8 minute read
Especial
NOSSO NOVO DIRETORSUPERINTENDENTE
EDUARDO CARVALHEDA TRAZ PARA A GESTÃO DA QUINTA DA BARONEZA VASTA EXPERIÊNCIA NO COMANDO DE EMPREENDIMENTOS DE ALTO PADRÃO
Com perfil comunicativo e agregador, o carioca Eduardo Carvalheda assumiu em janeiro deste ano o cargo de diretor-superintendente da Quinta da Baroneza. O profissional tem experiência no atendimento a clientes de alto padrão. Tem 47 anos, é casado e, em 28 anos de hotelaria, esteve à frente de grandes empreendimentos de algumas das principais cadeias de resorts mundiais, tais como Club Med, Bahia Príncipe e Melià Internacional.
Também liderou equipes e projetos em mais de 15 países, incluindo Marrocos, Austrália, Egito, França, Turquia e Estados Unidos. “A Quinta da Baroneza é referência em empreendimentos de luxo e combina, de maneira ímpar, natureza, prática de esportes e confraternização de pessoas. Estou muito orgulhoso em fazer parte deste projeto e empolgado com a oportunidade”, diz.
Em um cenário de franco crescimento do residencial, Eduardo tem como principal desafio a condução de projetos importantes em curso nas mais diversas áreas - Segurança, Meio Ambiente, Infraestrutura, Esportes e Lazer (veja mais informações na pág. 88). Em um bate-papo descontraído na Administração, conduzido pelo editor da revista naBaroneza, Paulo Cleto, Eduardo apresentou seu perfil profissional, detalhes da transição e as expectativas à frente do cargo. Confira a seguir.
"Revista naBaroneza: Fale um pouco da sua carreira e de suas paixões.
Eduardo Carvalheda: Comecei a trabalhar com 19 anos, no Club Med, e meu sonho era viajar o mundo. Desde cedo, procurei aprender idiomas - primeiro inglês, depois espanhol, francês e italiano. Pensei também em fazer Direito, mas aí não poderia exercer a profissão fora do país. Depois, considerei o Jornalismo. Foi quando decidi fazer Administração, que se aproximou mais do meu sonho de viajar o mundo. Fui estudar fora, em Nova Iorque, na Wagner College. Quando voltei, recebi uma proposta para trabalhar na área de recepção em hotelaria. Fui evoluindo e, com 24 anos, recebi a primeira proposta para ir trabalhar nas Bahamas, em San Salvador (uma ilha próxima a Nassau), novamente no Club Med. Foi a primeira vez em que saí do país para realizar parte do meu sonho. De lá, o gerente-geral me chamou para ir para o Senegal, na África, depois Marrocos, Turks and Caicos... No total de minha carreira, morei em quinze países por meio da hotelaria - trabalhei em três grandes cadeias hoteleiras: Club Med, Rede Bahia Príncipe e Melià International.
Minha paixão sempre foi viajar, aprender idiomas e culturas. Considero esta a parte mais rica de minha experiência em Administração: entender os costumes e a parte cultural. Entendo que a grande diferença das empresas são as pessoas. Você pode gerenciar hoje uma Coca-Cola e, amanhã, uma Petrobrás quando você entende de pessoas. Nesse sentido, sempre me questiono e busco a melhor forma de compreender as particularidades para gerenciar diferentes equipes.
Revista naBaroneza: Nos últimos anos, quais foram os seus focos de trabalho?
Eduardo Carvalheda: Trabalhei 28 anos em hotelaria e sempre em grandes empreendimentos e resorts. De um ano para cá, trabalhei também em Búzios, em um hotel-boutique dedicado ao público de luxo, com 24 quartos.
Revista naBaroneza: Alguma de suas passagens profissionais têm relação com empreendimentos residenciais?
Eduardo Carvalheda: Sim. No Bahia Príncipe, onde permaneci por quase três anos, havia quatro hotéis, totalizando 3.500 quartos, mais um condomínio, com 400 casas, e o Golfe Clube. Trata-se de um complexo hoteleiro, do qual fui diretor-geral - cargo que exerço desde 2006, em diferentes empreendimentos.
Revista naBaroneza: Quais aptidões, habilidades e experiências você entende que o qualificam ao cargo de diretor-superintendente da Quinta da Baroneza?
Eduardo Carvalheda: O que mais exige aqui na Baroneza é o interpessoal. Você tem de saber lidar tanto com um funcionário de obra quanto com um associado. Para 2022, temos muitas obras e investimentos no residencial. Passei, por exemplo, uma semana entendendo a durabilidade de uma máquina de golfe, que fará parte de investimentos na área. Portanto, ter habilidades para lidar com diferentes públicos é uma das necessidades para o dia a dia da Quinta da Baroneza. O segundo ponto é a organização. O residencial evoluiu muito e temos que formalizar todas as ações
- procedimentos e processos -, dando visibilidade às melhorias e tratando a Baroneza com uma grande marca, com todos os detalhes bem estruturados e transparentes. Em resumo, é preciso agregar a formalização de processos com habilidades interpessoais.
Revista naBaroneza: Neste momento, quais são seus principais desafios?
Eduardo Carvalheda: É a ocupação em que a Baroneza chegou. O que isso quer dizer? Em período de um ano e meio a dois anos, vamos ter mais 150 casas. Hoje, já temos 418 residências e vamos chegar, rapidamente, a um total de 570. Se considerarmos quatro pessoas por casa, estamos falando em uma média de duas mil pessoas. Por outro lado, há uma defasagem estrutural - no restaurante, academias, quadras, entre outros locais. Por isso, o maior desafio é adaptar a Baroneza para bem atender a esse crescimento. Isso tudo foi planejado no Plano Diretor (Master Plan Quinta da Baroneza) para um período de quatro a cinco anos, mas teve de ser antecipado em função da pandemia - época em que muitas famílias vieram para o empreendimento. Diante disso, estamos readequando os projetos já feitos.
Revista naBaroneza: Fale um pouco do seu estilo de gestão.
Eduardo Carvalheda: É muito pé no chão e valoriza a presença nos lugares. Sempre digo que nunca consegui gerenciar um hotel de dentro do escritório. O mesmo vale para a Baroneza. Sempre circulo pelas áreas quando chego ao trabalho. Vou ao Clube de Golfe, ao Clube Hípico, à Vila Hípica, e por aí vai. É preciso estar presente. Entendo que a principal função, hoje, do responsável pela gestão da Baroneza é escutar o associado, apurar quais são suas necessidades. Há várias Baronezas dentro de uma só: o interesse de quem mora aqui é diferente daqueles que só vêm aos finais de semana, e o mesmo vale para quem joga golfe e quem anda a cavalo, por exemplo. Temos que entender os vários nichos e estar muito presentes no terreno para tomar as decisões corretas.
Revista naBaroneza: Neste cenário, o quanto fica com a Administração e o quanto tem de passar pelo Conselho Deliberativo?
Eduardo Carvalheda: O Conselho é Deliberativo, então, a responsabilidade de avançar nos projetos e execução é da administração executiva. Porém, como estou chegando agora e tenho que entender os processos, por enquanto, estamos revisando alguns pontos, a exemplo da inauguração da Vila das Crianças - o Conselho tem me dado orientações e autonomia. Estou à vontade com o trabalho, até porque tenho os orçamentos disponíveis e os detalhes das obras a serem realizadas já estão definidos.
Não vou propor uma alteração no Regulamento Interno, por exemplo, se não chegar até mim um
questionamento ou problema manifestado pela coletividade. Não quero deixar nenhuma brecha para questionamentos, já que os interesses são os mais diversos. Por isso, tudo tem de estar documentado para não gerar dúvidas e julgamentos de valores.
Quando se tem uma Baroneza pequena, como era lá atrás, a situação era uma. Agora, com o crescimento do residencial, os interesses são outros, e temos que deixar tudo preto no branco e de acordo com o Regulamento Interno. Toda essa transparência facilita o trabalho. O Regulamento Interno é como a Constituição e evolui ano a ano, prevendo novas situações.
Revista naBaroneza: Como é o seu relacionamento com o Conselho Deliberativo?
Eduardo Carvalheda: Além das reuniões bimestrais com membros do Conselho, estou em contato quase que diário com o presidente, Renato Velloso Dias Cardoso. Faço com ele os alinhamentos necessários e, em relação a alguns pontos, ele orienta como deve ser feito o encaminhamento - como, por exemplo, nos casos que envolvem a área jurídica.
Revista naBaroneza: Como se deu o processo de transição do cargo, do Ângelo Donatti para você? Essa etapa já foi concluída?
Eduardo Carvalheda: A transição com o Ângelo foi ótima e bem produtiva. Como ele estava há dez anos na função de diretor-superintendente, muitas coisas eram feitas “no automático” e, nesse sentido, foi importante captar os diferentes processos. Foi muito valioso acompanhar a rotina diária de trabalho durante o processo de transição, que durou um mês e meio. Também foi bem interessante conhecer a história de 10 anos dele com a Quinta da Baroneza.
Revista naBaroneza: O Ângelo mantinha a “porta aberta” para o associado. Como esse diálogo com o administrador será conduzido a partir de agora?
Eduardo Carvalheda: Minha porta está sempre aberta para os associados, é um prazer enorme conversar com eles. Mas entendemos que tudo tem de ser formalizado para que possa haver o devido acompanhamento e fechamento de cada solicitação. Primeiro, temos a posição da Juliana Placidi, gerente de Comunicação e Atendimento da Quinta da Baroneza. Durante muitos anos, o contato com o associado foi informal. Agora, vamos levar aos moradores a formalização dos processos para que as necessidades de cada um sejam correspondidas. Já estamos desenvolvendo um
novo departamento de serviços e atendimento. A nova Administração quer manter um canal direto com o associado, mas, diante do aumento populacional, é necessária a criação de uma cadeira mais exclusiva e processual para dar esse suporte, proporcionando a melhor experiência ao proprietário.
Queremos um atendimento proativo, com um nível elevado de excelência. É tempo de organizar a casa. Em primeiro lugar, é necessário entender qual é a melhor ferramenta para levar diferentes informações aos associados. Seja pela e-news, revista, e-mail, entre outros canais. Se, para uma determinada pessoa, tivermos que imprimir um comunicado, por exemplo, faremos isso. O importante é que a comunicação flua. Na e-news, a informação é mais rápida e, na revista naBaroneza, mais global. Também temos tratado alguns pontos em comunicados à parte, o “Baroneza Informa”, para que ganhem maior destaque.
Revista naBaroneza: Há alguma outra mensagem que gostaria de transmitir aos associados?
Eduardo Carvalheda: Tem me questionado bastante sobre as reformas e investimentos para 2022, cada projeto está em uma fase diferente, alguns ainda na prancheta, outros nas cotações e alguns já na execução. São quase 30 projetos que deverão ser executados ao longo do ano (veja mais informações na pág. 88), e o objetivo de todos é um só: construir uma Baroneza cada vez melhor!