UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ENTRE RUAS O EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMO CONEXÃO URBANA
Lucas Quintas Baeta - RA: B79HEE-2 Orientador: Jaime Cunha Junior Trabalho de Curso - TC
São Paulo 2017
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
ENTRE RUAS EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL COMO CONEXÃO URBANA
Monografia apresentada para de
do
em
em Arquitetura e Urbanismo
pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Paulista - UNIP, sob Professor Jaime Cunha Junior.
São Paulo, SP 2017
do
À Deus que sempre esteve está ao meu lado em todos os momentos, inclusive nos momentos mais difíceis. À minha família que são as pessoas mais importantes da minha vida: Ao meu pai Agnaldo Russo Baeta. À minha mãe Aurora Rosa Quintas Baeta. Ao meu irmão Gabriel Quintas Baeta.
AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus e a minha família por todo apoio e por serem minha base durante todos os momentos que passei no decorrer do curso.
Também agradeço aos colegas de classe que estiveram comigo ao longo desse caminho.
Finalmente agradeço aos professores da Universidade Paulista que lecionaram as matérias durante o curso de Arquitetura e Urbanismo, contribuindo e formando os conteúdos adquiridos nesse tempo, em especial ao meu orientador professor Jaime Cunha Junior por toda dedicação e também por todo conhecimento que foi transmitido.
"(...) as relações entre coisas e dentro das coisas têm uma importância muito maior do que as próprias coisas." J. B. Bakema El
de la ciudad: por una vida
humana de la
comunidad - VIII CIAM (1951). E.N. Rogers, J. L. Sert, J. Tyrwhitt. Ed. Hoepli - Barcelona, 1955
RESUMO O objetivo deste trabalho é propor a implantação de um edifício multifuncional no bairro da Bela Vista, localizado na região central da cidade de São Paulo, com a finalidade de trazer os usos residencial, comercial e escritórios para atender a demanda existente no local. Os usos atribuídos ao edifício atendem as necessidades da região, que está bem servida de transporte público, seguindo orientações da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do solo, que prevê a implantação de usos residenciais e não residenciais articulados a rede de transporte público. O edifício ainda funcionará ainda como uma conexão urbana entre a Rua Augusta e a Rua da Consolação, fazendo parte de um possível sistema de travessias de pedestres pelo térreo de edifícios, atravessando as quadras com grande extensão. Para a aplicação das soluções adotadas foram realizados levantamentos de dados da região, considerando aspectos sociais e funcionais.
Palavras-chave: edifício multifuncional, transporte público, conexão urbana, travessias de pedestres.
ABSTRACT The objective this work is to propose the implantation of a multifunctional building in the neighborhood of Bela Vista, located in the central region of São Paulo, with the purpose of bringing residential, commercial and office uses to meet the existing demand in the area. The uses attributed to the building meet the needs of the region, which is well served by public transportation, following the guidelines of the Land Parcelment, Use and Occupancy Law, which provides for the implementation of residential and non-residential uses articulated to the public transport network. The building will still function as an urban connection between Augusta Street and Consolação Street, forming part of a possible pedestrian crossings through the ground floor of buildings, crossing the blocks with great extension. For the application of the adopted solutions, data were collected from the region, considering social and functional aspects.
Keywords: multifunctional building, public transport, urban connection, pedestrian crossings.
SUMĂ RIO
1.2.3. Gabarito e topografia do Eixo da Rua Augusta .............................................................. 15 1.3. Transporte ..................................................................................................................................... 16 1.4. Gabarito e topografia ..................................................................................................................... 17
1.9.1. Rua Bela Cintra .............................................................................................................. 23
1.11. Justificativa projetual ................................................................................................................... 28 1.12. Conjectura ................................................................................................................................... 30
2.4. Leadenhall Building ....................................................................................................................... 43 2.5. Metzler Tower ................................................................................................................................ 46
3. PROJETO
3.4. Programa ....................................................................................................................................... 57 3.5. Fluxogramas ................................................................................................................................. 58 3.7. Sistema estrutural .......................................................................................................................... 61 3.8. O projeto ........................................................................................................................................ 62
INTRODUĂ‡ĂƒO O trabalho realizado tem como intuito fazer um levantamento das proximidades do eixo formado pela Rua Augusta, na
A partir disso, a ideia propor a duas ruas utilizando seu
Para chegar dados da
central de
um
comercial, com a
Paulo, de modo a diminuir os
multifuncional que tenha o papel de conectar de uma galeria. Aliado ao uso comercial, o
essa proposta e para que ela seja
fazendo um
travessias urbanas nas
foram
levantamentos de
que permitiu analisar as fragilidades e potencialidades existentes ao
longo do eixo compreendido pela Rua Augusta. Para realizar essa pesquisa foi essencial a visita local, fazendo o levantamento
campo do
e coletando dados que foram traduzidos em mapas, podendo ser
observados ao longo do trabalho.
Complementando os dados obtidos com as visitas ao local, para que fosse desenvolvimento do projeto, foi de suma do local,
O
da
o levantamento de dados da
de estudos de caso que permitiram a
a parte dedicada a toda
da da
levantamento de pesquisa, com a
contemplando a
O primeiro da
e
e a conjectura, que aborda uma
atual referente ao projeto realizado. No segundo estudos de
e do dos programas e
dos levantamentos de dados e do projeto foram organizados em
bem como a
o
intitulado de
apresentados os
conceituais e estudos de caso utilizados, com seus devidos fluxogramas e Por fim, o terceiro
referente ao projeto, contendo o resultado de toda essa
das plantas, cortes e
dos fluxogramas, tabelas, maquete
08
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
A Rua Augusta foi aberta oficialmente em 1891,
Na década de 1950 começa a ocorrer ainda uma
sendo primeiramente um acesso indireto, se conectando
nova mudança, a verticalização ganha força na região,
com a Rua Caio Prado à Rua da Consolação, de forma que
abrigando residências e já alguns escritórios e órgãos
essa última que ligava com as ruas centrais, atraindo
públicos, com o térreo voltado ao comércio (visto como
primeiramente moradores com menor poder aquisitivo, se
espetáculo e lazer para mulheres da elite).
mantendo tal perfil até as duas primeiras décadas do século
Em 1968 houve a implantação de um novo complexo
XX, com as classes média-baixa e operária. (PISSARDO,
viário, com a modernização da Praça Roosevelt (inaugurada
2013, p. 29).
em 1945), que acabou por aumentar o fluxo de carros.
Em 1899 a Light é fundada com o intuito de instalar
Curiosamente, a circulação de veículos que atraiu muitos
bondes elétricos na cidade e em 1901 compra os bens da
comércios e lazer para a Rua Augusta, será a responsável
antiga empresa de bondes a burros (PISSARDO, 2013, p.
pela saída dos mesmos já no início de 1970, devido aos
37). Essa linha de bondes elétricos é ampliada após o início
conflitos de circulação e estacionamento. Nesse período,
dos empreendimentos da City. Com isso, a Rua Augusta tem
lojas da elite iriam sair da rua para inaugurar os primeiros
então um papel que vai além da Av. Paulista, fazendo a
shoppings centers, que continham grandes áreas de
ligação rápida desses novos bairros da elite com a região
estacionamentos (PISSARDO, 2013, p. 82 e 83) O poder público na época focou seus esforços em
central. Já à partir de 1915, o tráfego pela região irá
resolver os problemas de congestionamento e "deixou de
Fonte: http://www.arquiamigos.org.br/info/info34/i-noticias.htm. Acesso em: 22 jul. 2017
automóveis.
lado" questões referentes a infraestrutura da rua. Esse
Entretanto, São Paulo teria um grande desenvolvimento do
"abandono" contribuiu para saída do comércio, em maioria
transporte apenas entre as décadas de 1940 e 1970,
de luxo, e permitiu que os colégios das elites também
pautada pelos automóveis individuais, implicando em
saíssem da região.
aumentar
Fonte: http://www.saopauloantiga.com.br/rua-augusta-anos-60-e-2012/. Acesso em: 22 jul. 2017
devido
o
aparecimento
dos
congestionamentos. Nesse contexto, a Rua Augusta por ter
Ainda é importante ressaltar que esse processo de
uma localização estratégica para os deslocamentos de
saída de estabelecimentos também ocorreu com os cinemas
automóveis, foi determinante para o desenvolvimento da
da rua, muito comuns à partir da década de 1950. Até os
habitação, do comércio e do lazer na região.
anos 1940, o lazer da Rua Augusta e região eram festas
O congestionamento é mais intenso à partir de 1950,
feitas por associações e clubes em salões de festas e com a
em que houve a intensificação do comércio na rua,
chegada dos cinemas na região o lazer e sociabilidade
causando conflitos de circulação e estacionamento de
mudaram, trazendo bares, boates e comércios próximos a
veículos, que prejudicava a passagem dos ônibus que
eles. Os problemas de congestionamento, estacionamento e
substituíram os bondes (PISSARDO, 2013, p. 80).
infraestrutura influenciaram no fechamento desses espaços,
10
levando embora o público jovem no começo dos anos 1970. É na década de 1970 que existe uma nova mudança de uso da Rua Augusta com a instalação de hotéis de luxo próximos a Av. Paulista, para servirem
aos novos
executivos das grandes empresas que lá se localizavam. Ao mesmo tempo, pela rua ser um eixo de passagem de automóveis e ônibus, com uma importante função de ligação entre os bairros da elite e a Av. Paulista, a via foi entre 1970 e o final de 1980 um território marcado pela prostituição,
que
tinha
se
dispersado
pela
cidade
(PISSARDO, 2013, p. 137). Até o final dos anos 1980 essa prostituição era "camuflada", acontecendo em "casas de massagens" e american bars, se tornando mais explícita no início dos anos 1990, fazendo com que grandes empresas e hotéis de luxo deixassem a região. O começo do processo de revitalização da Rua Augusta se deu por ações da Prefeitura já em 2000, aliado a crise do setor hoteleiro (PISSARDO, 2013, p. 142). Entretanto, esse processo ganha força após o sucesso do clube Vegas, que se instalou na região em 2005, fazendo com que se instalassem outras casas noturnas próximas a ela, trazendo novamente o jovem. Esses jovens que permanecem na rua a noite toda, afastaram a prostituição para outros locais, em decorrência da falta de discrição. Os teatros e cinemas já existentes na rua antes de
botecos (PISSARDO, 2013, p. 152 e 153). Outro motivo que impulsionou a revalorização da região foi a inauguração da linha verde do metrô em 1991, de forma que a estação Consolação, então, atende a toda região. Além disso, abertura da linha amarela, em 2011, melhorou a mobilidade. Por fim, todo esse processo de revitalização da região à partir do lazer noturno, que mantém um fluxo de pessoas durante a noite e o dia, atraiu novos comércios e, principalmente, gerou uma revalorização imobiliária do trecho. Dessa forma, além dos locais de prostituição, muitas Fonte: Arquivo pessoal/ julho 2017
casas noturnas e pequenos estabelecimentos estão dando lugar para novos empreendimentos imobiliários, construindo grandes torres residenciais e comerciais para classe média, causando um novo movimento de gentrificação. O projeto para a região da Rua Augusta será de fundamental importância para manter esse processo de revitalização, trazendo novas oportunidades de residir na região aliado ao comércio e serviço, próximo dos sistema de transporte público, com o intuito de suprir parte da demanda da localidade. Porém, o conceito do nível térreo do edifício proposto difere dos novos empreendimentos que estão sendo realizados na região atualmente, uma vez que a ideia é de uma galeria que permita a travessia de pedestres entre duas ruas, diferente desses novos empreendimentos que não permitem passagem e se fecham para a rua.
1970 voltaram a ganhar importância e contribuíram para a reocupação da via. Os cinemas à partir de 1990 atraem outros comércios para rua e os teatros à partir de 2000 revitalizaram a Praça Roosevelt (foi reconstruída em 2010),
Fonte:http://www.archote.com/. Acesso em: 22 jul. 2017
atraindo também novos comércios, especialmente bares e
11
1.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
12
Por estar situada em uma região central da cidade, a
residenciais e corporativas, hotéis, galerias comerciais,
Dentre os edifícios existentes, temos imóveis
área de estudo analisada tem sua maior força na
teatros, cinemas e outros espaços de cultura, além de lojas
subutilizados ou com potencial construtivo, sem contar os
infraestrutura já existente no local, aliada ao transporte
com até quatro pavimentos.
lotes
que
se
encontram
vazios.
Aliados
aos
estacionamentos, tais áreas tem a capacidade de serem
público de massa, que dá ao território uma boa mobilidade A região tem como outro uso característico os
melhor aproveitadas. A área ainda tem a falta de áreas
estacionamentos dispostos ao longo de todo o eixo da Rua
verdes e praças pública, contendo basicamente a Praça
Devido a proximidade aos sistemas de transporte
Augusta. Além disso, existe a marcante presença de
Roosevelt dentro do trecho de estudo.
público coletivo, tal localidade tem a presença de usos e
edifícios judiciários, especialmente da Av. Paulista em
gabaritos variados de edifícios, que incluem torres
direção ao centro.
urbana.
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Vazios / estacionamentos
Potencial adensamento
Edifícios tombados
Edifícios Subutilizados
Galerias
Áreas verdes
Estação metrô Futura estação metrô
Eixos ônibus
Área Intervenção
0
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100
200
Ponto ônibus
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
13
Essa ocupação do solo se deu à partir da evolução
Esses processos históricos pelos quais a região
histórica que o território sofreu, passando por diversos
passou também influenciaram no perfil socioeconômico que
processos de mudanças de uso, população e também
se estabeleceu em cada um dos lados da Rua Augusta. Hoje
processos de melhoria da infraestrutura urbana, para então
a área de estudo está novamente sofrendo um processo de
chegar a ter a configuração existente atualmente. Com isso,
gentrificação, com nova mudança das classes sociais que lá
a variedade existente na região também se estende para o
se estabelecem.
ano de construção de cada edifício, coexistindo edifícios datados de antes da inauguração oficial da Rua Augusta até os mais tecnológicos construídos nessa década.
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Vazios / estacionamentos
Residencial
Serviço
Edif. em construção
Áreas verdes
Comércio
Institucional
Edif. subutilizados
Área Intervenção
0
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Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
14
Av. Paulista
1.2.3. Gabarito e topografia do Eixo da Rua Augusta
Sentido Centro
Sentido Jardins
Corte do eixo da Rua Augusta. Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
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800 V
785
750
780
795
780
V
V
V
5 81 805 760
770 F
755
785
785
815 805
790
0
81
790
760
780
780
775
790
785
815
TV.
775
R
TUN
815
DA
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750
820
V V
ESTRÊLA
V
815
0 81
SIRIUS
V
775
795
800
81
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0
770 V
770
V
TÚ NE
770
L
765
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790
5
76
0 77
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V
805
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760 765
V
V V
755 V
78
765
5
V
775 760
780
V
760
765
DARIA
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0
76
770
750
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755
76 V
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V
V
5
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765
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770
750
745 V
770
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750
760
790
81 5
LIMA
V
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770
M.
775
CAETANO
765
750
JORGE
815
780
ESTRÊLAS
RUA
810
5 78
RUA
TV. DAS ESTRELAS TV. DAS NOVAS NOVAS
V
750 V
750 760
RAMOS
760
775
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755
780
755
75
5
785
815
790
810
0
81
795
795
V
805
810
V
1 a 4 pavimentos
9 a 12 pavimentos
5 a 8 pavimentos
13 a 16 pavimentos
17 pavimentos ou mais
Vazios / estacionamentos
Área Intervenção
0
50
100
200
Áreas verdes
Mapa de gabarito de altura. Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
15
1.3. TRANSPORTE
O eixo da Rua Augusta é uma via que nasce na região do centro novo e que desenvolve-se em direção a Av. Paulista até encontrar as áreas loteadas pela Cia City, de modo que a Cia acompanha as áreas localizadas a sudoeste da região central. Justamente por estar na região central, onde o transporte público está concentrado, a via é bem atendida pela mobilidade urbana.O eixo contém linhas e corredores de ônibus (na Rua da Consolação e Av. Nove de Julho) e também estações de metrô das linhas verde e amarela, além das futuras estações da própria linha amarela e linha laranja.
Apesar do eixo todo ser contemplado com transporte coletivo, existe uma diferença entre os dois lados da Rua Augusta, de forma que o lado do sentido centro tem maior concentração das linhas de ônibus e também de estações do metrô. Esse lado central, que vai desde a Av. Paulista até a Rua Martins Fontes, tem a mobilidade urbana maior, uma vez que é nele que estão todas as estações de metrô e a maior parte das linhas e pontos de ônibus, bem como estarão presentes as futuras estações de metrô. Já o lado sentido jardins tem menos opções de transporte, contando com menos ruas servidas por linhas de ônibus e com estações de metrô apenas na Av. Paulista. V V V V V
V
· 107T-10 Metrô Tucuruvi / Term. Pinheiros
V
V
· 930P-10 Term. Pq. Dom Pedro II / Term.
V
Pinheiros
C
RUA
V
RUA BELA CINTRA
V
DA C
ONS OLA Ç
ÃO C
· 7181-10 Cid. Universitária / Term. Princ. 10 6.
77
Isabel
V
F V
V V V V
· N307-11 Term. Pq. Dom Pedro II / Term.
R
V V
Pinheiros
V
V
AV. PAULISTA
V
R R
V V
· 908T-10 Term. Pq. Dom Pedro II / Butantã
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO IB S TR AN DIS TR DE V
V V
V
V V
V
C V
V
RU
83 24 7.
AA
UG
US
· Consolação (linha verde)
V
TA V
V
V
· Paulista (linha amarela) R
· Higienópolis Mackenzie (futura estação das
V
linhas amarela e laranja)
V
V
V
C
C
· 14 Bis (futura estação da linha laranja) V V
V RIA
ADA
ESC
V
V V
Estação metrô Futura estação metrô Ponto ônibus
Eixos ônibus Corredores ônibus
0
50
100
200
Área intervenção
Mapa de transportes no Sentido Centro. Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
16
1.4. GABARITO E TOPOGRAFIA A região de São Paulo como um todo tem Av. Paulista
muita variedade de altura de edifícios, variando o gabaritos destes em uma mesma rua. No trecho do eixo da Rua Augusta não poderia ser diferente.O Sentido Centro
trecho compreendido pela Rua Augusta tem essa característica de grande diferença de altura dos edifícios, variando de construções térreas até construções com mais de 17 pavimentos.
Corte Rua Augusta Sentido Centro. Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
V
Isso se deve principalmente pelo processo V V
histórico que a região sofreu, contando com edifícios
V
V V
V
históricos do século XIX e grandes edifícios que são V
V
dessa década de 2010, sem contar alguns que ainda C
V
RUA
V
RUA BELA CINTRA
estão sendo construídos. Dessa forma, percebemos
DA C
C
ONS OLA ÇÃO
77
edifícios mais altos próximos a Av. Paulista,
10
6. V
V V
V
enquanto no sentido dos Jardins, especialmente na
V
V
Rua Augusta, temos a concentração de comércios de V
V V
V
AV. PAULISTA
V
até quatro pavimentos. Ao avançar para o lado V
central, o gabarito de altura das edificações é bem RUA
diversificado, devido esse trecho ser o que sofreu e
V
A
V
UST
V
AUG
V
V V
V C V
V
24
7.
83
continua sofrendo maiores alterações ao longo do V
V
V
V
tempo,
intensificado
pela
atual
revalorização
imobiliária da região. R
V
V
V
O trecho do eixo da Rua Augusta ainda tem
C C V
uma outra característica importante: sua topografia.
V
V RIA
ADA
ESC
V
Mais uma vez a Av. Paulista é necessária para a
RELA
PASSA
análise, sendo ela o ponto mais alto entre os dois V
GETÚL
V
S
IO VARGA
lados da Rua Augusta. Ambos os lados vão subindo SAR
PAS ELA
até chegar na avenida, mas o lado do "Baixo 1 a 4 pavimentos
13 a 16 pavimentos
Vazios / estacionamentos
5 a 8 pavimentos
17 pavimentos ou mais
Áreas verdes
9 a 12 pavimentos
Área intervenção
0
50
100
Augusta" tem sua declividade mais suave, inclusive é 200
mais suave do que a Rua da Consolação e a Rua Bela Cintra.
Mapa de gabarito de altura no Sentido Centro. Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
17
Assim como o gabarito de altura dos edifícios, o uso e ocupação do solo no trecho do eixo da Rua Augusta tem uma diversificação bem grande de atividades, assim como todo o centro de São Paulo.
No lado dos Jardins, voltados para Rua Augusta temos comércios de até quatro pavimentos, para um público com renda maior e voltados para ruas próximas temos torres residenciais. Próximo a Av. Paulista temos edifícios de escritórios, sedes das empresas que lá se estabelecem. Já no sentido centro temos tanto comércios voltados para classes mais populares, quanto edifícios residenciais e hotéis, sem contar as casas noturnas que permitem o fluxo noturno desse trecho.
Além das casas noturnas, teatros e cinemas também são opções de lazer noturno para região, especialmente para o lado do "Baixo Augusta". Muitos teatros e espaços de cultura estão localizados próximos à praça Roosevelt. V
Na Rua Augusta ainda estão localizadas
V V V V
galerias comerciais, que tem uma característica
V
V
V
diferente das demais galerias do centro da cidade:
V
as lojas estão dispostas para uma circulação
C
V
RUA
V
RUA BELA CINTRA
DA C ONS
OLA
horizontal fechada, não interligando ruas. O eixo
C
ÇÃO
10 6.
77
da rua também é marcado pelos estacionamento V
V
V
particulares de veículos que se localizam na rua
V V V
V V
desde a popularização dos automóveis, tentando
V
V
AV. PAULISTA
V
R
conter os problemas de congestionamentos.
R
V V
RUA
V
AUG U
V
STA
V
V
V V
V
Um dos usos que ainda permanecem na
C V
V
24 7.
83 V
região no sentido centro são as instituições de
V V
V
ensino, como a Faculdade das Américas e a R
Universidade
Mackenzie,
por
exemplo.
As
V
instituições de ensino foram importantes no início
V
V
V
C
da formação urbana da região, assim como os
C V V
V
clubes esportivos, como o São Paulo Athletic Club, RIA
ADA
ESC
V
que está hoje localizado próximo a praça RELA
PASSA
Roosevelt e o Club Athlético Paulistano, hoje na
V
GETÚL S
IO VARGA
V
ELA
SAR
PAS
Rua Colômbia (prolongamento da Rua Augusta). Esses clubes são os usos esportivos mais
Vazios / estacionamentos
Residencial
Edif. em construção
Áreas verdes
Comércio
Edif. subutilizados
Institucional
Serviço
Área intervenção
0
50
100
200
próximos da área de estudo, porém são locais particulares.
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
18
Além de locais públicos para pratica de esportes, outra carência da área de estudo são praças e áreas verdes. Existem algumas pequenas praças e a única que tem o tamanho adequado para demanda da região é a Praça Roosevelt, uma vez que a grande área verde conhecida como "Parque Augusta" é uma área fechada.
Finalmente, a área compreendida entre a Av. Paulista e a Rua Martins Fontes e entre a Rua da Galeria Ouro Velho Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Consolação e a Av. Nove de Julho concentra muitos edifícios que tem funções judiciárias, que vão desde cartórios de registro de imóveis até edifícios da Justiça Federal.
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Casas Noturnas na Rua Augusta (sentido centro) Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Hotel Pan Americano Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
19
A região central de São Paulo, particularmente o chamado "centro novo" tem como uma de suas características as conexões que podem ser realizadas utilizando o térreo dos edifícios, muitos deles sendo galerias comerciais.
Na região da Rua Augusta, como já mencionado, as galerias existentes não fazem conexões entre ruas. Dessa forma, as conexões existentes na área de estudo são poucas, se resumindo ao lado central do eixo, mais especificamente as passagens pelo nível da rua do Conjunto Nacional, do Shopping Center 3, do Cetenco Plaza e do Calçadão Urbanoide.
Apesar das poucas conexões existentes no trecho de análise, o mesmo tem muitas possibilidades de se criarem novas travessias entre vias pelo térreo de futuros empreendimentos, que podem fazer um percurso que vai da Av. Nove de Julho até a Rua da Consolação, por exemplo. Tal percurso de pedestres pelo térreo dos V V
edifícios poderia ser executado com o melhor V V
V
V
aproveitamento de alguns lotes da região.
V
V
Estacionamentos de automóveis, lotes vazios,
V C
imóveis subutilizados e edifícios com potencial de
V
RUA BELA CINTRA
V
RUA
DA C ONS
OLA
adensamento (até quatro pavimentos) poderiam
C
ÇÃO
10 6.
77
dar lugar a novas construções, que permitissem
V
F V
V V V V
que o nível da rua fosse livre para pedestres e que R
V V
de alguma forma se interligasse com outros lotes,
V
V
AV. PAULISTA
V
R R
V V
criando um trajeto que atravessa as quadras e
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO IB S TR AN DIS TR DE V
conecta ruas.
V V
V
V V
V
C V
V
RU
83 24 7.
AA
UG
US
Enfim, esse trajeto que pode acontecer
V
TA V
V
V
com as possíveis conexões entre ruas pode, além R
de melhorar a mobilidade de pedestres, melhorar o
V
fluxo de pessoas no local, ao criar um térreo livre
V
V
V
C
C
com uso de comércio e serviços. Ao trazer esses V V
V RIA
ADA
ESC
usos para o térreo dos empreendimentos, pode-se
V
levar um caráter mais local para algumas vias que V
servem apenas para grandes deslocamentos,
V
como é o caso da Rua da Consolação, que poderia ter algo semelhante ao que acontece na Rua Vazios / estacionamentos
Área intervenção
Conexões existentes
Edifícios Subutilizados
Galerias
Conexões possíveis
0
50
100
200
Augusta.
Potencial adensamento Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
20
Como já dito anteriormente, a região central da cidade de São Paulo tem uma grande variedade de usos e gabarito dos edifícios. Isso também ocorre com a data de construção dos edifícios, contendo edifícios do século XIX e edifícios contemporâneos pós 2010 lado a lado. Esse processo está presente então na Rua Augusta e nas suas proximidades, abrigando edifícios de diferentes épocas dessa história recente que o trecho passou, desde palacetes e casarões da época das chácaras até edifícios que ainda estão sendo construídos.
Entre essa diversidade de edifícios de diferentes períodos, temos alguns que são relevantes e se destacam em relação a outros, devido sua importância histórica ou mesmo por suas funções onde está construído. Contudo, apenas dez edifícios que estão dentro da área de estudo são tombados por órgãos do poder público (IPHAN, Condephaat, Conpresp), são eles: fachada do Teatro Cultura Artística (1), Escola Estadual Caetano de Campos (2), anexo do Colégio Visconde de Porto Seguro (3), ruínas do Colégio Des Oiseaux (4), antigo Inst. Sedes Sapientiae - atual PUC-SP (5), imóvel da Rua Augusta com a Rua Marquês de Paranaguá (6), casarão da Rua Marquês de Paranaguá V
(7), casarão da Rua da Consolação (8), palacete V V
Franco de Mello (9) e casarão da família Vicente
V V
V
V
V
de Azevedo (10). V
C V C
V
RUA
V
RUA BELA CINTRA
DA C
ONS
V
OLA
Muitos edifícios da Rua Augusta e C
ÇÃO
proximidades não são tombados, mas devem ser F
considerados como relevantes, seja por terem
V V
V R
também importância histórica ou por trazer fluxo de
V
V
8
V V V
pessoas para o local, ou ainda por contribuir para
R
V
V
11
R
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO IB S TR AN DIS TR DE
16
RUA
12
consolidação da região. Nesse sentido vale UST
7
A
V
AUG
V
AV. PAULISTA
V
V
V
C
destacar alguns desses exemplos:o Conjunto
V
5 V
24
7.
83
Nacional (11), os Shoppings Center 3 (12) e Frei V
V
10
V
V
Caneca (13), os Hospitais Nove de Julho (14) e 13
Sírio Libanês (15), as galerias comerciais ao longo
9 6
3
4 17
do eixo, teatros e espaços culturais (Teatro
2 V V
Augusta [16], Club Noir e Cia Corpos Nômades
V
V
C
15
C
1 V
[17], por exemplo) e também outros casarões que
V
V RIA
ADA ESC
não são tombados.
V
14
V V
Vale destacar que muitos desses edifícios históricos e relevantes que foram citados já Edifícios tombados
Edifícios Relevantes
Galerias
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
Área intervenção
passaram por alguma mudança de uso ao longo de 0
50
100
200
sua história, para se adaptar as novas dinâmicas atuais.
21
Sentido Jardins
Sentido centro O trecho compreendido pelo eixo da Rua Augusta passou por mudanças socioeconômicas desde a formação urbana desse território. Hoje, a região tem uma diferença socioeconômica marcada pela Av. Paulista, sendo bem diferente o padrão de comércio e habitação em cada um dos lados da rua.
No início da formação da Rua Augusta e demais ruas adjacentes, o trecho era marcado pela população com renda Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
menor, devido a elite estar no centro da cidade. Com o tempo a rua passou a abrigar no sentido centro a elite, devido as colégios e clubes esportivos, mas logo perderá essa população que sairá para a "Cidade Jardim".
Por causas dessa evolução histórica da região, hoje a Rua Augusta no Sentido Jardins é marcado por comércios e habitações para uma população com renda mais alta, devido a proximidade com os bairros do Jardins. Já o "Baixo Augusta" ainda tem a maior parte da população residente e Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ março 2017
que trabalha nessa localidade com uma renda inferior ao outro lado, devido ao esvaziamento do centro nas últimas décadas.
A tendência no eixo da rua é a mudança de perfil da população nos próximos anos, tanto em questão de habitação, quanto em relação aos demais usos comerciais e de lazer. Isso deve acontecer pela revalorização imobiliária que está acontecendo no local, com a construção de novos edifícios residenciais e comerciais para uma população de Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
Foto: Acervo pessoal/ julho 2017
classe média.
22
1.9. A ÁREA DE INTERVENÇÃO
1.9.1. Rua Bela Cintra
A testada da Bela Cintra
de
do lado da Rua
voltada para uma via com
tendo baixo fluxo de
local,
e pedestres (maioria
moradores), sendo quase totalmente ocupada nesse trecho
Entrada de Hotel de frente com a área de intervenção
Obras de construção da estação Higienópolis-Mackenzie da linha laranja do metrô Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Bar "Exquisito" dentro da área de intervenção
Edifícios de diferentes gabaritos de altura
Ao fundo edifícios da Rua Bela Cintra (foto na Rua da Consolação)
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Destaque para largura da Rua Bela Cintra
Comércio no entorno da área de intervenção
Vista da Rua Bela Cintra (foto de dentro da área de intervenção)
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
23
O acesso da área de intervenção que dá para Rua da Consolação está em uma rua com grande fluxo de automóveis, contando com 4 faixas de veículos para cada sentido da via, sendo que em cada lado temos uma faixa que funciona como corredor de ônibus. A Rua da Consolação no trecho próximo a área de intervenção tem então a função de realizar deslocamentos na cidade, abrigando pequenos estabelecimentos comerciais e alguns edifícios subutilizados, estando a área de intervenção de frente para o Cemitério da Consolação.
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ março 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ março 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
Foto: Acervo pessoal/ abril 2017
24
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (lei nº 16.402/16) faz a divisão do solo em territórios de transformação, de qualificação e de preservação. Cada território tem suas respectivas zonas de uso. Na região do Eixo da Rua Augusta, inclusive na área de intervenção adotada, a maior parte se configura no território de transformação, mais especificamente classificado como Zona de Eixo de Estruturação Urbana (ZEU). Justamente pela área de intervenção estar situada em uma região central, com potencial de adensamento populacional e construtivo, bem servida pelo sistema de transporte público coletivo, que ela se caracteriza como ZEU, uma vez que ZEU "são porções do território destinadas a promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado com o sistema de transporte público coletivo" (Lei nº 16.402/16).
V
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do V V
Solo (zoneamento), define estratégias para o
V V
V
V
V
ordenamento territorial, com algumas que são
V
específicas para as ZEU's:
C
V
RUA
RUA BELA CINTRA
DA C ONS
OLA
C
ÇÃO
77 10 6.
· Fruição pública; V
V
· Fachada ativa;
V V V R
V
· Alto coeficiente de aproveitamento;
V
· Ampliação das calçadas;
R
AV. PAULISTA
V
R V
RUA
· Ocupação de áreas operacionais do sistema V
AUG U
V
STA
V
V
V
de transporte público.
V
V
C V
V
24 7.
83 V
V V
V
Para cada tipo de zona o PDE também defini R
os parâmetros de ocupação dos lotes, de acordo
V
com a tabela abaixo:
V
V
V
C
C V V
V V
VIADUTO
VIADUTO PASSA
PLÍN
IO IRÓZ
QUE
AD
V
GETÚL
DE
PR
RELA
PROFESSOR
VIA MA DUTO RT INHO
DOUTOR
QUE IRÓZ
O
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IO VARGA
V
VIAD
UTO DE
BERNARDINO
DOUTOR
ELA
SAR
PAS
PLÍNIO
TRANCHESI
ZEU
ZEPAM
Área Verdes
ZC
AC-1
Área intervenção
0
50
100
200
Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
25
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (zoneamento) ainda vai definir outras estratégias e
tais como portas, janelas e vitrines, com permeabilidade visual, com no
parâmetros, tais como os parâmetros de ocupação do solo. Esses parâmetros vão além de definir as taxas de
ao logradouro a cada 20m (vinte metros) de testada, a fim de evitar a
ocupação (T.O.), coeficientes de aproveitamento (C.A.), gabaritos de altura e recuos mínimos que constam na
permeabilidade visual na interface entre as
1 (um) acesso direto de planos fechados sem
e o logradouro, de modo a dinamizar o passeio
tabela já apresentada, muitas vezes alterando os índices lá estabelecidos de acordo com a Zona de Uso ou mesmo pelo tipo de edificação que será construída. Após a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (16.402/16) entrar em vigor, foram emitidos
O Art. 62 dessa mesma lei vai configurar áreas que serão consideradas como não computáveis, que
alguns decretos que complementam e explicam artigos dessa lei, como por exemplo o Decreto 57.521 que "Regulamenta a
assim altera a área ocupada total do edifício. Algumas dessas áreas não computáveis são:
de
da Lei
16.402, de 22 de
de 2016, relativas
do
· I - nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM e ZEMP, as áreas cobertas, em qualquer pavimento, ocupadas O Art. 5 desse decreto se refere benefício que consta no inciso VII do artigo 62 da Lei 16.402/16, que
por circulação, manobra e estacionamento de veículos.
· VII - as áreas construídas no nível da rua com fachada ativa mínima de 25% (vinte e cinco por cento) em
deverá seguir as disposições mínimas previstas no inciso. Esse Art. 5 ainda explica a localização da fachada
cada uma das testadas e de no mínimo 3m (três metros) de extensão, destinadas a usos classificados na
ativa para fazer uso do benefício do inciso VII, podendo " estar localizada em diferentes
categoria não residencial que sejam permitidos nas respectivas zonas, até o limite de:
pavimentos de acesso
a) 50% (cinquenta por cento) da área do lote nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e ZCa;
acesso direto pelos logradouros
nos
desde que no mesmo compartimento edificado e que seja garantido devendo toda a
ser considerada no
do limite
b) 20% (vinte por cento) da área do lote nas demais zonas;
· VIII - nos lotes localizados nas ZEU, ZEUa, ZEUP, ZEUPa, ZEM, ZEMP, ZC e ZCa, a área destinada aos usos não residenciais, até o limite de 20% (vinte por cento) da área construída computável total nos
previsto no inciso VII do mesmo artigo.
empreendimentos de uso misto com fachada ativa.
Já o Art. 67 determina a largura mínima do passeio público de 5m (cinco metros) obrigatória em ZEU.
O Art. 70 por sua vez explica como se dá a fruição pública que " por nenhum objeto de
noturno e
ter largura
O Art. 6 do decreto explica que o inciso VIII do artigo 62 da Lei 16.402/16 será cumulativo ao benefício
ser fechada
de pedestres
Além disso, o Art. 12 desse decreto 57.521 acrescenta dados sobre a fachada ativa descritos no artigo 71 da Lei 16.402/16:
ou permanente, podendo ter controle de acesso no ma de 4m (quatro metros), tratamento
pertinentes acessibilidade universal e, nas
de
normas
· I - a face de acesso à fachada ativa voltada para o logradouro público deve estar contida na faixa de 5m
adotar o mesmo tipo de
(cinco metros) medida a partir do alinhamento do lote, em projeção ortogonal, sendo que, no caso de
que atenda de
"
doação de calçada prevista no artigo 67 da citada lei, deve ser considerado o novo alinhamento;
· II - são admitidas aberturas e acessos para as áreas de fruição, inclusive em forma de galeria interna ao edifício, desde que garantido o acesso direto ao logradouro público; E o Art. 71 estabelece critérios para fachada ativa ocupada por uso não residencial, sendo essa localizada no nível do logradouro, devendo "estar contida na faixa de 5m (cinco metros) a partir do alinhamento do lote,
· III - a área construída de uso nR destinada a fachada ativa pode exceder a faixa de 5m (cinco metros); · IV - nos casos de lote com mais de uma frente, para fins da aplicação da exigência de, no mínimo, 3m (três metros) de extensão, será considerada a soma das dimensões das testadas.
26
Esse ano foram publicados os anexos do decreto 57.776 de 7 de julho de 2017 que regulamenta o
Em relação as condições de segurança de uso e circulação define que a quantidade de escadas
Novo Código de Obras e Edificação de São Paulo (lei nº 16.642/17). Nele estão estabelecidos critérios e
necessárias são determinadas pelas NTOs e ITs, levando em consideração a altura e atividade exercida. Para
parâmetros técnicos que devem ser observados pelos responsáveis por projetos e obras, sendo divididos em:
isso, é necessário a partir da atividade e área fazer o cálculo da lotação da edificação, com base na NBR
canteiro de obras, implantação, condições ambientais, condições de acessibilidade, condições de aeração e
9077, para então obter o número de unidades de passagem e assim determinar o número de escadas. Ao
insolação, condições de segurança de uso e circulação, equipamento mecânico, estacionamento e instalações
calcular a área para efetuar esse cálculo de lotação, deve-se excluir a área das paredes, das unidades
sanitárias.
sanitárias, espaços de circulação horizontais e verticais efetivamente utilizados para escoamento, vazios de elevadores, monta-cargas e depósitos de até 30,00 m², segundo o item 6.B.2 (cinemas, teatros e auditórios tem a lotação de acordo com o número de assentos fixos).
Em relação as condições de acessibilidade, o anexo I do decreto vai destacar no item 4.A.1. que "pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente a todas as dependências e serviços da edificação deve cumprir os requisitos de acessibilidade". No item 4.B. temos que em edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais devem estar conectados a rotas acessíveis. Nesse
Referente ao estacionamento, o anexo do decreto define a largura da faixa de circulação de veículos para cada sentido com 2,75 m cada e a dimensão das vagas de acordo com o tipo de automóvel com base na tabela do item 8.I.
mesmo tema, está estabelecido que no mínimo um dos elevadores da edificação deve ser acessível e que o sanitário destinado a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida pode ser incluído no cálculo de instalações sanitárias, que será apresentado posteriormente.
Por fim, o anexo do decreto 57.776 vai estabelecer a quantidade mínima de sanitários em edifícios residenciais no item 9.A.1. e no item 9.A.2. define a quantidade mínima de sanitários para usos não residenciais, estabelecendo as proporções em uma tabela do mesmo item, em função do uso não residencial.
No que se refere as condições de aeração e insolação o anexo do decreto estabelece uma relação entre a altura da edificação e os recuos que deverão ser destinados, definindo em 5.A.1. que a altura "H"
Tais sanitários que forem em comércio de alimentos ou bebidas com consumo no local deve ser prevista a separação de lavatório exclusivo para funcionários.
deverá ser medida a partir da cota de nível mais baixa do perfil natural do terreno referente a fachada analisada. No item 5.A.1.2. são dispensados do cálculo de altura a platibanda, os gradis com superfície vazada igual ou maior que 80% e o ático. No caso do projeto de blocos que tem o mesmo embasamento, a altura "H" deve ser contada da cota de nível do piso de laje de cada bloco, de acordo com a figura ao lado.
Para o cálculo dos afastamentos a fórmula que deve ser seguida é a seguinte: A = (H - 6) / 10, sendo A o afastamento e H a altura da edificação. Além disso, dentro das condições de aeração e insolação, temos na tabela 6 definidos a área e o pé-direito mínimo e o círculo (diâmetro) que cada compartimento deve respeitar.
Fonte: Anexo II do decreto 57.776/17
27
1.11. JUSTIFICATIVA PROJETUAL
Com base na análise urbana realizada para região, percebemos que o trecho que compreende o eixo da Rua Augusta, principalmente no sentido do centro da cidade, popularmente chamado "Baixo Augusta", está bem abastecido com transporte público coletivo.
Diante desse dado, o primeiro motivo da definição da área de intervenção se deve justamente por ter esse fácil acesso ao transporte público. Localizada entre a Rua Bela Cintra e a Rua da Consolação, a área adotada está entre a estação Paulista do metrô e a futura estação Higienópolis Mackenzie, da linha laranja do metrô, contando ainda com um corredor de ônibus que passa pela Rua da Consolação.
Aliado ao acesso rápido aos sistemas de transporte de massa, a área de estudo como um todo tem possibilidades de travessias entre os lotes, podendo criar um percurso de pedestres pelo térreo dos edifícios, atravessando as longas quadras existentes. Esse percurso pode ser feito V
TÚNEL
desde a Avenida Nove de Julho até a Rua da
0
76
815
V
785 V
5 78
795
V V
V
Consolação: há a possibilidade desta possibilidade
800
V
TÚNEL 78
0
V
se ampliar a lotes vazios, estacionamentos, lotes
TÚNEL
805
V
5 77
com edifícios subutilizados ou com potencial de
81
0
RUA
V V
TÚNEL
DA C
770
C
810
815
RUA BELA CINTRA
775
ONS
OLA Ç
ÃO
adensamento (até 4 pavimentos). Fazendo parte
77
C
0
765
10 6.
77
805
desse trajeto de pedestres, a área de intervenção
780
810
V
F V
V
77 5
810
V V
V
faz o remembramento de um lote vazio com um
R
770
V
810
755
805
estacionamento, criando a conexão entre a Rua
760
V
V
800 V
800
V
AV. PAULISTA
80
5
R
800
815
R
795
V
795 V
Bela Cintra e a Rua da Consolação.
5
75
790
790
75
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO IB S TR AN DIS TR DE
5 750
5
75 V
V V
V
TÚ
V
NE
V
L V
76 C
770
0 V
785
83
765
V
RU
785
24 7.
TÚN
AA
EL
UG
0
80
US
76 0
Entretanto, apesar da região em que a área
785
V
TA
780 V
780 5
V
V
81
5
80
815
81
de intervenção se encontra estar bem servida de
0
760
780
5
77
775
transporte e ter possibilidade de um percurso de
R
NE
TU
815
L
820
815
V
pedestres, a Rua da Consolação atende apenas
V
5
775
79
81 0
770 V
770
V
TÚ NE
770
L
765 C
C
790
deslocamentos na cidade, não tendo caráter local,
5
76
0
77
805
805
81 5
760
765 V
755 V
78 5
76
5
V
5
77
0
76
780
necessitando de uma intervenção que revitalize e
76
0
5
RIA
76
ADA
ESC
0
76
0
77
750
760 V
755
76
0
765
5
75
aproveite o movimento das estações de metrô
755
765
770
75
0
745
770 0
74 5
75
810
815
760
PASSA RELA
existente e das futuras estações. A ideia é uma
V
GETÚL
750
IO VARGA
V
750 760
S
775 765
755
780 755
75
5
785
790
proposta de um edifício que possa trazer a
ELA
SAR
PAS
795
80
0
760
765
dinâmica que ocorre no miolo dos bairros, como
76
0
765
805
745
76
0
Vazios / estacionamentos
Área intervenção
Edifícios Subutilizados
Galerias
Potencial adensamento
Estação metrô Futura estação metrô Ponto ônibus
Eixos ônibus 0
Conexões existentes
50
100
200
na Rua Augusta e na Rua Bela Cintra, para o lado da Rua da Consolação.
Conexões possíveis
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
28
Para tanto, o edifício proposto irá ter comércio e serviços no nível que dá acesso direto com a rua. A intenção com esse uso é criar um espaço de fruição pública, uma estratégia da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do solo para áreas demarcadas como Zona de Eixo de Estruturação Urbana (ZEU), zona na qual a área de intervenção está inserida.
A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do solo ainda sugere que essas áreas demarcadas como ZEU promovam usos residenciais e não residenciais que qualifiquem os espaços públicos, articulados com o transporte público coletivo. Dessa forma, acima dos pavimentos de comércio e serviço, serão propostos pavimentos de uso habitacional, articulando o habitar e o trabalho em um mesmo edifício, que se implanta em uma região com boa infraestrutura e mobilidade. Por fim, a análise da região também permitiu perceber que da Avenida Paulista para o V V
centro, entre a Rua da Consolação e a Avenida
V V
V
V
V
V
Nove de Julho, temos a presença de muitos V
edifícios com funções judiciárias, tais como
26 C V
tribunais e cartórios, com a Advocacia geral da
C
25 V
1
RUA
V
RUA BELA CINTRA
DA C
V
O
10
união exatamente ao lado da área de intervenção.
C
12
V
LAÇ Ã
27
3
Então, para suprir essa demanda, será agregado
2 V V
V V
ao uso comercial e residencial, pavimentos corporativos com escritórios para advogados,
V
9
V
8
V
V
14
15
R
AV. PAULISTA
V
ONS O
11
V
R
facilitando o acesso dos mesmos aos edifícios
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO IB S TR AN DIS TR DE
13
RUA
AUG
UST
V
A
próximos. Ademais, alguns desses pavimentos
V
C
corporativos serão áreas de coworking
V
28
para
V
V V
V
4
6
advogados que precisem de um espaço para
24
5
trabalhar por alguns dias. R
23
16
22
7
V
V V
V
18 C
C
20
V
29
21
V
V
17 ESC RIA
ADA
V
19
RELA
PASSA
V
GETÚL
V
IO VARGA S
ELA
SAR
PAS
Edifícios Judiciários - Caráter regional
Área de intervenção
Edifícios Judiciários - Caráter federal
0
50
100
200
1 - Advocacia Geral da União 2- Escola Paulista da Magistratura 3 - Tribunal Regional do Trabalho 4 - Justiça Federal 5 - 7º Cartório de Registro de imóveis 6 - 4º Distrito Policial 7 - 5º Cartório de Registro de imóveis 8 - 9º Oficial de Reg. de imóveis Comarca da Cap. de SP 9 - TJSP - Secretária área da saúde 10 - Defensoria púb. da união em SP 11 - SPPREV 12 - Secretária de Gestão Pública 13 - Cartório civil Cerqueira César 14 - Receita Federal 15 - 16º Tabelião de notas de SP
16 - 34º Cart. Reg. civil Cer. César 17 - Just. Fed. SP - Sede Admnist. 18 - Justiça Federal Criminal (1ª Instância) 19 - Justiça Federal - Fórum Min. Pedro Lessa 20 - Consulado geral da Colômbia 21 - Consulado da África do Sul 22 - Trib. Reg. Fed. 3ª região SP 23 - Consulado geral do Haiti 24 - Consulado geral da Itália 25 - Sec. Des. Social Estado SP 26 - Consulado geral do Peru 27 - Consulado geral da Argentina 28 - Ministério Público Federal 29 - Consulado geral da Suíça
Fonte: Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
29
1.12. CONJECTURA
Já a alguns anos um dos temas que são recorrentes
muitos outros projetos do governo, a habitação será aliada
nas mídias é a chamada "revitalização do centro" de São
ao comércio e a usos institucionais e de lazer. No caso
Paulo. Esse assunto já é discutido desde o esvaziamento da
desse complexo, junto com as 1202 unidades habitacionais
região central na década de 1980, que entre muitos fatores,
haverá lojas, uma creche e a nova sede da Escola de
a concorrência com novas centralidades foi determinante
Música Tom Jobim. A constituição de zonas mistas no centro
para tal. Contudo, nos últimos anos, inclusive em 2017, esse
de São Paulo tem como objetivo "revitalizar a região com o
tema vem ganhando força nos noticiários, devido tentativas
fluxo de moradores dos oito blocos e dos clientes dos
do Poder Público de recuperar a região.
comércios instalados no local" (Agência Brasil, 23/01/2017).
O principal foco para revitalizar a região central da
Tais áreas com edifícios de uso misto estão se
cidade é a construção de novas habitações, buscando trazer
desenvolvendo no centro da cidade, que já tem uma boa
novamente população que resida no local. A ideia é que com
infraestrutura urbana implantada, com grande concentração
mais pessoas morando no centro, mais pessoas morem
das redes de transportes públicos (ônibus e metrô
perto do local de trabalho, evitando grandes deslocamentos
principalmente). Com isso, estando próximo do trabalho e do
pela cidade.
transporte público, a mobilidade urbana tende a melhorar,
No dia do lançamento das obras do Complexo Júlio Prestes, o governador do estado de São Paulo Geraldo
evitando o uso de automóveis individuais e assim, criando uma cidade acessível para os pedestres.
Alckmin disse que "Esse é um grande programa
A intenção de congregar habitação, usos não
habitacional, queremos trazer de volta as pessoas para
residenciais e os sistemas de transportes públicos próximos
morar no centro e aproximar do trabalho (...) É um projeto
uns dos outros é uma estratégia do Plano Diretor de 2014
urbanístico e arquitetônico muito bonito para revitalizar e
(lei nº 16.050/14) e da Lei de Parcelamento, Uso e
trazer as pessoas para morar novamente no centro (...) O
Ocupação do Solo de 2016 (lei nº 16.402/16), que pretende
caminho para revitalizar o centro é trazer as pessoas de
desenvolver uma cidade compacta, de forma a "incentivar o
volta para morarem" (Agência Brasil, 23/01/2017).
crescimento urbano nas áreas próximas a uma rede de
Esse projeto é um dos muitos projetos que estão
transporte coletivo já consolidada ou que ainda será
sendo planejados e até construídos pelo governo na região
inaugurada, ou seja, nas áreas mais centrais" (El País,
central. Ambos os projetos tem o foco principal em construir
30/06/2014).
novas moradias, para classes sociais com diferentes faixas
Para que isso ocorra as legislações vigentes
de renda, de forma que exista uma grande diversidade de
pretendem, para o centro da cidade, aumentar a densidade
moradores na região.
populacional à partir do aumento da densidade construtiva,
Além disso, no Complexo Júlio Prestes, como em
Fonte: http://www.saopauloinfoco.com.br/revitalizacao-centro/. Acesso em: 15 jul. 2017
Fonte: Cartilha com as estratégias ilustradas (Lei nº 16.050/16), p.36.
com a construção de edifícios com maior número de
30
pavimentos, dando incentivos, como a Outorga Onerosa do
Portanto, o projeto realizado entre a Rua da
Direito de Construir. Agregado a isso, as legislações
Consolação e a Rua Bela Cintra se encontra em uma região
estipulam estratégias que privilegiem o uso de transportes
central da cidade, com proximidade das linhas de metrô
coletivos e uma cidade coerente para pedestres, como por
verde e amarela (sem contar a futura linha laranja) e das
exemplo: fruição pública, fachada ativa e ampliação das
linhas de ônibus, inclusive corredores de ônibus. O projeto
calçadas. Esses procedimentos criam um fluxo maior de
contemplará uso residencial e usos não residenciais, com o
pessoas, com melhores condições de segurança e
térreo livre para circulação de pedestres e unidades
travessias, desenvolvendo uma cidade que seja apropriada
habitacionais compactas, do tipo studio. Assim sendo, o
pelas pessoas.
projeto aborda questões atuais que são comumente tratadas
Para que seja possível ter um aumento da densidade populacional na região central do município, como já dito, as
nas mídias como formas de revitalizar o centro de São Paulo.
legislações incentivam o aumento da densidade construtiva, com o maior número de pavimentos por edifício. Além do aumento no número de pavimentos, cada vez mais cresce o número de unidades habitacionais por pavimento, com uma crescente demanda por apartamentos com menores dimensões. Essa
diminuição
do
tamanho
das
unidades
habitacionais se comprova pela pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp) que detectou entre 2005 e 2014 que o número de unidades com menos de 40 m² lançadas em São Paulo aumentou de 960 para 7810. A empresa ainda analisou que a média de um apartamento, incluindo todos tamanhos e padrões, em 2009 era de 79,70 m² e em 2014 a metragem diminui para uma média de 58,04 m² (Estadão, 14/11/2015). Essa Fonte: Cartilha com as estratégias ilustradas (Lei nº 16.402/16), p.15.
pesquisa foi feita em 2015, porém a área das unidades habitacionais
diminuiu progressivamente até esse ano,
sendo que neste ano (2017) será inaugurado um edifício com 14 unidades com 14 m².
31
2. REFERÊNCIAS
2.1.1. Galerias comerciais e o tecido urbano As galerias comerciais desde seu surgimento, ainda na França no século XVIII, sempre foram fundamentais para melhorar a dinâmica existente no tecido urbano das cidades. Seu papel até os dias atuais é indispensável para as atividades
cada vez mais se fechar para a cidade, até que durante a década de 1960 esses espaços são transformados em "áreas completamente independentes de qualquer contato com as ruas da cidade" (ALEIXO, 2005, p.37).
que os centros e centralidades urbanas exercem, se destacando inclusive na região central de São Paulo.
Galeria Colbert, Paris - 1828 Fonte: ALEIXO, 2005, p.30
Já no século XVIII as galerias apareceriam como "as
construídas ao mesmo tempo que o Centro Novo da cidade se
primeiras estruturas comerciais a garantirem conforto e
formava, com a intenção de suprir a demanda por espaços
proteção para os consumidores" (ALEIXO, 2005, p.27),
comerciais (ALEIXO, 2005, p. 43). No início dos anos 1950
exercendo ainda a função de diminuir as aglomerações em ruas
chegou-se ao ápice da construção imobiliária na cidade, com
centrais de Paris, de forma que "elas interligavam duas ou mais
as galerias comerciais ganhando destaque e caracterizando
ruas cortando as quadras, conectando edifícios ou espaços
cada vez mais o Centro Novo. É justamente entre as décadas
públicos como praças " (ALEIXO, 2005, p.27).
de 1950 e 1960 que a construção desse tipo de edifício se
De certa forma as galerias reproduzem o ambiente urbano em seu interior, se tornando também um ponto de
intensifica, com projetos contendo, além das galerias, torres de escritório acima destas. (ALEIXO, 2005, p.119).
encontro entre pessoas. contando com o sistema de passagens
Com isso, estabeleceu-se no Centro Novo uma rede
e aberturas para rua e iluminação zenital (ALEIXO, 2005, p.28),
com vinte galerias que permitiam a passagem de pedestres
que aumentava a ideia de continuidade do espaço público
pelos seus térreos, criando uma nova alternativa de caminhos
dentro do edifício privado.
que não se resumem as vias públicas (COSTA, 2010, p.169).
O êxito imobiliário fez com que as galerias se espalhassem pela Europa e até Estados Unidos. "Nos Estados Unidos da América, as primeiras galerias comerciais foram
Galeria Vittorio Emannuele II, 1865 - 77
Em São Paulo, as galerias comerciais vão ser
Ao serem projetadas, as galerias já consideravam as outras galerias, desenvolvendo esses percursos que tornam as quadras mais permeáveis.
construídas em 1817 nas cidades de Nova Iorque e Filadélfia"
Tais galerias comerciais, além de fazer a conexão entre
(ALEIXO, 2005, p.31). Contudo, as galerias não ganharam tanto
ruas paralelas, ao criarem um circuito de pedestres, diminuem
destaque quanto nas cidades européias, logo mudando sua
a distância entre espaços públicos, estabelecendo uma
configuração, constituindo os primeiros shoppings centers.
conexão entre a Praça Ramos de Azevedo e Vale do
Os shoppings centers surgiram como estruturas lineares,
Anhangabaú com a Praça Dom José Gaspar e o Largo
abertas e com lojas nos dois lados da rua e acesso por carro
Paissandu e uma conexão entre o Largo Paissandu e a Praça
(ALEIXO, 2005, p.36), mas com o tempo, esses espaços vão
da República. (COSTA, 2010, p.173).
Fonte: ALEIXO, 2005, p.33
33
As galerias, no entanto, tem algumas características marcantes: a ocupação de toda a área do terreno, edifício se estrutura com um corredor central livre de obstáculos circundado por lojas ou vitrines e caso houvesse outros níveis se fazia uso de escadas rolantes e elevadores. Pode-se notar dois tipos de traçados recorrentes dessa circulação, como Sabrina Studart Fontenele Costa cita em sua tese de doutorado: o primeiro é direto, formando uma reta que conecta ruas paralelas e o segunda configura-se por uma ligação em "L" conectando ruas perpendiculares (ALEIXO, 2005, p.129). Essas características comuns as galerias do Centro Novo tem uma variação na Rua Augusta, de forma que suas galerias comerciais "diferentemente de algumas galerias do centro que também serviam como uma 'rua interna' que ligava pelo meio do quarteirão duas ruas paralelas, as galerias da rua Augusta eram 'fechadas', apesar de contarem com um espaço aberto e contínuo à rua, elas acabavam no limite do lote" (PISSARDO, 2013, p.106). Entretanto, nas últimas décadas os edifícios que foram sendo construídos na cidade se isolaram para o espaço urbano público. Então, a nova Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (lei nº 16.402/16) pretende dar incentivos a proprietários que construam edificações que se abram para rua, fazendo uso da fruição pública, fachada ativa e ampliação das calçadas. Portanto, a construção de edifícios com a configuração 1 - Praça da República 2 - Praça Dom José Gaspar 3 - Praça Ramos de Azevedo 4 - Largo do Paissandu
Permeabilidade das galerias e os
Fonte: COSTA, Sabrina Studart Fontenele. Relações entre o
traçado urbano e os edifícios modernos no centro de São Paulo. Tese de doutorado. São Paulo, FAU USP, 2010.
de seu térreo como galerias comerciais podem ganhar força e ser uma boa opção para a reapropriação do espaço urbano pelos pedestres.
34
2.2. GALERIA METRÓPOLE
Sistema construtivo Ficha técnica Estruturalmente o
tem um sistema simples de pilares, vigas e lajes em concreto armado, a partir
Local:
de uma
Ano do projeto: 1959
sobre o bloco vertical, os pilares
Ano de conclusão: 1964
escadas e elevadores e com
Área do terreno:
do forro. Essa
Área construída computável:
mais unidades, lateralmente e verticalmente.
que no bloco vertical
de 7,80 metros por 6,40 metros entre pilares. Ainda
na periferia do volume, com parte da estrutura junto ao de 3,50 m, devido um
permite que a
central de
de 0,60 m para a viga e
das lojas da galeria comercial seja ampliada, com a soma de
Área construída total: Arquitetura: Gian Carlo Gasperini e Salvador Candia
Inserção A base horizontal da Galeria
se insere ocupando toda a
um caminho para pedestres, quase uma rua Gama com a
Dom
abrangente, a Galeria Fachada da Av. São Luís da Galeria Metrópole.
Gaspar, ainda existindo outro acesso pela Av.
que interliga a Rua
Quanto a torre de
da
Analisando de forma mais
contribui para um circuito de pedestres que acontece pelo
independente do sistema
Fonte:http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/240/historia-em-detalhe-
para se andar a
do terreno existente, criando no
de
ela se insere sobre o volume mais baixo,
galeria-metropole-de-salvador-candia-e-gian-308158-1.aspx. Acesso em: 5 maio 2017
Forma (Volumetria) A forma configurada pela galeria comercial a
forma do terreno, de forma que as lojas e o
cinema
dispostos em torno de um vazio
central, "escondendo" as divisas dos outros lotes. o bloco vertical de
uma torre com todas
as fachadas com quase o mesmo tamanho, tendo variedade da
do sol. Ainda
foram
venezianas na cobertura, que dariam maior unidade Cobertura inacabada do bloco vertical.
forma do
devido problemas
financeiros.
Fonte: http://www.prediosdesaopaulo.com/galeria-metropole. Acesso em: 6 maio 2017
Inserção urbana do edifício. Fonte: COSTA, Sabrina Studart Fontenele.
entre o
urbano e os
35
Plantas e cortes
Planta estacionamento. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre
Planta do
arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
Planta do
Planta da
Subsolo. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre
arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre
Sobreloja. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre
arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
36
Corte Longitudinal da Galeria de lojas. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício Planta da
Sobreloja. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre
arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
metrópole: um diálogo entre arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
Corte Transversal da Galeria de Lojas. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício Planta do Pavimento tipo. Fonte: CUNHA JUNIOR, Jaime. Edifício metrópole: um diálogo entre arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
metrópole: um diálogo entre arquitetura moderna e cidade. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007.
37
Fluxogramas
O acesso à Galeria Metrópole é realizado por três acessos, ambos tem ligação com a circulação horizontal e ao entorno dela se localizam as lojas e o cinema, para todos os pavimentos da galeria comercial. Para acessar a torre de escritórios é necessário passar por algumas lojas e então chega-se ao núcleo de circulação vertical.
Fluxograma da Garagem. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
Fluxograma do Pavimento tipo. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
38
2.3. EDIFÍCIO 5ª AVENIDA
Sistema construtivo Ficha técnica O sistema estrutural utilizado era inovador para
Local:
nas vigas de maior
Ano do projeto: 1958
possibilidade da planta livre. A
utilizando a tecnologia da
e nervuras a cada metro na menor
apoiar a laje no maior sentido, com menor
Área do terreno:
da
Dessa forma, foi
de pilares, diminuindo o peso do
de 1,20 m, com pilares a cada 7,20 m, totalizando 6
e dando a em 7
Área construída (computável): Arquitetura: Pedro Paulo de Melo Saraiva e Miguel Juliano
Inserção O
localizado em uma das mais importantes vias de
insere no lote com o bloco horizontal respeitando a
da
Paulo, a Av. Paulista. O de sua
se
obedecendo recuos
laterais de 3,50 m e frontal de 10,00 m. Nesse recuo frontal originalmente existiam duas rampas, uma para um abaixo da Av. Paulista e outra para um
acima. Entretanto, devido o alargamento da Av. Paulista em
1968, perdeu-se os 10 m frontais e a rampa para o Fachada da Av. Paulista do Edifício 5ª Avenida.
deslocada para dentro do lote existente hoje.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/2595. Acesso em: 7 maio 2017
inferior foi a
vertical
por escadas e a outra rampa foi 14 m da face esquerda da bloco
horizontal e 3,65 m da face direita.
Forma (Volumetria) A volumetria adotada foi pensada para aproveitar melhor a
uma
vertical sobre um bloco horizontal tipologia
pouco comum, depois se
tornando frequente em diversos fazem com que a
da
Os pilotis
se "destaque" do bloco horizontal e os
brises na fachada de maior comprimento (noroeste) conferiam uma marca nas fachadas (hoje os brises foram alterados).
Perspestiva do projeto original. Fonte: http://www.arquivo.arq.br/edificio-5-avenida. Acesso em: 7 maio 2017.
Inserção do edifício no lote. Fonte: Ortofotos 2004 do Geosampa. Acesso em: 7 maio 2017.
39
Plantas e cortes
Planta da sobreloja. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva:
Planta do pav. acima do nível da Av. Paulista. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura
Planta do pav. abaixo do nível da Av. Paulista. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva: 1954 a 1975 e o
Avenida.
de
Planta pavimento tipo. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva:
40
Planta
pavimento. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva:
1954 a 1975 e o Edifício 5ª Avenida. Dissertação de pós-graduação. São Paulo, FAU São Judas, 2012.
Corte transversal. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva: 1954 a 1975 e o Edifício 5ª Avenida. Dissertação de pós-graduação. São Paulo, FAU São Judas, 2012.
Corte longitudinal. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva: 1954 a 1975 e o Edifício 5ª Avenida. Dissertação de pós-graduação. São Paulo, FAU São Judas, 2012. Croquis originais do pavimento tipo. Fonte: VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva: 1954 a 1975 e o Edifício 5ª Avenida. Dissertação de pós-graduação. São Paulo, FAU São Judas, 2012.
41
Fluxogramas
Originalmente o Edifício 5ª Avenida possuía duas rampas de acesso que levavam para as lojas existentes, sendo uma para um nível acima da Av. Paulista e outra para um nível abaixo. Depois do alargamento da Av. Paulista o projeto foi alterado: a rampa para o nível acima foi deslocada e a outra foi retirada e substituída por uma escada. Próximo das lojas temos os elevadores e escadas que dão acesso aos escritórios (não podendo serem acessados pelo nível acima da Av. Paulista).
Fluxograma do Pavimento tipo. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
42
2.4. LEADENHALL BUILDING
Sistema construtivo Ficha técnica O
Local: Londres, Inglaterra
foi concebido de forma que sua estrutura ficasse totalmente
escala de vidro. Essa estrutura tem como elemento principal os dois
Ano do projeto: 2014
mostra, com o uso em larga de
vertical de
que funcionam como tubos estruturais que se conectam a todos os pavimentos. A partir disso,
Área construída (computável):
formam-se estruturas
Arquitetura: Rogers Stirk Harbour + Partners
independente do
verticais e diagonais que fazem o contraventamento.Por fim, temos a estrutura de suporte norte que abriga os elevadores dos
e elevadores de carga,
Inserção O
implantado em uma quadra com acesso por duas ruas estreitas, fazendo a
elas. No acesso principal, como formando um
dito, foi projetado um grande
diagonal. Ao lado temos uma
seca que serve de
entre
com uma cobertura escalonada, desse
Volumetria cônica com estrutura aparente. Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=415718. Acesso em: 10 maio 2017
Forma (Volumetria) A forma do que acontece pela
uma geometria da profundidade das
lajes a cada pavimento, cerca de 750 pavimento. Os primeiros pavimentos
por recuados e
criam uma grande cobertura diagonal, que configura um grande
aberto, que
amplitude
Acesso público por rua estreita. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/761279/edificio-leadenhall-
Inserção na quadra. Fonte:http://www.archdaily.com.br/br/761279/edificio-leadenhall-rogers-stirk-harbour-plus-partners.
rogers-stirk-harbour-plus-partners. Acesso em: 10 maio 2017
Acesso em:10 maio 2017.
43
Plantas e cortes
Plantas do térreo, mezanino e 1º pavimento respectivamente.
Plantas do 5º, 22º e 31º pavimentos respectivamente.
Fonte: http://www.archello.com/en/project/leadenhall-building. Acesso em: 10 maio 2017
Fonte: http://www.archello.com/en/project/leadenhall-building. Acesso em: 10 maio 2017.
Corte permite observar a forma e acessos ao edifício. Plantas do 2º, 3º e 4º pavimentos respectivamente.
Fonte:https://www.dezeen.com/2016/05/19/rogers-stirk-harbour-partners-architecture-studio-office-interiors-
Fonte: http://www.archello.com/en/project/leadenhall-building. Acesso em: 10 maio 2017
news-leadenhall-building-cheesegrater-london-uk/. Acesso em: 11 maio 2017.
44
Fluxogramas
O Leadenhall Building foi projetado para ter uma área pública em seu térreo, configurando uma área de convivência. Nos quatro pavimentos imediatamente acima dessa área temos restaurantes e um bar, que também promovem a convivência. Passando por essa área pública, ainda no térreo, temos dois núcleos de circulação vertical que servem todos os pavimentos. Ainda existe um núcleo de suporte que abriga mais elevadores e áreas de apoio.
Fluxograma do Pavimento tipo. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
Desenvolvido pelo aluno. Fonte: Plantas arquitetônicas
45
2.5. METZLER TOWER
Sistema construtivo Ficha técnica O
Local: Frankfurt, Alemanha
tem sua estrutura realizada por pilares, vigas e lajes em concreto, com e o
de
vertical funcionando como parte do sistema estrutural, que chega a uma altura de 185 m. Essa
Ano término da construção: 2018 Área construída (computável): Arquitetura: Bjarke Ingels Group (BIG)
estrutura segue uma
de 5,40 m por 5,40 m, com pequena
pavimentos com menor
fazendo com que a forma do
seja mais
localizados apenas nas fachadas, mas ficam afastados do encontro das
em alguns pilares nos Os pilares fazendo com que os quatro
Inserção O
localizado em uma importante
de Frankfurt, com acesso por uma rua que beira um
Fachada principal voltada para praça pública.
parque linear que forma um
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt. Acesso em: 10 maio 2017.
duas ruas, onde
a entrada e
verde em torno do centro da cidade. A torre ainda tem acesso por outras de
se insere no lote quase no alinhamento da
do estacionamento no subsolo. Esse grande volume vertical das
ruas mencionadas, de forma que no fundo
Forma (Volumetria) O
se configura em uma grande torre
de 185 m de altura que se diferencia dos demais do entorno pelo deslocamento espiral de algumas lajes no meio de sua altura, criando um movimento
na volumetria da torre. Essas
lajes deslocadas criam
residenciais,
de separar os usos: os lajes e as
abaixo dessas
acima. Segundo o
BIG, "esses movimentos trazem a escala Maquete volumétrica do edifício com o entorno.
humana da rua para
skyline, incorporando o
Fonte: http://www.arch2o.com/frankfurt-new-metzler-tower-big/. Acesso em: 10 maio 2017.
Inserção do edifício com acesso por três ruas. Fonte: http://www.arch2o.com/frankfurt-new-metzler-tower-big/. Acesso em: 10 maio 2017
46
Plantas e cortes
Por conta da
Planta do térreo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt.
Planta residencial. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt.
Acesso em: 10 maio 2017.
Acesso em: 10 maio 2017.
Planta nível público acima do térreo. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt.
Planta corporativa aberta inferior. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt.
Acesso em: 10 maio 2017.
Acesso em: 10 maio 2017.
e da
47
Planta corporativa aberta superior. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt. Acesso em: 10 maio 2017.
Planta corporativa compartimentada superior. Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt. Acesso em: 10 maio 2017.
Planta corporativa compartimentada inferior. Fonte:http://www.archdaily.com.br/br/769994/big-projeta-arranha-ceu-para-frankfurt.
Corte longitudinal do edifĂcio e do parque. Fonte: http://www.arch2o.com/frankfurt-new-metzler-tower-big/.
Acesso em: 10 maio 2017.
Acesso em: 10 maio 2017.
48
Fluxogramas
A Metzler Tower tem em seu térreo uma área para carga e outros dois acessos que levam ao núcleo de circulação vertical central. Desses dois acessos, um deles é feito por um lobby público (elevadores para os escritórios) e outro por um lobby exclusivo dos moradores (elevadores para residencias). Além disso, os elevadores do lobby público também atendem a um restaurante, localizado acima do térreo.
Fluxograma do Pav. Residencial. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: plantas arquitetônicas
Fluxograma do Pav. Corporativo. Desenvolvido pelo aluno. Fonte: plantas arquitetônicas Desenvolvido pelo aluno. Fonte: plantas arquitetônicas.
49
2.6. TABELA DE ÁREAS
50
Leadenhall Building:
Gráfico desenvolvido pelo aluno, com base na Tabela de Áreas dos Estudos de Caso
Gráfico desenvolvido pelo aluno, com base na Tabela de Áreas dos Estudos de Caso
Metzler Tower:
Gráfico desenvolvido pelo aluno, com base na Tabela de Áreas dos Estudos de Caso
Gráfico desenvolvido pelo aluno, com base na Tabela de Áreas dos Estudos de Caso
Mesmo analisando edifícios que tenham também habitação, percebe-se em todos os Estudos de Caso que a proporção (%) de escritórios é superior ou relevante em relação as demais, apesar de se notar também que as circulações ocupam uma grande área nos edifícios.
51
3. PROJETO
O projeto será implantado em uma área de intervenção localizada em uma região central do município de São Paulo. Diante disso, o trecho de intervenção está bem servido de infraestrutura urbana, principalmente de transportes. O propósito é melhor aproveitar as características existentes no local, qualificando a região com uma maior mobilidade para os pedestres, de forma que cresça o fluxo de pessoas na área de intervenção e suas imediações.
O primeiro objetivo é que o térreo seja aberto para os pedestres, conectando as duas ruas que a área de intervenção tem acesso: Rua da Consolação e Rua Bela Cintra. Para tanto, será realizada uma galeria com a presença de comércio e serviços que concretiza essa ligação entre as vias. Junto a essa galeria está sendo proposto um pequeno cinema, que deve compor com os usos culturais já existentes na localidade, e também um restaurante, que servirá aos funcionários dos estabelecimentos da galeria e dos escritórios, além de ser aberto ao público em geral. Aproveitando
795
outra
particularidade
da
região, que consiste na grande concentração de
800
V
RUA
Cem
itério
DA C
ONS
da C
edifício com caráter judiciário, o edifício proposto
onso
OLAÇ ÃO
lação
contará com uma torre corporativa para escritórios 805
V
voltados a advogados. Nessa mesma torre ainda
81 0
810
serão
815 V
executados
alguns
pavimentos
para
V
coworking, também para empresas com ênfase na advocacia, permitindo ainda que alguns advogados 805
possam alugar um espaço nesses pavimentos por
810
F V
alguns dias ou semanas.
810 R
RUA BELA CIN
TRA
V
810
Para finalizar, aproveitando a infraestrutura
805
V V
800
dessa região central e por estar próxima a
V
800
V
5
80
R
800 815
possíveis locais de trabalho, evitando grandes
R
795
V
795
RUA AUGUSTA
790
deslocamentos, outra torre estará sob a galeria de
A O OR O ÇÃ AD Ã TA RM UIÇ ES FO RIB S T AN DIS TR DE
790
lojas, abrigando pavimentos residenciais. Algumas das unidades que compõem esses pavimentos são
C
785
habitações do tipo studio, ganhando mais unidades
785 V
4
7.2
83
0
80
por andar. 5 81
780 5
80
815
0
81
780
Vazios / estacionamentos
Área intervenção
Edifícios Subutilizados
Galerias
Potencial adensamento
Advocacia Geral União
Estação metrô Futura estação metrô Ponto ônibus
Eixos ônibus Conexões existentes
25 0
50 100
Conexões possíveis
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
53
1 - Sede Advocacia Geral da União Alocado pelo Banco Safra 14 pavimentos 1055,77 m²
RUA
DA
2 - Estacionamento (área coberta) 1 pavimento 1088,61m² CON S
ÇÃO
3 - Estacionamento (área descoberta) Acesso pela R. da Consolação 2392,71 m² 4 - Bar Exquisito 2 pavimentos 243,17 m²
V
5 - Terreno vazio 1153,57 m²
RU
AP
ED
RO
TA
QU
ES
V
RUA FERNANDO DE ALBUQUERQUE
OLA
7 - Concessionária Hyundai 2 pavimentos 2091,37 m²
RU AB
EL A
6 - Edifício Mterô - linha 4 Função de respiro e saída de emergência 6 pavimentos Área terreno = 395,00 m² Área edifício = 151,00 m²
CIN T
RA
8 - Cemitério da Consolação
F V
Área intervenção
Terreno vazio
Comércio
Edificação para demolir
Institucional
Serviço
Estacionamentos
Corredor ônibus
Estacionamento coberto = 1088,61 m² Estacionemanto descoberto = 2391,71 m² Bar Exquisito (demolir) = 243,17 m² Terreno vazio = 1153,57 m² ÁREA TOTAL = 4877,06 m²
Fonte: Geosampa, Google Maps e Levantamentos de dados de visita ao local.
54
3.3. EVOLUÇÃO DA SOLUÇÃO PROJETUAL
Solução projetual 1 Inicialmente o pavimento era mais livre, de quadra aberta e a ideia era ter uma torre
do conceito que seria para
Solução projetual 2
Solução projetual 3
de duas torres, uma para e outra para devido a grande existente na de do para um modelo de galeria de pavimentos (mais um pavimento livre), com central para entrada de luz para disso, a vertical residencial
Os pavimentos da galeria ganharam um maior e com isso o pavimento livre suprimido. Assim, a houve a de grandes rampas para resolver a acessibilidade. foi um cinema nos dois primeiros pavimentos da galeria e as torres de e tem mais pavimentos, por conta das citadas na parte da Nessa proposta o acesso vertical residencial
55
Solução projetual 4
Solução projetual 5 (final)
As lojas da galeria tem maiores e o vazio para mais central, ficando localizado esquerda, compondo um jardim. Agora a acessibilidade na galeria realizada por meio de elevaores, junto as escadas e escada rolante. O acesso dos moradores novamente independente, mas dessa vez fica centralizada na torre residencial. E o terceiro pavimento da galeria se tornou livre, sem
de um jardim e uma horta para os moradores e dos acima da galeria, no pavimento livre. Para ter essa de pavimento livre, os pilares das torres chegam nesse apenas os de vertical, havendo a necessidade de uma viga em concreto protendido acima
56
3.4. PROGRAMA
Quantidade unid. habitacionais por pav. = 10 Quantidade total unid. habitacionais = 190 Unid. habitacional 1 = 56,60 m² Unid. habitacional 2 = 47,25 m² Unid. habitacional 3 = 28,68 m² *
* Área construída computável ** Área construída não computável (galeria) = 6340,18 m² *** Área construída não computável subsolo (estacionamento) = 9103,30 m²
Quantidade escritórios por pav. = 8 Quantidade total escritórios = 96 Escritório 1 = 55,12 m² Escritório 2 = 58,56 m² Escritório 3 = 47,25 m² Área para coworking por pav. = 454,5 Área total coworking (3 pav.) = 1363,50 m²
=> Áreas não computáveis de acordo com a legislação urbanística já mencionada
57
3.5. FLUXOGRAMAS SALAS CINEMA
SAÍDA EMERG. CINEMA
DEPÓSITO CINEMA
BILHETERIA CINEMA
ACESSO RUA DA CONSOLAÇÃO
ACESSO VEÍCULOS AO ESTACIONAMENTO
FOYER CINEMA
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
LOJAS
CIRC. VERT. ESCRITÓRIOS
SANITÁRIO GALERIA
CIRC. VERT. GALERIA
ACESSO RUA BELA CINTRA
JARDIM (POCKET PARQUE)
FLUXOGRAMA TÉRREO
SALAS CINEMA
SAÍDA EMERG. CINEMA
DEPÓSITO CINEMA
BILHETERIA CINEMA
ACESSO RUA DA CONSOLAÇÃO
RESTAURANTE
FOYER CINEMA
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
LOJAS
CIRC. VERT. ESCRITÓRIOS
SANITÁRIO GALERIA
CIRC. VERT. GALERIA
ACESSO RUA BELA CINTRA
ACESSO PARTICULAR RESIDENCIAL
CIRC. VERT. RESIDENCIAL
FLUXOGRAMA SOBRELOJA
58
ELEVADORES CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
UNIDADES HABITACIONAIS
ESCADAS
FLUXOGRAMA PAV. TIPO RESIDENCIAL
ELEVADORES CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
ESCRITÓRIOS
ESCADAS SANITÁRIOS FLUXOGRAMA PAV. TIPO ESCRITÓRIOS
Convivência Privativo Residencial Circulação vertical
59
3.6. ESTUDO DE INSOLAÇÃO
Inverno 10 h
Inverno 11 h
Inverno 13 h
Inverno 12 h
Inverno 14 h
60
3.7. SISTEMA ESTRUTURAL
O sistema construtivo adotado para a construção do edifício multifuncional pode ser considerado em duas partes. Na primeira parte temos um sistema tradicional de pilares, vigas e lajes em concreto armado que compõem a estrutura da galeria e subsolo. E na outra parte da estrutura temos um sistema misto para as torres habitacional e de escritórios. Esse sistema utilizado nas torres é composto por vigas em perfil "I" e pilares tubulares, ambos metálicos, com lajes em concreto e o núcleo rígido de circulação vertical funcionando como estrutura. Entretanto, somente esse núcleo rígido se conecta com a estrutura da galeria, de forma que os pilares tubulares são sustentados por cabos que são ancorados em uma viga em concreto protendido que fica acima do último pavimento e conecta-se também ao núclo rígido.
Vista isométrica esquemática da estrutura das torres
DET. ESTRUTURA DAS TORRES Esc. 1:30
Detalhe para os cabos que passam pelos pilares tubulares e pela viga protendida
61
RUA BELA CINTRA ÇÃO RU
LA ONSO A DA C
1
Planta do Pav. Térreo Escala 1:400
0
5
10
20
2 - Circ. Vert. Residencial 62
RUA BELA CINTRA O OLAÇÃ RU
ONS A DA C
1
Planta da Sobreloja Escala 1:400
0
5
10
20
2 - Circ. Vert. Residencial 63
RUA BELA CINTRA RU
ÃO SOLAÇ N O C A DA
1
Planta do Pav. Livre
3 - Circ. Vert. residencial
0
5
10
20
Escala 1:400
64
RUA BELA CINTRA O OLAÇÃ RU
ONS A DA C
1
Planta do Pav. Tipo 1
0
5
10
20
Escala 1:400
65
RUA BELA CINTRA
1
Planta do Pav. Tipo 2
0
5
10
20
Escala 1:400
66
RUA BELA CINTRA O OLAÇÃ RU
ONS A DA C
1
Planta do 1º Subsolo
1 - Circ. Vert. Residencial
0
5
10
20
Escala 1:400
67
RUA BELA CINTRA RU
ÃO SOLAÇ N O C A DA
1
Planta do 2º Subsolo
1 - Circ. Vert. Residencial
0
5
10
20
Escala 1:400
68
RUA BELA CINTRA
O OLAÇÃ S A CON RUA D
1
Planta do 3º Subsolo
1 - Circ. Vert. Residencial
0
5
10
20
Escala 1:400
69
1
2
Planta da Unid. Habitacional 1 Escala 1:75
Planta da Unid. Habitacional 2 Escala 1:75
(47,25 m²)
(56,60 m²)
Mosca da torre residencial S/ escala 3
Planta da Unid. Habitacional 3 Escala 1:75
(28,68 m²)
70
1
Planta do Escritório 1 Escala 1:75
(55,12 m²)
2
Planta do Escritório 2 Escala 1:75
(58,56 m²)
Mosca da torre de escritórios S/ escala 3
Planta do Escritório 3 Escala 1:75
(47,25 m²)
71
1
Planta do Cinema Escala 1:200
2
Planta do Restaurante Escala 1:200
Mosca da planta da sobreloja S/ escala 72
1
Corte longitudinal 1
0
5
10
20
Escala 1:400
73
1
Corte longitudinal 2
0
5
10
20
Escala 1:400
74
1
Corte transversal 1
0
5
10
20
Escala 1:400
75
1
Corte transversal 2
0
5
10
20
Escala 1:400
76
10:21
1
Elevação Consolação
0
5
10
20
Escala 1:400
77
1
Elevação Bela Cintra
0
5
10
20
Escala 1:400
78
Vista superior com destaque para relação do edifício com o Cemitério da Consolação 79
Vista da Rua da Consolação com a relação com os edifícios do entorno
80
Vista da Rua Bela Cintra com a inserção no entorno
81
Pavimento livre com destaque para o "descolamento" da torre da base e para horta à direita
Acesso da R. da Consolação, destaque para escala humana e para o brise metálico do restaurante 82
REFERÊNCIAS Livros
ROGERS, E. N.; SERT, J. L.; TYRWHITT, J. El
de la Ciudad: por una vida
humana de la
comunidad - VIII CIAM (1951). Barcelona: Ed. Hoepli, 1955.
Teses e Dissertações CUNHA JUNIOR, Jaime.
um
COSTA, Sabrina Studart Fontenele.
entre arquitetura moderna e cidade.
entre o
urbano e os
de
modernos no centro de
PISSARDO, Felipe Melo. A rua apropriada: um estudo sobre as
e usos urbanos na Rua
VASCONCELLOS, Grace A. S. A arquitetura de Pedro Paulo de Melo Saraiva: 1954 a 1975 e o
ALEIXO, Cynthia Augusta Poleto.
e galerias comerciais: Arquitetura e
OLIVEIRA, Nathalia C. Fagundes. Miolos de
na cidade de
ou a cidade pelo avesso: Conceito e
no interior das quadras e o caso da face sul do Centro de Porto Alegre.
do
de mestrado,
UFRGS, 2009.
Normas e Legislação Brasileira de Normas
NBR 9050: Acessibilidade a
e
equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT; 2015. Brasileira de Normas
NBR 9077:
de
em
Rio de Janeiro:
ABNT; 2001. BRASIL. Lei n. 16.050, de 31 de jul. de 2014.
de Desenvolvimento Urbano e Plano Diretor
83
BRASIL.
Lei n. 16.402, de 22 de mar. de 2016. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo no Município de
São Paulo. São Paulo, 2016. BRASIL.
Decreto n. 57.776, de 7 de jul. de 2017. Regulamenta o Código de Obras e Edificações do
Município de São Paulo. São Paulo, 2017. BRASIL.
Decreto 57.521, de 9 de dez. de 2016. Regulamenta as disposições da Lei n. 16.402 relativas
à ocupação do solo e condições de instalação de usos. São Paulo, 2016. BRASIL.
Decreto 57.378, de 13 de out. de 2016. Enquadramento das atividades não residenciais de
acordo com os grupos de atividades. São Paulo, 2016.
Sites GEOSAMPA. Mapa digital da Cidade de São Paulo. <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx#>. Acesso em mar. 2017.
Disponível
em:
Google Maps. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps/@-23.5526724,-46.6560474,17z?hl=pt-BR >. Acesso em mar. 2017. ISSUU. Entre atravessar e ocupar. Disponível <https://issuu.com/kikogcb/docs/entre_atravessar_e_ocupar_-_frederi>. Acesso em abr. 2017.
em:
AU PINI. História em detalhe Galeria Metrópole. Disponível em: <http://au17.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/240/historia-em-detalhe-galeria-metropole-de-salvador-candia-egian-308158-1.aspx>. Acesso em maio 2017. PRÉDIOS DE SÃO PAULO. Disponível em: <http://www.prediosdesaopaulo.com/galeria-metropole>. Acesso em maio 2017. VITRUVIUS. Pedro Paulo de Melo Saraiva. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/2595>. Acesso em maio 2017. ARQUIVO ARQ. Edifício 5ª Avenida. Disponível em: <http://www.arquivo.arq.br/edificio-5-avenida>. Acesso em maio 2017.
ARCHDAILY. Leadenhall Building. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/761279/edificio-leadenhall-rogers-stirk-harbour-plus-partners>. Acesso em maio 2017.
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