da EB1 de Santiago


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