Atelier Vertical:
Habitação de Interesse Social em Comunidades Resilientes Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Discentes: Luana Loureiro | Rafela Huttner | Rafaela Otto Docente: Adriana Portella Co-orientadores: Bárbara Couto | José Cordeiro | Mateus Teles Nov | 2021.1
Fig. 1: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
oirámuS
1. Introdução 1.1. Contexto do estudo 1.2. Conceito
6. Proposta de Mobilidade 6.1. Transporte Terrestre 6.2. Transporte Hídrico
2. Área de estudo 2.1. Localização 2.2. Dados demográficos
7. Proposta Urbana
3. Diagnósticos 3.1. Histórico Pontal 3.2. Uso do solo 3.3. Infraestrutura Urbana 3.4. Mobilidade 3.5. Serviços
9. Proposta Tipologias 9.1. Conceito 9.2. Processo projetual 9.3. Tipologias
4. Mapa Afetivo
11. Referências bibliográficas
5. F.O.F.A. 5.1. Diretrizes Projetuais
01
8. Referências de Projeto
10. Conclusão
Fala do entrevistado:
"Pescador vive da água"
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1. Introdução 1.1. Contexto do estudo Este trabalho propõe uma reflexão sobre a problemática da Habitação de Interesse Social (HIS) na cidade de Pelotas, tratando especialmente da ocupação da orla do Canal São Gonçalo e da Laguna dos Patos, conhecido atualmente como Pontal da Barra. O estudo foi desenvolvido dentro da disciplina de Atelier de Habitação Social, durante o ano de 2021 sob orientação da Professora Adriana Portella e tem como objetivo desenvolver uma proposta de habitação resiliente para a área mencionada. A cidade de Pelotas está localizada próxima a faixa litorânea do estado do Rio Grande do Sul, possuindo terrenos planos e muito baixos, com cotas topográficas abaixo de 10 m acima do Nível Médio do Mar. A região analisada, conhecida como Pontal da Barra, se encaixa nesse contexto. As habitações presentes no local encontram-se em estado de vulnerabilidade social por conta de alagamentos que afetam a área e pela falta de serviços públicos básicos.
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Fig. 2: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
"Pescador não vive só da água" 04
1. Introdução 1.2. Conceito Com uma paisagem privilegiada, em um mesmo lugar, os moradores desenvolvem atividades econômicas, de moradia e de lazer criando um contexto único. No entanto, os moradores da localidade sofrem com a questão do isolamento: a distância que proporciona um cenário privilegiado é a mesma que os afasta do Direito à Cidade. A região localiza-se a aproximadamente 3,2 km do posto de saúde e 2,7 km da escola mais próxima, não possui instalação de rede de água potável, rede de esgoto, infraestrutura e equipamentos urbanos, fazendo com que as famílias que vivem naquele local, durante o ano inteiro, não somente na safra de pesca, não possuam estrutura básica adequada, estando distantes dos serviços básicos de saúde e educação, ocasionando assim uma desigualdade urbana. Dessa forma, emerge a questão da mobilidade urbana, uma vez que a necessidade dos moradores da região se difere em relação a outros locais da cidade de Pelotas.
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Por se tratar de uma vila de pescadores, grande parte da locomoção dos moradores provém dos barcos, entretanto, através da visita técnica e das entrevistas percebeu-se a dificuldade que os moradores do local têm quando precisam sair da região caminhando ou utilizando algum meio de transporte, seja público ou particular, principalmente em épocas chuvosas. É válido destacar que parte dos moradores exercem sua atividade econômica dentro do próprio lote onde fazem moradia. Percebe-se a presença de muros baixos ou até inexistentes nas residências do local, o que indica um senso de segurança e comunidade. Também cabe destacar, o compartilhamento entre os moradores, através dos trapiches, que estão dentro de propriedades particulares, mas ao mesmo tempo são de uso comunitário, onde os demais pescadores deixam seus barcos no mesmo trapiche. A partir do exposto, tomamos como norte projetual a conectividade e mobilidade, de modo a promover a conexão com o entorno, melhorando a acessibilidade do local e o deslocamento dos moradores. Outro ponto pertinente ao conceito do projeto é a promoção da facilitação do acesso dos moradores aos meios de transporte público, bem como, a requalificação das vias internas do local e utilização dos trapiches para integração entre mobilidade e lazer.
Comunidade e Segurança
Lazer Pesca e Comércio
Pertencimento e Individualidade
Fig. 3,4,5 e 6: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS com edição das autoras (2021)
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2. Área de estudo 2.1. Localização
Fig. 8: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 9: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
O Pontal da Barra está localizado na cidade de Pelotas, no extremo sul do Brasil em uma região de preservação abiental com cerca de 163ha. Seus limite hídricos são: a Laguna dos Patos à Leste e Canal São Gonçalo ao Sul. A região abriga, atualmente, cerca de 70 famílias em situação de vulnerabilidade social, sendo em sua maioria, pescadores.
Brasil
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Rio Grande do Sul
Fig. 7: Localização Pontal da Barra. Fonte: Autoras (2021)
Pelotas
Fig.1 Fig. 10: Vista aére Pontal da Barra. Fonte: RGSTur
2. Área de estudo 2.2. Dados demográficos GÊNERO É possível verificar através do gráfico que o número de residentes que se identificam como homens é ligeiramente maior que o número de mulheres domiciliadas na região.
FAIXA ETÁRIA De acordo com o gráfico é possível verificar que o a faixa etária mais expressiva da região é de adultos, seguida respectivamente pelas crianças e idosos. A partir dessa análise, percebe-se que a região necessita de intervenções que beneficiem não só os adultos, mas também as crianças e idosos, que mesmo em menor quantidade, ainda compõem um número expressivo. Idosos 12.7% Crianças 28.4%
38 79
63
Mulheres 46.3% Homens 53.7%
17
72 Adultos 59%
08
2. Área de estudo
6.9%
10.3%
2.2. Dados demográficos HABITANTES POR MORADIA De acordo com os dados disponibilizados, foi possível verificar que a média de habitantes em cada residência é de 2,21. Com base no gráfico, observa-se que os domicílios com apenas 1 morador são mais frequentes, seguidos dos domicílios com 2 e 3 moradores, que apresentam o mesmo percentual no gráfico. Na região do Pontal também encontramos domicílios com 4 ou mais moradores, entretanto, esses casos se apresentam de maneira menos expressiva.
37.9%
22.4%
22.4%
Domicílio com 1 morador Domicílio com 2 moradores Domicílio com 3 moradores Domicílio com 4 moradores Domicílio com 5 moradores ou mais
09
2. Área de estudo
8.8%
3.5%
3.5%
3.5%
2.2. Dados demográficos RENDA A maior parte da população local possui renda entre 1/2 e 1 salário mínimo, totalizando 49,1% do total. A partir desses dados pode-se dizer que a renda média por habitação dessa área é de R$ 1325,32.
Considerando que as unidades habitacionais da área são compostas em média por 2,21 pessoas, isso indica uma renda per capta de 599,69 que é equivalente a 0,54 do salário mínimo atual. Essas condições implicam numa realidade com dificuldades no âmbito economico.
31.6%
49.1%
Renda per capita de até 1/4 salário mínimo Renda per capita de 1/4 à 1/2 salário mínimo Renda per capita de1/2 à 1 salário mínimo Renda per capita de 1 à 2 salários mínimos Renda per capita de 2 à 3 salários mínimos Renda per capita de 3 à 5 salários mínimos
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3. Diagnóstico 3.1. Histórico do Pontal Segundo Nebel (2014), o Laranjal tem origem nas terras que eram de propriedade de Joaquin José D'Assumpção. Na época, a região era de uso particular da Família Assumpção, e o único acesso se dava por uma balsa particular da família, através do Arroio Pelotas. Após o falecimento de Joaquin José D'Assumpção, a propriedade foi sendo repassada aos seus herdeiros, seu neto, Antônio Augusto Assumpção Junior, recebeu uma parte, fundando em 1952 o Balneário Santo Antônio, alguns terrenos também foram doados à prefeitura, que construiu uma praça pública, posto policial e um restaurante. Os filhos de Antônio herdaram o restante das terras. Luiz de Assumpção recebeu a parte que deu origem ao Balneário Nossa Senhora dos Prazeres, em 1953. E Arthur Augusto Assumpção, deu início ao loteamento do Balneário Valverde, em 1958, tornando os balneários abertos ao público.Na década de 1970 já havia pontos de aglutinação entre os balneários Santo Antônio e Valverde, que continuaram
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a se expandir e adensar até o presente, compondo um único núcleo urbano. Essa expansão levou ao surgimento do Novo Valverde, área conhecida pela instalação do denominado Loteamento Pontal da Barra. Vale ressaltar que o Loteamento Pontal da Barra e Pontal da Barra são duas localidades distintas. A ocupação do Pontal da Barra acompanha a expansão urbana dos balneários, no entanto, ao contrário das praias do Laranjal, que era procurada por veranistas, o Pontal se originou por pescadores artesanais que desempenhavam a pesca como meio principal de subsistência e passaram a habitar a orla da laguna. A escolha se deve pelo ambiente propício para a prática da pesca oferecido pelo encontro do Canal São Gonçalo e Laguna dos Patos.A formação da Colônia de Pescadores se deve à vinda de pescadores de outras localidades próximas, que percorriam de barco o Canal São Gonçalo e se fixavam nessa ponta, daí o nome "Pontal da Barra". Inicialmente eram poucos moradores, vindos de municípios próximos, mas sendo a maioria de lugares como a Colônia Z3, Ilha da Feitoria, Ilha da Sarangonha, Ilha do Pesqueiro e outros lugares de Pelotas.
Fig. 11: Vista aérea Pontal da Barra. Fonte: Google Earth
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3. Diagnóstico 3.1. Histórico do Pontal 1952 1812 1758 Primeira referência histórica do surgimento de Pelotas
Iniciada a Freguesia de São Francisco de Paula
Pontal é centro de escoamento de trigo 1800
1832 Freguesia de São Francisco de Paula é elevada a vila
Independência do Brasil 1822
Surgimento do Balneário Santo Antônio
1990
1958 Surgimento Balneário Valverde
Formação da Vila de Pescadores do Trapiche
A vila é elevada a condição de cidade, com nome de Pelotas
Surgimento Balneário Nossa Senhora dos Prazeres
Novo Valverde: Loteamento Pontal da Barra
1835
1953
Primeiros pescadores fixam-se no Pontal da Barra 1970
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3. Diagnóstico 3.1. Histórico do Pontal
2010
1999 Criada a RPPN Pontal da Barra
Rede de água
2003
2020
Dique rompe Retirada da comunidade novamente pesqueira do trapiche
Rompimento do dique em Junho e Outubro 2002
MPF abre inquérito para investigar impacto ambiental no loteamento pontal da barra
Pandemia Covid-19
Grande enchente, elevando o nível da água mais de 1 metro 2015
2008
Fig. 12: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
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3. Diagnóstico 3.2. Uso do solo Como observado, o uso do solo do local é predominantemente residencial. Alguns moradores tentam suprir a ausência de alguns serviços através de pequenos comércios e conveniências, no entanto há uma série de outros serviços básicos ausentes, como por exemplo farmácias e supermercados, tendo que haver um deslocamento para suprir essas necessidades, visto estarem em um local isolado. O local possui também o comércio de pescados, através das peixarias, que recebe cada vez mais investimento por parte dos proprietários para melhor atender os clientes que vêm em busca do produto. Como citado na entrevista o comércio mais distante é prejudicado pela falta de infraestrutura local.
Fig. 13: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 14: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 15: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 16: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 17: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Fig. 18: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
Sabe-se também do uso sazonal de algumas residências/ galpões que está atrelado à safra do peixe.
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3. Diagnóstico 3.2. Uso do solo
Legenda Espaço de lazer
Bar/Conveniência
Residência de 1 pavimento
Galpão
Residência de 2 pavimentos
Peixaria
Galpão + Residência
Barracas
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3. Diagnóstico 3.3. Mobilidade urbana O levantamento das linhas de transporte público, ciclovias e acessos existentes até o bairro do Pontal da Barra, indica que a região não está incluída na área de cobertura do Consórcio de Transporte Coletivo de Pelotas (CTCP). Dessa maneira o bairro não é contemplado com linhas de ônibus. Os moradores da área que precisam utilizar o transporte coletivo para se deslocar, devem caminhar cerca de 2,5km até a para de ônibus mais próxima, localizada no bairro do Laranjal. Quanto às ciclovias e ciclo faixas, até o momento não há nenhuma que chegue até o Pontal. Entretanto, existe uma previsão de intervenção até 2024 no sistema cicloviário, de modo que o bairro estará ligado por ciclovias, mas sem atender ainda a área em estudo.
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Fig. 19: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS com edição das autoras (2021)
E o Direito à Cidade? Fig. 20: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
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3. Diagnóstico 3.3. Mobilidade urbana: Ciclovia
Legenda Ponto de referência: Pastelaria Pontal da Barra Ciclovia existente
Distâncias 1,8km até a ciclofaixa existente
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3. Diagnóstico 3.3. Mobilidade urbana: Transporte público
Legenda Ponto de referência: Pastelaria Pontal da Barra Ponto de ônibus
Distâncias 2,5km até o ponto de ônibus mais 25 minutos de caminhada
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3. Diagnóstico 3.4. Infraestrutura Urbana
otogse ed otnematart ed apaM
augá ed otnemicetsaba ed apaM
Fig.1
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Fig. 21: Mapa de abastecimento de água Pontal da Barra. Fonte: GeoPelotas (2021)
Fig. 22: Mapa de tratamento de esgoto Pontal da Barra. Fonte: GeoPelotas (2021)
3. Diagnóstico 3.4. Infraestrutura Urbana
oãçatnemivap ed apaM Fig. 23: Mapa de pavimentação Pontal da Barra. Fonte: GeoPelotas (2021)
A região analisada é precária em relação a infraestrutura, apesar de possuir rede de abastecimento de água por canos de PVC, rede elétrica e iluminação pública, a pavimentação e rede de tratamento de esgoto não existem na região do Pontal. O maior obstáculo para a melhoria é a proximidade com as áreas de preservação. Qualquer intervenção significativa pode afetar negativamente essa região, tais como implantação de pavimentação não-permeável (agravante para a problemática das enchentes) e de sistemas de bombeamento e drenagem próximo das habitações (agravante para o banhado que precisa ser preservado)
Fig. 24: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
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3. Diagnóstico 3.5. Serviços: A região fica comprometida quando o assunto é acesso à educação. O bairro não possui creches, escolas de ensino fundamental e médio. Os moradores devem se deslocar até o bairro vizinho para ter acesso a esse serviço. Os serviços de saúde também estão distantes do bairro. Sendo a UBS a unidade mais próxima e o Hospital a mais distante. Contudo, acredita-se que, apesar da população ser muito pequena para atrair investimentos públicos específicos para a região, voltados para saúde e educação, a melhor solução seja investir em mobilidade. Isto é, a implantação de um serviço de transporte hídrico, que possa ser utilizado tanto pelos moradores para ir e vir, quanto pelos prestadores de serviços, como os coletores de lixo e primeiros socorros. Fig.1
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Fig. 25: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
3. Diagnóstico 3.5. Serviços: EMEF
Legenda Ponto de referência: Pastelaria Pontal da Barra
EMEF Dom Francisco de Campos
Distâncias 2,6 km do ponto de referência 31 minutos de caminhada 8 minutos de bicicleta 5 minutos de carro
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3. Diagnóstico 3.5. Serviços: EEEM
Legenda Ponto de referência: Pastelaria Pontal da Barra
EEEM Doutor Edmar Fetter
Distâncias 4,8km do ponto de referência 1 hora de caminhada 15 minutos de bicicleta 11 minutos de carro
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3. Diagnóstico 3.5. Serviços: UBS
Legenda Ponto de referência: Pastelaria Pontal da Barra
Unidade Básica de Saúde
Distâncias 3,3 km do ponto de referência 40 minutos de caminhada 11 minutos de bicicleta 7 minutos de carro
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4. Mapa Afetivo O mapeamento afetivo da região foi feito pelas autoras após a escuta das entrevistas gravadas com os moradores locais e disponibilizadas durante a disciplina. Esse método foi adotado por conta da pandemia da Covid-19, que impediu o acontecimento das visitas técnicas presenciais em grupo. Os mapas afetivos objetivam representar como se revelam determinadas lembranças de algum indivíduo relacionadas a um local, evidenciando seus lugares da memória, como pontos que mais marcam uma pessoa na cidade, em seu cotidiano (VETTORASSI, 2014). Dessa forma, conseguimos apontar nessa representação os processos que envolvem a construção indenitária dos entrevistados.
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Fig. 26: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
5. F.O.F.A. A matriz F.O.F.A. é um instrumento de análise muito simples e valioso. Seu objetivo é detectar pontos fortes e fracos de um local ou região, com o a finalidade de entender e agir sobre suas deficiências. O nome é um acrônimo para Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Também conhecida como análise F.O.F.A. ou análise F.F.O.A, a matriz deriva da análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats). Realizar uma análise F.O.F.A. nos leva a pensar nos aspectos favoráveis e desfavoráveis e procurar soluções para mitigar os problemas e qualificar as forças e oportunidades, compondo dessa maneira as diretrizes projetuais.
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Fig. 27: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
O
portunidades
CONEXÃO ENTRE OS TRAPICHES LOCAIS COMO COM O JÁ EXISTENTE NO LARANJAL
F
orças
POSSIBILIDADE DE CONEXÃO HIDROVIÁRIA COM A CIDADE INCENTIVO AO USO DE TRANSPORTES ALTERNATIVOS
PRESERVAÇÃO DA PAISAGEM NATURAL SENTIMENTO DE COMUNIDADE
USO DE TRAPICHES COMO CONEXÃO ALTERNATIVA ENTRE LUGARES
EXTERNO
F
meaças
DESASITÊNCIA DO TRANSPORTE PÚBLICO PRECÁRIA INFRAESTRUTURA URBANA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA
raquezas
VALORIZAÇÃO DO COMÉRCIO LOCAL PESCA COMO ATIVIDADE ECONÔMICA
A
INTERNO
GRANDES DISTÂNCIA A PERCORRER
ENCHENTES
FALTA DE ESPAÇOS DE LAZER RISCO DE DESPEJO DEFICIÊNCIA EM SERVIÇOS PÚBLICOS PRECÁRIA INFRAESTRUTURA URBANA
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5. F.O.F.A.
VALORIZAÇÃO DO COMÉRCIO LOCAL
FOMENTAR INVESTIMENTOS E QUALIFICAR PEQUENOS COMÉRCIOS DE MORADORES LOCAIS (FARMÁCIAS, MINIMERCADOS) PARA SUPRIR AS NECESSIDADES DO BAIRRO DE MANEIRA INDEPENDETE DO CENTRO DA CIDADE.
PESCA COMO ATIVIDADE ECONÔMICA
POTENCIALIZAR A ATIVIDADE PREDOMINANTE DO LOCAL ATRAVÉS DA CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO COMUNITÁRIO QUE PERMITA A LIMPEZA, MANUSEIO, ARMAZENAMENTO E O COMÉRCIO DO PRODUTO; PREVER MORADIAS FLEXÍVEIS QUE POSSIBILITEM TAMBÉM DESENVOLVER ESSAS ATIVIDADES NO ESPAÇO PRIVATIVO.
PRESERVAÇÃO DA PAISAGEM NATURAL
GARANTIR POR MEIO DE DIRETRIZES A PRESERVAÇÃO DA ÁREA ESPECIAL DE INTERESSE AMBIENTAL; ADOTAR ESTRATÉGIAS PROJETUAIS COM BAIXO IMPACTO AMBIENTAL; PROPOR AMBIÊNCIAS AGRADÁVEIS AOS USUÁRIOS E QUE QUALIFIQUE A PAISAGEM NATURAL.
5.1. Dretrizes projetuais
F
orças
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SENTIMENTO DE COMUNIDADE
USO DE TRAPICHES COMO CONEXÃO ALTERNATIVA ENTRE LUGARES
FORTALECER O SENTIMENTO DE COMUNIDADE DO LOCAL POR MEIO DE UM CENTRO COMUNITÁRIO, ONDE SERÃO DESENVOLVIDAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DE LAZER;
UTILIZAR OS TRAPICHES COMO ESTAÇÃO PARA TRANPORTE FLUVIAL, FAVORECENDO UMA CONEXÃO ALTERNATIVA PARA ABRANGIR A ÁREA NO PERÍODO DE ENCHENTES. E AO MESMO TEMPO, PODENDO SER UTILIZADO PARA ATRAIR VISITANTES.
5. F.O.F.A. 5.1. Diretrizes projetuais
O
UTILIZAR OS TRAPICHES COMO ESTAÇÃO PARA TRANPORTE FLUVIAL, FAVORECENDO UMA CONEXÃO ALTERNATIVA PARA ABRANGIR A ÁREA NO PERÍODO DE ENCHENTES. E AO MESMO TEMPO, PODENDO SER UTILIZADO PARA ATRAIR VISITANTES.
resiliência: TRAPICHE
Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.
portunidades
INCENTIVO AO USO DE TRANSPORTES ALTERNATIVOS
CONEXÃO ATRAVÉS DA CICLOFAIXA EXISTENTE NO LARANJAL, APROVEITANDO A CONFORMAÇÃO DA ORLA PARA DEFINIR A FORMA PROPOSIÇÃO DE UMA PISTA DE CAMINHADA CONJUNTA A CICLOFAIXA
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5. F.O.F.A. 5.1. Diretrizes projetuais
F
raquezas
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ENCHENTES
PROPOR UMA ARQUITETURA RESILIENTE COMO CASAS EM PALAFITAS LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO O NÍVEL MÉDIO ATINGIDO PELO HISTÓRICO DE ENCHENTES;
GRANDES DISTÂNCIAS A PERCORRER
ESTIMULAR O DESLOCAMENTO ATRAVÉS DE TRANPOSRTES ALTERNATIVOS; PROPOR PONTO DE ÔNIBUS PRÓXIMO À REGIÃO; PROPOR CICLOFAIXA QUE SE CONECTE COM A EXISTENTE NA ORLA DA LAGOA; IMPLANTAR PISTA DE CAMINHADA;
FALTA DE ESPAÇOS DE LAZER
RISCO DE DESPEJO
DEFICIÊNCIA EM SERVIÇOS PÚBLICOS
PRECÁRIA INFRAESTRUTURA URBANA
PROPOR AMBIÊNCIAS QUE PERMITAM ESPAÇOS COMUNITÁRIOS DE "ESTAR"; IMPLANTAR MOBILIÁRIO URBANO ADEQUADO PARA PRAÇAS E QUADRA POLIESPORTIVA; CRIAR ASSOCIAÇÃO DE MORADORES, QUE BUSQUEM ATRAVÉS DE ÓRGÃO SUPERIORES O DIREITO DE POSSE; POLÍTICA PÚBLICA QUE GARANTA O DIREITO DO IMÓVEL E ASSEGURE A TRANSFERÊNCIA SOMENTE HEREDITÁRIA.
PROPOR A IMPLANTAÇÃO DE UM AMBULATÓRIO PRÓXIMO PARA ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO LOCAL; PROPOR A IMPLANTAÇÃO DE UMA CRECHE, PARA ATENDER AS CRIANÇAS DO LOCAL, EVITANDO ASSIM UM MAIOR DESLOCAMENTO;
PAVIMENTAÇÃO DAS VIAS LOCAIS, COM PISO PERMITA O ESCOAMENTO DAS ÁGUAS; PROPOR ILUMINAÇÃO PÚBLICA ADEQUADA; READEQUAR A CONDUÇÃO DAS ÁGUAS SERVIDAS;
DRENANTE,
QUE
5. F.O.F.A. 5.1. Diretrizes projetuais
A
meaças
DESASISTÊNCIA DE TRANSPORTE PÚBLICO
INSERÇÃO DE UMA NOVA LINHA DE ÔNIBUS QUE CONTEMPLE O BAIRRO E/OU PROLONGAMENTO DO TRAJETO DE ALGUMA DAS LINHAS EXISTENTES DA REGIÃO
PRECÁRIA INFRAESTRUTURA URBANA
PROPOR ILUMINAÇÃO ADEQUADA ATÉ O PONTAL DA BARRA; PROPOR UM SISTEMA DE ESCOAMENTO DAS ÁGUAS CORRETO, EVITANDO GRANDES ALAGAMENTOS NA VIA DE ACESSO; CALÇAMENTO DA VIA DE ACESSO COM PISO DRENANTE, RESPEITANDO AS FORMAS ORGÂNICAS E NATURAIS DA ORLA, DE MODO QUE O ESCOAMENTO DAS ÁGUAS SEJA PROPICIADO;
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA
INSERIR DIRETRIZES NO PLANO DIRETOR QUE IMPEÇAM A CHEGADA DE GRANDES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS COM ENFOQUE NO TURISMO E NO PÚBLICO CLASSE MÉDIA-ALTA
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6. Proposta de Mobilidade
6.1. Transporte público terrestre
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6. Proposta Mobilidade 6.1. Transporte público terrestre
A proposta de mobilidade para os transportes terrestres foi pensada para atender a região do Pontal da Barra de maneira eficiente. Atualmente a área não é abrangida pelo sistema de transporte público coletivo, o que dificulta o acesso à cidade por parte dos habitantes do local.
Fig. 28: Localização ECO. Fonte: Google Street View (2021)
A proposta cria uma Estação de Conexão de Ônibus (ECO), com banheiros e consórcio de passes, localizada na Avenida Adolfo Fetter, a partir dessa estação saem 3 linhas de ônibus distintas: Barro Duro, Colônia Z3 e Pontal da Barra. Essas linhas terão o itinerário realizado por micro-ônibus e os horários de partida das conexões, estarão alinhados as chegadas dos ônibus com sentido Laranjal. Para o transporte escolar, a escolha deu-se através da indicação de um ônibus exclusivo para esse fim com partidas em quatro horários diferentes, para atender os turnos escolares. Fig. 29: ECO Campos de São José Fonte: Prefeitura de São José dos Campos (2021)
Fig. 30: ECO Campos de São José Fonte: Prefeitura de São José dos Campos (2021)
proposta de mobilidade |
TERMINAL colônia z3
TRANSPORTE terrestre
TERMINAL barro duro ESTAÇÃO DE CONEXAÕ DE ÔNIBUS
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TERMINAL PONTAL DA BARRA
proposta de mobilidade |
RAIO 3 Km EEEM
TRANSPORTE terrestre escolar
RAIO 1,5 Km EMEF
Fonte:Fonte: GDF/IPDF Fonte: Adrian Pitts, Planning Design Strategies
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proposta de mobilidade | TRANSPORTE terrestre ESCOLAR
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Fonte: MEC
Proposta de 6. Mobilidade 6.2. Transporte hídrico
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6. Proposta Mobilidade 6.2. Transporte hídrico
A proposta de mobilidade para o transporte hídrico foi pensada para atender a região do Pontal da Barra, que sofre com enchentes que impossibilitam o transporte terrestre por parte da população nesses períodos de cheia. A ideia é a criação de duas rotas, uma delas mais usual, que engloba no percurso a Colônia Z3, Barro Duro, Laranjal, Pontal da Barra, Balsa/Navegantes e Porto. A outra rota, utilizada em determinados dias e horários específicos, contempla também a Vila da Palha. O barco escolhido é um Vaivém de Passageiros de Alumínio, com 18m de comprimento e 4,70m de largura. A sua capacidade total é de 84 pessoas, para além do piloto e três tripulantes.
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Fig. 31: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
COLÔNIA Z3
proposta de mobilidade | TRANSPORTE HÍDRICO
BARRO DURO
VILA DA PALHA rOTA USUAL BALSA/NAVEGANTES
LARANJAL
rOTA REDUZIDA
pORTO PONTAL
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Proposta 7. Urbana
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Proposta 7. Urbana A proposta urbana para o Pontal da Barra, deu-se a partir das necessidades do local, e reivinficações dos moradores, respeitando assim as questões ambientais e características locais. Manteve-se a via de acesso, sendo a mesma requalificada, com pavimentação em blocos de concreto, e implantação de ciclovia. Implantação de um largo, próximo a pastelaria existente, como forma de realizar feiras, com praça e biclicetário. Proposta de terminal rodoviário e hidroviário, fazendo com que os modais de tranporte estejam próximos. Em relação a implantação das moradias, foi respeitada a organização local, trazendo a proposta de via mista para o uso compartilhado, com canteiros centrais e recuos, assim como um centro comunitário, ambulatório, espaço destinado aos animais, estacionamento para os moradores e uma praça próximo as moradias.
Fig. 32: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
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proposta urbana | ESTUDOS INICIAIS
Avenida Doutor Augusto Assumpção Jr.
VOLUMETRIA
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implantação
proposta urbana|
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Referências 8. de projeto Tema: Habitação de Interesse Social Arquitetos: Ensamble de Arquitectura Integral Localização: Fundação, Colômbia Área: 41 m² Ano: 2016
o projeto visa alternativas habitacionais que atendam às necessidades da população rural da cidade. Evitou-se propor uma unidade habitacional única ou modelo para a produção em massa. O sistema construtivo é flexível, apropriável e barato permitindo diferentes configurações de suas partes para que os protótipos resultantes se adaptem às diferentes condições sociais. Além disso, foi pensado para produzir o menor impacto ambiental possível.
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Fig. 33, 34 e 35: Projeto de alternativa habitacional rural. Fonte: Archdaily (2021)
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8.
Referências de projeto
Tema: Habitação de Interesse Social Arquitetos: Ensamble de Arquitectura Integral Localização: Fundação, Colômbia Área: 41 m² Ano: 2016
o projeto visa alternativas habitacionais que atendam às necessidades da população rural da cidade. Evitou-se propor uma unidade habitacional única ou modelo para a produção em massa. O sistema construtivo é flexível, apropriável e barato permitindo diferentes configurações de suas partes para que os protótipos resultantes se adaptem às diferentes condições sociais. Além disso, foi pensado para produzir o menor impacto ambiental possível.
Fig. 36, 37 e 38: Projeto de alternativa habitacional rural. Fonte: Archdaily (2021)
Fig.1
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Referências 8. de projeto Título: Vivendo no meu barco. Casa para um pescador Projetista: Arquiteto Andrés Orellana Assistência docente: Arquitetos Alfredo Sanabria, María Carolina Espinal Trimestre: Janeiro - Março 2007, Universidad Simón Bolívar, Caracas, Venezuela Fig. 39, 40 e 41: Projeto Vivendo no meu barco. Casa para um pescador Fonte: Archdaily (2021)
O arquiteto Andrés Orellana observou as comunidades de pescadores existentes nas costas da Venezuela para propor um novo tipo de habitação sustentável que resgata e potencializa suas qualidades intrínsecas de auto-suficiência. Todas estas qualidades respondem a enormes processos de adequação a seu contexto e, graças às novas tecnologias de hoje, podem ser atualizadas e potencializadas seus habitantes.
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8.
Referências de projeto
Título: Quinta Monroy Arquitetos: Alejandro Aravena, ELEMENTAL Localização: Iquique, Chile Ano: 2003 Área: 30 m2 - 72m2
Neste caso, 50% do volume de cada unidade acabará por ser autoconstruída, o edifício teve que ser poroso o suficiente para permitir que cada unidade se expandisse dentro de sua estrutura. A construção inicial deve, portanto, fornecer uma estrutura de suporte (ao invés de uma restrição) a fim de evitar quaisquer efeitos negativos da autoconstrução no ambiente urbano ao longo do tempo, mas também para facilitar o processo de expansão.
Fig. 42, 43 e 44: Projeto Quinta Monroy. Fonte: Archdaily (2021)
56
Proposta 9. Tipologia
57
Flexibilização
baixo custo
direito à cidade comércio modular personalização trapiche madeira acessibilidade moradia mínima baixo impacto
59
60
9.
Proposta Tipologia
9.1. Conceito
A proposta tipológica criada para o Pontal da Barra, deu-se a partir da observação das necessidades dos moradores locais de maneira a preservar e respeitar as legislações ambientais pertinentes a área de estudo. Para isso, a tipologia foi projetada de maneira modular, utilizando dois tipos de materiais distintos. Para a área molhada foi utilizado o bloco de concreto estrutural, facilitando a passagem das tubulações hidrossanitárias e para a área íntima e social, foi utilizada a madeira revestida internamente com embalagens Tetrapak®, de modo a garantir o isolamento térmico das unidades habitacionais e o baixo impacto ambiental. Todas as unidades previstas possuem a possibilidade de expansão, seja em relação a comércio ou a criação de mais dormitórios. A acessibilidade as moradias foi garantida através do uso de rampas de acesso, além do projeto de uma tipologia completamente acessível para casos específicos.
61
Fig. 45: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
9.
Proposta Tipologia
9.1. Conceito
Outro ponto marcante da proposta tipológica é que todas as unidades residencias contam com a possibilidade de expansão para o uso comercial, seja como fonte principal da renda familiar ou como complementação. Sabe-se da característica marcante da região com a atividade pesqueira sendo, muitas vezes, o próprio ponto de venda do produto fresco. Com isso, aliou-se o uso residencial ao uso comercial. De modo que, provavelmente, haverá variações de atividades, com isso os moradores locais serão favorecidos com a os mais variados tipos de serviços.
Fig. 46, 47 e 48: Peixaria Mercado Central de pelotas. Fonte: Pelotas, Capital e Cultural
Para isso, inspirou-se no Mercado Público Municipal no setor de pescados: com a cortina metálica de enrolar, onde o atendimento é feito pelo comerciante atrás de um expositor refrigerado
56 62
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual MODULAÇÃO
MALHA
oãçalitnev
oãçalitnev
oãçalitnev
oãçalitnev
oãçalitnev
63
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual SISTEMA CONSTRUTIVO ÁREAS MOLHADAS
ÁREAS SECAS Área da residência com menor possibilidade de flexibilização. Estrutura auto-portante, com tubulações e encanamentos embutidos, entregues prontas aos futuros moradores. bloco estrutural concreto áreas úmidas instalações hidrossanitárias
O sistema modular confere facilidade de expansão aos moradores. De baixo custo e impacto ambiental, não exige mão de obra especializada. Integra-se a realidade do local e à paisagem natural.
sistema modular em madeira áreas secas
64
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual SETORIZAÇÃO
FLUXOGRAMA
área úmida
SERVIÇO
cozinha
comércio
ÍNTIMO
JANTAR
área seca social estar | jantar
WC
serviço
COZINHA
WC
ESTAR
COMÉRCIO
íntimo dormitórios
65
TRAPICHE
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual CORTE ESQUEMÁTICO
ve nti laç ão
DETALHES TÉCNICOS 1
pé-direito 2,80m
nível do piso 1m
tereno 0
ve nti laç ão
2
O sistema de montantes foi pensadoparaqueasuaaltura final coincida com a altura das esquadrias. As janelas deverão contar com reforço de verga em madeira. A posição estratégica das esquadrias e o uso de bandeiras maxim-ar garante a ventilação cruzada nos ambientes. O sistema de montantes deverá contar com contraventamento nas quinas, com uma peça em tábua de madeira a 45°.
1
2
66
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual ESTUDO VOLUMÉTRICO
a
b
PARTIU-SE REGULAR.
67
DE
UM
VOLUME
SÓLIDO
SETORIZOU-SE AS ÁREAS ÚMIDAS E AS ÁREAS ÍNTIMAS A PARTIR DE SUAS MATERIALIDADES .
c
d
DESLIZOU-SE OS BLOCOS A FIM DE FUGIR DA MONOTONIA CRIANDO UM JOGO DE VOLUMES.
A COBERTURA FOI PENSADA PARA MANTER A LINGUAGEM DAS JÁ EXISTENTES NO LOCAL.
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual SISTEMA CONSTRUTIVO
e
SISTEMA DE FUNDAÇÃO TIPO ESTACA EM TORAS DE MADEIRA TRATADA. MÓDULAÇÃO DE 90 / 180 CM. A CIMA VIGAS MADEIRA 6x20CM, SEGUIDO DE BARROTES 4x20CM.
g
f
PISO EM TÁBUAS DE MADEIRA TRATADA PARA AS ÁREAS SECAS. E PISO CERÂMICO PARA AS ÁREAS MOLHADAS.
h
MONTANTES EM MADEIRA TRATADA 4X9CM COM MODULAÇÃO DE 90 CM. TODAS AS QUINAS DEVERÃO CONTAR COM SISTEMA DE CONTRAVENTAMENTO.
CAMADA DE VEDAÇÃO DUPLA EM TÁBUAS DE MADEIRA TRATADA. O ISOLAMENTO TÉRMICO SERÁ FEITO COM MATERIAL ALTERNATIVO.
68
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual SISTEMA CONSTRUTIVO
i
SEGUINDO O MESMO SISTEMA DE MONTANTES O MÓDULO MÍNIMO PODERÁ RECEBER UM OU DOIS DORMITÓRIOS.
69
j
k
O SISTEMA DE FECHAMENTO E VEDAÇÃO DEVERÁ SER O MESMO.
l
OS TRAPICHES CONTARÃO COM ÁREA SUFICIENTE PARA A EXPANSÃO MÁXIMA TIPOLOGIA COM TRÊS DORMITÓRIOS E ÁREA COMERCIAL.
O FORRO EM TÁBUAS DE MADEIRA CONTARÁ COM UMA ESTRUTURA DE BARROTES E COM O MESMO ISOLANTE TÉRMICO PREVISTO PARA AS PAREDES.
9.
Proposta Tipologia
9.2. Processo projetual SISTEMA CONSTRUTIVO
m
AS TESOURAS DE SUPORTE DA COBERTURA TAMBÉM DEVERÃO SER DE MADEIRA. MEIA TESOURA PARA CADA VOLUME QUE TERÃO INCLINAÇÕES DIFERENTES.
o
n
APÓS EXECUTADO O SISTEMA DE TERÇAS, CAIBROS E RIPAS DEVERÃO SER INSTALADAS AS TELHAS CERÂMICAS.
p
O MESMO PROCESSO EXECUTADO PARA O BLOCOS DE CONCRETO.
DEVERÁ SER VOLUME EM
POR FIM, O RESULTADO DA TIPOLOGIA MÁXIMA COM ESPERA PARA EXPANSÃO COMERCIAL.
70
71
72
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO MÍNIMO Área construída: 29m² Abriga até 2 pessoas Ampliação prevista para comércio
IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
ÁREA MOLHADA
TRAPICHE
73
0
1
3m
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO MÍNIMO
74
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO MÍNIMO COM COMÉRCIO Área construída: 39m² Abriga até 2 pessoas sem a ampliação Ampliação prevista para dormitórios
IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
ÁREA MOLHADA
TRAPICHE
75
0
1
3m
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO MÍNIMO COM COMÉRCIO
76
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO 2 DORM. COM COMÉRCIO Área construída: 56 m² Abriga até 4 pessoas sem a ampliação Ampliação prevista para dormitório
IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
ÁREA MOLHADA
TRAPICHE
69
0
1
3m
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias TIPOLOGIA 2 DORMITÓRIOS COM COMÉRCIO
78
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO 3 DORM. COM COMÉRCIO Área construída: 63m² Abriga até 6 pessoas Maior combinação de módulos
IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
ÁREA MOLHADA
TRAPICHE
71
0
1
3m
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias TIPOLOGIA 3 DORMITÓRIOS COM COMÉRCIO
80
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias MÓDULO PNE 2 DORM. COM COMÉRCIO Área construída: 56m² Abriga até 4 pessoas
IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA
ÁREA MOLHADA
TRAPICHE
81
0
1
3m
9.
Proposta Tipologia
9.3. Tipologias TIPOLOGIA PNE 2 DORMITÓRIOS COM COMÉRCIO
82
83
84
85
86
10.
Conclusão
Através dos estudos realizados em conjunto com o desenvolvimento dos diagnósticos da região e a análise da visita virtual e entrevistas com moradores locais, foi possível a criação de propostas que correspondessem as diretrizes ambientais e de melhora da qualidade de vida para a população local. As propostas tipológicas, urbana e de mobilidade desenvolvidas neste caderno, visam contemplar as necessidades da realidade das famílias residentes da área, quem em suma têm como principal atividade econômica a pesca. O sentimento de pertencimento dos moradores e a flexibilização das moradias, foram pontos cruciais considerados na hora de projetar.
"Pescador não vive só da água" Fig. 49: Pontal da Barra. Fonte: Turma de AHIS (2021)
11.
Referências bibliográficas
CHIARELLI, Lígia Maria Ávila. Qualidade arquitetônica em espaços abertos em conjuntos habitacionais de interesse social. Estudo de caso em empreendimento PAR, Pelotas/RS. 2006. 178 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2006. MEOTTI, Bruna. Comunidades resilientes: O caso da comunidade do Pontal da Barra em Pelotas / RS. Orientador: Profª. Dra. Lígia Maria Chiarelli. 2019. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, [S. l.], 2019. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. “Como Construir Cidades Mais Resilientes Um Guia para Gestores Públicos Locais”. https://nacoesunidas.org/. Novembro de 2012. Disponível em: https://www.unisdr.org/files/26462_guiagestorespublicoswe b.pdf. Acessado em: setembro de 2021.
Pelotas. Lei nº 5.502, DE 11 DE SETEMBRO DE 2008. III Plano Diretor de Pelotas. Acessado em novembro de 2021. Online. Disponível em: https://edificaacoes.files.wordpress.com/2011/03/blogplano diretor.pdf; PITTS, Adrian. Planning and Design Strategies for Sustainability and Profit: Pragmatic sustainable design on building and urban scales. Oxford: Architectural Press, 2004. 248 p. ISBN 0750654643, 9780750654647. PREFEITURA DE PELOTAS. Site da Prefeitura de Pelotas. Acessado em outubro de 2021. Online. Disponível em: https://www.pelotas.com.br/ XAVIER, Sinval Cantarelli. Mapeamento Geotécnico Aplicado ao Planejamento do Uso e Ocupação do Solo da Cidade de Pelotas/RS. UFRGS, Porto Alegre, 2017.
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