sing.ular hot takes: the weeknd
tame impala
e mais!
entrevista
Little Dragon Conversamos com Little Dragon sobre seu novo álbum “New Me, Same Us” !
resenha
Thundercat
Fizemos uma análise a fundo sobre o novo álbum do Thundercat “It Is What It Is”.
especial
kero kero bonito
R$ 15 #01
Abril 2020 @sing.ular
sing.ular antes de mais nada Os ma con niendit laut pro bearit, untios eum que magnima gnistem essiti ut venimuscimil eum quo te ipsunt. Ficimpedis sinverum ut evelique essenderum cor anihiti nimporitam, offici bero od ma sunt quam, in excepratist doloresed eum deruptatam autes dolupta cus aut vitiatis quam, am liqui bearcid molorereius, sumqui doloriam aut porem aut ut quas conectur rem iumendi psaperum et dios accaepe rundis aut volorrum ex ea volupta turios estio. Ut lant voluptatin consecto tent. Busaerc hillam voluptam, solupic iuntet dolorias natem fugias modi nonsent la accum aut maio et ut rest, as militium faccupta velent. Daecearum venderf erchit as dolor solla demporerchic temporeped que con cori dissin poratur aute volore, que dolorit vitiis aut animaximi, con nimporro cor rercillecero odi ut idipidu cipsunt pla nimaio magnihic te pa eiuntecatio. Orum experis culpa nest dit res non re, nus explabo. Uptaecus. Tatis nobis exerciis doloVolore nihicia doluptae. Dam faces dolorent maiorro demporerchic temporeped que con cori dissin poratur aute volore, que dolorit vitiis aut animaximi. Daecearum venderf erchit as dolor solla demporerchic temporeped que con cori dissin poratur aute volore, que dolorit vitiis aut animaximi, con nimporro cor rercillecero odi ut idipidu cipsunt pla nimaio magnihic te pa eiuntecatio. Orum experis culpa nest dit res non re, nus explabo. Uptaecus. Tatis nobis exerciis dolo Volore nihicia doluptae. Dam faces dolorent maiorro demporerchic temporeped que con cori dissin poratur aute vol Tatis nobis exerciis dolo Volore nihicia doluptae. Dam faces doloren cori dissin poratur aute volore, que dolorit vitiis aut animaxim.
luan pinheiro @luancpinheiro 02
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sumário
12. The Strokes A clássica banda de Nova York volta do estúdio com o seu novo e surpreendente trabalho "The New Abnormal".
04. Little Dragon
14. Porter Robinson
Conversamos com os membros do Little Dragon sobre seu novo álbum "New Me, Same Us"
O produtor de música eletrônica anúncia que está gravando o seu novo álbum, além de lançar 2 singles e um mundo virtual.
10. Thundercat
20. Shows
Resenha especial do "It Is What It Is". Novo álbum do exímio baixista e compositor Thundercat.
Festival Popload cativa o público com boas performances de Lorde e a clássica banda punk Blondie.
pag. 06
kero kero bonito A nossa resenha sobre o novo álbum "Bonito Generation". Seguido de um papo com os membros da banda.
pag. 16
hot takes resenhas curtas de lançamentos recentes
3.15.20 Childish Gambino 111 Pabllo Vitar After Hours The Weeknd Cha Cha Palace Angelica Garcia Circles Mac Miller Close To The Flame Forever Create A Place Mr Wrong Future Nostalgia Dua Lipa
Histórias Da Minha Área Djonga Hotspot Pet Shop Boys La Yarara Malena Zavala Miss Anthropocene Grimes New Me, Same Us Little Dragon R.Y.C Mura Masa Sawayama Rina Sawayama The Slow Rush Tame Impala
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03
entrevista
Conversamos com Little Dragon Banda sueca famosa por colaborações lança "New Me, Same Us"
L
ittle Dragon, a banda sueca formada pelo vocalista Yukimi Nagano, os multi-instrumentistas Håkan Wirenstarnd, Fredrik Wallin e Erik Bodin na percussão, lançou recentemente seu sexto álbum, New Me, Same Us. Conhecidos por colaborações com nomes como BADBADNOTGOOD, Gorillaz, SBTRKT, Flying Lotus, Flume, Kaytranada, DJ Shadow e Mac Miller, eles fazem um som indie pop ao mesmo tempo dançante e reflexivo. Conversamos com Bodin sobre a nova fase da banda e seus planos atuais. Sinto que cada disco tem seu universo e seu clima. Então qual é o “new you” no New Me, Same Us? (Risos) Não sei dizer. É uma evolução natural pra gente. É como se a gente tivesse no nosso ritmo mas o mundo ao redor está mudando mais rápido ainda. (Risos) Mas agora, depois desses 5 outros discos, estamos felizes como nunca estivemos. É hora de celebrar o caminho que fizemos, sabe? 04
sing.ular
Muitas das suas músicas são agridoces pois você dança mas chora quando repara na letra. Como vocês fazem esse equilíbrio de emoções? Acho que é se permitindo sentir triste. Acho que na verdade esse é o caminho pra ser feliz. Quando você chora sem amarras, pode rir sem amarras.
Vocês tocam juntos há 24 anos. Que conselho você daria pra você de 1996? Talvez não ter medo de expressar seus sentimentos. De dizer quando algo não foi legal ou tiver frustrado. Tivemos a sorte de nunca ter muitos momentos ruins, mas tivemos emoções que marcaram. Começamos muito jovens e muitas vezes não sabíamos lidar com isso. Você tem mais discos que amigos? Qual disco é um verdadeiro amigo para você? Sim, definitivamente! E o disco é o Eletric Ladyland, do Jimi Hendrix. Quando comecei a tocar, queria tocar que nem a [banda] Experience.
E escrever músicas é um caminho para isso? Sim, demais. É divertido. A gente entra no estúdio e parece que voltamos a ser crianças brincando. Muitas vezes só vamos tocando sem ter ideia de onde vamos parar. Vocês fizeram algumas colaborações sensacionais nos últimos anos – do Gorillaz ao DJ Shadow, passando pela Kali Uchis neste novo álbum. Vocês têm uma colaborações dos sonhos? Não especificamente. Eu, pessoalmente, sinto que muitas vezes quando criamos é uma colaboração. Somos tão diferentes e trazemos bagagens tão diferentes que sinto como se fosse algo bem coletivo.
Confira a resenha do novo álbum do Little Dragon "New Me, Same Us" na sessão HotTakes, página 19.
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05
kero kero bonito
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“ não escondemos nada! nós cantamos sobre o que vemos! ” - sarah midori perry
/5 KERO KERO BONITO
Bonito Generation Synthpop, Indie Pop 12 Faixas • 36 min Double Denim Records
O
que faz uma música Pop ser extremamente viciante? Há quem diga que a exaustiva repetição nas rádios provoca um consumo forçado que adentra em nosso subconsciente, dando esta impressão “chiclete”. Outros consideram que é um processo de composição baseado em um mecanismo estudado de tentativa e erro que fica cada vez mais preciso. Mas também pode ser tudo uma escolha de Deus, em que nós mortais não temos o menor controle, como dito no filme God Help The Girl, de 2014. Seja como for, é muito curiosa a forma que cada artista passa, na procura de encontrar um indício que o leve à construção de uma música Pop perfeita. Desta forma, o trio londrino Kero Kero Bonito é um bom exemplo de como isso é um processo demorado e que não necessariamente acontece nos primeiros registros, mas, quando chega seu efeito, é arrebatador. Bonito Generation é o primeiro disco de estúdio da banda, sucessivo a algumas mixtapes que funcionaram como ensaios para este grande momento. Misturando referências da música do novo milênio, como J-Pop, efeitos de videogame e muitos sintetizadores eletrônicos, este álbum consegue
trazer melodias extremamente simples, o que não é sinônimo de um trabalho simplista. É fácil cair no senso comum de ver o projeto como algo fofo, mas isso deve ser encarado mais como um elemento da obra do que uma estética sonora. A banda traz à tona um grande laboratório de referências cujas combinações funcionam de diversas formas, seja como a trilha sonora de um anime moderno, uma propaganda com luzes epiléticas ou hits Pop bastante sólidos. O despertar do disco é anunciado por Waking Up, uma divertida canção que conta com um mini Rap que se reveza entre versos em Inglês e Japonês, como em outros momentos do disco. Heard A Song tem um dos refrões mais pegajosos do disco, acompanhado por um arranjo simples e de brilho bastante intenso.
Uma grande compilação de músicas pop bem estudadas e executadas
Graduation pode aparentar ter uma letra bobinha, mas é justamente aí que somos surpreendidos com referências a The Wall, de Pink Floyd (“Hey teachers, leave the kids alone”), e até mesmo a um Trap simplificado. Big City é um momento que dialoga muito com os anos 80, não só pelos sintetizadores mas por trazer um pouco do City Pop japonês à tona. Lipslap remete às estruturas rítmicas do House, lembrando até mesmo o duo Disclosure. O single Trampoline trabalha bem com um refrão explosivo e traz viva referências de aberturas de anime, como Sailor Moon ou Sakura Card Captors, que são fofos, mas mostram personagens de extrema força em seus episódios. Por fim, Hey Parents, a faixa mais simples do trabalho remete a um discurso bastante adolescente, reforçando a ideia de que, contrário ao que se espera, são bastante explosivas e ingênuas. Assim, Kero Kero Bonito marca sua estreia em estúdio com um disco que revela de forma interessante uma grande compilação de músicas Pop bem estudadas e executadas. Pode ser que as referências orientais tragam alguma dificuldade para ouvintes menos familiarizados com este repertório, mas justamente a intensa familiaridade com Pop faz com que os integrantes nos entreguem um disco bastante acessível. Um trabalho de profundidade escondida em divertidas canções Pop com muitos raios laser, brilhantina e glitter.
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07
entrevista
Pulando em Trampolins com Kero Kero Bonito Seu álbum de estreia, Bonito Generation, é simplesmente POP!
H
á muito significado e poder nas coisas mundanas", Jamie Bulled me diz pelo Skype. "As coisas que você não nota diariamente às vezes têm mais impacto sobre você." Bulled, 23, é um terço da banda pop inglesa Kero Kero Bonito, cujo primeiro álbum completo, Bonito Generation, está disponível hoje. O Kero Kero Bonito faz música mais alegre, à esquerda do centro, que prega a beleza dos menores prazeres da vida. O som estridente de synthpop, que lembra as trilhas sonoras de videogame de 8 bits e os hits da nostalgia dos anos 2000 da gravadora londrina PC Music, funciona bem para o assunto divertido. O Bonito Generation inclui músicas sobre pular em trampolins, abandonar a formatura da escola e até checar seus pais para ver se eles sentem sua falta. "Há tanta coisa para fazer / mas agora eu só quero cochilar", canta a vocalista Sarah Midori Perry, 24 anos, que alterna liberalmente entre japonês e inglês para seus vocais. "Acordar é a parte mais difícil, mas é essencial!" Hiper-alegres a tal ponto que muitas vezes é hilário, a música de Kero Kero Bonito pode ser a trilha sonora de algum desenho animado esquecido a muito tempo. O resultado é sem esforço cativante. “Essas coisas são muito mais engraçadas e interessantes do que uma proclamação pomposa e pretensiosa de algo como amor e guerra”, diz Gus Lobban, 23 anos, produtor da banda que também atua como Kane West, artista assinado pela PC Music. Lobban diz que a banda é inspirada a fazer músicas de bem-estar inspiradas no pop super-simples, oferecendo como exemplo o "Drop It Like 08
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Da esquerda pra direita: Gus Lobban, Sarah Midori Perry, Jamie Bulled
A banda, que tinha show agendado em São Paulo, foi obrigada a cancelar toda a agenda devido ao Covid-19. A produtora Balaclava está negociando uma nova data para o show.
It's Hot" de Snoop Dogg. O som deles, que depende da nostalgia e não mexe em letras complicadas, deve ser o mais facilmente possível de se relacionar. O Kero Kero Bonito (cujo nome aparentemente português na verdade é inspirado na palavra japonesa para o coaxar de um sapo) começou em 2013 quando os amigos Lobban e Bulled procuravam um cantor para sua banda. Interessados e m J-pop, os dois postaram no MixB, um quadro de mensagens para expatriados japoneses em Londres. Eles encontraram uma combinação perfeita em Sarah Midori Perry. Ela não teve nenhuma experiência como cantora ou música antes de decidir tentar o lance de cantora, mas sua voz robótica corresponde ao lirismo tolo e às vezes sarcástico das composições de KKB. “Segure a câmera no alto e clique / Exercite seu direito de fotografar isso / Não se esqueça de mostrar a todos que você já conheceu”, ela canta em “Picture This”, uma música sobre a alegria de tirar fotos com um cutucão cínico no ato de passar cada momento acordado no Instagram. Perry é primariamente uma artista visual, e ela solidifica a estética adjacente da banda no palco, incorporando adereços e figurinos. "Vemos as apresentações ao
vivo como experiências imersivas, por isso tentamos sempre pensar nisso mais do que apenas tocar a música", diz Perry. Ouvir o lirismo de Kero Kero Bonito parece muito instrutivo. É música para dançar, mas músicas como "Break", que instrui os ouvintes a respirar fundo durante um dia difícil, ou "Heard a Song", sobre encontrar uma ótima nova música no rádio, soam como linhas tiradas de um livro infantil. É uma vibe que pode levar alguns a ouvir a música do KKB como não possuindo muita complexidade (para a qual a banda diz: Veja o gênio brincalhão do The B-52). “Alguns dias são difíceis quando você precisa se manter bem”, Perry canta em “Big City”, uma música sobre sentir-se em uma grande metrópole. "Simplesmente não há tempo para tabus", ela oferece no single "Lipslap", um discurso cheio de palavras sobre falta de comunicação. “As pessoas gostam muito de música, onde não acontece muita coisa, eu acho”, diz Lobban, um assunto que parece revigorante no KKB. A filosofia principal deles é dar permissão aos ouvintes para que se tranqüilizem e saiam de suas realidades. Tire o dia de folga do trabalho! Claro, largue sua cerimônia de formatura! Até “Trampoline”, uma música sobre, sim, pular em um trampolim, carrega uma mensagem universal de tirar um tempinho do seu dia para fazer algo agradável para si mesmo. "Giro completo, backflip, apenas liberte seu corpo", canta Perry. "A vida parece melhor quando você está no trampolim."
“ vemos as apresentações ao vivo como experiências imersivas ” - sarah midori perry
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09
review
Thundercat: It Is What It Is A linha de baixo do jazz-fusion une-se ao funk para homenagear seu falecido amigo Mac Miller, mas também se solta com artistas como Childish Gambino ao seu lado
O
Thundercat mediou por muito tempo o existencialismo. "Quando você olha para trás em sua carreira, precisa responder a si mesmo: aproveitei ao máximo o meu tempo na terra?", Ele refletiu para a Rolling Stone em 2015. Isso aconteceu logo depois que ele ajudou a criar o trabalho de Kendrick Lamar. obra-prima do rap-jazz 'To
As linhas de baixo do Thundercat estiveram muito presentes na produção do aclamadíssimo álbum "To Pimp a Butterfly", do rapper Kendrick Lamar (ouça "These Walls") 10
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Pimp A Butterfly'; os anos seguintes sugerem que a resposta à sua pergunta é, até agora, firmemente afirmativa. As fortunas da carreira do efervescente cantor de Los Angeles, compositor e baixista mestre - nascido Stephen Bruner - dispararam, seu álbum solo repleto de estrelas 'Drunk' é um destaque caprichoso e muito elogiado em 2017. "It Is What It Is", no entanto, chega no final de um período desafiador na vida do Thundercat. Seu chefe e co-produtor de gravadoras, Flying Lotus, divulgou recentemente à Billboard que, ao fazer esse "sombrio disco", seu colaborador "tomou o caminho mais sombrio", referindo-se à morte trágica do amigo íntimo do Thundercat, Mac Miller, em 2018. "Eu acho que o pavor existencial surgiu quando Mac desapareceu”, ele disse ao The New York Times recentemente. “Fui confrontado com uma escolha - seguir o exemplo ou descobrir. E acho que sou eu que estou tentando descobrir." Além do título estoico do álbum, as reflexões líricas do Thundercat sobre tristeza, incerteza e cura gradual estão relacionadas a 'It Is What It Is'. Ele comovente grita "Hey, Mac!" no outro etéreo da faixa-título, e no álbum de abertura 'Lost In Space / Great Scott / 22-26', ele apreensivamente exala para o grande vazio: "É tão frio e tão sozinho". 'Fair Chance', que explicitamente presta homenagem a Miller, apresenta letras de Ty Dolla $ign levantando 'Hurt Feelings' do falecido rapper
/5 THUNDERCAT
It Is What It Is Psychedelic Soul, Neo-Soul, Jazz-Funk 15 Faixas • 37:29 Brainfeeder (“Mantenha minha cabeça acima da água / Meus olhos ficando maiores / O mundo ficando menor”) e Thundercat elogiando “tchau-tchau por enquanto, continuarei segurando para você” em seu distintivo falsete. Não haverá um olho seco na casa. "It Is What It Is" não é totalmente envolto em luto a cada momento: há muita diversão e exuberância musical aqui. Um solo de saxofone do Kamasi Washington chia através da fusão estrondosa de jazz de 'Innerstellar Love' antes da bizarra porém brilhante 'Dragonball Durag' onde nosso narrador declara “posso estar coberto de pelos de gato, mas ainda cheiro bem” a um interesse amoroso presumivelmente confuso.
Estrela versátil medeia a vida e a morte com homenagem a Mac Miller
Há muita diversão e exuberância musical aqui. Enquanto isso, o estilo frenético de produção do Flying Lotus se apóia na breve 'How Sway', enquanto Thundercat mostra suas habilidades de baixo hábeis. Esse interlúdio, um dos cinco no registro, é impressionante ou entorpecedor, dependendo de seus sentimentos sobre sua tentativa de imitar trilhas sonoras de videogames antigos. O momento mágico de 'It Is What It Is' chega quando o Thundercat se conecta com Steve Lacy, Childish Gambino e o herói do funk dos anos 80 Steve Arrington em 'Black Qualls'; a música disco-funk deve ser considerada a melhor música de 2020. Sua inclusão aqui dá uma indicação reconfortante de que, para toda a ruminação pesada do álbum sobre vida, morte e cura, o Thundercat ainda pode relaxar quando necessário.
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11
review
The Strokes: The New Abnormal O disco possui altos e baixos, mas consegue trazer novamente certo encanto para banda
O
The Strokes está de volta com um estilo completamente sofisticado no sexto álbum de estúdio. Após sete anos entre projetos paralelos e EP’s, chega The New Abnormal, sucessor de Comedown Machine (2013). As primeiras impressões do álbum deixam uma sensação de paz com o passado e exalta a maturidade dos integrantes da banda. Uma viagem pelos anos oitenta, recheada por sintetizadores e guitarras melancólicas que abraçam o ritmo dançante da New Wave. The New Abnormal foi gravado em Malibu, na Califórnia, nos estúdios de Rick Rubin, um mago das produções, conhecido por ter trabalhado com nomes como: Beastie Boys, RHCP, Slayer, Adele, Johnny Cash e Metallica. A capa do disco reproduz um trabalho, de Jean-Michel Basquiat, de 1981, intitulado Bird on Money. O álbum abre com a nostálgica e melódica “The Adults Are Talking”
The Strokes no comício de Bernie Sanders 12
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Uma viagem pelos anos oitenta, recheada por sintetizadores e guitarras melancólicas
com guitarras e batidas engajadas no Pós-Punk. enaltecendo o talento de Julian Casablancas para contar histórias sentimentais. Os solos e riffs das guitarras de Nick e Albert invocam o espirito indie e crescem quando encontram a voz suave de Julian que canta versos como: “Nós estamos doentes. Não esqueça nossos rostos”. Frases que podem soar pertinentes para os dias que custam passar nesse isolamento social. “Selfless”, com suas guitarras energizadas, sintetizadores e batidas
tal é absolutamente incrível. Uma música que tem tudo para se tornar mais um grande hit dos Strokes, ou invadir de vez as pistas de dança. Julian faz uma crítica social a pessoas que ficam presas no tempo, falando especificamente dos anos 80: “E a música dos anos 80, sim, como foi? Quando eles disseram: “Este é o começo dos melhores anos”. Em “Bad Decisions” a banda faz referência a Billy Idol, lembrando a emblemática canção “Dancing With Myself”. E essa semelhança não é à
/5 THE STROKES
The New Abnormal Alternativa/Indie 15 Faixas • 37 min Cult Records, RCA Records
Da esquerda pra direita: Nikolai Fraiture (baixista), Albert Hammond Jr (guitarra), Nick Valensi (guitarra), Fabrizio Moretti (bateria e percussão), Julian Casablancas (vocal)
eletrônicas, lembra muito as baladas do Daft Punk. Com Julian cantando sobre viver a vida sem desperdiçar os momentos: “Por favor não demore. Porque eu quero seu amor. Sem seus braços, a vida é muito curta”, diz a letra. “Brooklyn Bridge To Chorus” é uma viagem visceral iniciada por um notável sintetizador. Com a banda pisando firme em um pop dançante que em alguns momentos lembra A-Ha e Pet Shop Boys. Uma canção eletrizante e cativante. Sua estrutura instrumen-
toa, já que o cantor divide os créditos da faixa com a banda. Em certos momentos remete ao U2. É a canção que mais lembra o rock primitivo do começo da banda. Isso pode agradar fãs mais devotos de Is This It. Tem potencial para funcionar muito bem ao vivo. Com os pés firmes nos sintetizadores, encontramos “At the Door”, uma canção que deixa mais ausente o baixo e a bateria, sendo levada por uma guitarra em segundo plano. A música foi apresentada no dia 11 de fevereiro no show que a banda fez para o comício do pré-candidato à presidência dos EUA, Bernie Sanders. A banda anunciou publicamente seu apoio ao candidato. Em entrevista Julian Casablancas disse: “Bernie Sanders representa a nossa única chance de passar por cima do poder corporativo e ajudar os EUA a retomarem a democracia”. A canção também ganhou um videoclipe em animação que lembra os desenhos dos anos oitenta. O encerramento é com a ótima “Ode To The Mets”, com riffs marcantes de guitarras. A canção soa como uma conclusão de tudo que foi apresentado nas outras faixas. “E com o passar dos
anos, meu velho ouvido está de volta. Eu não vou mostrar meus dentes rapidamente”, canta Julian. A canção ainda faz uma referência ao New York Mets, time de baseball do Queens. O disco reflete a maturidade atingida pela banda no decorrer da sua jornada de altos e baixos. Para quem esperava um retorno ao Rock setentista do começo, esqueça. O grupo segue experimentando diversos elementos para agregar sua identidade musical. É daqueles álbuns que vai crescendo a cada audição, e quando chega ao final dá vontade de apertar o play mais uma vez.
A capa do disco reproduz um trabalho, de JeanMichel Basquiat, de 1981, intitulado Bird on Money.
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no forno
Porter Robinson anúncia álbum e lança mundo virtual O produtor lançou dois singles, que você pode ouvir em um universo virtual e multiplayer.
T
udo o que precisamos saber está aqui - "aqui" sendo qualquer ponto entre o Oceano Ártico no norte e a Antártida no sul. Assim diz Porter Robinson, que encriptou o anúncio de seu novo álbum com links do Google Maps e coordenadas de latitude/longitude. "Nurture" é o nome de seu segundo álbum. O trabalho que segue a linha do seu álbum de estréia altamente influente "Worlds", assim como o EP do seu alter-ego, auto-intitulado Virtual Self. Nurture parece seguir mais os passos de Worlds, com melodias bonitas, texturas brilhantes e elementos clássicos. 14
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Você pode acessar o universo virtual de Nurture no site: nurtu.re
O álbum ainda não tem data de estréia, mas ele já deixou alguns brindes pra gente matar a ansiedade. O primeiro deles sendo dois singles que já estão disponíveis nos serviços de streaming, "Get Your Wish" e "Something Comforting", dão uma idéia de como será o álbum. O segundo presente, um site que permite que fãs do mundo todo interajam entre sí enquanto ouvem os singles do novo álbum, existe até a possibilidade de você acabar encontrando o próprio Porter Robinson por lá, o avatar dele é o único que alterna entre as cores preto e branco, o que torna fácil de se destacar dos outros. No site, existe um universo para cada música, e as músicas tocam ao fundo enquanto você viaja pelos cenários. Dos 4 cenários, apenas 2 estão disponíveis, será que vem mais 2 singles por ai ?
“ Coloquei a minha alma neste álbum ”
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15
hot takes
resenhas curtas de lançamentos recentes
the weeknd
after hours
S After Hours The Weeknd
Universal Republic Records
R&B, Hip-Hop/Rap 12 Faixas • 56 min 16
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intetizadores, saxofone, melodias pop e batidas dançantes. Tudo da década de 1980 está presente e transportam o ouvinte direto para o passado. As letras de After Hours entregam uma obra confessional, com The Weeknd refletindo sobre o sucesso pós-Starboy e ainda se lamentando sobre o fim de um relacionamento. O contraste entre o melancólico e o dançante para a concepção das letras cheias de desilusões, resultam em um disco divertido e triste. No novo
trabalho, The Weeknd apresenta músicas com melodias melancólicas e explora novas sonoridades. As faixas “Heartless” e “Blinding Lights”, já ganharam vídeos. Já a música “Scared to Live”, inclui um sample de “Your Song”, de Elton John. “After Hours” conta com a colaboração de Kevin Parker, Oneohtrix Point Never e Metro Boomin. O álbum de uma hora se desenrola como um sonho experimental dos anos 80, mas ainda está ancorado no DNA sombrio de The Weeknd. Fabricio Moretti
3.15.20
Childish Gambino
111
Pabllo Vittar
Create A Place
Cha Cha Palace
Wolf+Rothstein / Liberator Music
Sony Music Brasil
R&B, Hip-Hop/Rap
Pop, Tecnomelody
Water Wing Records
Spacebomb Records
12 Faixas • 57 min
9 Faixas • 22 min
Punk
R&B, Hip-Hop/Rap
Childish Gambino, leva neste novo álbum suas experimentações às últimas consequências. A começar pelo título insólito, que faz referência à data em que o trabalho foi divulgado. A obra passeia pelo hip-hop, funk e R&B e foi pensada para ser ouvida de uma tacada só. As faixas receberam como título o minuto em que aparecem no disco, com a exceção de Algorhythm e Time, que tem participação de Ariana Grande. Um coquetel inspirado e dançante. Felipe Branco Cruz
111, o terceiro álbum de Pabllo Vittar, não faz jus ao que já mostrou ao longo de sua breve carreira. Aliás, a obra em si engana com um início envolvente, movido pelo electro-funk de “Parabéns” ao lado de Psirico. Em "Flash Pose”, com Charli XCX, homenageia a cultura dos ballrooms norte-americanos. O resultado final é aprazível para os fãs da cantora, mas perde-se pela falta de coesão entre as faixas e pela profusa arte que imprime. Thiago Nolla
9 Faixas • 16 min
15 Faixas • 48 min
Camadas de vocais opostos e ritmos nítidos e discordantes, o trio de Portland "Mr. Wrong" torna palpável o frenesi confuso que caracteriza nossa entrada em 2020 em seu novo álbum. Cada música explode com hiperatividade - mas é uma loucura proposital. De fato, o Mr. Wrong está melhor do que nunca; o trio tomou um rumo sônico, mantendo-se fiel às suas raízes proto-punk enquanto incorpora a angularidade do pós-punk. Kerry Cardoza
Cha Cha Palace é um reflexo de quem Garcia é; arredores e crenças reunidos para criar música prismática e multidimensional. Em "It Don't Hinder Me", presta homenagem a seus anos de formação em Los Angeles. Em "Jícama" e "Água de Rosa", transforma goiabeiras em diaspóricos talismãs, em "The Big Machine", ela coloca a voz em camadas para formar um coro celestial. Mesmo quando o assunto é pesado, sua música irradia alegria. Nilina Mason-Campbell
Close to the Flame
Future Nostalgia
Mr. Wrong
Angelica Garcia
Circles Mac Miller
Warner Bros. Records
R&B, Hip-Hop/Rap 14 Faixas • 57 min
Forever
Através do álbum, há um ritmo hipnotizante, uma espécie de inércia que o leva... Em "Swimming" ele estava à deriva, procurando por um farol que o traria de volta a "um lugar de conforto". Em "Circles" parece que ele o encontrou. Apesar da tristeza que envolve esse projeto, há muita positividade: a produção do álbum é impecável e a mensagem que brilha é de esperança para o futuro. Roisin O'Connor
Dua Lipa
Cascine
Warner Bros. Records
Dancepop, Electropop
Dancepop, Electropop
12 Faixas • 56 min
11 Faixas • 37 min
O álbum evoca o desejo de buscar a luz no fim de um túnel. 'Close to the Flame' cativará os ouvintes em relação à força tremeluzente que ela conjura. "Burn", uma batida de R&B apoiada por harpa. Em "Make It Happen", as rimas ultra-suaves de Just John. Na sensual "Adonis", as batidas se fundem em cordas cintilantes, enquanto as harmonias respiratórias de Moon transmitem uma sensação de vulnerabilidade. Alex Westfall
A confiança na voz dela não lhe dá motivos para duvidar dela. Durante todo o álbum, a estrela pop está no banco do motorista, tanto nos bastidores quanto nas situações que ela descreve nas letras. ... 'Future Nostalgia' é uma coleção brilhante e ousada da majestade pop para afastar suas ansiedades ... mesmo que por pouco tempo. Honestamente, não há uma música ruim aqui. Cada batida é elástica, toda nota e amostra são ousadas e brilhantes. Helen Brown
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17
tame impala
the slow rush
E The Slow Rush Tame Impala
Universal Music Australia
Alternativa/Electropop 12 Faixas • 57 min 18
sing.ular
mbora o The Slow Rush seja inegavelmente um álbum pop eletrônico, ele não chega no território das baladas. Pelo contrário, acentua seu amor pela textura sônica. Em "One More Year", o efeito nos vocais de Parker ao fundo e a linha de sintetizadores. Sem mencionar "One More Hour", uma gloriosa brincadeira de sete minutos de sons graves que Parker monta como uma montanha-russa. As faixas de The Slow Rush podem trazer as crianças mais psicodé-
licas para a pista de dança, ou trazer os fãs mais irritados de EDM para a sala de fumantes. Alguns podem estar céticos em relação à mudança da banda aqui, porque é drástica em comparação com o album anterior. Eu não estava empolgado com esse álbum, mas depois de ouvir o The Slow Rush, cheguei ao ponto em que não posso deixar de cantar, cantarolar ou acenar em quase todas as faixas. É um pouco longo, eu provavelmente cortaria músicas como o On Track ou Glimmer. Jackson Glassey
Histórias da Minha Área Djonga Ceia
Hotspot
Hip-Hop/Rap
Pet Shop Boys
10 Faixas • 34 min
x2 Recordings
Synthpop 10 Faixas • 42 min O hotspot oscila entre o álbum Behavior (1990), cheio de baladas, e o brilhante disco de dança de 1988, Introspective. ..Você sente que este álbum pretende ser uma expressão de esperança para o futuro, e não um olhar para trás. Coisas boas ao redor de uma banda que faz com que pareça fácil, mantendo-se fiel ao que chegou aqui em primeiro lugar. Um ponto negativo é a falta de novidades neste álbum: eles estão apenas reafirmando o que fazem de melhor. Gary Ryan
La Yarará Malena Zavala
Yucatan Records
Pop Alternativo 10 Faixas • 39 min
Djonga faz do bloco inicial do registro uma extensão natural de tudo aquilo que havia testado nos discos anteriores. São versos marcados pela poesia autocentrados, canções pontuadas por conquistas, medos e crises existencialistas do artista mineiro. Um misto de passado e presente, nostalgia e celebração que vai da infância nas ruas de Belo Horizonte às conquistas que se acumulam desde a estreia com Heresia. Cleber Facchi
New Me, Same Us
Miss Anthropocene
Little Dragon
Grimes
Malena Zavala, que nasceu na Argentina e reside em Londres, expôs suas emoções cruas em seu sublime álbum de estréia em 2018, Aliso. Em La Yarará, ela encontra uma maneira de cavar fundo. Com músicas densas baseadas em cumbia, reggaeton, afrofunk, folclore argentino e bolero, além da música britânica. La Yarará sinaliza um futuro emocionante para o pop, colorido e multicultural. Zavala - que canta em inglês e espanhol - é uma das artistas mais sofisticadas do gênero. Sarah Gooding
Sawayama Rina Sawayama
R.Y.C Mura Masa
Dirty Hit
Polydor Records
Ninja Tune
4AD Ltd
R&B, Nu-Metal
Pop Alternativo
Electropop
Electropop
13 Faixas • 43 min
10 Faixas • 39 min
12 Faixas • 47 min
15 Faixas • 67 min
New Me, Same Us encontra seu vigor no ponto ideal entre o pop puro e as tendências mais aventureiras da banda. Quando um clímax de piano inspirado no jazz e emocionalmente carregado atravessa o verniz suave de New Fiction ou quando Where You Belong se inclina totalmente em um groove parte-funk e parte R'n'B, a banda realmente dá o seu passo. É uma pena que haja alguns tropeços no caminho. Alex Westfall
É um disco repleto de imaginação e cheio de beleza. É também um próximo passo adequado para uma artista que construiu sua reputação como alguém que se recusa a acompanhar o resto do mundo. Sem dúvida este é o álbum mais sombrio da cantora até agora, o resultado talvez de uma montanha-russa de meia década, ou talvez apenas de uma artista que nunca deu a mínima para o padrão comercial das rádios Lisa Wright
Embora algumas músicas poderiam ser melhor aproveitadas, ela está aqui para expressar sua personalidade excessiva, melodramática, divertida e que alimenta a dor de todas as maneiras diferentes que pode, sem esconder nada. Combinando riffs de guitarra nu-metal com R&B pop inspirados em Aaliyah e 'NSync, Sawayama soa como o Blackout de Britney Spears tocado pelo Korn e inexplicavelmente isso funciona. Brittany Spanos
Em R.Y.C, Mura Masa colabora com Clairo, slowthai, Geórgia e outros. Ele explora o rock LoFi e pop alternativo, que não promete ficar muito tempo nos ouvidos ou na mente dos ouvintes, mas a primeira impressão será uma agradável surpresa para quem não é muito exigente e gosta de ouvir músicas fáceis sem deixar de ser criativo ou autêntico. Comparado ao registro anterior, há um nítido contraste, com menos ênfase no hip-hop. Isso não significa que não seja interessante. Joe Hale
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Lorde faz show cativante no Popload Festival Cantora neozelandesa mostrou maturidade e domínio de palco em apresentação no Memorial da América Latina
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ob comando feminino de uma novinha madura - Lorde - e uma veterana jovial - Debbie Harry, do Blondie -, o Popload Festival reuniu 13,7 mil pessoas nesta quinta-feira (15), no Memorial da América Latina, em São Paulo. O festival, cada vez maior e mais consolidado em SP, também teve as bandas americanas MGMT, Death Cab For Cutie e At the Drive-In e os brasileiros Letrux, Mallu Magalhães e Tim Bernardes (os dois últimos pela primeira vez juntos ao vivo). Exceto por um ou outro defeito inevitável, como a tempestade no início da tarde, ou inexplicável, como a mesma cerveja custar mais caro na pista comum do que na premium, o dia teve saldo positivo. Segura e à vontade, Lorde foi atração principal multitarefas: dançou 20
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sem parar de cantar, balançou uma bandeira do Brasil numa mão e uma LGBT na outra, sentou no palco para conversar e desceu para abraçar os fãs, chegou elegante e saiu só de sutiã. Ela cresceu. Mesmo ainda com 1,65m de altura, a neozelandesa de 22 anos voltou ao Brasil, após estreia em 2014, maior em vários campos: em produção, em público, em repertório e principalmente em domínio da voz e do palco. Pena que não veio toda a estrutura da turnê de “Melodrama” (2017). A cenografia com uma espécie de aquário gigante ficou para trás, mas já foi melhor que o show simples de 2014. O maior acréscimo são os dançarinos, aos quais Lorde se junta em algumas coreografias (legais, pouco óbvias). A parte da banda ainda fica devendo, com muitas bases pré-gravadas. Um show de headliners merecia uns
backing-vocals e mais instrumentos no palco. Mas isso não parece incomodar aos fãs nem a ela. Lorde conta que esse é o penúltimo show da turnê, o que ajuda a explicar a segurança e a alegria. Cabe o repertório quase todo do segundo disco e as melhores do primeiro - claro, sem tirar o hit “Royals”. Antes da balada “Liability”, ela diz que a música é sobre quando as pessoas “tentam te podar, te enquadrar e te fazer menor do que você é”. Ela completa: “Brasil, eu sei que hoje vocês têm gente tentando podar e diminuir vocês, mas saibam que apoiamos e amamos vocês”. Depois ela ainda vai abraçar os fãs, pega as bandeiras do Brasil e LGBT para balançar no palco, faz outros elogios ao Brasil e termina sem camisa pedindo para o público exorcizar os sentimentos ruins com ela em “Green light”. Grande show.
Blondie de Debbie Harris estava a todo folêgo
A
boa estreia do Blondie no Brasil teve contratempos: o som meio abafado, com gritos na pista normal reclamando; e as ausências do sucesso "Hangin on the Telephone" e do guitarrista e cofundador Chris Stein, fora desta etapa da turnê sem motivo divulgado. Penúltima do show e maior hit por aqui, "Heart of Glass" foi dedicada a ele. Mas os outros dois remanescentes da banda formada em 1974 em Nova York estavam entre nós: a vocalista Debbie Harry e o baterista Clem Burke, dono da batida que faz o rock do Blondie ser ao mesmo tempo dançante e cru. Aos 73 anos, Debbie é um enigma da natureza. Afinada, canta sem esforço
e deixa pouquíssimas partes para a plateia. Com vestido esvoaçante fluorescente, ela passeia pelo palco com elegância, fala que gostaria de ir um dia visitar a Amazônia e arrisca uns "obrigadas". "Essa é pras garotas da plateia... Para quem quer ser uma garota", anuncia a cantora, antes de "Maria". Além do hit de 1999, o set teve novidades como "Doom or Destiny", "Fun" e "Long Time" e clássicos da new wave como "One way or another" e "Call me".
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sing.ular #01 20 Faixas • 1h 20min
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Are You Felling Sad ? Dragonball Durag Break At The Door Get Your Wish In Your Eyes Algorhythm Amor de Que Jícama Good News Make it Happen Don't Start Now Borderline Will-o-the-wisp Procuro Alguém En La Noche Violence XS Deal Wiv It Sober
New Me, Same Us 2:38 It Is What It Is 3:01 Bonito Generation 3:17 The New Abnormal 5:10 Nurture 3:38 After Hours 3:57 3.15.20 3:32 111 2:38 Cha Cha Palace 2:46 Circles 5:42 Make It Happen 3:25 Future Nostalgia 3:03 The Slow Rush 3:58 Hotspot 4:28 Histórias da Minha Área 3:34 La Yarará 2:55 Miss Anthropocene 3:41 Sawayama 3:21 R.Y.C 2:57 Melodrama 3:17
Little Dragon, Kali Uchis Thundercat Kero Kero Bonito The Strokes Porter Robinson The Weeknd Childish Gambino Pabllo Vittar Angelica Garcia Mac Miller Forever, Just John Dua Lipa Tame Impala Pet Shop Boys Djonga, Coyote Beatz Malena Zavala Grimes, i_o Rina Sawayama Mura Masa, slowthai Lorde
Duração
Diante do avanço do Covid-19, o cancelamento de eventos é a atitude mais responsável a ser tomada, mas os prejuízos (para artistas, produtores e fãs) são inestimáveis. Se você tinha ingressos para shows ou eventos cancelados por conta do Coronavírus, por gentileza, considere aceitar o adiamento do ingresso ao invés de pedir reembolso agora. Toda a indústria e milhares de profissionais da música estão sendo afetados em todo o mundo. Precisamos atravessar juntes este momento difícil.
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