QUALIFICAÇÃO SOCIAL
SCHEICHL
CENTRO UNIVERSITÁRIO OCTÁVIO BASTOS ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
SCHEICHL PARQUE URBANO
LUCAS AFONSO APARECIDO DA COSTA SOB ORIENTAÇÃO DE
JOSÉ EDWALTO DE LIMA JUNIOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO OCTÁVIO BASTOS SÃO JOÃO DA BOA VISTA, DEZEMBRO DE 2018
SCHEICHL PARQUE URBANO
PROF. ME. JOSÉ EDWALTO DE LIMA JUNIOR
ASSINATURA PROF. ME. JOSÉ EDWALTO DE LIMA JUNIOR
PROFª. ME. LUCIANA VALIN GONÇALVES DIAS
ASSINATURA PROFª. ME. LUCIANA VALIN GONÇALVES DIAS
PROF. ME. MAURO FONT
ASSINATURA PROF. ME. MAURO FONT
DATA DE APROVAÇÃO
CENTRO UNIVERSITÁRIO OCTÁVIO BASTOS SÃO JOÃO DA BOA VISTA, DEZEMBRO DE 2018
“A vida é uma peça de teatro que não nos permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (CHARLES CHAPLIN)
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente à toda minha família e principalmente àqueles que sempre acreditaram no meu potêncial, em especial à minha mãe, pelo amor incondicional, apoio e confiança. Aos meus amigos do peito que, independente das circunstâncias, sempre estiveram do meu lado, sejam àqueles que já faziam parte da minha vida e aos novos que surgiram após o início desta inesquecível jornada. Aos escritórios de Arquitetura pelo qual passei durante este período e suas respectivas equipes, pela oportunidade e contribuição ao meu crescimento profissional, pelas experiências de vida, amizades e principalmente por me apresentarem parte do mundo que existe longe das salas de aula. Ao Marcelo Ferraz e à Elisete Borato, pelo apreço, ensinamentos, conselhos e principalmente por ter estado ao meu lado durante todo este período. À Elizabeth Scheichl, que há mais de seis anos, transformou sua propriedade, localizada na cidade de São João da Boa Vista, em espaço para educação ambiental com o intuíto de conscientizar a população às questões relacionadas a fauna e flora local. E por último, à professora Heley de Abreu, “In Memorian”, não somente pelo ato heróico em dar sua própria vida para salvar crianças, mas também, pelo amor e dedicação à uma das profissões mais deslumbrantes de toda a história, a de lecionar.
AGRADECIMENTOS Agradeço previamente ao meu orientador, José Edwalto Junior, por ter escolhido fazer parte deste projeto e me auxiliar da melhor maneira possível. À todos os professores que nestes últimos cinco anos, fizeram parte da minha vida acadêmica e contribuíram significativamente não só à conclusão deste respectivo projeto como também à minha formação profissional.
RESUMO O presente trabalho tem como desígnio a instalação de um parque urbano em resposta ao déficit de áreas verdes e equipamentos de esporte e lazer na cidade de São João da Boa Vista, SP. Além disso, o projeto visa qualificar uma área que encontra-se em gradativa depreciação, ao mesmo tempo em que contribui com a diminuição dos inúmeros vazios que assolam o perímetro urbano de uma das cidades que, há pouco, tornou-se referência em todo o país. Palavras-chave Parque qualificação.
urbano;
áreas
verdes;
ABSTRACT The purpose of this work is to install an urban park in response to the deficit of green areas and sports and leisure equipament in the city of. In adddition, the projetc aims to qualify an area that is gradually depreciating, while at the some time contributing to the reduction of the numerous voids that devastate the urban perimeter of one the cities that has recently became a reference in all country. Keywords Urban qualification.
park;
green
areas;
LISTA DE FIGURAS Figura 01: Relação do Central Park com a cidade de Nova Iorque Figura 02: Gardens By The Bay, Cingapura Figura 03: Aspecto da cidade industrial no século XIX Figura 04: Central Park, Nova Iorque Figura 05: Situação Central Park Figura 06: Bloqueio da radiação solar causado pela vegetação urbana Figura 07: Relação social do High Line, Nova Iorque Figura 08: Passeio ao ar livre das elites emergentes brasileiras Figura 09: Passeio Público no século XIX Figura 10: Esboço das linhas projetuais dos parques urbanos no Brasil Figura 11: Parque Renné Giannetti, B. Horizonte. Estilo Eclético Figura 12: Mapa do parque Renné Giannetti Figura 13: Parque Ibirapuera, São Paulo. Estilo Moderno Figura 14: Mapa do parque Ibirapuera Figura 15: Jardim Botânico, Curitiba. Estilo Contemporâneo Figura 16: Mapa do Jardim Botânico Figura 17: Percentual de arborização nas zonas urbanas Figura 18: Déficit de arborização urbana no Jardim da Conquista, bairro classe baixa, localizado na Zona Leste, São Paulo Figura 19: Vegetação efetiva no Pacaembu, bairro classe média alta, localizado entre a Zona Oeste e Central de São Paulo Figura 20: Situação do Parque Rubem Cione, em Ribeirão Preto Figura 21: Barreiras à visitação de parques urbanos Figura 22: Vandalismo nos banheiros do Ibirapuera Figura 23: Equipamentos depredados Figura 24: Localização de São João da Boa Vista - SP Figura 25: Serra da Paulista, São João da Boa Vista - SP Figura 26: Perímetro do município de São João da Boa Vista - SP Figura 27: Participação dos setores no PIB de SJBV - 2011 Figura 28: Veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus) Figura 29: Áreas verdes do perímetro urbano Figura 30: Praça da Viola Figura 31: Áreas verdes de visitação de cada município Figura 32: Localização do bosque no município Figura 33: Bancos e mesas depredadas Figura 34: Deterioração dos equipamentos sem manutenção Figura 35: lustração dos déficits apontados pela consultoria pública Figura 36: Diagrama do cinturão verde - áreas conectadas Figura 37: Clubes e centros esportivos Figura 38: Implantação da ciclofaixa na avenida Durval Nicolau Figura 39: Avenida Professora Isette Correa Fontão Figura 40: Renda domiciliar em São João da Boa Vista Figura 41: Rodovia SP – 342 Figura 42: Cerro San Cristobal, Santiago Figura 43: Parque Ibirapuera Figura 44: Oscar Niemeyer
22 28 30 31 32 33 34 35 35 36 37 37 38 38 38 38 39 40 40 41 42 43 43 44 44 45 46 47 48 49 50 51 51 51 52 53 54 55 55 56 57 58 61 62
Figura 45: Otávio Mendes Figura 46: Vista panorâmica do parque Figura 47: Localização do parque Ibirapuera na cidade Figura 48: Situação do parque Ibirapuera Figura 49: Fonte multimídia Figura 50: Inauguração do parque em agosto de 1954 Figura 51: Vista aérea durante a inauguração do parque Figura 52: Público do parque durante o final do semana Figura 53: Plano de Massa parque Ibirapuera Figura 54: Mapa parque Ibirapuera Figura 55: Monumento às Bandeiras Figura 56: Auditório Ibirapuera Figura 57: Museu de Arte Moderna (MAM) Figura 58: Marquise Figura 59: Bienal Figura 60: Viveiro Manequinho Lopes Figura 61: Obelisco Figura 62: Lago Ibirapuera Figura 63: Oca Figura 64: Incidência dos ventos no parque Figura 65: Marquise Figura 66: Incidência solar na Marquise Figura 67: Virada Sustentável Figura 68: Caminhada ecológica Figura 69: Fauna Ibirapuera Figura 70: Equipamentos do parque Figura 71: Intervenção cultural Figura 72: Conjunto arquitetônico Figura 73: Museu Afro Figura 74: Auditório Figura 75: Cerro San Cristóbal Figura 76: Benjamín Vicuña Mackenna Figura 77: Alberto Subercaseux Figura 78: Relação de Cerro San Cristóbal com a cidade Figura 79: Turistas em visita ao parque Figura 80: Bonde Funicular Figura 81: Localização do parque na cidade Figura 82: Situação do Cerro San Cristóbal Figura 83: Colina durante o inverno Figura 84: Estátua da Virgem Maria Figura 85: Plano de Massa Cerro San Cristóbal Figura 86: Mapa da montanha Figura 87: Funicular Figura 88: Zoológico Nacional Figura 89: Teleférico Santiago Figura 90: Estátua Virgem Maria Figura 91: Piscina Tupahue Figura 92: Terraço Bellavista Figura 93: Jardim Mapulemu Figura 94: Jardim Japonês
62 63 63 63 63 64 64 64 65 66 66 67 67 67 67 68 68 68 68 69 70 70 71 71 71 72 72 72 72 72 73 74 74 75 75 75 76 76 76 76 77 78 78 79 79 79 79 80 80 80
Figura 95: Bosque Santiago Figura 96: Incidência dos ventos em San Cristóbal Figura 97: Incidência solar na montanha durante a manhã Figura 98: Incidência solar na montanha durante a tarde Figura 99: Ciclismo na montanha Figura 100: Visitas escolares Figura 101: Caminhada ecológica Figura 102: Trilhas de terra Figura 103: Teleférico reestruturado Figura 104: Estação funicular Figura 105: Funicular Figura 106: Queen Elizabeth Olympic Park Figura 107: Garret Eckbo Figura 108: Andrew Harland Figura 109: Obras do parque Figura 110: Rio Waterworks Figura 111: Transporte Náutico Figura 112: Playground Figura 113: Localização do parque na cidade Figura 114: Situação do parque na cidade Figura 115: Vista panorâmica do parque Figura 116: Rio revitalizado Figura 117: Bairro International Quarter Figura 118: Plano de massa Queen Elizabeth Park Figura 119: Mapa Cerro San Cristóba Figura 120: London Olympics Media Centre Figura 121: Centro de Hóquei e Tênis de Lee Valley Figura 122: Arena Cooper Box Figura 123: Lee Valley VeloPark Figura 124: East Village London Figura 125: Estádio de Londres Figura 126: Arcelormittal Orbit Figura 127: International Quarter Figura 128: Centro Aquático Figura 129: Incidência dos ventos no parque Figura 130: Crianças brincando no parque durante o verão Figura 131: Pequeniques são frequentes no parque durante o verão Figura 132: Público infantil no parque durante o verão Figura 133: Competição de ciclismo freqüentes no complexo Figura 134: Trilhas do parque Figura 135: Público do parque mesmo após as olimpíadas Figura 136: Finalização das obras no estádio Figura 137: Centro Aquático em construção Figura 138: Um dos diversos jardins do parque Rainha Elizabeth Figura 139: Morfologia da cidade Figura 140: Localização da área no perímetro urbano Figura 141: Área de intervenção Figura 142: Área escolhida para a intervenção Figura 143: Panorama geral da área Figura 144: Rodovia SP – 342
80 81 82 82 83 83 83 84 84 84 84 85 86 86 87 87 87 87 88 88 88 88 88 89 90 90 91 91 91 91 92 92 92 92 93 94 94 94 95 95 95 96 96 96 98 100 102 104 104 104
Figura 145: Moradores utilizam do espaço precário Figura 146: Limites do terreno com a rodovia Figura 147: Rua Agostinho Cenzi Figura 148: Situação atual do local Figura 149: Final da rua Moudif Georges Nasr Figura 150: Local utilizado como descarte de lixo e entulho Figura 151: Limite entre o bairro e o terreno Figura 152: Mato alto devido ao descaso dos proprietários Figura 153: Final da rua Scipião Toniza Figura 154: Final da rua Jorge João Nasser Figura 155: Local utilizado como depósito de entulho Figura 156: Situação atual da área Figura 157 Vista da parte mais alta do local Figura 158: Limite do bairro com o local Figura 159: Final da rua Antônio José Milan Figura 160: Mato alto do terreno Figura 161: Muro do Condomínio Fazenda das Areias Figura 162: Vista a partir da Rodovia SP - 342 Figura 163: Vista a partir da Rodovia SP - 342 Figura 164: Limite da área com a Rodovia SP - 342 Figura 165: Limite da área com a Rodovia SP - 342 Figura 166: Vista da Rodovia SP-342 Figura 167: Parte mais baixa do local Figura 168: Área de escoamento de água Figura 169: Sítio Paineiras ao fundo Figura 170: Espaço utilizado para a instalação de outdoors Figura 171: Entrada de uma das propriedades Figura 172: Final da Avenida Profª. Isette Correa Fontão Figura 173: Final da Avenida Profª. Isette Correa Fontão Figura 174: Mapa geográfico Figura 175: Mapa cheios e vazios Figura 176: Mapa fluxos e mobilidade Figura 177: Mapa público e privado Figura 178: Mapa uso e ocupação Figura 179: Crianças brincando no parque Figura 180: Partido Figura 181: Diretrizes projetuais e programa de necessidades Figura 182: Pavilhão do Brasil, Expo Milão Figura 183: Centro poliesportivo de Cal Maritime Figura 184: Expominas Figura 185: Concha acústica de Bello Monte Figura 186: Plano de Massas Figura 187: Esboço pavilhão de exposições Figura 188: Esboço concha acústica Figura 189: Esboço ginásio poliesportivo Figura 190: Portão de um parque Figura 191: Projeto paisagístico Figura 192: Ágave – dragão Figura 193: Representação gráfica Figura 194: Ágave – pulquero
104 104 104 104 104 105 105 105 105 105 105 105 105 106 106 106 106 106 106 106 106 107 107 107 107 107 107 107 107 109 110 111 112 113 114 118 119 120 120 121 121 122 123 124 125 126 128 131 131 131
Figura 195: Representação gráfica Figura 196: Alamanda – amarela Figura 197: Representação gráfica Figura 198: Alecrim Figura 199: Representação gráfica Figura 200: Ameixa – amarela Figura 201: Representação gráfica Figura 202: Amoreira Figura 203: Representação gráfica Figura 204: Aroeira Figura 205: Representação gráfica Figura 206: Arvore – do – viajante Figura 207: Representação gráfica Figura 208: Bananeira – d’água Figura 209: Representação gráfica Figura 210: Bananeira – ornamental Figura 211: Representação gráfica Figura 212: Baobá Figura 213: Representação gráfica Figura 214: Capim – do – texas Figura 215: Representação gráfica Figura 216: Capim – dos – pampas Figura 217: Representação gráfica Figura 218: Cássia – imperial Figura 219: Representação gráfica Figura 220: Falsa – vinha Figura 221: Representação gráfica Figura 222: Grama – amendoim Figura 223: Representação gráfica Figura 224: Grama – esmeralda Figura 225: Representação gráfica Figura 226: Ipê – amarelo Figura 227: Representação gráfica Figura 228: Ipê – rosa Figura 229: Representação gráfica Figura 230: Jabuticabeira Figura 231: Representação gráfica Figura 232: Ninho – de – pássaro Figura 233: Representação gráfica Figura 234: Palmeira – azul Figura 235: Representação gráfica Figura 236: Palmeira – cascata Figura 237: Representação gráfica Figura 238: Palmeira – imperial Figura 239: Representação gráfica Figura 240: Palmeira – leque Figura 241: Representação gráfica Figura 242: Palmeira – rabo – de – raposa Figura 243: Representação gráfica Figura 244: Palmeira – real
131 131 131 131 131 132 132 132 132 132 132 132 132 133 133 133 133 133 133 133 133 134 134 134 134 134 134 134 134 135 135 135 135 135 135 135 135 136 136 136 136 136 136 136 136 137 137 137 137 137
Figura 245: Representação gráfica Figura 246: Pau – brasil Figura 247: Representação gráfica Figura 248: Pau – ferro Figura 249: Representação gráfica Figura 250: Pau – mulato Figura 251: Representação gráfica Figura 252: Pitangueira Figura 253: Representação gráfica Figura 254: Piteira – do – caribe Figura 255: Representação gráfica Figura 256: Salgueiro – chorão Figura 257: Representação gráfica Figura 258: Trombeta – cor – de – rosa Figura 259: Representação gráfica Figura 260: Vedélia Figura 261: Representação gráfica Figura 262: Washingtonia Figura 263: Representação gráfica Figura 264: Corte expandido do terreno Figura 265: Corte expandido do terreno Figura 266: Acesso principal Figura 267: Acesso principal Figura 268: Acesso principal Figura 269: Acesso principal Figura 270: Acesso principal Figura 271: Acesso principal Figura 272: Planta de pavimento – Pavilhão de exposições Figura 273: Pavilhão de exposições Figura 274: Pavilhão de exposições Figura 275: Pavilhão de exposições Figura 276: Pavilhão de exposições Figura 277: Pavilhão de exposições Figura 278: Pavilhão de exposições Figura 279: Ciclofaixa e pavillhão de exposições Figura 280: Ciclofaixa e pavillhão de exposições Figura 281: Ciclofaixa e pavillhão de exposições Figura 282: Ciclofaixa e pavillhão de exposições Figura 283: Pavilhão de exposições Figura 284: Pavilhão de exposições Figura 285: Planta de pavimento – Concha acústica Figura 286: Lago e concha acústica Figura 287: Concha acústica Figura 288: Concha acústica Figura 289: Concha acústica Figura 290: Concha acústica Figura 291: Concha acústica Figura 292: Concha acústica Figura 293: Concha acústica Figura 294: Concha acústica
137 137 137 138 138 138 138 138 138 138 138 139 139 139 139 139 139 139 139 140 140 142 142 142 143 143 143 144 146 146 146 147 147 147 148 148 148 149 149 149 150 152 152 152 153 153 153 154 154 154
Figura 295: Concha acústica Figura 296: Concha acústica Figura 297: Concha acústica Figura 298: Planta de pavimento – Ginásio poliesportivo Figura 299: Ginásio poliesportivo Figura 300: Ginásio poliesportivo Figura 301: Árvore metálica – mirante Figura 302: Ginásio poliesportivo Figura 303: Ginásio poliesportivo Figura 304: Ginásio poliesportivo Figura 305: Ginásio poliesportivo Figura 306: Ginásio poliesportivo Figura 307: Ginásio poliesportivo Figura 308: Ginásio poliesportivo Figura 309: Ginásio poliesportivo Figura 310: Ginásio poliesportivo Figura 311: Estratégias bioclimáticas – Pavilhão de exposições Figura 312: Formiga Figura 313: Parque Scheichl em meio a São João da Boa Vista Figura 314: Mão segurando uma planta Figura 315: Papel de projeto
155 155 155 156 158 158 158 159 159 159 160 160 160 161 161 161 162 164 166 168 176
ANEXOS (DESENHOS TÉCNICOS) Anexo 01: Desenho técnico – Implantação geral Anexo 02: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Planta de pavimento) Anexo 03: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Situação) Anexo 04: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Cobertura) Anexo 05: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Elevação E2) Anexo 06: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Elevação E4) Anexo 07: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Elevação E1) Anexo 08: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Elevação E3) Anexo 09: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Corte AA) Anexo 10: Desenho técnico (Pavilhão de exposições – Corte BB) Anexo 11: Desenho técnico (Concha acústica – Planta de pavimento) Anexo 12: Desenho técnico (Concha acústica – Planta de pavimento inferior) Anexo 13: Desenho técnico (Concha acústica – Situação) Anexo 14: Desenho técnico (Concha acústica – Elevação E2) Anexo 15: Desenho técnico (Concha acústica – Elevação E1) Anexo 16: Desenho técnico (Concha acústica – Elevação E3) Anexo 17: Desenho técnico (Concha acústica – Elevação E4) Anexo 18: Desenho técnico (Concha acústica – Corte AA) Anexo 19: Desenho técnico (Concha acústica – Corte BB) Anexo 20: Desenho técnico (Concha acústica – Cobertura) Anexo 21: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Planta de pavimento) Anexo 22: Desenho técnico (Ginásio poliesoprtivo – Situação) Anexo 23: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Cobertura) Anexo 24: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Elevação E1) Anexo 25: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Elevação E2) Anexo 26: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Elevação E3) Anexo 27: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Elevação E4) Anexo 28: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Corte AA) Anexo 29: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo – Corte BB)
178 180 180 180 181 181 182 182 182 182 184 184 185 186 186 186 187 188 188 188 190 191 191 192 192 194 194 196 196
SUMÁRIO 1
APRESENTAÇÃO 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5
2
INTRODUÇÃO PROBLEMA OBJETIVO JUSTIFICATIVAS METODOLOGIA
24 24 25 26 27
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
28
2.1
2.2
2.3
3
22
PARQUES URBANOS 2.2.1 RELEVÂNCIA 2.2.1.1 ASPECTOS URBANOS 2.2.1.2 ASPECTOS AMBIENTAIS 2.2.1.3 ASPECTOS SOCIAIS PARQUE URBANOS NO BRASIL 2.2.1 LINHAS PROJETUAIS 2.2.2 PANORAMA ATUAL 2.2.3 EVENTUAIS PROBLEMAS SÃO JOÃO DA BOA VISTA 2.3.1 ESTRUTURA ECONÔMICA 2.3.2 ASPECTOS NATURAIS 2.3.3 ÁREAS VERDES 2.3.3.1 PRAÇAS 2.3.3.2 AQUÉM DAS DEMAIS 2.3.3.3 BOSQUE 2.3.3.4 PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO 2.3.4 ÁREAS DE ESPORTE E LAZER 2.3.5 SETOR SUL
ESTUDOS DE CASOS 3.1
3.2
PARQUE IBIRAPUERA 3.1.1 BIOGRAFIA 3.1.2 CONTEXTO 3.1.3 PLANO DE MASSAS 3.1.4 FORMAS 3.1.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 3.1.6 MEIO AMBIENTE 3.1.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS CERRO SAN CRISTÓBAL 3.2.1 BIOGRAFIA 3.2.2 CONTEXTO 3.2.3 PLANO DE MASSAS 3.2.4 FORMAS 3.2.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS
30 31 32 33 34 35 36 39 41 44 46 47 48 49 50 51 42 54 56 58 61 62 63 65 66 69 71 72 73 74 75 77 78 81
3.3
4
DIAGNÓSTICO GERAL 4.1 4.2 4.3 4.4
5
ESCOLHA DO LOCAL CARACTERÍSTICAS GERAIS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO MAPEAMENTOS 4.4.1 MAPA GEOGRÁFICO 4.4.2 MAPA CHEIOS E VAZIOS 4.4.3 MAPA FLUXO E MOBILIDADE 4.4.4 MAPA PÚBLICO E PRIVADO 4.4.5 MAPA USO E OCUPAÇÃO
PROPOSTA 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6
6
3.2.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 3.2.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS QUEEN ELIZABETH OLYMPIC PARK 3.3.1 BIOGRAFIA 3.3.2 CONTEXTO 3.3.3 PLANO DE MASSAS 3.3.4 FORMAS 3.3.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 3.3.6 MEIO AMBIENTE 3.3.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
CONCEPÇÃO O PROJETO PARTIDO DIRETRIZES PROJETUAIS E PROGRAMA DE NECESSIDADES REFERÊNCIAS PROJETUAIS PLANO DE MASSAS E ESBOÇOS 5.6.1 PAISAGISMO 5.6.2 ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
83 84 85 86 87 89 90 93 95 96 98 100 102 104 108 109 110 111 112 113 114 116 117 118 119 120 122 122 123
PROJETO
126
6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7
128 142 144 150 156 162 163
PAISAGISMO ACESSO PRINCIPAL PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES CONCHA ACÚSTICA GINÁSIO POLIESPORTIVO ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
7
CONCLUSÃO
164
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
168
9
ANEXOS (DESENHOS TÉCNICOS)
176
1 APRESENTAÇÃO
Figura 01: Relação do Central Park com a cidade de Nova Iorque. Fonte: Shobeir Ansari, 2018.
24
1.1 INTRODUÇÃO O processo de expansão e urbanização desordenado dos municípios, desencadearam diversos problemas que que se intensificaram através dos anos (PENA, 2011). O êxodo rural em decorrência da busca por melhores condições de vida nas cidades, em especial no Brasil, acarretaram no aumento exponencial da população nos bairros e periferias urbanas, provocando diversas complicações em relação à moradias, desempregos, saúde, educação, desigualdade social e até mesmo nos meios ambientais, como desmatamentos, poluição do solo e dos rios, redução da biodiversidade e mudanças climáticas (BECKER, 2011). Seguindo os modelos nacionais, a cidade de São João da Boa Vista, que encontra-se em gradativa expansão, é um notório exemplo de como a qualidade de vida de uma sociedade é afetada quando o planejamento urbano não é colocado em prática. Dentre tantos problemas que se agravaram com o crescimento do município, a falta de um cenário sustentável, que promova um contato imediato da população com a natureza, tem sido cada vez mais imprescindível na vida de seus habitantes. O acesso ao meio ambiente é direito de todos, conforme defende a Constituição Federal do Meio Ambiente art. 225: “Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Diante do presente cenário, é evidente a necessidade do município em abrigar espaços que atendam as necessidades de toda a população como forma de resgatar uma vivência em meio à natureza, apresentando condições ambientais adequadas para a sua utilização e proporcionando um maior contato de seus habitantes com o meio ambiente, demonstrando, dessa forma, que as belezas e qualidades de São João da Boa Vista vão muito além dos crepúsculos que atravessam os céus da cidade.
1.2 PROBLEMA Em Março de 2017 a cidade de São João impressionou sua população, quando uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas considerou que, dentre todas as cidades brasileiras entre 50 e 100 mil habitantes, o município é o que oferece melhor qualidade de vida para os idosos. Em contraponto, se houvesse um ranking nacional à respeito da qualidade de vida que a cidade oferece em relação ao contato de sua população com o meio ambiente, a mesma não estaria tão bem colocada como na primeira pesquisa. O município, hoje com quase duzentos anos de vida, sofre de problemas assim como qualquer outra cidade brasileira, mas se tem algo em especial que aflige seus habitantes, é a carência de parques urbanos juntamente com a falta de
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equipamentos públicos de esporte e lazer. Não é necessário conhecer a cidade à fundo para constatar sua escassez de áreas verdes utilizáveis, o que impressiona, já que trata-se de um município situado em meio a Serra da Mantiqueira. A vasta quantidade de vazios urbanos, frutos da especulação imobiliária, assim como o espraiamento do município e o descaso do poder público em diversas questões, foram determinantes na atual condição que a cidade se encontra. Acarretando, dessa forma, no surgimento de espaços abandonados e degradados que assolam o município Sanjoanense.
1.3 OBJETIVO O assunto que envolve a relação entre o homem e a natureza tem ganhado
cada vez mais destaque ao decorrer do tempo, seja nos debates acadêmicos, na mídia, nos trabalhos universitários, dentre vários outros meios que envolvem questões do gênero. Não por menos, pois, com o passar dos anos ficou cada vez mais evidente a necessidade dessa conexão, já que atualmente, mais da metade da população mundial vivem nas cidades, de acordo com o relatório “World Urbanization Prospects”, realizado em 2014 pela ONU. Em decorrência dessa situação, elevou-se a necessidade dos centros urbanos abrigarem espaços que atendam as necessidades da população em relação ao meio ambiente, e como não poderia ser diferente, os parques urbanos tornaram-se os protagonistas desse contexto. Atualmente, com a temática da requalificação dos espaços urbanos, principalmente das áreas centrais das cidades, com a demanda crescente de espaços de recreação e lazer e com a introdução das dimensões ambiental e paisagística no planejamento, a temática do Parque Urbano assume papel central no desenvolvimento dos planos e projetos urbanos (MACEDO e SAKATA, 2003 pg. 08).
O projeto daquilo que pode ser considerado um bom parque, que apresenta condições ambientais adequadas para a sua utilização, tem fator determinante na qualidade e desenvolvimento dos seus respectivos usos. Um parque eficiente que proporciona aos seus usuários, espaços adequados para a pratica de esporte, lazer, equipamentos urbanos, espaços para a cultura, parques infantis, além de um efetivo projeto paisagistico, com o propósito de conciliar todos os espaços ali criados com uma excelente arborização urbana, contribui de maneira significativa para a melhoria na qualidade de vida de seus utilizadores. A qualidade de vida urbana está, diretamente, atrelada a vários fatores que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social e aqueles ligados à questão ambiental. No caso do ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se elementos imprescindíveis para o bem-estar da população, pois influencia, diretamente, a saúde física e mental da população (LOBODA, 2003 p. 20).
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É indispensável a concepção de um projeto como resposta ao déficit de áreas
verdes da cidade de São João da Boa Vista e diante das afirmações já citadas, a implantação de um parque urbano em um local estratégico, atendendo de forma geral, toda a sua população, seria o mais viável diante do atual cenário.
1.4 JUSTIFICATIVAS A proposta da criação de um parque urbano na cidade de São João da Boa Vista toma como base os estudos realizados acerca do plano diretor “São João 2050”, resultado de aproximadamente três anos de trabalho que reúne contribuições de diversos setores da sociedade Sanjoanense. A elaboração de um plano de longo prazo para São João da Boa Vista marca o compromisso do Poder Público Municipal com o fomento das reflexões sobre formas e perspectivas de desenvolvimento, institucionalizando a prática de pensar continuamente o planejamento estratégico do município (SÃO JOÃO 2050, 2017 p.5).
Dentre os elementos apontados pelo mesmo, no quesito que diz respeito ao meio ambiente, o próprio parque tem destaque em meio às necessidades do município, juntamente com a falta dos bosques e arborização urbana. É relevante afirmar que, a inserção de tais elementos junto ao projeto preservará espécies de plantas nativas, fomentará a fauna e a flora local, além de auxiliar o clima da região. Além dos déficits já mencionados, há ainda menção à falta de equipamentos urbanos, como aparelhos de ginásticas e parques infantis, assim como a escassez de quadras esportivas e àreas de lazer na questão associada aos espaços públicos. O desafio que se coloca cada vez mais às entidades públicas é o de criar cidades inclusivas que respondam aos desafios de um planejamento orientado pela dimensão social e para a promoção de um desenvolvimento sustentável, em que a preocupação primordial se volta para a qualidade da infraestrutura urbana, para a defesa do meio ambiente e, em especial, para a qualidade de vida das pessoas. As estratégias de inclusão social e de ampliação das oportunidades devem contemplar áreas destinadas a usos coletivos – espaços verdes e de utilização coletiva, infraestruturas e equipamentos – os quais, precisamente, se apresentam como indispensáveis à qualidade de vida nas cidades (SÃO JOÃO 2050, 2017 p.60).
Diante das questões levantadas pelo atual plano diretor, é inquestionável a quantidade de elementos fundamentais que complementam de diversas formas, a elaboração de um parque urbano que atenda a população Sanjoanense de maneira eficiente nos âmbitos sociais e ambientais, além de requalificar uma área abandonada através da reurbanização do espaço, almejando a requalificação ambiental e o lazer, a interação da sociedade com a natureza e principalmente, a conexão entre o meio natural e o urbano.
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1.5 METODOLOGIA O presente trabalho será desenvolvido em seis etapas distintas, sendo que, cada uma destas, exercerá um papel fundamental nos resultados obtidos a respeito do contexto explorado. 1. Apresentação Contendo introdução, objetivo e justificativa acerca do conteúdo designado como objeto de estudo, neste caso, os parques urbanos na cidade de São João da Boa Vista – SP. 2. Revisão Bibliográfica Fundamentação teórica envolvendo análises literárias, pesquisas de sites, revistas, jornais, relatórios e trabalhos acadêmicos que abordem, de forma geral, o tema em questão. 3. Estudos de casos Aqui, serão explorados de forma aprofundada, três projetos de parques urbanos análogos em sua essência, contudo, distintos em suas características. · Parque Ibirapuera, São Paulo – BR. O parque mais famoso do Brasil e considerado um dos melhores do mundo, segundo o jornal britânico The Guardian possui um vasto material a ser analisado como amparo ao desenvolvimento em questão. · Cerro San Cristóbal, Santiago – CL. Encravado numa montanha de 280 metros de altura em meio à capital Chilena e com aproximadamente 722 hectares, é um dos maiores parques urbanos no mundo. Sua escolha se dá pela excêntrica localização, que o torna fundamental para analisar as maneiras de se trabalhar em um espaço como o local em questão. · Queen Elizabeth Olympic Park, Londres – GB. Projetado para abrigar as principais instalações dos jogos olímpicos e paralímpicos de Londres em 2012, o complexo foi transformado em um dos maiores parques urbanos da cidade após o encerramento dos jogos. Terá um papel fundamental nos resultados obtidos a respeito do contexto explorado. 4. Diagnóstico geral Aprofundamento acerca das informações referentes ao local, levantamento de dados, reconhecimento fotográfico e mapeamentos.
como
5. Proposta Início da proposta referente ao parque urbano após a coleta das informações necessárias para propor a transformação do espaço. 6. Projeto Execução projetual.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 02: Gardens By The Bay, Cingapura. Fonte: Luca Locatelli, 2017.
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2.1 PARQUES URBANOS O processo de transformação das cidades Européias durante o século XIX, ocasionado pelo advento da era industrial, ascendeu a necessidade da população em adaptar-se ao novo modelo urbano que estava surgindo. Como aponta Silva (2003, p. 45), “a cidade era o berço da poluição, do ar e sonora, e dos maus costumes, e o campo passou a ser um local desejado, uma vez que possuía ar fresco e tranquilidade.[...]”. Portanto, é nesse momento em que o assunto relacionado a valorização do campo e das áreas verdes surgem em meio à sociedade, resultando, dessa forma, no aparecimento dos primeiros parques urbanos. O Parque Urbano é um produto da cidade da era industrial. Nasceu, a partir do século XIX, da necessidade de dotar as cidades de espaços adequados para atender a uma nova demanda social: o lazer, o tempo ócio e para contrapor-se ao ambiente urbano. (MACEDO e SAKATA, 2003 pg. 08).
Figura 03: Aspecto da cidade industrial no século XIX. Fonte: Tim Hatton, 2017.
A origem destes espaços e seu desenvolvimento no contexto histórico das cidades, redefiniu, ao longo do tempo, suas funções e usos de acordo com as transformações do cenário urbano. Dentre as inúmeras características e atribuições que os parques urbanos desenvolveram ao decorrer dos anos, os espaços de socialização, foram, sem dúvida, um dos aspectos mais significativos que os mesmos proporcionaram ao público em geral, como defende Lima (1994). A definição dos conceitos gerais que contornam a temática dos parque, tornou-se recorrente em meio aos pesquisadores que definem os benefícios proporcionados pela existência destes redutos naturais. O parque “é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos”, segundo Lima (1994, p.15). Para o autor, as atribuições ao âmbito ecológico, se dão pela forma com que as eventuais áreas minimizam os impactos resultantes da industrialização e urbanização das cidades. Na função estética, visa integrar os espaços edificados às
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áreas de vegetação e circulação, assim como, diversificar os elementos que compreendem a paisagem urbana. Nas questões sociais, os espaços livres de uso público, ou as áreas de lazer, como já mencionado, necessitam de um cuidado especial, já que os mesmos, possibilitam a garantia do uso e conservação destes elementos por parte de todos aqueles que o utilizam, fazendo com que, todas as esferas da sociedade seja atingida de forma geral. “Os parques urbanos são espaços públicos com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal, destinado à recreação”, como alega Kliass (1993), sendo assim, há necessidade da criação de espaços livres no interior das cidades em razão do crescimento acelerado das mesmas, uma vez que, a artificialidade do meio urbano, influencia de maneira expressiva, o cotidiano da vida urbana. Já Macedo e Sakata (2003), consideram que parques urbanos são “todo espaço de uso público destinado à recreação da massa, qualquer que seja seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é auto-suficiente, isto é, não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno.”, determinando que, além dos tipos de usos e funções, as vantagens dos parques às demais áreas verdes, se dão pelo fato de serem independentes de toda e qualquer influência externa que faça parte do contexto em que está inserido.
Figura 04: Central Park, Nova Iorque. Fonte: Maureen Plaineld, 2013.
2.1.1 RELEVÂNCIA Devido ao notório desempenho que os parques e áreas verdes obtiveram ao longo da história, a necessidade da inserção destes espaços em meio as cidades tornaram-se um assunto de caráter indiscutível. Esta importância, portanto, tem sido cada vez mais evidentes à medida que o número de habitantes das cidades vem crescendo de forma acentuada, demonstrando que a urbanização é uma invariável definitiva do homem, como aponta Hardt (1996). Dentre as inúmeras benesses que estas áreas propiciam ao contexto das cidades, as condições urbanas, ambientais e sociais são os que mais se destacam dentro da temática.
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2.1.1.1 ASPECTOS URBANOS A alegação de que os parques urbanos são benéficos às cidades, torna-se até “clichê” quando o respectivo assunto é objeto de discussão, porém, eles não são a resposta para todos os problemas. Os mesmos, segundo Jacobs (1961), não substituem a ampla diversidade urbana e para obterem sucesso, não podem funcionar como barreira ou obstáculo ao funcionamento da cidade que os rodeia. Porém, quando bem projetados, ajudam a definir as atividades vizinhas diversificadas, proporcionam um local de confluência agradável e atribuem transformação como um elemento novo, valorizando e prestando um serviço ao entorno em que está inserido. Os parques também são responsáveis pela organização e definição da malha viária e na desenvoltura dos desenhos urbanos (Lamas, 1993), ao mesmo tempo que, devido às vastas coberturas de vegetação, contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e a sustentabilidade urbana, como defende o Ministério do Meio Ambiente (2004). Outro fator considerável, são as questões relacionada à estética e a identidade que os mesmos proporcionam às cidades, uma vez que, cada parque urbano é um caso particular e desafia as generalizações (Jacobs, 1961). Nesse cenário, as paisagens quando bem tratadas, em especial a dos espaços públicos, tem fator determinante no contexto urbano, em razão da influência que exercem na qualidade vida das pessoas. Não por coincidência, em um parâmetro mais abrangente, os países que detém as maiores concentrações de áreas verdes disponíveis ao uso da população e que se autodenominam apreensivos a essas questões, são os mesmos que, no ranking de países mais felizes do mundo, estão no ponto mais alto do pódio, como apontam pesquisas¹ dos anos de 2013 e 2016, realizadas pelo canal de telecomunicação CNN e pelas Universidades de Columbia e Yale, respectivamente.
Figura 05: Situação Central Park. Fonte: Sergey Semonov, 2015.
¹ Dentre os mais de 155 países apresentados por ambas as listas, entre os 10 primeiros colocados estão: Dinamarca, Noruega, Suiça, Suécia, Finlândia, Áustria, Islandia e Austrália. No entanto, o Brasil ocupa a 46° posição no ranking de países com mais áreas verdes e a 22° colocação entre os mais felizes.
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2.1.1.2 ASPECTOS AMBIENTAIS A implantação de parques e áreas verdes nos centros urbanos, contribuíram de maneira expressiva ao meio ambiente de forma geral, já que evidentemente, assumiram um papel de extrema relevância à qualidade ambiental das cidades. Como Milano e Dalcin (2000) apontam em “Arborização das vias públicas”, a consolidação e melhoria da microclimática, redução da poluição atmosférica e sonora, contribuição para com a saúde humana, recuperação dos recursos hídricos e a manutenção e preservação das espécies da fauna e flora, foram os fatores mais evidentes obtidos pela implantação destas áreas. Vale ressaltar também que, a presença de vegetação em vias públicas e áreas livres, constituem a floresta urbana, atuando de forma direta no conforto humano através das características naturais da paisagem (ROSETTI, 2009). Dentro dessa vertente, a arborização urbana contribui à absorção da radiação solar, diminuição da incidência dos ventos, redução dos impactos da chuva, sombreamento, assim como no estímulo ao crescimento da natureza em meio às cidades, uma vez que estas áreas atraem diversas espécies de animais. Segundo o CONAMA (2006), estes espaços de áreas verdes sob o domínio público também desempenham “função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização.”
Figura 06: Bloqueio da radiação solar causada pela vegetação urbana. Fonte: Mascaró, 1996.
Evidentemente, os parques urbanos promovem um maior contato das cidades com a natureza, possibilitando dessa forma, a existência de centros urbanos mais “saudáveis”. No entanto, para assimilarmos a relação desses dois espaços (parque e cidade), Jacobs (1961) afirma que é necessário acabar com a confusão existente mediante a realidade dos fatos, como por exemplo, acreditar e defender a ideia de que os parques são os “pulmões da cidade”, já que, o trabalho de evitar o sufocamento urbano, é de responsabilidade das correntes de ar que circulam à nossa volta. Sendo assim, é possível compreender a maneira como as cidades e os parques urbanos influenciam-se mutuamente.
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2.1.1.3 ASPECTOS SOCIAIS É irrelevante um conhecimento aprofundado às questões urbanas para ter ciência de que, o crescimento desenfreado dos mesmos afetam diretamente às condições sociais. No entanto, as áreas verdes urbanas são elementos significativos dentro deste contexto, já que, contribuem de maneira efetiva às questões relacionadas à população. Os espaços verdes urbanos podem ainda ser compensadores de condições precárias de habitação, favorecem a convivência entre os diversos grupos sociais e têm um potencial de identificação com o patrimônio da cidade que estimula um sentimento cívico de pertença (...). (SOBRE..., s.d.).
Muito além de simples áreas verdes, os parques influenciam diretamente a saúde física e mental das pessoas por constituírem elementos imprescindíveis para o bem estar da população, como alegam Loboda e Angelis (2005). Zocolli, Koelzer e Wan Dall (2005) asseguram que os parques urbanos possuem um carater alternativo para o convívio e lazer, ao mesmo tempo em que proporcionam a relação interpessoal dos indivíduos de diversas esferas da sociedade, garantindo a participação e usufruto de todos os usuários, independente de suas capacidades e habilidades. Jacobs afirma que os parques podem ser usados como ferramentas de inserção espontânea cultural na vida das pessoas após um evento relato sobre a temporada gratuita de Shakespeare em 1958 no Central Park em Nova Iorque. O ambiente, o tempo, as cores e as luzes e a curiosidade pura e simples atraíram o público; alguns nunca tinham visto uma peça teatral ao vivo. Centenas de pessoas já tinham vindo várias vezes; um conhecido nosso contou que se encontrou com um grupo de crianças negras que disseram ter visto Romeu e Julieta cinco vezes... Mas espectadores como esses, novatos em teatro, são exatamente os mesmos que, com um ou dois dólares na mão, não pagarão por uma experiência que nem sabem se é agradável. (YORKER, 1958 apud JACOBS 1961, p. 119).
Macedo e Sakata (2003) ainda reiteram a mutação que envolvem estes espaços ao longo do tempo, uma vez que, os programas podem se alterar devido a ação do uso, podendo sofrer acréscimos ou subtrações que determinam a revisão do desenho do parque, se adequando às necessidades do público que o utiliza.
Figura 07: Relação social do High Line, Nova Iorque. Fonte: Plant Hub, 2012.
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2.2 PARQUES URBANOS NO BRASIL Ao contrário de como surgiram na Europa, os parques urbanos brasileiros não nasceram da urgência social em atender as necessidades da população urbana do século XIX. O Brasil daquela época não possuia uma rede urbana expressiva, tanto que, nenhuma cidade brasileira tinha o porte das cidades européias, principalmente nos parâmetros relacionados à população e área. Portanto, o parque foi criado como forma de complementação ao cenário das elites emergentes que buscavam construir uma paisagem urbana análoga aos modelos internacionais, principalmente os franceses e ingleses, como reconta Macedo (2003).
Figura 08: Passeio ao ar livre das elites emergentes brasileiras. Fonte: Joseph Martinet, 1847.
Durante o processo de estruturação do Brasil no século XIX, a capital do país, na época o Rio de Janeiro, era a cidade que mais passava pelas transformações urbanas, uma vez que, a intenção era torná-la uma cidade rica em recursos a fim de conduzir o país que estava em ascensão. Nesse contexto, obviamente, a cidade foi a primeira do país a abrigar os três primeiros parques urbanos com as características morfológicas e funcionais que conhecemos atualmente. Foram eles: o Campo de Santana e o Passeio Público, localizados junto ao núcleo histórico da cidade, e o Jardim Botânico, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas.
Figura 09: Passeio Público no século XIX. Fonte: Rosalbino Santoro, 1884.
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No entanto, o autor ressalta que o Passeio Público é reconhecido oficialmente como parque urbano mais antigo do Brasil. Criado em 1783 por Valentim da Fonseca e Silva, por ordens do então vice-rei Luís de Sousa. Inspirado nos jardins clássicos franceses, possuía um traçado extremamente geométrico, além da sofisticação no desenho, que culminava com um terraço sobre o mar. Apesar da novidade para a época, historiadores afirmam que o parque atraiu os representantes das elites somente em seus primeiros momentos, sendo desprezado pelos mesmos nos anos posteriores. De qualquer forma, perdurou como espaço público até 1862, quando passou pela grande reforma, tendo sua estrutura paisagística totalmente modificada.
2.2.1 LINHAS PROJETUAIS Ao longo dos seus quase duzentos anos de existência no Brasil, o desenvolvimento projetual dos parques sofreram diversas transformações, sempre apresentando novas soluções para as condições impostas pela sociedade. Algumas características marcaram e definiram o escopo das três linhas de projeto paisagístico dos parques urbanos nacionais: eclética, moderna e contemporânea. Essa identificação de padrões e processo adotados em um determinado período por um respectivo grupo viabiliza a clara perpeção dos espaços que compõem o projeto, segundo Sakata (2003). “As linhas de projeto paisagístico são expressas formalmente por um repertório de elementos e arranjos que compõem os espaços dos parques. No século XIX predominou a criação de cenários europeizados, com fontes, quiosques, pórticos, pontes, eixo, etc. O século XX rompe com essa linha, mediante a proposição de ambientes funcionais e arrojados. No final do século, a linha projetual contemporânea reincorpora a ornamentação e, em sua liberdade, permite a criação de todo tipo de cenário, desde aquele que faz referência ao passado até os de forte orientação ecológica”. (MACEDO e SAKATA, 2003 pg. 61).
Figura 10: Esboço das linhas projetuais dos parques urbanos no Brasil. Fonte: Macedo e Sakata, 2003.
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·
Linha Eclética
Os parques concebidos segundo os parâmetros ecléticos, possuem os mesmos aspectos que os parques urbanos europeus, com grandes quantidades de árvores e gramados extensos, além de uma vasta rede de caminhos que se cruzam, formando traçados orgânicos e geométricos. O traçado destes caminhos conduz a pontos focais, criando refúgios sinuosos e abrigando componentes pitorescos, como por exemplo, elementos exóticos como quiosques, grutas, pérgulas, fontes, chafariz, estátuas, etc. Os lagos e espelhos d’água, apresentam formas naturais. Em geral, estes parques são criados com a finalidade de contemplação, à fim de reverenciar a paisagem.
sem escala
Figura 11: Parque Renné Giannetti, B. Horizonte. Estilo Eclético. Fonte: Fernando Rabelo, 2015.
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Figura 12: Mapa do parque Renné Giannetti. Fonte: Macedo e Sakata, 2003.
Linha Moderna
A configuração morfológica dos parques modernos dispõe dos mesmos componentes que integram os ecléticos, porém, sem a intenção de alçar a paisagem européia. Suas formas são constituídas por uma linguagem formal e visual, com linhas geométricas discretas, limpas e definidas. Os aspectos semelhantes ao anterior também se repetem na extensa rede de caminhos, mas aqui, os mesmos apresentam um traçado contínuo, viabilizando a prática esportiva. A vegetação por sua vez, é predominantemente tropical, podendo ser nativa ou exótica. Os parques modernos são subdivididos por espaços definidos como, áreas de pequenique, lazer e entreterimento infantil, cultural, prática esportiva, etc. Anfiteatros, arquibancadas, bancos, mesas, estátuas e monumentos são os elementos mais comuns deste modelo, além de pisos e murais altamente elaborados.
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sem escala Figura 13: Parque Ibirapuera, São Paulo. Estilo Moderno. Fonte: Parque Ibirapuera, 2018.
·
Figura 14: Mapa do parque Ibirapuera. Fonte: Macedo e Sakata, 2003.
Linha Contemporânea
Assim como no periodo moderno, nos parques contemporâneos prevalecem os programas funcionais práticos. É nesse momento em que se inicia o culto corporal, reinvidicando, dessa forma, a disponibilização de equipamentos esportivos nestes espaços. O advento da conscientização ecológica também se dá nesse período, acarretando na conservação de manguezais, matas nativas, pedreiras e aterros, áreas essas que antes, eram consideradas inadequadas à preservação. Grandes áreas de piso com pouca vegetação e formas elaboradas e escultórias são elementos que constituem os parques contemporâneos, assim como pérgulas, mirantes, pórticos, frontões e pontes, equipamentos esses do período pós moderno. A vegetação nesse contexto, é conduzida pela tematização do parque, compondo cenários variados, seguindo a ideia de preservação. Do mesmo modo que nos anteriores, neste, a água continua sendo um elemento construtivo espacial de extrema importância.
sem escala Figura 15: Jardim Botânico, Curitiba. Estilo Contemporâneo. Fonte: Google Search, 2015.
Figura 16: Mapa do Jardim Botânico. Fonte: Macedo e Sakata, 2003.
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2.2.2 PANORAMA ATUAL No quesito “relação de áreas verdes com os centros urbanos”, o Brasil está distante dos países protagonistas deste assunto. De acordo com o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a situação do país neste aspecto, assim como o cenário da vegetação ao redor dos domicílios e consequentemente, a situação dos parques urbanos, não são nada favoráveis, uma vez que, há uma carência significativa a respeito destes espaços em meios às cidades de acordo com os números divulgados. No cenário nacional, a área mais crítica é a região Norte, pois, até mesmo nos municípios localizados em meio à floresta Amazônica, os índices de domicílios urbanos sem arborização no entorno aproxima-se dos 64%, como é o caso de
urbanos
Imagem 17: Percentual de arborização nas zonas urbanas. Fonte: IBGE, 2012.
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Manaus, considerado como a segunda grande cidade com o pior índice de áreas verdes do país, perdendo apenas para Belém, no Pará. Entretanto, o Sudeste é considerado a região que detém a melhor cobertura verde, onde 26,5% das residências não possuem vegetação nos seus arredores, como mostra a imagem 17. Realizada em 96,7% dos domicílios urbanos, a pesquisa revela que, um terço destas residências (aproximadamente 15 milhões), onde vivem mais de 50 milhões de pessoas, não possuem uma única árvore sequer dentro dos seus limites ou até mesmo nas áreas que correspondem ao seu entorno. As informações também evidenciam a relação das áreas verdes com os domicílios pobres, mostrando que, nestes casos, a carência de arborização é muito mais acentuada. Nas moradias com a renda per capita mensal de até um quarto do salário mínimo, quase 44% não possuem vegetação em suas proximidades, contudo, nas residências com a renda de mais de dois salários mínimos por pessoa, o índice cai pela metade.
sem escala Figura 18: Décit de arborização urbana no Jardim da Conquista, bairro classe baixa, localizado na Zona Leste, São Paulo. Fonte: Google Earth, 2018.
sem escala Figura 19: Vegetação no Pacaembu, bairro classe média alta, localizado entre a Zona Oeste e Central de São Paulo. Fonte: Google Earth, 2018.
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A melhor taxa de áreas verdes encontra-se nos municípios pequenos, com até 20 mil habitantes, onde 29,4% das residências não têm árvores ao redor, em contraponto, o pior desempenho fica por conta das cidades de médio porte, com população entre 100 mil a 200 mil habitantes, onde 35% das habitações não possuem vegetação adjacente. O estudo ainda revela que São Paulo, está em entre as seis grandes cidades do país com mais arborização urbana, porém, segundo um levantamento realizado em 2015 pela empresa Hórtica Consultoria, quase 74% da população da capital paulista vive abaixo do nível mínimo de área verde per capita, já que, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada habitante dos centros urbanos deveriam dispor, no mínimo, de 12 m² de vegetação para obter uma boa qualidade de vida, revelando, desta forma, o estado crítico em que se encontra o quadro de áreas verdes urbanas em todo o país.
2.2.3 EVENTUAIS PROBLEMAS Além do déficit de arborização nos municípios brasileiros, há diversos outros fatores que contribuem para intensificar a situação delicada em que encontram-se as áreas verdes do país e, sendo os parques urbanos um componente destes espaços, são afetados diretamente pelas eventuais adversidades. Nem mesmo os inúmeros benefícios elencados a respeitodo conteúdo, faz com que a gestão e manutenção destas áreas, muitas vezes de responsabilidade da administração pública, seja realizada de forma eficiente, favorecendo a degradação não só dos próprios ambientes, como também do seu entorno, como afirma Santos (2012). ·
Descaso administrativo
A cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, é um exemplo claro à respeito das consequências geradas pelo descaso dos órgãos públicos para com os parques urbanos. De acordo com uma reportagem publicada em janeiro deste ano pelo jornal local “A Cidade On”, o parque Rubem Cione, localizado ao leste do município, sem manutenção há nove anos, permanece fechado desde então gerando transtorno aos moradores próximos ao local, uma vez que, além de acumular lixo e entulho, o complexo tornou-se ponto de tráfico de drogas, comprometendo, dessa forma, a saúde e a segurança pública da região.
Figura 20: Situação do Parque Rubem Cione, Ribeirão Preto. Fonte: Roseli Oliveira, 2015.
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Um exemplo ainda mais agravante é o da cidade de Goiânia, onde o desdém do município com um dos parques da cidade, acarretou na morte de uma pessoa em 2015, devido as condições precárias do local. Embora separadas por centenas de quilômetros, ambas as cidades são similares diante deste aspecto, mostrando que o problema em questão vai muito além dos limites intermunicipais. Adversidade essa, fruto da omissão daqueles que mais deveriam zelar pela conservação das áreas verdes urbanas do país. Em um levantamento realizado em maio deste ano pelo Instituto Semeia² nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Manaus e Brasília a respeito das barreiras à visitação de parques urbanos, ao todo, 47% dos entrevistados deixaram de visitar estes espaços devido à deficiência na infraestrutura dos mesmos, que vão desde falta de segurança, banheiros precários, má iluminação e falta de equipamentos de esporte e lazer. Outro fator alçado na pesquisa foi a respeito das razões econômicas, uma vez que os parques destas regiões encontranse em áreas distantes, dificultando não só o acesso por parte da população mais carente, como também o alto custo com transporte, estacionamento e alimentação, como mostra o gráfico a seguir:
Parques Urbanos l Barreiras à visitação (%) 36
Distância. São longe de minha casa
22
Não oferece segurança
19
Sou caseiro. Prero car em casa
14
Horários de funcionamento Razões econômicas
12
Banheiros e instalações ruins
12 10
São mau iluminados. Não dá para ir à noite
8
Em geral, estou cansado para ir até um parque Não tenho muita informação sobre parques e o que oferecem
7
Prero outros passeios (shopping centers)
6 3
Não tem equipamentos de lazer e esportes Não são acessíveis à pessoas com necessidades especiais Outro
1 3
Figura 21: Barreiras à visitação de parques urbanos. Fonte: Semeia, 2018.
² Criado em 2011, o Instituto Semeia é uma organização sem fins lucrativos. Atua em âmbito nacional com o intuíto de desenvolver modelos de gestão e projetos de conservação ambiental, histórica e arquitetônica de parques públicos.
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·
Mau uso
A má utilização por parte dos frequentadores é outro motivo que impulsiona a depreciação dos parques urbanos, já que, os casos de vandalismo nestes espaços públicos são recorrentes no país em geral. Um fato recente, publicado pela revista Veja em abril de 2017, foi a destruição dos banheiros do parque Ibirapuera, em São Paulo, que haviam sido inaugurados há menos de uma semana, gerando um prejuízo de até 350 mil reais aos cofres públicos.
Figura 22: Vandalismo nos banheiros do Ibirapuera. Fonte: José Aldenir, 2017.
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Figura 23: Equipamentos depredados. Fonte: José Aldenir, 2017.
Crimes
Desde a sua origem no século XIX, muito além das áreas de convívio, lazer, cultura e esportes que os parques urbanos promoveram à população brasileira, os mesmos também são acompanhados por uma série de transgressões ao longo de sua história. De acordo com o G1 do Paraná, somente no ano de 2016, os delitos cometidos dentro dos parques Curitibanos tinham sofrido um aumento de 160% em relação ao ano de 2015, colocando em pauta a segurança destas áreas ao longo do país. Pequenos furtos, roubos, agressões, assédios e até mesmo diversos casos de estupros tornaram-se recorrentes nos últimos anos, entretanto, os parques brasileiros também já foram palcos de crimes bárbaros que ganharam até mesmo manchetes internacionais. O primeiro deles, conhecido como “o crime do Parque Municipal”, onde um homem foi assassinado na década de 40 dentro do Parque Américo Renné Giannetti, o mais famoso da capital Mineira. Mais de 70 anos depois, o caso ainda continua sem resolução, e devido à repercussão na época, tornou-se até tema de livro. Outro crime que chocou o país foi o do famoso “maníaco do parque”, no qual, Francisco de Assis Pereira, assassinou seis mulheres e atacou outras nove em meio ao Parque do Estado, localizado na capital Paulista. Desde 1998, ano dos seus crimes, Francisco permanece em regime fechado com uma pena de 268 anos de prisão devido o teor de seus crimes. Em uma pesquisa realizada pelo Ibope direcionado ao Ministério Público em 2004, mostrava que, este último, era o evento policial mais relembrado pela população brasileira na época e que ainda causava uma certa repulsa das pessoas à estes espaços públicos.
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2.3 SÃO JOÃO DA BOA VISTA Localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, São João da Boa Vista fica próximo à divisa de Minas Gerais. Fundado em 1981, o município, predominantemente rural, desenvolveu-se de maneira similar às outras centenas de cidades espalhadas pelo interior paulista. Com aproximadamente 90 mil habitantes e IDH de 0,797, o município é considerado o 28° melhor do estado, de acordo com o Censo 2010. Seu perímetro urbano representa apenas 8% dos 516,42 km² de área total, no entanto, restam ainda 119,73 km² que atribuem uma indesejável área de expansão urbana, estimulando o espraiamento de ocupação incompatível com o porte e densidade habitacional da cidade, segundo o Relatório de Análise Intraurbana de 2014, realizado pela empresa de consultoria Urban Systems.
Figura 24: Localização de São João da Boa Vista - SP. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 25: Serra da Paulista, São João da Boa Vista - SP. Fonte: Libero Hotel, 2015.
sem escala
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Figura 26: Perímetro do município de São João da Boa Vista - SP. Fonte: Google Earth, 2018.
sem escala
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2.3.1 ESTRUTURA ECONÔMICA Os ciclos econômicos de São João da Boa Vista podem ser examinados através do crescimento urbano e demográfico do município durante o decorrer de sua história ao longo do século XX. Durante o inicio deste processo, a cultura agrícola influenciou diretamente o crescimento irregular, todavia, posteriormente os setores terciários e secundários agiram quase que paralelamente, segundo os dados analisados pelo Plano São João 2050. Agricultura De acordo com o levantamento do estudo, os números do PIB atual indicam uma forte concentração de comércio e serviço na cidade, fruto de um crescimento aparentemente estável na última decada, ao mesmo tempo em que o progresso da industria local demonstrou instabilidade no mesmo período. De qualquer forma, ambos setores representam cerca de 97% do PIB municipal, restando apenas uma fração ínfima à agricultura da região.
2,9%
Comércios e Serviços 61,8%
Industria 35,3%
Figura 27: Participação dos setores no PIB de SJBV - 2011. Fonte: Urban Systems, 2014.
Contudo, por mais que esse número seja consideravelmente inferior aos demais setores, a agropecuária é um campo que jamais deve ser desconsiderada, não só pelo fato do município ser predominantemente agrícola e do crescimento elevado entre os anos de 2010 e 2011, mas também, por tudo o que desenvolve na cidade. De acordo com a LUPA-CATI/SAA³, as principais atividades são: cana para a indústria, café, milho, feijão, laranja, áreas destinadas ao plantio de eucaliptos, dentre outras. Já a pecuária compreende a avicultura de corte, bovino de corte, bovinocultura mista, bovino de leite, ovinos, caprinos, suinocultura, equinos, e apicultura, dentre outras. Ainda assim, na zona rural encontra-se diversas atividades econômicas como olaria, extração mineral, hotel fazenda, turismo rural e restaurantes. Dando continuidade ao estudo, no que diz respeito à indústria, responsável por mais de 1/3 da atividade econômica do município, nota-se uma constante tendência de crescimento no setor devido à diversos fatores, em especial, às intensas implementações de políticas públicas, que culminaram, nos útimos anos, o progresso de cursos universitários, indústrias, escolas técnicas e cursos profissionalizantes que, apesar do desfavorável cenário macroeconômico atual, oferecem um aprofundamento vocacional da população à diversos cursos e principalmente às engenharias e à formação técnica. Vale ressaltar também a forte presença da industria aeronáutica, localizada no distrito industrial existente na zona sul do município. ³ Levantamento censitário das unidades de produção agropecuária do estado de São Paulo.
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2.3.2 ASPECTOS NATURAIS ·
Clima
De acordo com a classificação de Köppen, a cidade de São João possui clima subtropical e climático. As serras próximas a região, atuam como barreiras interceptoras das massas de ar, ocasionando em uma maior incidência de chuvas no município, que ocorrem com maior frequência nos meses mais quentes. Segundo os postos metereológicos das cidades vizinhas de Casa Branca e Mococa, a temperatura média anual do ar em São João aproxima-se dos 28°C, atingindo máxima de 34°C e mínima de 5°C. As geadas, que raramente acontecem, podem ocorrer durante os meses de junho e julho, durante o auge do inverno. ·
Topografia
Por ocupar as primeiras colinas da Serra da Mantiqueira e estar próxima ao planalto de Poços de caldas, a topografia do perímetro urbano Sanjoanense varia de 700 e 800 metros de altura acima do nível do mar. O ponto mais alto é o Morro do Mirante, localizado a 1.663 metros de altitude. A região acidentada é uma das razões pela qual a malha urbana de São João seja tão irregular em alguns pontos, no entanto, as belas paisagens só existem por este mesmo motivo, pois possibilita a contemplação do pôr do sol que originou a descrição ao município de “a cidade dos crepúsculos maravilhosos”. ·
Hidrografia
O município é irrigado por rios, córregos e ribeirões, ocupando uma área de 178 km de percurso de acordo com o plano diretor estratégico, contudo, dentro do contexto urbano, os principais são o rio da Prata, o córrego São João e o rio JaguariMirim, este por sua vez, responsável pelo abastecimento de água da cidade, de acordo com o Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). ·
Fauna e Flora
A vegetação do município transita entre o Cerrado e a Mata Atlântica, pois apresentam fragmentos diversos em razão da existência da Serra da Mantiqueira. Aliado à mesma, diversas espécies de animais podem ser encontradas na região, como veado campeiro, lobo guará, onça parda, jaguatirica, paca, macaco, tucano, ouriço e muitos outros que constituem a fauna deste bioma.
Figura 28: Veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus). Fonte: Daphnne Marins, 2016.
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2.3.3 ÁREAS VERDES Embora São João da Boa Vista esteja localizada aos pés da Serra da Mantiqueira, região privilegiada pela extensa variedade de vegetação, como afirma Exposti (2013), ao analisar o mapa das áreas verdes do município, constata-se que que há uma escassez destas quando comparadas ao restanto do perímetro urbano. Contudo, a cobertura vegetal efetiva, concentra-se ao longo dos cursos d´agua, especialmente na extensão do rio Jaguari-Mirim.
sem escala Figura 29: Áreas verdes do perímetro urbano. Fonte: Cadastro Municipal de SJBV, 2014. FGMG, 2014.
De acordo com o plano estratégico São João 2050, a extensão vegetal do município abrange cerca de 2.346.090 m², resultando em aproximadamente 27,5 m² de área verde por habitante. A princípio, os números parecem satisfatórios, porém,
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de acordo com a ONU, o ideal são de 36 m², para que assim, a população urbana tenha uma boa qualidade de vida em relação ao tema. Vale ressaltar também que, parte destas áreas, especialmente àquelas direcionadas ao usufruto da população, além de estarem localizadas em regiões inacessíveis, encontram-se em situações inadequadas para o uso.
2.3.3.1 PRAÇAS Como toda e qualquer cidade brasileira, em especial as interioranas, São João detém os mesmos estilos de praças que se dissipam por estes municípios. Destinadas ao lazer e ao convívio da população, como afirma Macedo e Robba (2003), a concentração destes espaços, geralmente ocorrem nas regiões centrais de cada localidade, e como não poderia ser diferente, a cidade em questão apresenta estas mesmas características.
Figura 30: Praça da Viola. Fonte: Paul Sampaio, 2017.
A afirmação de Queiroga (2001), onde alega que “a ação do estado é pífia na constituição de áreas livres nos bairros de periferia e nos conjuntos habitacionais”, exemplifica a atual situação do município Sanjoanense, uma vez que, a falta de tais espaços nos bairros mais carentes da cidade são evidentes. No entanto, o caso da praça da Viola, implantada há quatro anos em uma das regiões mais mais modestas do município e que ainda permanece em boas condições de uso é uma excessão, já que, como Dizeró (2006) aponta, “são raras as praças efetivamente implantadas e mantidas pelo Poder Público nos bairros pobres”.
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2.3.3.2 AQUÉM DAS DEMAIS Com base em levantamentos acerca dos parques e bosques municipais (voltados exclusivamente à visitação pública) das cidades com população entre 80 e 100 mil habitantes do estado de São Paulo, São João da Boa Vista detém um número extremamente baixo em relação às mesms quando comparado ao restante dos municípios4. De acordo com os resultados, o município está entre os piores deste quesito, uma vez que, suas áreas verdes direcionadas à visitação não atingem risíveis 6% da média obtida.
Áreas verdes de visitação dos municípios com 80 à 100 mil hab. do estado de SP. 1.130.000 m²
Lorena (82.035 hab.)
950.000 m²
Avaré (82.035 hab.)
443.000 m²
Caieiras (86.623 hab.) Leme (91.804 hab.)
191.170 m²
Mairiporã (80.920)
191.000 m² 168.494 m²
Paulínia (82.150 hab.) Mogi-Mirim (86.244 hab.) Votuporanga (84.728 hab.) Assis (95.156 hab.) Caçapava (84.844 hab.)
144.227 m² 105.000 m² 91.585 m² 62.432 m³
São João da Boa Vista (83.661 hab.)
13.600 m³
Itanhaém (87.053)
12.000 m³
Itapeva (87.765)
0 m²
Figura 31: Áreas verdes de visitação de cada município. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Como se não bastasse a posição do município perante seus semelhantes, os 13.600 m² de área verde aqui ressaltados, pertencem exclusivamente ao bosque municipal Gavino Quessa, que por sua vez, devido suas condiçoes precárias, encontra-se desativado, impossibilitando, dessa forma, a visitação do público em geral. 4
Os dados utilizados como objetos de estudo foram extraídos das informações contidas nos sites do IBGE e das respectivas prefeituras de cada município.
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2.3.3.3 BOSQUE Como já mencionado, o bosque municipal localizado a nordeste da cidade, é o espaço mais próximo de um parque urbano no município. Devido à isso, o mesmo já foi motivo de diversas polêmicas a respeito da sua conjuntura atual. Criado em 1996 com o intuíto de proporcionar lazer à população, além da sua extensa vegetação, o local detém diversos equipamentos como quiosques, churrasqueiras e playgrounds, validando, assim, a afirmação de que no início, cumpriu sua principal função. Graças ao descaso do poder público para com o mesmo, seu histórico mostra que os seus últimos anos não foram dos melhores, ja que, sua manutenção e preservação compete única e exclusivamente aos órgãos municipais.
sem escala Figura 32: Localização do bosque no município. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Nem mesmo seu tombamento como patrimônio municipal, impediu o fechamento dos portões há alguns anos devido às péssimas condições do espaço, agravando ainda mais o quadro da situação. Além dos equipamentos depredados, o bosque tornou-se ponto de usuários de drogas e até mesmo de prostituição, como apresenta uma denúncia realizada por alguns moradores junto à uma emissora de televisão no ano de 2015. Pressionada pela população, a prefeitura alega que há um projeto de revitalização em curso e que o mesmo deve ser colocado em prática o mais rápido possível, entretanto, os indicíos revelam que essa afirmação não se concretizará à um curto espaço de tempo, logo, os moradores terão de continuar convivendo com uma área abandonada por mais um período, ou quem sabe, até o próximo ano eleitoral.
Figura 33: Bancos e mesas depredadas. Fonte: Eder Ribeiro, 2015.
Figura 34: Deterioração dos equipamentos sem manutenção. Fonte: Eder Ribeiro, 2015.
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2.3.3.4 PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO Resultado de aproximadamente três anos de trabalho, o Plano São João 2050, elaborado pela Urban Systems e FGMF, fomenta o processso contínuo do planejamento do município através de uma plataforma colaborativa, promovendo parcerias e investimentos, além de uma articulação de diferentes níveis de governo, além de envolver a participação de todos os indivíduos da sociedade. Instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, o plano, desenvolvido através levantamentos de campos, entrevistas e pesquisas, deve ser compreendido como um conjunto de conceitos e propostas na busca de uma cidade melhor, propiciando um ambiente mais saudável, de oportunidades e de realizações tanto para sua atual população, assim como para as futuras gerações, como ressalva Ana Maria Melo, assessora de planejamento e desenvolvimento do município, durante a apresentação do documento. Assim como as demais temáticas abordadas, o plano apresenta de maneira abrangente as questões relacionadas ao futuro das áreas verdes no município e de acordo com o objetivo IV.II no que se refere à melhoria da distribuição destas áreas, o levantamento ressalta a necessidade de suas ampliações em diferentes escalas, garantindo a presença das mesmas em toda a cidade, assim como, a abrangência de espaços de conservação e proteção integral, parques ecológicos ao longo dos córregos e rios, praças, arborização de espaços livres, arborização de equipamentos públicos e até mesmo nos clubes de caráter privado. ·
Consulta Pública
No processo das entrevistas de campo, foram realizadas 21 reuniões de bairro com o objetivo de garantir a particiçaão e opinião popular não só na elaboração do Plano Diretor, como também, do estatudo da cidade. Ambos, destacam os problemas que mais foram apontados de acordo com os valores proporcionais e o grau de preocupação de cada indívudo, obtendo inúmeros resultados associados ao conteúdo. Conforme reiteram, a cidade carece de mais arborização, assim como praças, bosques e parques urbanos. É ressaltado também a falta de espaços e equipamentos públicos voltados ao esporte e lazer, como aparelhos de ginástica, parques infantis e conjuntos esportivos.
Figura 35: Ilustração dos décits apontados na consultoria pública. Fonte: São João 2050, 2017.
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·
Cinturão Verde
A proposta apresentada pelo Plano São João 2050 como recuperação e concepção de novas áreas verdes, visa a criação de um parque ao longo do rio Jaguari-Mirim, ao norte do perímetro urbano. O projeto também propõe a integração do rio da Prata e do eixo ferroviário, dessa forma, o parque constituirá um grande cinturão vegetal com função estratégica, a fim de contender a expansão urbana, a preservação do meio ambiente e da paisagem, criando um elemento único na identidade e na estrutura espacial do município. Busca-se com este projeto catalisador integrar as faixas de domínio de rodovias e ferrovias que cortam o tecido urbano, identificando áreas arborizadas nas suas proximidades, contribuindo para a integração desses elementos ao sistema de áreas verdes, possibilitando o desenvolvimento de projetos de reurbanização que integrem esses espaços ao tecido urbano de forma harmoniosa. (SÃO JOÃO 2050, 2017 p. 134).
Além do projeto, açudes, lagos e represas, assim como atividades esportivas, espaços culturais e de recreação passarão a fazer parte do parque como complemento à paisagem urbana, propiciando dessa forma, o lazer da população em geral.
ÁREA URBANIZADA PERÍMETRO URBANO LOGRADOUROS
RODOVIAS RIOS E CÓRREGOS APPs
Figura 36: Diagrama do cinturão verde - áreas conectadas. Fonte: São João 2050, 2017.
PARQUES E ÁREAS VERDES CENTRALIDADE POLAR CENTRALIDADE LINEAR
sem escala
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2.3.4 ÁREAS DE ESPORTE E LAZER Segundo Scholze (2017), o esporte, assim como as áreas de lazer, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento não só de um município como também de um país, já que são ferramentas sociais de extrema relevância, pois promovem os exercícios físicos e mentais, trabalhos em equipe, competitividade e socialização. O esporte e a prática regular de atividades físicas são instrumentos de desenvolvimento humano e de melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade. O acesso a atividades de esporte e lazer, em nosso país, deve ser assegurado para todas as pessoas, independente de idade, de gênero ou de raça. (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2006).
Como apontado na consultoria pública realizada durante a elaboração do Plano Diretor, a população abordada assegura a deficiência de áreas e equipamentos de esporte e lazer na cidade, logo, se faz necessário a implantação das mesmas, principalmente, nas regiões mais desprovidas de tais instrumentos. ·
Clubes e Centros de Esporte e Lazer.
Além de possuir alguns dos melhores clubes privados da região por deter uma infinidade de equipamentos voltados ao entreterimento de um modo geral, São João também dispõe de centros esportivos gratuitos, porém, com uma infraestrutura inferior àquelas oferecidas ao publico habitual das associações privadas. Clubes privados 1. Sociedade Esportiva Sanjoanense. 2. Palmeiras Futebol Clube. 3. Mantiqueira Country Clube.
4 1 7
2
3
Associações públicas
6
5 sem escala
4. Centro de Integração Comunitária. 5. Sistema de Educação Integral. 6. Centro Social Urbano Miguel Jorge Nicolau. 7. Centro Social Urbano Luís de Freitas.
Figura 37: Clubes e centros esportivos. Fonte: Elaboração própria, 2018.
·
Pistas de caminhada e ciclovias.
Conhecida popularmente como avenida Mantiqueira, a avenida Doutor Durval Nicolau, uma das mais famosas da cidade, localiza-se à nordeste do município. Além de possuir uma pista de caminhada em meio ao canteiro central, dispõe também de uma densa vegetação ao longo da via, contribuindo de forma direta à prática esportiva.
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Como incentivo ao ciclismo local, no ano de 2013, o Departamento de Esportes Sanjoanense em parceria com a Prefeitura Municipal e o Serviço de Assistência Social, passaram a implantar uma ciclofaixa em meio a avenida aos domingos, no qual, todas as manhãs dos respectivos dias, milhares de cones eram fixados em uma de suas vias como forma de demarcar os espaços reservados unicamente aos ciclistas, contudo, a prática foi logo abolida em razão do término do convênio entre as instituições. Em uma nota dada por parte da Prefeitura em 2015, a mesma prometia a volta das atividades o mais breve possível, porém, passados três anos, não há qualquer indício de que a ciclofaixa um dia voltará a fazer parte da avenida nas manhãs de domingo.
Figura 38: Implantação da ciclofaixa na avenida Durval Nicolau. Fonte: Departamento de esportes, 2014.
Por mais que a avenida proporcione um espaço apropriado à prática de corrida e caminhada durante toda a semana, sua localização inviabiliza o uso por parte de toda a população do município, restringindo assim, o usufruto apenas dos moradores dos bairros mais nobres da cidade. A avenida Professora Isette Correa Fontão, localizada na zona sul, também possui uma das poucas pistas de caminhada da cidade, entretanto, esta em questão, não detém as mesmas características como na primeira, já que ao longo dos seus quase 2,5 quilômetros, a arborização é quase inexistente, impossibilitando seu uso durante os horários de maior incidência solar. Outra adversidade da via é a falta de sinalização, pois dessa forma, coloca em risco a vida do público que a utiliza como espaço para a pratica de esporte e lazer.
Figura 39: Avenida Professora Isette Correa Fontão. Fonte: Google Earth, 2018.
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2.3.5 SETOR SUL Conforme reitera o levantamento do Plano Diretor como também os dados do Censo 2010, é ressaltado os números positivos do município quando comparado as demais cidades de mesmo porte, no que diz respeito à ausência de habitações precárias, como também ocupações em área de riscos. No entanto, estes dados favoráveis não mascaram o processo de distanciamento geográfico entre as classes sociais, assim como entre os territórios de renda mais baixa e de maior concentração de oportunidades causados pela existência da rodovia SP-340, no qual, divide a cidade em dois segmentos de caráter distintos. A região nordeste, concentra os loteamentos destinados a rendas mais altas, já a zona sul, por sua vez, é constituída quase que na sua totalidade por ocupações habitacionais, tornando-se assim, a área mais carente do município. O setor sul de São João da Boa Vista é o resultado, mais que qualquer outro da cidade, do crescimento desordenado do município. Muito além da infraestrutura de um modo geral e dos inúmeros aspectos já mencionados, os bairros da mesma detém os piores indíces quando comparados ao restante da cidade. Com um total de 27 bairros, a expansão progressiva dos mesmos na região, fez dela a maior (19,2 km²) e mais populosa área todo o município (31.955 habitantes), como também, a mais carente.
RENDA MÉDIA DOMICILIAR (em R$) 0 a 1.000 2.000 a 3.000 5.000 a 8.000 1.000 a 2.000 3.000 a 5.000 8.000 a 10.000
mais de 10.000
Figura 40: Renda domiciliar em São João da Boa Vista. Fonte: IBGE e Urban Systems, 2014.
Outro fator prejudicial é a excessiva quantidade de vazios urbanos, uma vez que, impulsionam o avanço dos bairros à regiões cada vez mais distantes da zona central. Entretanto, como se os atuais problemas não fossem o suficiente, de acordo com a Prefeitura Municipal, dez dos dezessete novos bairros da cidade serão implantados nesta área, reforçando ainda mais a necessidade de intervenções nesta respectiva extensão do município. O processo de divisão física resulta, em última instância, num desequilíbrio das oportunidades, penalizando, sobretudo, a população mais carente. De fato, do crescimento expressivo de projetos residenciais de baixas densidades expõe-se uma realidade conhecida em outras cidades brasileiras e nos países em desenvolvimento: os territórios alargados distanciam-se dos centros infraestruturados e equipados, e em São João da Boa Vista isso se manifesta notadamente na porção de mais difícil acesso devido à separação espacial imposta pela rodovia que corta a cidade. (SÃO JOÃO 2050, 2017 p. 40).
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Figura 41: SP - 342, responsĂĄvel por separar a zona sul do restante do municĂpio. Fonte: Google Earth, 2018.
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3 ESTUDOS DE CASOS
Figura 42: Cerro San Cristobal, Santiago. Fonte: Viktor Hanacek, 2016.
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temática dos parques urbanos, assim como qualquer outra vertente da arquitetura, possui uma infinidade de conteúdos que, analisados de maneira precisa, auxiliam na elaboração de outros projetos do gênero. Neste caso, torna-se imprescindível a utilização de propostas já estabelecidas como objetos de estudos, a fim de serem utilizadas como referências projetuais para a concepção de projetos análogos. A
Assim sendo, os projetos Parque Ibirapuera, em São Paulo, Cerro San Cristóbal, em Santiago e o Parque Olímpico Rainha Elizabeth, em Londres, foram indispensáveis na junção de materiais necessários como subsídio à elaboração da proposta deste eventual trabalho, pois, o estudo afinco dos mesmos revelam que, as distinções dos parques urbanos espalhados pelo mundo vão muito além de suas respectivas localidades.
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3.1 PARQUE IBIRAPUERA
Figura 43: Parque Ibirapuera. Fonte: Parque Ibirapuera Conservação, 2016.
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3.1.1 BIOGRAFIA OSCAR NIEMEYER Graduado pela Escola Nacional de Belas Artes (atual UFRJ) e com mais de 600 projetos em seu currículo, Niemeyer tornou-se um dos maiores arquitetos do mundo e um dos mais célebres representantes da arquitetura moderna. Em 1940, após trabalhar ao lado de Lê Corbusier no projeto do Ministério da Educação do Rio de Janeiro, foi chamado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, a realizar seu primeiro grande projeto, o conjunto da Pampulha, o que lhe proporcionou reconhecimento internacional. Anos mais tarde, foi convidado para projetar aquilo que seria o ápice de sua carreira, a mais nova capital do país. Em 2007, ano de seu centésimo aniversário, recebeu a medalha do Mérito Cultural do Brasil. Niemeyer continuou trabalhando até dias antes de sua morte, em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos de vida.
Figura 44: Oscar Niemeyer. Fonte: Eduardo Mikail, 2015.
OTÁVIO MENDES Pianista por vocação, Otávio Teixeira Mendes formou-se pela Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ - USP). Sua propensão artística o proporcionou um mestrado de paisagismo pela Universidade de Columbia, em Nova York, no ano de 1950. De volta ao Brasil, assumiu a chefia Florestal do Estado, órgão precursor das iniciativas ambientais no país. Dentre seus maiores expoentes, além do projeto paisagístico do Parque Ibirapuera, cujo projeto inicialmente fora encomendado a Burle Marx, está também a criação do Parque Turístico da Cantareira, além da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no bairro do Murumbi, em São Paulo. Afastado da vida pública devido à motivos políticos, Otávio Mendes passou seus últimos dias de vida em seu apartamento no Largo do Arouche, onde faleceu no ano de 1988, aos 81 anos. Figura 45: Otávio Mendes. Fonte: Guilherme Corrêa, 2012.
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3.1.2 CONTEXTO O Ibirapuera tounou-se o parque urbano mais importante da cidade de São Paulo e um dos mais prestigiados de todo o mundo, quando em 2015, entrou para a lista dos “melhores parques urbanos do planeta”, segundo o jornal britânico The Guardian. O nome Ibirapuera, de origem tupi-guarani, significa “árvore apodrecida”, em razão do complexo estar situado em uma área alagadiça com solo de várzea.
Figura 46: Vista panorâmica do parque. Fonte: Roberto Magalhães, 2016.
Localizado no bairro de mesmo nome, na região centro-sul da capital paulista, no distrito de Moema, o Ibirapuera foi inaugurado em 1954. Com uma área de aproximadamente 158 hectares, o parque oferece diversos atrativos para o público que o frequenta, pois, além dos diversos museus, auditórios e espaços de exposições, o Ibirapuera também possui ciclovias, quadras poliesportivas, pistas de caminhada, playgrounds, planetário, quiosques e até campos de futebol.
Figura 48: Situação do parque Ibirapuera. Fonte: Google Earth, 2017.
sem escala Figura 47: Localização do parque Ibirapuera na cidade. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
Figura 49: Fonte multimídia. Fonte: Camilo Caetano, 2016.
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A idealização do parque iniciou-se na década de 1920 pelo então prefeito da época, José Pires do Rio, que pretendia transformar a região em uma área semelhante aos parques urbanos Europeus, no entanto, as condições precárias do terreno impediram o avanço da ideia, até que em 1927, um funcionário da prefeitura chamado Manuel Lopes de Oliveira, apaixonado por plantas, iniciou o plantiou de eucaliptos australianos na região a fim de drenar o solo pantaneiro do local. Somente no ano de 1951, uma comissão articulada pelo governador Lucas Garcez e composta por representantes do poder público juntamente com integrantes da iniciativa privada, instituiram a inauguração do complexo do Ibirapuera como parque urbano em comemoração aos quatrocentos anos de São Paulo, porém, devido ao atraso das obras, a inauguração do mesmo ocorreu somente em agosto de 1954, sete meses depois do quaternário paulista.
Figura 50: Inauguração do parque em agosto de 1954. Fonte: Oswaldo Luiz Palermo, 1954.
Figura 51: Vista aérea durante a inauguração do parque. Fonte: Oswaldo Luiz Palermo, 1954.
Hoje, com mais de sessenta anos de vida, além de ser um dos patrimônios históricos mais importantes da maior cidade do país, o Ibirapuera tornou-se o parque mais visitado da América Latina, quando em 2017, atingiu a marca de 14 milhões de visitantes, o que faz dele, um dos mais fotografados de todo o mundo.
Figura 52: Público do parque durante o nal do semana. Fonte: Arquivo Story Blocks, 2018.
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3.1.3 PLANO DE MASSAS Os desenhos e formas criados por Oscar Niemeyer na concepção do conjunto arquitetônico do Ibirapuera, vai muito além daquilo que é observado por aqueles que permeiam o solo do parque. Aproveitando-se da liberdade do ofício, Niemeyer criou ao longo do parque, cinco grandes construções interligadas por uma marquise que, quando analisada do alto, fica praticamente impossível não associá-la à um corpo feminino ostentando suas curvas em meio às cores naturais que o parque oferece, exaltando dessa forma, o fascínio pela arquitetura modernista criada por aquele que muitos o consideram, o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. “(...) Três grandes prédios para exposições, a entrada monumental com um museu e um auditório, e a grande marquise ligando todo o conjunto. Durante anos a entrada do Parque do Ibirapuera não foi completada, e a cúpula destinada a grandes exposições, entregua à Aeronáutica para mostra de aviões. (...)” (NIEMEYER, 2000 pg. 31)
sem escala
LAGOS
PRAÇAS
QUADRAS
VIVEIRO
CONSTRUÇÕES
ESTACIONAMENTOS
PERCURSOS E TRILHAS
AVENIDAS
Figura 53: Plano de Massa parque Ibirapuera. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
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3.1.4 FORMAS De formato quadrilátero graças as avenidas que o circundam, o Ibirapuera esta situado em uma região totalmente plana, o que possibilitou a criação de três grandes lagos artificiais que ocupam uma área significativa do complexo. Além dos quilômetros de trilhas e caminhos que circundam seus espaços, o parque também possui inúmeros elementos arquitetônicos que compõem sua infraestrutura. 1 1 MONUMENTO ÀS BANDEIRAS 2 AUDITÓRIO 3 MAM 4 MARQUISE 5 BIENAL 6 VIVEIRO MANEQ. LOPES 7 OBELISCO
7 2
8 LAGO 9 OCA
8
9
4 3
5
6
sem escala Figura 54: Mapa parque Ibirapuera. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
1
Figura 55: Monumento às Bandeiras. Fonte: Émer Nogueira, 2015.
O Monumento às Bandeiras, do escultor Victor Brechet, é uma obra em homenagem aos Bandeirantes que desbravaram os sertões durante os séculos XVII e XVIII. Inaugurada em 1953, durante as comemorações do Quaternário da cidade, a escultura de 43 metros de comprimento está localizada na parte externa do parque.
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9 2
Concebido em 1950 com o intuíto de fazer parte do complexo arquitetônico do Ibirapuera, o Auditório foi inaugurado apenas em 2005 depois de uma série de polêmicas, incluindo embargos judiciais e críticas até mesmo do próprio Niemeyer, arquiteto do projeto. Em 2008, o Auditório foi palco do Grammy Latino Brasileiro.
Figura 56: Auditório Ibirapuera. Fonte: Renato Pezzoti, 2010.
3
Fundado em 1948, por Francisco Matarazzo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) tornou-se uma das instituições culturais mais importantes do país. Devido ao seu vasto acervo com mais de 5.000 peças, o museu se destacou por sua agenda cultural e pelas iniciativas voltadas à propagação da arte moderna no Brasil.
Figura 57: Museu de Arte Moderna (MAM). Fonte: Dornicke, 2008.
4
A grande marquise é, sem dúvidas, um dos elementos mais importantes do parque, já que, com seus 620 metros de comprimento, a mesma une as principais construções do complexo arquitetônico. Construída em concreto armado, a marquise tem cento e vinte uma colunas e é um marco em meio aos projetos mais ousados de Oscar Niemeyer.
Figura 58: Marquise. Fonte: Prefeitura de São Paulo, 2012.
5
Figura 59: Bienal. Fonte: Sailko, 2013.
Em formato paralelepídico e composto por um único volume, o pavilhão da bienal, como é popularmente conhecido, tem sua identidade revelada através dos seus espaços intrínsecos. Niemeyer enfatizou com maestria as curvas dos mezaninos que serpenteiam as áreas internas, contrastando de forma explícita a sobriedade do exterior do edifício.
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6
Com nome em razão da homenagem à um dos pioneiros que ajudaram na criação do Ibirapuera, o Manequinho Lopes é um viveiro municipal que tem por finalidade produzir mudas de plantas com o propósito de destinálas ao plantio e recuperação das áreas verdes em áreas públicas da cidade. O viveiro possui um conjunto com mais de 200 espécies de plantas à disposição dos visitantes do parque.
Figura 60: Viveiro Manequinho Lopes. Fonte: USP Imagens, 2018.
7
O Obelisco é o símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932. Projetado pelo escultor Galileo Emendabili, foi concluído um ano após a inauguração do parque. Com 72 metros de altura é o monumento mais alto da cidade. Seu mausoléu guarda os corpos dos combatentes mortos durante a revolução, que tinha por objetivo, derrubar o governo de Getúlio Vargas.
Figura 61: Obelisco. Fonte: Governo do Estado, 2016.
8
O Ibirapuera conta com três lagos artificiais que subdividem suas áreas. Além de abrigarem diversas espécies de animais, um melhor conforto térmico nos dias de verão. A fonte multimídia localizada no centro do maior lago, exibe um show à parte não somente para os visitantes do complexo, como também, àqueles que passam pelas avenidas adjacentes ao parque.
Figura 62: Lago Ibirapuera. Fonte: Acervo Próprio, 2015.
9
Figura 63: Oca. Fonte: Edsonaoki, 2012.
O pavilhão de exposições Lucas Nogueira Garcez, conhecido como OCA, é uma das construções mais emblemáticas do parque à todos aqueles que analisam de forma sistemática, as soluções construtivas encontradas por Niemeyer em conceber o edifício. Sua volumetria e sua disposição interna impressionam devido à maneira como o arquiteto distribuiu os mais de 10 mil m² de área sob a construção de concreto armado.
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3.1.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA O clima de São Paulo, assim como grande parte do Brasil, é considerado subtropical úmido. A temperatura média da cidade é de 19,2° C, o que a coloca no ranking de terceira capital mais fria do país. No entanto, durante o verão, as temperaturas batem records todos os anos, graças ao acúmulo de poluição atmosférica e da alta aglomeração de edifícios. A concentração das chuvas são sobretudo entre Outubro e Fevereiro. VENTO A incidência dos ventos na cidade são oriundos do sudoeste e graças à proximidade com o mar os mesmos trazem consigo brisa marítima, ocasionando em uma cidade mais úmida, suavizando, dessa forma, o clima da capital.
sem escala INCIDÊNCIA DOS VENTOS Figura 64: Incidência dos ventos no parque. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
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INSOLAÇÃO Uma das constuções mais marcantes do Ibirapuera é sem dúvida, a Grande Marquise que se estende por longos 28.000 m², o que torna impossível a atravessia do parque sem se dar conta da dimensão da sua estrutura. Caminhar por entre seus pilares é um roteiro obrigatório para aqueles que visitam o complexo pela primeira vez. Com mais de 620 metros de comprimento e trechos onde a largura varia entre 15 e 80 metros, a Marquise oferece abrigo às condições climáticas durante todos os horários do dia, em especial, aos raios solares.
Figura 65: Marquise. Fonte: Prefeitura de São Paulo, 2012.
Figura 66: Incidência solar na Marquise. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
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3.1.6 MEIO AMBIENTE A preocupação com o ecossistema é notório àqueles que frequentemente visitam o parque, pois, além da infinidade de eventos acerca da temática, o mesmo ainda ostenta diversas medidas em relação ao assunto. Além de oferecer caminhadas ecológicas com intuito de induzir seu público a conhecer e explorar sua fauna e flora, o complexo também disponibiliza espaços onde são realizadas diversas celebrações voltadas ao ecossistema, como por exemplo, a Feira Internacional de Produtos Orgânicos realizada no pavilhão da Bienal, assim como a exposição Reverta – Arte e Sustentabilidade, que aconteceu na Oca, ambos somente no ano de 2015. Vale destacar também que o Ibirapuera é um dos palcos do Festival Virada Sustentável, evento esse que ocorre todos os anos na cidade, além de ser o refúgio de grande parte da população que tem por necessidade estar em contato direto com a natureza. Diante de tais aspectos, é inquestionável a forma com que o parque é eficiente nas eventuais questões, tornando-se, dessa forma, um espaço imprescindível em meio a uma das maiores cidades do mundo.
Figura 67: Virada Sustentável. Fonte: Casa da Sustentabilidade, 2016.
Figura 68: Caminhada ecológica. Fonte: Casa da Sustentabilidade, 2016.
Figura 69: Fauna Ibirapuera. Fonte: Parque Ibirapuera, 2016.
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3.1.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Um fator de extrema relevância diante da eventual questão é a maneira como o parque foi construído, já que o mesmo possui diversos equipamentos como bancos, estátuas, postes, pontes e plagrounds confeccionados a partir de materiais recicláveis, como madeira, plástico e metal, o que corrobora ainda mais para reforçar a ideia de que o parque é um exemplo em questões ecológicas.
Figura 70: Equipamentos do parque. Fonte: Google earth, 2017.
Figura 71: Intervenção cultural. Fonte: André Godoy, 2010.
Por outro lado, o conjunto arquitetônico foi, em sua maioria, construído em concreto armado, material indispensável para criar as formas que Niemeyer concebeu às construções do parque, permitindo a execução de vãos e balanços monumentais, atribuindo uma característica exclusiva ao Ibirapuera, bem distante daqueles utilizados para criar os equipamentos que compõem todo o restante do complexo.
Figura 72: Conjunto Arquitetônico. Fonte: Parque Ibirapuera, 2016.
Figura 73: Museu Afro. Fonte: Portal do Governo, 2017.
Figura 74: Auditório. Fonte: Kleber Menezes, 2017.
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3.2 CERRO SAN CRISTร BAL
Figura 75: Cerro San Cristรณbal. Fonte: Portal Chileno, 2017.
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3.2.1 BIOGRAFIA BENJAMIN VICUÑA MACKENNA Benjamín Mackenna nasceu em Santiago em 1831. Além de trabalhar como escritor e historiador, entrou para a política aos 19 anos influenciado por membros de sua família, já que faziam parte da Elite Nacional. Engajado pela luta revolucionária em apoio às liberdades cívicas e progresso do país, foi condenado à morte, porém, conseguiu fugir e exilou-se do Chile por quatro anos. Ao retornar em 1856, graças à anistia, ocupou cargos como prefeito de Santiago, deputado, senador e foi até mesmo candidato à Presidência da República em 1876. Dez anos depois Mackenna faleceu, aos 54 anos de idade. Sua memória é preservada por grande parte da população, que o personifica através de museus, monumentos e obras espalhadas pelo país. ALBERTO SUBERCASEAUX
Figura 76: Benjamín Vicuña Mackenna. Fonte: Marcial Plaza, 1954.
Subercaseaux nasceu em Santiago em 1875. Graduou-se em jornalismo pela Universidade do Chile. Em 1901, foi contratado pelo governo para receber e levar ao país, modelos de esculturas e artes industriais que mais tarde, seriam utilizados na criação do Museu de Belas Artes do Chile. Nove anos depois, foi nomeado Comissário geral da Exposição Internacional de Belas Artes. Logo depois, Alberto foi eleito prefeito de Santiago e deu início à diversas obras de infraestrutura para a capital, dentre elas a execução do projeto urbano em San Cristóbal. Alguns anos mais tarde, tounou-se administrador público da cidade e em seguida voltou à trabalhar com o Museu Nacional de Belas Artes, dessa vez como diretor, ocupando o cargo até os seus últimos dias de vida. Figura 77: Alberto Subercaseux. Fonte: Pedro Errázuriz, 1950.
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3.2.2 CONTEXTO A ideia de tranformar o Cerro de San Cristóbal em um parque urbano, se deu no ano de 1870 pelo então prefeito de Santiago, Benjamín Backenna. O morro que se estendia em meio à cidade, nada mais era que uma colina desprovida de vegetação disputada por diversos proprietários com interesse em suas áreas. No entanto, sua ideia não se concretizou em vida e perdurou até o ano de 1916, quando Alberto Subercaseaux, prefeito da época, com apoio do governo, tomou as rédeas da situação e deu início às obras na colina. Com 280 metros de altura em relação ao nível da cidade e com aproximadamente 722 hectares, o Cerro de San Cristóbal é o maior parque urbano da América Latina e o quarto maior do mundo.
Figura 78: Relação de Cerro San Cristóbal com a cidade. Fonte: Agência Uno, 2014.
O montanha foi nomeada em homenagem a San Cristóbal de Licia (patrono dos viajantes), pelo explorador espanhol Pedro de Valdívia, no século XVI, quase quatrocentos anos antes de surgir qualquer indício do parque. Sua localização em relação a Santiago possibilita uma visão 360° de toda a cidade, atraindo milhares de turistas todos os anos. O mesmo ainda oferece diversos atrativos para seus visitantes, desde trilhas para quem arrisca subir a montanha a pé ou de bicicleta, estradas para quem prefere o conforto de um carro e até mesmo o teleférico ou o bonde mais famoso do país, o Funicular, como é conhecido popularmente.
Figura 79: Turistas em visita ao parque. Fonte: Eliana Arredondo, 2014.
Figura 80: Bonde Funicular. Fonte: Rosa Guimarães, 2017.
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sem escala Figura 82: Situação do Cerro San Cristóbal. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
sem escala
Figura 81: Localização do parque na cidade. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
Figura 83: Colina durante o inverno. Fonte: Agência Uno, 2014.
O maior ícone de San Cristóbal é sem dúvidas o Santuário da Imaculada Conceição, que traz consigo a grande estátua da Virgem Maria no ponto mais alto da colina. Instalados um ano antes do início da construção do parque, ambos tornaram-se um dos maiores símbolos da capital, o que possibilitou a utilização do santuário como palco da missa realizada na cidade pelo Papa João Paulo II em uma de suas passagens pelo país.
Figura 84: Estátua da Virgem Maria. Fonte: Abigail Dantes, 2015.
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3.2.3 PLANO DE MASSAS O fator responsável pela desenvoltura do parque de San Cristóbal foi o terreno acidentado em que o mesmo está inserido. Por tratar-se de um resquício dos Andes, em determinadas épocas do ano, o monte é revestido pela mesma neve que repousa sobre a codilheira, acarretando em um show de cores devido a mistura causada pelo verde do parque, o branco da neve e a terracota que encobre grande parte da encosta. Seus caminhos criados a partir das curvas de níveis, auxiliam nas formas tortuosas predominantes na montanha, reforçando a estética natural do monte existente em meio à uma das maiores cidades da América Latina.
sem escala
LAGOS
TRILHAS PRINCIPAIS
CONSTRUÇÕES
TRILHAS SECUNDÁRIAS
Figura 85: Plano de Massa Cerro San Cristóbal. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
BONDE E TELEFÉRICO
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3.2.4 FORMAS Com aproximadamente sete quilômetros de extensão, os trilhas que percorrem a montanha formam um desenho sinuoso mediante a vegetação rasteira, e suas formas ficam cada vez mais evidentes àqueles que sobem a colina através do teleférico, entretanto, as construções que fazem parte do complexo são praticamente imperceptíveis mediante a imensidão do parque. Dentre tantos outros fatores, a maior identidade de San Cristóbal são os seus 280 metros que predominam acima do nível de Santiago, proporcionando-lhe a característica de imponência diante das inúmeras torres de concreto que há anos, vem surgindo em meio a capital chilena.
1 BONDE FUNICULAR 2 ZOOLÓGICO NACIONAL 3 TELEFÉRICO 4 SANTUÁRIO IMACULADA CONCEIÇÃO
9
5 PISCINA TUPAHUE 6 TERRAÇO BELLAVISTA 7 JARDIM MAPULEMU 8 JARDIM JAPONÊS 9 BOSQUE SANTIAGO
5 6 1
4
7 8
3 2 sem escala
Figura 86: Mapa da montanha. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
1
Figura 87: Funicular. Fonte: Robert Cutts, 2010.
A ideia de instalar um bonde como meio de transporte para acessar o topo de San Cristóbal começou em 1910, mas foi concretizada apenas em 1925 pelo engenheiro italiano Ernesto Bosso. Restaurado na década de 60, transportou o Papa João Paulo II em sua visita à Santiago e tornou-se Monumento Histórico do Chile nos anos 2000. Em quase cem anos em operação, é uma das atrações mais visitadas de toda a capital.
79
9 2
Inaugurado no mesmo ano que o funicular, o Zoológico Nacional do Chile está localizado aos pés da montanha. Abriga mais de 150 espécies, incluindo animais nativos dos Andes e espécies raras ameaçadas em extinção. Sua teve como intuíto a preservação da fauna latino-americana, assim como o incentivo ao turismo local.
Figura 88: Zoológico Nacional. Fonte: Simon Hampel, 2009.
3
Figura 89: Teleférico Santiago. Fonte: Robert Cutts, 2010.
4
Com as obras iniciadas em 1979, o teleférico de Santiago foi inaugurado um ano depois. Com aproximadamente 5 quilômetros de extensão, o percurso do mesmo dura em torno de 20 minutos. O histórico do equipamento não é dos melhores, já que diversos acidentes foram registrados ao longo de sua operação. Após diversos anos fechado, foi reinaugurado em 2016 depois de uma restauração em sua estrutura. O Santuário da Imaculada Conceição é um locais mais importantes para igreja católica no Chile. Localizado no topo de San Cristóbal, o santuário já foi local de peregrinação para milhares de fiéis. A estátua de 14 metros de altura da Virgem Maria, esculpida por Ignazio Jacometti é um dos maiores cartões postais de todo o país.
Figura 90: Estátua Virgem Maria. Fonte: Tia Poly, 2017.
5
Figura 91: Piscina Tupahue. Fonte: Ministerio de Vivienda y Urbanismo, 2014.
Com 82 metros de comprimento e 25 de largura, a piscina Tupahue (lugar de Deus), foi inaugurada em 1966. Foi idealizada pelo arquiteto Carlos Martner, que visava potencialidades no espaço em que a mesma está instalada, já que o local em específico era utilizado como depósito de lixo. A piscina ainda conta com um mural criado pelo mexicano Juan O’Gorman, com o intuíto de unificar a cultura do povo chileno e mexicano.
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6
O terraço Bellavista, apesar de não estar no ponto mais alto da montanha, tem uma das vistas mais privilegiadas de toda a cidade. Com uma vista panomâmica de grande parte da capital, o terraço é um local mais que imprescindível para os turistas que visitam o parque.
Figura 92: Terraço Bellavista. Fonte: TVN, 2017.
7
Criado em 1983, o Jardim Mapulemu possui um acervo com mais de 70 espécies da flora nativa, sua área é subdividida por regiões do país, tendo cada uma, sua vegetação específica. Dentre as mais variadas espécies, as araucárias e palmeiras chilenas são as que mais se destacam entre as demais. O jardim também é palco de atividades semanais, realizadas para o grande público.
Figura 93: Jardim Mapulemu. Fonte: Vampir Cat, 2010.
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Assim com Mapulemu, o Jardim Japonês de San Cristóbal também possui um vasto conjunto de espécies de plantas, porém, da flora oriental. O jardim foi criado em homenagem aos imigrantes japoneses que se instalaram no Chile durante o século XX.
Figura 94: Jardim Japonês. Fonte: Vampir Cat, 2010.
9
Figura 95: Bosque Santiago. Fonte: Rodrigo Guendelman, 2016.
Pouco conhecido pelos turistas, o Bosque de San Cristóbal está localizado no extremo norte da montanha. Seus 180 hectares possui a mais variada vegetação, anfiteatro, viveiros e até um pequeno zoológico. Ao longo dos anos, passou a ser utilizado com pelas escolas da região, transformando-se em um amplo espaço de ensino para crianças e adolescentes.
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3.2.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA Devido a sua extensão territorial, o Chile não tem por definição um clima específico. Seus 4.630 quilômetros de norte a sul possibilita diversas variações na temperatura ao longo de sua área. Ao norte do país, berço do deserto do Atacama, o clima é totalmente seco e as chuvas são inexistentes, fazendo com que as temperaturas sejam mais agradáveis em grande parte do ano. Na região central, onde localiza-se Santiago e por sua vez o Cerro San Cristóbal, o clima é análogo ao do Brasil, com exceção do inverno, onde as temperaturas são bem mais baixas, pois, além das nevascas que atingem a região, as chuvas são bem frequentes nessa época. Já no sul, as temperaturas permanecem baixas o ano todo, o que resulta em um dos invernos mais rigorosos de toda a América Latina. VENTOS A incidência dos ventos predominantes em Santiago variam durante o ano, e são em sua maioria, provenientes do leste do país.
sem escala
INCIDÊNCIA DOS VENTOS Figura 96: Incidência dos ventos em San Cristóbal. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
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INSOLAÇÃO O verão em Santiago, que traz consigo o período de maior calor na cidade, ocorre de dezembro a março, onde as temperaturas médias chegam aos 30° C. Durante a estação, o sol predomina sobre a cidade em grande parte do dia e as chuvas raramente aparecem, acarretando em um clima seco. Aos turistas que visitam San Cristóbal durante esta época é recomendável que opitem por trilhas que possuem vegetação alta, para que dessa forma possam se abrigar dos raios solares. Outra alternativa, é conhecer a face oeste do parque durante a manhã e a face leste durante a tarde, já que nestes respectivos horários estas partes da montanha não sofrem com a insolação devido a geografia acidentada do terreno.
sem escala Figura 97: Incidência solar na montanha durante a manhã. Fonte: Elaboração própria, 2018.
sem escala Figura 98: Incidência solar na montanha durante a tarde. Fonte: Elaboração própria, 2018.
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3.2.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL Em uma iniciativa criada pelo Centro de Educação Ambiental de Santiago em parceria com o Ministério da Habitação e Urbanismo no ano de 1999, o Cerro de San Cristóbal passou a ser utilizado como instrumento de estudo em relação à formação de valores éticos e de conscientização ambiental. Além do bosque situado ao norte da montanha utilizado pelas escolas da região como objeto de estudo ambiental, o parque passou a oferecer diversas atividades à população local, como o reflorestamento de espécies nativas e a restauração de ecossistemas degradados. Há ainda uma infinidade de atividades relacionadas à temática que são oferecidas àqueles que visitam o parque, como por exemplo, as caminhadas ecológicas acompanhadas de guias locais com o intuíto de conscientizar os visitantes à importância da fauna e flora da região. Outra atividade de extrema relevância é o do ciclismo na montanha, já que anualmente, são realizados eventos do gênero aos amantes do esporte, e como incentivo aos turistas, diversas agências de aluguéis próximas ao monte oferecem bicicletas para que os mesmos possam conhecer San Cristóbal através de duas rodas.
Figura 99: Ciclismo na montanha. Fonte: Parque Metropolitano, 2016.
Figura 101: Caminhada ecológica. Fonte: José Jaque, 2015.
Figura 100: Visitas escolares. Fonte: Parque Metropolitano, 2016.
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3.2.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Com mais de um século de vida, quem visita San Cristóbal ainda encontra resquícios de como o parque era em suas origens. O piso de terra ainda é presente em grande parte dos caminhos e trilhas que atravessam a montanha, assim como, os bancos de madeira que foram construídos nos anos 10. Mas como todo e qualquer projeto com idade considerável, o parque vem passando por restaurações nos últimos anos e com isso, sua infraestrutura ultrapassada vem sendo reformulada aos poucos. Nas trilhas de terra estão sendo instalados pisos apropriados para a pratica esportiva e os bancos de madeira estão sendo trocados por assentos de concreto. Outro equipamento totalmente reconstituído foi o teleférico que, após anos fora de operação devido aos problemas que eram recorrentes, teve sua estrutura trocada por equipamentos de ultima geração.
Figura 102: Trilhas de terra. Fonte: Google Earth, 2012.
Figura 103: Teleférico reestruturado. Fonte: Indo pro Chile, 2016.
Dentre toda a infraestrutura do parque que vêm sendo trocada ao decorrer dos anos, o único equipamento que permanece intacto aos moldes em que foi concebido é o funicular. Com uma estação construída em pedra, assim como os castelos medievais e o bonde sendo o mesmo da sua inauguração, o equipamento é de longe, uma das atrações mais aclamadas de San Cristóbal devido o contexto de sua origem, o que certamente acarretará na permanência da sua forma original por mais algumas dezenas de anos.
Figura 104: Estação funicular. Fonte: Natalia Paz, 2016.
Figura 105: Funicular. Fonte: Doug Shzaboy, 2009.
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3.3 QUEEN ELIZABETH OLYMPIC PARK
Figura 106: Queen Elizabeth Olympic Park. Fonte: Timon Singh, 2010.
86
3.3.1 BIOGRAFIA EDAW ARCHITECTURE A EDAW surgiu no ano 1939, na cidade de São Francisco, EUA. Foi fundada pelo arquiteto Garret Eckbo, que algum tempo depois, convidou outros três profissionais para atuarem de maneira conjunta não somente com arquitetura, como também na área de paisagismo e urbanismo. No seu auge, a empresa operou com mais de 1.800 funcionários nos 39 escritórios espalhados pelo globo, o que possibilitou a realização dos mais variados projetos, como planejamentos urbanísticos de grandes cidades, resorts, parques urbanos e edifícios comerciais, transformando-o em um dos escritórios mais conceituados do mundo no ramo da construção civil. Em 2005, a companhia foi vendida para a empresa de engenharia norte americana AECOM, mas continuou operando por mais alguns anos.
Figura 107: Garret Eckbo. Fonte: Gaetano Pesce, 2016.
LDA DESIGN A LDA é uma empresa britânica especializada em projetos urbanos e paisagísticos. Atualmente, conta com uma equipe formada por 150 profissionais espalhados pelos escritórios na Inglaterra e Escócia, que juntos, vem realizando uma série de trabalhos ao redor do mundo. Com a criação do masterplan do Parque Olímpico de Londres e os excepcionais resultados do projeto, a empresa vem crescendo de forma gradativa, pois, somente nos últimos anos, a mesma recebeu mais de 100 prêmios por projetos de parques urbanos contemporâneos, renovação urbana e melhorias no centro de cidades históricas. A LDA foi pioneira no conceito de planejamento e projeto de infra-estrutura verde no Reino Unido, como defende o atual diretor da empresa, Andrew Harland.
Figura 108: Andrew Harland. Fonte: Landscape Institute, 2016.
87
3.3.2 CONTEXTO O parque urbano Rainha Elizabeth, em Londres, foi concebido inicialmente como complexo esportivo com o propósito de abrigar os Jogos Olimpícos de 2012, que porventura, ocorreram na capital inglesa. O nome foi escolhido como homenagem ao jubileu de diamante da Rainha que aconteceu no mesmo ano. Além dos milhares de profissionais dos diversos escritórios que juntos, realizaram todas as etapas do projeto, em sua construção foram necessários mais de 80 mil operários de inúmeras nacionalidades. Após o término dos jogos, o parque olímpico ainda passou por diversas reformas com o intuíto de adequá-lo às condições de um parque urbano e foi reaberto ao público somente em abril de 2014.
Figura 109: Obras do parque. Fonte: Robin Foster, 2012.
Figura 110: Rio Waterworks. Fonte: Robin Foster, 2012.
Com o advento de um projeto de tais proporções, toda a infra-estrutura relacionada ao transporte local teve de ser reformulada para atender as necessidades do empreendimento, motivando a construção de estações ferroviárias, rodoviárias e até mesmo portos náuticos, fazendo com que, em menos de quatro anos, mais de 16 milhões de pessoas já tenham passado pelo complexo, não somente pela facilidade de acesso, mas também à quantidade de equipamentos que o parque oferece aos seus visitantes. Dos estádios de futebol aos playgrounds infantis, dos eventos internacionais aos concertos musicais da região, o parque é um prato cheio nas questões de entreterimento ao público de todas as idades.
Figura 111: Transporte Náutico. Fonte: London Corporation, 2015.
Figura 112: Playground. Fonte: Robin Foster, 2016.
88
sem escala Figura 113: Localização do parque na cidade. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
sem escala Figura 114: Situação do parque na cidade. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
Figura 115: Vista panorâmica do parque. Fonte: Departament of Culture, 2012.
Situado na região leste de Londres, o parque abrange os bairros de Newham, Tower Hamlets, Hackney e Waltham Forest. O local que antes encontrava-se em situações precárias, sofreu drásticas transformações com a implantação do projeto, já que, além da revitalização dos mais de 6,5 quilômetros de vias fluviais, foram inseridas cerca de 4.300 novas espécies de árvores. Outro fator interessante foi a transformação de parte da Vila Olímpica em um distrito de uso misto chamado Internacional Quarter, um bairro que abriga mais de 3.600 apartamentos e centenas de espaços comerciais que alavancaram, de forma direta e indireta, a economia da região.
Figura 116: Rio revitalizado. Fonte: Garden Visit, 2012.
Figura 117: Bairro International Quarter. Fonte: Hannah Smith, 2014.
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3.3.3 PLANO DE MASSAS Dentre as centenas de parques urbanos espalhados pelo perímetro Londrino, o Rainha Elizabeth se destaca entre os demais devido a composição de elementos que fazem parte do seu contexto. Muito além de um simples parque contemporâneo, aqui, a mistura de componentes necessários à evidencialização do estilo, mesclado à um traçado singular, fazem do complexo um espaço excêntrico em meio a uma das maiores cidades do mundo.
sem escala
RIOS E LAGOS
QUADRAS
TRILHAS PRINCIPAIS
CONSTRUÇÕES
SERVIÇOS
TRILHAS SECUNDÁRIAS
Figura 118: Plano de massa Queen Elizabeth Park. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
90
3.3.4 FORMAS Muito além do aspecto exuberante que o complexo exibe em meio à cidade, suas formas mais significativas estão nos pequenos detalhes que fazem parte do conjunto arquitetônico instalado em meio aos mais de 158 hectares de vegetação urbana. As dezenas de edificações, com as formas mais variadas possíveis, são conectadas por centenas de quilômetros de trilhas e caminhos sinuosos que se estendem pelo parque, interligando também os elementos escultórios que integram o espaço. 1 LONDON OLYMPICS MEDIA CENTRE 2 CENTRO DE HÓQUEI E TÊNIS LEE VALLEY 3 ARENA COOPER BOX 4 LEE VALLEY VELO PARK
1
5 EAST VILLAGE 6 ESTÁDIO DE LONDRES 7 ARCELORMITTAL ORBIT 8 INTERNATIONAL QUARTER 9 CENTRO AQUÁTICO
3
2
4 6
5 8
7
9
sem escala Figura 119: Mapa Cerro San Cristóbal. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
1
Figura 120: London Olympics Media Centre. Fonte: EG Foco, 2012.
Projetado por Allies e Morrison, o prédio midiático, com 84.000 m², abrigou mais de 20.000 pessoas durante os jogos olímpicos, incluindo repórteres, fotógrafos e jornalistas que foram responsáveis por transmitir os jogos para mais de 4 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Após o evento, o mesmo foi vendido e opera até os dias de hoje como edifício comercial.
91
2
Figura 121: Centro de Hóquei e Tênis de Lee Valley. Fonte: Hufton e Crow, 2014.
3
Composto pos 6 campos de hóquei e 10 quadras de tênis, o centro de Lee Valley foi projetado pelo Arquiteto Stanton Williams e custou aproximadamente 30 milhões de libras. Localizado ao norte do parque, foi reinaugurado em 2014 após passar por reformulações. O campo de hóquei principal, com espaço para 3 mil torcedores, pode aumentar a capacidade para mais de 15 mil pessoas em dias de grandes eventos.
Inaugurada com mais de um ano de antecedência, o espaço antes chamado de Arena de Handebol, foi renomeado porque, além do handebol, recebeu atividades como esgrima, tiro, natação, salto e até corrida de cavalos durante os jogos olímpicos. Foi sede também do golbol, esporte praticado por deficientes visuais que participaram das Paraolimpíadas no mesmo ano.
Figura 122: Arena Cooper Box. Fonte: Ian Patterson, 2012.
4
Planejado desde o ano de 2005, o centro de ciclismo Lee Valley VeloPark, assim como vários outros equipamentos do parque, foi fechado após o término dos jogos e reaberto ao público dois anos depois. Com uma pista de 1,6 km de percurso, o complexo abrange também uma trilha utilizada para a prática de mountain bike com mais de 5 km de extensão.
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Projetado como parte da Vila Olímpica, o East Village abrigou mais de 24 mil atletas de diversos países. Após os eventos, foi reformulado em um novo bairro residencial com moradias de baixo custo. Além de lojas, bares e restaurantes, o espaço em questão também abriga escolas, escritórios e até centros de saúde.
Figura 123: Lee Valley VeloPark. Fonte: Tia Poly, 2017.
Figura 124: East Village London. Fonte: EG Focus, 2012.
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6
Palco da cerimônia de abertura e encerramento dos jogos, o estádio já recebia eventos antes mesmo do início das olimpíadas. Após as reformas responsáveis pela sua reestruturação, sua capacidade, que antes abrigava cerca de 80 mil pessoas, passou para 60 mil em 2016. Desde sua reinauguração, já foi sede do Campeonato Mundial de Atletismo e Copa do Mundo de Rugby.
Figura 125: Estádio de Londres. Fonte: Mike Hewitt, 2017.
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Com 115 metros de altura, a torre do observação, chamada ArcelorMittal, é a maior escultura do país. A estrutura vermelha concebida em aço, incorpora o escorregador de túnel mais alto e mais longo do mundo, medindo 178 metros de comprimento. Projetada pelo escritório Arup Engenharia, 80% dos custos (cerca de 16 milhões de libras), foram subsidiados por Lakshmi Mittal, o homem mais rico da Inglaterra.
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Assim como o East Village, o International Quarter, localizado ao leste do parque, também fez parte da Vila Olímpica dos jogos. Localizado em Stratford, o empreendimento que hoje funciona como bairro de uso misto, custou aproximadamente 1,3 bilhões de libras aos cofres públicos. O complexo abriga um novo modelo residêncial, mais conhecido como GlassHouse Hardens.
Figura 126: Arcelormittal Orbit. Fonte: Aleem Yousaf, 2014.
Figura 127: International Quarter. Fonte: Roger Stirk, 2014.
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Figura 128: Centro Aquático. Fonte: Alexander Kachkaev, 2013.
Um dos elementos mais icônicos do parque devido a sua forma, o Centro Aquático foi projetado por Zaha Hadid, arquiteta Iraniana mundialmente conhecida. Com uma extensão de aproximadamente 1.040 m², bem menor que o projeto inicial (3.300 m²), o centro abriga duas piscinas olímpicas e uma semi-olímpica. O edicífio foi reaberto em 2014.
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3.3.5 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CLIMA Com um clima temperado, o verão no solo inglês é relativamente curto e não ultrapassa a média de 23°C, totalmente oposto ao inveno, que traz consigo muito frio, ventos fortes e céu encoberto quase todos os dias da estação, fazendo com que a temperatura atinja níveis extremamente baixos quando comparados ao restante do ano e muitas vezes, acarretando em temperaturas recordes, como aconteceu em 2010, quando as estações metereológicas marcaram -21°C em Londres. No entanto, por estar localizada em uma ilha, o clima no país da rainha é totalmente imprevisível, podendo sofrer alterações a todo momento e graças a este fator, as chuvas são frequentes durante todo o ano. VENTO Os ventos por sua vez, provenientes do oeste do país, mantém uma velocidade média de 18 a 21 quilômetros por hora.
sem escala INCIDÊNCIA DOS VENTOS Figura 129: Incidência dos ventos no parque. Fonte: Elaboração Própria, 2018.
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INSOLAÇÃO Pelo fato da Inglaterra não sofrer com altas temperaturas devido a um verão curto e com temperaturas amenas, quando a época chega, os parques urbanos são os espaços mais procurados por aqueles que almejam o contato com os poucos raios solares que incidem sobre o país durante o ano. No parque Rainha Elizabeth, mais que qualquer outro da capital, não poderia ser diferente, já que sua vegetação predominantemente baixa e rasteira permite o contato direto do sol com o seu público, tornando-se um prato cheio à todos aqueles que procuram por diversão nos dias mais quentes do ano.
Figura 130: Crianças brincando no parque durante o verão. Fonte: Robin Foster, 2016.
Desta forma, é válido afirmar que o complexo supre a necessidade dos habitantes em relação ao contato com a luz do sol, ocasionando na alta procura pelo parque nos períodos mais quentes.
Figura 131: Pequeniques no parque durante o verão. Fonte: London Corporation, 2016.
Figura 132: Público infantil no parque durante o verão. Fonte: Robin Foster, 2016.
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3.3.6 MEIO AMBIENTE Um dos pré-requisitos na escolha da cede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012, foram as questões relacionadas a sustentabilidade e ao meio ambiente. Portanto, devido aos cuidados relacionados à tais objeções durante a concepção do projeto, o parque Rainha Elizabeth foi aquele que mais distinguiu-se dentre os inúmeros concorrentes que disputaram a realização do evento. Segundo os idealizadores, este sempre foi o critério principal no desenvolvimento projetual, ou como explanaram em suas próprias palavras, “o parque foi projetado com a sustentabilidade em seu coração”. O conjunto arquitetônico do parque, por mais que foram projetados por profissionais distintos, foram os elementos que mais visaram estas questões, pois em todos, sem exceção, há reaproveitamento da água da chuva, valorização da luz natural, assim como vários outros quesitos relevantes acerca do conteúdo.
Figura 133: Competição de ciclismo freqüentes no complexo. Fonte: Robin Foster, 2016.
Figura 134: Trilhas do parque. Fonte: Robin Foster, 2016.
Por mais que existam inúmeros motivos que comprovam a relação efetiva do parque com o meio ambiente, nenhum outro é mais imprescindível quanto ao fato de que o complexo passou a ser mais utilizado após o término dos jogos, já que, em termos de legado, é uma vitória não só aos idealizadores como também à todos aqueles que de alguma forma utilizam do espaço, seja para fins educacionais, esportivos, culturais, ou até mesmo, para manter-se em contato com a natureza em meio a uma das maiores metrópoles do mundo.
Figura 135: Público do parque mesmo após as olimpíadas. Fonte: Hargreaves Associates, 2016.
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3.3.7 SISTEMAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS Por mais que o conjunto de edificações do complexo sejam recentes, grande parte das técnicas utilizadas nas construções, são, no mínimo, convencionais, como foi o caso do estádio onde ocorreram as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos. Na sua concepção, além da mistura de concreto com dióxido de carbono, mais de 10 mil toneladas de aço foram necessários para dar forma à sua estrutura ovular. Já o envoltório existente acima das arquibancadas, no qual são sustentados por cabos de aço tracionados, foram concebidos em painéis de poliester e polietileno. O concreto pré-moldado, este por sua vez, foi utilizado na construção do Centro Aquático, projeto de Zaha Hadid, no entanto, na cobertura da edificação foi utilizado uma estrutura metálica, criada através da arquitetura paramétrica.
Figura 136: Finalização das obras no estádio. Fonte: EG Focus, 2012.
Figura 137: Centro Aquático em construção. Fonte: Julian Osley, 2011.
Na criação dos mais de 300.000 m² de jardins, foram utilizadas mais de 70.000 plantas de 250 espécies diferentes de diversas regiões do planeta, com o intuíto de homenagear as nações que participariam dos jogos olímpicos. Desta forma, baseando-se no caráter ecológico dos habitats de cada natureza, o resultado foi uma composição diversificada de cores e formas que constituíram os amplos espaços verdes de um dos maiores parques urbanos de toda a Europa.
Figura 138: Um dos diversos jardins do parque Rainha Elizabeth. Fonte: Greg Allen, 2012.
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Dentre as inúmeras distinções dos parques urbanos analisados , a que mais se destaca são as finalidades de cada um. No Ibirapuera, por exemplo, a infraestrutura dotada de museus, pavilhões e auditórios, tendencia o mesmo à desempenhar um papel cultural em meio a cidade de São Paulo. Já o Cerro de San Cristóbal, por sua vez, auxilia o fomento ao turismo na capital chilena devido as atividades e equipamentos que oferece aos turistas da montanha. Por último e não menos importante, o parque Rainha Elizabeth proporciona o que há de melhor no mundo do esporte ao seu respectivo público, em decorrência do motivo pelo qual foi concebido. Deste modo, a eventual análise reitera a imagem que uma parcela da população pondera a respeito dos parques urbanos, diluindo a ideia de que os mesmos não passam de elementares zonas verdes verdes em meio as cidades, evidenciando, de forma direta, seus aspectos e características, além de possibilitar uma melhor compreensão de cada caso em específico.
4 DIAGNÓSTICO GERAL
Figura 139: Morfologia da cidade. Fonte: Aleksejs Bergmanis, 2017.
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4.1 ESCOLHA DO LOCAL Nada mais apropriado definir como área de intervenção, uma que esteja associada à zona sul de São João da Boa Vista. No entanto, a escolha da mesma tem como fator principal sua localização, fazendo-se necessário adotar um espaço estratégico onde a implantação do futuro projeto não beneficie somente o respectivo setor, mas sim, todas as regiões do município, seja de forma direta ou indireta. Desta maneira, a superfície em destaque (fig. 140), situada próximo ao terminal rodoviário e da rodovia que da acesso a entrada principal do município, faz dela uma área de extrema relevância, uma vez que, a mesma é habitualmente conhecida não só por grande parcela da população Sanjoanense, como também das milhares de pessoas que transitam pela autoestrada diariamente. Outro fator importante a ser destacado é a conexão que o terreno tem com parte da zona sul, graças não somente as ruas e avenidas que conectam o mesmo ao bairros da região, como também aos pontos de ônibus localizados próximo ao mesmo, facilitando, dessa forma, o acesso do público em geral. Assim sendo, é evidente a necessidade do espaço em abrigar um projeto que corrobore com os potencialidades urbanísticas da área, estabelecendo diretrizes e estratégias para não somente solucionar os déficits diagnosticados, como também, contribuir de forma significativa ao município no âmbito urbano , ambiental e social.
Figura 140: Localização da área no perímetro urbano. Fonte: Google Earth, 2018.
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4.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS Situado entre os bairros Jd. São Nicolau, Jd. Vila Rica, Condomínio Fazenda das Areias e a Rodovia SP-342, a área em questão, com aproximadamente (180.476,23 m²), é constituida por seis propriedades privadas pertencentes à quatro proprietários distintos, portanto, é válido afirmar que a mesma nada mais é que fruto da especulação imobiliária, assim como várias outras existentes em meio a cidade. Sua posição em relação ao perímetro urbano, com a ajuda da expansão da zona sul ao longo dos anos, ocasionou em uma grande valorização econômica, tanto que, há mais de quatro anos, foi protocolado junto à prefeitura o projeto de um shopping center no local, devido as potencialidades do espaço. Outro fator importante a ser ressaltado é a instalação do campus acadêmico da Universidade Estadual Paulista (UNESP), que desde 2016 vem contribuindo significativamente não só à respectiva região como também ao fomento do ensino superior no município. Contudo, nada disso parece ter sido relevante aos proprietários do terreno, já que, o descaso dos mesmos para com a área é evidente não somente por aqueles que passam pelos arredores, como também pelas pessoas que convivem diariamente com o espaço, pois, segundo relatos de alguns moradores, muito além das recorrentes infestações de animais, o local também é utilizado como depósito de lixo e entulhos devido o seu aspecto de abandono.
Delimitação da área Figura 141: Área de intervenção. Fonte: Google Earth, 2018.
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4.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 9 1
Figura 142: Área escolhida para intervenção. Fonte: Acervo próprio, 2018.
9 2
Figura 143: Panorama geral da área. Fonte: Acervo próprio, 2018.
4
3
Figura 144: Rodovia SP - 342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 145: Moradores utilizam do espaço precário. Fonte: Acervo próprio, 2018.
6
5
Figura 146: Limites do terreno com a rodovia. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 147: Rua Agostinho Cenzi. Fonte: Acervo próprio, 2018.
8
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Figura 148: Situação atual do local. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 149: Final da rua Moudif Georges Nasr. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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9
Figura 150: Local utilizado como descarte de lixo e entulho. Fonte: Acervo próprio, 2018.
10 9
Figura 151: Limite entre o bairro e o terreno. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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11
Figura 152: Mato alto devido ao descaso dos proprietários. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 153: Final da rua Scipião Toniza. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 154: Final da rua Jorge João Nasser. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 155: Local utilizado como depósito de entulho. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 156: Situação atual da área. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 157: Vista da parte mais alta do local. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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9 17
Figura 158: Limite do bairro com o local. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 159: Final da rua Antônio José Milan. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 160: Mato alto do terreno. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 161: Muro do Condomínio Fazenda das Areias. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 162: Vista a partir da Rodovia SP - 342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 163: Vista a partir da Rodovia SP - 342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 164: Limite da área com a Rodovia SP - 342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 165: Limite da área com a Rodovia SP - 342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 166: Vista da Rodovia SP-342. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 167: Parte mais baixa do local. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 168: Área de escoamento de água. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 169: Sítio Paineiras ao fundo. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 170: Espaço utilizado para a instalação de outdoors. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 171: Entrada de uma das propriedades. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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Figura 172: Final da Avenida Profª. Isette Correa Fontão. Fonte: Acervo próprio, 2018.
Figura 173: Final da Avenida Profª. Isette Correa Fontão. Fonte: Acervo próprio, 2018.
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4.4 MAPEAMENTOS O levantamento da área em estudo através do mapeamento urbano, possibilitou uma melhor compreensão não só do espaço em questão, como também de toda a morfologia do seu entorno, que neste caso em específico, extendeu-se por um raio de até 1.500 metros de comprimento. ·
Mapeamento geográfico
Além da presença de rios e córregos dentro do perímetro analisado, também é evidente a vasta quantidade de vazios urbanos próximo à área, em especial na face sul a mesma, entretanto, posterior à essa, encontra-se um dos maiores e mais populosos bairros do município. Sendo assim, o terreno acabou-se tornando o divisor de duas realidades distintas. ·
Cheios e vazios
Frutos de especulação imobiliária, além da própria área de estudo, há diversos vazios urbanos próximo à mesma como também dentro do condomínio residêncial existente em suas proximidades. No entanto, há uma grande concentração de edificações nos bairros ao norte, nordeste e noroeste, onde a maior parte destas, são construções térreas. ·
Fluxos e mobilidade
Devido a sua situação no município, a área de implantação está diretamente conectada à importantes vias que dão acesso a toda a cidade como também à demais municípios da região, como é o caso da rodovia SP-342 que liga São João da Boa Vista à Águas da Prata, Poços de Caldas e Espírito Santo do Pinhal. Vale ressaltar também que a avenida Profª. Isette Correa Fontão que conecta o extremo da zona sul ao centro da cidade, está diretamente interligada à área. Os pontos de ônibus por sua vez predominam a região norte do terreno. ·
Público e privado
Aqui, a presença de áreas privadas é nitidamente superior às áreas públicas e institucionais. Vale ressaltar também, a existência de um condomínio residêncial em uma das extremidades do terreno. ·
Uso e ocupação
Neste caso, com excessão à zona sul onde são quase inexistentes, há uma diversidade de ocupações ao longo dos bairros ao redor da área, especialmente ao nordeste do mesmo, onde é possível encontrar uma infinidade de imóveis comerciais e de serviços. Pode-se identificar também a presença de inúmeros equipamentos institucionais, como postos de saúde, escolas, creches, igrejas e até mesmo o cemitério municipal dentro do perímetro analisado, contudo, as áreas de lazer e esporte são escassas.
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4.4.1 GEOGRÁFICO
ÁREAS VERDES Figura 174: Mapa geográco. Fonte: Elaboração própria, 2018.
CÓRREGOS E RIOS
ÁREA DE ESTUDO
OUTRAS ÁREAS 200 m
110
4.4.2 CHEIOS E VAZIOS
CHEIOS
VAZIOS
Figura 175: Mapa cheios e vazios. Fonte: Elaboração própria, 2018.
ÁREA DE ESTUDO 200 m
101
4.4.3 FLUXOS E MOBILIDADE
RODOVIAS
VIAS ESTRUTURAIS
PONTOS DE ÔNIBUS Figura 176: Mapa uxos e mobilidade. Fonte: Elaboração própria, 2018.
VIAS COLETORAS
VIAS LOCAIS
ÁREA DE ESTUDO 200 m
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4.4.4 PÚBLICO E PRIVADO
ÁREAS PÚBLICAS VAZIOS URBANOS Figura 177: Mapa público e privado. Fonte: Elaboração própria, 2018.
ÁREAS PRIVADAS
CÓRREGOS E RIOS
ÁREA DE ESTUDO 200 m
113
4.4.5 USO E OCUPAÇÃO
ÁREAS PÚBLICAS
ÁREAS INSTITUCIONAIS
ÁREAS LAZER
DEMAIS ÁREAS
VAZIOS URBANOS
CÓRREGOS E RIOS
Figura 178: Mapa uso e ocupação. Fonte: Elaboração própria, 2018.
HABITAÇÕES
ÁREA DE ESTUDO
SERVIÇOS COMÉRCIO
200 m
5 PROPOSTA
Figura 179: Crianรงas brincando no parque. Fonte: Freestocks, 2016.
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5.1. CONCEPÇÃO A análise processual e o aprofundamento teórico das questões relacionadas à temática dos parques urbanos e áreas verdes na cidade de São João da Boa Vista, juntamente com os projetos utilizados como ferramentas de estudo e das diretrizes ressaltadas pelo plano diretor, faz-se necessário a concepção projetual de um elemento como resposta aos resultados obtidos até então. Muito além de minimizar o déficit das mesmas e também de vazios urbanos, a criação de um projeto com a devida infraestrutura, supre também as necessidades em relação às áreas de esporte e lazer, que assim como a primeira, são escassas no município. A proposta tem como intuíto, além de uma extensa área verde constituída por uma ampla variedade de vegetação, a inserção de diversos equipamentos cujo desígnio seja o fomento à prática de esportes, lazer e cultura. Desta forma, torna-se imprescindível a criação de quadras poliesportivas e de areia, pistas de corrida, caminhada, playgrounds, passarelas, quiosques, ciclofaixas, áreas de descanso e de pequenique e até mesmo um lago artificial como incentivo às duas primeiras categorias. Todavia, no tocante à cultura, a criação de uma concha acústica e um pavilhão de exposições são indispensáveis junto à concepção de todo o restante do projeto. Contudo, um dos elementos mais simbólicos será o mirante de observação idealizada com a função de proporcionar uma melhor contemplação do pôr do sol tão famoso na região, podendo angariar, até mesmo, uma pequena parcela de turistas que passam pela cidade em determinadas épocas do ano. Além disso, outra determinante é a instituição de uma espacialidade diversificada, que por natureza, influencie na maneira como o público idealiza os ambientes do parque. Se o espaço puder ser apreendido num relance, como um bom cartaz, e se cada um de seus segmentos for igual aos outros e transmitir a mesma sensação em todos os lugares, o parque será pouco estimulante para usos e estados de espírito diversificados. Nem haverá motivo para frequentá-los várias vezes. A complexidade que está em jogo é a complexidade visual, mudanças de nível no piso, agrupamentos de árvores, espaços que abrem perspectivas variadas – resumindo, diferenças sutis. As diferenças sutis da paisagem são acentuadas pelas diferenças de usos que nela proliferam. (JACOBS, 1961, p. 113).
Dessa forma, a qualificação de uma área como a designada para intervenção e complementada por medidas de integração urbana, estabelecerá uma melhor conexão da sociedade com um dos espaços mais precários existente em meio ao perímetro Sanjoanense, além de fortalecer os potenciais urbanísticos da região, estabelecendo diretrizes e estratégias para solucionar as adversidades diagnosticadas ao longo deste processo.
117
5.2 O PROJETO A compreensão da área de intervenção e do panorama associado ao seu entorno, se dá graças à metodologia abordada neste processo, que vai desde os primeiros estudos correlacionados ao tema, passando pela revisão bibliográfica, definição dos estudos de casos, diagnóstico do local e até a proposta de intervenção acompanhada do plano de massas, que por sua vez, conduz à uma visão geral da paisagem em construção desta respectiva e última etapa. Desta forma, a elaboração de um projeto como este, seguindo alguns preceitos já estabelecidos por Silvio Macedo, se caracterizará pelos seguintes itens: ·
Sítio
O terreno acentuado da área de intervenção possibilitará a criação de diversos níveis de pisos e patamares destinados a acomodar os inúmeros espaços e atividades que constituirão o projeto. Alguns movimentos de terra serão necessários para dar suporte adequado à drenagens do solo, assentamento e correção das superfícies de modo a receber alguns elementos arquitetônicos que serão concebidos junto ao parque. ·
Caminhos
O complexo contará com uma série de caminhos e vias que, além de o atravessarem de formas distintas, terão um papel fundamental no estabelecimento de planos verticais e horizontais. Ademais, segundo Macedo, é necessário que haja um grau de importância de acordo com as necessidades, sendo eles principais ou secundários, cada um correspondendo suas respectivas categorias de utilização, dimensões e tipos. Os caminhos principais serão aqueles que percorrerão toda a área e definirão os setores da mesma, além de possuírem usos diversificados e intensos, pois, comportarão atividades simultâneas como caminhar, andar de bicicleta e correr. Contudo, os caminhos secundários serão destinados a usos específicos e possuirão um traçado distinto, passando pelas trilhas, clareiras, boques e mirante, ideais para usos como caminhada lenta, descanso e contemplação da paisagem. ·
Vegetação e Água
O parque possuirá uma ampla vegetação com variadas configurações de acordo com o ambiente de cada uma, como predominância, altura, textura, cor, forma, transparência e movimento que constituirão os campos, bosques, gramados, clareiras, áreas de descanso e pequeniques, espaços para sentar e até mesmo dormir. No entanto, a arborização também será utilizada como fator essencial na “correção” da paisagem, como por exemplo, a obstrução dos muros e na diminuição dos ruídos ocasionados pela existência da rodovia junto ao terreno. No que diz respeito à água, um elemento básico na configuração morfológica de um
118
espaço como este, será criado um lago artificial na parte mais baixa do terreno, introduzindo desta forma, movimento, reflexão e cores ao local. ·
Edificações
Muito além dos típicos elementos estruturais de um parque, aqui, serão introduzidos uma série de equipamentos arquitetônicos que complementarão a forma do projeto como um todo. Desde os inerentes quiosques, pergolados e pórticos, à passarelas, mirantes, concha acústica, ginásio e até mesmo um pavilhão de exposições, como já mencionado. Vale ressaltar que, nestes elementos, buscará a aplicação de formas vigentes, unindo, assim, a arquitetura contemporânea à um dos componentes mais imprecindíveis das cidades do mundo atual, o parque urbano.
5.3 PARTIDO Levando em consideração as adversidades presentes no contexto da área de intervenção, sendo estas, a proximidade com a rodovia, a topografia acidentada e especialmente os limites da mesma com diversos bairros, sobretudo, um dos condomínios da cidade, faz-se necessário, o uso destes componentes como dirigentes elementares na designação do projeto, em outras palavras, utilizar “a deficiência da paisagem como condutor protagonista às diretrizes projetuais”.
Figura 180: Partido. Fonte: Elaboração própria, 2018.
119
5.4 DIRETRIZES PROJETUAIS E PROGRAMA DE NECESSIDADES A determinação do programa de necessidades origina-se através diretrizes projetuais , que por sua vez, foram estabelecidas em dois critérios, sendo elas, qualificação e conexão, ambas, originárias aos critérios ja estabalecidos, no caso, a deficiência da paisagem.
CASA MÁQUINAS ARQUIBANCADA
SANITÁRIOS
CONTEMPLAÇÃO
PASSARELAS
DML SANITÁRIOS
SANITÁRIOS
TEXTURA
MIRANTE DEPÓSITO
DML
WC
DESCAMPADOS
QUIOSQUES CONVIVÊNCIA
DEPÓSITO BOSQUES
ARMÁRIOS
PLAYGROUND ACADEMIA
EXPOSIÇÃO CAMARIM DEPÓSITO
MOBILIÁRIO
LAZER
VESTIÁRIOS
CAFÉ ÁGUA
DEPÓSITO DEPÓSITO
ARQUIBANCADA
FOYER MÍDIA
CAMINHOS
CICLOFAIXA
REUNIÕES
CONVIVÊNCIA PALCO
PRESERVAÇÃO
SOCIETY
PISCINAS
PAVILHÃO CONCHA ACÚSTICA
PAISAGISMO
VEGETAÇÃO
QUADRAS
PISTAS
COPA QUADRAS
CULTURA BAIRROS
GINÁSIO
REESTRUTUTURAÇÃO. INTEGRAÇÃO.
ESPORTE VIAS
CONEXÃO Figura 181: Diretrizes projetuais e programa de necessidades. Fonte: Elaboração própria, 2018.
QUALIFICAÇÃO
CAFÉ
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5.5 REFERÊNCIAS PROJETUAIS Além dos estudos de casos e demais critérios já estabelecidos que auxiliarão na implementação do conjunto, também se faz necessário o uso de elementos arquitetônicos com o objetivo de nortear as concepções técnicas e projetuais das edificações que constituirão o complexo. Sendo assim, buscou-se uma definição consensual entre os mesmos, especialmente em parâmetros estéticos, destacados pelos aspectos de clareza e equilíbrio de seus volumes e formas definidos através da funcionalidade de cada programa. ·
Pavilhão do Brasil
Concebido para o concurso “Pavilhão do Brasil” na Expo Milão em 2015, o projeto do escritório Studio MK27 tinha como proposta a conscientização pública acerca da importância da produção agrícola no país e da compreensão das tecnologias que englobam a temática.
Figura 182: Pavilhão do Brasil, Expo Milão. Fonte: Studio MK27, 2015.
·
Centro Poliesportivo da Cal Maritime
Desenvolvido em 2014 pelo escritório WRNS Studio, o centro poliesportivo atende mais de 1200 cadetes da Marinha Americana residentes na cidade de Vallejo, Califórnia. Seus mais de 3.700 m² abriga um ginásio oficial da Liga Americana de Basquete e amplas áreas de treinamento e condicionamento físico, além de uma piscina olímpica.
Figura 183: Centro Poliesportivo de Cal Maritime. Fonte: Jeremy Bittermann, 2014.
121
·
Expominas
Concluído em 2006, quase 10 anos após os inícios das obras, o parque de exposições de Belo Horizonte, autoria de Gustavo Penna, abriga uma excessiva demanda de exposições e eventos de diversas naturezas. O projeto chama a atenção pelos traços diretos e objetivos que definem as formas do conjunto de quase 72 mil m².
Figura 184: Expominas. Fonte: Jomar Bragança, 2006.
·
Concha acústica de Bello Monte
Localizada no município de Baruta, distrito de Caracas, Venezuela, a concha acústica fio projetada em 1950 pelo arquiteto Julio Volante e concluída quatro anos depois, sob a ditadura do general Marcos Pérez Jiménez. Utilizada desde a sua inauguração para a realização de shows, festivais e eventos dos mais variados tipos, a construção não é utilizada desde 2012 em razão da crise que assola o país.
Figura 185: Concha acústica de Bello Monte. Fonte: Sandra Lego, 2007.
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5.6 PLANO DE MASSAS E ESBOÇOS Dada a definição dos componentes arquitetônicos que farão parte do complexo, como o pavilhão de exposições, concha acústica e o ginásio poliesportivo, faz-se necessário a concepção dos mesmos através de esboços e do plano de massas do próprio parque.
5.6.1 PAISAGISMO O contexto do local em que o conjunto será estabelecido, como já proferido, determina as soluções relacionadas acerca da sua espacialidade e setorização. A começar pelo componente protagonista do projeto, o paisagismo. Neste, as condições físicas e naturais do terreno possibilitam a criação de um lago artificial na região mais baixa do mesmo, caminhos dos mais variados tipos, assim como, a constituição de um bosque aos limites da área com o condomínio vizinho, bem como, na superfície mais acidentada do local. Na parte mais alta (face norte), será implementada uma vegetação mais baixa, já no perímetro oeste, defronte à rodovia, faz-se necessário a instauração de plantas de médio porte, pois, além da demarcação do perímetro, neste caso, a intenção é possibilitar a contemplação do parque por aqueles que trafegam pela autoestrada, contudo, nas proximidades de cada edificação, a ornamentação paisagística contribuirá à definição estética de cada unidade. GINÁSIO RENQUE
FORRAÇÃO
DESCAMPADO CONCHA ACÚSTICA
MARCO
ACESSOS
PAVILHÃO BOSQUE
MÉDIO PORTE
FRUTÍFERAS ÁREA ESPORTES
QUIOSQUES LAGO ARTIFICIAL ORNAMENTAÇÃO
Figura 186: Plano de massas. Fonte: Elaboração própria, 2018.
sem escala
123
5.6.2 ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS Na concepção projetual de cada edificio, buscou-se a constituição de uma arquitetura que potencializasse os benefícios do conjunto como um todo, promovendo áreas de integração, promoção cultural, esportivas, e principalmente, a viabilização de espaços que propiciem a fruição e contemplação da paisagem. A flexibilidade dos tipos de usos são promovidos através da qualificação entre as áreas internas e externas, que por sua vez, acarretam em ambientes livres, e dessa forma, aproveitam melhor o sítio em que cada edificação será instalada. Vale ressaltar que, cada construção, tem por objetivo a demarcação de cada setor, o que a torna um ponto referencial em meio ao complexo, além disto, é imprescindível o uso de formas que possuem, entre si, uma arquitetura coesiva, possuindo uma mesma linguagem apesar das suas finalidades distintas.
·
Pavilhão de exposições
ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA
ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA
PERSPECTIVA
Figura 187: Esboço pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
COBERTURA
124
·
Concha acústica
ELEVAÇÃO POSTERIOR
ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA
PERSPECTIVA
ELEVAÇÃO FRONTAL
Figura 188: Esboço concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
COBERTURA
125
·
Ginásio esportivo
ELEVAÇÃO FRONTAL
ELEVAÇÃO POSTERIOR
ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA
PERSPECTIVA
Figura 189: Esboço ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
COBERTURA
6 PROJETO
Figura 190: PortĂŁo de um parque. Fonte: Artem Bali, 2018.
128
6.1 PAISAGISMO
12 15
13
11
10 6
14
9 5 8
7
4
Figura 191: Projeto paisagístico. Fonte: Elaboração própria, 2018.
129
ACESSO 01 1 PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES 2 LAGO ARTIFICIAL 3 QUIOSQUES 4 MIRANTE 5 SANITÁRIO 6 ESPORTES 7 ACESSO 02 8 ESTACIONAMENTO 9 ACESSO 03 10
ACESSO 04 ACESSO 05 GINÁSIO PLAYGROUND ACESSO 06 CONCHA ACÚSTICA CICLOFAIXA ESCULTURA BOSQUE ESTACIONAMENTO
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
17
18
16
19
20 3
2
1
00
50 m
130
ESPÉCIES Devido ao fato de se adaptarem facilmente ao clima da região, a vegetação utilizada no parque, são, em sua maioria, espécies tropicais, sendo estas, dos mais variados arquétipos. Ao longo de todo o complexo, a composição de árvores densas e de grande porte, utilizadas em pontos estratégicos, possibilitaram a definição setorial, formação de extensas áreas de sombreamento, que por sua vez, permitem uma maior permanência de seus usuários, além de viabilizar a constituição de barreiras acústicas, sobretudo, visuais. Em determinados espaços, em especial, os arredores das edificações, o uso das vegetações ornamentais e de médio porte, favoreceram não só a arquitetura, como também, a concepção de ambientes direcionados à contemplação. Já nos descampados, foi necessário o uso de gramíneas em conjunto de marcos visuais a fim de preservar a escala humana, criar espaços de aglomerações e pontos de referência em meio ao parque.
131
Nome popular
Agave - dragão Nome cientico
Agave attenuata Porte
1,2 a 1,8 metros Família
Agavaceae Classe
Liliopsidas Figura 192: Agave - dragão. Fonte: Telma Barroso, 2015.
Figura 193: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Agave - pulquero Nome cientico
Agave salmiana Porte
1,5 a 3,40 metros Família
Asparagaceae Classe
Magnoliopsida Figura 194: Agave - pulquero. Fonte: Francisco Terrazas, 2015.
Figura 195: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Alamanda - amarela Nome cientico
Allamanda cathartica Porte
1,2 a 2,4 metros Família
Apocynaceae Classe
Magnoliopsida Figura 196: Alamanda - amarela. Fonte: Edilson Giacon, 2016.
Figura 197: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Alecrim Nome cientico
Rosmarinus ofcinalis Porte
0,6 a 0,9 metros Família
Lamiaceae Classe
Magnoliopsida Figura 198: Alecrim. Fonte: Carlos Ferreira, 2007.
Figura 199: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
132
Nome popular
Ameixa - amarela Nome cientico
Eriobotrya japonica Porte
Até 10 metros Família
Rosaceae Classe
Magnoliopsida Figura 200: Ameixa - amarela. Fonte: Karen Coelho, 2017.
Figura 201: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Amoreira Nome cientico
Morus nigra Porte
3 a 12 metros Família
Moraceae Classe
Magnoliopsida Figura 202: Amoreira. Fonte: Gil Fuka, 2012.
Figura 203: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Aroeira Nome cientico
Schinus terebinthifolius Porte
6 a 9 metros Família
Anacardiaceae Classe
Magnoliopsida Figura 204: Aroeira. Fonte: Bill Navez, 2006.
Figura 205: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Arvore - do - viajante Nome cientico
Ravenala madagascariensis Porte
6 a 12 metros Família
Strelitziaceae Classe
Monocotiledónea Figura 206: Arvore - do - viajante. Fonte: Ana Monteiro, 2014.
Figura 207: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
133
Nome popular
Bananeira - d’água Nome cientico
Thyponodorum lindleyanum Porte
1,8 a 3,6 metros Família
Aracaceae Classe
Liliopsida Figura 208: Bananeira - d’água. Fonte: Roberto Wagner, 2015.
Figura 209: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Bananeira - ornamental Nome cientico
Musa ornata Porte
2,4 a 3,0 metros Família
Musaceae Classe
Monocotiledónea Figura 210: Bananeira - ornamental. Fonte: Cristina Braga, 2009.
Figura 211: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Baobá Nome cientico
Adansonia gregorii Porte
Acima de 12 metros Família
Malvaceae Classe
Magnoliopsida Figura 212: Baobá. Fonte: Magnus Mundi, 2016.
Figura 213: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Capim - do - texas Nome cientico
Pennisetum setaceum Porte
0,6 a 1,2 metros Família
Poaceae Classe
Monocotiledónea Figura 214: Capim - do - texas. Fonte: Míriam Stumpf, 2017.
Figura 215: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
134
Nome popular
Capim - dos - pampas Nome cientico
Cortaderia selloana Porte
2,4 a 4,7 metros Família
Poaceae Classe
Monocotiledónea Figura 216: Capim - dos - pampas. Fonte: Alessandra Silva, 2012.
Figura 217: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Cássia - imperial Nome cientico
Cassia stula Porte
4,7 a 12 metros Família
Fabaceae Classe
Magnoliopsida Figura 218: Cássia - imperial. Fonte: Eliane Rodrigues, 2013.
Figura 219: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Falsa - vinha Nome cientico
Parthenocissus tricuspidata Porte
Até 20 metros Família
Vitaceae Classe
Magnoliopsida Figura 220: Falsa - vinha. Fonte: Gabriela Trama, 2018.
Figura 221: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Grama - amendoim Nome cientico
Arachis repens Porte
0,1 a 0,3 metros Família
Fabaceae Classe
Magnoliopsida Figura 222: Grama - amendoim. Fonte: Alanna Maia, 2016.
Figura 223: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
135
Nome popular
Grama - esmeralda Nome cientico
Zoysia japonica Porte
Menos de 0,15 metros Família
Poaceae Classe
Monocotuledónea Figura 224: Grama - esmeralda. Fonte: Arlete Neme, 2017.
Figura 225: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Ipê - amarelo Nome cientico
Handrohantus albus Porte
Até 30 metros Família
Bignoniaceae Classe
Magnoliopsida Figura 226: Ipê - amarelo. Fonte: James Deann, 2009.
Figura 227: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Ipê - rosa Nome cientico
Handrohantus heptaphyllus Porte
Até 35 metros Família
Malvaceae Classe
Magnoliopsida Figura 228: Ipê - rosa. Fonte: Mauro Halpern, 2007.
Figura 229: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Jabuticabeira Nome cientico
Plinia cauliora Porte
10 a 15 metros Família
Myrtaceae Classe
Magnoliopsida Figura 230: Jabuticabeira. Fonte: Franscisco Souza, 2011.
Figura 131: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
136
Nome popular
Ninho - de - pássaro Nome cientico
Asplenium nidus Porte
0,3 a 1,8 metros Família
Aspleniaceae Classe
Pteridopsida Figura 232: Ninho - de - pássaro. Fonte: Fátima Cris, 2015.
Figura 233: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Palmeira - azul Nome cientico
Bismarckia Porte
Acima de 12 metros Família
Arecaceae Classe
Monocotiledónea Figura 234: Palmeira - azul. Fonte: Leonardo Miranda, 2012.
Figura 235: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Palmeira - cascata Nome cientico
Chamaedorea cataractarum Porte
Até 2 metros Família
Arecaceae Classe
Liliopsida Figura 236: Palmeira - cascata. Fonte: Luis Cabano, 2015.
Figura 237: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Palmeira - imperial Nome cientico
Raystonea oleracea Porte
30 a 40 metros Família
Arecaceae Classe
Monocotiledónea Figura 238: Palmeira - imperial. Fonte: Magnus Mansk, 2010.
Figura 239: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
137
Nome popular
Palmeira - leque Nome cientico
Licuala grandis Porte
1,8 a 3,6 metros Família
Arecaceae Classe
Monocotuledónea Figura 240: Palmeira - leque. Fonte: Mark Pellegrini, 2009.
Figura 241: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Palmeira - rabo - de -raposa Nome cientico
Wodyetia bifurcata Porte
6 a 9 metros Família
Arecaceae Classe
Liliopsida Figura 242: Palmeira - rabo - de - raposa. Fonte: Rozeni Leopoldina, 2017.
Figura 243: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Palmeira - real Nome cientico
Archontophoenix cunninghamiana Porte
Acima de 12 metros Família
Arecaceae Classe
Monocotiledónea Figura 244: Palmeira - real. Fonte: Raquel Patro, 2013.
Figura 245: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Pau - brasil Nome cientico
Paubrasilia echinata Porte
Acima de 12 metros Família
Fabaceae Classe
Magnoliopsida Figura 246: Pau - brasil. Fonte: João Flávio, 2011.
Figura 247: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
138
Nome popular
Pau - ferro Nome cientico
Libidia ferrea Porte
Acima de 12 metros Família
Fabaceae Classe
Magnoliopsida Figura 248: Pau - ferro. Fonte: Mauro Guanandi, 2008.
Figura 249: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Pau - mulato Nome cientico
Calycophyllum spruceanum Porte
Acima de 12 metros Família
Rubiaceae Classe
Magnoliopsida Figura 250: Pau - mulato. Fonte: Edilson Giacon, 2018.
Figura 251: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Pitangueira Nome cientico
Eugenia uniora Porte
1,8 a 12 metros Família
Myrtaceae Classe
Magnoliopsida Figura 252: Pitangueira. Fonte: Patrick Jarwoski, 2018.
Figura 253: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Piteira - do - caribe Nome cientico
Agave angustifolia Porte
0,6 a 1,2 metros Família
Agavaceae Classe
Monocotiledónea Figura 254: Piteira - do - caribe. Fonte: Rodolfo Klafke, 2018.
Figura 255: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
139
Nome popular
Salgueiro - chorão Nome cientico
Salix babylonica Porte
9 a 12 metros Família
Salicaceae Classe
Magnoliopsida Figura 256: Salgueiro - chorão. Fonte: Jade Forrester, 2004.
Figura 257: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Trombeta - cor - de - rosa Nome cientico
Rosea de tabeluia Porte
Até 12 metros Família
Bignoniaceae Classe
Magnoliopsida Figura 258: Trombeta - cor - de - rosa. Fonte: Mary Edwards, 2010.
Figura 259: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Vedélia Nome cientico
Sphagneticola trilobata Porte
0,1 a 0,3 metros Família
Asteraceae Classe
Magnoliopsida Figura 260: Vedélia. Fonte: Sue Cerqueira, 2018.
Figura 261: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
Nome popular
Washingtonia Nome cientico
Washingtonia liferus Porte
Acima de 12 metros Família
Arecaceae Classe
Liliopsida Figura 262: Washingtonia. Fonte: Mary Groove, 2012.
Figura 263: Representação gráca. Fonte: Vecteezy, 2018.
140
CORTES DO TERRENO
BOSQUE
BAIRRO D.E.R.
Figura 264: Corte expandido do terreno. Fonte: Elaboração própria, 2018.
ESTACIONAMENTO
BAIRRO D.E.R.
G I N Á S I O POLIESPORTIVO
BOSQUE
Figura 265: Corte expandido do terreno. Fonte: Elaboração própria, 2018.
141
L A G O ARTIFICIAL
CONDOMÍNIO FAZ. AREIAS
CONCHA ACÚSTICA
BOSQUE
00
L A G O ARTIFICIAL
30,00 m
CONDOMÍNIO FAZ. AREIAS DESCAMPADO
PAVILHÃO EXPOSIÇÕES
BOSQUE
00
30,00 m
142
6.2 ACESSO PRINCIPAL
Figura 266: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 267: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 268: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
143
Figura 269: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 270: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 271: Acesso principal. Fonte: Elaboração própria, 2018.
144
6.3 PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES
6,20
19,50
1,70
2,45
ESPELHO D’ÁGUA
DEPÓSITO 3,80
7,00
2,00
1,50
2,00
EXPOSIÇÕES
2,95
WC MASC. 4,00
CIRC. 2,60
4,00
2,95
WC FEM.
4,00
14,15
14,15
2,45
7,00
3,80
EXPOSIÇÕES
DML 1,70
6,20
Figura 272: Planta de pavimento - Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
35,45
2,60
5,15
19,50
145
2,10
FUNC. 2,60
WC FEM.
1,90
DEP.
1,10
2,60
CAFÉ
FOYER
CONVIVÊNCIA
2,95
ANTE.
2,60
BILH. 2,10
14,90
00
5,00 m
146
Figura 273: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 274: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 275: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
147
Figura 276: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 277: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 278: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
148
Figura 279: Ciclofaixa e ´pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 280: Ciclofaixa e pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 281: Ciclofaixa e pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
149
Figura 282: Ciclofaixa e pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 283: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 284: Pavilhão de exposições. Fonte: Elaboração própria, 2018.
150
4,90
6.4 CONCHA ACÚSTICA
4,50
CAMARIM 4,00
3,15
WC
1,30
1,60
3,95
21,00
Figura 285: Planta de pavimento - Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
151
TERRAÇO VERDE
24,70
2,30
3,20
3,20
MÍDIA 6,60
4,30
PALCO
2,65
6,40
DEP.
ESPELHO D’ÁGUA
ARQUIBANCADA
00
4,00 m
152
Figura 286: Lago e concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 287: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 288: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
153
Figura 289: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 290: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 291: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
154
Figura 292: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 293: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 294: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
155
Figura 295: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 296: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 297: Concha acústica. Fonte: Elaboração própria, 2018.
156
5,80
5,80
6.5 GINÁSIO POLIESPORTIVO
WC FEM. CIRC. 3,50
1,20
3,50
1,20
CAFÉ
1,75
6,30
ATEND.
1,45
ANT. WC 1,90
COZ.
1,90
3,40
DEP.
1,90
4,40 1,90
8,15
1,90
5,80
5,80
WC MASC.
18,30
Figura 298: Planta de pavimento - Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
QUADRA
ARQ.
34,90
37,00
ARQ.
8,15
8,15
VEST. FEM.
VEST. MASC.
1,00
DML
2,55
30,80
5,85
157
2,20
DEP.
3,10
3,65
6,75
MAQ.
2,00
3,65
2,60 6,75
CIRC.
3,40
3,60
5,70
16,50
ACADEMIA
REUN.
2,40
16,95
25,00
2,30
21,60
11,70
COPA
SEMI - OLÍMPICA
20,00
2,30
00
5,00 m
158
Figura 299: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 300: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 301: Árvore metálica (mirante). Fonte: Elaboração própria, 2018.
159
Figura 302: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 303: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 304: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
160
Figura 305: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 306: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 307: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
161
Figura 308: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 309: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
Figura 310: Ginásio poliesportivo. Fonte: Elaboração própria, 2018.
162
6.7 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS O uso das estratégias bioclimáticas são primordiais mediante a proposta como um todo, a começar pela criação de extensas áreas verdes, que contribuem de maneira significativa a uma melhor taxa de permeabilidade do solo. Nas edificações, o aproveitamento da ventilação cruzada se deu graças às amplas aberturas e vãos que constituem as mesmas, do mesmo modo que contribuem a iluminação natural. A utilização de elementos vazados e transparentes, como é o caso dos brises, muxarabis e das amplas marquises e beirais, muito mais que componentes estéticos, além de estimular esta última, também corroboram à minimização da incidência solar direta nos ambientes. Como auxílio no resfriamento evaporativo, foram instalados espelhos d’água nas imediações de todos os elementos arquitetônicos, sobretudo, na face sudeste de cada edifício, região proveniente dos ventos predominantes no município.
ios
ra ra
ult let
vio
TELHA TERMOACÚSTICA
a
CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL
MUXARABI
ESPELHO D’ÁGUA tos
ven
s
nte
ina
om
d pre
ABERTURAS
Figura 311: Estratégias bioclimáticas (Pavilhão de exposições). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Em todas as coberturas foram instaladas telhas sanduíche, pois, além do excelente desempenho em relação a isolação termoacústica, o seu custo-benefício é superior aos demais modelos em razão de todo o processo envolvido desde a sua criação até a sua instalação. Vale ressaltar que, em todos as edificações, adotou-se o aproveitamento de água pluvial através de calhas e coletores instalados que transportam a mesma até reservatórios internos, para que assim, possa ser utilizada na limpeza dos espaços, bem como na irrigação das vegetações próximas a cada edificação.
163
6.7 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS A escolha dos materiais e sistemas construtivos empregados nas edificações, teve como critério, o uso de utensílios adequados ao clima e a sua produção em escala regional e nacional, assim como, a utilização de mão de obra local, viabilidade técnica e econômica da construção. Dentre os materiais convencionais como madeira, tijolo cerâmico, telhas termoacústicas galvazinadas, concreto armado e as habituais estruturas metálicas utilizadas nas coberturas de cada elemento, o destaque se dá a concha acústica e a estrutura disposta para demarcar o acesso principal do parque, já que, na concepção de ambas, foi necessária a utilização de concreto protendido, em especial à segunda, uma vez que, era necessário vencer seus mais de 30 metros de vão livre. Sendo assim, o processo de execução se dá pela seguinte forma: ·
·
·
·
· · · · · · · ·
Terraplenagem: O terreno passará por pequenas reformulações a fim de ser preparado para a execução dos projetos e dar escoamento as águas pluviais; Fundações: Serão de tijolos cerâmicos assentados em argamassa de saibro e areia, com o fundo da vala fortemente apiloada e impermeabilizada, associado a baldrames e sapatas de concreto armado; Alvenaria: As paredes serão, em sua maioria, executadas em tijolos maciços, blocos cerâmicos, madeira ou concreto; Pisos: Os pisos internos serão confeccionados em cerâmica ou madeira laminada, já os externos, em concreto ou material emborrachado; Cobertura: Constituídas em estrutura metálica, lajes impermeabilizadas e telhas termoacústicas galvanizadas; Revestimentos: Argamassa e impermeabilizantes, além de todas as áreas molhadas serem revestidas até o teto; Esquadrias: Em aço, alumínio ou vidro laminado; Aparelhos sanitários: Desenvolvidos em louça nacional; Hidráulica: Distruibuição em tubos de PVC; Elétrica: Geral embutida desde o medidor. Todos os ambientes serão providos de pontos de luz e interruptores; Esgoto: Todo o depósito será ligado com tubos de PVC, com declividade mínima de 3% à rede geral; Pintura: Interna e externamente à base de látex, sendo necessária duas demãos.
7 CONCLUSĂƒO
Imagem 312: Formiga. Fonte: Phinny Vincent, 2017.
166
Muito além da finalidade em reiterar a necessidade dos espaços públicos em meio ao perímetro urbano, em especial, as áreas verdes, este Trabalho Final de Graduação corroborou, de todas as formas, ao meio acadêmico em diversos aspectos, sobretudo, no objetivo de se criar uma síntese dos aprendizados adquiridos ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo. Todas as etapas envolvidas neste processo, iniciado pela fundamentação teórica, seguida dos estudos de casos e da análise urbana, foram cruciais para um melhor entendimento acerca da temática, possibilitando, através do projeto concebido, o alcance de todos os objetivos propostos desde o princípio. Sendo assim, é válido afirmar que, a finalidade deste procedimento, teve como base o auxílio a uma das inúmeras adversidades que envolvem uma sociedade, possibilitando o contato da mesma à um dos elementos primordiais a existência humana, neste caso, a natureza. Imagem 313: Parque Scheichl em meio a São João da Boa Vista. Fonte: Elaboração própria, 2018.
167
8 BIBLIOGRAFIA
Imagem 314: Mão segurando uma planta. Fonte: Alena Koval, 2018.
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9 ANEXOS (DESENHOS TÃ&#x2030;CNICOS)
Imagem 315: Papel de projeto. Fonte: Pexels, 2018.
178 40 m
R.
35 m
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40 m
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20 m
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LA
PR
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00
15 m
Anexo 01: Desenho técnico (Implantação geral). Fonte: Elaboração própria, 2018.
10 m
05 m
179 25 m
20 m
25 m
20 m
30 m
35 m
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30 m
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35 m
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10 m
05 m
180
24,00
35,45
6,20 2,45
2,00
1,70
DEPÓSITO P-01
3,80
cerâmica +00,05
4,00
0,25
24,00 x 1,40 2,60
20,75
1,50
2,00
2,00
9,65
P-03
7,00
P-01
EXPOSIÇÕES cerâmica +00,05
cerâmica +00,05
2,95
7,00 x 1,00 1,95
WC MASC.
JARDIM
9,65
0,80 x 1,95 0,50
EXPOSIÇÕES
P-03
cerâmica +00,05
P-02
4,00
2,45
P-01
3,80
2,95
7,00 x 1,00 1,95
cerâmica +00,05
P-01
PROJ. COBERTURA
14,15 cerâmica +00,05
+ 00,00
WC FEMIN.
2,60
7,00
B
DIVISÓRIA RETRÁTIL
CIRC.
14,15
15,50
4,00
9,15 x 2,45 0,50
11,50
grama +00,00
4,00
DML
2,00
cerâmica +00,05
35,45
0,25
6,20
20,75
24,00
Anexo 02: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Planta de pavimento). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 03: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Situação). Fonte: Elaboração própria, 2018. A 91,50 75,75
1,50
15,75
proj. cx d'água 1000 lts
TELHADO METÁLICO i = 05%
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
23,00
20,00
23,00
proj. cx d'água 1000 lts
LAJE IMPERMEABILIZADA
B
1,50
B
15,75
75,75 91,50
A
Anexo 04: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Cobertura). Fonte: Elaboração própria, 2018.
181
A 7,00
3,00
9,80
0,50
9,50
0,50
1,38
+ 00,00
14,90
0,50
PROJ. COBERTURA
2,60
0,50
9,50
7,00 x 1,40 2,60
5,10
30,27
2,10
5,15
cerâmica +00,05
CAFÉ
cerâmica +00,05
cerâmica +00,03
CIRC.
cerâmica +00,05
cerâmica +00,00
19,25
FOYER
19,75
1,90
DEP. ANTEC.
1,10
P-01
cerâmica +00,03
B
P-01
cerâmica +00,05
cerâmica +00,05
2,10
0,50
2,60
PROJ. COBERTURA
2,95
ATEND. cerâmica +00,03
5,10
7,00
3,00
9,80
0,50
9,50
A
Anexo 05: Desenho técnico ( Pavilhão de exposições - Elevação E2). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 06: Desenho técnico ( Pavilhão de exposições - Elevação E4). Fonte: Elaboração própria, 2018.
0,50
9,50
0,50
1,38
182
Anexo 07: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Elevação E1). Fonte: Elaboração própria, 2018.
0,50
1,75
Anexo 08: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Elevação E3). Fonte: Elaboração própria, 2018.
1,15
5,05
ESTRUTURA ESPACIAL
0,50
2,60
2,55
~~~Fry-King~~~
(cerâmica) -00,50
3,00
3,95
1,35 0,15
LAJE TÉCNICA
(cerâmica) +00,00
+00,05
1,75 0,55
1,75
Anexo 10: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Corte BB). Fonte: Elaboração própria, 2018.
3,05
0,15 1,15 1,35
0,95
7,60 5,85
2,55 0,18
0,18
0,18 (grama) -03,25
(cerâmica) +00,00
LAJE TÉCNICA
2,60
1,30
ESTRUTURA ESPACIAL
3,30
MUXARABI DE MADEIRA
7,60
1,75
Anexo 09: Desenho técnico (Pavilhão de exposições - Corte AA). Fonte: Elaboração própria, 2018.
(cerâmica) +00,05
183
lica i = 5%
perfil natural do terren
o
0,18
0,18
(cerâmica) +00,00
0,18
cobertura metá
(grama) -02,20 (concreto) -03,00
cobertura metálica i = 5%
0,15 1,00
1,00 1,00
1,00
perfil natural do terreno
(grama) +00,00
0,90
2,80
1,05
2,45 2,10
(cerâmica) +00,05
0,50
3,45
3,95
1,85
0,50
laje impermeabilizada i = 1%
(cerâmica) +00,05
(grama) +00,00
184
23,60
0,20
14,75
3,20
0,30
4,20
3,00
JARDIM
4,90 x 1,00 1,80
6,40
cerâmica +00,00
1,30 x 1,00 1,80 0,45
A
3,00
21,80
Anexo 11: Desenho técnico (Concha acústica - Planta de pavimento). Fonte: Elaboração própria, 2018.
9,00 PROJ. COBERTURA
21,50 0,20 9,00
WC MASC.
P-02
0,30
3,50
4,20 0,30
4,50
WC FEMIN.
0,25
9,00
3,50
9,00 P-02
0,20 1,20
4,20
0,20
ATERRO
B
Anexo 12: Desenho técnico (Concha acústica - Planta de pavimento inferior). Fonte: Elaboração própria, 2018.
4,50
0,25 1,20
18,20 x 0,50 1,60
B
185
B 2,60
2,60
17,50
3,00
2,20
PROJ. COBERTURA
4,20
TERRAÇO VERDE
0,30
vegetação -00,05
5,20
17,50
2,00
1,15
6,40 x 1,00 1,80
2,30 9,80
P-01 P-01
4,50
3,20 x 1,00 1,80 14,75
cerâmica +00,05
3,20
MÍDIA
6,40
3,20
PAINEL RETRÁTIL
4,30
CAMARIM 2,00
cerâmica +00,05
cerâmica +00,05
7,07
1,85
1,60
ARMÁRIO
6,60
cerâmica +00,00
3,95
DEPÓSITO
PALCO
4,00
cerâmica +00,05
2,40 cerâmica +00,03
2,65
3,15 PROJ. COBERTURA
21,00
Anexo 13: Desenho técnico (Concha acústica - Situação). Fonte: Elaboração própria, 2018.
A
3,45
N
B
0,45
WC
186
Anexo 14: Desenho técnico (Concha acústica - Elevação E2). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 15: Desenho técnico (Concha acústica - Elevação E1). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 16: Desenho técnico (Concha acústica - Elevação E3). Fonte: Elaboração própria, 2018.
187
Anexo 17: Desenho técnico (Concha acústica - Elevação E4). Fonte: Elaboração própria, 2018.
0,50
3,95
6,90
7,30
2,85
188
(concreto) +00,00
0,50
6,00
6,05
7,55
0,50
(concreto) +05,50
0,50
1,50
Anexo 18: Desenho técnico (Concha acústica - Corte AA). Fonte: Elaboração própria, 2018.
(cerâmica) -00,50
Anexo 19: Desenho técnico (Concha acústica - Corte BB). Fonte: Elaboração própria, 2018. B 54,50 2,20
0,30 14,75 9,80
9,80
14,75
0,30
3,05
LAJE IMPERMEABILIZADA
3,05
1,15
23,10
1,15
29,20
0,45
A
0,45
LAJE IMPERMEABILIZADA
24,80
29,70 54,50
B
Anexo 20: Desenho técnico (Concha acústica - Cobertura). Fonte: Elaboração própria, 2018.
A
0,40
189
(cerâmica) +00,00
0,85
0,15
(cerâmica) +00,03
2,10
4,45
2,80
4,45
6,50
0,15
3,55
3,40
2,05
laje impermeabilizada i = 1%
(cerâmica) +00,05
10,25
3,95 (cerâmica) -02,65
3,20
0,50 0,90 0,70
2,50
0,40
0,50
4,45
3,95
laje imperm. i = 1%
0,50
2,60
perfil natural do terreno
(oncreto) -02,65
(lago) -04,65
190
B 62,25 2,00
2,20
P-05
8,15
8 7 6 5 4 3 2 1
VEST. FEMIN.
cerâmica -01,37
cerâmica -01,37
2,60
5,80
6,75
CIRCULAÇÃO
rampa sobe i = 8%
cerâmica +01,53
rampa sobe i = 8%
WC FEMIN.
8,15
VEST. MASC.
3,65
5,80
5,70 x 1,00 1,80
8,15
P-01
30,80
16 15 14 13 12 11 10 9
0,20
8,40
+ 00,00
PROJ. COBERTURA
2,25
5,35
8,15 x 1,00 1,80
11,70
P-01
13,50
8,15 x 1,00 1,80
0,25
cerâmica +00,10
CIRCULAÇÃO
cerâmica -01,35
16,50
P-03
P-06
COPA
cerâmica +00,15
6,30
cerâmica +00,13
P-03
cerâmica -01,35
3,70
2,85
2,85 x 3,00 0,50
WC
ANTEC.
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
1,90
cerâmica +00,15
4 3 2 1
1,45 1,90
P-02
P-02
cerâmica +00,15
1,70
ATEND.
COZINHA 1,90
1,90
DEPÓSITO cerâmica +00,15
8 7 6 5
1,75
3,40
P-02
4,40
8,15
P-02
12 11 10 9
2,40 x 0,50 1,00
16 15 14 13
3,50 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
REUNIÕES
3,70 x 3,00 0,50
cerâmica -01,35
5,70
cerâmica +00,10
cerâmica +01,53
5,70
LANCHONETE
WC MASC.
5,70 x 1,00 1,80
CIRCULAÇÃO
P-01
cerâmica +01,55
S
11,70
1,20
S
P-01
P-01
CIRCULAÇÃO
1,20 5,70
5,70
11,70
cerâmica -01,35 P-01
3,50
18,30
5,00 x 9,10 0,20
56,40
5,00 x 9,10 0,20
5,00 x 9,10 0,20
A ARQUIBANCADA
ARQUIBANCADA 37,00
37,00
QUADRA POLIESPORTIVA 34,90
39,45
cerâmica +01,55
CIRCULAÇÃO cerâmica -01,40
cerâmica -04,40
5,00 x 9,10 0,20
5,00 x 9,10 0,20
5,00 x 9,10 0,20
5,00 x 9,10 0,20
P-04
26,45
PROJ. COBERTURA
20,00
3,80
2,00
1,00
+ 01,45
5,10
3,05
22,35
31,50
0,25
62,25
B Anexo 21: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Planta de pavimento). Fonte: Elaboração própria, 2018.
191
N 3,60
0,20
1,00
2,60
3,20
3,65
3,65
DML 1,00 P-02
cerâmica -01,35
2,55
P-02
1,92
3,60 x 1,00 1,80
0,20
5,85
cerâmica -01,35
4,00
2,20
DEPÓSITO 6,75
2,00
cerâmica -01,35
3,40
12,35
3,60
5,70
P-03
3,10
CASA MÁQUINAS
ACADEMIA cerâmica -01,35
2,40
3,55 x 3,00 0,50
16,95
Anexo 22: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Situação). Fonte: Elaboração própria, 2018.
56,15
2,30
B 0,25
62,30
27,20
3,25 2,20
31,60
A 36,90
25,00
21,60
TELHADO METÁLICO i = 05%
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
proj. cx d'água 1000 lts
5,95
12,35
ABERTURA ZENITAL
56,40
56,40
TELHADO METÁLICO i = 05%
A
A
7,75
4,75
0,25
25,00
2,30
6,15
MUXARABI DE MADEIRA
0,25
31,62
62,55
30,68
B
Anexo 23: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Cobertura). Fonte: Elaboração própria, 2018.
192
Anexo 24: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Elevação E1). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 25: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Elevação E2). Fonte: Elaboração própria, 2018.
193
194
Anexo 26: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Elevação E3). Fonte: Elaboração própria, 2018.
Anexo 27: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Elevação E4). Fonte: Elaboração própria, 2018.
195
196
i = 5%
0,70
0,70
2,00
cobertura metálica
(cerâmica) +01,55
1,10
(grama) +02,00
perfil natural do
terreno
(concreto) +01,65
ESTRUTURA ESPACIAL
10,00
9,30
0,70
2,00
Anexo 28: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Corte AA). Fonte: Elaboração própria, 2018.
(cerâmica) +01,55
perfil natural do terreno
Anexo 29: Desenho técnico (Ginásio poliesportivo - Corte BB). Fonte: Elaboração própria, 2018.
0,20
4,00
3,30
0,50
0,50
10,00
5,80
12,00
6,00
ESTRUTURA ESPACIAL
4,95
5,15
(grama) -02,50
3,00
3,00
1,10
1,00
0,50
(cerâmica) -04,40
0,70 5,35
6,05
3,85
0,70
2,00
cobertura metálica i = 5%
MUXARABI DE MADEIRA
(pastilha) -04,40
0,15 2,25 3,00
1,10
5,25
2,30
0,50 0,50
1,30
13,65
0,20
CX. D'ÁGUA 1000 LTS
(cerâmica) +00,15
1,10
2,80
1,10
0,50
4,40 (cerâmica) -01,40
(cerâmica) +00,10
(concreto) +00,00
(concreto) +00,00
~~~Fry-King~~~
0,50
1,25
8,85
MUXARABI DE MADEIRA
197
FIM