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SISTEMA CONSTRUTIVO
S I S T E M A C O N S T R U T I V O
ESTRUTURA METÁLICA
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Desenvolver tecnicamente, e viabilizar financeiramente, um sistema
construtivo em estrutura metálica, em um mercado onde o emprego da
alvenaria estrutural, além para edifícios de até de consolidado como seis pavimentos,
opção mais econômica ainda prossegue em desenvolvimento, exige otimização e racionalização em todos os níveis. Esta tarefa não está condicionada apenas à competência profissional mas também, e principalmente, à ausência de sistemas complementares, a um preço compatível, que permitam a conclusão do edifício dentro de uma processo industrializado.
O fator custo é determinante para um item que pode representar 20-25% do custo final da obra. Desta forma a busca por uma estrutura econômica, sem comprometer o desempenho dos demais sistemas a ela ligados, conduz o foco inicial das pesquisas para a necessidade de uma redução drástica do consumo de aço e de todos os elementos que complementam o sistema como:
Proteção contra fogo;
Rejuntamento dos encontros entre a estrutura e os painéis;
Elementos de fixação das vedações;
Proteção contra oxidação da estrutura e das ligações;
Necessidade de solda de campo;
Buscou-se conhecer e aprimorar o processo de execução de estrutura mista, desenvolvida pela interação entre a viga metálica e a laje de concreto armado, procurando uma disposição das peças, no sistema reticulado, que gerasse o menor consumo de aço. O sistema caracteriza-se pela inserção das lajes no espaço compreendido entre os flanges e almas, ou mesas e almas, das vigas. Resulta em uma superfície plana, assemelhada às estruturas denominadas lajes cogumelos. Neste caso os capitéis, elementos responsáveis pela transferências dos esforços cortantes para as colunas, são substituídos pelas ligações das vigas com as colunas.
FIGURA 56: POSIÇÃO DA LAJE EM RELAÇÃO A VIGA.
De um modo geral, os sistemas construtivos industrializados, apresentam grandes vantagens, principalmente se comparados com o sistema comumente utilizado no Brasil, que é ainda artesanal, e executado com os diversos tipos de materiais convencionais conhecidos. Assim, são mencionadas a seguir as principais vantagens dos sistemas industrializados:
Os sistemas industrializados geram sempre um baixo peso por m² de construção, e consequentemente, um alívio das solicitações na estrutura. Com isso, elementos estruturais mais leves, inclusive os prémoldados, podem ser empregados sem problemas de instabilidade. Ressalta-se aqui que, o emprego dos novos materiais a se utilizar nesses tipos de sistemas, por serem estes padronizados, exige projetos mais detalhados e com grande grau de precisão.
S I S T E M A C O N S T R U T I V O
As paredes podem ser feitas dos mais diversos tipos de materiais,
conseguindo-se assim paredes com extensa gama de
performances: mecânica, acústica, térmica e de resistência ao fogo. São de rápida execução, pois são praticamente montadas no local. Podem também ser ocas facilitando a execução das instalações elétricas e hidráulicas. Normalmente aceitam qualquer tipo de revestimento, podendo este já vir incorporado aos painéis pré-fabricados. O sistema hidráulico pode ser feito aparente ou embutido, de tubos plásticos flexíveis, de facílima manutenção, sem necessidade de demolições. Os fios e cabos de energia podem chegar à obra nas dimensões exatas; as tomadas, apagadores e comandos em geral do sistema elétrico, podem ser embutidos em rodapés ou simplesmente adaptadas aos painéis de paredes por encaixes, através operações simples sem desperdício de materiais. A caixilharia pode ser integrada ao painel de parede antes da colocação, ou as janelas e portas podem chegar à obra inteiramente prontas: pintadas, com vidros, com batentes, dobradiças e fechaduras e de colocação muito mais rápida.
Os espaços assim como os painéis de paredes e lajes, são modulares, podendo ser retirados ou acrescentados seguindo a mesma metodologia construtiva, na hipótese de reforma ou de ampliação posterior da construção.
DRYWALL
Este sistema, conforme já acima referido, é utilizado em larga escala em todo o mundo, mas no Brasil, é usado basicamente na confecção de paredes internas e divisórias de um modo geral. Não é usado em paredes estruturais. Trabalhos neste sentido vêm sendo desenvolvidos em algumas empresas ou instituições do país. Até recentemente, o sistema tipo “Dry Wall” era totalmente importado por algumas firmas no Brasil.
Tal sistema consiste em painéis de gesso acartonado pré-fabricados, parafusados em uma ou mais camadas, em montantes alinhados e fixados sobre guias. Estes montantes e guias, são feitos de perfis dobrados de chapa de aço galvanizado, e apresenta no final o conjunto, uma superfície apta a receber vários tipos de acabamento. Este sistema apresenta as vantagens dos sistemas construtivos industrializados, entre as quais citamos: alívio de carga nas fundações (pelo baixo peso), facilidade para passagem de instalações elétricas e hidráulicas (paredes ocas), flexibilidade para projetos personalizados e otimização do cronograma físico financeiro do projeto, permitindo a execução de uma obra rápida, racionalizada e limpa.
As paredes são perfeitamente alinhadas, os painéis de gesso podem receber qualquer tipo de revestimento como pintura, cerâmica, papel de parede, fórmica e outros materiais. É possível obter-se paredes com uma gama muito ampla de performances, desde paredes simples para divisórias internas à paredes de grande desempenho, (grandes pésdireitos, alta resistência mecânica, alto isolamento acústico e térmico). Dentre os atuais fabricantes deste tipo de sistema, podem ser citados a Placo do Brasil BPB e a Lafarge Gypsum, esta última uma empresa francesa já estabelecida no país.