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SOMOS TODOS UM Processo de conscientização sobre o uso responsável do automóvel e o compartilhamento das vias públicas exige mudança de cultura e revisão de hábitos no trânsito.
segurança
comunidade
comportamento
meio ambiente
manutenção
trânsito
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editorial
Magnim iure core minim dunt at lutatu por Ricardo Carvalho Cruz, publisher rcruz@novomeio.com.br
Lesequisit, se vulla con hendipit nisit non
ut auguerilla faccum ilisi. Lestrud ex ex el exer iusci blan ullam zzrit lutatio odio esting eriliquisl ulluptat il utet, si. Ud esectem quiscinci bla feum dolortie velessi bla atis nim do dolumsan ea feugait auguer sim aut doloreet num volesectet loborem in ullamconulla feuip eum dunt nullaorem ilisl iurem zzrilit in vullummod te magna facidui tat nim zzriure ea faccumsan vulla conulla am incil dit aliquipsum zzriusto do dolobore magna consequatem zzrit lummodolore duis endrem il utem vent iuscil etummodo odit 00
pratummy nostrud dolenia mcommy nim quam ipit venim ing eu feuisi tet in vulluptat. Olobor se mincilit adip et, sequat. Ut erosto digna feum et accum dolor sismodigna aliquis dolore volum zzrit ad tat, suscin vel do eugiat ut nim del utem zzriure facil dolesen drerostrud mod te commy nostisim vulput nis autpatisl eugait ad eros dio estrud et, veliquat, quat praesed tat wismodio odo odignit ut incing ex euisl iure commy nulla con ulput wis atet lore molobor autat. Ilismolobore tatis nim nisi. Ommy nisit utpat, sustrud modolob orpero commodi psusci tin ea conummol-
segurança
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boa viagem
PÊ na estrada. Com segurança por Adriana Chaves
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Dirigir na rodovia e no meio urbano requer comportamentos diferentes. Conhecer essas sutilezas ĂŠ o primeiro passo para uma viagem segura
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boa viagem
As estradas e as vias urbanas são cobertas por
asfalto para o tráfego de veículos. A semelhança entre elas termina aí. Universos aparentemente similares no que diz respeito à prática da direção, exigem, no entanto, comportamentos bem diferentes por parte de motoristas, profissionais ou não. Mas nem todos têm consciência disso. O advogado Eduardo Perazza de Medeiros, desde que tirou a carteira de habilitação – há 10 anos – rebatizou a expressão fim de semana para “viagem rumo ao litoral”. Hoje, carrega na mala do carro experiência de uma década pelas estradas brasileiras em direção aos mais variados destinos. Ele faz parte de um seleto grupo de motoristas que entende que dirigir no ambiente urbano tem muito pouco a ver com dirigir nas rodovias, especialmente no que diz respeito à segurança. A primeira vez que Eduardo pegou a estrada ao volante de um carro foi aos 18 anos para ir ao Guarujá (SP). Apesar de tudo ter corrido bem, ele admite que o momento foi “muito tenso”. “Eu não tive medo, mas estava preocupado porque sabia que eram condições diferentes”. Esse receio é natural, segundo o analista de segurança viária do Centro de Experimentações e Segurança Viária (CESVI Brasil), André Horta. “A estrada exige outra forma de condução. Se a pessoa não tem essa experiência ela sente isso já no primeiro momento”. Tá com pressa de quê? Eduardo Medeiros destaca que uma diferença essencial entre ruas e estradas é a velocidade. Ele tem razão. Quem acha que terá cinco segundos para voltar atrás ao tentar mudar de pista está enganado. O carro que se vê no retrovisor e parece tão distante chega em dois segundos e a decisão vacilante pode trazer sérias consequências. A alta velocidade é a maior causadora de acidentes nas rodovias brasileiras. Isso porque o motorista perde parcialmente duas ‘armas’ naturais do homem contra o perigo: o tempo de reação e a visão periférica. Estudo feito pela Escola Superior de Tecnologia de Viseu, de Portugal, relata que o tempo de 00
reação de um motorista pode variar entre meio segundo, no caso das situações mais simples, e três a quatro segundos, nas situações mais complexas, como a decisão de ultrapassar numa via estreita. “Como valores de referência pode-se considerar que, numa situação em que é necessário parar o veículo, o tempo de percepção/ reação é de 2,5 segundos em plena estrada e de 1,5 segundo em zonas urbanas ou de influência urbana”, relata o trabalho. Esse único segundo pode fazer a diferença entre se evitar ou não um acidente. O especialista André Horta lembra que quem está dirigindo a 140 km/h reduz de tal maneira o seu campo visual que só enxerga o que está à frente. “Quem está a 60 km/h vê tudo”, compara. Essa posição também é defendida no estudo português: “Verifica-se que o campo de visão periférico se reduz de 100o quando se circula a 40 km/h para apenas 36 o quando a velocidade é de 100 km/h”. Deixe passar Outro momento que exige muita atenção e responsabilidade por parte do motorista é a ultrapassagem. É uma questão para a qual Medeiros chama especial atenção. Se no perímetro urbano é uma vaidade tola disputar espaço com outro carro, na estrada a tolice vira estupidez. “É importante não querer se impor a outro veículo. Se o outro está vindo rápido, sai da frente e deixa passar”, recomenda. O advogado acrescenta, ainda, que para fazer uma ultrapassagem
Pronto para viagem
é importante saber se o carro responde rapidamente à aceleração ou se demora a ganhar velocidade. “Indo para a Chapada da Diamantina, na Bahia, observei em mais de 10 situações motoristas fazendo loucuras como ultrapassar em lugar proibido ou sem ter velocidade suficiente. Os carros que vinham nos sentido oposto tinham que sair da pista para não bater”. André Horta, do CESVI Brasil, acrescenta que as condições do carro no meio urbano em geral são diferentes daquelas em que se encontra quando usado nas rodovias. Na cidade, normalmente o carro está mais vazio que nas viagens, ocasião em que transporta mais passageiros e a bagagem. Esse fator faz com que o carro necessite de um tempo maior para ganhar velocidade, assim como para ser imobilizado. “Se for preciso frear, o veículo vai demorar mais para parar e isso pode resultar em uma colisão”. Noite e chuva: mais atenção Se dirigir na estrada durante o dia e sob um belo sol já exige atenção e cuidado, à noite e com chuva toda precaução é pouca. Mais uma vez, o cuidadoso motorista Eduardo Perazza de Medeiros recomenda cautela. “Eu mesmo já enfrentei problemas ao viajar com chuva porque é muito fácil perder o controle. Tem de ir mais devagar mesmo e não arriscar”. A recomendação é valiosa, pois, com o piso escorregadio, aumentam as chances
Para pegar uma estrada, é preciso ter certeza de que o carro está em condições de enfrentar esse deslocamento, geralmente longo. A revisão preventiva antes da viagem é fundamental. Não deixe de solicitar a seu mecânico de confiança que dedique especial atenção a itens como: Lubrificante – checar o nível do óleo do motor e o prazo determinado para a troca. Pneus – devem ser trocados quando os sulcos atingirem a profundidade limite de 2,0 mm. Freios – discos e tambores, assim como lonas e pastilhas, devem estar em perfeitas condições. Também é importante verificar o nível do fluido e seu prazo de validade. Refrigeração – medir o nível do líquido refrigerante no reservatório de expansão, checar o estado das mangueiras e o funcionamento da ventoinha. Suspensão – todos os componentes evolvem segurança. É preciso ter atenção ao estado das molas, bem como dos amortecedores, que não podem apresentar vazamento ou ressecamentos. Atenção às bandejas e seus coxins, que sofrem com o mau estado das ruas. Transmissão – avaliar o desgaste da embreagem e nível do óleo da transmissão, quando for o caso. Motor – deve estar funcionando sem falhas, com marcha lenta regular e sem hesitações durante as acelerações.
VIDA Mantenha farol acesso, inclusive durante o dia. Na dúvida, não ultrapasse. Só ultrapasse onde for permitido. Não trafegue em velocidade acima da permitida Lembre-se que, ao passar por um trecho urbano, a velocidade deve ser reduzida. Em caso de cansaço, pare por algumas horas para recuperar as energias. Se bater o sono, não insista. Lavar o rosto ou uma xícara de café não resolverão o problema. Procure um local para dormir e retome a viagem quando estiver descansado. Nas paradas para refeições, priorize uma alimentação leve.
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eu cuido
Apresentadora do canal Glitz, a ex-VJ da MTV Sabrina Pa rlatore tem mecânico de confiança, fica sempre de olho na manutenção e diz que segurança do condutor é primordial
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Responsabilidade, amor e carinho por Perla Rossetti
Atenção
Ela fala com domínio sobre evolução de estilo e
importância do visual, já foi VJ da MTV e apresentadora do programa Vitrine, da TV Cultura, e esse ano deu início a nova fase na carreira, no canal Glitz, de TV por assinatura. Mas mesmo com a agenda a milhão, na hora de cuidar do carro Sabrina Parlatore não pula etapas. É tão dedicada e atenta aos cuidados de manutenção quanto é com seus compromissos profissionais, amigos e família. “Tenho um mecânico de confiança que cuida dos meus carros faz tempo. Acho importante ter alguém que olhe por eles com responsabilidade e carinho, que se preocupe com a segurança das pessoas”, ressalta. A ex-modelo e apresentadora nascida em Campinas (SP) é famosa por suas poses em editoriais, catálogos de moda e comerciais de televisão. Já foi clicada ao lado de grandes personalidades, por mestres da luz como o fotógrafo Luiz Tripolli, mas ultimamente ela tem posado de outro jeito, bem confortável, a bordo de seu Jeep Compass. Desde junho Sabrina é uma “jeeper”. A apresentadora fechou parceria com a montadora do veículo e agora faz seu caminho para o programa Update, onde grava dicas de música e literatura, dirigindo o fora de estrada. “Me apaixonei por ele de imediato! Ainda não precisei de nenhum reparo, pois estou com o carro há apenas dois meses, mas sei que o segredo é gasolina de qualidade, responsabilidade na direção, amor e carinho”, comenta a apresentadora.
Sabrina diz que, no dia-a-dia, os cuidados com o carro são básicos, não dependem do mecânico, mas de uma atenção normal de proprietária de veículo mesmo. “Verifico se os pneus estão calibrados, principalmente se eu for pegar estrada. Olho o nível da água no reservatório e o do óleo também”. E para não correr riscos com combustível adulterado, um mal nas grandes cidades e que além de comprometer o funcionamento do veículo, causa até paradas abruptas que colocam o condutor em risco, ela diz que procura abastecer o tanque em postos de confiança. Por fim, o bem-estar com que se preocupa para manter a excelente forma – física e mental – ela traz para dentro do ve
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meio ambiente
Manter o carro regulado reduz a poluição. Em São Paulo, inspeção ambiental melhorou a qualidade do ar e evitou 1.515 internações por problemas respiratórios em 2011 00
PELO AR QUE RESPIRAMOS por Patrícia Malta de Alencar e Perla Rossetti
Um dos principais desafios da humanidade
neste século é preservar o meio ambiente e reverter danos do passado. No estado de São Paulo, um dos problemas a enfrentar é a poluição atmosférica, em grande parte (97%) causada pelas emissões de gás carbônico emitido por carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus, de acordo com estudo de 2011 da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental). Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, são 12 milhões de habitantes e uma frota normalmente estimada em mais 7 milhões de veículos, número que, no entanto, leva em conta o total de licenciamentos desde o início do século passado e não considera o sucateamento. Na prática, ninguém sabe exatamente quantos veículos circulam pela capital, mas aceita-se algo em torno de 4 milhões. Com esse contingente de carros emitindo gases de escape, a população sofre com as doenças respiratórias. De acordo com a Cetesb, mais de 90% do monóxido de carbono (CO) liberado na atmosfera sai justamente dos escapamentos, o que faz de São Paulo a quinta metrópole mais poluída do mundo. Além do compromisso de cada motorista com o meio ambiente, também cabe ao poder público estabelecer políticas que favoreçam a preservação do ar que respiramos. No Brasil, uma delas é o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar Emitida por Veículos Automotores, que há 26 anos vem estabelecendo normas que, gradativamente,
reduzem a emissão de gases nocivos pelos escapamentos a partir da adoção, por parte das montadoras, de avançadas tecnologias. Desde 1986, o monóxido de carbono (CO) proveniente dos veículos a diesel, por exemplo, diminuiu 87%, enquanto a emissão de hidro carbonetos (HC) caiu 81%, a de óxidos de nitrogênio (NOx), 86%; e a de material particulado (MP), 95%. INSPEÇÃO Uma das mais importantes ferramentas para assegurar que os veículos circulem dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Proconve é a Inspeção Ambiental Veicular. A capital de São Paulo tem hoje um dos programas mais eficientes em operação – ainda que sempre haja pontos a evoluir. A inspeção paulistana foi implantada em 2008 e, no ano seguinte, passou a abranger a totalidade da frota licenciada na cidade. Vista por muitos como uma imposição ou apenas mais um tributo, a inspeção ambiental, na verdade, tem contribuído decisivamente para melhorar a qualidade do ar no maior município brasileiro. De acordo com levantamento do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, há comprovação de melhorias na qualidade do ar e à saúde proporcionadas pela inspeção paulista, benefícios que, inclusive, vão além da capital paulista, estendendo-se a toda a Região Metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios. Em 2011, foram
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inspecionados 3,5 milhões de veículos e, com isso, evitaram-se 1.515 internações hospitalares e 584 mortes por problemas respiratórios e cardiovasculares causados apenas por veículos abastecidos com diesel, o que resultou na economia de mais de R$ 160 milhões ao sistema de saúde na Grande São Paulo. A adesão à obrigatoriedade tem aumentado. De fevereiro deste ano até junho, 949.051 veículos passaram pelos postos da Controlar. Deles, apenas 5,3% foram reprovados. O montante equivale a 20,2% da frota paulistana estimada, sem contar caminhões, já que a verificação deles começou em julho. As inspeções seguem as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para que a frota circulante permaneça regulada e dentro dos padrões adequados de manutenção e, consequentemente, de segurança e preservação da saúde pública. Mantê-los sempre em dia no seu carro é mais do que uma atitude necessária para aprovação na inspeção veicular. É uma questão de respeito à vida. 00
Benefícios reais à saúde Segundo o Dr. Paulo Saldiva, professor coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP, a redução de material particulado na atmosfera diminui a incidência de doenças cardiovasculares e respiratórias, como bronquite e câncer de pulmão. Os veículos movidos a diesel, principalmente caminhões e ônibus, são os maiores responsáveis pela emissão desse material, um poluente que fica suspenso na atmosfera com partículas inaláveis e prejudiciais à saúde, que pode chegar até os brônquios, bronquíolos e alvéolos. “O aumento da poluição e do tempo no trânsito é o maior risco atribuível do infarto do miocárdio”, alerta o especialista. Mas o cenário está mudando graças à inspeção, de acordo com estudo do laboratório. Em 2011, os veículos leves inspecionados na cidade de São Paulo tiveram uma redução de 49% na emissão de monóxido de carbono e de 39% em hidrocarbonetos. No caso das motos, as quedas destas emissões foram de, respectivamente, 34% e 42%.
Emisão em queda Com a Inspeção Ambiental Veicular, a emissão de material particulado só dos motores diesel foi reduzida em 28%, em 2011, ante 13,8% em 2010, queda que salva vidas e evita nternações por problemas respiratórios. Os ganhos resultam também em economia de recursos para a saúde: estima-se que a inspeção ambiental paulistana tenha representado uma redução de R$ 160 milhões em gastos do SUS – Sistema Único de Saúde em 2011. Basta lembrar que, nos dias de maior poluição, o risco de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares aumenta de 12% a 17% na capital paulista, e as internações sobem em até 25%. O problema é tão grave que, em São Paulo, vive-se, em média, um ano e meio a menos do que os habitantes de cidades mais limpas. Por isso, manter o carro regulado e dentro dos padrões de emissões exigidos pela lei é uma atitude necessária para aprovação na inspeção veicular e uma questão de respeito à vida. Para assegurar que os veículos circulem dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar Emitida por Veículos Automotores), que completou 26 anos, a Inspeção Ambiental Veicular na capital São Paulo anualmente os níveis de emissões da frota licenciada na capital. Os carros que poluem além do especificado pelas normas são impedidos de fazer o licenciamento. Com isso, os proprietários de cerca de 3 milhões de veículos dos ciclos Otto (álcool, gasolinas e gás natural) e diesel são levados a cuidar de seu patrimônio para obter a aprovação. E, com isso, também contribuem para a redução das doenças causadas pela poluição do ar. Se a inspeção ambiental atingisse todo os veículos diesel que circulam na Região Metropolitana da cidade salvaria 1.560 vidas e evitaria 4.045 internações, resultando em uma economia de mais de R$ 420 milhões no sistema de saúde, conforme estudo do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP. 00
boa viagem
GUIANDO COM CLASSE por Perla Rossetti
Pista para superesportivos e exposição de clássicos em festivais vintage são algumas das atrações do cobiçado circuito de corridas britânico Goodwood
Para
pilotar superesportivos de alto desempenho e ainda ensinar aos filhos como dirigir com segurança e curtir um clima “revival”, uma opção é conhecer o circuito britânico de corridas construído em 1948 no Goodwood Estate, o lar ancestral dos Duques de Richmond e Gordon. A 64 quilômetros de Londres, o complexo esportivo e de lazer conta com um hotel e opções de entretenimento sobre rodas ou cavalos e uma série de atividades que evocam outros tempos e o charme irresistível dos carros clássicos criados pela geração baby boomers. O breakfast realizado no primeiro domingo do mês no Goodwood Motor Circuit é aberto a hóspedes e visitantes. O evento reúne milhares de apreciadores de carros e motos e este ano comemora o Jubileu de Diamante da Rainha e o aniversário de 50 anos de carros icônicos como o desejável AC Cobra e a Ferrari 250 GTO. O primeiro evento do ano, porém, foi o Pré1973, que exibiu modelos inesquecíveis. 00
HOSPEDAGEM Sem os tratamentos e as diversões do hotel, que são cobrados à parte, a diária custa a partir de 95 libras esterlinas (cerca de R$ 260) e a tabela de experiências no Spa varia de 100 a 300 libras (R$ 274 a R$ 820).
DIVERSÃO PARA TODOS Ninguém fica sem o que fazer em Goodwood. Filhos em idade de tirar a carteira de motorista participam de um programa de direção, o Drivers Mini, que ensina os novatos a bordo de Mini Coopers. Enquanto isso, se os pais querem tentar novas experiências, 60 minutos de voo a bordo da aeronave Harvard IIB, de 1943, custam 745 libras esterlinas (R$ 2 mil). Já a direção para iniciantes tem preço médio de 99 libras (R$ 270) a sessão/aula. A admissão de um automóvel nos eventos Goodwood depende da compra de um bilhete e, apesar da atual inflação no Reino Unido,
Os hóspedes podem levar seus próprios carros ou alugar um a partir de R$ 200 o dia. A propriedade disponibiliza estacionamento gratuito e áreas de paddock na pista de corridas. O briefing com instruções sobre as curvas Fordwater – a mais rápida do circuito –, a Lavant – a mais acentuada – ou a Woodcote Corner, bem como as regras de segurança são passadas na sala Jackie Stewart. Entre os brasileiros que conheceram as curvas de Goodwood estão o CEO da agência de publicidade Neogama BBH, Alexandre Gama, que pilotou um Audi R8 com volante na mão inglesa e um Mercedes AMG. “A pista é rápida, com curvas de alta velocidade bem desenhadas e sem grandes áreas de escape. A entrada do autódromo é o momento em que você alcança a luz no fim do túnel e se sente realmente entrando no paraíso. O dia foi perfeito para quem gosta de carro. Inesquecível, emocionante, mas seguro e
civilizado”. Bruno Senna e Emerson Fittipaldi são frequentadores regulares do Festival de Velocidade de Goodwood, que este ano ocorreu de 28 de junho a 01 de julho. Quem aprecia os modelos antigos também pode programar sua viagem para o Goodwood Revival, de 14 a 16 de setembro. No túnel do tempo, três mil competidores e espectadores se vestem à moda pré 1966 para desfrutar da sensação dos dias tranquilos e românticos do automobilismo de 00
manutenção
ESCOLHA CERTA por Perla Rossetti
Existem parâmetros que destacam as boas oficinas no mercado. Antes de levar o carro ao mecânico, vale a pena conhecê-los
“A
pior coisa é perceber que seu carro se apaixonou pelo mecânico, quer voltar sempre, cada hora com uma desculpinha”, brinca a produtora de áudio Maíla Campozana D’Addio. Ela aprendeu, a duras penas, que na hora de levar o carro na oficina é a confiança e o profissionalismo que contam. “Uma indicação do meu pai foi o que fez a diferença. Agora, levo sempre no mesmo mecânico que, além de já conhecer o meu carro, tem paciência para explicar cada problema”. Maíla faz as revisões periódicas de seu Celta, como recomenda o manual do proprietário, e sempre antes de viajar. Também está sempre atenta aos barulhos estranhos. “Quando percebo algo errado, corro para o mecânico. Trabalho em dois lugares e não posso ficar a pé. A manutenção é muito importante para que meu carro funcione sempre bem”. Ela diz que um ponto alto da oficina que lhe presta serviços é a rapidez e conduta correta. “O serviço não é caro e eles parcelam quando preciso”. 00
Porém, os atributos valorizados por Maíla não são os únicos parâmetros a serem analisados pelo consumidor na hora de escolher uma oficina. De acordo com José Palacio, coordenador de serviços do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), órgão de certificação acreditado pelo Inmetro, são vários os critérios para garantir a melhor escolha, entre eles a apresentação do estabelecimento, qualificação dos profissionais, presença de certificações de qualidade, preço justo e disponibilidade para negociação. “No caso de aparecer um defeito não previsto em orçamento, a boa oficina entra em contato com o cliente antes de fazer o reparo para renegociar o valor previamente acordado e aprovar o novo custo”. O orçamento prévio, aliás, é obrigatório por lei. Mesmo que o reparador diga que não fornece, o Código de Defesa do Consumidor é claro e garante ao contratante o direito de saber com antecedência o custo do serviço antes de aprová-lo.
Cultura Muita gente ainda tem receio de levar o carro para manutenção e dar de cara com mecânicos despreparados na oficina. Segundo o presidente do sindicato que congrega as empresas de reparação automotiva (Sindirepa), Antonio Fiola, os profissionais especializados também sofrem tentando mudar a imagem do passado, da época das oficinas sujas de graxa, com calendários machistas nas paredes. “Eles investem em instalações modernas e limpas, novos equipamentos que facilitam o diagnóstico das falhas mecânicas, e também preparam e atualizam a equipe de profissionais”.
Fiola garante que os estabelecimentos de reparação automotiva sérios buscam melhorias constantes, com mudanças de processos, inclusive administrativos, para obterem certificações de qualidade. Ele acrescenta que o compromisso atual dessas oficinas com qualidade e transparência no atendimento acompanha a evolução da indústria automobilística. “Que não para de lançar novos recursos tecnológicos que exigem conhecimento por parte dos profissionais da reparação de veículos”. Além de orientar os profissionais, o SindirepaSP disponibiliza em seu site (www.sindirepasp.org.br) uma ferramenta de busca para que o consumidor obtenha informações sobre manutenção e oficinas certificadas em qualidade. Com isso em mãos, o dono do carro ganha mais elementos para escolher a empresa que o atenderá com segurança. Afinal, a boa oficina e o mecânico de confiança são fundamentais para deixar seu carro em dia e rodando sempre com segurança.
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manutenção
de olho no atendimento que você deve observar antes de acertar um serviço de manutenção em seu carro: Veja se o mecânico segue um check-list dos itens para verificação no veículo; Descreva com objetividade o problema e se a resposta for “OK, eu conserto isto”, pergunte se o serviço envolverá apenas reparação ou substituição de componentes; A oficina pode cobrar pelo diagnóstico da falha mecânica. Mesmo que aperte o bolso, é um dinheiro bem investido quando o profissional segue critérios de segurança e utiliza equipamentos com tecnologia adequada, como scanners e opacímetros (checagem de emissão de gases poluentes); Pergunte se conserto afetará outros componentes do veículo, como correias ou mangueiras, e se estes deverão ser desconectados ou substituídos como parte do serviço; Certifique-se de que a oficina utiliza normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na realização dos serviços; Pergunte quanto tempo levará o conserto; Se o mecânico usar vocabulário muito técnico, peça para que ele seja mais claro em suas explicações.
legenda da foto da capa
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check list da boa oficina
Confira as orientações de José Palacio, do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), para escolher um bom estabelecimento: Apresentação: “A primeira impressão é a que fica. A boa oficina está sempre organizada, iluminada, sinalizada e limpa, com profissionais uniformizados e atenciosos”; Atendimento: “O profissional é cordial e atencioso. O cliente é recebido e encaminhado para atendimento assim que entra na oficina”; Transparência: “Na hora do orçamento, especifica todos os itens que serão averiguados e substituídos, com descriminação do diagnóstico do veículo, valores das peças e mão de obra”; Vistoria: “A boa oficina realiza check list quando recebe o veículo para verificar as condições dos equipamentos obrigatórios, e também na saída para verificar se o reparo foi realizado de acordo com o orçamento”;
Cuidados: “Zela pelo patrimônio do cliente, assim protege os bancos com capas, e volante, a manopla do câmbio e freio de mão com plásticos para evitar sujar a roupa do cliente na entrega do veículo”; Negociação: “Quando encontra um defeito não previsto no orçamento, entra em contato com antes de realizar o reparo, para aprovar o serviço e novo custo”; Preço: “Utiliza componentes de qualidade e com procedência comprovada em Nota Fiscal. Então, as boas oficinas atuam na legalidade. Desconfie de preços muito baixos”; Qualificação: “A boa oficina mantém profissionais qualificados e investem em programas de treinamentos e especialização técnica dos funcionários, inclusive ao da recepção”; Pós-vendas: “A satisfação do cliente é o objetivo da boa oficina, que 24h depois da entrega do veículo consulta o cliente para saber se o atendimento e o serviço prestado corresponderam às expectativas, e se há algum ponto a ser melhorado”.
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funilaria e pintura Outra entidade que avalia e certifica oficinas especializadas para garantir atendimento de qualidade é o Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI BRASIL). Desde 2008, o CESVI associou-se à certificação de qualidade do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). Com isto, foi criada uma certificação para oficinas de funilaria e pintura. A entidade realiza avaliações técnicas da oficina, sistemas, produtos e serviços oferecidos. Para conhecer as oficinas indicadas pela entidade, acesse www.cesvibrasil.com.br/avaliacoes
Numa oficina modelo – certificada tem:
Elevadores para suspender o carro, Maquina De Alinhamento, Kit De Ferramentas Para Cambagem dispostas em mesas com rodinhas, e painéis nas paredes com ferramentas Variadas Para Motor, e mais algumas miudezas. Chão sinalizado com riscos amarelos – como nas fábricas - Mecânicos uniformizados E na parede, quadro com certificado de Qualidade. Além de pranchetas e computadores para registro de dados do carro do cliente
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Certificado de Qualidade
Certificado de Qualidade
Certificado de Qualidade
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Ciclistas e motoristas: uma convivência ‘ possível por Adriana Chaves
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“Eles investem em instalações modernas e limpas, novos equipamentos que facilitam o diagnóstico das falhas mecânicas, e também preparam e atualizam a equipe de profissionais”.
Educação no trânsito e respeito as leis são atitudes fundamentais para fazer das ruas um lugar em que todos possam se deslocar com segurança
As bicicletas estão na rua e vieram para
ficar. Não se trata de um modismo. As bikes são uma alternativa de deslocamento comum em diversas metrópoles mundo afora. E sem polêmicas. Bicicletas são um meio de transporte como qualquer outro, com benefícios incontestáveis para a saúde, o meio ambiente e, a despeito da incredulidade de muitos, para o trânsito. E é aí que nasce um dos mais recentes desafios para os gestores de tráfego da capital paulista. Recentemente, a cidade ganhou fiscalização mais rígida para os descuidos cometidos pelos motoristas na complexa relação com os ciclistas. A reação foi imediata: uma cidade como São Paulo não comporta a bike como solução de transporte em suas principais vias. Será? É fato que a chegada de um elemento relativamente novo ao trânsito já caótico da cidade mexe com os ânimos. A tendência de qualquer motorista é achar
que um veículo mais lento que o carro só vai atrapalhar. Mas esse pode ser um pensamento muito simplório. Trânsito não é uma questão de velocidade, mas sim de fluxo. Essa é uma das razões para a existência de campanhas públicas para estimular a troca do carro pelo transporte público. Convivência Encontrar ciclistas no trânsito é cada vez mais comum e “negociar” espaço com estes veículos pode ser um desafio para os motoristas. O poder público vem criando espaços próprios para as bikes na tentativa de minimizar o contato com os automóveis, especialmente nas vias em que o risco é maior. Um exemplo é a Marginal Pinheiros, que já ganhou ciclovia em seu canteiro central. Esta solução, no entanto, é inviável para a maioria das principais ruas e avenidas da capital. A melhor – e necessária – atitude é seguir
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comunidade
CICLISTA E MOTORISTAS: uma convivência possível
CICLOFAIXA – parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
CICLOVIA – pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.
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