REQUALIFICAÇÃO HOTEL BRASIL
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REQUALIFICAÇÃO DO HOTEL BRASIL Requalificação do Hotel Brasil em prol a vulnerabilidade da prostituição da baixada de Ribeirão Preto
Lohayne Poltronieri
Trabalho com fins voltados para a formação da área de Arquitetura e Urbanismo realizado no centro Acadêmico Estácio Ribeirão Preto
Ribeirão Preto 2019
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AGRADECIMENTOS Agradeço esse trabalho primeiramente a Deus, que há cinco anos atrás me deu forças para conquistar meu sonho de ser Arquiteta e Urbanista, ao meu pai Marcos por me dar todo suporte que
eu precisava, a minha mãe Susana que nunca mediu esforços para que eu finalizasse essa etapa e a todos os meus familiares e amigos que sempre ficaram ao meu lado e sempre torceram por mim, principalmente meus avós Luiz e Apparecida. Sendo assim, agradeço aos meus professores e coordenadora, por todo suporte dado nessa jornada, principalmente as minhas orientadoras Rosa Sulaine Silva Farias e Alexandra Marinelli.
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RESUMO
Esse estudo tem por finalidade refletir sobre o patrimônio material e imaterial, para isso é necessário antes de tudo definir o que é material e o que é imaterial. O patrimônio material é algo concreto, ou seja, aquilo que pode ser tocado. Esse tipo de patrimônio é composto por representações de Cultura material, assim como por: espaços naturais, habitat e formações geológicas, monumentos, construções entre outros. A organização das nações unidas para educação e ciência e cultura UNESCO é quem nomeia os patrimônios mundiais da humanidade, a partir desse processo, esses passam a receber uma atenção especial, para sua manutenção, incluindo investimentos financeiros nacionais e internacionais. Já os patrimônios culturais imateriais da humanidade e cultural e ou a cultura imaterial possui um grau de abstração, ou seja, ela não é concreta pode-se citar como, exemplos valores como: crenças, folclore, danças, músicas, as artes plásticas, festas e religiosidades. Os patrimônios imateriais envolvem conhecimentos que são transmitidos de geração a geração. Para falar sobre patrimônio é preciso antes de tudo considerar a diversidade cultural, pois podem existir várias manifestações culturais diferentes, dentro de um espaço referente a um povo. O que distingue uma, das outras é como vão serem vistas em relação a determinadas instituições e pela sociedade. O que não significa que uma cultura mais popular seja melhor, do que uma cultura erudita, por exemplo. Ressalta ainda a necessidade de um olhar diferencia-
do para a conservação e o restauro de espaços e ou bens materiais histórico, não dando ênfase somente as questões arquitetônicas, mas com a visão de considerar esses espaços como sendo essencial a preservação da cultura unindo o passado e educando para o futuro.
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ABSTRACT
This study aims to reflect on material and immaterial heritage, so it is necessary first of all to define what is material and what is immaterial. Material heritage is something concrete, that is, what can be touched. This type of heritage is composed of representa-
tions of material culture, as well as: natural spaces, habitat and geological formations, monuments, buildings among others. The United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) is the name of the world heritage of humanity. Through this process, they receive special attention for their maintenance, including national and international financial investments. Already the immaterial cultural heritage of humanity and cultural and or immaterial culture has a degree of abstraction, ie, it is not concrete can be cited as examples values such as beliefs, folklore, dances, music, the fine arts, parties and religiosities. Intangible heritage involves knowledge that is passed down from generation to generation. To talk about heritage one must first consider cultural diversity, as there may be several different cultural manifestations within a space referring to a people. What distinguishes one from the others is how they will be viewed in relation to particular institutions and society. This does not mean that a more popular culture is better than a learned culture, for example. It also emphasizes the need for a differentiated look at the conservation and restoration of spaces and / or historical material goods, not only emphasizing the architectural issues, but with the view of considering these spaces as essential for the preservation of culture, uniting the past and educating. for the future.
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO - PG 01 2.0 PATRIMÔNIO HISTÓRICO - PG 02 2.1 CARTAS PATRIMÔNIAS - PG 08 - Carta de Veneza - pg 09 - Declaração de Amsterdã - pg 12
3.0 PROSTITUIÇÃO - PG 13 3.1 PROSTITUIÇÃ EM RIBEIRÃO PRETO - PG 17 4.0 LEVANTAMENTO DE ÁREA - PG 20 - Hotel Brasil - pg 21 - O ecletismo no Hotel Brasil - pg 25
- Fotos da degradação do Hotel Brasil - pg 26 - Evolução do Quadrilátero Central - pg 27 - Patrimônios do entorno - pg 28 - Uso do solo - pg 30 - Ocupação do Solo - pg 31 - Diretriz viária física e funcional - pg 32 - Equipamento Urban Urbano - pg 33 - Características Socioeconômicas - pg 34
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SUMÁ-
5.0 REFERÊNCIA PROJETUAL - PG 37 - Bar Sarau - pg 37 - Club Hot Hot - pg 42 - Motel Urbano - pg 47
6.0 ESTUDO PRELIMINAR - PG 50 - Conceito e Partido - pg 50 - Diretriz de Projeto - pg 51 - Programa de necessidades - pg 52 - Fluxograma - pg 53 - Implantação - pg 54 - Setorização de projeto - pg 55
- Circulação - pg58 - Volume - pg 60
7.0 PROJETO - PG 62 - Plantas - pg 62
- Cortes - pg 63 - Elevações - pg 64 - Imagens - pg 65
8.0 MEMORIAL - PG 73 - Descritivo de Materialidade - pg 73 - Justificativo - pg 77
9.0 BIBLIOGRAFIA - PG 80
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1.0 INTRODUÇÃO SUMÁRIO
No decorrer do trabalho, constatei que havia alguns pro-
A pesquisa foi essencial para solucionar o problema em
blemas no centro da cidade de Ribeirão Preto, pessoas arris-
questão: O que essas pessoas precisam para poder ter uma
cando suas vidas em prol a um trabalho de prostituição e tam-
área com segurança? Sendo que é uma área escura quando a
bém trazendo um prejuízo para área no olhar de pessoas ao
noite cai, uma área com muitos mendigos que se instalam
seu entorno, área essa que tem um dos monumentos mais anti-
para se abrigarem e s muita sujeira por conta que ao longo do
gos da cidade, Hotel Brasil.
dia o fluxo de pessoas é muito grande.
Dessa forma, a pesquisa tem o intuito de demostrar a im-
Para chegar a resolução do problema foi necessário criar
portância desse trabalho, considerado o mais antigo do mun-
alguns objetivos, tendo como meta principal mudar o estilo
do, promovendo segurança e melhora de vida para as pessoas
de vida dos que frequentam a área, demostrar a importância
que frequentam e vivem da venda do corpo.
da segurança e de um lugar com qualidade, não sendo neces-
O assunto abordado se torna relevante, pois observa-se que sendo uma área com grande valor histórico para a arquitetura também se torna de modo direito uma questão social. O tema foi escolhido devido o elevado índice da procura de espaço para o trabalho da prostituição e os perigos que
sário deslocarem para outros lugares, dessa maneira usando o monumento histórico que esta a ruínas para atingir o objetivo específico, trazer qualidade de vida e mostrar que a prostituição é uma profissão com outra qualquer, promovendo a oportunidade de pessoas conhecerem de perto e se divertirem, longe de qualquer preconceito que possa passar o ocorrer.
ocorrem durante o horário de expediente. Ele é importante para conscientizar sobre o preconceito, preconceito esse que faz pessoas tratarem outras pessoas mal, apenas por saberem como ganham a vida, sendo a maior parte mulheres. Devido a isso, é fundamental a implantação de medidas para que as pessoas que optam por trabalhar com o corpo trabalhem honestamente, com conforto e segurança, fora de olhares críticos que possam ter em sua jornada, garantindo o bem estar de seus frequentadores e trabalhadores.
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2.0 PATRIMÔNIO SUMÁRIO HISTÓRICO
De acordo com Costa (2011) patrimônio arquitetônico ou património arquitetônico (português europeu) é diferente em conceito, do seu do significa em direito e financeiro. Em arquitetura são construções representativas, que por seus estilos, época de construção, técnicas construtivas utilizadas, entre outros critérios para serem reconhecidos como patrimônio arquitetônico. Em termos arquitetôni-
A noção de patrimônio confunde-se com a de propriedade (noção jurídica) na atualidade esta ligada também a bens de natureza ideológica, moral, religiosa, política, jurídica, estética, psicológica e, inclusive, natural. Tendo distintos valores atribuídos ao ambiente, aos objetos e às práticas sociais que, no limite, simbolizam a apropriação da natureza, a espacialização da sociedade ou a organização de espaços urbanos, ao longo da história. Ampliando a noção
cos o reconhecimento formal e ou tombamento, ocorre em três níveis: municipal, estadual e federal. No âmbito nacional é responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN a classificação e orientações. Já internacionalmente é atribuição do World Heritage Centre, vinculado a UNESCO.
Dentro desse tema é preciso discutir sobre os concei-
Já Martins (2006) coloca que é necessário entender o que é
tos de patrimônio material e imaterial em termos de sua fun-
patrimônio, como sendo bens materiais ou imateriais, que tem uma
ção estrutural histórica. O patrimônio pode ter uma impor-
dada importância para uma determinada sociedade, para uma comu-
tância á um grupo pequeno de pessoas, para uma cidade, po-
nidade e ou para um grupo de pessoas. Ressalta que é necessário
de ter importância para uma família, por exemplo: a receita
olhar o patrimônio não como uma coisa isolada e sim com o peso
de família que os seus membros estão seguindo há anos e ou
histórico. O autor coloca para pensar a frase popular que diz: “Quem
por gerações, como uma receita original, única que define e
vive de passado é museu”, pois o autor discorda e coloca em refle-
envolve a história dessa família, pode ser considerada como
xão que o museu não retrata o passado e sim diz muito sobre o pre-
um patrimônio material familiar. A Palavra de origem latina,
sente, não existe patrimônio ou um museu, por exemplo, estático,
“patrimônio” significava entre os antigos romanos “tudo o
pois essa instituição tem que cumprir uma função educativa social. A
que pertencia ao pai, ‘pater’ ou ‘pater família’, pai de famí-
função de um museu é educar, falar algo sobre um tempo, uma soci-
lia” (FUNARI E PELEGRINI, 2009).
edade, uma ideia.
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SUMÁRIO
Figura 01 — Museu Nacional do Rio de Janeiro Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
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SUMÁRIO
Dentro desse sentido de pertencimento pode-se colocar que
o patrimônio continua sendo aquilo que pertence a alguém, de for-
Em resumo a noção de patrimônio, como é entendida hoje, evoluiu lenta e gradualmente. Partindo de uma ideia de monumento - objeto isolado a ser contemplado e preservado, para um conceito complexo e de diversos bens, todos os tesouros do passado, materiais e imateriais. Definindo-se que a expressão patrimônio cultural, enquanto conjunto do que é transmitido consciente e inconscientemente pelos homens, depois de seu aparecimento sobre a Terra. Esse conceito teve origem no Século das Luzes, adquirindo força jurídica durante o século XIX, enquanto patrimônios nacionais criados paralelamente à construção das nacionalidades de vários países europeus, “légitiment l’identité de ces pays et en symbolisent la richesse, l’originalité et la beuté (MOHEN, 1999, p. 38).
ma individual ou coletiva. Entretanto ao refletir sobre patrimônio histórico deve-se considerar o pertencimento ao grupo, à coletividade, à nação ou à humanidade tornando-se um monumento e ou um patrimônio (COSTA, 2009).
A palavra latina monumentum remete à raiz indoeuropeia, que exprime uma das funções essenciais do espírito (mens), a memória (menimi). O verbo monere significa “fazer recordar”, de onde “avisar”, “iluminar”, “instruir”. O monumentum é um sinal do passado. Atendendo a suas origens filológicas, o monumento é tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação (...). Mas, desde a Antiguidade romana, o monumentum tende a especializar-se em dois sentidos: 1) uma obra comemorativa de arquitetura ou de escultura: arco do triunfo, coluna, troféu, pórtico etc.; 2) um monumento funerário destinado a perpetuar a recordação de uma pessoa no domínio em que a memória é particularmente valorizada: a morte. O monumento tem como característica o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária ou involuntária, das sociedades históricas é um legado à memória coletiva (LE GOFF, 2003 p. 526).
Quando um prédio, uma construção, um projeto, uma idéia tem haver com uma cidade, uma sociedade passa ser considerada como patrimônio material e passa ser definidas sua importância, nos três, âmbitos federativos e ser for considerado nacional e deve passa pela análise e as normativas do núcleo a organização que cuida do patrimônio no Brasil (SCIFONI, 2003).
Scifoni (2003) coloca que apesar do termo monumento
Para Costa (2012) os arquitetos e urbanistas têm papel
ainda ser empregado por muitos estudiosos, para outros, isso não
fundamental no desempenho da conceituação do que é patrimô-
significa o mesmo que patrimônio cultural. Os monumentos his-
nio e no desenvolvimento de metodologias e técnicas de preser-
tóricos já não representam novos bens, pois passaram a referenci-
vação, na proteção e na promoção desses bens históricos, com a
ar bens antigos, já classificados no passado, ou, para usar o termo
missão de assegurar “essa” permanência e usufruto para todas
conhecido da legislação brasileira, tombados.
as gerações presentes e as gerações futuras.
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SUMÁRIO
Necessitando de uma capacitação técnica teórica e prática em relação ao campo dos bens culturais e relativos aos bens edificados: os monumentos dos conjuntos urbanos das cidades históricas, por exemplo, incluindo também uma questão de entendimento sobre a memória e o conceito de cultura que está intimamente ligado as expressões de autenticidade, porque quando se fala de patrimônio cultural é uma palavra muito importante em conjunto com integridade e liberdade que são formas de se expressar que está intimamente ligado a ideia e o conceito de cultura, como sendo uma manifestação coletiva que reúne as representações do passado, o modo de ser dos presentes e todas as nossas aspirações enquanto seres urbanos e sociais. De acordo com Brandi (2004) no campo do restauro é muito importante conhecer a história para fundamentar uma boa
restauração e entender as técnicas e as regras essas começam a aparecer de modo sistêmico a partir do século XVIII, apesar de
Figura 02 — Antigo Liceu Maranhense FonteVale retirada de http://www.vale.com/brasil/pt/ aboutvale/news/paginas/conheca-5-patrimonioshistoricos-recuperados-com-apoio-da-vale.aspx
se terem relatos de alguns casos desde a antiguidade clássica, porém é no renascimento que o processo que se acelera e consolida partir do século XVIII. A restauração deve associar a questão da teoria e da prática com os preceitos teóricos e experimentais através da refle-
xão teórica. A relação da prática e da teoria é tão forte, que nunca houve uma única linha de restauro, em nenhum momento, sempre houveram várias linhas e um embate entre elas, contrapondo a teoria, a prática e os resultados das experiências que prevalecem nos dias atuais, por exemplo, na carta de Veneza o restaura e a técnica devem ser uma interpretação de acordo com uma determinada realidade procurando respeitar as várias fases da história, respeita o patrimônio e como sobreviveu até os dias
Figura 03 — Atual Liceu Maranhense
de hoje, com as suas transformações, mesmo quando propõe um
FonteVale retirada de http://www.vale.com/brasil/pt/ aboutvale/news/paginas/conheca-5-patrimonioshistoricos-recuperados-com-apoio-da-vale.aspx
novo uso (BRANDI, 2004).
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A definição sobre o conceito de restauro está associada à
No entanto para Giovannoni (2013) o ato de pre-
própria palavra ou a apropriação do termo italiano “restaurante”,
venção, preservar, prevenir se faz por meio de legisla-
que não diz a respeito à intenção, mas sim, a própria atitude de
ções, de normas de ações preventivas que criam normas
transformar, de intervir; é o conceito da obra e da metodologia
de utilização da prevenção. A conservação, por exemplo:
que vai se modificando ao longo da história. Desde o renasci-
é tudo aquilo que o estado faz em um monumento para
mento que surge com uma ação de complemento, das ruínas ro-
conservá-lo desde a lavagem do piso, de um vidro, limpe-
manas, para ser transformado na busca da originalidade, até a
za, passar um pano, pintar uma parede são ações conser-
contemporaneidade, onde se espera algo mais complexo, que
vativas.
intervém no bem cultural, visando à apresentação da obra às fu-
A restauração é algo mais profundo que propõe in-
turas gerações. Sendo esse critério a maneira mais abrangente,
tervenções metódicas e científicas estabelecidas a partir
para decidir o que é restauração e como realizá-la (BRANDI,
das convenções nacionais e internacionais não é uma le-
2004).
gislação e sim normas, diretrizes e tratados que definem Segundo Àvila (1980) é preciso esclarecer que o proces-
como intervir, de que maneira e as metodologias que são
so de restauro exige uma escolha metodológica, a escolha de um
resumidas ou tem sua voz nas cartas patrimoniais, que
método e a formulação de um projeto descritivo e analítico que
são documentos resultantes das convenções, na qual são
defina todas as fases, os materiais, o tempo de execução e prin-
discutidos temas e saem resoluções, documentos que a
cipalmente a finalidade e ou o resultado esperado. Os projetos
partir de um entendimento formulam os conceitos sobre
de restauro devem serem aprovados por órgãos reguladores.
patrimônios e os critérios de restauro.
Além de ser necessário deixar claro que restauro é diferente de reformular, reformar um espaço, criar, transformar o espaço, adaptar novas funções ou até mesmo criando uma nova estética interna. Restauração é um processo, mais profundo científico e rigoroso por lidar com os bens/ patrimônios culturais, que devem ser tratados para serem perenes, então não podem serem descaracterizando, por exemplo, como popularmente se diz: “ao gosto do cliente”. Existe uma metodologia científica, uma fisca-
lização e é necessária uma formação dos técnicos.
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Figura 04 — Estação da Luz Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
O principal documento que existe é a carta de Veneza na qual se definem uma série de critérios de restauração e esse documento na verdade não é uma lei, ele é um tratado. O Brasil é signatário da UNESCO assim como a maioria dos países do mundo, então ele adota é de certo modo é obrigado a adotar esses conselhos/ tratados (GIOVANNONI, 2013). Os órgãos de preservação do patrimônio verificam esses
conselhos e também realiza a análise crítica dos projetos de restauração e das intervenções que serão feitas. No entanto ainda hoje as maiores dificuldades de um projeto de restauração é a formação do profissional, porque assim como a maioria das pessoas e até mesmo os proprietários de imóveis históricos desconhecem a necessidade de um estudo amplo, com um alto nível de conhecimento, de várias facetas representativas do patrimônio a ser restaurado, pois tem que ter conhecimento das exigên-
Figura 05 — Sítio Arqueológico de São Miguel Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
cias como:
-Documentações de análise metodologia correta inclusive especificações técnicas e de uso de matérias, por exemplo: conhecer determinados produtos. A exemplo, um prédio de 100 anos atrás no litoral de Santos que a parede é de pedra e cal, não pode colocar uma argamassa, porque ele inutilizar a permeabilidade da parede que ira deteriorar com o tempo. Nesse caso deve-se optar pela intervenção mínima através da técnica construtiva tradicional, dos acabamentos originais contidas no documento histórico. Classificado como patrimônio histórico que exigem a originalidade, muitos profissionais acham que a originalidade é o principal objetivo da obra de restauro e o documento da carta de Veneza coloca, por exemplo, que não é bem assim, entende que é possível a utilização de materiais novos, através da técnica construtiva Nova que diferencie os momentos históricos, até para evitar falsificação, mas também não é nenhum pecado a utilização de técnicas tradicionais e a busca por materiais originais, portanto é válida a melhor maneira de preservar uma história em relação à harmonização (SALCEDO, 2013, p.27).
Figura 06 — Pelourinho de Salvador—BA Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
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A restauração hoje procura por novas atividades e neces-
Os centros das cidades de modo geral são os locais
sidades contemporâneas mostrando o potencial através de novas
nos quais se encontram a maioria dos prédios Históricos e
funcionalidades, isso faz com que cada vez mais busque-se que
são também pela dificuldade de manutenção e preservação os
esses novos usos tenham uma compatibilidade, com os espaços e
primeiros a serem abandonados tendo como consequências
as necessidades de adaptação diferenciada, da original
as desvalorização desses espaços e a ocupação desses por
(SALCEDO, 2013).
pessoas e ou grupos de risco social como prostituição, uso de
Na atualidade um dos elementos tensos que existe com
drogas, roubos e furtos. Então a revitalização, a restauração
relação à intervenção do patrimônio cultural é adaptação das
de patrimônios engloba também uma reengenharia social
normas de acessibilidade que é uma lei federal, na qual cada vez
(LAMAS, 2000).
mais as entidades em defesa dos portadores de deficiência estão atuando, passando a ser uma exigência também para ministério público, só que aplicação disso na realidade, em diversos imóveis históricos, por mais que se tente, são impossíveis de serem
realizadas. Nesse caso tem que valer o bom senso a habilidade e o conhecimento profissional, porque pode-se descaracterizar um bem cultural, então as intervenções devem serem muito criteriosas (SALCEDO, 2013). De acordo com Santos (2002) a arquitetura e a urbanização têm braços que vão além dos espaços físicos, dos bens materiais e imaterias de uma cidade, estado e ou País tem haver tam-
bém com a qualidade de vida das pessoas que compõem esses espaços. A valorização, a conservação, a restauração dos patrimônios históricos significa dar vida, utilidade, contar uma história e educar, o que acaba diretamente interagindo e influencian-
Figura 07— Igreja São Francisco de Assis, Ouro Preto—MG Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
do questões sociais, econômicas, saúde publica, segurança entre outras áreas.
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2.1 CARTAS PATRIMÔNIAIS
Segundo Nigro (2001), a Carta de Atenas, de 1931 consContudo, a Carta de Atenas põe em voga diretrizes (discutíveis), para a preservação de patrimônio e no próprio trato com o território das cidades. Nega-se, na Carta, o valor da manutenção dos centros históricos, dos conjuntos urbanos. Esse documento propunha a preservação de edifícios isolados, construções significativas, memória do passado, ao passo que quarteirões e edificações diferentes dos objetivados seriam devastados e suas áreas transformar-se-iam em campos verdes (COSTA, 2012, p. 107)
titui o primeiro documento de importância internacional que destaca a necessidade de salvar monumentos de sua destruição, porém foi elaborada entre guerras, com os conflitos bélicos e com o rápido crescimento urbano sendo restritiva e seletiva. A ênfase no patrimônio nacional atinge seu ápice no período que vai de 1914 a 1945, quando duas guerras mundiais eclodem sob o impulso dos nacionalismos. Alguns exemplos (...) mostram como mesmo os vestígios mais distantes, no tempo e no espaço, podiam ser lidos como parte da construção da nacionalidade. (...) os italianos usavam os vestígios dos romanos para construírem uma identidade calcada nesse patrimônio, restaurado, glorificado, exaltado como exemplo do domínio do mundo pelos romanos e seus herdeiros (...) Na Alemanha nazista (...) usavam-se vestígios dos germanos, considerados antepassados dos alemães, encontrados em territórios de outros países, como a Polônia, para justificar reivindicações territoriais e invasões militares (FUNARI E PELEGRINI 2006, p. 21-22):
De acordo com Nigro (2001), o caráter monumentalista predomina até a propagação das renovações urbanas (pós-guerra) quando surge a noção de preservação dos centros históricos das cidades. Tendo por missão a valorização de lugares representativos sociais e nacionais. No entanto apesar das conquistas do documento, esse não considerava a representatividade do todo histórico e sim apenas um objeto,
4º Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIA
um espaço e ou construções acabando por ter um caráter res-
M)iv, o Congresso de Atenas deu origem à Carta contendo dire-
tritivo sem levar em conta toda à sociedade a localidade
cionamentos de como a cidade funcional através da ocupação
(território e cultura) que determinado monumento representa
racional do solo urbano. No qual as cidades deveriam estar prontas para atender, em principio, a quatro necessidades do ser hu-
Lamas (2000), ao tratar sobre a Carta de Atenas, concluindo: .
mano: habitação, lazer, trabalho e circulação o que acaba por egixir planejamento.
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O primeiro e salutar ponto que destacamos diz respeito ao conceito que propomos de patrimonialização global, que definimos como sendo o brusco movimento universal de espetacularização e banalização pela cenarização progressiva dos lugares promovido pela dialética Estado mercado sobre a base das técnicas, da ciência e da informação; em síntese, é um processo de ressignificação dos lugares em escala planetária. Há uma verdadeira corrida mundial das governanças urbanas e dos Estados para a inserção dos bens culturais de médias e pequenas cidades antigas espalhadas pelo planeta, na rede internacional do turismo (COSTA, 2011. p. 31).
(...) que a conservação integral de sítios históricos não é aflorada nem de leve no documento, restringindo-se à salvaguarda de edifícios isolados, ainda sob reserva de ser expressão de uma cultura anterior. A Carta de Atenas evidencia, na década de 1930, um período amplo da construção do que hoje nos é apresentado como patrimônio cultural, que se inicia com a formulação das primeiras diretrizes legislativas de preservação de monumentos, na França dos séculos XVIII e XIX, logo disseminadas para outros países, sobretudo da Europa e das Américas. Pelo forte caráter nacionalista, sagrado, prestigioso e elitista relativo à posse do patrimônio, coroado na Carta de Atenas, as noções de monumento histórico e patrimônio histórico começaram a sofrer duras críticas. A partir da década de 1960.
Nigro (2001) ainda coloca em discussão que após o advento e fim das guerras surgiram novos conceitos que leva-
CARTA DE VENEZA (1964)
ram a vários questionamentos e reavaliações sobre preservação estimulando a patrimonialização, a difusão dos lugares do patrimônio para isso surgiram questionamentos em aspec-
Silva (2002) em seus estudos ressalta a Carta de Veneza (1964) e salienta esta como sendo um divisor de águas entre a noção monumentalista e a de conjunto do
tos como:
patrimônio tem uma visão de gestão enfatiza o patrimônio como um objeto a ser contextualizado e útil a sociedade. O primeiro aspecto corresponde a não participação direta e efetiva da população nas decisões promulgadas pelas instituições públicas preservacionistas (...). Já o segundo aspecto remete ao questionamento sobre quais bens culturais estão sendo selecionados pelas instituições públicas preservacionistas para ‘representar’ o patrimônio cultural da sociedade (NIGRO, 2001, p.19).
Sua visão é inovadora quando analisa-se que os conjuntos urbanos históricos podem ser adaptados às necessidades modernas, no qual a revitalização do monumento deve e pode proporcionar seu uso mesmo desconsiderando a sua função original, ou seja, permite sua refuncionalização
Costa (2011) coloca em discussão a globalização e ou a patrimonização global:
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A década de 1960, com a Carta de Veneza, representa o marco simbólico inicial do processo de mercantilização do patrimônio (abrangendo a preservação, conservação e mercantilização dos conjuntos), em nível mundial. Elaborada na década de 1960, a Carta de Veneza, conseqüência do II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos de Monumentos Históricos, representa um documento chave da atualidade em termos de ampliação da preservação de patrimônio no território urbano. Em seu primeiro artigo, a Carta define o termo monumento e diz que ele se estende não somente às grandes criações, mas, igualmente, às obras modestas que adquirem, com o tempo, um significado cultural (nesse ponto, o documento apresenta uma concepção mais ampla do que seria monumento). A Carta compreende a criação arquitetônica isolada, mas também o sítio, urbano ou rural, que representa um testemunho de uma civilização particular, de uma trajetória significativa, ou de um acontecimento histórico (aqui, fica evidente a noção de conjunto e ampliação da preservação para uma maior porção do território urbano) (SILVA, 2002, p. 211).
As considerações da carta de Veneza lança em discussão a preocupação entre a totalização do bem patrimonial, além da obra e em relevância a dinâmica histórica em uma análise que deve ultrapassar a banalização do patrimônio cultural turístico. Em resumo a Carta de Atenas e a Carta de Veneza foram precursoras dos princípios internacionais que presidiram a conservação, a restauração e a preservação dos bens culturais relativos a monumentalização e a patrimonialização, mas foi na Convenção do Patrimônio Mundial que seus principais conceitos ganham visibilidade sendo aplicados ao se tratar do patrimônio cultural da humanidade no centro das definições e conceitos da pa-
O patrimônio é colocado nessa carta como algo inseparável do aspecto histórico e sua relação com o meio. Já quanto aos critérios de restauro coloca que seja realizado para preservação, ou apenas de conservação em caráter excepcional, e objetiva “revelar o valor histórico e estético do bem; baseia-se no respeito à matéria antiga e a documento autêntico”. Os procedimentos devem ser acompanhados por estudos históricos e arqueológicos do edifício.
trimonialização global. Surge também em 1972 na Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural que a UNESCO, através da “idea de salvaguardar el patrimônio humano, la riqueza monumental de la humanidad” (Morel, 1996, p. 80) formaliza a mundialização dos valores, os conceitos e as referências ocidentais das práticas patrimoniais dentro de parâmetros globais. .
(...) A Carta de Veneza reitera que esses devem ser objeto de cuidados especiais para salvaguardar sua integridade e assegurar seu saneamento, manutenção e valorização; essa vem em contraponto à Carta de Atenas, que desconsiderava a preservação dos centros históricos das cidades, valorizando monumentos isolados, numa visão reducionista do patrimônio e do território urbano. Em seu Art. 1º, que “A conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico”, fica patente que o testemunho histórico deve ser apreendido no jogo. No seu Art. 6º, afirma que a conservação de um monumento implica a preservação de uma ambiência em sua escala. Enquanto sua ambiência subsistir, será conservada, e toda construção nova, toda destruição e toda modificação que possam alterar as relações de volumes e de cores serão proibidas (SILVA, 2002, p. 222).
As instituições previstas na Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, compõem a estrutura de uma autoridade internacional de proteção, cuja função principal é conferir plena execução à própria Convenção, promovendo a inscrição de bens culturais na Lista do Patrimônio Mundial ou na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo e prestando assistência internacional (Silva, 2003, p.77).
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Já as recomendações sobre a Salvaguarda da Cultu-
De acordo com Morel (1996, p. 80), os objetivos
do Comitê do Patrimônio Mundial, estabelecido pela Convenção são os seguintes:
ra Tradicional e Popular, aprovada em Conferência Geral da UNESCO; no Brasil, o registro do patrimônio imaterial, a partir do ano 2000, por meio do Decreto 3.551, de 4 de Agosto. (Sant’anna, 2003). De acordo com Sant’anna (2003), que a prática de
1) Identificar e propor os lugares de interesse natural e cultural que devem ser protegidos, inscrevendo-os na Lista do Patrimônio Mundial; 2) Difundir, por todo o mundo, a existência deste patrimônio e procurar despertar, na opinião pública, a consciência de sua responsabilidade, respeito à salvaguarda de cada um dos bens que constituem esta Lista; 3) Proporcionar ajuda técnica ao fundo do patrimônio mundial para preservar, de todos os modos possíveis, aqueles bens, quando os recursos dos países integrantes são insuficientes. A Convenção amplia, sobremaneira, a noção de patrimônio cultural, considerando: obras arquitetônicas, de escultura ou de pinturas monumentais, elementos ou estruturas de características arqueológicas, inscrições, grutas e grupos de elementos que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência e os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas que, em razão de sua arquitetura, de sua unidade, ou de sua integração na paisagem, tenham um valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência. E os sítios e ou obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como as zonas de sítios arqueológicos que tenham um valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico. A orientação inclusive no Brasil diz respeito ao trato com o patrimônio, o território e o tecido urbano. Os debates críticos sobre as políticas de patrimônio restritivas e elitistas realizados há décadas, sobretudo nos países europeus e americanos, levaram a ampliação da noção de patrimônio e da sua preservação, ao ser considerado o valor do conjunto com um todo, o que simboliza a valorização do espaço urbano no qual se estabelecem os objetos a serem reconhecidos por seu valor histórico, artístico e, sobretudo, cultural.
preservação do patrimônio imaterial não tem origem na Europa, mas em países Asiáticos e no então chamado Ter-
ceiro Mundo, cujo patrimônio, em sua maioria é constituído por criações populares vinculadas diretamente ao conhecimento popular, a práticas populares e processos culturais. Ao tratar do patrimônio cultural deve-se englobar uma visão atual ampla de patrimônio, que abrange a superposição de conceitos e práticas culturais envolvidas na trajetória de sua “construção” ao longo do tempo. O que leva a direcionar o olhar à arquitetura (formas) ao resgate através de registros existentes relativando com as práticas sociais de cada época dentro do seu processo histórico. Assim é a verdadeira a noção do papel atual do patrimônio cultural (conteúdo) na produção socioespacial contemporânea.
11
DECLARAÇÃO DE AMSTERDÃ (1975) Já a carta patrimonial do século XX trata da temática,
(...) territorial e preservação e conservação patrimoniais, não como elemento secundário, mas como correlação indispensável. O inventário das construções antigas e mais recentes no bojo do conjunto urbano, a delimitação de zonas de proteção (ou áreas de entorno de preservação), a busca da totalidade urbana enquanto patrimônio cultural ou a cidade como monumento são elementos para o que se entende, neste trabalho, como preservação integrada e correlação entre patrimônio e território (FUNARI E PELEGRINI, 2006, p. 36).
após o Congresso do Patrimônio Arquitetônico Europeu, organizado pelo Conselho da Europa. Essa carta traz orientações para viabilizar a implantação de políticas de conservação integrada, inaugurando a noção de integração do patri-
mônio à vida social, conferindo ao poder público municipal e de mais poderes a responsabilidade de elaborar programas de conservação e aplicar os recursos financeiros obtidos para tal. O documento recomenda o envolvimento da população, nos processos, de preservação, “de modo a garantir maior observância dos valores ligados à identidade micro local e a evitar a evasão dos habitantes em virtude de especulação”, enfati-
zando a importância do processo de democratização do patrimônio (FUNARI E PELEGRINI, 2006, p. 33). Coloca também em discussão a preocupação da busca pelo patrimônio no contexto vivo urbano a Declaração de Amsterdã esboça a preocupação com algumas problemáticas originárias da mercantilização desenfreada das cidades históricas: a expulsão do habitante do centro da cidade, com a valorização do espaço que acarreta em especulação econômica
O Iphan instituto do patrimônio histórico e artístico nacional é uma autarquia ligada ao ministério da cultura que tem como principal objetivo passar para todo mundo a importância de se preservar várias coisas aqui no Brasil, pois preservar o patrimônio é preservar uma cultura. Já mundialmente o patrimônio a autoridade máxima é a UNESCO- organização das nações unidas para a ciência e cultura esses órgão são ligados de alguma forma porque tem patrimônio que é considerado histórico no Brasil que também é considerado histórico
mundialmente.
e imobiliárias superiores. Os estudos sobre patrimônio cultural arquitetônico ou edificado devem buscar referências na Declaração de Amsterdã, pois reconhece a integralidade da correlação entre planejamento físico aprimorando as Cartas patrimoniais do século XX e XXI, nos seguintes aspectos:
12
SUMÁRIO 3.0 PROSTITUIÇÃO
Segundo os registros de Dupuis (1989) sobre prostituição “a
Muitos acreditavam que as prostitutas “adoradoras do se-
primeira manifestação do fenômeno no Ocidente ocorreu nas civili-
xo” eram como uma representante terrena da Deusa, sua presença
zações integrantes do período chamado de Antiguidade, como o Egi-
era indispensável para concretização nos rituais sagrados, não
to e a Grécia antiga, sociedades já consideradas patriarcais. Essa prá-
eram marginalizadas nessas sociedades antigas, pelo contrário ti-
tica atravessou o percurso histórico e prevalece na atualidade”. A
nham o seu papel na sociedade e eram bem aceitas, porém tudo
prostituição está intimamente ligada a as mudanças sociais e como a
muda com a mudança de visão dos cultos aos Deuses e as Deusas,
sociedade se modula e as relações sexuais. Cada contexto sócio-
com o surgimento da visão cristã, na qual o sexo perdeu o sentido
histórico concebeu e definiu os significados diferentes para as práti-
ritualístico “sagrado” e se tornou sinônimo de pecado principal-
cas sexuais, especialmente em relações que envolvem indivíduos de
mente quando associado ao corpo feminino (FOUCAULT, 2010).
sexos diferentes ou do mesmo sexo. Fator da sociedade oculto den-
Desde a Antiguidade, a prostituição feminina (por ser a
tro de uma estrutura do sistema patriarcal, ou seja, um modelo social,
mais comum) está presente, mas ao longo da História, cada época
no qual prevalece o poder o domínio Masculino.
apresentou uma verdade, um limite socialmente aceito, com limites
Durante séculos o que prevalece é ao sistema de força impos-
para o exercício da atividade, como sua permanência e circulação
to pelo homem tanto nos aspectos sociais como nas políticas morais
no espaço urbano. Naturalmente as cidades vão cedendo espaços
e até nos campos religioso. Como exemplo pode-se citar a chamada
para que isso aconteça. A sociedade reprime a prática das funções
prostituição sagrada vigente no acidente, mais especificamente no
sexuais, quando essas começam a serem muito explicitas e come-
Egito e na Grécia antiga, sendo essa modalidade inseparável dos ri-
çam a ocupar espaço considerados nobres das cidades o que por
tos sagrados da época. Essas sociedades consideravam o ato sexual
consequência exige das autoridades uma repressão.
com uma forma divina de se chegar a uma divindade ou Deus. O ato sexual era considerado como parte integrante das práticas de adoração transcendental, que vai além do corpo ou une o corpo, a alma e o espírito, os atos sexuais livres e as vezes em grupo eram encarados
como agradecimentos e oferendas destinada a chamada Deusa “o sagrado feminino” (FOUCAULT, 2007).
70
13
Figura 08 — Prostituição do Antigo Egito Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Figura 09 — Prostituição do Antigo Egito Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Desde a Antiguidade, a prostituição feminina (por ser a mais
As mulheres de família eram educadas para o casamento
comum) está presente, mas ao longo da História, cada época apre-
e passaram a pertencer a seu marido (patrimônio familiar), as-
sentou uma verdade, um limite socialmente aceito, com limites para
sim como suas propriedades e bens. Já as mulheres que eram
o exercício da atividade, como sua permanência e circulação no es-
prostitutas foram separadas da sociedade colocadas a parte, es-
paço urbano. Naturalmente as cidades vão cedendo espaços para
condidas, porém ainda tinham sua finalidade. Embora não seja
que isso aconteça. A sociedade reprime a prática das funções sexu-
ético e nem certo era considerado moralmente aceito, o homem
ais, quando essas começam a serem muito explicitas e começam a
ter uma esposa e uma prostituta sendo que algumas subiam para
ocupar espaço considerados nobres das cidades o que por conse-
o patamar de amantes.
quência exige das autoridades uma repressão.
A partir da idade média houve uma mudança no qual as
A era cristã mudou significativamente a compreensão cultu-
prostitutas passaram a ser como profissionais do sexo, onde seu
ral sobre mulher, sexo e prostituição. No acidente o sexo sem vincu-
papel era satisfazer desejos ocultos tanto os culturalmente repro-
lo familiar passou a ser entendida como um mal necessário, para a
váveis para serem realizados com as esposas, ou que não se vin-
manutenção da reputação moral das mulheres que pertenciam as
cula a posição masculina ativa durante o sexo. Começando o
famílias tradicionais, ou seja, o velho conceito que existem mulhe-
conceito de que as prostitutas de maneira geral se colocam co-
res para casar, feitas para casamentos e servir a família e outras para
mo trabalhadoras ou prestadoras de serviços em troca de remu-
que os homens possam satisfazer os seus desejos sexuais. Nesse
neração, que apesar de ser reprovado e imoral o sexo fora do
momento separou-se a questão da divindade, o amor e o sexo como
casamento na parte religiosa, o sexo pago é um ato comum pre-
coisas diferentes; e não necessariamente complementares.
sente nas sociedades.
A era cristã mudou significativamente a compreensão cultu-
Outra questão a ser discutida que conforme as socieda-
ral sobre mulher, sexo e prostituição. No acidente o sexo sem vincu-
des passam por dificuldades sociais e econômicas, as mulheres
lo familiar passou a ser entendida como um mal necessário, para a
são empurradas a vender seu corpo e fazerem sexo como forma
manutenção da reputação moral das mulheres que pertenciam as
de sobrevivência. Foucault (2010) estudou e discutiu o caráter
famílias tradicionais, ou seja, o velho conceito que existem mulhe-
cultural e político da História do Ocidente buscando compreen-
res para casar, feitas para casamentos e servir a família e outras para
der na sociedade moderna a sexualidade e como se tornou um
que os homens possam satisfazer os seus desejos sexuais. Nesse
instrumento ou dispositivo de poder controlado pelo Estado e
momento separou-se a questão da divindade, o amor e o sexo como
pelos micros poderes da sociedade moderna.
coisas diferentes; e não necessariamente complementares. 14
Figura 10 — Prostituição em Cabaret Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Para o autor é necessário refletir ao pensar em prostituição
Começaram também serem vitimas do comercio do
é necessário relacionar valores culturais e a idéia sobre o ato sexu-
sexo, seja por salário, pelo emprego ou por uma renda extra,
al, moralização, repressão, regulação de comportamentos. Vale
no qual trabalham muitas vezes de dia em fábricas e a noite
lembrar que a idéia de amor romântico associado ao prazer sexual
sendo profissionais do sexo
e a união amorosa entre homem e mulher baseado em uma liberdade de escolha é algo muito recente (FOUCAULT, 2010).
Scott (2005) indica que durante a história, as relações de poder principalmente no Ocidente marcam as rela-
Outra questão que vale apena ser discutida é o vinculo en-
ções sociais, entre os grupos foram basicamente instituídas a
tre o fenômeno prostituição feminina e os valores culturais não
partir das relações de poder financeiro ou dos conceitos filo-
somente relacionado ao sexo como a própria construção das soci-
sóficos que regem cada época. O que influencia de modo
edades, seja no campo das relações emocionais, sociais, religiosas
direto o caminho e as formas de prostituição.
e até mesmo arquitetônicas de uma cidade.
O crescimento econômico de uma região, a oferta de
Vale ainda ressaltar que a prostituição também tem suas
emprego, o surgimento de dinheiro farto e rápido provocam
regras, hierarquias, exigências de mercado, características e as
o desenvolvimento em várias áreas, mas em contra partida
formas de organização da atividade:
se as autoridades, se as cidades e ou os espaços urbanos não forem pensados trazem também o lado “B” do desenvolvi-
(...) Desde as suas primeiras manifestações nas sociedades ocidentais antigas, a prostituição feminina foi organizada a partir da posição social da mulher que a exerce, fato que levou a constituição histórica de duas modalidades da mesma atividade. A denominada prostituição de luxo, exercida por mulheres das camadas sociais mais privilegiadas, como as chamadas hetairas da Grécia antiga e as cortesãs do período do Renascimento europeu que atendiam os homens com status social, como políticos, nobres e intelectuais. Por outro lado, o baixo meretrício, exercido por mulheres pobres, ou por aquelas escravizadas em decorrência das guerras, em áreas populares e destinado aos homens sem prestígio social (DUPUIS, 1989, p. 25).
mento como o consumo de drogas, roubos, a divisão social, problemas de saúde, escolar, segurança e não menos problemáticos a prostituição. . Consequentemente, essas relações se desdobram nos espaços micros sociais, como não organização da prostituição feminina pelas ruas das cidades, nas experiências pessoais e nas percepções das prostitutas sobre o trabalho que exercem, como também na compreensão do Poder Público sobre o fenômeno, influenciando a formulação de Leis, de políticas públicas, ou ainda na omissão pública (SCAVONE, 2008, p. 173).
Já a partir da Revolução Industrial (Europa entre o final do século XVIII e início do XIX, na América no século XX) ocorreu uma sub categoria expressiva e diferenciada. Conforme Antunes (2005), mulheres trabalhadoras que tinham que trabalhar para garantir sua própria subsistência, da sua família e principalmente de seus filhos. 15
Figura 11 — Prostituição no Cabaret Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Para Afonso (2017) é preciso ressaltar que quando
Conforme Piscitelli (2012), “o termo exploração sexual
discute-se sobre prostituição muitas podem serem as verten-
passou a ser adotado no Brasil na década de 1990”, seguindo as
tes e debates, no entanto é preciso desvincular esse conceito
convenções internacionais de combate ao abuso e exploração
da imagem da mulher pobre que não tem outra escolha se
sexual de crianças e adolescentes. Estendendo e relacionando a
não essa atividade. Essa imagem é apenas uma parte de um
prostituição a outros problemas sociais como: como a pornogra-
retrato social maior. Ao discutir sobre o tema é necessário
fia, intervenção ou coerção de terceiros, adultos agressores e ex-
uma analise ampla, na qual deve-se ter claro que também, a
ploradores, aliciamento de menores, tráfico de pessoas e drogas.
quem, procure por essa atividade, então querendo ou não,
Todavia, para Piscitelli (2012) é preciso tirar o véu e até
certo ou não, é sim uma atividade econômica que tem a rela-
mesmo o romantismo ao tratar do tema, pois na maioria das ve-
ção de prestação de serviço e pagamento pelo mesmo.
zes compreende práticas que violam as idéias de direitos huma-
Apesar de a prostituição ser um fato histórico social e cul-
nos que vão além do direito de escolha de sujeitos adultos. É
tural é preciso ver a questão jurídica que ainda é carregada de pre-
preciso olhar além de ver a prostituta como uma vítima da po-
conceitos e distorções discursivas. No país culturalmente não é
breza e da dominação masculina. Ela pode sim ser considerada
considerada uma atividade ilegal (já o incentivo, rufianismo, e a
uma vítima de uma sociedade que não sabe lidar com esse pro-
manutenção de casas de prostituição configuram crimes). Em
blema, pois esse tem origem nas fraquezas, nos pecados huma-
2009 houve uma mudança na tipificação dos crimes sexuais ocasi-
nos e são coisas que a humanidade ainda não sabe lidar. Essa
onou uma deturpação na compreensão jurídica do fato.
consideração apesar do que possa aparecer não tem nada haver com questões religiosas, mas sim com questões antropológicas,
Na ocasião, o principal objetivo da mudança no texto jurídico era revisar as antigas normatizações sexuais - vigentes desde 1940 - para aproximá-las da realidade cultural da sociedade do século XXI. Por exemplo, os delitos sexuais ainda eram classificados como modalidades que infringiam os costumes. Com a reformulação, esses crimes passaram a ser juridicamente compreendidos como violadores da dignidade sexual, aproximando-os da temática dos direitos humanos. Nessa reformulação a prostituição passou a ser descrita como sinônimo de exploração sexual, independente das circunstâncias em que ocorre. Nas disposições do Título VI do Código Penal que comporta os crimes sexuais, o Capítulo V referente ao tráfico de pessoas passou a ser denominado de: Do Lenocínio e do Tráfico de Pessoa para Fim de Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual (SOUSA, 2014, P. 61).
sociais, psicologias e até com questões relacionadas com o projeto de desenvolvimento de uma localidade. Como essas mulheres não encontram apoio em redes sociais, nem em instituições públicas, para a defesa dos seus direitos, acabam se submetendo às regras de convivência das áreas onde atuam, as quais, normalmente, são controladas por traficantes de drogas e demais organizações criminosas que, além de legitimarem o seu poder por meio da violência e da coerção financeira, também seguem uma ordem machista (SOUSA, 2014, p. 61).
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Figura 12 — Prostituição no Cabaret Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
3.1 PROSTITUIÇÃO EM RIBEIRÃO PRETO
A prostituição em escala em Ribeirão Preto começa no final
De acordo com Gomes (2011) Ribeirão Preto é conhecida
do século passado com as francesas vindas para trabalhar e residir
como a Califórnia brasileira pela geração de riquezas desde o
nos luxuosos cassinos da época trazidas pelo empresário Francisco
período do apogeu da cafeicultura no país. Em meados do século
Cassoulet. Com o tempo o quadro da prostituição mudou conforme
XX, na atualidade destaca-se pelo desenvolvimento do agrone-
a cidade cresceu e foi se modificando saindo do glamour para a
gócio, especialmente pela produção canavieira, sendo nacional-
marginalidade. Outro fato histórico interessante é que as francesas e
mente conhecido como a ―capital brasileira do agronegócio:
depois as mulheres de Cassoulet eram em sua maioria alfabetizadas e cultas o que causou também uma mudança da sociedade, pois influenciaram costumes, modas, comportamentos e estilos nas artes e na arquitetura. Já com o fim da era de ouro do café e o final dos cassinos , na década de 30, com a crise na Bolsa norte-americana, deu-se o início aos Cabarés na região da baixada do centro. A partir da década de 80, as mulheres começaram a invadir as ruas e depois a repressão e o surgimento das chácaras (casas) (EULÁLIA, 2018). A cidade de Ribeirão Preto está localizada no interior do
estado de São Paulo. Conforme as estimativas levantadas pela pesquisa do IBGE/julho de 2014, a cidade possui; e é um dos vinte e
Desde 1994, Ribeirão Preto recebe uma das maiores feiras mundiais de tecnologia agrícola, a Agrishow. Anualmente, esse evento atrai empresários nacionais e internacionais para a região, configurando o denominado turismo de negócios. A cidade também apresenta um amplo setor de comércios e serviços, como a presença de quatro shoppings centers; ampla variedade de lojas populares na modalidade do varejo; quantidade significativa de universidades particulares e um campus da Universidade de São Paulo (USP), que se destaca nacionalmente na área da Saúde, tanto no desenvolvimento de pesquisas científicas, quanto no atendimento médico, oferecendo gratuitamente vários serviços para a população local e da região, como tratamentos de câncer e dentário (GOMES, p. 08).
cinco municípios brasileiros com maior densidade demográfica, exceto as capitais, com uma população de aproximadamente 659.000 habitantes, ocupando a décima primeira posição nacional em relação ao índice populacional (EULÁLIA, 2018).
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Figura 13 — Mulheres Francesas
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Figura 14 — Agrishow 2019 de Ribeirão Preto Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
No entanto, Gomes (2011) coloca que o desenvolvimento
LOCAL DE TRABALHO
econômico trouxe oportunidades, mas também desigualdades sociais. Assim como oportunizou o desenvolvimento, também trouxe as mazelas sociais. Cresceram e ampliaram-se as áreas urbanas e os condomínios de luxo, incentivados pela prefeitura Municipal principalmente na de 1990. Por outro lado a riqueza concentrada em poucos lugares sem uma política de desenvolvimento urbano gera o crescimento gradativo das favelas nas periferias da cidade, por exemplo, em 2006 foram identificada trinta e quatro favelas, com uma população total de mais de vinte mil habitantes. O progresso da agroindústria também acarretou o movimento migratório homens para o trabalho de safra na macro região de Ribeirão Preto. Essa massa de trabalhadores em sua maioria, ainda hoje é formada por homens casados e solteiros com idade média entre 18 a 45 anos, que deixam suas famílias, onde morram e passam o período de safra entre 6 a 10 meses na região, o que representa mercado e oferta de serviços de prostituição (EULÁLIA, 2018). De acordo com Gomes (2011): Através de investimentos públicos e privados o município foi paulatinamente consolidando e complexificando sua cadeia produtiva, tornando-se inclusive um importante centro exportador nacional e prestador de serviços, sobretudo em escala regional. Essa dinâmica econômica favoreceu o desencadeamento e/ou aprofundamento de intensos fluxos migratórios, em especial de trabalhadores de baixa qualificação. As precárias condições de trabalho, a renda insuficiente e a não assistência pública contribuíram para a marginalização dessa parcela da população, ampliando as desigualdades sócio espaciais no município. (p. 10).
Figura 15 — Gráfico de Local de Trabalho Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
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De acordo com Venturini (2013) Ribeirão Preto é um símbolo de desenvolvimento o que da margem ao consumo e a especulação imobiliária, especialmente a chamada zona sul. Ocasionando um alto índice da prostituição feminina, com diferentes formas, por exemplo: casas de prostituição de luxo em regiões consideradas ricas, com clientela diferenciada e por outro lado casas localizadas na periferia ou em áreas populares. Além da prostituição de rua que na
atualidade também é alvo fácil para o envolvimento com o mundo das drogas. As mulheres envolvidas nesse processo possuem características distintas. Nas regiões populares e periféricas são em sua maioria constituída por minorias étnicas, como negras e pardas.
distribuição gratuita de preservativos para as mulheres que se encontram nas vias públicas e nas casas localizadas nas áreas pobres. Essa proposta integra a política de redução de danos e é realizada pelas agentes comunitárias de saúde que compõem os Programas de Saúde da Família (PSF). Além desse serviço do governo local, foi encontrada apenas uma associação da sociedade civil, a ONG Vitória-Régia - Núcleo de Apoio Feminista criada em 2000, sendo resultado da parceria estabelecida entre profissionais da Saúde que atuavam no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina(USP) e também integravam projetos estaduais de combate a DSTs/AIDS, e trabalhadoras do sexo da cidade( SOUSA, 2014, p. 68)
Já na atividade de luxo a maioria são constituídas por mulheres jovens brancas e com boa formação educacional (muitas universitárias) provenientes de classe média. Na cidade de Ribeirão Preto, a prostituição está relacionada ao turismo e aos altos negócios do agronegócio, médicos e universitários. Um claro exemplo disso é o aumento da prostituição durante eventos como de tecnologia agrícola, Agrishow. (VENTURINI, 2013) Como em várias cidades há um movimento natural, no qual algumas regiões ficam constituídas para prática de prostituição no caso da cidade de Ribeirão Preto um dos locais mais conhecido é a Avenida Brasil. Poucas são as ações publicas oferecidas ou implentadas pelo poder publico a maioria são serviços prestados através da Secretaria Municipal de Saúde baseia-se:
Figura 16 — Prostituição nas ruas das cidades Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
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4.0 LEVANTAMENTO SUMÁRIO DA ÁREA
Á localização escolhida como área do projeto fica na cidade de Ribeirão Preto, inteiro de São Paulo, se localizando no quadrilátero central da cidade, sendo esse entre Av. Nove de Julho, Av. Independência, Av. Jerônimo Gonçalves e Av. Francisco Junqueira. Assim é uma área da cidade Ribeirão Preto onde tudo começou, sua primeiras residências, seus primeiros comércios, sua primeira igreja e desde então foi conquistando seu espaçando e se expandindo ao logo do tempo, também conhecido como um dos lugares que localizam os seus maiores prédios históricos que contam a historia da cidade, hoje em dia com novos usos. Dessa forma, a área de intervenção escolhida é mais conhecida como o Hotel Brasil, já considerado um prédio existente, sendo um prédio tombado na escala local porém que hoje em dia esta ruinas e estão de degradação. Figura 17 — Localização modificada pelo autor, quadrilátero central Fonte: Google Maps retirado de https://www.google.com.br/maps/@-21.1732106,47.8129848,193m/data=!3m1!1e3
LOCALIZAÇÃO DA ÁREA NO QUARTERIÃO ÁREA USADA PARA O PROJETO, HOTEL BRASIL
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20
O HOTEL BRASIL
O hotel Brasil é um dos Cartões-postais (1921), mas na atualidade está com estrutura comprometida, localiza-se na região central de Ribeirão Preto (SP), esquina da Avenida Jerônimo Gonçalves com a Rua General Osório: O Hotel Brasil foi arrendado ainda nos anos 1930 por José Antonio Chinez, imigrante chinês. Posteriormente foi arrendado por Pedro Sinivaldi, imigrante italiano e, Antonio Sacramento, imigrante português que locou o hotel até o ano de 1945. Em seguida os irmãos da família Belíssimo: José, Felipe e Antonio permaneceram a frente dos negócios até falecerem. Mais tarde, os filhos de Antonio Belíssimo, Paulo, José e Luiz ficaram como sucessores do arrendamento até o ano de 1982. O último locatário do Hotel Brasil foi o Sr. Sebastião Gualberto Machado e seus filhos Marco e João Gualberto proprietários da organização Hoteleira Machado de Campos Ltda.
A necessidade e o plano de restauro vêm desde o século XX e é considerado um dos cartões-postais da cidade é antigo. Em nota divulgada em abril de 2012, a família Marcondes - dona do Hotel Brasil disse que queria revitalizar o local para manter suas características originais e incentivar seu potencial cultural. O hotel é um dos 46 bens que compõem uma lista de prédios históricos relacionados pelo Conppac que aguardam projetos de revitalização para a preservação da arquitetura e difusão cultural e histórica.
Já a Prefeitura anunciou através de alguns meios de comunicação que pretende tomar posse de imóveis urbanos com comprovada situação de abandono. Pretendendo realizar um acordo com os proprietários e caso não haja interesse e ou não possuam a intenção de conservá-los em seu patrimônio o bem em questão passará a ser considerado como de utilidade
Em seus tempos de glória ficou conhecido por ter hospedado autoridades políticas, artistas e até mesmo clubes de futebol como Boca Juniors e River Plate, entre
os anos 1930 e 1955 (Arquivo Histórico Municipal), mas atualmente os tempos de glória se foram. Na atualidade as glórias foram trocadas pelo abandono, sendo que a
publica de pertencimento a cidade. De acordo com o Decreto publicado no Diário Oficial, o abandono poderá ser constatado pelo não pagamento de impostos, como o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) pelo período de cinco anos, assim como, falta de uso, deterioração física e inexistência de manutenção sistemática do imóvel.
estrutura apresenta portas e janelas quebradas, além do teto danificado. Apresenta a necessidade de um projeto de restauro (concluído) por ser considerado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural da cidade (Conppac) um patrimônio material histórico:
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O olhar de preservação para o Hotel Brasil vai além da necessidade de restauro arquitetônico, esse olhar deve também levar em conta a questão hoje, tão discutida sobre o que é um patrimônio histórico, pois a cidade de Ribeirão Preto apesar do seu alto índice de desenvolvimento precisa rever seus conceitos sobre os espaços urbanos, sua importância e conservação. A cidade tem uma carência de edificações de cunho cultural que inspire, por exemplo, o ensino de música. O qual também corresponde às preocupações com a inclusão social e disseminação de atividades noturnas e diurnas na região, valorizando a cultura local, o turismo e o comércio. Então o restauro do Hotel propõe o reuso do edifício, antes hotel, para conservatório municipal também cumprin-
do a missão histórica e cultural de conservação de um patrimônio publico:
RESOLUÇÃO 04/2012- CONPPAC/RP O CONPPAC - Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Ribeirão Preto, no uso de suas atribuições legais, em reunião realizada em 07/04/2009, RESOLVE: Acatar o pedido de tombamento provisório constante no processo administrativo nº 02 2009 015342 8, nos termos dos artigos 17 e 18, da lei 2.211, de 24/08/2007, do bem cultural Hotel Brasil, localizado na Rua General Osório, nº 20. A partir da data da publicação desta resolução, o bem em regime de tombamento provisório terá proteção especial nos termos do artigo 19, 30 e 31, da lei 2.211, de 24/08/2007, até a decisão final da autoridade competente para tal. Pela presente encaminha-se à Secretária da Cultura para que sejam providenciadas as publicações necessárias (DULCE PALLADINI, Presidente do CONPPAC/RP, 18/07/2012)
Figura 18 — Carta de representante do grupo hoteleiro Machado de Campos para o Vereador Leoposo Paulino com pedido de aprovação do tombamento do hotel Brasil Fonte: Tfg Inrtervenção e Revitalização do Hotel Brasil e seu entorno, Marcela Cansian Rossin retirada de Biblioteca Moura Lacerda
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Figura 19 — Carta de representante do grupo hoteleiro Machado de Campos para o Vereador Leoposo Paulino com pedido de aprovação do tombamento do hotel Brasil Fonte: Tfg Intervenção e Revitalização do Hotel Brasil e seu entorno, Marcela Cansian Rossin retirada de Biblioteca Moura Lacerda
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Figura 20 — Alvará de Licença para construção em nome de Vicente Vicari (1920)
Figura 21 — Solicitação para aprovação da planta de construção de um edifício (1921)
Fonte: Tfg Intervenção e Revitalização do Hotel Brasil e seu entorno, Marcela Cansian Rossin retirada de Biblioteca Moura Lacerda
Fonte: Tfg Intervenção e Revitalização do Hotel Brasil e seu entorno, Marcela Cansian Rossin retirada de Biblioteca Moura Lacerda
Figura 22 — Continuação do termo de responsabilidade, concreto armado Proc. n. 52/1929 Fonte: Tfg Intervenção e Revitalização do Hotel Brasil e seu entorno, Marcela Cansian Rossin retirada de Biblioteca Moura Lacerda
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O ECLETISMO NO HOTEL BRASIL
O Hotel Brasil tem como seu estilo eclético que traz a mistura dentro de uma transição entre o século XIX para o século XX. Essa mistura de estilos tem sua referência a arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica com a junção de novos avanços na tecnologia que possibilitou ornamentos e outras
decorações produzidas no prédio. No hotel é perceptível esse momento, mesmo sendo mais referenciado pelas características italiana, produzidas principalmente em suas fachadas. O estilo neoclássico tem seu peso em seus ornamentos, platibandas, caixilhos com vitrais, balaústre e também a utilização de animais na sua entrada que compõe a sensação de poder ou espantar mal olhado. Observando também seu interior que compunha seu chão de madeira, o desgaste da pintura por conta do tempo, seu forro e por-
Figura 24 — Assoalho e Forro degradado, Hotel Brasil Fonte: Fotos tiradas por autor desconhecido
tas de madeira toda trabalhada para a época porem que hoje esta em grande degradação.
Figura 25 - Ornamentos e Balaústres da fachada , Hotel Brasil Figura 23 — Porta de Madeira da Fachada, Hotel Brasil Fonte: Fotos tiradas por autor desconhecido
Fonte: Google Imagens retirado de https://www.google.com.br/
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FOTOS DA DEGRADAÇÃO DO HOTEL BRASIL
1
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5
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Figuras 26 — Degradação do Hotel Brasil Fonte: Fotos tiradas por autor desconhecido
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LEGENDA
1 - Cozinha
6 - Pintura
2 - Área Molhada
7 - Banheiro
3 - Circulação
8 - Fachada
4 - Corredor
9 - Fachada
5 - Forro
10 - Revestimento
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Figura 27 — Hotel Brasil Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
EVOLUÇÃO DA ÁREA DO
QUADRILÁTERO CETRAL O quadrilátero central é marcado por seus três momentos de crescimento na formação urbana de Ribeirão Preto assim no mapa se representa por cores conforme seu desenvolvimento.
Sendo esses três momentos ligados ao ciclo do café de Ribeirão Preto, primeiramente foi com a chegadas
2
de imigrantes e consequentemente o aumento da economia da cidade, logo em seguida a migração das famílias com alta renda para o sul original por conta do au-
1
mento populacional da área e por fim quando os comércios chegam junto com a massa popular para a ocu-
pação e as famílias da elite voltam a se mudar mas dessa vez para o sul do município .
N
PRIMEIRA NUCLÉO URBANO PRIMEIRA EXPANSÃO DO QC SEGUNDA EXPANSÃO DO QC Figuras 28 — Antiga Matriz / Nova Matriz Fonte: Estudo realizado no escritório modelo retirado de file:/// C:/Users/Lohayne/Downloads/ O_olhar_do_estudante_de_Arquitetura_sobr.pdf
1
PRAÇA MATRIZ—ATUAL MATRIZ
2
PRAÇA MATRIZ—ANTIGA MATRIZ
27
PATRIMÔNIOS DO ENTORNO
Em torno da área de intervenção, localizada do quadrilátero central da cidade, tem a existência que muitos outros patrimônios tombados por órgãos públicos . Por ser uma área que já tem um grande valor histórico,
4
1 2
os monumentos tombados se variam entre prédios com vários andares até casa térreas, sendo considerado desde sua estrutura, anos de concepção e principalmente seu estilo, geralmente mais usado o estilo ecletismo, que é consi-
3
derado na década de 40 ornamentos de casas de elite.
Sendo 28 em nível municipal (Conppac), 6 em nível estadual (Condephaat) e 1 em nível municipal e estadual. Sendo instrumentos que não são os suficientes para medidas de preservação porem reforça a questão patrimonial da cidade de Ribeirão Preto. Alguns desses bens são, Choperia Pinguim, Teatro
N
Dom Pedro II, Mercadão Municipal, Palacete Camilo de Matos, Biblioteca Altino Arantes , Prédio Diederichsen, Catedral entre outros.
Figura 29 — Mapa dos bens tombados do Quadrilátero Central Fonte: Estudo realizado no escritório modelo retirado de file:///C:/Users/ Lohayne/Downloads/O_olhar_do_estudante_de_Arquitetura_sobr.pdf
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1
3
Figura 30 — Teatro Dom Pedro II
Figura 31 — Igreja Mariz—Catedral
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
2
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Figura 33 — Mercadão Municipal de Ribeirão Preto
Figura 32 — Choperia Pinguim
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
29
O USO DO SOLO
O levantamento do uso do solo observa-se impactos positivos e
Mas em seu entorno também se observa a Vila Tibério, se
negativos que podem haver no entorno da área de interversão, po-
localizando atrás da unidade da UBDS e Rodoviária. Se constata
dendo aprofundar os estudos para que o projeto implantado conver-
uma variedades de comércios e casas residências, se tornando um
se com o toda a área.
local de uso misto, esses usos mistos em vilas podem acarretar o
Assim, é possível observar a variedade de atividades em seu entorno concentrando-se em comércios, podendo dividir esses os mesmo conforme seu crescimento, em hipercentro e hipercentro expandido, sendo uma variedades de lojas, como lojas de brinque-
esvaziamento dos grandes centros, por conta da facilidade que usurário tem em ter mais perto o que precisa e também se localiza
a existência de muitos galpões abandonados em estado de ruinas em sua extensão.
dos, lojas de sapatos, lojas de roupas além da quantidade de serviços voltados para a alimentação e bancos.
COMERCIAL PRESTÃÇÃO DE SERVIÇO INSTITUCIONAL RESIDÊNCIAL
SEM USO ÁREAS VERDES N
ÁREAS DE INTERVENÇÃO
30
OCUPAÇÃO DO SOLO
A cidade de Ribeirão Preto é conhecida por seus prédios autos,
Taxa de Ocupação/Densidade Populacional: A ár ea tem
prédios esses que tem mais de oito pavimentos mas a área do Hotel
sua tacha de ocupação de até oitenta por cento ocupada sendo que
Brasil não tem a existência de prédios tão altos, sendo eles de um a
em alguns pontos a taxa ultrapassa essa média e em cada lote é
dois o pavimentos assim não encobrindo a beleza que esse monumen-
permitido 850 a densidade populacional liquida.
to faz no local. Diagnostico da Legislação: Gabarito: ZUP - Zona de Urbanização Preferencial: composta
Coeficiente de Aproveitamento: ZUR - Zona de Urbanização Restrita diz que a área do terreno será de três vezes a mais,
sendo ligada em toda área do quadrilátero
por áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas pro-
Recuo da Edificação: As edificações tem seus r ecuos esta-
pícias para urbanização, onde são permitidas densidades demográfi-
belecidos por lei sendo de 2 metros ao fundo, 5 metros de recuo
cas médias e altas, gabarito podendo ser ultrapassado a mais de dez
frontal sendo superior o 4 metros seu gabarito, podendo haver
metros quando envolve as áreas preferenciais.
mudanças.
1 à 2 pavimen|os 2 à 3 pavimentos 7 à 20 pavimentos
N
31
DIRETRIZ VIÁRIA FÍSICA E FUNCIONAL
Observando a área estudada é possível diagnosticar em suas
Sendo uma avenida que agrupa a maior parte do equipa-
vias, o grande fluxo de pessoas, carros, motos e ônibus no centro
mentos urbanos da cidade, Rodoviária, Terminal Rodoviário,
da cidade sendo um local muito frequentado diariamente, pode-
Mercadão, Novo Mercadão, UBDS, antiga Fábrica de Cerveja
se idêntica quais são a vias que se ligam em graus de importância
e Hotel, Brasil e a de maior fluxo.
ao longo do caminho.
Deixando a área do calçadão como uma via coletora, que é
Havendo muitas via locais no seu entrono, elas se ligam até a
frequentada oitenta por cento por pedestres que procuram os
via arterial principal com um fluxo mais perto das demais, sendo
estabelecimentos que se agregam ali, mas que não deixa de ser
a avenida de ligação a Av. Jerônimo Gonçalves, que faz parte da
a ligação principal para Av. Jerônimo Goncalves e as demais
ligação do quadrilátero e também a avenida que margeia o
ruas se tornando a via de fluxo médio.
“Ribeirão”, usado como referência para o nome da cidade de Ribeirão Preto.
VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL ÁREAS DE INTERVENÇÃO
ALTO FLUXO MÉDIO FLUXO BAIXO FLUXO ÁREAS DE INTERVENÇÃO
N
32
EQUIPAMENTO URBANO
Os equipamentos urbanos públicos e privados, que de
Próximo aos equipamentos, tem uma praça, que hoje em
destina a prestação de serviço e para funcionamento de uma
dia é frequentada por moradores de rua, em estado de degra-
cidade. Sendo esses funcionamentos com objetivos positivos
dação e abandonada, considerada perigosa e escura, mais co-
porem em alguns casos se torna negativos, se não haver boa
nhecida como a praça do trem, por haver monumento que faz
manutenção desses equipamentos.
parte da historia da cidade.
No entorno da área de intervenção, observa-se que existe
Assim, os pontos de ônibus que ajudam as pessoas de
a rodoviária em que presta serviços para os cidadãos da cida-
deslocarem de um bairro a outro com mais facilidade, porem
de de Ribeirão Preto, com funcionalidade de deslocar de uma
cobrando uma tarifa por viajem e muitas vezes esses pontos
lugar ao outro conforme a necessidade.
não tem cobertura ou um lugar confortável para o usuário é
Existe também a UBDS que é frequentado por muitas pessoas diariamente, prestando serviços para a saúde da po-
apenas um local indicado de parada e havendo uma escola privada ao longo das quadras.
pulação, mas com precariedade quando se envolve em questão estrutural do lugar.
PONTO DE ÔNIBUS PRAÇA DO TREM UBDS
RODOVIÁRIA ESCOLA PRIVADA ÁREA DE INTERVENÇÃO
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CARACTERISTICAS SOCIOECONÔMICAS
Com base nos estudos da características socioeconômicas pode perceber que os domicílios existentes na área tem como predominância apartamentos, geralmente com uma a duas pessoas morando no local, por ser uma área frequentada por muitos estudantes, esses apartamentos geralmente são alugados, mas entrando na taxa de quitados pelo seus proprietários. Sua área prevalece prédios que abrigam essas moradias, mas não descartando a existências de casas ou casas em condomínios que tem disponibilidade de abrigar uma família de até cinco pessoas, sendo ligado ao menor porcentual, sendo alugado ou próprio. Assim, também existindo casas ou apartamentos que abrigam de uma a cinco pessoas cedidos de uma outra forma,
Figura 35 — Gráfico de Domicílios Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
governo ou empréstimos.
Figura 36 — Gráfico de Domicílios Figura 34— Gráfico de Domicílios
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
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A maioria da população que reside na área como mostra os gráficos, tem em torno de vinte a vinte e quatro anos sendo esse população homem ou mulher, também havendo pessoas de zero a noventa e quatro anos mas não sendo sua grande maioria. Essa questão vem porque a grande maioria de estudantes moram na área do centro, por conta da fácil acessibilidade de
recursos de locomoção para as escolas ou faculdades. Observado também que a maioria da população alfabetizada são brancos e homens, por ser uma área antiga ainda pode haver a diferença de classe, dentro dos padrões da família tradicional brasileira sendo que as moradias tem seu maior porcentual por brancos.
Mas a miscigenação existe, sendo que as outras cores de pele também entram no gráfico com uma redução na sua por-
Figura 38 — Gráfico de População
centagem, porem ainda mantendo com a maioria homens.
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
Figura 39 — Gráfico de População
Figura 37 — Gráfico de População
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
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Sendo assim um local antigo a rede de abastecimento de água não deixa a desejar, sendo ligado a DAERP, diariamente e de uso geral as casas são abastecidas com água tratável pela rede para consumo. Com base em abastecimentos, as casas em geral também recebem energia elétrica de companhias, deixando a iluminação em total responsabilidade deles, conhecida na cidade de Ribeirão Preto como CPFL. E mantendo a limpeza, existe a coleta por serviços de empresas, que pegam em pontos estratégicos prevalecendo a higiene da cidade e as coletas feitas por pessoas que se per-
mite ganhar a vida limpando a ruas sendo essas pessoas conhecidas como catadores, que trocam seu peso do material coletado por dinheiro.
Figuras 41 — Gráfico de Abastecimento/Energia/Lixo Figura 40 — Gráfico de Banheiro com uso exclusivo
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
Fonte: IBGE 2019 retirado de https://www.ibge.gov.br/
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5.0 REFERÊNCIAL SUMÁRIO PROJETUAL
BAR SARAU
Projeto Bar Sarau, localizado em São Paulo – SP, é de um grupo de arquitetos brasileiros, chamado Basines Arquitetios Associados, sendo eles José Ricardo Basiches e Ronaldo Shinohara, sendo a sua construção no ano de 2015. A referência projetual do bar chama atenção por seu
programa, não é apenas um bar qualquer, ele traz mistura de espaços, organizando-o e sonorizando-o de maneira que se interligam e criam um conjunto eficiente. Sendo divido entre restaurante, pista de dança e terraço que fecha o projeto e adequa toda cobertura para promover um espaço de aconchego, com muita modernidade, o bar sarau traz muita iluminação, com um estilo rustico mas chique ele se torna uma das grandes referencias da cidade de São Paulo.
Figura 42 — Implantação do projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados
70
37
O bar segue uma linha moderna, contextualizando
SUMÁRIO
como o seu maior forte os diferentes ambientes, sendo uma bar linear, o projeto prevalece conforto e muita autenticidade, com integração do interno com o e externo, permitindo muita luz natural. Visando essa troca de ambientes conforme o seu usuário tem necessidade, mantendo no seu térreo um bar com drinks e área de integração, com poltronas de misturas de estilos, criando lugares versáteis e descontraídos sendo esses lugares a referência para projetos.
Figura 43 - Colagem de fotografia projeto Bar Sarrau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/ sarau-basiches-arquitetos-associados
Figura 45 — Planta Baixa do Térreo projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados
Figura 44 - Colagem de fotografia projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/
REFERÊNCIA PARA PROJETO
70 38
SUMÁRIO
O primeiro pavimento traz a ideia do mezanino, criando um pé direito duplo, mantendo um espaço de integração, com uma pegada mais interativa, onde seus frequentadores permaneça da forma que se sentirem confortáveis, passando uma ideia de hall de descanso, lugar para relaxar com diversão ao longo do uso., usando muitas cores, esse mezanino dispões se sofás com layout despojado, sem muita organização.
Figura 46 — Colagem de fotografia projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/ br/787528/sarau-basiches-arquitetos-associados
Figura 47 — Planta Baixa Primeiro Pavimento projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados
REFERÊNCIA PARA PROJETO
70
39
SUMÁRIO
O segundo pavimento evidenciando a cobertura em que
deixa um espaço separado dos os pavimentos, promovendo sensação de restrito e mantendo uma paisagem, conforto para quem procura mais tranquilidade. Com um sistema de rooftop para garantir uma contemplação do seu uso, mantendo a ideia do projeto da integração do interno com o externo, no caso da cobertura sendo retrátil , podendo ser utilizado em dias de chuva ou calor.
Figura 49 — Colagem de fotografia projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/sarau-
Os bancos localizados no pavimento tem a ideia de descanso, sendo lineares e em formato de escada, seu revestimento com grama artificial traz a área verde para o projeto, mantendo o contato do usuário com a natureza sendo iluminado por luzes de tons ambientes, nada que agride a tranquilidade que quer deseja der passado.
LEGENDA 1—TÉRRO
3
2—1º PAVIMENTO 3—2º PAVIMENTO
2
1
Figura 50 — Corte projeto Bar Sarau Figura 48 — Planta Baixa 2º pavimento projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/ br/787528/sarau-basiches-arquitetos-associados
Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados REFERÊNCIA PARA PROJETO
7040
SUMÁRIO REVESTIMENTO CIMENTÍCIO
VIDROS Luz Artificial Figura 51 — Fachada projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados
O bar localizado de esquina tem sua fachada que chama atenção pelo seu contraste, o tom de preto iluminado com luzes traz o acabamento para o lugar, compondo toda volumetria pensada para o projeto, sendo seu
forte a mistura do revestimento cimentício o janela linear toda envidraçada, sendo referência de elementos que podem vim a compor o ambiente .
Figura 53 — Colagem da fachada projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https:// www.archdaily.com.br/br/787528/sarau-basichesarquitetos-associados
Figura 52 — Fachada projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/saraubasiches-arquitetos-associados
Figura 54 — Colagem da fachada projeto Bar Sarau Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/787528/ REFERÊNCIA PARA PROJETO
70
41
SUMÁRIO
CLUB HOT BAR — Casa de Swing e Balada Liberal
O projeto é constituído pelos arquitetos Guto Requema e Alexandra Nino, localizado nas ruas de São Paulo – SP, o grande designer que traz o encanto a década de 70 com a mistura da cultura underground, sendo um edifício abandonado a mais de duas décadas no centro de São Paulo, tendo com a sua história perdida com o tempo assim o projeto deu um novo uso ao lugar, valorizando a área.
Figura 55 — Implantação moficado pelo autor—Bar Hot Hot
Fonte: ,Google Maps retirado de https://www.google.com/maps/place/ R.+Santo+Ant%C3%B4nio,+570+-+Bela+Vista,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+01313000/@-23.5512967,-46.6439263,3a,75y,7h,103.41t/data=!3m6!1e1!3m4! 1sRlYcCJ6Vd2a4l1j4lDKmVA!2e0!7i13312!8i6656!4m5!3m4!
70
42
SUMÁRIO Baseado nos clubes de sexo em Berlim, ele tem uma ca-
Mas tudo se começa partir de sua fachada, mantendo a
racterística mais erótica, o uso de cores fortes e referências
degradação do tempo, é decidido que ela se manteria da mes-
que tragam sensualidade ao local, também trazendo a cartela
ma forma, nada seria mexido, muito menos mudado, manten-
de cores dos anos 70, sendo eles o tom cereja, azul, preto e o
do a identidade do lugar e superando expetativas no seu interi-
verde oliva, compondo uma tabela de cores alegres, compondo
or.
a ambiente logo com a sua mistura no hall de entrada.
Figura 57 — Fachada Bar Hot Hot Fonte: ,Google Maps retirado de https://www.google.com/maps/place/ R.+Santo+Ant%C3%B4nio,+570+-+Bela+Vista,+S%C3%A3o+Paulo+-+SP,+01313000/@-23.5512967,-46.6439263,3a,75y,7h,103.41t/data=!3m6!1e1!3m4! 1sRlYcCJ6Vd2a4l1j4lDKmVA!2e0!7i13312!8i6656!4m5!3m4!
Tudo pensando para o próprio projeto, o programa contem, pista de dança, banheiros masculino e feminino, bar de drinks, corredores de mais reservados, sendo ambientes esses com alta tecnologia, assim constitui cada detalhe elaborado, desde da sua entrada até mesmo nos Figura 56 — Colagem projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/ br/01-9483/clube-hot-hot-estudio-guto-requena
banheiros, mexendo exatamente com o sensorial de cada pessoa que
frequenta cada ambiente.
REFERÊNCIA PARA PROJETO
70 43
SUMÁRIO
O Club Hot Hot se concretiza como um projeto libidinoso, com suas cores, sua musica, seus estilo, convida seus frequentadores entrarem na brincadeira do mistério, podendo atiçar a curiosidade de se entregar a mais as essas sensações.
Figura 59 — Colagem projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/019483/clube-hot-hot-estudio-guto-requena
Figura 58 — Colagem projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/01-9483/ clube-hot-hot-estudio-guto-requena
Mesmo com tudo organizado em prol a sensações, o projeto traz em seu revestimento com papel de parede no tom vermelho e preto, deixando o primeiro pavimento todo revestido, promovendo um corredor com muita personalidade, mas deixando a originalidade do lugar a vista em alguns postos, principalmente quando se trata de ornamentos
Figura 60 — Colagem projeto Bar Hot Hot
REFERÊNCIA PARA PROJETO
Fonte: Archdaily , retirado de https:// www.archdaily.com.br/br/01-9483/clube-hot-hotestudio-guto-requena
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44
SUMÁRIO
Área Vip
Banheiros
Cozinha
Loung
Dj
Circulação
Com dois pavimentos o programa se compoe por vários locais, locais esse que se interligam para que a surpresa ao entrar e frequentar o lugar de traga boas lembranças e surpresas.
Pista de Dança
Administração
Bar
Figura 61 — Planta Baixa Térreo projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/01-9483/clube-hot-hot-estudio-guto-requena
Figura 62 — Planta Baixa Primeiro Pavimento projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/01-9483/clube-hot-hot-estudio-guto-requena
70 45
O corte do club mostra com detalhes a disposição dos pa-
Dance Floor/Pista de Dança
vimentos, observando que seus pilares se mantem alinhados, por ser um prédio antigo o que tende algumas paredes ou pila-
Lounge/Pavimento Superior
res estarem fora de eixo. Sendo esses pavimentos exatamente iguais porem com o novo uso foi possível dar funcionalidades diferentes a eles, dividindo seu térreo para a posta de dança e seu superior área de convivência, sendo mais privada.
Figura 63 — Corte projeto Bar Hot Hot Fonte: Archdaily , retirado de https://www.archdaily.com.br/br/01-9483/clube-hot-hot-estudio-guto-requena
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MOTEL URBANO SUMÁRIO
O motel urbano morro da lagoa, localizado no Jardim de Alah, uma área valorizada por ser a ligação do Leblon com Ipanema, se dado em frente a lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, é o 2º ganhador do concurso Projetar.Org, o projeto foi organizado e produzido por um grupo de estudante das Universidade Estadual de Campina - UNICAMP, sendo eles Walter Gagliardi Neto, Thais
Bernasconi Jardim, Jessica Lie Sakamoto, Beatriz Lins de Oliveira, Rafael Della Coletta Breda.
Figura 64 — Implantação moficado pelo autor— Motel Urbano Fonte: ,Google Maps retirado de https://www.google.com/search? sxsrf=ACYBGNRVxs2SbnzWjwOUKZ2d1DQWWqwtqQ:1572581678181&q=jardim+do+alah+rj&npsic =0&rflfq=1&rlha=0&rllag=-22983598,43215843,0&tbm=lcl&ved=2ahUKEwjdsbuik8jlAhUfHbkGHUd8D0YQtgN6BAgKEAQ&tbs=lrf:!2m1! 1e2!3sIAE,lf:1,lf_ui:1&rldoc=1#rlfi=hd:;si:,-22.98347518653051,-43.21688515756841;mv:[[22.981987889454714,-43.20910752379416],[-22.986264676653818,-43.21925700270651],null,[22.9841262999797,-43.214182263250336],17]
70
47
SUMÁRIO
O projeto traz a questão do relacionamento da praça com a rua, criando espaços no seu térreo que possa haver uso publico. Mantendo um restaurante nesse térreo, onde que os seus frequentadores tivessem a relação de liberdade com a praça, sendo um restaurante para todos os tipos de gosto.
Figura 65 — Implantação moficado pelo autor— Motel Urbano
Figura 66 — Planta Baica 1º pavimento e 2º pavimento
Fonte: Projeto.Org retirado de http://cdn.projetar.org/ arquivos/769b6172a9975bece59407d10fcfe9d2.jpg
moficado pelo autor— Motel Urbano
O edifico proposto agrega a uma originalidade ao lugar, valorizando ainda mais a área que e quadra, mantendo a sua ligação direta. Sua circulação, segue de forma em que funcionários e clientes são se encontrem, mantendo total descrição, sendo dividas em níveis ou em passagens que não se cruzam, chegando as suítes diversificadas para grupos e individual, com suítes acessíveis para abranger todo tipo de classe.
Fonte: Projeto.Org retirado de http://cdn.projetar.org/ arquivos/769b6172a9975bece59407d10fcfe9d2.jpg
Assim não havendo a ideia de apenas uma boate ou casa de show que transparece o turismo sexual e em seu pavimento superior, existência do motel que tem como finalidade para hospedagem ou apenas para fins sexuais, sendo como referência a disposição se deu layout, percebendo que contem exatamente o necessário para que o programa de quartos, restaurantes, banheiros, funcionem dentro do projeto pensado.
REFERÊNCIA PARA PROJETO
70 48
Figura 67 — Fachada e Corte moficado pelo autor— Motel Urbano Fonte: Projeto.Org retirado de http://cdn.projetar.org arquivos/769b6172a9975bece59407d10fcfe9d2.jpg
Seu designer segue a linha moderna, sendo de uma fachada com matérias de tons claros, sendo usado o cinza espacial, con-
Figura 68 — Colagem — Motel Urbano Fonte: Projeto.Org retirado de http://cdn.projetar.org arquivos/769b6172a9975bece59407d10fcfe9d2.jpg
versando com o seu entrono, sendo o mesmo a praça que traz tantas propostas de vegetação, assim é uma maneira que chame atenção para o monumento. Os quartos do mesmo, tem como proposta as escolhas, seja de uma cama de casal ou solteiro, banheiro apenas com chuveiro e necessidades ou banheiros que tenha mais agregados, como uma banheira, trazendo a referencia de conforto e opção de escolha conforme a necessidade do usuário .
Figura 69 — Colagem — Motel Urbano REFERÊNCIA PARA PROJETO
Fonte: Projeto.Org retirado de http://cdn.projetar.org arquivos/769b6172a9975bece59407d10fcfe9d2.jpg
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6.0 SUMÁRIO ESTUDO PRELIMINAR
CONCEITO
O conceito se distingue em cima da passagem do
tempo, o uso do passado e presente. No passado o uso do Hotel Brasil era para pessoas que permaneciam por pouco tempo, sendo um lugar de passagem com uma diversidade de mudanças em seus hospedes diariamente. Assim com o novo se mantem essa relação com o passado, o fluxo de pessoas e essa troca diariamente se mantem, com outras sensações, outros objetivos porem com as mesma diversidade que pessoas no dia a dia, comtemplando também a moradia no segundo pavimento, trazendo uma nova identidade para o local, promovendo mudanças de um velho para um novo hoje em dia.
PARTIDO Partido tem objetivo de fazer esse velho para um no-
vo, acontecer, caracterizando não apenas o espaço usado, mas também seu entorno. Partindo assim da diretriz viária que tem as mudanças necessárias para que seu entorno adeque ao lugar projetado, sendo elas, segurança, iluminação, estrutura viária, sendo essas mudanças não apenas para o projeto mas para o frequentador da área diariamente.
Assim o programa é pensado em cima do tema estudado e suas necessidades é produzindo áreas de passagens e área de moradia, podendo também ser passageira conforme o usuário for sentindo a necessidade de deixar o local e permitindo a entrada de outra pessoa.
Figura — Segundo Pavimento, Hotel Brasil— Antes apenas Hotel de passagem
Figura — Segundo Pavimento, Hotel Brasil— Atualmente sendo para moradia
Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto
Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto
Sem Escala
Sem Escala
70
50
DIRETRIZ DE PROJETO
A diretriz de projeto consciente em melhorias
MELHORIAS DA ESTRUTURA VIÁRIA
INSTALAÇÃO DE RAMPAS DE ACESSO
em seu entorno, como o novo uso do lugar traz
INSTALAÇÃO DE BARRA DE APOIO
movimentação para a área do quadrilátero central
MELHORIA DE CIRCULAÇÃO EM CALÇADAS
é pensado também em melhorais que trazem be-
FAICHAS DE PEDESTRE EM TODAS AS ESQUINAS
nefícios não apenas para os frequentadores do local, mas para quem passaria por ali frequentemente.
MELHORIA DA ILUMINAÇÃO
REPARO DOS NOVOS POSTES EXISTENTE COM A COLICAÇÃO DE LAMPADAS MAIS CLARAS
Dessa maneira o uso pede uma segurança de qualidade, a esturra viária confortável para uso, principalmente em questão de calçadas, ilumina-
INSTALAÇÃO DE NOVOS POSTES
ção por ser uma região escura a noite, sujeira que
INSTALAÇÃO DE LATAS DE LIXO EM TOODO ENTORNO
por muitas vezes desce para o ribeirão e acaba
COLETA DOS LIXOS DIÁRIAMENTE
prejudicando em dias de chuvas , causando inun-
MELHORIA DA SUJEIRA
MELHORIA DA SEGURANÇA
dação do local e melhoria da fachada do prédio
INSTALAÇÃO DE CAMERAS SEGURANÇAS NA ÁREA
existente, voltando a dar vida a um prédio que carrega uma das historias da cidade mas com um novo uso.
MELHORIA DA ÁREA DE INTERVENSÃO
RESTAUTO DO REVESTIMENTO EXTERNO RESTAURO DE PORTAS E JANELAS
51
PROGRAMA DE NESCESSIDADE
TÉRREO O programa se compõe a partir da necessidade do projeto, porém respeitando o espa-
PRIMEIRO
SEGUNDO
PAVIMENTO
PAVIMENTO
HALL DE ENTRADA QUARTOS
QUARTOS
partir de seus pavimentos cada localização
CAIXA
BANHEIROS
BANHEIRO
que fosse necessária para que ficasse confor-
COZINHA
ALMOXERIFADO
COZINHA
BAR DE DRINKS
SALA DE POKER
SALA DE TV
BAR
ROUPEIRO
ço do prédio existente, podendo distribui a
tável para quem frequentasse e trabalhasse no local. Assim foi distribuído em vinte e cinco setores para que um se ligassem ao outro,
BANHEIRO MASCU-
podendo condicionar o usuário para a área que ele mais prefere, valorizando vários usos conforme o momento que a pessoas gostaria de estar.
BANHEIRO FEMINIBANHEIRO PNE HALL DE DESCANSO PISTA DE DANÇA CABINE DE SOM
CABINE DE SEGUSALA PRIVADA DESPENSA DE BEDESPENSA DE COLAVANDERIA
52
FLUXOGRAMA
HOTEL BRASIL
HALL DE ENTRADA
CAIXA
BAR
PISTA DE
SALA RESERVADA
DANÇA
MASSAGEM
QUARTOS POKER
COZINHA
BANHEIRO
CIRCULAÇÃO
QUARTOS SALA
COZINHA
BANHEIROS 53
IMPLANTAÇÃO
ACESSO
A implantação tende a mostrar a área em uma visão geral, mostrando seu entorno mais próximo, assim observando seus acessos para o interior do local e os equipamentos urbanos mais próximos, permitindo uma leitura de área eficiente.
1 HOTEL BRASIL 2 RIO RIBEIRÃO 3 RODIVIÁRIA 4 CROQUI
2
1
4
3 Figura 70 — Implantação, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado do mapa viário de Ribeirão Preto Sem Escala
54
SETORIZAÇÃO DE PROJETO
O projeto de requalificação tem como objetivo em dar um novo uso a área, assim sendo setorizado conforme suas necessidades. Seu térreo forma um local com vários ambientes, acon-
COZINHA
BAR DE DRINKS
BANHEIRO F/M/PNE
CABINE DE SOM
HALL DE DESCNASO
CABINE DE SEGURANÇA
PISTA DE DANÇA
SALA PRIVATIVA
HALL DE ENTRADA
DEPÓSITO
CAIXA
LAVANDERIA
tecendo já no hall de entrada que será um local de espera ou que já mostre a identidade do ambiente, logo tem o caixa pa-
ra acertos durante o uso, bar drinks que atende a necessidade do publico tratando-se de bebida alcoólica, banheiros femininos, masculino e PNE, sendo que o lugar para todos os públicos, cozinha que atende a parte da gastronomia, hall de descanso ou conversas Pista de dança com todos os estilos de musicas, cabine de segurança, cabine de som, sala privativa para quem quiser
BAR
algo mais reservado mas por perto do ambiente da balada, depósitos que se ligam direto a cozinha e lavanderia que é utilizada pela moradoras.
Figura 71— Térreo, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
55
O primeiro pavimento ele é todo utilizado para serviços, utilizando a planta existente, foi possível setorizar seus ambientes sem muita modificação na estrutura assim proje-
BANHEIROS QUARTOS
tando banheiros e quartos que se unem, sendo um de cada maneira, podendo direcionar seu layout conforme o tamanho
ALMOXERIFADO
que cada um,
Utilizando também área em baixo da escada como almoxarifados, que guardam utensílios de limpeza, um dos ambientes é roupeiro, que se pode guardar roupas de cama utilizadas e fazer suas trocas com mais facilidade, sala de poker que
SALA DE POKER ROUPEIRO SALA DE MASSAGEM
fica ligado a varanda do andar e as salas de massagem, para um novo uso além dos quartos.
Figura 72 — Primeiro Pavimento, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
56
O segundo pavimento tem como objetivo servir de moradia para as mulheres que trabalham no local, usando a es-
BANHEIROS QUARTOS
trutura do prédio existente é subdividido em quartos que abrigam de uma a duas moradoras por quarto, sendo em um total
COZINHA
de 36 pessoas.
Pensando na integração entre elas, é criado uma sala de TV que pode ser utilizado a vontade, banheiro conjunto e uma cozinha, tudo para que não precise ter acesso aos outros
ALMOXERIFADO SALA DE TV
pavimentos em dias de descanso, existindo também nesse pavimento o almoxarifado para guardar utensílios de limpeza.
Figura 73 — Segundo Pavimento, Hotel Brasil
Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
57
CIRCULAÇÃO DE PROJETO
Em todos os pavimentos a sua circulação é mantida verticalmente por escada e elevador, localizado bem na entrada do edifício, sendo a escada restaurada mantendo revestimento original e o elevador, sendo colocado uma novo mas mantendo sua porta de grade dos anos 1970 como um detalhe histórico.
CIRCULAÇÃO DE ENTEADA/SAÍDA CIRCULAÇÃO DE IDA/VOLTA CIRCULAÇÃO DE VERTICAL
Mas com a existência de corredores, entrada e saída que mantem um fluxo natural de ida e volta e ao longo do projeto novas circulações vão começar a surgir naturalmente junto com a necessidade do programa.
Figura 74 — Térreo, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
58
CIRCULAÇÃO DE IDA/VOLTA CIRCULAÇÃO DE VERTICAL
Figura — Primeiro Pavimento, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
Figura 75 —Segundo Pavimento, Hotel Brasil Fonte: Documentos retirado pessoalmente do Arquivo Público Ribeirão Preto Sem Escala
59
VOLUME
Sendo um prédio existente, o modelo traz nitidamente o espaço que ele ocupado na área, sendo um dos que na ocupação do solo entra na faixa de 2 a 3 pavimentos da área do seu entorno, tem sua extensão linear voltada para o fundo de outro lote. Assim as imagens mostram três horários, as 8:00h da manhã, com sua face principal toda coberta, ao 12:00h que o volume fica inteiro no sol e as 17:00h da tarde que mostra apenas a face principal voltada para o fim de tarde, sendo sua variação de sombras ao longo dos dias sendo de inverno ou verão.
Figura 76 —Volume Hotel Brasil as 17:00h
Figura 77 —Volume Hotel Brasil as 08:00h
Figura 80 —Volume Hotel Brasil a 12:-00h
60
Seus andares é dividido em três, térreo que tem as áreas comuns de uso conforme o programa, primeiro pavimento com os quartos sendo uma área mais reservada e segundo pavimento que consciente na moradia de seus usuários.
TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO SEGUNDO PAVIMENTO
Figura 81 —Volume Térreo, Primeiro Pavimento e Segundo Pavimento, Hotel Brasil,
61
7.0 PROJETO
AV. JERÔNIMO GONÇALVEZ
RUA GENERAL OSÓRIO - LIGAÇÃO AO CALÇADÃO
HOTEL BRASIL - ÁREA DE INTERVENÇÃO
ARQUITETURA E URBANISMO IMPLANTAÇÃO 0
50
100
NOME:
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI
201501261967
CONTEÚDO:
IMPLANTAÇÃO ESCALA:
DATA:
21/11/2019
FOLHA:
62
Lavanderia
Depósito de Bebidas
Quarto Depósito de Comidas
Limpeza
Quarto
WC Masculino
Almoxerifado
Quarto
Cozinha Sala Reservada
Cabine de Segurança WC Feminino
Quarto Cabine de som
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Almoxerifado
Corredor
Cozinha
Quarto
Bar Hall de Descanso
Sala de TV
Bar Drinks Hall de Entrada
Pista de Dança
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto Banheiro
Ármarios
Ármarios
Ármarios Ármarios
Caixa
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
PLANTA BAIXA TÉRREO ESCALA: 1/250
Quarto Banheiro Banheiro
Quarto
A CONSTRUIR Quarto
Banheiro Banheiro
Banheiro
Banheiro
Banheiro
Banheiro Banheiro
A DEMOLIR
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Banheiro
Quarto Roupeiro
Almoxerifado
PAREDES DE ALVENARIA
Banheiro
Banheiro
Banheiro
Quarto
Quarto Banheiro
Banheiro
Quarto
Banheiro
Quarto
Sala de Massagem
Banheiro Banheiro
Sala de Massagem
Quarto
Banheiro
PAREDE DE DRYWALL
ARQUITETURA E URBANISMO
Quarto NOME:
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI
201501261967
CONTEÚDO:
PLANTA BAIXA - A DEMOLIR E CONSTRUIR PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
FOLHA:
ESCALA:
DATA:
21/11/2019
1:250
63
C
B
Lavanderia
Quarto Depósito de Bebidas
C
B
PAREDE DE DRYWALL EM TODAS AS DIVISORIAS DE BANHEIROS
Quarto
Depósito de Comidas
Almoxerifado
Quarto Limpeza A
WC Masculino
Cozinha
Sala Reservada Banheiro PNE F/M
A
A Quarto
Cabine de Segurança
Quarto
WC Feminino
A
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Almoxerifado
A
Cabine de som
Cozinha
Quarto Corredor
PAREDE DE DRYWALL EM TODAS AS DIVIORIAS DE BANHEIROS
Palco
Sala de TV
Bar
Quarto
Hall de Descanso
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto Banheiro
Bar Drinks Hall de Entrada
Ármarios
Pista de Dança
Ármarios
Ármarios Ármarios
Caixa
B
C
C
C
B
PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
PLANTA BAIXA TÉRREO ESCALA: 1/250
COBERTURA DE MADEIRA, INCLINAÇÃO 30% B
Quarto Banheiro Banheiro -0.05 -0.05
Quarto
Quarto
Banheiro Quarto Banheiro Banheiro
Banheiro
-0.05
Banheiro
Banheiro Banheiro
A
A Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Quarto
Banheiro
Quarto Roupeiro
Almoxerifado
Banheiro
-0.05
Banheiro
-0.05
Banheiro
Quarto
Quarto
Quarto Banheiro -0.05
Banheiro
Quarto Sala de Massagem
Banheiro Banheiro
Sala de Massagem
Quarto
Banheiro
Quarto
ARQUITETURA E URBANISMO
Banheiro -0.05
NOME:
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI
201501261967
CONTEÚDO:
C
B
PLANTA BAIXA 1º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
ABERTURAS COM REFORÇO DE ESTRUTURA METÁLICA
COBERTURA PLANTA DE COBERTURA ESCALA: 1/250
PLANTAS BAIXAS FOLHA:
ESCALA:
DATA:
21/11/2019
1/250
63
16
26
15
26
13
13
26
14
12
17 10
11
09
26
26 08
13
26
26
26
26
26
26
26
26 25 04
07 05
06
23
26
26
26
26
26
26
26
26
-0.05
-0.05
-0.05
-0.05
-0.05
-0.05
24
01
03 02 PLANTA BAIXA LAYOUT - 2º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
PLANTA BAIXA LAYOUT - TÉRREO ESCALA: 1/250
TABELA DE AMBIENTES
19
18
-0.05 -0.05
19
18 18 -0.05
19
19
-0.05
-0.05
19
18
18 18
19
18
19
-0.05
-0.05
19
19
18
-0.05
18
18
22
19
13
18
19
-0.05
-0.05
19 21
20
-0.05
-0.05
19
18
18
18 19 -0.05
19
19
20
18
18
01- HALL DE ENTRADA 02 - CAIXA 03 - BAR DE DRINKS 04 - BAR 05 - HALL DE DESCANSO 06 - PISTA DE DANÇA 07 - PALCO 08 - CABINE DE SOM 09 - CABINE DE SEGURANÇA 10 - BANHEIRO PNE M/F 11 - BANHEIRO FEMININO 12 - BANHEIRO MASCULINO 13 - ALMOXERIFADO 14 - COZINHA 15 - DEPÓSITO 16 - LAVANDERIA 17- SALA RESERVADA
18 - QUARTO PARA TRABALHO 19 - BANHEIRO 20 - SALA DE MASSAGEM 21 - SALA DE POKER 22 - ROUPEIRO 23 - SALA DE TV 24 - BANHEIRO COMUNITÁRIO PARA MULHERES 25 - COZINHA 26 - QUARTO PARA MORADIA
18 19
-0.05
19 19
-0.05
ARQUITETURA E URBANISMO NOME:
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI PLANTA BAIXA LAYOUT - 1º PAVIMENTO ESCALA: 1/250
201501261967
CONTEÚDO:
PLANTAS BAIXAS DE LAYOUT FOLHA:
ESCALA:
DATA:
21/11/2019
1:250
63
+3.00
+3.00
00
CORTE AA Escala: 1:150
+3.00
+3.00
+3.00
+3.00
00
00
ARQUITETURA E URBANISMO NOME:
CORTE BB Escala: 1:150
CORTE CC Escala: 1:150
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI
201501261967
CONTEÚDO:
CORTES FOLHA:
ESCALA:
DATA:
21/11/2019
1:150
64
ELEVAÇÃO LATERAL 01 ESCALA: 1/150
ELEVAÇÃO FRONTAL ESCALA: 1/150
ELEVAÇÃO LATERAL 02 ESCALA: 1/150
ELEVAÇÃO LATERAL 03 ESCALA: 1/150
ARQUITETURA E URBANISMO NOME:
MATRÍCULA:
LOHAYNE POLTRONIERI
201501261967
CONTEÚDO:
ELEVAÇÕES FOLHA:
ESCALA:
DATA:
21/11/2019
1:150
65
IMAGENS - TÉRREO
Figura 82 — Hall de Entrada Fonte: Autoral
Figura 83 — Hall de Entrada Fonte: Autoral
65
Figura 84 — Bar
Fonte: Autoral
Figura 85 — Bar e Bar Drinks Fonte: Autoral
66
Figura 86 — Pista de dança Fonte: Autoral
Figura 87 — Pista de dança Fonte: Autoral
67
IMAGENS - 1º PAVIMENTO
Figura 88 — Uma tipologia de quarto para uso de trabalhos Fonte: Autoral
Figura 89 — Uma tipologia de banheiro para uso de trabalhos Fonte: Autoral
68
Figura 90 — Uma tipologia de quarto para uso de trabalhos Fonte: Autoral
Figura 91 — Uma tipologia de banheiro para uso de trabalhos Fonte: Autoral
69
Figura 92 — Sala de Poker Fonte: Autoral
70
IMAGENS - 2º PAVIMENTO
Figura 93 — Sala de TV Fonte: Autoral
Figura 94 — Quarto para moradia Fonte: Autoral
71
Figura 94 — Banheiro Fonte: Autoral
Figura 94 — Banheiro Fonte: Autoral
72
8.0 MEMORIAL SUMÁRIO
DESCRITIVO DE MATERIALIDADE
Material usado na concepção do projeto traz qualidade para o programa, usando materiais que não agridem a estrutura do local podendo ser retiradas a qualquer momento e voltando a originalidade atual. Sendo eles: - MADEIRA - para o restauro de portas, janelas, escada, prevendo chegar mais próximo do original, com ornamentos.
Figura 96 — Pintura Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
- FÉRRO: r estaur o de or namentos em janelas e portas Figura 95 — Painel de Madeira Fonte: Google Imagens retiradado de https://www.google.com.br/
- PINTURA - usar tinta da mesma cor que a fachada para a revitalização e tinta branca na sua parte interna para finalizar detalhes.
Figura 97 — Ornamentos de Ferro Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
70
73
- LADRILHO: r estaur ar pisos que se per der am e melhorar sua visualização, sendo limpo, encerado e colocado em áreas molhadas.
Figura 102 — Ladrilho Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
- MÁRMORE: uso de már mor e par a compor vários ambiente, principalmente os banheiros e trazer um estilo mais sofisticado.
- PAPEL DE PAREDE: uso de papel par ede nos nos ambientes, em tons quentes que tragam a identidade do local.
Figura 104 — Iluminação Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
ILUMINAÇÃPO: .é usado vár ios tipos de iluminação par a compor os ambientes, sendo as de led, spot, luz florescente de balada, luz branca, arandelas, pendentes, tudo que deixe o lugar iluminado com um toque descontraído em cada setor.
Figura 103 — Mármore Fonte: Google Imagens retirada do de https://www.google.com.br/
Figura 105 — Iluminação Fonte: Google Imagens retirada do de https://www.google.com.br/
74
- VIDRO: r estaur o de todos os vidr os que se per deram durante o tempo com a degradação.
- PAREDE DE DRyWALL: os fechamos das par edes e divisórias serão feitas com paredes drywall, porque dessa forma não faz um sobrepeso na laje.
Figura 108 — Parede de Drywall Figura 106 — Vidros
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
- PEÇAS DE LOUÇAS: colação de peças de louça nas áreas molhadas, sendo, pias, sanitários com caixa acoplada, banheiras , mictórios.
- ELEVADOR: é colocado elevador moder no no lugar do antigo, para acesso vertical.
Figura 107 — Louças de área molhada
Figura 109 — Elevador
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
75
- ISOLAMENTO ACUSTICO: é r evestido as par edes da pista de dança com acústico por conta do volume de som, dessa maneira não atrapalha suas proximidades.
- REFORÇO METALICO TRELIÇADA: colocado vigas metálicas 3/8 nas aberturas para sustentação da alvenaria, sem comprometer a estrutura do prédio.
Figura 112 — Viga Metálica Treliçada Figura 110 — Isolamento Acústico
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
- ESTRUTURAL METÁLICA PARA PALCO: é montado a estrutura metálica que da forma ao palco, onde tocara dj’s, bandas e afins de todos estilos de musica.
- PORTA DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA: é colocado as portas maiores nas duas saídas de emergência, que por ser um estabelecimento é seguido conforme as leis dos bombeiros.
Figura 111 — Estrutura Metálica para Palco
Figura 113 — Porta de Saída de Emergência
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
Fonte: Google Imagens retirada de https://www.google.com.br/
76
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
Localizado na cidade de Ribeirão Preto entre a avenida Jerônimo Gonçalves uma das avenidas principais da cidade que delimita o quadrilátero central e margeia o “Ribeirão” e a Rua General Osório que se liga ao calçadão, no centro da cidade. A área tem seu valor histórico, por estar localizado nas principais ruas e onde tudo começou, ela se torna um patrimônio histórico hoje em dia, conhecida como Hotel Brasil, um edifício de três pavimentos construído na década de noventa. Conhecida também como a baixada de Ribeirão Preto o lugar tem seu lado positivo e negativo, em seu entorno tem equipamentos urbanos como, rodoviárias, terminal, ubds, praça, escolas e pontos de ônibus, esses equipamentos traz movimento diário na área porem também tem a existência de muitos comércios, sendo um deles o mercadão municipal que move muitos fornecedores e compradores para o lugar então no dia a dia tem a existência de muitas pessoas porém durante a noite se torna vazio, prejudicando e causando medo para que passa por ali em um horário mais avançado, por ter a iluminação precária e roubo.
Figura 114 — Rua General Osório Fonte: Google Imagens retirado de https://www.google.com.br/
Mas no local acontece a venda do corpo, prostituição, levando pessoas que buscam o serviço a irem até lá e pagarem pelo mesmo, porem sem nenhuma segurança ou higiene, acontecendo muitas vezes na rua mesmo, colocando a vida de pessoas em risco, tanto do usuário quanto do trabalhador. Figura 115 — Av. Jerônimo Gonçalves
Fonte: Google Imagens retirado de https://www.google.com.br/
77
Observando esses problemas da área, o projeto é pensado de forma que traga qualidade para o lugar, podendo trazer movimento não apenas durante o dia, mas também durante a noite, visando melhoria de vida para as pessoas que frequentam diariamente o local. Dessa forma, foi utilizado o patrimônio histórico, Hotel Brasil, para trazer essa qualidade de vida e um lugar com segurança, promovendo um projeto que traga a prostituição que acontece em seu entorno mas também traga diversão para o usuário, assim, as pessoas que trabalham podem conviver em um lugar, com moradia e espaço para seu serviço, com limpeza, segurança e com seu ganho próprio, formando assim um sindicato das prostitutas, que tem autonomia e poder de escolha sobre o local
Planejando um programa em que se adapta a rotina que precisaria ter durante o trabalho e moradia do dia a dia, é subdivido em ambientes que se ligam, fazem do lugar agradável, com a ideia que o usuário tenha livre liberdade de ficar no ambiente que ele mais se sinta confortável, desse modo é separado por andares.
Térreo
Primeiro andar
Hall de entrada
Banheiros
Caixa
Quartos
Cozinha
Sala de Massagem
Banheiro Feminino
Almoxarifado
Banheiro Masculino
Roupeiro
Banheiro PNE
Sala de Poker
Segundo andar Banheiro Quartos Almoxarifado Cozinha Sala de TV
Bar Hall de descanso Pista de dança Almoxarifado Depósito de Bebida
Depósito de Comida Sala Reservada Lavanderia 78
No térreo o critério de escolha dos ambientes foi usado em escala crescente de agitação, começando no hall de entrada, depois o bar com cadeiras e mesas, logo em seguida hall de descanso e a pista de dança, tendo sempre os banheiros próximos, sala reservada que se liga diretamente a pista e a cozinha com direito a carga e descarga fácil. O segundo pavimento chama mais atenção pelos quartos de uso para serviço, são quartos dispostos cada um de uma forma, havendo poucos quartos repetidos, mas possibilitando uma cartela de escolha do cliente, porem no projeto foi feito a junção de dois quartos para poder em uma área com espaço de qualidade. E se ultimo e terceiro pavimento tem como objetivo de abrigar essas mulheres que trabalham, usando os quartos que abriga de uma a duas moradoras, cozinha, banheiro e sala de tv conjunta para que tenha comunicação entre elas e não se isolem cada um dentro do seu quarto.
Figura 116 — Fachada doo Hotel Brasil, 1987 Fonte: Arquivo Histórico retirado de Arquivo Histórico Ribeirão Preto
Sempre utilizando a planta baixa existente do local, foi mantido o máximo de paredes possíveis para não prejudicar a estrutura, as que foram retiradas o local teve reforço com treliças metálicas 3/8 que suportam o peso necessário, suas aberturas se manteve a mesma, apenas nas junções dos quartos algumas foram fechadas com parede de dryawall para não haver peso na laje, promovendo um novo uso ao lugar, mas mantendo a qualidade do prédio que hoje em dia esta em ruinas. Sua volumetria fica por conta da originalidade do prédio, apenas havendo revitalização da sua fachada, arrumando ornamentos, portas, vidros e sua pintura, deixando exatamente igual que foi proposto quando ele foi construído.
Figura 117 — Fachada doo Hotel Brasil, atualmente Fonte: Google Imagens retirado de https://www.google.com.br/
79
9.0 BIBLIOGRAFIAS
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80
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