Orações coordenadas são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as orações do período. Quando houver essa relação, a oração será chamada de subordinada. Há dois tipos de orações coordenadas: 1) Orações Coordenadas Assindéticas: As orações coordenadas assindéticas são as não iniciadas por conjunção coordenativa. Ex:Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar. * Observe que as orações são totalmente independentes; uma não depende da outra; estão formando um conjunto em ordem, por isso são chamadas de coordenadas. 2) Orações Coordenadas Sindéticas: São cinco as orações coordenadas sindéticas, iniciadas por uma conjunção coordenativa. A)Aditiva: A oração coordenada sindética aditiva exprime uma relação de soma, de adição. É iniciada por uma conjunção coordenativa aditiva ou por uma locução conjuntiva coordenativa aditiva. São elas:e, nem, mas também, mas ainda. Ex: Não só reclamava da escola,mas também atenazava os colegas. Esse garoto não estuda nem trabalha. B)Adversativa: A oração coordenada sindética adversativa exprime uma idéia contrária à da outra oração, uma oposição. É iniciada por uma conjunção coordenativa adversativa ou por uma locução conjuntiva coordenativa adversativa. São elas: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo. Ex: Sempre foi muito estudioso,no entanto não se adaptava à nova escola. Faça tudo o que quiser fazer,porém seja consciente de seus atos. C)Alternativa: A oração coordenada sindética alternativa exprime idéia de opção, de escolha, de alternância. É iniciada por uma conjunção coordenativa alternativa ou por uma locução conjuntiva coordenativa alternativa. São elas: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer. Ex:Estude,ou não sairá nesse sábado. A juventude atual ora reclama ora atrapalha. D)Conclusiva: A oração coordenada sindética conclusiva exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração. É iniciada por uma conjunção coordenativa conclusiva ou por uma locução conjuntiva coordenativa conclusiva. São elas:logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois. A conjunção pois será conclusiva quando estiver após o verbo ou entre vírgulas. Ex:Estudou como nunca fizera antes,por isso conseguiu a aprovação. O Vasco é o melhor time do Brasil hoje em dia,por isso está na final do campeonato. O relógio é de ouro; não enferruja,pois. E)Explicativa: A oração coordenada sindética explicativa exprime uma explicação.
É iniciada por uma conjunção coordenativa explicativa. São elas:porque, que, pois. A conjunção pois será explicativa quando estiver antes do verbo. Ex:Conseguiu a aprovação,pois estudou como nunca fizera antes. O Vasco está na final do campeonato,porque é o melhor time do Brasil hoje em dia. O relógio não enferruja,pois é de ouro. Para finalizar o estudo do período composto, estudaremos hoje as orações subordinadas adverbiais. Elas funcionam como adjunto adverbial, ou seja, são orações que indicam a existência de uma circunstância. A oração subordinada adverbial é ligada a outra oração, denominada oração principal. São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa: A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. É iniciada por uma conjunção subordinativa causal ou por uma locução conjuntiva subordinativa causal. São elas: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que. Também pode ser iniciada pela preposição por, estando o verbo no infinitivo. A conjunção como deve ser usada apenas em início de período. Exemplos: Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. Como estivesse chovendo, não saímos de casa. Por ter chegado atrasada, não pôde entrar na palestra. B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. Exemplo: Diocresildo era mais esforçado que o irmão. Perceba que o verbo ser, na segunda oração, está subentendido: ele era mais esforçado que o irmão era. Juvenildo é tão esforçado como o irmão. C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão. É iniciada por uma conjunção subordinativa concessiva ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, conquanto, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Exemplos: Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova. Mesmo que ele tenha razão, posicionar-me-ei contrário às suas idéias.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição. É iniciada por uma conjunção subordinativa condicional ou por uma locução conjuntiva subordinativa condicional. São elas: se, a menos que, desde que, caso, contanto que. Também pode ser iniciada pela preposição a, estando o verbo no infinitivo. Exemplos: Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. Contanto que se esforce, você terá um futuro brilhante. A continuar agindo dessa maneira, tudo se dificultará. E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa conformativa ou por uma locução conjuntiva subordinativa conformativa. São elas: como, conforme, segundo. Exemplos: Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. Como combinamos ontem, eis os documentos. F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de conseqüência. É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a): (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que. Exemplos: Ele fala tão alto, que não precisa do microfone. Ele é de tamanha capacidade, que a todos encanta. G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal. Também pode ser iniciada por ao, estando o verbo no infinitivo. Exemplos: Fico triste, sempre que vou à casa de Juvenildo. Ao terminar essa discussão, sairemos daqui. H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de que, para que, porque. Também pode ser iniciada pela preposição para, estando o verbo no infinitivo. Exemplos:
Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam. Aqui estamos para estudar. I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, tanto mais. Exemplo: À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos. Eis as orações subordinadas adverbiais. Já estudamos todas as orações subordinadas: adjetivas, substantivas e adverbiais. Estão faltando apenas as orações coordenadas, que estudaremos na próxima coluna.
orações subordinadas substantivas. Primeiramente, temos que entender o porquê do nome: oração porque há verbo; subordinada porque exerce função sintática, estando, portanto, subordinada a outro verbo; substantiva porque a função que ela exerce é normalmente própria de um substantivo. O “outro verbo” fará parte da oração principal do período. São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa integrante (que,se), a não ser que estejam reduzidas; nesse caso, não haverá a conjunção integrante, e o verbo estará no infinitivo, no particípio ou no gerúndio. Vamos às orações: A) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É a oração que funciona como sujeito da oração principal. Para encontrar o sujeito de qualquer verbo, deve-se perguntar a ele “Que é que...?” Existem três estruturas de oração principal que se usam com subordinada substantiva subjetiva: 1)Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva. Ex: É necessárioque façamos nossos deveres. Em que “É” é verbo de ligação,“necessário” funciona como predicativo do sujeito e “que façamos nossos deveres”, como oração subordinada substantiva subjetiva, pois, se perguntarmos ao verbo “ser” “Que é que é necessário?”, obteremos como resposta “que façamos nossos deveres”. 2) Verbos como convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer + oração subordinada substantiva subjetiva. Ex: Convémque façamos nossos deveres. Em que “Convém” tem como sujeito “que façamos nossos deveres", pois, se
perguntarmos a ele “Que é que convém?”, obteremos como resposta “que façamos nossos deveres”. 3)Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva. Ex: Foi afirmado que você subornou o guarda. Em que “Foi firmado” é locução verbal passiva que tem como sujeito “que você subornou o guarda”, pois se perguntarmos à locução verbal “Que é que foi afirmado?”, obteremos como resposta “que você subornou o guarda”.
B) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É a oração que funciona como objeto direto da oração principal. O objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto. Constata-se que um verbo é transitivo direto, colocando-o no seguinte esquema:“Quem ...... , ....... algo”; o “algo” funcionará como objeto direto. Por exemplo, o verbo “comprar”: Quem compra, compra algo. Ex:Todos desejamosque seu futuro seja brilhante. Em que “desejar” é verbo transitivo direto, pois “quem deseja, deseja algo”.“Todos desejamos” o quê? Resposta:“que seu futuro seja brilhante”, portanto o nome da oração é subordinada substantiva objetiva direta.
C) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É a oração que funciona como objeto indireto da oração principal. O objeto indireto é o complemento do verbo transitivo indireto. Constata-se que um verbo é transitivo indireto, colocando-o no seguinte esquema:“Quem ...... , ....... + prep + algo”; o “algo” funcionará como objeto indireto. Por exemplo, o verbo “precisar”: Quem precisa, precisa de algo. Ex:Lembro-me deque tu me amavas. Em que “lembrar-se” é verbo transitivo indireto, pois quem se lembra, lembra-se de algo.“Lembro-me” de quê? Resposta:“de que tu me amavas”, portanto o nome da oração é subordinada substantiva objetiva indireta.
D) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É a oração que funciona como complemento nominal de um termo da oração principal, que será um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal é sempre antecedido de uma preposição, logo todas as orações subordinadas substantivas completivas nominais são iniciadas por preposição que provenha de substantivo abstrato, de adjetivo ou de advérbio. Ex: Tenho necessidade de que me elogiem. Em que “necessidade” é substantivo abstrato que exige a preposição “de”, pois quem tem necessidade, tem necessidade de algo. A oração “de que me elogiem”, então, é subordinada substantiva completiva nominal.
Não se lembra do que é um subtantivo abstrato? É todo substantivo que indique prática de ação verrbal, existência de qualidade ou sentimentos e emoções. Por exemplo: o substantivo “amor” indica a ação de “amar"; o substantivo “beleza” indica a existência da qualidade “belo”;“saudade, dor, paixão” são sentimentos.
E) Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É a oração que funciona como aposto da oração principal. Em geral vem após dois pontos ou, mais raramente, entre vírgulas e explica o sentido da oração principal que deve estar completa sintaticamente. Ex:Todos querem o mesmo destino:que atinjamos a felicidade. A oração “que atinjamos a felicidade” está após dois pontos e explica o sentido da oração principal qual o destino que todos querem? Resposta: atingir a felicidade. É, portanto, oração subordinada substantiva apositiva.
F) Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É a oração que funciona como predicativo do sujeito da oração principal. Sempre surgirá com a seguinte estrutura:(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa. Ex: A verdade éque nunca nos satisfazemos com nossas posses. Em que “a verdade” funciona como sujeito do verbo “ser” e a oração “que nunca nos satisfazemos com nossas posse”, como subordinada substantiva predicativa. *Nota: As orações subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras, como, por exemplo: Pronomes interrogativos (quem, que, qual...) Advérbios interrogativos (onde, como, quando...) - Por exemplo: Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL
CLASSIFICAÇÃO CIRCUNSTÂNCIA CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES EXEMPLOS ( subordinada adverbial) 1. CAUSAL exprime o motivo, a razão da ação ou estado apresentado pela principal. porque, pois
que, já que, uma vez que, visto que. Visto que reconheceram sua capacidade, será promovido. 2.CONSECUTIVA exprime o efeito, a conseqüência da ação ou estado apresentado na OP. tão ... que, tanto ...que, tamanho ...que, que, de forma que, de sorte que, tanto que. Levou tanta surra, que o hospitalizaram. 3.CONDICIONAL exprime condição real ou hipotética para que determinado fato se realize ou não. se, caso, contanto que, desde que, salvo se, a menos que, uma vez que(+ subjuntivo) A vida só é digna, se a enobrece um ideal. 4. CONCESSIVA exprime concessão, isto é, fato que embora possa afetar a realização de outro fato, não o faz. embora, ainda que, conquanto, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. Vencemos o inimigo, embora ele fosse mais forte. 5.COMPARATIVA exprime uma comparação entre fatos ou seres.
como, tão ... como, mais (do) que, menos (do) que. Os indiferentes são piores do que os maus. 6.CONFORMATIV A exprime fatos que estão de acordo com o que se disse na OP. conforme, como, consoante, segundo. “ Como ele diz com certa melancolia, levou uma vida medíocre.” ( F SP) 7. FINAL exprime o objetivo do que se disse na OP. a fim de que, que, porque, para que. “Um amigo pintor trouxe as tintas, para que os pintores amigos possam pintar.”(Rubem Braga) 8.PROPORCIONA L exprime relação de gradação entre o seu processo verbal e aquele da OP. à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais/ menos... mais/menos, quanto mais/ menos ... tanto mais/menos. Quanto mais se sobe, tanto maior é a queda.
PERÍODO COMPOSTO – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 1. RELEMBRANDO CONCEITOS: 1.1 - FRASE qualquer enunciado de sentido completo, estruturados sintaticamente ou não.
Ex.: Silêncio. Fogo! Boa tarde. Ontem fui ao dentista. 1. 2 – ORAÇÃO enunciado organizado em função de um verbo e constituído de sujeito e predicado, ou ao menos de predicado. Ex.: A música erudita / será eterna. / Houve aula ontem. sujeito predicado sujeito predicado 1. 3 – PERÍODO enunciado com sentido completo, são as frases organizadas em orações. O período pode ser simples, isto é, constituído de uma só oração, ou composto, ou seja, constituído de duas ou mais orações. No período composto podem ocorrer três tipos de orações a saber: principal; subordinada; coordenada. 2. ORAÇÃO PRINCIPAL E ORAÇÀO SUBORDINADA 2.1 – ORAÇÃO PRINCIPAL aquela que encerra o sentido fundamental e dela depende outra ou outras. 2.2 – ORAÇÃO SUBORDINDADA aquela que liga-se à principal por meio de conjunção ou pronome relativo e com ela mantém uma relação de dependência tanto de sentido quanto sintática. A subordinada exerce uma função sintática em relação à principal e, se isolada desta, fica vazia de significado. Ex. : O poema que li é simbolista oração subordinada (depende da principal) 3. ORAÇÒES SUBORDINADAS ADVERBIAIS são aquelas que exercem a função sintática de adjunto adverbial em relação à principal, mais especificamente: são adjuntos adverbias do verbo da oração principal . São introduzidas por conjunções subordinativas. Ex.: Depois da chuva, a árvore caiu. Quando a chuva acabou, a árvore caiu. adjunto adverbial oração subordinada adverbial (exerce a mesma função de adjunto adverbial, mas como tem um verbo constitui uma oração) 3.1 – CLASSIFICAÇÃO Assim como os adjuntos adverbiais, as orações subordinadas adverbiais são classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. OBSERVAÇÀO: não basta “decorar” as listas de conjunções, é necessário compreender as circunstâncias expressas pelas orações, uma vez que uma mesma conjunção pode fazer parte de mais de uma lista, já que as possibilidades de utilização e criação de linguagem é ilimitada.