Centro de Tecnologia e Urbanismo/ Departamento de Arquitetura e Urbanismo
PARQUE DO BATALHÃO
MASTERPLAN PARA PARQUE URBANO CENTRAL EM FOZ DO IGUAÇU
Trabalho Final de Graduação Interdiscipliniar, orientado por Prof. Dr. José Luiz Faraco
Lucas Gabriel Della Preve Londrina, 2019
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
BANCA EXAMINADORA
Lucas Gabriel Della Preve
PARQUE DO BATALHÃO
Orientador, Prof. Dr. José Luiz Faraco Universidade Estadual de Londrina, Uel
MASTERPLAN PARA PARQUE URBANO CENTRAL EM FOZ DO IGUAÇU Componente da banca Universidade Estadual de Londrina, Uel
Componente da banca Universidade Estadual de Londrina, Uel Londrina,
de
de
.
Dedico este trabalho aos meus pais e aos iguaçuenses que ainda estão por vir.
DELLA PREVE, Lucas. Parque do Batalhão Masterplan para Parque Urbano Central em Foz do Iguaçu. 2019. 239 p. . Trabalho Final de Graduação Interdisciplinar. Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2019.
RESUMO Projeto de parque urbano para o centro da cidade de Foz do Iguaçu, onde atualmente se situa o 34° Batalhão de Infantria Mecanizada, unidade militar que há pouco mais de cem anos promoveu uma urbanização insipiente, que deu origem à cidade. O batalhão permanece no mesmo lugar desde sua instalação, mas a ocupação urbana cresceu em volta e pr’além dele. Hoje, em posição central, a área de aproximadamente 120 hectares instiga imaginar possibilidades do que mais poderia acontecer ali. Uma grande e valiosa área central, cerceada por importantes avenidas e equipamentos, mas ainda de uso restrito. Este projeto nasce da inquietação de se conceber tal espaço, tão potente, desconectado das dinâmicas da cidade.
Palavras-Chave: Parque Urbano. Parque Central. Espaços Livres. Paisagismo.
DELLA PREVE, Lucas. Parque do Batalhão Masterplan para Parque Urbano Central em Foz do Iguaçu. 2019. 239 p. . Trabalho Final de Graduação Interdisciplinar. Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2019.
ABSTRACT Landscape project in Foz do Iguaçu’s downtown. The urban park takes places of a military area which has promoted a small urbanization arround a hundred years ago. This Battalion remais in the same place, although the urban space has grown arround and beyond it. Today, in central position in city, the area of nearby 120 hectares instigate thinking of many possibilities of appropriation. A huge and rich central area surrounded by significant avenues and urban equipments, but still under restricted use. This project rises over the restlessness of understand such space, so powerful, disconnected of the city’s dynamics.
Palavras-Chave: Landscape Design. Urban Park. Central Park. Free Space.
“ Enquanto caminhamos somos inspirados” Jan Gehl
AGRADECIMENTOS Em Foz do Iguaçu me foram solícitos e a eles sou muito grato pela consideração e ajuda: A Secretaria Planejamento e Captação de Recursos do Município de Foz do Iguaçu, representado pelo secretário José Teodoro Oliveira; e ao tenente-coronel Pontes (e equipe) do 34° Batalhão de Infantria Mecanizado de Foz do Iguaçu, pela visita guiada. Devo muito o que sei e de como projeto ao corpo docente da Universidade Estadual de Londrina, que me encaminharam a um pensar (e olhar) de arquiteto e urbanista. Sempre disponíveis para consultas, a eles sou grato. Especialmente ao meu orientador José Luiz Faraco, que foi acolhimento e coragem, que acreditou no meu trabalho e debrussou junto sobre o tema. Também devo mencionar o prof. dr. Guilherme Aita Pippi, pela ajuda bibliográfica e meus amigos pelas trocas, pelas participações no processo, mas principalmente por me ajudarem a enxergar Lucas neste trabalho. Heloisa Cizeski, esse trabalho não teria acontecido assim sem você. Por fim, minha maior graça, a quem serei eternamente lisonjeado: meus pais, Por absolutamente tudo que fizeram por mim (e antes de mim) para que eu pudesse chegar até aqui e esse trabalho pudesse ser gerado. Os únicos pais possíveis, obrigado.
SUMÁRIO
Prefácio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X Estruturação do Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI
1. APURAÇÃO DA MORFOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
4. SÍNTESE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
1.1. Aproximação Geográfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.2. Aproximação Histórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.3. Aproximação Urbanística. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.4. Área de Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 1.5. Apuração Normativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
2. APURAÇÃO DE CORRELATOS. . . . . . . . . . . . . . . . . 65 2.1. Exemplares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 2.2. Referências Pontuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 2.3. Correlatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 2.4 Estudo de Caso Especial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 2.5. Depuração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
3. APURAÇÃO DE CONCEITOS. . . . . . . . . . . . . . . . . .111
Paisagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Ecologia da Paisagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Parques Urbanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 Mobilidade Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 Espaço Livre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Escala do Pedestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Biofilia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Brincar, herança natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Espírito de Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
4.1. Escala da Vizinhança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 4.2. Escala da Implantação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 4.3. Escala do Pedestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
5. PROJETO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 5.1. Reflexão & Partido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 5.2. A Vizinhança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 5.3. A Implantação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 5.4. Os Trechos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
6. CONCLUSÕES. . . . . . . . . . . . . . . . 221 7. CRÉDITOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 Lista Bibliográfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .226 Lista de Tabelas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 Lista de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
8. APÊNDICES. . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
X
PREFÁCIO
F
oz do Iguaçu tem pouco mais de 100 anos de fundação, mas sua expressiva urbanização (e portanto, apropriação do seu território) se deu a partir da década de 70 com a construção da hidrelética de Itaipu. A construção da então maior hidrelétrica do planeta ofereceu milhares de empregos desde auxiliares de obra, a engenheiros, sem contar uma expressiva população que veio servir de aparato a esses trabalhadores para uma vida urbana: padeiros, banqueiros, produtores rurais, marceneiros, etc. Formava-se então uma grande expectativa de prosperidade sobre a cidade, que passou a ser habitada por milhares de pessoas (especialmente vindas do interior dos estados do sul) em busca de um futuro melhor. Esse sentimento ainda paira sobre Foz, que atualmente passa a viver muitas implicações sociais e políticas -portanto urbanas- dessa energética ocupação. Passou o tempo, as pessoas se instalaram, famílias foram criadas sobre esse chão, e começaram a nascer as primeiras gerações de iguaçuenses dessa “nova” Foz do Iguaçu, das últimas décadas do século XX. O município foi ganhando forma e equipamentos cívicos, de educação e sáude foram instalados para absorver as demandas básicas citadinas. Mesmo assim a cidade ainda carece muito de infraestrutura pública, bem como de espaços livres, particularmente na região central (área de estudo), por onde se possa praticar atividades físicas, passear nos fins de semana, etc. Lugares assim, que absorvam atividades lúdicas ou que minimamente não tenham ligação direta com fins utilitários, por onde se possa passar o tempo a lazer e se esgotar a imensa energia do iguaçuense no extraturno.
XI Paralelamente a região de maior intensidade de usos da cidade ainda dedica um enorme espaço a uma unidade militar, a mesma que motivou a migração dos primeiros iguaçuenses. O 34° Batalhão de Infantria Mecanizado ocupa um grande quarteirão no miolo de Foz. Historicamente já compôs uma área muito maior, a qual já foi parcelada e consumida pelos veios urbanos. Uma grande reserva ambiental resguarda a população das atividades militares que ali se realizam. Pouco mais de 15 hectares são efetivamente ocupados com os espaços utilizados pela brigada, fazendo crer que é excessivamente desproporcional o valioso espaço central que se tem para o uso que se corresponde. Partimos do pressuposto que o centro de uma cidade da expressão de Foz do Iguaçu, dada a realidade atual, já não é o melhor lugar para um batalhão da infantria militar, reserva de ferramentas e entendências bélicas. De fato, o exército militar tem intenções de sair do seu local atual e já possui outra propriedade mais afastada do centro da cidade, localizada pela BR-469, popularmente conhecida como Rodovia das Cataratas. A dimensão do batalhão e seus elementos visuais são marcantes e habitam no imaginário coletivo do iguaçuense, que o vive a circundar diariamente (e imaginar o que tanto acontece do lado de dentro dos muros). O grande quarteirão é cercado pelas mais importantes avenidas iguaçuenses, que escoam o fluxo diário na direção norte-sul e centro-leste. Por conseguinte, avenidas que
Figura 01 - Vista aérea região central Foz • Fonte: Skyscrappercity
XII
recebem importantes equipamentos, como hipermercados, o principal terminal de transporte coletivo da cidade, zoológico, equipamentos cívicos, shopping center, etc. Apesar disso, a área tem apresentado características de estagnação, tanto por um comércio incompatível com um centro vivo, quanto por uma ocupação habitacional desproporcional à infraestrutura disponível. Abrir esse núcleo e torná-lo inteligível (e principalmente tangível), prenuncia um enorme potencial de alavancar um revigoramento de toda aquela porção central para e por seus cidadãos. Paralelamente, a população residente de Foz vive como verdadeiros espectadores de gestões públicas imensamente dedicadas a demandas turísticas dos milhões de viajantes que vêm passar de três a quatro dias na Terra das Cataratas. E, se as disfunções de uma cidade latinoamericana comum já são uma tempestade densa e difícil de se transpor, a especulação turística, paralela à presença de instituições federais importantíssimas (como a Itaipu, universidades, o Parque Nacional do Iguaçu, etc) tornam ainda mais extenso o longo caminho para cidades saudavelmente habitáveis. Talvez fosse possível alavancar a vitalidade daquele trecho do centro de Foz com uma ou outra grande obra de arquitetura, mas a área oferece suporte e infraestrutura suficiente para imaginar
Figura 02 - Circundar os muros do Batalhão• Fonte: Autor
XIII um sistema de espaços livres que “abrilhante uma vida urbana em potencial” (GEHL, 2010, p.22) e proporcione condições de um saudável desenvolvimento civilizador. Tal qual, apoiado por Huet (2001, p.151), seria uma demanda sensível mais emergente e básica que pregar o esmero (obviamente também importante) por obras arquitetônicas de altíssima qualidade. Os motivos de escolher o redesenho desta área são únicos e certamente teria maior impacto resolver esse território subutilizado, localizado no coração da cidade, que imaginar novos espaços. Acredita-se que Foz tenha potencial de absorver tal proposta. O projeto nasce da inquietação do arquiteto, ao olhar tamanho espaço rico e potente, ainda desconectado da cidade. Para esse fim, logo em um primeiro momento se faz necessária a retirada do Batalhão, a readequação da área e juntamente instigar uma oxigenação das atividades cotidianas da porção centro-norte de Foz. E, desse modo, dar foco à qualidade de vida urbana da população residente, tendo claro que esse deve ser o sujeito central pelo qual se aprimora a vitalidade de uma cidade (VARGAS,2006 , p46). Dessa vez o sujeito central é o residente local, não o visitante.
Figura 03 - Quadra cheia ao arredores do Batalhão • Fonte: Autor
XIV Entende-se que proporcionar melhores condições para uma aproximação afetiva com a terra que se habita seja um bom passo em direção a um sentimento de pertencimento local. Um lugar comum onde se possa ver e ouvir o outro comum, mesmo que passivamente, compilando assim uma biblioteca de rostos, cores, comportamentos, enfim, uma série de informações que permitirão o autorreconhecimento nos conterrâneos e fortalecimento de laços com seu território (GEHL, 2010, p23). Finalmente, esse trabalho de conclusão de curso busca integrar essa área nas dinâmicas da cidade, por projetar um espaço público de usufruto coletivo da população local. Ao fazer uso da rica infraestrutura urbana disponível, olha-se cuidadosamente para seus importantes espaços livres, para que não se feche o projeto da paisagem de Foz, mas inaugure um novo ponto na sua linha evolutiva (MACEDO, 2002). Ao passo que se desenvolva esse cenário compartilhado, memórias iguaçuenses serão concebidas e, não só a área central, mas cidade toda vai descobrir em si um valioso órgão para vibrar ainda mais forte.
Figura 04 - Festividade local na Av. Paraná • Fonte: Flickr PMFI
XV
XVI
ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO A seguir são listados e descritos os passos dados ao longo desse trabalho. Ordem não necessariamente seguida a rigor, algumas ações podem ter acontecido simultaneamente. A) Transcrição de primeiras ideias e monólogos; Esse foi um aparato criado a fim de sistematizar ideias que foram anotadas durante meses de digestão e imersão do tema. A priori, pequenos cadernos de anotação receberam insights, citações, paráfrases e croquis que revelavam pouco a pouco a natureza do interesse em fazer tal projeto. Em um segundo momento, os cadernos foram enxugados e transcritos em papeizinhos separados por cor de acordo com o suas características. Assim surgiu o primeiro esboço da estrutura desse volume teórico. As informações foram categorizadas de acordo com sua utilidade para o trabalho. Em um primeiro bloco: Leituras, pesquisas e referências bibliográficas; ao segundo: Intenções projetuais, conceitos e pontuações sobre a diagramação; ao terceiro bloc: Mapas de levantamentos a serem feitos e referências projetuais; por fim, no quarto bloco: Diretrizes preliminares para as escalas macro, meso e micro. Depois de sistematizadas, as informações ganham um corpo digital que passa por um processo sintático até tomar forma narrativa e enfim compor concretamente o corpo do trabalho. B) Estudo bibliográfico e apropriação de conceitos, teorias e metodologias; Leitura de livros, trabalhos finais similares e artigos sobre paisagem e conceitos tangentes. Além desses, foram absorvidas teorias, metodologias e referências de projetos (a serem aplicadas e a serem evitadas). C) Estruturação da narrativa do trabalho; Após um grande levantamento de informações e argumentos, hou-
XVII ve a necessidade de ordená-las a fim de dar corpo narrativo. O objetivo é tornar a compreensão do objeto de estudo mais clara, por isso um cuidado na ordem de aparição das informações. Para auxiliar nesse processo, foi feito um Plano de Trabalho, com as estimativas preliminares. D) Levantamento iconográfico e de dados; Uma extensa leitura do conjunto local é realizada. O parque deverá nascer do próprio contexto, como quem existira no mundo em seu lugar porque apenas alí tivera tais condições para assim ser. Desse modo, o desenho urbano não só influi, mas define o parque. O que trouxe a necessidade da apuração de mapas, censos, dados, fotos aéreas, documentos, Plano Diretor e demais ferramentas do planejamento urbano relacionadas ao objeto de estudo. E) Escolha das escalas de trabalho; Primeiramente, uma seleção de escalas de mapas para diagnósticos: Escalas da cidade, setorial e local, de acordo com o impacto dos ítens investigados. Em seguida, uma seleção de escalas de mapas para o desenvolvimento das intervenções, embasado por outros trabalhos finais e por projetos de ateliê integrado da Universidade Federal de Santa Maria: Escalas Macro, Meso e Micro. As quais Gehl (2010) chama de escala urbana (equivalente à denominada escala Macro), escala de implantação (equivalente à Meso) e escala do pedestre (Micro). A Escala Urbana (Macro) é caracterizada por uma leitura muito longíqua, facilitada pela cartografia de mapas urbanos, diz sobre os bairros, suas funções e instalações de tráfego. A Escala de implantação (Meso) trata da organização dos edifícios e espaços públicos, partindo da visão de uma grande maquete ou de um helicóptero. E por fim, a Escala humana (Micro) diz respeito ao que está ao nível dos olhos do pedestre. (GEHL, 2010, p195). Este projeto, dada escala, terá
XVIII
foco na escala da implantação, com apontamentos -quando necessários- nas demais escalas. F) Esboço preliminar; Com alguns conceitos em mente, absorvidos das leituras bibliográficas, e uma breve noção do sítio de intervenção, foram traçados os primeiros estudos preliminares. Aproveitando que os conceitos e referências recém-adquiridos, frescos à mente, coloca-se no papel um primeiro lançamento de espacialização do parque. É sabido que se trata de uma estimativa inicial e muito ainda pode ser alterado.
Correlatos
Morfologia
Conceitos
G) Levantamento de Projetos Relacionados; Através da bibliografia de base e pesquisas na internet, foi elencado uma lista de projetos similares. Uma rápida leitura preliminar sobre eles fez esclarecer alguns direcionamentos desejados para este trabalho.
r etriz e s
H) Estudo de correlatos; Após o listamento de exemplares similares, foram estipuladas características gerais do projeto e feita uma eleição dos estudos de caso de acordo com grau de semelhança. Algumas características ganharam pontuação maior conforme maior influência e importância para o projeto. Depois de devidamente elencados, as referências projetuais são divididas perante suas pontuações atingidas.
Projeto
I) Depuração de soluções projetuais; Analisados os estudos de caso, são sintetizadas estratégias a serem utilizadas no projeto, bem como resoluções a serem evitadas.
Di
J) Levantamentos e análise de morfologia urbana; Os aspectos morfológicos a serem analisados foram divididos de acordo com a escala pertinente de análise: Escala da cidade, do setor e escala local. A partir disso foram elaborados os mapas e postos à análise. K) Síntese das diretrizes O meio escolhido para apresentar as diretrizes foi por meio de tabela, a exemplo de outros Trabalhos Finais. Uma tabela para cada Figura 05 Esquema Bases para Projeto • Fonte: Autor
L) Reestruturação da narrativa; É possível agora conceber três grandes categorias de estudo: 1) Apuração Morfológica, que apresenta o local; 2) Apuração Conceitual, que apresenta ferramentas teóricas de projeto; 3) Apuração de correlatos, que apresenta ferramentas técnicas de projeto. As três apurações resultam em um acúmulo que direciona o projeto. L) O desenho; A partir do esboço preliminar e, tendo em mãos a tabela síntese de diretrizes, o desenho do projeto começou a ser lapidado efetivamente, e inteiramente à mão, para não se perder controle da escala. Ao longo do processo de projeto, quando se fez necessário flutuar entre as escalas de implantação e urbana para um tratamento de bordas, entendendo que o parque não estacionaria ali de maneira dissonante ao seu meio. Ao passo que se tomava tato da escala e principalmente do potencial de redesenho de toda a área, a ideia do parque contido em si pareceu insuficiente para garantir que aquela infraestrutura toda oferecesse aos cidadãos um retorno proporcional à sua potência. O parque passa a ser considerado peça chave, mas não única, de uma redefinição da relação da cidade com esta área. Esse raciocínio inclusive endoça poderações de médio e longo prazo. O processo de projeto finda por ser tecido em duas grandes partes: 1) A conexão da área com a cidade, e portanto a definição dessa relação através do desenho urbano; e 2) As definições paisagísticas e de funções do parque, propriamente ditas. Desse modo, para esse TFGI, passa a não ser mais intenção do projeto alcançar o detalhe executivo, uma vez que outras iminências foram postas à luz durante a investigação do tema. M) Finalização Concluído o projeto, inicia-se a etapa de representação, quando são sistematizados todos os materiais gráficos produzidos.
XIX
escala de intervenção, apresentando conflitos, potencialidades, intenção geral, diretriz e justificativas (se houverem).
XX Figura 06 O Céu de Foz #01 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
APURAÇÃO DA MORFOLOGIA
Parque do Batalhão
1
1
NORTE
Santa Teresinha de Itaipu
Brasil
Brasil
Paraguai
Paraná
Paraná
São Miguel do Iguaçu
Foz do Iguaçu
2
1. Apuração da Morfologia
ina nt e g Ar
Foz do Iguaçu
Mancha Urbana Foz Área de Intervenção
Figura 07 Localização Foz do Iguaçu • Fonte: Autor
1.1. APROXIMAÇÃO GEOGRÁFICA
Foz do Iguaçu é uma cidade de porte médio, com 264.044 habitantes (IBGE, 2017), localizado no extremo-oeste do Paraná, unidade federativa do sul do Brasil. A cidade está em um ponto de confluência entre três países latinoamericanos, Brasil, Argentina e Paraguai. Sua posição no globo é próxima do Trópico de Capricórnio, a aproximadamente 25° 32’ de latitude sul e 54° 35’ de longitude oeste. O Plano Diretor Municípal demarca as macroáreas do município e estabelece os limites do município: Ao norte, pela Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, considerando-se ainda que a represa formou um lago de 1.350 Km2 ;
A leste, pelos Municípios de Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, no estado do Paraná; A oeste, pelo Rio Paraná, que delimita a fronteira com o Paraguai e as cidades de Presidente Franco e Ciudad del Este.
Parque do Batalhão
Ao sul, pelo Rio Iguaçu, que marca a fronteira com a Argentina e a cidade de Puerto Iguazú;
3
Localização
NORTE
4
1. Apuração da Morfologia
NORTE
Figura 08 Acessos Rodoviário de Foz do Iguaçu • Fonte: Beira Foz, 2014
NORTE
Os principais acessos da cidade se dão pela BR-277, Ponte da Amizade, Ponte Tancredo Neves e Aeroporto Internacional:
NORTE
A BR-277, uma das únicas conexões intermunicipais, liga o extremo oeste do Paraná ao Porto de Paranaguá, no extremo leste do estado. É uma importante via de escoamento da produção local e a principal via de acesso nacional. A Ponte da Amizade coroa o último quilômetro de extensão da BR-277, fazendo a conexão com a Ruta Internacional 1, no Paraguai, que liga Cuidad del Este a Assunção, capital da República Paraguaia.
Parque do Batalhão
A Ponte Tancredo Neves, também conhecida como Ponte da Fraternidade, conecta Brasil e Agentina pela BR-469, que tem como ponto final o Parque Nacional do Iguaçu, onde estão as Cataratas do Rio Iguaçu. A Ruta 12, que recebe a Ponte da Fraternidade do lado argentino, é continuada até Posadas, capital da província de Missiones, e mais adiante a Buenos Aires, capital da República Argentina. O Aeroporto de Foz do Iguaçu também está situado ao longo da BR-469, a 16 km do centro da cidade, a 12km das Cataratas e recebe vôos nacionais e internacionais.
5
Acessos
Figura 09 Caracterização geral, Foz do Iguaçu • Fonte: Beira Foz, 2014
NORTE
STA. TEREZINHA DE ITAIPU FOZ DO IGUAÇU
BR
77 -2
PARAGUAI
VILA A
BR- 277
AV. JK
VILA PORTES
JARDIM CENTRAL JD AMERICA
Av
o .C
st
a
e
Si
POLO CENTRO
lv
a
CONJ. LIBRA
Av. Rep. Argentina
CENTRO
VILA MARACANÃ
Av. Du qu e de Ca xia s
Av. Pa ra ná
Av. Be ira Ri o
O projeto do parque é desenvolvido dentro do perímetro urbano do município de Foz do Iguaçu/ PR, na macrorregião da Vila Portes/ Jardim América. Mais precisamente no bairro Monjolo, sem número, endereçado no quadrilátero de inscrição 10129074400, de propriedade da União, cerceado pelas Avenidas Juscelino Kubitscheck (oeste), Paraná (leste), República Argentina (sul) e Duque de Caxias (norte). A quadra do Batalhão é um importante referencial geográfico da região central da cidade, onde hoje se estabelece o 34° Batalhão de Infantria Mecanizada/ 34 Bimec. Ela se caracteriza como uma grande área militar de uso restrito com uma significante reserva verde, que compõe com enorme presença a paisagem da cidade e imaginário dos residentes. Essa grande infraestrutura verde também isola as atividades militares do seu contexto urbano e soma uma atmosfera menos poluída ao seu setor.
Av. Ju sc el in o Ku bi ts ch ec k
6
1. Apuração da Morfologia
Localização do Projeto
Av. Re p. Arge nt ina
Figura 10 Localização do Projeto • Fonte: Autor
NORTE
Em seu princípio, estima-se que o território militar tinha continuidade em direção norte até a Rodovia BR-277, o que hoje é considerado bairro Monjolo. Sua locação original se deu por conta da relativa abundância em nascentes e córregos. Com o passar do tempo a propriedade do 34° Bimec foi sendo parcelada até que tomou a forma atual.
7
Uma área de 121,75ha (1’217’500,00 m 2, ou, 1,22km 2), onde aproximadamente 95ha são de reserva florestal; 10,89ha está arrendado para o comércio local; 14,82ha está ocupado por edifícios insitucionais do Batalhão e 2,02ha comportam a Vila Militar Marechal Deodoro da Fonseca do 34° Bimec.
Parque do Batalhão
Figura 11 Áreas Batalhão • Fonte: Autor
Hidrografia
Foz do Iguaçu está localizada sobre a bacia do Rio Iguaçu. A tríplice fronteira é demarcada pela divisão geográfica causada por dois grandes afluentes. O Rio Paraná, que corre no sentido norte-sul e divide as terras brasileiras e paraguaias, e o Rio Iguaçu, que corre no sentido leste-oeste e divide Brasil e Argentina. Figura 12 Cataratas do Iguaçu • Fonte: Autor
G
O
D E
I T A
I
U
Santa Teresinha de Itaipu
P São Miguel do Iguaçu
RIO
UA IG
8
Para a construção da hidrelétrica de Itaipu, ao extremo norte da cidade, sobre o Rio Paraná, foi necessário represar seu canal. Tal represa formou um grande lago, conhecido como Lago de Itaipu, que hoje tange 15 municípios brasileiros com uma extensão aproximada de 1350km2.
A R A N Á
1. Apuração da Morfologia
A
R I O
O Rio Paraná tem sua nascente no estado de São Paulo e deságua no Oceano Atlântico em território argentino. Este foi um importante canal de transportes hidroviários e também palco de episódios da guerra do Paraguai, no século XIX.
L
P
O Rio Iguaçu é um grande afluente paranaense, que nasce próximo de Curitiba, demarca grande parte do limite sul do estado do Paraná e deságua no Rio Paraná, formando a foz do Rio Iguaçu, que dá nome à cidade. É no Rio Iguaçu, há poucos quilômetros de sua foz, que um acidente geográfico pré-histórico conformou um grande cânion. Hoje, cerca de 275 quedas compõe as Cataratas do Iguaçu, patrimônio mundial, considerada uma das sete maravilhas do mundo natural.
NORTE
Mancha Urbana Foz Área de Internveção Figura 13 Hidrografia de Foz do Iguaçu • Fonte: Autor
A Terra das Cataratas está em uma região de depressão geográfica, que positivamente motivou a construção da hidrelétrica de Itaipu mas também traz como consequência uma baixa incidência de correntes de vento. O que justifica uma umidade relativa do ar de aproximadamente 75%, sem muitas variações durante o ano, se aproximando assim de cidades muito úmidas da Amazônia, que registram uma umidade relativa do ar de 80% ao longo do ano (WeatherSpark,2019). Os grandes rios Paraná e Iguaçu, juntamente de seus afluentes e do (relativamente) recente represamento do lago de Itaipu são grandes intensificadores dessa atmosfera úmida, muito característica de Foz. Tal umidade influencia na retensão de calor da baixa atmosfera da cidade, resultando em verões de sensação térmica muito quente e abafado e invernos de sensação térmica gelada, representados em temperaturas máximas anuais de 40°C e mínimas de 0°C. Parque do Batalhão
Os ventos predominantes são Leste, durante quase dez meses do ano. Nos meses de novembro e dezembro, os ventos predominantes costumam vir de norte (WeatherSpark,2019).
9
Clima
Figura 14 Gráficos clima • Fonte: Weatherspark.com. Acesso em: 04/06/2019
1.2. APROXIMAÇÃO HISTÓRICA 1881
Registro dos primeiros habitantes e exportação de erva-mate
Vila Iguassu elevada para a categoria de Município do Iguassu
1974
1943
Transferência do aeroporto para o seu local atual
Migrações de catarinenses e gaúchos
1° CICLO: Extração da madeira e cultivo da erva-mate
2° CICLO: Construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu
1870 -1970
1970 -1980
1889
Fundação da Colônia Militar
1939
Criação do Parque Nacional do Iguaçu
O Plano Diretor de Foz do Iguaçu divide a história da cidade em quatro ciclos, cada um impulsionado por um seguimento econômico. O primeiro ciclo, de 1870 a 1970, abrange as primeiras ocupações exploratórias, motivadas pela exportação de erva-mate. Nesse ciclo, Foz do Iguaçu passa de destrito da grande região de Guarapuava para Villa Militar até que em 10 de junho de 1914 ganha título de município. De acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado Sustentável/ PDDIS (2017), nesse momento, a população em Foz do Iguaçu totalizava 324 habitantes, constituída por: 58,02% de paraguaios; 28,70% de brasileiros, 10,19% de argentinos e 3,09% de franceses, espanhóis, ingleses e orientais. Ou seja, grande parte da população ainda era estrangeira e os brasileiros ainda se resumiam praticamente às autoridades locais.
10
1. Apuração da Morfologia
1914
O crescimento da população era gradativo e ordenado até que programas federais de incentivo à ocupação da região sul do Brasil motivaram uma grande migração rural de catarinenses
1965
Inauguração da Ponte Internacional da Amizade
1975
Início das obras da Hidrelétrica de Itaipu
1983
3° CICLO: Exportação e turismo de compras
4° CICLO: Abertura de mercados/ Globalização
1980 -1995
a PaRtIR DE 1995
1985
Inauguração da Ponte Internacional Tancredo Neves, ligando Foz do Iguaçu à Argentina
1991
Conclusão da hidrelétrica de Itaipu
2000
Revitalização do Complexo Turístico do Parque Nacional e das Cataratas do Iguaçu
e gaúchos para a região oeste e sudoeste paranaense. O desenvolvimento de tal agricultura familiar acelerou a destruição da vegetação nativa. Ainda na primeira metade do século é criado o Parque Nacional do Iguaçu, impulsionado pela presença marcante das Cataratas do Iguaçu. A inauguração da Ponte Internacional da Amizade, que conecta o Brasil ao Paraguai, alavancou a construção da BR277, o que facilitou a conexão extramunicipal. Ao final do ciclo, o município de Foz do Iguaçu esboçava um centro comercial em consolidação e, à direção norte, uma extensa área militar, que correspondia a uma grande barreira física para o crescimento da cidade.
Parque do Batalhão
Explosão do comércio exportador atacadista nas fronteiras
Investimentos significantes em turismo na Itaipu e implantação do PTI
O Parque Nacional do Iguaçu é declarado pela UNESCO como patrimônio natural da humanidade
11
1978
2003
1986
Itaipu começa a gerar energia
O segundo ciclo refere-se à construção da hidrelétrica de Itaipu. O que, a nível nacional foi uma importantíssima conquista, mas a nível municipal atuou negativamente ao desterritorializar milhares de famílias rurais que tiveram suas propriedades subFigura 15 Linha do Tempo Foz do Iguaçu• Fonte: Autor
mersas depois da construção da barragem. Paralelamente nessa década a cidade sofreu um aumento populacional de 383%, segundo o IBGE, a respeito da grande demanda de mão de obra para a completa implantação de Itaipu.
12
1. Apuração da Morfologia
Nesse momento a área militar já não era uma grande barreira para expansão urbana e um forte eixo de ocupação se consolidou sentido norte. Nesse mesmo tempo, juntamente com fechamento de acordos para a construção da hidrelétrica, o aeroporto da cidade muda de local e a primeira unidade passa a receber outros usos ao longo do tempo. A década de oitenta e noventa é nacionalmente marcada por um forte movimento de urbanização e Foz do Iguaçu atraiu muitos olhares sobre si. A Itaipu (maior hidrelétrica já construída até então) começa a gerar energia, o Parque Nacional do Iguaçu foi elevado a categoria de Patrimônio da humanidade pela Unesco e Foz ganha um acesso oficial à Argentina através da Ponte Tancredo Neves, popularmente conhecida como Ponte da Fraternidade. Nessa época, algumas regiões específicas são fomentadas em Foz para absorver as imigrações rurais, mas principalmente devido aos estímulos comerciais atacadistas com os países vizinhos. Em especial com o Paraguai, que instalou uma Zona de Livre Comércio, localizada em Ciudad Del Este, fomentando a exportação de insumos produzidos no Brasil, escoamento facilitado pela BR-277 e Ponte Internacional da Amizade. É no terceiro ciclo que a Vila Portes, bairro que recebe a Aduana Brasileira e coroa a BR-277, ganha expressiva importância a nível municipal, pelas dinâmicas de exportação, e regional pelo surgimento de um significativo turismo comercial. Esse mesmo bairro passa a ser palco do maior centro comercial da cidade nos anos oitenta e noventa, com a instalação de comércios atacadistas, distribuidoras e exportadoras (PDDIS, 2017), roubando por um momento a atenção comercial do centro.
Figura 16 Cobertura vegetal do Paraná • Fonte: ITCG, 2010
De fato, essa dinâmica gerou muita renda e empregos, entretanto motivou a ocupação irregular das margens do Rio Paraná, por exemplo, próximo à Ponte da Amizade, em um processo de favelamento muito delicado que permanece até os dias de hoje. Ao final do ciclo, a Favela do Jupira, como é conhecida essa região de ocupações irregulares, virou sinônimo de violência e narcotráfico, enquanto que sua vizinha, a região da Vila Portes, foi esvaziada depois de uma grave decadência do turismo comercial no final do milênio (PDDIS, 2017).
Figura 17 Unioeste Foz • Fonte: Unioeste
Desde o fim das obras de Itaipu, muitas pessoas ficaram desempregadas e a cidade, que não tinha porte para absorver tanta mão de obra, assistiu um influente efeito de empobrecimento que culminou em apropriações desordenadas da cidade. Empregos irregulares, imigrantes irregulares e moradias irregulares em áreas de risco, especialmente ao leito de canais hídricos próximos a área central, onde se concentra a maior intensidade de usos (e consequentemente, empregos) (PDDIS, 2017).
Parque do Batalhão
Figura 18 Uniamérica • Fonte: Uniamerica
13
Ao final do século XX, Foz já é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, pela Itaipu e pelo comércio internacional. Foram feitos uma série de grandes investimentos na área do turismo para absorver os milhares de turistas que vêm conhecer a cidade e para fomentar o turismo internacional, já que, na época, a grande maioria dos visitantes eram brasileiros. Além do interesse turístico, o município absorve expectativas de todo uma população extramunicipal de municípios vizinhos. Foz passa a ser uma referência regional na área da saúde e principalmente na área da educação, quando universidades públicas e privadas se instalam na cidade. Diariamente centenas de habitantes de municípios vizinhos vão à Foz para estudar. A Itaipu se consolida como polo científico regional e funda o Parque Tecnológico de Itaipu/ PTI, que organiza e promove produção de tecnologia e ciência.
Figura 19 Parque Tecnológico de Itaipu • Fonte: PTI
Batalhão Centro
14
1. Apuração da Morfologia
NORTE
Figura 20 Evolução Urbana Foz do Iguaçu 1975 a 2000• Fonte: PDDIS, 2017
1.3. APROXIMAÇÃO URBANÍSTICA
Parque do Batalhão
O principal centro comercial da cidade é bem definido, estabelecendo-se especialmente ao longo das avenidas JK, Brasil e Almirante Barroso, limitandose entre as avenidas Jorge Schimmelpfeng (ao sul) e República Argentina (ao norte). É onde historicamente ocorreu o primeiro vetor de ocupação urbana, decorrente da implantação do Batalhão Militar. Nesta área é concentrada a maioria dos hotéis, serviços bancários, agências de turismo e câmbio, entre outros estabelecimentos comerciais (PDDIS, 2017).
15
Escala da Cidade
Como consequência disso, a malha viária é basicamente radial, partindo do centro da cidade, configurando um trânsito que acaba se resumindo em poucas avenidas. Com isso, existe uma carência de conexões perimetrais, que circundem a área central, especialmente que desvie o tráfego de veículos pesados (PDDIS, 2017). Ainda a respeito das vias, praticamente um terço das vias de Foz são asfaltadas e outros tipos comuns de pavimentação também trazem dificuldades na absorção das águas pluviais. O principal sistema de drenagem é o de galerias subterrâneas, especialmente no centro da cidade, área de estudo.
16
1. Apuração da Morfologia
Através da construção de Itaipu na década de 70, a cidade ganhou um forte vetor de expansão ao norte do Batalhão, onde novos bairros foram desenhados para receber os envolvidos com a hidrelétrica. Na década de 80, houve uma expressiva urbanização ao final da BR-277, na região da Vila Portes, próximo à Ponte da Amizade, efervecente área de comércio atacadista da época. Ademais, pouco a pouco o tecido urbano de Foz foi sendo conformado de modo radial, partindo do mesmo centro histórico. No final do século o Batalhão já não era mais um encrave significante à escala da cidade.
Figura 21 Avenida Brasil, Batalhão ao fundo • Foto: Daniel Duarte
sem escala NORTE
ITAIPU
O mapa ao lado ilustra a importância da localização do parque dada malha viária. Essa malha se desenvolve de maneira radial a partir do centro da cidade, onde se deu o início de sua urbanização. -2 7
7
CENTRO
ARGENTINA
Figura 22 Hierarquia Viária • Fonte: PDFI, 2006. Modificado pelo autor
17
Parque do Batalhão
Algumas vias recebem características especiais, de acordo com intenções futuras de uso. Destacam-se a Avenida Beira Rio, que recebe um importante plano de ocupação (Projeto Beira Foz, 2014), ao qual o parque será fortemente impactado; uma via interna ao Batalhão, de acesso restrito sem qualquer intenção de usufruto municipal, e a avenida Brasil, importante via comercial de Foz. CATARATAS
LEGENDA Vias Estruturais Vias Arteriais Vias Conectoras Vias Coletoras Vias Especiais Vias Locais Área de projeto
BR
AV. BEIR A RIO
Este quadrilátero é destacado por vias arteriais e logo acima dele está o parque. Ou seja, as principais vias de boa parte da cidade direcionam o fluxo para sua área. É possível perceber um desenho diferente ao norte da BR-277, o que mostra como esta se configura como uma grande barreira na cidade. Vias estruturais direcionam o tráfego de mercadorias por volta do centro, com escoamento internacional e previsão de uma segunda conexão com o Paraguai ao sul da cidade.
PARAGUAI
Estrutura Viária
sem escala NORTE
Vazios Urbanos
O mapa ao lado apresenta os grandes vazios urbanos de ocupação prioritária para a cidade. Lotes isolados não entraram nesse mapa, por exemplo. De maneira geral, os grandes vazios urbanos de Foz do Iguaçu estão localizados às margens das grandes avenidas (mapa anterior). O que pode ser lido positivamente, como uma reserva para a construção de uma paisagem futura, inaugurando uma paisagem urbana condizente com uma época mais próspera da cidade.
18
1. Apuração da Morfologia
Quanto pode ser lido negativamente como uma imensa subutilização de infraestrutura pública, alimento de especulação imobiliária. O plano diretor estabelece dois raios de ocupação prioritária dos vazios a fim de garantir suas respectivas funções sociais para o meio citadino. O primeiro raio de ocupação prioritária tem como centro a área do parque, questão deste trabalho. Isso leva a crer que a construção de um parque da cidade neste local seria um grande estímulo para a ocupação da área. O segundo raio abrange os bairros que recebem influências diretas do centro da cidade. LEGENDA Parque Vazios Urbanos Ocupação Prioritária Ocupação Secundária
Figura 23 Vazios Urbanos • Fonte: PDFI, 2006
NORTE
O arroio Monjolo -que corta o terreno do batalhão- é considerado o maior contribuinte natural para a absorção das águas de chuvas no meio urbano de Foz, seguido dos rios M’Boicy, Almada e Carimã. Esses mesmos leitos receberam muitas unidades habitacionais nas últimas décadas, em decorrência de uma grande onda de desemprego e ocupações informais pela cidade. O maior exemplo é as margens do Rio M’Boicy, que em 2002 era ocupado por aproximadamente 2500 famílias (PDDIS, 2017). O mapeamento ao lago as localiza em vermelho. A área do projeto, em amarelo.
Jd. Jupi ra
34° BIME C
Rio
M’B
oic
y
Parque do Batalhão
raná R io P a
Figura 24 Casa margem Rio M Boicy • Foto: Anderson Frigo / RPC TV Rio Iguaçu
Ocupações Irregulares Área de Projeto Figura 25 Ocupações Irregulares de Foz • Fonte: PDDIS, 2017
19
Ocupações irregulares
Geradores de fluxo
O mapa a seguir pontua os geradores de fluxo do setor. Estes são diferenciados de acordo com sua atratividade municipal, extramunicipal. Dentro disso ainda, quais promovem atividades no extraturno. A região, por ser central, não apresenta carência significante de equipamentos educação. O setor inclusive abrange três das maiores faculdades particulares da cidade e os bairros adjacentes apresentam creches e escolas de ensino fundamental e médio. Todavia, considera-se insuficiente a proporção de equipamentos esportivos e de lazer para a área.
20
1. Apuração da Morfologia
Na área de saúde, são pontuados equipamentos de pronto-socorro, bem como o corpo de bombeiros.
Âmbito cultural
Anualmente acontecem em Foz grandes feiras e congressos, com públicos de abrangência municipal e regional. As maiores feiras têm acontecido em um espaço municipal, o Centro de Eventos Charrua -localizado logo na entrada da cidade, atualmente sob cuidados do Centro de Tradições Gaúchas, instituição de iniciativa coletiva todavia não-pública. Com exceção de uma feira, a Feira Internacional do Livro, que, pela sua escala menor, ainda é possível de ser realizada em um espaço menor e mais central.
NORTE
Parque do Batalhão
Escala 1 : 25’000
21
LEGENDA Interesse extramunicipal Interesse extramunicipal com atividade extraturno Interesse municipal Interesse municipal com atividade extraturno Equipamentos de Educação Faculdades Equipamentos de saúde, esporte e lazer Equipamentos de pronto-atendimento Área de Projeto
Figura 26 Geradores de Fluxo do Setor • Fonte: Autor
1. Apuração da Morfologia
22
A Feira do Livro tem acontecido no estacionamento de um espaço alugado pela prefeitura, popularmente conhecido como “Bordin”, que já foi uma grande distribuidora de materiais de construção, hipermercado e restaurante. Hoje o popular Bordin abriga uma grande gama de secretarias de gestão municipal, como a Secretaria de Obras, de Planejamento Urbano, Educação, Ambiental, entre outras. É um espaço alugado para a prefeitura anualmente e, uma vez por ano, seu estacionamento é dedicado para a tal feira que recebe exposições artísticas e literárias, concertos, palestras, além de dezenas de livrarias e expositores independentes. Este e outros espaços particulares foram destacados na tabela a seguir sobre eventos permanentes de Foz, segundo a secretaria de turismo. Ainda no âmbito cultural, a prefeitura municipal estima implantar um Teatro Municiapal, mesmo que ainda não se tenha perspectiva de onde ele será localizado.
Figura 27 Instalação Feira do Livro • Fonte: Flickr PMFI, modificado pelo autor
Festividades de rua
Eventos Flexíveis
Maratonas urbanas
Campeonatos esportivos
Carnaval de rua - Bloco da Saudade Festa maína Aniversário da Cidade Dia da Independência Natal de Foz Feira de Artesanato e Alimentos/ FARTAL Festas Juninas Feira do Livro Corrida da Mulher Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Campeonato escolares Campeonato escolares Meia Maratona das Cataratas Torneio Sul-Americano de Arremesso de Celular
Mês de maio 10 de julho 7 de setembro Mês de dezembro Mês de junho Mêses de junho a agosto Mês de setembro Uma vez por ano, datas flexíveis
Idem
Festividades de rua
Feira do Peixe vivo Feira da Lua Ecoflores Marcha para Jesus
Idem
Eventos esportivos
Diversos
Ao longo do ano todo
Idem
Idem
Conferências/ Convenções Idem institucionais
Idem
Feiras temáticas
Congressos/ Seminários de ciência e tecnologias
Idem
Exposições
Idem
Idem
Shows e Concertos
Idem
Idem
Local/ Locais Comuns Terceira Pista da Avenida Juscelino Kubitschek Bosque Guarani Avenida Duque de Caxias Centro de Tradições Gaúchas/ CTG Avenida Pedro Basso Gramadão, Vila A Avenida Paraná. Trecho entre Av. José Maria de Brito e Av. Rep. Argentina Avenida Paraná. Trecho entre Av. José Maria de Brito e Av. Rep. Argentina Praça da Paz, Centro Centro de Tradições Gaúchas/ CTG Diversas comunidades na cidade Complexo Bordin Gramadão, Vila A Avenida Tancredo Neves Ginásio Costa Cavalcanti Ginásios escolas Rodovia das Cataratas (BR469), km25 Gramadão, Vila A Centro de Tradições Gaúchas/ CTG Praça da Paz, Centro Varia Praça da Paz, Centro Ginásio Costa Cavalcanti Estádio do ABC Gramadão, Vila A Fundação Parque Tecnológico Itaipu/ FPTI Faculdade UDC/ Colégio Dinâmica Bourbon Cataratas Convention & SPA Resort Golden Park Internacional Foz Rafain Palace Hotel e Convention Center Cataratas Thermas Resort & Convention Mabu Thermas Grand Resort Rafain Palace Hotel & Convention Center Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention Centro de Convenções municipal Centro de Tradições Gaúchas/ CTG Mabu Thermas Grand Resort Centro de Convenções municipal Centro de Tradições Gaúchas/ CTG Gramadão, Vila A
OBS: São destacados em verde os endereços de natureza particular.
Tabela 01 Eventos programados• Fonte: Foz do Iguaçu. Modificado pelo autor
Parque do Batalhão
Carnaval
Feiras temáticas
Eventos Fugazes
Data Todos os Domingo de manhã Todas as Sextas-Feiras Tarde e Noite
23
Eventos Fixos
Feiras-livres
Nome do Evento Feira Livre da JK Feira Livre do Bosque Guarani Carnaval de rua
24
1. Apuração da Morfologia
Âmbito esportivo
Conforme pautado pela Secretaria de Planejamento de Foz em entrevista pessoal, os equipamentos esportivos municipais já têm capacidade de absorver eventos esportivos municipais e extramunicipais, inclusive nacionais. O principal equipamento esportivo da cidade atualmente é o Complexo Costa Cavalcanti, que conta com quadras poliesportivas, caixas de areia, piscinas, pista de atletismo, entre outros. O que faltam, de acordo com o órgão, são equipamentos de uso diário, de presença paulatina da população. Segundo o Plano de Mobilidade da cidade (2018), já são 27km de ciclovias e ciclofaixas implantadas. Nenhuma dessas passa pela área do projeto. Figura 28 Complexo esportivo Costa Cavalcanti • Fonte: Google Earth Pro
NORTE
Arborização urbana
A partir dos mapeamentos ao lado podemos deduzir parte da morfologia de Foz. A intensidade da mancha colorida está para densidade de vegetação. Aparecem principalmente fundos de vales, uma parte da zona rural a leste, zonas de conservação em meio urbano e a mata ciliar do Rio Paraná. Na escala da cidade, o parque se apresenta relativamente próximo à mata ciliar do Rio Paraná e a outros fundos de vales. Na escala do setor, podemos destacar a abundante arborização das Avenidas JK e Paraná, aos lados oeste e leste do parque respectivamente, bem como o contraste de corpos verdes entre as avenidas principais e as ruas locais. E na escala local, percebemos a mancha edificada na face oeste, sudoeste e sudeste do Batalhão. Ao centro da quadra são notados dois espaços sem arborização. Um retangular, que atualmente é utilizado como stand de tiro, e outro de traços orgânicos, que são alguns dos corpos hídricos da área militar.
25
Parque do Batalhão
Tendo em vista que os mapas foram elaborados a partir de imagens de satélite, não podemos considerar os mapas resultantes com exatidão uma vez que árvores de pequeno e médio porte podem não ter sido destacadas. Logo devemos ter em mente que a precisão do levantamento a seguir pode ter omitido parte dessas, que essas também compõem fundamental e fisiologicamente o tecido verde da cidade.
LEGENDA Arborização aparente Fundo Região do Parque Figura 29 Diagrama de Arborização • Fonte: Autor
Escala da vizinhança
Sem Escala
NORTE
R
O P A R A
N
Á
26
1. Apuração da Morfologia
I Ave nid a Rep úbl ica Arg ent ina
Figura 30 Áreas Frágeis, Fachadas e Escoamento Pluvial • Fonte: Autor
Av. Pa ra ná
Arroio Mo njo lo
Av. JK
Av en id a Be ira Ri o
Av. Du qu e de Ca xia s
LEGENDA Áreas Frágeis, não edificáveis .196
Níveis Sentido de escoamento águas pluviais Áreas de Brejo Arroio Monjolo Aberto Arroio Monjolo Canalisado Fachadas que oferecem qualquer interatividade Fachadas que não oferecem alguma interatividade
Parque do Batalhão
O escoamento da água pluvial obedece uma declividade geral da cidade em direção aos rios Paraná e Iguaçu. Na escala local, em especial, da direção leste a oeste. As avenidas JK e PR são pouco declives ao longo do parque, mas contam com grandes canteiros centrais e dutos subterrâneos que colaboram para a absorção e canalização do escoamento pluvial. As avenidas Duque de Caxias e Rep. Argentina são cortadas pelo Arroio Monjolo, que acrescenta desníveis ao percurso. Todavia, suas declividades são pouco acentuadas na maior parte do trecho. Em ambos os casos o canteiro central é pouco extenso e as calçadas estreitas. O Arroio Monjolo é um importante canal de escoamento dessas águas. Este corta a céu aberto o eixo do parque no sentido norte-sul. Todo seu trecho entre o Batalhão e o Rio Paraná é canalizado, e passa por todo o centro comercial.
27
Águas pluviais
1. Apuração da Morfologia
28
Áreas frágeis
São consideradas áreas frágeis as margens de corpos d’água, matas nativas e terrenos com declividade maior que 30%. Foi considerado um raio de 50m dos corpos hídricos e nascentes. Diante arquivo fotográfico do 34° Bimec, é possível perceber que nem todo corpo vegetal da área do Batalhão é nativa. Registros da década de 60 mostram que apenas alguns trechos são mantidos, como as costas do antigo aeroporto e as margens do arroio Monjolo. Outra porção específica de mata nativa é a região da atual hospedaria, que sempre manteve suas árvores de grande porte originais, desbastando somente arbustos e forrações.
Fachadas
São grifadas as fachadas minimamente interativas, que oferecem desde uma simples vitrine até um uso que extrapola o interior do edifício. São consideradas fachadas minimamente interativas as quais abraçam atividades de alto fluxo de pessoas, como o terminal de ônibus, postos de gasolina e áreas de acesso de equipamentos comerciais, vide hipermercado, shopping center e lojas especializadas. As regiões mais carentes de fachadas ativas são a frente do Gresfi e toda a avenida Duque de Caxias. A maior parte do perímetro da quadra do Batalhão não oferece qualquer tipo de interatividade. São salvos os acessos, a face comercial para a av. JK e o coroamento da Avenida Brasil, que tem seu cercamento visualmente permeável.
Figura 31 Fotos aéreas antigas • Fonte: Arquivo 34° Bimec
O térreo é predominantemente comercial em todo o perímetro, apresentando unidades residenciais no sobreloja ao longo das avenidas JK, Paraná e República Argentina. São poucos os estabelecimentos que promovem atividades no extraturno, nenhum desses na quadra do Batalhão.
São exemplos de atividades comerciais úteis para o extraturno: Escolas de idiomas, cursinhos pré-vestibulares, escolas de aperfeiçoamentos, academias de ginástica e musculação, academias de artes marciais, bistrôs, restaurantes temáticos, cervejarias, hamburguerias, igrejas e templos, entre outros. A seguir oberva-se a realidade local a respeito do uso do solo:
Parque do Batalhão
Essas características levam a um baixo fluxo de pessoas após o horário comercial, justamente em uma área central, com potencial de atratividade noturna. O que não incentiva a permanência da população em ambiente público para além do horário comercial, nem minimamente entre o período das 18 e 22h.
29
Uso dos solo
30
1. Apuração da Morfologia
DESCRITIVO - Avenida Juscelino Kubitscheck 1a. Comércio de Roupa 2a. Comércio de Decoração para Eventos 3a. Garagem Privada 4a. Manutenção de Eletrônicos 5a. Garagem Privada 6a. Restaurante 7a. Garagem Privada 8a. Casa de Câmbio * 9a. Casa Lotérica * - Avenida Brasil 1b. Banco Caixa Econômica Federal 2b. Comércio de Produtos Ortopédicos 3b. Hotel 4b. Comércio de Produtos Ortopédicos * 5b. Comércio e Confecção de Uniformes * 6b. Depósito 7b. Comércio de Tintas 8b. Sapataria 9b. Escritório de Advocacia 10b. Comércio de Autopeças - Rua Almirante Barroso 1c. Comércio de Decoração 2c. Danceteria 3c. Comércio de Autopeças e Mecânica 4c. Escritório de Advocacia * 5c. Comércio de Produtos Ortopédicos 6c. Comércio de Decoração para Eventos * 7c. Bar * 8c. Comércio de Veículos - Rua Marechal Floriano 1d. Posto de Combustíveis e Lavarrápido 2d. Metalúrgica e Tornearia 3d. Livraria * 4d. Comércio de Som Automotivo * 5d. Pizzaria 6d. Autoescola * 7d. Autoescola 8d. Despachante *
9d. Restaurante * - Rua Marechal Deodoro 1e. Hotel 2e. Comércio de Som Automotivo* 3e. Manutenção de Eletrônicos* 4e. Mecânica de Automóveis 5e. Lancheria - Rua Santos Dumont 1f. Posto de Combustíveis 2f. Imobiliária 3f. Comércio de Tintas * - Rua Castelo Branco 1g. Showroom Imobiliária 2g. Comércio de Autopeças * 3g. Comércio de Ferramentas Agropecuárias 4g. Comércio de Insumos Agropecuários * 5g. Clínica Veterinária * 6g. Comércio de Peças de Refrigeração * - Rua Patrulheiro Venanti Otremba 1h. Hotel 2h. Comércio de Doces 3h. Comércio de Decoração 4h. Comércio de Peças para Construção Civil 5h. Comércio de Insumos Agropecuários 6h. Petshop 7h. Não Identificado - Avenida Paraná 1i. Salas Comerciais 2i. Hotel - Avenida República Argentina Praça Pública - Avenida Costa e Silva Shopping Center - Rua Ferreira Damião do Nascimento 1j. Mecânica de Automóveis 2j. Residência 3j. Residência 4j. Comércio de Emplacamentos 5j. Residência 6j. Comércio de Peças de Segurança Residencial - Alameda Catarina de Nadai
Singh 1k. Chaveiro * 2k. Comércio de Artesanatos * 3k. Ateliê de Costuras * 4k. Cabeleireiro * 5k. Distribuidora de Bebidas * 6k. Ponto de Moto Táxi * 7k. Residência - Rua Faustino de Oliveira 1l. Residência 2l. Residência 3l. Residência - Alameda Izidoro de Souza 4l. Clínica Ortopédica 5l. Vazio - Alameda Carira 6l. Clínica Odontológica 7l. Clínica Estética - Rua José Vicente Ferreira 1m. Salas Comerciais * 2m. Não Identificado 3m. Não Identificado - Rua Manoel Rodrigues Filho 1n. Vila residencial 2n. Edifício Residencial 3n. Clínica Imunológica 4n. Clínica Multiprofissional 5n. Edifício Residencial 6n. Edifício Residencial - Rua Silvino Dalbó 1o. Colégio Estadual Barão do Rio Branco 2o. Polícia Estadual - Insituto Criminalístico - Avenida Duque de Caxias Casa de Shows (Desativada) - Avenida Paraná 1p. Vazio 2p. Polícia Civil - Delegacia Homicídios - Rua Adoniran Barbosa 1q. Galpão Tênis 2q. Depósito 3q. Vazio 4q. Acesso Ceasa 5q. Vazio - Avenida Juscelino Kubitscheck 1r. Clínica Fisioterapia * 2r. Farmácia *
3r. Comércio de Decoração - Avenida Venezuela 1s. Supermercado (Desativado) 2s. Igreja - Rua Uruguai 1t. Vazio 2t. Mecânica de Automóveis 3t. Clínica de Fisioterapia 4t. Residência 5t. Clínica de Odontologia e Psicologia 6t. Centro Educacional de EAD - Rua Equador 1u. Restaurante 2u. Residência 3u. Vidraçaria 4u. Não Identificado 5u. Sebrae - Rua Chile 1v. Comércio de Peças Automobilísticas 2v. Mecânica 3v. Vidraçaria 4v. Tapeçaria 5v. Borracharia 6v. Autoelétrica - Rua Bolívia 1w. Lavanderia * 2w. Comércio de Baterias 3w. Imobiliária 4w. Comércio de Baterias 5w. Edifício Residencial 6w. Mecânica de Automóveis - Rua Tomé de Souza 1x. Comércio de Esquadrias 2x. Restaurante 3x. Não Identificado 4x. Salão de Beleza * 5x. Despachante * 6x. Comércio de Ferragens 7x. Tornearia 8x. Bar 9x. Mecânica de Automóveis * 10x. Igreja - Rua Maximino Tosi 1y. Clínica de Fisioterapia 2y. Hipermercado - Rua Martins Pena 1z. Comércio de Móveis
2z. Comércio de Tecidos 3z. Clínica Odontológica 4z. Comércio de Móveis 5z. Comércio de Vestidos - Rua Mem de Sá Terminal de Transporte Urbano - Travessa Luís Gama 1♣. Camelôs 2♣. Vazio - Avenida República Argentina 1♦� . Escola de Idioma * 2♦. Academia de Ginástica * - Avenida Juscelino Kubitscheck FAIXA COMERCIAL ANEXA AO BATALHÃO 1. Depósito 2. Comércio de Móvies e Decoração 3. Comércio de Automóveis 4. Comércio de Móveis 5. Mecânica de Automóveis 6. Unidade comercial em desuso 7. Unidade comercial em desuso 8. Floricultura 9. Comércio de Automóveis 10. Barracão Esportivo Clube 11. Salão de Eventos Clube 12. Estacionamento Clube 13. Comércio de Automóveis 14. Posto de Combustíveis 15. Lavarrápido e Mecânica 16. Restaurante 17. Unidade comercial em desuso 18. Comércio de Automóveis 19. Comércio de Peças Automobilísticas 20. Unidade comercial em desuso 21. Comércio de Piscinas 22. Mecânica de Automóveis 23. Mecânica de Automóveis 24. Agência de Segurança Privada 25. Unidade comercial em desuso 26. Uso istitucional Batalhão 27. Hospedaria militar 28. Vila Residencial Militar
* Residência no sobreloja abc
Promove atividades no extraturno
NORTE
q
r
p
- Av en ida Pa ra ná
LEGENDA MAPA Público Privado - Comercial Privado - Residencial Residência no sobreloja Desinteressante
- Ave nid a Du que de Cax ias
- Ave nid a Ven ezu ela
2
1
- Ru a Ad on ira n Ba rb os a
Sem Escala
3 4
s - Rua Urug uai
5 6 7 8
t 9 - Rua Equa dor
o
- Rua Silvino Dalbó
10 11 12
u - Rua Chile
n
13 v - Rua Bol ívia
14 - Rua Manoel Rodrigues Filho
15
x
- Rua Ma xim ino Tos i
17 m
18 19 20
- Rua José Vicente Ferreira
21 22 23
- Alameda Carira l
24
y
- Alameda Izidoro de Souza
25
- Rua Marti ns Pena
- Rua Faustino de Oliveira z
k
- Alameda Catarina de Nadai Sigh
- Rua Mem de Sá
♦
a
b
c
d
- Rua Ferreira Damião do Nascimento
e
Figura 32 Mapa Uso do Solo • Fonte: Autor
f
- Ru a Pa tru lhe Ve na nt i Ot re iro m ba
- Ru a Ca ste lo Br an co
- Ru a Sa nt os Du m on t
27
- Ru a Ma re ch al De od oro
26
- Ru a Ma re ch al Fl or ian o
♣
- Av. Rep úbl ica Arg ent ina
- Av en ida Br as il
- Trave ssa Luis da Gama
- Ru a Al m ira nt e Ba rro so
j
g
-
28
Av
en
a id
C
os
ta
e
Si
lv
a
- Av. Rep úbl ica Arg ent ina h
i
Parque do Batalhão
w
- Rua Tom é de Sou za
31
- Av en ida Ju sc el ino Ku bit sc he ck
16
Ceasa Centro
Ceasa
Figura 33 Localização Ceasa Londrina (564mil hab) • Fonte: Google Maps
Centro
Ceasa
Figura 34 Localização Ceasa Maringá (417mil hab) • Fonte: Google Maps
Centro
Figura 35 Localização Ceasa Cascavel (325mil hab) • Fonte: Google Maps
Centro
32
1. Apuração da Morfologia
Ceasa
Ceasa
Figura 36 Localização Ceasa Curitiba (1’917mil hab) • Fonte: Google Maps
O entorno conta com equipamentos públicos relevantes para este projeto: O Ceasa, o TTU e o Bosque Guarani. As Centrais de Abastecimento do Paraná, popularmente conhecida como Ceasa, são centros atacadistas onde são distribuídos diariamente insumos alimentícios para a cidade toda. Entende-se que, a exemplo de outras cidades do estado do Paraná, o centro da cidade não é ideal para tais comercializações de grandes volumes. É interessante sim que os cidadãos tenham maior contato com as distrtibuidoras, que muitas vezes podem ter preços mais acessíveis, mas o cunho é mais atacadista que varejista. Sendo assim, o Ceasa vem a ser uma infraestrutura que demanda um tráfego de veículos de transporte de grande porte. O Ceasa de Foz está localizado logo ao norte do Batalhão e ocupa uma área de 66,8 mil m2, onde mais da metade é utilizada como área de manobra para carretas e caminhões. Por se tratar de enormes quantidades de mercadorias, o modal de acesso acaba sendo essencialmente o veículo particular. Além do incômodo no tráfego, é uma atividade que soma pouco na vitalidade urbana de um centro, dado que seu horário de uso (geralmente das 5h às 15h) é restrito à luz do dia. Ademais, existe um importante projeto de urbanização para a cidade (Beira-Foz) que já prevê sua relocação e o reparcelamento de sua área. Este projeto absorve tais diretrizes pré-existentes. Assume-se que o Ceasa-Foz já será deslocado, e sua área reparcelada.
Figura 37 Acesso Ceasa Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor
te cen N a s ro i o Ar olo nj Mo
B a ir ro M o n jo l o
sa
Av
.D
u uq
e
ias
Bata
lhão
Figura 38 Vista aérea Ceasa • Fonte: Ceasa. Modificado pelo autor
33
NORTE
Parque do Batalhão
Cea
de
x Ca
Figura 39 Novas rotas pedestres e ciclistas, Projeto Beira-Foz • Fonte: Beira Foz
TTU
A partir da presença do TTU, praticamente todas as linhas de ônibus passam pela área. Isso provê grande acessibilidade, tornando o contato com o parque possível para grande parte da população. Entretanto, atualmente tem surgido tecnologias para facilitar o transporte urbano coletivo, principalmente no âmbito de baldiações. Portanto, estima-se que em breve a estrutura física do atual Terminal de Transporte Urbano, já não será mais tão necessária. Quando esse momento chegar, o espaço já estará amparado com uma nova diretriz de uso. É importantíssimo que se preserve a permeabilidade visual entre a Av. JK e o Bosque Guarani, imagem gravada na memória do iguaçuense.
Bosque Guarani
O Bosque Guarani hoje abriga um zoológico, uso de atratividade questionável. Todavia sua presença quanto zoológico é importante para a Prefeitura Municipal, pois é através desse uso que o poder público garante a manutenção do Bosque, importante área verde central que inclusive abriga uma nascente. Acredita-se que existem lugares melhores na cidade para comportar tais atividades. Talvez levar esse uso para perto da Itaipu, que já conta com uma reserva imensa de espécies em seu Refúgio Biológico. Para os fins do projeto, a área permanece como zoológico até que se declare algum interesse de apropriação por parte da comunidade científica, civil ou cultural. Enfatiza-se que essa apropriação deverá impreterivelmente tomar total responsabilidade ambiental sobre sua infraestrutura verde e hídrica.
Figura 40 Terminal de Transporte Urbano • Fonte: Autor
Figura 42 Praça acesso Bosque Guarani • Fonte: Cataratas Hoteis
34
1. Apuração da Morfologia
Figura 41 Permeabilidade Visual entre Av. JK e Bosque • Fonte: Autor
Figura 43 Cativeiros Bosque Guarani • Fonte: Cataratas Hoteis
.190
E
SI
LV A
.185
ST A
.180
O
.175
AV .C AV. RE P. AR G.
Figura 44 Espaços Residuais • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
AV. RE P. AR G.
35
Eventualmente o traçado urbano gera alguns recortes, espaços que sobraram na hora de locar vias e quadras. É o que se conhece como Espaços Residuais. Encontramos exemplos no cruzamento das Avenidas Paraná e República Argentina. Canteiros centrais e uma praça (Praça Naipi e Tarobá), atualmente gramados e, vez ou outra, arborizados, que não prestam de muita utilidade ao meio urbano, senão como áreas permeáveis -pluvial e visivelmente. No caso deste projeto, estima-se tonalizar suas capacidades de absorção de águas pluviais, visto que a Avenida República Argentina não possui canteiro central significativo e que seu principal ponto de escoamento é o Arroio Monjolo, canalisado, que ainda receberá águas de todo o centro comercial antes de encontrar o Rio Paraná.
AV. PAR AN Á
Espaços Residuais
36
Figura 45 Imagem Satélite Área Projeto • Fonte: Google Earth Pro
1.4. ÁREA DE PROJETO
NORTE
Topografia
DESINTERESSANTE
ÁREA DE IMPACTO Intervenções Pontuais
37
ÁREA DE PROJETO Intervenção Direta
Parque do Batalhão
Escala 1 : 25’000
Figura 46 Área Projeto • Fonte: Autor
Arredores
Ao percorrer a Avenida Juscelino Kubitscheck, é possível, em vários momentos, avistar o Paraguai a oeste, ao fundo do horizonte. Um desses momentos acontece logo em frente ao Gresfi. Entende-se como grande virtude espacial esse fenômeno incomum de poder avistar outro país no caminho das tarefas diárias.
PARAGUAI
Figura 47 Perspectiva gresfi a oeste, Paraguai ao fundo • Fonte: Autor
RIO PARANÁ
GRESFI
GRESFI
38
1. Apuração da Morfologia
PARAGUAI
BRASIL
RIO PARANÁ
PARAGUAI
Figura 48 Corte relevo vista para Paraguai • Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor
Av. JK
Ao oeste do Batalhão, toda face para a Av. JK está parcelada e recebe algum uso comercial ou insitucional. Mesmo assim, um comércio automobilístico e um alto tráfego de automóveis configuram um cenário de baixa serventia pública. Do outro lado da rua, o mesmo, apenas alguns atratores pontuais se destacam, como um hipermercado e o principal terminal de ônibus da cidade. Vale pontuar que, à altura do Gresfi (Grêmio Esportivo e Social de Foz do Iguaçu), existe um grande desnível para a outra margem da avenida, dificultando a integração do bairro adjacente.
39
Parque do Batalhão
Av. JK
Av. JK
Figura 49 Desnível marginal Av. Jk a partir da rua Equador. Ao fundo, Gresfi • Fonte: Google Maps
Figura 50 TTU e Quiosques. Bosque ao Fundo • Fonte: Autor
Figura 51 Perspectiva Avenida JK • Fonte: Autor
A Avenida JK possui uma forte característica comercial. A face do Batalhão para esta importante avenida responde a essa demanda. Todavia, o modo em que isso acontece acaba por fortalecer a ideia de impenetrabilidade da área. De frente voltada para a rua e fundos para a reserva do Batalhão, a faixa comercial impede o contato com o interior. O que não acontece, por exemplo, nas superquadras de Brasília, onde as vias comerciais obedecem tal tipologia que bem funciona como transição da malha urbana para o interior das superquadras. São blocos comerciais quadriláteros com suas quatro faces ativas; três pavimentos, onde o último serve de marquise, como gentileza urbana para os transeuntes.
Figura 52 Comércio local, Brasília/ DF • Fonte: Google Street View
40
1. Apuração da Morfologia
Faixa Arrendada
Figura 53 Perspectiva Batalhão Avenida JK • Fonte: Autor
Figura 54 Comércios Faixa Arrendada Avenida JK • Fonte: Autor
Ao norte da data, a Avenida Duque de Caxias hoje serve de rápida transposição entre a Avenida JK e PR. Para os carros. Não há sequer um uso comercial ou insitucional em todo seu trecho. Consequência disso é um tráfego de automóveis em altíssima velocidade e muito pouca gente na rua. Todavia, as largas faixas de rolamento absorvem uma vez por ano os festejos municipais de carnaval. Do outro lado da rua, as costas de um bairro em consolidação, as costas da Central de Abastecimento do Paraná/ Ceasa e as costas de alguns equipamentos da polícia civil.
Av. Du q u e d e C a x i a s
Avenida Duque de Caxias. Ao fundo, bairro Monjolo • Fonte: Autor
Figura 55 Muros Ceasa Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor Av. Du q u e d e C a x i a s
41
Parque do Batalhão
Av. Du q u e d e C a x i a s
Figura 56 Paisagem Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor
Figura 57 Calçada Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor
Ao sul, os edifícios institucionais do 34 Bimec coroam e marcam a paisagem a Avenida Brasil, primeira e ainda latente via comercial de Foz do Iguaçu. À esquina da Av Rep. Argentina com a Av. PR, aproximadamente 40 domicílios conformam a Vila Militar. Do outro lado da rua, as demais vias da malha ortogonal original chegam ao Batalhão de forma mais tímida, encontrando seu muro perimetral seguido de uma mata densa –basicamente a imagem que se tem do batalhão em todo seu perímetro.
Av. Re p. Arg en tin a
Figura 58 Acesso à hospedaria militar e seus muros à Avenida República Argentina • Fonte: Autor
Av. Re p. Arg en tin a
42
1. Apuração da Morfologia
Av. Re p. Arg en tin a
Figura 59 Perspectiva Avenida República Argentina • Fonte: Autor
Figura 60 Esquina Av. Rep. Argentina e Av. Paraná • Fonte: Autor
A Vila Militar Marechal Deodoro da Fonseca é composta por aproximadamente 40 unidades habitacionais que recebem sargentos do 34° Bimec, o que, de acordo com a entendência do batalhão é muito positivo para seus oficiais. Com a relocação do 34° Batalhão, pode-se entender que já não faria mais sentido preservar estes edifícios quanto residência de sargentos.
Parque do Batalhão
A vila, como boa parte da quadra do batalhão, é toda murada, sem interação significativa com o meio urbano. Tal isolamento não faz jus à sua excepcional localização. A colocação acessível e privilegiada da Vila Militar agrega uma importância ímpar á sua área. Esta se situa em região central, de frente para um shopping center e em uma importante esquina entre a Avenida Paraná (conexão do eixo norte-sul), Avenida República Argentina (conexão do eixo leste-oeste) e a Avenida Costa e Silva, acesso direto à entrada da cidade. É considerado que a Vila não tem contribuição urbanística proporcional a seus atributos. Arquitetonicamente também não foi identificado nada relevante que superasse o potencial da área em receber diretrizes mais compatíveis com a densidade e vitalidade urbana desejada para a área do parque da cidade.
43
Vila Militar Marechal Deodoro da Fonseca
Figura Vistas Vila Militar • Fonte:Autor
Av en ida Pa ran á
Ce nt ro
Ba C
io olég
Es
al tadu
ta
lhã
o
Ao leste, junto à Avenida Paraná, uma faixa de aproximadamente 15 metros recebe infraestrutura de caminhada, quiosques e alguns equipamentos esportivos de pequeno porte. A frondosa avenida é o local preferido para desfiles de datas comemorativas –como aniversário da cidade- e práticas de atividades físicas cotidianas. Do outro lado da rua, sobre um desnível um tanto desanimador para os pedestres, temos uma ampla diversidade de usos no trecho: shopping center, clínicas, residências unifamiliares, torres residenciais, um comércio de baixíssima abrangência e uma importante escola estadual.
44
1. Apuração da Morfologia
Av en ida Pa ran á
Figura 61 Vista aérea sobre Avenida Paraná. Batalhão • Fonte: Skyscrappercity
Figura 62 Pista cooper Avenida Paraná • Fonte: Autor
Figura 63 Quiosque e floreira, Avenida Paraná • Fonte: Autor
Isso ilustra a infraestrutura abundante que já existe naquele contexto, seu potencial de maior utilidade e uma consequente cultura local de sempre circundar o batalhão. Aliás, as vias perimetrais e próximas já são pavimentadas e praticamente todas as linhas de transporte coletivo atendem a área, dada a localização do Terminal de Transportes Urbano/ TTU. A vegetação urbana, também consolidada, oferece recursos naturais para a avifauna local.
Figura 65 Esquina Av. Paraná e Av. Duque de Caxias • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
Figura 64 Zoneamento do lote • Fonte: PDDIS, 2017
45
De acordo com o zoneamento proposto pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e Sustentável/ PDDIS (2017), a área de projeto é dividida em duas zonas. Uma é a Macrozona de Conservação (ZPP, ou ZEP), áreas de importante valor ambiental para a cidade, que tem como maior objetivo a preservação dos recursos naturais (PDDIS, 2017, vol.III, p.51). A outra zona é chamada de Zonas de Interesse Estratégico (ZIE), que “são definidas por áreas onde ocorra um uso especial e que por razão da dimensão da área envolvida ou da localização estratégica serão objeto de um zoneamento posterior que obedecerá a dinâmica da cidade.”(PDDIS, 2017, vol.III, p.75).
Edifícios pré-existentes
Dos aproximados 120 hectares de extensão da quadra do Batalhão, aproximadamente 15 hectares são efetivamente ocupados por edificações e espaços de formação do 34° Bimec. São 28 construções de dimensões que variam entre volumes de apoio de 50m2, a pavilhões de 1000m2.
Figura 66 Vista aérea da área Institucional • Fonte: Skyscrapper City
46
1. Apuração da Morfologia
O edifício principal, onde estão as maiores autoridades coroa a Avenida Brasil, primeira grande avenida urbana iguaçuense. Este se destaca entre os outros pela sua escala monumental, garantida pelo espaço livre de edificações que o envolve, e é o único dessa área que é apontado como patrimônio arquitetônico de Foz, por ser um dos primeiros edifícios construídos e pela sua visibilidade marcante.
Figura 67 Edifício Principal Batalhão • Fonte: Google Street View, modificado pelo autor
NORTE
06
05
LEGENDA Edifícios do 34° Bimec
22
Vazios Significantes
17
Vias Pavimentadas
20
Acessos
16
Trilhas 02
Operações Especiais
03
Refeitório
04
Alojamento*
05
Garagem de Tanques*
06
Mecânica de Tanques*
07
Almoxarifado
08
Mecânica*
09
Marcenaria*
10
Abastecimento*
11
Rádio
12
Hospedaria
13
Enfermaria
14
Ginásio Esportivo*
15
Volumes Auxiliares
16
Quiosque
17
Sala de Música*
18
Praça de Cerimônias
19
Estacionamento
20
Quadra Esportiva
21
Praça de Formauras
22
Áreas de Práticas *Planta Livre
15
15
15 04
15
04
03
15
10
21 07
04
08
22
09
07 15
02
20
19
20
20
19
15
15
14
07
16 01 18
13 12
Parque do Batalhão
Edifício Principal
11
47
01
22
22 04
Figura 68 Áreas Internas Batalhão • Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor
48
1. Apuração da Morfologia
Figura 69 Volumes de manutenção para veículos de combate • Fonte: Autor
A grande maioria dos edifícios são térreos, com algumas exceções: o estacionamento de veículos especiais de combate e a enfermaria têm 2 pavimentos. Adicionalmente, um ginásio de esportes e uma mecânica especial para os veículos de combate têm pé-direitos especiais, mais altos que os outros. O volume de estacionamento de veículos também comporta um miniauditório de 80 lugares em seu térreo e áreas técnicas no pavimento superior. Uma parte dos edifícios têm seu interior compartimentado. Outra parte tem sua planta livre ou predominantemente de compartimentos. Estes são assinalados de modo diferente no mapa anterior.
Figura 70 Praça de Cerimônias • Fonte: Autor
Algumas quadras poliesportivas são encontradas por toda a extensão da área institucional.
49
Todos os edifícios encontram-se em ótimo estado de conservação e passam constantemente por manutenções. Alguns vazios importantes são assinalados. A praça de cerimônias, em frente ao edifício principal e a praça de formaturas, ao centro da área. Tais espaços livres são comumente palco de eventos, cerimônias especiais e tributos.
Parque do Batalhão
Praticamente todos os volumes são atendidos de instalações sanitárias, captação de águas pluviais e de caminhos pavimentados que os conectam uns aos outros.
Patrimônio arquitetônico
NORTE
1. Apuração da Morfologia
O mapeamento a seguir apresenta os patrimônios arquitetônicos de Foz (CORREA, 2017). Um deles foi o primeiro aeroporto da cidade, hoje utilizado como salão de festas. Este está localizado no embarrigamento da Avenida JK e tem acesso físico e visual somente a partir dessa. Sua vizualização está obstruída por barracões comerciais e especialmente por um galpão esportivo anexo. O edifício histórico está implantado de frente para a avenida, com um grande recuo, que hoje serve de estacionamento. O anexo esportivo não respeita esse recuo e se ergue a partir do próprio alinhamento predial, obstruindo a visibilidade do patrimônio e quebrando a margem não edificada do antigo aeroporto, que garantia sua implantação monumental.
50
Outro edifício citado, é o edifício principal do Batalhão. Este tem acesso físico pela Av. República Argentina e coroa a paisagem da Avenida Brasil, importante avenida comercial do centro da cidade. O edifício está implantado no eixo da Brasil, sobre um grande recuo frontal, o que garante sua escala e implantação monumental. Tal recuo hoje é preservado para cerimônias P militares e circulação.
Área de Projeto Figura 71 Patrimônio Arquitetônico de Foz e tabelas Patrimônio XIV BITMz • Fonte: TFGI Unila, 2017. Modificado pelo autor
GRESFI
AV .J
Dentro do quadrilátero do Batalhão são localizados alguns pontos de infraestrutura esportiva. O Gresfi (1) possui seu próprio acervo de equipamentos esportivos, como piscinas (olímpica e recreativas), campo de futebol, canchas de areia e salas de treinamentos, entretanto é reservada aos associados do mesmo. Junto aos edifícios institucionais do Batalhão, é localizada um grande campo de futebol (2), acompanhado por uma pista de atletismo em sua volta. Logo ao lado, atravessando um bosque e uma hospedaria militar, mais um campo de futebol (3), dessa vez menor, cancha de areia e piscinas recreativas. Por fim, as já conhecidas pistas de cooper e quadras poliesportivas da Avenida Paraná.
.J AV
K
Figura 73 Ponto infra esporte 1 • Fonte: Google Earth Pro
AV. REP. ARG.
Figura 72 Pista Cooper Avenida Paraná • Fonte: Autor
Figura 75 Ponto infra esporte 3 • Fonte: Google Earth Pro
51
Parque do Batalhão
Figura 74 Ponto infra esporte 2 • Fonte: Google Earth Pro
AV. REP. ARG.
Infraestrutura esportiva
K
Mata adentro
Mata adentro, mais áreas de práticas. Um pequeno barração, que funciona como stand de tiro, uma grande área desbastada, que recebe acampamentos e uma trilha com obstáculos. É possível acessar esses espaços por meio de trilhas. Estão sinalizados no mapa ao lado os trechos carroçáveis.
52
1. Apuração da Morfologia
A proximidade de veios do arroio Monjolo e a baixa declividade do terreno resultam em terrenos pantanosos. Como já mostrado em levantamento fotográfico, nem toda a área verde se refere a mata nativa. A maior parte das áreas verdes atuais se refere a áreas de recuperação, que um dia foram devastadas e voltaram a crescer novamente com o passar do tempo. É possível notar a diferença, por exemplo, pela diferença de espessura das árvores em alguns trechos.
LEGENDA Acampamentos Stand de Tiro Morro construído Vias carroçáveis Trilha com obstáculos Áreas pantanosas Área alagada Arroio Monjolo Figura 76 Esquema Áreas internas Batalhão • Fonte: Autor
Figura 77 Margem do Arroio Monjolo • Fonte: Autor
Figura 78 Trecho mata de recuperação • Fonte: Autor
Figura 79 Trecho árvores nativas • Fonte: Autor
53
Parque do Batalhão
A área de acampamentos é estreita e cumprida, alcançando aproximadamente 8mil m2. Esta apresenta um grande acidente no relevo em uma das suas pontas, trata-se de uma barreira de pouco mais de 15m de altura, montada no princípio da ocupação do Batalhão. A vegetação sobre esse trecho é bem menos consolidada que no resto da área de matas. Na outra ponta, um único volume construído com 20m de diâmetro seguida de um terreno alagado, coberto por vegetação aquática.
Figura 80 Área de acampamento • Fonte: Autor
Figura 81 Cobertura da área de acampamento • Fonte: Autor
O primeiro aeroporto de Foz do Iguaçu é localizado na leve saliência do quadrilátero às margens da Avenida JK, onde hoje acontece o Gresfi/ Grêmio Esportivo e Social de Foz do Iguaçu. Alguns equipamentos foram anexados mas parte considerável do prédio original se manteve. O volume principal atualmente funciona como salão de festas, separado das demais áreas de recreação do clube.
54
1. Apuração da Morfologia
Salão Gresfi
Figura 82 Edifício primeiro aeroporto de Foz • Fonte: PMFI, 2019
B
A
H
G
h tsc ubi Av e n i d a J u s c e l i n o K
C
A
B
C
D
E
k
G
F
55
E
Parque do Batalhão
ec
D
H
F
Figura 83 Variadas vistas atuais salão Gresfi • Fonte: Autor
1.5. APURAÇÃO NORMATIVA O Projeto Beira-Foz
NORTE
O Projeto Beira-Foz, trata de uma demanda municipal de urbanização das margens do Rio Paraná, a qual a cidade virou as costas em um conflito de segurança. O projeto de 2014 tem autoria da consultora Arup em parceria com a Itaipu Binacional e Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. Tal masterplano foi concebido como plano de desenvolvimento para toda a costa oeste iguaçuense, da Itaipu -ao extremo norte da cidade- à ponte da Fraternidade, que liga o Brasil com a Argentina -ao extremo sul. Em uma primeira fase, é apresentada a proposta de ocupação de um primeiro trecho da margem do Rio Paraná, e aqui é selecionado apenas um recorte específico do projeto Beira Foz, que terá impacto na área de intervenção desse trabalho (Beira Foz, 2014).
56
1. Apuração da Morfologia
NORTE
Figura 84 Trecho relevante ao trabalho • Fonte: Beira Foz, 2014
Figura 85 Implantação • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo autor
BOSQUE GUARANI
ÁREA DE PROJETO
AV. REP. ARGENTINA
R I O P A R HOTEL CINCO ESTRELAS
A Á
CENTRO GASTRONÔMICO
USO MISTO
57
PARQUE M’BOICY
Parque do Batalhão
N
Figura 86 Volumetria Trecho Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor
k Kubitchec elin
a J usc
o
Aven id
Kubitchec elin
a J usc Aven id
Nota-se que a Av. Rep. Argentina drena suas águas pluviais sobre a faixa canalisada do arroio monjolo, que percorre todo o centro comercial da cidade antes de chegar ao Rio Paraná.
o
58
1. Apuração da Morfologia
O projeto considera a Avenida JK como corredor verde, dadas suas dimensões e canteiro central. Este também propõe outras conexões ecológicas da infraestrutura verde do Batalhão com a mata ciliar do Rio Paraná: Através da Avenida Rep. Argentina, ao sul, e através da nascente do Arroio Monjolo, ao norte da data. A nascente do Arroio Monjolo também é destacada para absorção de águas pluviais, bem como alguns jardins de chuva a serem introduzidos à Av. Paraná.
NORTE
k
NORTE
Figura 87 Conexões Verdes Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor
Figura 88 Escoamento Pluvial Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor
§ 6o Em todos os empreendimentos de base comercial e de serviços com mais de 2.000,00 m² (dois mil metros quadrados), exige-se uma área sócio-recreativa calculada na base de 1,00 m² (um metro quadrado) por cada 50,00m² (cinquenta metros quadrados) de área das unidades comerciais ou de serviços, ficando excluídos desta condição os barracões com uso exclusivo para depósitos. .../Lei Complementar no 276 – fl.34 Art. 65. Sobre a área mínima permeável, conforme exigências desta Lei Complementar, será facultado o seu uso para atividades esportivas de recreação e lazer, circulação de veículos e áreas de estacionamento, considerando que: I - será permitida a construção de pisos impermeáveis, desde que a área permeável mínima exigida seja acrescida de porção correspondente a 50% (cinquenta por cento) da área coberta pelo piso; II - sobre as faixas não edificáveis de fundo de vale não será permitido impermeabilização ou retirada da cobertura arbórea existente. Parágrafo único. Excetua-se do inciso II, as obras necessárias à contenção de assoreamento e de regularização dos cursos d’água.
Parque do Batalhão
Seção II Das Áreas de Recreação e Sócio-Recreativas
Art. 64. A Área de Recreação, para efeito desta Lei Complementar é o espaço destinado ao lazer de crianças e composto de pelo menos, uma caixa de areia com 4m² (quatro metros quadrados) e dois equipamentos destinados ao desenvolvimento psicomotor. § 1o Deverá localizar-se em área isolada sobre os terraços, ou no térreo, desde que protegidas de ruas, locais de acesso de veículos e de estacionamento. § 2o As áreas de recreação deverão formar um espaço contínuo e permitir, na projeção horizontal, inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 4,00m² (quatro metros quadrados) e não poderão estar localizadas em áreas correspondentes aos recuos frontais mínimos obrigatórios ou serem cobertas em mais de 70% (setenta por cento) de sua superfície. § 3o Deverá ser exigida também, área sócio recreativa na proporção mínima de 1,30m² (um metro e trinta decímetros quadrados) por unidade de moradia. § 4o Residências em série a partir de 10 (dez) unidades e conjuntos residenciais deverão possuir área de recreação na equivalência de no mínimo 4m² (quatro metros quadrados) por unidade de moradia, podendo localizar-se, se descoberta, nos recuos. § 5o A área de que trata o § 4o não poderá localizarse em área de trânsito e estacionamento de veículos.
59
Lei de Uso e Ocupação municipal
ZONEAMENTO O mapa a seguir apresenta o zoneamento do setor de intervenção. A área do projeto tange as seguintes zonas.
que da cidade para a área do Batalhão, entende-se que é permissível absorver atividades relacionadas ao uso como parque. Segundo a lei, toda alteração nessa zona deve passar por aprovação dos órgãos de planejamento e meio ambiente.
60
1. Apuração da Morfologia
ZIE - IV (porção oeste) Zona de Interesse Estratégico de número quatro, específica para o terreno do 34o Batalhão de Infantaria Mecanizada. Não é definido parâmetro de uso e ocupação do solo. A lei do zoneamento apenas exige os padrões construtivos sigam a Zona de Índice Urbanístico menos restritivo e adjacente. Segundo a lei, toda alteração nessa zona deve passar por aprovação dos órgãos de planejamento e meio ambiente.
ZM 1 (entorno) O PDDIS (2017) estipula que “Zonas Mistas são áreas de alta densidade de uso, onde as atividades residenciais, comerciais e de serviços podem se desenvolver conjuntamente” e que seu uso deve atender a “vocação do lugar”. Ademais, por questões de segurança, é proibida a construção de edificações em madeira. Entende-se que o comércio atualmente instalado na faixa de ZM1 da Avenida JK não é, em geral, de aceitável adequabilidade.
ZEP (porção leste) São zonas de proteção paisagística, fundos de vale, mananciais e áreas verdes significativas. A Zona Especial de Proteção permite habitação unifamiliar usos institucionais que estejam de acordo com as intenções expressas no plano diretor municipal para as zonas especiais. Neste caso, é previsto um par-
ZR 4 (entorno) A ZR 4 é caracterizada como uma zona residencial de alta densidade, porém permite no máximo 4 pavimentos. São permitidos alguns usos especiais, como
cultos, com restrições de uso noturno. ZC e ZCC (entorno) As Zona Central e Zona de Comércio Central são predominantemente comerciais e permitem uso residencial. Garantem grande aproveitamento do solo e alto gabarito. É específico dessa zona o uso de miolos de quadra. Outros usos das proximidades: ZCE - Zona de Comércio e Exportação ZCS 2 - Zona de Comércio e Serviços 2 ZCS 3 - Zona de Comércio e Serviços 3 ZEIS - Zona Especial de Interesse Social ZPP - Zona de Preservação Permanente ZR 1 - Zona Residencial 1 ZR 5 - Zona Residencial 5 ZT 3 - Zona Turística 3 Em geral, as zonas onde se estabelece a área do projeto não são muito restritivas. Maiores impedimentos são percebidos no seu entorno, a respeito da absorção de uma expectativa de paisagem urbana mais densa. Paricularmente ao norte do Batalhão, no terreno onde hoje se estabelece o Ceasa.
Zona
Recuo Frontal (m)
Recuo Lateral (m)
Recuo Fundos (m)
Taxa de Ocupação Máxima
Coef. Aprov. Máximo
Número Pavimentos Máximo
Taxa Permeabilidade Mínima
ZEP
10
5
5
20%
0,4
02
50%
ZM 1
-
2
2
75%
12,6
20
7,5%
ZR 4
3
2
2
65%
2,5
04
15%
ZC
-
2
4
75%
12,6
20
7,5%
Tabela 02 Zoneamento Área de Intervenção • Fonte: Autor
ZEIS
Escala 1 : 7’500
ZCE
NORTE
ZEP ZEIS
Z I E - IV
ZR4
ZEIS
ZM1
ZR5
ZT3
ZR4
ZM1
ZEP
Z I E - IV
ZM1
ZR4
ZM1
ZR1
ZCS2
ZR4
ZEP RIO PA R
Z I E - IV
ZCS3
AN Á
ZM1
ZCC
ZC
Figura 89 Zoneamento do Setor Fonte: PDDIS, 2017 Modificado pelo Autor
ZM1
61
ZPP
Parque do Batalhão
Z I E - IV
Exigências do Conama, pela resolução 369, sobre intervenções em áreas de APP, pertinentes ao trabalho:
62
1. Apuração da Morfologia
Seção III Da implantação de Área Verde de Domínio Público em Área Urbana
Art. 8º A intervenção ou supressão de vegetação em APP para a implantação de área verde de domínio público em área urbana, nos termos do parágrafo único do art 2o da Lei no 4.771, de 1965 uma vez atendido o disposto no Plano Diretor, se houver, além dos seguintes requisitos e condições: iii - percentuais de impermeabilização e alteração para ajardinamento limitados a respectivamente 5% e 15% da área total da APP inserida na área verde de domínio público. § 2o O projeto técnico que deverá ser objeto de aprovação pela autoridade ambiental competente, poderá incluir a implantação de equipamentos públicos, tais como: a) trilhas ecoturísticas; b) ciclovias; c) pequenos parques de lazer, excluídos parques temáticos ou similares; d) acesso e travessia aos corpos de água; e) mirantes; f) equipamentos de segurança, lazer, cultura e esporte; g) bancos, sanitários, chuveiros e bebedouros públicos; e h) rampas de lançamento de barcos e pequenos ancoradouros § 4o É garantido o acesso livre e gratuito da população à área verde de domínio público.
condições ecológicas da área, nem enseje qualquer tipo de exploração econômica direta, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável; ix - coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, desde que eventual e respeitada a legislação específica a respeito do acesso a recursos genéticos; x - plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos vegetais em áreas alteradas, plantados junto ou de modo misto; § 1o Em todos os casos, incluindo os reconhecidos pelo conselho estadual de meio ambiente, a intervenção ou supressão eventual e de baixo impacto ambiental de vegetação em APP não poderá comprometer as funções ambientais destes espaços, especialmente: i - a estabilidade das encostas e margens dos corpos de água; ii - os corredores de fauna; iii - a drenagem e os cursos de água intermitentes; iv - a manutenção da biota; v - a regeneração e a manutenção da vegetação nativa; e vi - a qualidade das águas. § 2o A intervenção ou supressão, eventual e de baixo impacto ambiental, da vegetação em APP não pode, em qualquer caso, exceder ao percentual de 5% (cinco por cento) da APP impactada localizada na posse ou propriedade.
Parque do Batalhão
Art. 11° Considera-se intervenção ou supressão de vegetação, eventual e de baixo impacto ambiental, em APP: i - abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso de água, ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável praticado na pequena propriedade ou posse rural familiar; ii - implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber; iii - implantação de corredor de acesso de pessoas e animais para obtenção de água; iv - implantação de trilhas para desenvolvimento de ecoturismo; v - construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; vi - construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais da região amazônica ou do Pantanal, onde o abastecimento de água se de pelo esforço próprio dos moradores; vii - construção e manutenção de cercas de divisa de propriedades; viii - pesquisa científica, desde que não interfira com as
63
Seção V Da Intervenção ou Supressão Eventual e de Baixo Impacto Ambiental de Vegetação em APP
2. Apuração de Correlatos
64
Figura 90 O céu de Foz #02 • Fonte: Arquivo pessoal do autor
.
APURAÇÃO DE CORRELATOS
Parque do Batalhão
65
2
Reserva Contraste Hierarquia Presença de Presença de Presença Presença ambiental, de gabarito Importância Isolamento/ Ressignificação Proteção Presença de Lazer Lazer equipaequipade equipade meio a meio a área Ambiental Ecológica antítese à de lugar com de Total Ativo Passivo Espaços mentos mentos de mentos corpos região urbana Escala Macro vida urbana Permanente histórico memorial Livres institucionais permanência esportivos de água adensada consolidada
Central Park, Nova Iorque/ EUA
16
66
2. Apuração de Correlatos
Complexo Orla de Rosario, Rosario/ ARG Córrego Cheong Gye, Seul/ KOR Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ RJ Orla do Guaíba, Porto Alegre/ RS
12 11 13 16
Parc de la Villette, Paris/ FRA
8
Parkorman Park, Istambul/ TUR
9
Parque Barigui, Curitiba/ PR
13
Parque da Juventude, São Paulo/ SP Parque do Ibirapuera, São Paulo/ SP
14 16
Parque do Ingá, Maringá/ PR
13
Parque do Mindu, Manaus/ AM
10
Parque Gleisdreieck, Berlim, ALE Parque Madureira , Rio de Janeiro/ RJ Parque Manancial de Águas Pluviais, Haerbin/ CHN Parque Minghu, Liupanshui/ CHN Parque Shenzhen, Shenzhen Shi, CHN Parque Villa-Lobos, São Paulo/ SP
12 10 11 9 13 10
Parque Zaryadye, Moscou, RUS
11
Superkilen, Copenhagen/ DEN
10
Sydney Park, Sydney, AUS
10
Tabela 03 Elenco de Referências e Correlatos • Fonte: Autor
A tabela ao lado organiza exemplares similares, listados a partir da bibliografia estudada e pesquisas na internet, e características gerais do projeto estipuladas de acordo com atributos naturais instrínsecos e contexto do estudo de caso.
67
Depois de devidamente elencados, as referências projetuais são divididas perante suas pontuações atingidas. Das obras que atingiram maiores pontuações, foram as escolhidas três para um estudo mais aprofundado, os correlatos. Central Park, Parque do Ibirapuera e Parque da Orla do Guaíba são parques urbanos de contexto urbano consolidado, com presença significante de infraestruturas verdes, hídricas e antrópicas. Estima-se que, ao analisar mais profundamente tais projetos, seja possível extrair diretrizes projetuais.
Parque do Batalhão
Os estudos de caso foram eleitos de uma maneira simples, de acordo com grau de semelhança. Algumas características ganharam pontuação maior conforme maior influência e importância para o projeto. Importância Ecológica Escala Macro, Ressignificação de lugar com histórico, Presença de memorial e Presença de corpos de água somam 2 pontos, enquanto as demais somam 1 ponto cada. As cores na coluna final estão de acordo com a porcentagem de características de semelhança alcançadas. Cinza: 0-40%; Vermelho: 41-55%; Amarelo: 5670%; Verde: 71-85%; Azul 85-100%
68
2. Apuração de Correlatos
Os outros exemplares de menor pontuação foram divididos de acordo com sua utilidade para o projeto. Os “Exemplares”, como propriamente dito, serviram somente de estímulo e visibilidade da importância de projetos paisagísticos da mesma natureza deste trabalho. Esses serão somente citados em reconhecimento e visibilidade de projetos paisagísticos. Já as “Referências pontuais”, foram leituras que deixaram ensinamentos pontuais considerados de grande valia. Estes foram destacados de acordo com a potencialidade de aplicação e absorção no projeto; Para a análise dos correlatos espera-se acumular embasamentos para soluções de projeto paisagístico. O processo de análise foi inspirado por Vargas (2006, p.03), que elenca quatro viéses que não podem faltar em uma análise de correlato de projetos urbanísticos em áreas centrais: A-Herança; B-Funcionalidade; C-Estrutura urbana; D-Razão do projeto. A partir de Vargas, de outros Trabalhos Finais estudados e das demais bibliografias, estipula-se encontrar as seguintes informações nos estudos:
Herança
1) Origem da proposta; 2) Dados básicos;
Razão do Projeto
3) Razão do Projeto;
Estrutura Urbana
4) Contexto ambiental; 5) Contexto urbanístico;
Funcionalidade
6) Composição; 7) Mobilidade; 8) Programa de atividades;
2.1. EXEMPLARES Complexo Orla de Rosario, Rosario/ ARG
AUTORIA, ANO Prefeitura Municipal de Rosario, (sem data) DIMENSÃO Aprox. 15Km
Parque Madureira, Rio de Janeiro/ RJ
AUTORIA, ANO Ruy Rezende Arquitetos, 2015 DIMENSÃO 45 ha Figura 91 Centro Cultural Parque Espanha • Fonte: TripAdvisor
Figura 94 Parque Madureira • Fonte: Flickr
7
10
AUTORIA, ANO Governo Federal da Coreia do Sul, 2005
AUTORIA, ANO Jie Zhu, 2017
DIMENSÃO 5,8 Km
DIMENSÃO 77 ha Figura 92 Córrego Cheong Gye • Fonte: Pinterest
Figura 95 Parque Madureira • Fonte: Archdaily
4
Parque Barigui, Curitiba/ PR
09
69
Parque Zaryadye, Moscou/ RUS
Parque do Batalhão
Parque Shenzhen, Shenzhen/ CHN
Córrego Cheong Gye, Seul/ KOR
AUTORIA, ANO Prefeitura Municipal de Curitiba, 1972
AUTORIA, ANO Diller Scofidio e Renfro, 2017
DIMENSÃO 140 ha
DIMENSÃO 10,2 Km Figura 93 Parque Barigui • Fonte: Flickr
6
Figura 96 Parque Zaryadye • Fonte: ArchDaily 08
2.2. REFERÊNCIAS PONTUAIS Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ RJ AUTORIA, ANO Karl Glasl, 1863 DIMENSÃO 54 ha RELEVÂNCIA Pavilhões abertos; malha ortogonal com pontos focais em nós. Figura 97 Pavilhões abertos Jardim Botânico do Rio de Janeiro • Fonte: Visit Rio 11
Figura 98 Malha caminhos Jardim Botânio RJ • Fonte: JBRJ 12
Parc de la Villette, Paris/ FRA
70
2. Apuração de Correlatos
AUTORIA, ANO Bernard Tschumi, 1983 DIMENSÃO 135 hav RELEVÂNCIA Composição por sobreposição de malhas de pontos, linhas e superfícies Figura 99 Sobreposição de malhas • Fonte: Archdaily 14
Figura 100 Encontro de ponto (edifício em vermelho) com linha (passeio) e superfície (corpo d’água) • Fonte: Archdaily 14
Parkorman Park, Istambul/ TUR AUTORIA, ANO Studio DROR, (projeto de 2013) DIMENSÃO 148 ha RELEVÂNCIA Passarelas flutuantes; espaços alveolares de copas altas com térreo livre. Figura 101 Espaços alveolares e esquema em planta • Fonte: Archdaily 13
Figura 102 Passeios flutuantes • Fonte: Archdaily 13
Parque da Juventude, São Paulo/ SP AUTORIA, ANO Rosa Kliass e Escritório Aflalo & Gasperini, 1999 DIMENSÃO 24 ha RELEVÂNCIA Ressignificação de um local com história (antigo Complexo Presidiário do Carandiru) Figura 103 Evolução aplicação parque • Fonte: Archdaily 15
Figura 104 Pessoas sobre estruturas do antigo edifício • Fonte: Archdaily 15
Parque do Ingá, Maringá/ PR AUTORIA, ANO Prefeitura Municipal de Maringá, 1971
RELEVÂNCIA Passeios internos; sistema de passarelas elevadas; projeto em fundo de vale paranaense
Figura 105 Passarela elevada permeável • Fonte: Autor
03
Figura 106 Parque do Ingá inserido na malha urbana • Foto: Mario Roberto Durám Ortiz 03
Parque do Mindu, Manaus/ AM
71
AUTORIA, ANO Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus, 1993 DIMENSÃO 42 ha RELEVÂNCIA Arquitetura em climas úmidos; edifícios cobertos e muito ventilados
Parque do Batalhão
DIMENSÃO 47,3 ha
Figura 107 Anfiteatro Parque Mindu • Fonte: Amazonas é Mais 16
Figura 108 Interior Anfiteatro Parque Mindu • Fonte: Tripadvisor 17
AUTORIA, ANO Felix Schwarz, Andreas Lipp,2011
Parque Gleisdreieck, Berlim/ ALE
DIMENSÃO 16 ha RELEVÂNCIA Equipamentos de dimensões generosas e consequente ampla possibilidade de apropriações Figura 109 Equipamentos e Reserva Gleisdreieck • Fonte: Archdaily 02
Figura 110 Equipamentos amplos Gleisdreieck • Foto: Archdaily 02
Parque Manancial de Águas Pluviais, Haerbin/ CHN
72
2. Apuração de Correlatos
AUTORIA, ANO Escritório Turenscape, 2009 DIMENSÃO 30 ha RELEVÂNCIA Água em várias formas: alagado, pântano; passarelas suspensas; contato próximo com águas Figura 111 Contato com água em suas várias formas, Parque Manancial • Fonte: Archdaily 03
Figura 112 Implantação Parque Manancial • Fonte: Archdaily 03
Parque Minghu, Liupanshui/ CHN AUTORIA, ANO Escritório Turenscape, 2013 DIMENSÃO 6000 ha RELEVÂNCIA Água em várias formas: rio, alagado, pântano; passarela suspensa; contato próximo com águas Figura 113 Contato com água em suas várias formas, Parque Minghu • Fonte: Archdaily
18
Parque Villa-Lobos, São Paulo/ SP
AUTORIA, ANO Escritório Décio Tozzi, 1990 DIMENSÃO 75,4 ha RELEVÂNCIA Bolsões vazios conectados visualmente e atravessados por passeio sinuoso
AUTORIA, ANO Bjarke Ingels (BIG), 2011
Figura 114 Composição de cheios e vazios Parque Villa-Lobos • Fonte: Galeria da Arquitetura 19
Figura 115 Anfiteatro Parque Villa-Lobos • Fonte Galeria da Arquitetura 19
Superkilen, Copenhagen/ DEN
RELEVÂNCIA Contexto multicultural, bairro de imigrantes; equipamentos lúdicos de várias origens e linguagens, setorizados de acordo com sua utilidade; o desenho do piso guia os passeios e abraça os mobiliários
Figura 116 Plano Massa Superkillen • Fonte: Big 20
Figura 117 Superkillen • Fonte: Big 20
73
Sydney Park, Sydney/ AUS
Parque do Batalhão
DIMENSÃO 4,3 ha
AUTORIA, ANO Turf Design Studio, 2015 DIMENSÃO 1,6 ha RELEVÂNCIA Contato com água, passeios e espaços amplos
Figura 118 Parque Sydney 1 • Fonte: Archdaily 01
Figura 119 Parque Sydney 2 • Fonte: Archdaily 01
2. Apuração de Correlatos
74 Figura 120 Central Park • Fonte: Flickr
1
2.3. CORRELATOS Central Park, Nova Iorque/ EUA
Razão do Projeto
Em 1858 o parque foi inaugurado com 315ha e, com o tempo, foi sendo ampliado e modificado até atingir suas dimensões atuais, de 341ha, muito devido à urbanização de todo seu perímetro. (Central Park Conservancy, 2019). O Central Park nasceu com o intuito de servir à população local como infraestrutura de lazer, a exemplo de parques europeus, como o Hyde Park, em Londres. Viveu um grande momento de reconhecimento extramunicipal e internacional nos anos 60, quando foi palco de inúmeros eventos culturais e cenário/ tema de filmes assistidos mundialmente (Central Park Conservancy, 2019).
Parque do Batalhão
Dados Básicos
No começo do século XIX, a cidade de Nova Iorque vivia um florescente crescimento. Nessa época, de maneira semelhante a Foz, sua população saltou em quase quatro vezes num curto período. Essa população crescente, e o frenesi de uma metrópole em ascenção fizeram arquitetos e planejadores refletirem sobre a necessidade de uma antítese a esse espaço urbano frenético. Ainda na metade do século XIX foi realizado um concurso para o desenho de um grande parque para a cidade, em uma região que, à época era um limite ao norte da expansão urbana. Os vencedores foi um grupo liderado por Frederick Law Olmsted, escritor-jonalista e paisagista, e Calvert Vaux, arquiteto britânico (Central Park Conservancy, 2019).
75
Origem da proposta
Contexto ambiental
NORTE
LEGENDA Água Áreas Verdes Ação Antrópica Correlato Altura da foto: 165mil pés
A Cidade de Nova Iorque fica ao sul do estado de Nova Iorque, na foz do Rio Hudson com o Oceano Atlântico. Manhattan é a ponta de uma península, próxima a um conjunto de ilhas, que recebe uma das maiores aglomerações metropolitanas dos Estados Unidos. O Central Park, dada sua escala, é um ponto marcante no mapa, se tratando de espaços verdes meio a tal aglomerado urbano. São poucas as áreas verdes restantes nesse contexto, distante de quaisquer matrizes verdes significantes. Com isso, o Central Park ganha importância ecológica em escala macro, mesmo que sua infraestrutura-verde e hídrica tenha sido obra humana (Central Park Conservancy, 2019).
O movimento de ocupação do território de Manhattan, distrito que abriga a cidade, se deu a partir da ponta sul da ilha em direção norte, o que gerou um gradiente na paisagem da cidade. Atualmente, o gabarito dos edifícios apresentam um suave escalonamento em volta do Central Park, sendo os mais altos ao sul e os menos altos ao norte. A região é enormemente servida de atratores públicos, como museus, galerias, restaurantes temáticos, escolas, zoológicos, entre outros. Muitos desses dentro do próprio parque (Central Park Conservancy, 2019).
Contexto urbanístico
76
2. Apuração de Correlatos
Figura 121 Contexto Ambiental Nova Iorque/ EUA • Fonte: Autor
LEGENDA Água Faces Ed. Adjacentes Faces Ed. 2° Plano Geradores de Fluxo Figura 122 Contexto Urbano • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor.
NORTE
>> >>
>> >>
>>
>>
>> >>
>>
>>
>> >> >> >>
>> >>
>> >>
>> >>
>> >>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>>
>> >>
>> >>
>> >> >>
>>
>> Figura 123 Composição Central Park • Fonte: Autor • Sem Escala
77
>>
Parque do Batalhão
>> >>
LEGENDA Edificações Infraestrutura Verde Infraestrutura Hídrica Vazios Significativos Caminhos >> Acessos Equipamentos e Canchas
O traçado dos passeios internos contrastam com o reticulado ortogonal do entorno. Os elementos construídos são pulverizados ao longo dos passeios curvilíneos. Sanitários são acessados por todo o parque, todavia comedorias, pontos informativos e serviços de alugueis são mais facilmente encontrados na sua porção sul. Museus, monumentos, fontes e estátuas são concentradas a leste, nos ambientes próximos à 5th Avenue, importante eixo cultural da cidade. Esses naturalmente ancoram os espaços livres a sua volta, mas, dada a dimensão do parque, eles acabam não tendo tanta relevância na leitura geral do parque. Grandes vazios sim são importantes elementos sintáticos no caso. O reservatório Jacqueline Kennedy Onassis é um imenso alagado construído, cercado por toda sua volta e munido de um passeio circundante. Outros vazios menores com função esportiva são encontrados espalhados por todo o núcleo do quadrilátero: Canchas de voleibol, handebol, tênis e principalmente de beisebol. Os playgrounds infantis são localizados ao longo do perímetro do parque. Algumas vias penetram no parque conectando os equipamentos maiores à malha urbana (Central Park Conservancy, 2019).
>>
Composição
with a relaxing ride or a challenging workout. Paved drives circle the entire Park and are shared by cyclists, runners, walkers, skaters, horse carriages, and more.
Walk your bike on lands
NORTE
FREDERICK DOUGLASS CIRCLE
Ready to ride in Central Park? Keep these laws and rules in mind.
SEVENTH AVENUE
E 110
and Pool
3
W 106
Great Hill
CENTRAL PARK WEST
cling
o
(shared by pedestrians, bicyclists, and vehicles)
Visitor Center
Steep Hills
Information Kiosk
Transverse Road
Restroom / Closed Winter
yclists,
strians
r bike)
Pedestrian Path
(pedestrians only, walk your bike)
Mile Markers (Loop is 6.02 mi / 9.68 km) Bike Parking Visitor Center Information Kiosk
Drinking Fountains / Closed Winter Emergency Call Box or Dial 911
FIFTH AVENUE
Wear a helmet — if you’re under 14, it’s required
Theater
Shakespeare Garden
Swedish Cottage Marionette Theatre
The Gill Loeb Boathouse
Alice in Wonderland
1 Conservatory
centralparknyc.org/bicy WaterKerbs
Boathouse
Bow Bridge
Strawberry Fields
CENTRAL PARK WEST
Pilgrim Hill
Cherry Hill
O-
E 72
IV Y DR WA
Rumsey Playfield Naumburg Bandshell
East Green
Mineral Springs
The Mall
Sheep Meadow
Dene
FIFTH AVENUE
W 72
Balto
E66 Dene Dairy Slope Tisch Children’s Zoo Visitor Center Carousel & Gift Shop
Chess & Checkers
Arsenal Central Park Zoo
Wollman Rink
Alice in Wonderland 1 Conservatory WaterKerbs
Boathouse
Pilgrim Hill
E 72
IVE
Rumsey Playfield Naumburg Bandshell
Mineral Springs
East Green
Figura 124 Mapa de Mobilidade Central Park e Legenda • Fonte: Central Park Conservancy 2 • Modificado pelo autor
The Mall
AVENUE OF THE AMERICAS (SIXTH AVENUE)
Park Drive
(shared by pedestrians, bicyclists, and vehicles)
Mile Markers (Loop is 6.02 mi / 9.68 km) Bike Parking
Path shared with pedestrians
Visitor Center
Steep Hills
Information Kiosk
Transverse Road
Restroom / Closed Winter
Pedestrian Path
(pedestrians only, walk your bike) Grand Army Plaza
Wheelchair Accessible Drinking Fountains / Closed Winter Emergency Call Box or Dial 911
@centralparknyc
Cedar Hill
DR AY W -
SEVENTH AVENUE
Map Key
(vehicles only)
Gapstow Bridge Hallett Nature Sanctuary The Pond CENTRAL PARK SOUTH (59TH ST)
COLUMBUS CIRCLE
Bow Bridge
O
Cedar Hill
The Ramble
Heckscher Ballfields
Bethesda Terrace
centralparknyc.org/bicycling
E 79
Belvedere Castle
6
Loeb Boathouse
Please note: Central Park drives can be congested on weekends and during nice weather.
Turtle Pond
Ladies Pavilion
E 79
TW
The Metropolitan Museum of Art
Obelisk
FIFTH AVENUE
CENTRAL PARK WEST
FIFTH AVENUE
Great Lawn
W 81
0
Cherry Strawberry Hill Fields @centralparknyc
E 85
5
Summit Rock
Tavern on the Green
Belvedere Castle
Restroom / Closed Winter Wheelchair Accessible
The Metropolitan Museum of Art
Turtle Pond
Emergency Call Box or Dial 911
Don’t ride on pedestrian paths, except on the marked shared paths above 95th Street
Police Precinct
W 66
Drinking Fountains / Closed Winter
W 72
Please note: Central Park during nice weather. Travel counter-clockwise on the drives that circle the Park
Walk your bike on landscapes
The Lake
Wheelchair Accessible
Ride at a slower speed in response to crowds, emergencies, or weather conditions 2
TW
Ladies Pavilion
Slow down at crosswalks
Tennis Courts
S
Mile Markers (Loop is 6.02 mi / 9.68 km) Bike Parking
E 97
Reservoir
The Gill
Path shared with pedestrians
(vehicles only)
78
66
Park Drive
W 97
E
Obelisk
Map Key
Yield to pedestrians
W
The Ramble
RAL PARK WEST
72
Ready to ride in Central Park? Keep these laws and rules in mind.
Obey designated lanes, traffic signals, stop signs, and the maximum speed limit of 20 mph
East Meadow
N
TH AVENUE
2. Apuração de Correlatos
drives can be congested on weekends and
se
IV
CENTRAL PARK WEST
E 85
Great Lawn
Swedish Cottage Marionette Theatre
’re under 14, it’s required
W
Arthur Ross Pinetum
Garden
With its scenic views and hilly terrain, Central Park can provide cyclists with a relaxing ride or a challenging workout. Paved drives circle the entire Park and are shared by cyclists, runners, walkers, skaters, horse carriages, and more.
North Meadow
North Meadow Recreation Center
85
scapes
T WO -
The Pool
W 100
W 86
Wear a helmet — if you’re under 14, it’s required in response to crowds, emergencies, or weather W congested 81 Please note: Central Park drives can be on weekends andDelacorte Theater during nice weather. se on the drives that circle the Park centralparknyc.org/bicycling n paths, except on the marked shared paths Shakespeare
79
The Ravine The Loch
4
97
lks
Conservatory Garden
Central Park Bike Map
Wear a helmet — if you
Police Precinct
Summit 5 Don’t ride on pedestrian paths, except on theRock marked shared paths
E 106
Huddlestone Arch
Peter Jay Sharp Children’s Glade
hilly terrain, Central provide cyclists speed limitPark of 20can mph Arthur Ross hallenging workout. Paved drives circle the Slow down at crosswalks Pinetum d by cyclists, runners, walkers, skaters, horse Ride at a slower speed in response to crowds, emergencies, or weather conditions ark? Keep these laws and rules in mind. Travel counter-clockwise on the drives that circle the Park
Walk your bike on landscapes
DUKE ELLINGTON CIRCLE
Charles A. Dana Discovery Center Nutter’s Harlem North WoodsLasker Rink Battery Meer
Blockhouse
Yield to pedestrians Bike Map W 86 Obey designated lanes, traffic signals, stop signs, and the maximum
traffic signals, abovestop 95thsigns, Streetand the maximum
LENOX AVENUE
W 110
DR
Mobilidade
AY
106
O parque é cortado por 4 leitos carroçáveis, indicados em azul no mapa. Verdadeiras trincheiras rebaixadas do nível do solo, que permitem tanto a transposição do parque por veículos, quanto o ingresso de modais a serviço de equipamentos institucionais internos. As travessas cortam o quadrilátero somente no seu menor sentido, fazendo entender que elas são possíveis graças a essa forma longitudinal. O passeio público interno ao parque não é prejudicado, pois contam com pontes para a transposição das trincheiras (Central Park Conservancy, 2019).
Map Key Park Drive
NORTE
Pelos pedestres, o parque não pode ser acessado por todo seu perímetro. Formações rochosas e desníveis impedem a livre fruição, mas existem largos de entrada localizados por quase toda a extensão do parque. Essas entradas estão geralmente localizadas no entroncamento das avenidas perpendiculares às avenidas que contornam o Central Park. Linhas de metrô tangenciam suas faces oeste e norte. Atualmente o entorno é munido de linhas de ônibus e equipamentos de rápido aluguel de modais a tração humana.
79
Parque do Batalhão
Nem todos os trechos do passeio interno tem acessibilidade devido aos grandes desníveis do terreno e às escadarias que os vencem. O Central Park Conservancy, instituição que dá manutenção ao parque, em seu mapa de uso (ao lado) demarca os trechos de acordo com sua declividade (Central Park Conservancy, 2019).
Figura 125Declividade Passeios Central Park. e Legenda • Fonte: Central Park Conservancy 2 • Modificado pelo autor
80
2. Apuração de Correlatos
Programa de Atividades
O Parque soma ao longo da sua história dezenas de atividades. Especialmente pela suas dimensões e seu contexto urbano dinâmico, o Central Park foi sendo transformado ao longo do tempo. Do seu programa inicial permanecem o grande lago, os jardins e alguns equipamentos culturais. Foram somados ringues de patinação, museus, instalações artísticas, canchas esportivas de modalidades específicas e estabelecimentos privados de comércio e serviço. É notada a dimensão do reservatório (12), que tem participação importante na infraestrutura hídrica da região. Uma projeção de áreas apresenta que o alagado construído do Central Park é aproximadamente metade da área do Parque do Batalhão. Adjacente a esse alagado, o Museu Metropolitano de Arte (4, foto D), uma instalação policial (14) e alguns equipamentos menores de esporte e cultura (4 e 11). Por fim são destacados os playgrounds (5), que são localizados na periferia do parque, o que torna o uso mais seguro para as crianças que não precisam adentrar o parque para usufruir de tais espaços.
0 50 100
200
300
500
NORTE
4 5 20 8 8
7
5
5
17 20 8
15
1
1
20 2
1
16 15 1
20 8
19 1
20 8
20 11 8
1 15
5
20
7
3
20
14
8
12 5
5
5
12
10 13
8 1 5
4
8
8 9 10
7 20 2 1
3 4
1
4
1 3 4 5 6 7
Monumento/ Arte Plástica Rinque de Patinação Mirante sobre Lago Museu Playgrond Jardim Conservatório Canchas de Beisebol
8 9 10 11 12 13 14
Sanitários Cancha de Handebol Cancha de Basquete’ Quadra de Tênis Alagado Construído Quadra de Vôlei Instalação Policial
8
15 16 17 18 19 20
8 15 5
8
4
LEGENDA
2
5
15
8
3 20 8
8
18
5
16 1 3
5
1
5
5
Lago Natural Concha Acústica Cancha de Críquete Carrossel Zoológico Comedoria Projeção Área Parque Foz
Figura 126 Programa de Atividades Central Park. • Fonte: Autor
4
6
4 1
5
1
Parque do Batalhão
8
81
1
2. Apuração de Correlatos
82 Figura 127 Parque do Ibirapuera • Fonte: Revista Exame
6
Até 1890, a Várzea do Ibirapuera servia de pastagem para rebanhos. Assim que se tornou propriedade pública, não teve propósito de uso, até que no começo da década de 20 o surgimento do bairro de elite Jardim América alavancou a ocupação da região do Ibirapuera. Ainda na primeira metade do século, muitos projetos foram feitos até que o projeto do Grupo de Oscar Niemeyer, em 1952, recebe o mérito da execução.
Dados Básicos
São 158ha de parque, que por pouco não foram loteados se não fosse a insistência do poder público municipal em criar o primeiro parque público metropolitano da América-Latina 1.
BARONE, A. C. C. .Ibirapuera: parque metropolitano (1926-1954). 2007. Tese de DouXoVado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo,
1
São Paulo, 2007.
Razão do Projeto ANDRADE, M. M. . O processo de formação do Parque do Ibirapuera. 2004. Revista do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, v 204, p49-65 2
PIC - Parque Ibirapuera Conservação. Dados Gerais. 2019. Acessado em 02 de maio de 2019. Disponível em https://parqueibirapuera.org/ parque-ibirapuera/parqueibirapuera/
3
A maior motivação nesse momento era a comemoração dos 400 anos da cidade de São Paulo, que aconteceria em 1954, e uma especulação política sobre a emergente classe média paulista 2. O ante-projeto do paisagismo foi feito por Roberto Burle Marx, maior expoente da história do paisagismo brasileiro, e mais tarde alterado e executado pelo paisagista Otávio Augusto Teixeira Mendes. O Parque recebe obras de Oscar Niemeyer, como a Oca, a Marquise e outros pavilhões, todos tombados pelo Iphan, assim como o próprio parque 3.
83
Origem da proposta
Parque do Batalhão
Parque do Ibirapuera, São Paulo/ SP
NORTE
Contexto ambiental
De acordo com o Plano Diretor Municipal de São Paulo (2015), a infraestrutura verde da cidade pode ser resumida em três categorias: Fragmentos de unidades de conservação e florestas secundárias- especialmente na zona sul do município; vegetação implantada, como arborização viária, praças, parques e afins; e unidades isoladas particulares no intralote. O crescimento energético da cidade seguido de um planejamento inadequado resultaram em uma impermeabilização excessiva do solo , ocupação de áreas de preservação permanente e outros graves problemas ambientais 4.
JACOBI, 2006; COSTA, 2010. IN LOCATELLI, M. M. . Ecologia da Paisagem para o planejamento da infraestrutura verde da cidade de São Paulo, SP. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Agricultura, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. 4
Figura 128 Contexto Ambiental São Paulo/ SP • Fonte: Autor
NORTE
Contexto urbanístico
O Parque do Ibirapuera está localizado entre os bairros Jardim América, Vila Mariana e Vila Olímpia, região central da metrópole. São importantes geradores de fluxo nas imediações: O Ginásio Poliesportivo Mário Pinheiro, supermercados, outras praças e clubes também caracterizados por espaços verdes e alguns hospitais. Edifícios verticais se aproximam por todas as direções mas não chegam a tocar seu perímetro, conformando um escalonamento na paisagem construída.
84
2. Apuração de Correlatos
LEGENDA Água Áreas Verdes Ação Antrópica Correlato Altura da foto: 165mil pés
LEGENDA Água Faces Ed. do Contexto Parque do Ibirapuera de Fluxo Figura 129 Contexto Urbanístico Parque do Ibirapuera • Fonte: Autor
Conformou-se uma mancha predominantemente construída, oriunda do projeto original, com as obras de Niemeyer ligadas por uma marquise, símbolo do parte. Outros equipamentos são dispostos pelo parque de acordo com um promenade de traçado orgânico. Paralelamente, o parque apresenta uma mancha predominantemente livre de construções, ancorada pelos lagos e praças pulverizadas ao longo dos passeios. As obras originais são patrimônios da Arquitetura Brasileira da década de cinquenta, clara expressão do modernismo no país. Mais tarde, outras obras foram sendo acrescidas ao projeto, como um planetário, um pavilhão temático e alguns edifícios de apoio, que ganharam diferentes usos ao longo do tempo (PIC, 2019).
Figura 130 Obras Niemeyer • Fonte: Veja SP
5
Grandes espaços livres garantem permeabilidade visual, como os grandes lagos, o entorno da marquise e a Praça da Paz, que já foi palco de inúmeros eventos de abrangência nacional (PIC, 2019). Figura 131 Marquise • Fonte: Parque Ibirapuera
4
Parque do Batalhão
O parque também conta com áreas de mata fechada e arborização de grande porte, todavia ainda de uso intensivo. Alguns trechos do perímetro são parcelados e são compostos por edificações residenciais, que cercam parte do parque.
Figura 132 Monumentos Ibirapuera • Fonte: PIC
Figura 133 Praça da Paz • Fonte: Catraca Livre
7
85
Composição
NORTE
Sem Escala
>> >>
>>
2. Apuração de Correlatos
>>
>>
>>
>>
86
>>
>>
>>
Figura 134 Projeto por Burle Marx • Fonte: Ibirapuera Conservação
LEGENDA Edificações Infraestrutura Verde Infraestrutura Hídrica Vazios Significativos Caminhos >> Acessos Áreas Parceladas Bolsões Esctacionamento
Figura 135 Composição Parque do Ibirapuera • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor • Sem Escala
O acesso se dá por alguns portões ligados às grandes avenidas que tangenciam o parque. Existe um acesso principal, que acontece através da praça Ibrahim Nobre. Este espaço de ingresso através de uma praça conforma um bolsão de espaço livre de construções que adentra parte do parque. Uma zona de transição, como se o parque pudesse expandir para aquela área de reserva, ou o contrário, o espaço também pode ser lido como uma parte da cidade que entra no parque. De qualquer maneira ambos compartilham de uma permeabilidade visual, Figura 136 Praça Ibrahim Nobre, acesso Parque do Ibirapuera • Fonte: G1 8
Figura 137 Lago como barreira Parque do Ibirapuera • Fonte: Street View 9
Parque do Batalhão
e uma atmosfera mais ampla comparada aos outros acessos, garantindo maior destaque e uma hierarquização dos acessos. Os transeuntes são ali recebidos pela emblemática marquise, meio a duas obras emblemáticas de Oscar Niemeyer. Essa mesma marquise direciona o passeio às outras instituições e, por fim, ao promenade que percorre o parque todo. Alguns poucos bolsões de estacionamento internos ao parque acontecem às margens dessas grandes obras. Os principais edifícios institucionais e a maior parte do percurso é acessível para pessoas com mobilidade reduzida, ainda que, na realidade, o promenade principal se trata de leitos carroçáveis onde atualmente o pedestre também informalmente compartilha uso. Mesmo os caminhos secundários são asfaltados e têm caixa para receber tráfego de automóveis. Atualmente o parque é todo cercado e tem horário de funcionamento. Em maior parte, o cercamento é feito por grades convencionais, mas o parque também utiliza como barreira os próprios lagos e alguns aglomerados residenciais adjacentes.
87
Mobilidade
Figura 138 Acesso Marquise Parque do Ibirapuera • Fonte: Street View 9
Figura 139 Caminhos Internos Parque do Ibirapuera • Fonte: Street View 9
88
2. Apuração de Correlatos
Programa de atividades
O parque do Ibirapuera conta com importantes museus, paulatinamente alimentados de exposições e eventos culturais pela grande metrópole de São Paulo; um alagado percorre o parque, abraçado por áreas verdes, ora mais ora menos densas; uma grande marquise, obras de arquitetura do modernismo brasileiro, praças internas e edifícios institucionais. O projeto inicial de ocupação do Parque do Ibirapuera se mantém praticamente intacto, ao contrário do Central Park. Liga-se essa diferença de apropriação popular coletiva com a diferença de penetrabilidade dos parques. O Central Park possui acessos pontuais, mas é permanentemente aberto, já o parque brasileiro tem horário de uso restrito, o que pode desencadear em uma dinâmica mais restrita de conservação (talvez por isso o parque do Ibirapuera não conta com uma apropriação de comedorias e comércio privado, por exemplo). Mesmo assim, o parque brasileiro recebe ao longo do tempo usos novos, como espaços institucionais de cultura(6, 23, 24), educação (3, 4) e segurança pública (16). Lê-se o programa de atividades em dois tempos: um momento guiado pela marquise, que conecta as emblemáticas obras de Niemeyer e conta um parque urbano, de amplidão e concreto; e outro momento guiado pelo alagado, que conta um parque mais arborizado e íntimo. Ambas resguardam grande potencial de receber atividades variadas. Por fim, a respeito da apropriação a longo prazo do parque, é percebido que o trecho predominantemente construído resultara em mais espaços construídos (3, 4, 6), enquanto o trecho predominantemente livre de construções resultara em mais espaços livres de construções (15, 17, 19, 22).
0
50 100
200
300
500
NORTE
1
24
2
3
4
8
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
10 11
13 12
15
16 18 17
17
20 17
22 19 21
23
Figura 140 Programa de Atividades Parque do Ibirapuera • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
1 2
9
14
89
LEGENDA Projeção Dimensão Parque Foz Fonte Multimídia Museu Afro Brasil Planetário Astrofísica Pavilhão Culturas Brasileiras Pavilhão Japonês Auditório Ibirapuera Marquise Oca Jardim de Esculturas Museu de Arte Moderna Museu de Arte Contemporânea Bienal de Arte de São Paulo Ponte do Lago Praça da Paz Posto da Guarda Municipal Praça lúdica Administração do Parque Bosque da Leitura Antiga Serraria Viveiro Praça Brule Marx Instituto UMAPAZ Parque Ibirapuera Conservação (PIC)
7
5
6
2. Apuração de Correlatos
90 Figura 141 Parque da Orla do Guaíba • Fonte: Archdaily
Orla do Guaíba, Porto Alegre/ RS Origem da proposta
O Parque Urbano da Orla do Guaíba, em Porto Alegre, foi projetado e executado pelo escritório de Arquitetura e Urbanismo de Jaime
O parque possui uma estrutura de 56,7ha ao longo da margem do Guaíba, limite oeste da metrópole. O parque é coroado pelo Centro Cultural do Gasômetro (espaço revitalizado de uma antiga usina de geração de energia) e finda 1,5km ao sul no Anfiteatro Por-do-Sol.
Razão do Projeto
A intenção do projeto foi dar luz a um espaço sombrio e marginalizado. Esse espaço tinha uma importância ambiental, de controle de cheias do Guaíba, mas sofreu um processo de marginalização urbana, portanto social. O projeto de reneração urbana para a costa oeste da cidade trata de oferecer infraestrutura de qualidade, para que assim absorva um público ativo que trará maior vitalidade para o espaço central (LERNER, 2019). O novo endereço passa a receber desde importantes eventos fixos na agenda cultural porto-alegrense, a exemplo da Semana Farroupilha, a eventos fugazes de iniciativas tanto populares, como atos culturais e ecumênicos, quanto privadas, como a Heineken F1 Experience, que aconteceu em novembro de 2018.
91
Dados Básicos
Parque do Batalhão
Lerner e Associados em 2012 e devidamente finalizado em 2018.
NORTE
O Lago Guaíba faz parte da bacia do Lagodos-Patos, grande porção d’água que separa uma estreita faixa de terra do continente no sudeste riograndense. Grandes ilhas de vegetação nativa são preservadas, muito pela inviabilidade de urbanização de suas terras alagadiças. Porto Alegre é apenas uma das cidades que costeiam (e poluem) o Guaíba.
Contexto ambiental
Figura 142 Contexto Ambiental Porto Alegre/ RS • Fonte: Autor NORTE
O parque é localizado ao oeste do centro da capital gaúcha, próximo a importantes geradores de fluxo, como o Centro Cultural do Gasômetro, o Cais Mauá, o próprio Centro Cívico, e Mercado Municipal. O mesmo centro já conta com importantes espaços verdes, como o Parque Farroupilha, Parque da Redenção e outras praças disceminadas pela região.
Contexto urbanístico
92
2. Apuração de Correlatos
LEGENDA Água Áreas Verdes Ação Antrópica Correlato Altura da foto: 165mil pés
LEGENDA Água Faces Ed. do Contexto Parque Orla do Guaíba Geradores de Fluxo Figura 143 Contexto Urbano Porto Alegre/ RS • Fonte: Google Earth, Modificado pelo autor
Veículos não entram no parque. Sua característica longitudinal e a longa avenida perimetral que o acompanha permite que os acessos de serviço e emergência sejam feitos a partir do próprio leito carroçável. Ou seja, só entram pedestres e bicicletas, diminuindo o risco de acidentes.
Todo o comprimento do parque é acompanhado por uma ciclovia de dimensões adequada e pavimentação de boa qualidade. Os trechos cíclicos e pedonais são identificados com sinalizações gráficas e táteis. Um gradiente de velocidades é claramente percebido desde a grande avenida externa ao parque (alto fluxo veicular) até os mirantes (passos vagarosos), passando por ciclovias e passeios. O acesso de pessoas com mobilidade reduzida se dá exclusivamente por rampas e passeios de baixos desníveis ao norte do parque, rente ao prédio do Centro Cultural do Gasômetro.
Parque do Batalhão
Pela proximidade com a região central, a orla pode usufruir de uma grande variedade de modais. Desde bicicletas alugáveis ao trem metropolitano. Os pedestres podem transitar por praticamente todo o parque, exceto por uma pequena porção de mata fechada na ponta ao sul, que teoricamente não faz parte deste projeto, mas se inclui no corpo da Orla.
93
Mobilidade
O projeto conta com uma faixa de construções que acompanha todo o parque com sanitários, escadarias e quiosques. Quiosques esses que podem também ganhar cunho comercial, aumentando ainda mais a atratividade do parque. Tais equipamentos construídos são posicionados como muros de arrimo, fazendo a transição de níveis da rua para o nível da orla. Isso preserva uma leitura da paisagem desimpedida de construções, aumentando a permeabilidade visual, e consequentemente a sensação de segurança e amplitude. O passeio interno é desenhado em curvas, em alusão às águas do Guaíba. Ora ou outra este avança sobre o rio e toma forma de mirante, vezes como passarela de aço, vezes como deck de madeira. As passarelas de aço, estruturas de baixíssimo impacto, afunilam e ampliam o passeio suavemente. Os decks de madeira também contam com assentos construídos virados para o Guaíba. A conexão de tudo isso é por terra, sobre um calçamento que se afasta e se aproxima das partes edificadas dinamizando o passeio e alternando os eixos visuais. Parte da vegetação nativa foi mantida, principalmente a vegetação aquática. Nas partes mais altas e secas do projeto, foram plantadas, aproximadamente de 50 em 50 metros, espécies nativas ou de fácil adaptação, para facilitar uma menor necessidade de manutenção da infraestrutura-verde. Nenhum corpo d’água atravessa o parque em si, mas existem afluentes ao longo do resto da orla que desaguam no Guaíba.
Figura 144 Corte esquemático quiosques/ mirantes • Archdaily 10
Figura 145 Avanços sobre Guaíba • Archdaily
10 Figura
Figura 146 Deck sobre Guaíba e banco construído • Flickr
11
94
2. Apuração de Correlatos
Composição
Destacam-se um grande mirante de aço em balanço sobre o passeio, um restaurante panorâmico sobre o Guaíba e os vários bolsões de landart locados ao longo do passeio interno.
Figura 147 Mirante em cima, quioesque embaixo • Flickr
11
NORTE
10
Figura 150 Vista norturna, restaurante sobre água • Archdaily
10
Figura 151 Passeio sobre Guaíba • Fonte Archdaily
LEGENDA Edificações Infraestrutura Verde Infraestrutura Hídrica Ciclovia Via Automóveis Vias Pedonais Equipamentos Figura 148 Diagrama Composição Parque Urbano Orla Guaíba • Fonte: Autor
10
95
Parque do Batalhão
Figura 149 Piso iluminado com fibra óptica • Archdaily
0
Programa de atividades
50
100
200
400 NORTE
1 4
3
2 7 5 8 5 6
5
9
5
2. Apuração de Correlatos
8
10
6 5
Figura 153 Vista aérea trecho norte • Fonte: Archdaily
8 9
LEGENDA
1 2 3
96
5
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Projeção Dimensão Parque Foz Centro Cultural do Gasômetro Restarante Panorâmico Praça do AeVomóvel Largo sobre Torre Gasômetro Quiosque e Sanitário/Mirante Espaço para Landart Mirante em Balanço Deck sobre Guaíba Passarela sobre Guaíba Acampamento Farroupilha Canchas Areia Canchas Pavimentada Estacionamento Anfiteatro Pôr-do-sol Guaíba
5 6
5 11
12
8
13
15 14
Figura 152 Programa de Atividades Parque Orla Guaíba • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor
10
Relato de uma experiência: O sol se põe e reflete no Guaíba. A vista, que já virou cartão postal da cidade, reune milhares de pessoas todos os domingos. As cores, a imensidão das águas, o reflexo do céu, veleiros lentamente deslizando sobre o horizonte macio e pessoas
essa vista, dando escala pra tudo que se vê, enquanto inocentemente se passeia com tranquilidade. Posto o sol, ventos frios vêm lembrar que é hora de ir embora. Ao sair, um chão estrelado diz, volte sempre. Quando a visita é boa a gente se despede bem.
Parque do Batalhão
interrompendo
97
É observada uma caracterítica forte de linearidade neste parque, por se tratar de um parque de orla. Para quebrar essa monotonia da linha, o projeto se desenvolve em ondulações, fazendo alusão, inclusive às águas do Guaíba. Caminhos que ondulam em terra e por vezes sobre a água em forma de deck ou passarela metálica. Ambos momentos guardam caracterísicas de uso diferentes, os decks também contam com equipamentos de permanência, enquanto as passarelas são extensões do passeio sobre o lago. Além dos caminhos, também surgem com o desenho sinuoso do parque os edifícios de apoio, que estão sujeitos a apropriação privada, para fins comerciais. Adicionalmente, para quebrar a linearidade do parque, a cada cinquenta metros é apresentado um novo atrator, por meio de afunilamento ou amplidão dos canteiros entre os passeios. Esses atratores são vezes artes plásticas (land art), vezes canchas esportivas, vezes alternativas de acesso a outros níveis do parque. Por fim, pontua-se a precisão que o parque se inicia e encerra em grandes equipamentos (1 e 14), o que facilita a leitura de sua grande extensão.
2. Apuração de Correlatos
98 Figura 154 Parque da Aterro do Lago Igapó • Fonte: Skyscrapper City
15
2.4 ESTUDO DE CASO ESPECIAL Aterro do Igapó, Londrina/ PR
Nas primeiras décadas do município de Londrina, a exemplo da contemporânea Lagoa da Pampulha (Belo Horizonte/ MG), foi represado o córrego Cambé, corpo d’água de um dos inúmeros fundos de vale da cidade. Com o tempo o Lago foi cortado com vias e fragmentado em partes. Na década de 50, o Lago Igapó 3 se assemelhava aos outros fragmentos do Lago Igapó, um represamento de corpo hídrico em , margeado por vias e árvores de grande porte. Na década de 70 ganhou qualidade de Aterro, quando o fluxo do córrego foi desviado para suas laterais e seu centro ganhou uma grande área plana gramada. Desde então a população usa o Aterro para atividades físicas, passeio, lazer, encontros, etc.
Dados Básicos
O Aterro do Lago Igapó está localizado à margem sul da região central de Londrina/ PR e é um grande exemplo de cultivo do espaço vazio no meio da cidade, de 11,7 ha. Vazio esse que permite a apropriação da população de diversas maneiras.
99
Origem da proposta
Parque do Batalhão
O estudo a seguir se trata de uma Avaliação Pós-Ocupação/ APO realizada in loco pelo próprio autor no primeiro semestre de 2018, e diz respeito fundamentalmente sobre a percepção de quem usufrui do espaço projetado e construído. Um feedback do último sujeito a entrar em cena quando falamos em projeto, o usuário.
100
2. Apuração de Correlatos
Composição
Para análise da sua composição, visto que não possui edifícios construídos, foram levantadas qualidades espaciais segundo a Gestalt: - Limites conformados pelo anel verde, que isola o gramado central e o dá forma; - Linearidade dos núcleos de atividades; - Relações de proximidade entre suas partes; - Ausência de hierarquização e sentido de leitura; - Contraste explícito entre seu corpo vegetativo e o meio urbano consolidado onde se encontra. Qualidades que passam despercebidas pelos leigos às questões compositivas do espaço, entretanto fundamentais para a caracterização do mesmo.
Zona Norte
Cambé
Ibiporã
Zona Oeste Centro
Zona Leste NORTE
LEGENDA Aterro Lago Igapó Fundos de Vale
Zona Sul Figura 155 Mancha Urbana Londrina • Fonte: Autor
Figura 156 Posição central Aterro • Fonte: Autor
O Aterro faz parte de um complexo de espaços de lazer às margens do Lago Igapó, onde centenas de pessoas fazem uso diariamente. Este trecho, em específico, é cerceado por importantes avenidas intramunicipais de alto fluxo veicular, grande conflito com a presença dos pedestres, as Avenidas Ayrton Senna (continuação da Avenida Maringá) e Prefeito Faria Lima.
O acesso se dá em três momentos: O primeiro é como uma extensão do passeio público da Avenida Ayrton Senna; o segundo é através de uma pequena ponte de madeira centralizada na planta; e o último é também direto da calçada para o gramado. Este último acesso também é utilizado para entrada de carros particulares, foodtrucks e veículos de serviço em eventos. Por esse motivo o gramado apresenta um desgaste característico do uso de automóveis. O único acesso para pessoas com mobilidade reduzida é o mais próximo à rotatória da Av. Ayrton Senna, onde se apresenta uma rampa. Entretanto esta não está adequada às normas de acessibilidade (inclinação, materiais, sinalização, etc).
Ru
a
Be
nt
o
M
un
ho
zd
a
Ro
ch
a
Ne
to
ar
re
to
Av. Ayrt on Sen na
Figura 157 Aspectos Microclima Aterro • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
Praticamente toda área do parque é de uso intensivo, salvo alguns trechos de mata ciliar, de difícil acesso.
101
Av. Prefeito Faria Lima Ru a Jo aq ui m de M at os B
á Av. M a ri n g
Mobilidade
Os comércios fixos da região ficam mais próximos a outros trechos do Lago Igapó. Todavia existem comércios informais com local fixo, como os trailers de caldo de cana, localizados na Rua Prof. Joaquim de Matos Barreto. O parque também recebe os transitórios vendedores ambulantes e os foodtrucks, que aparecem nos dias mais movimentados.
102
2. Apuração de Correlatos
APO
A seguir é apresentado o resultado de estudos e questionários aplicados com os usuários, de acordo com a pertinência desse trabalho. Em seguida são apresentadas diretrizes propostas para o futuro do aterro, que também servem para o presente projeto.
“Como veio?”
A grande maioria das pessoas que usam o Aterro diariamente residem às suas proximidades. Aos fins de semana, o fluxo aumenta bastante quando, dessa vez, todas as regiões da cidade são representadas no parque. São encontrados inclusive usuários vindos de municípios vizinhos. O modal de acesso preferido pelos usuários é o veículo particular.
“Com qual frequência vem ao Aterro?”
O automóvel particular ainda é interpretado como a melhor solução de transporte para ir ao parque. Alguns justificam que precisam carregar muitas coisas, outros que moram longe. Apesar disso, foi muito comentado a dificuldade para estacionar os veículos próximo ao Aterro. Seria possível estipular um raio a partir do aterro onde não valeria a pena se deslocar de carro, mas não é o que acontece. Mesmo de onde as pessoas vão a pé a presença do automóvel particular ainda é maior. Estima-se que isso se dá graças ao relevo acidentado, característico de fundos de vale.
NORTE
Figura 158 Modais acesso Aterro • Fonte: Autor
Os maiores motivos de apropriação do espaço são “esportivosaúde” e “passeio-animal de estimação”. A seguir, atividades “ecumênico-religiosas”, “feiras-comércio informal”, “artística-culturais”, “gastronômicas” e “acadêmica” não somam porcentagem significante das respostas. Muito provavelmente pois essas são atividades relacionadas a eventos ou que exigem uma infraestrutura específica e/ou uma organização anterior para que aconteça. Ao contrário de atividades esportivas e passeio que, além de gratuitas, podem acontecer a qualquer momento, a partir da infraestrutura permanente.
“O que mais gosta no Aterro?”
O que mais encanta as pessoas é a Natureza. O corpo vegetativo do Aterro é basicamente composto da seguinte forma: Um anel de árvores de grande porte isola um pátio interno plano e gramado. O ribeirão Cambé é dividido em dois pequenos canais que cortam as laterais do Aterro em sua maior extensão. Esses “ilham” o pátio interno enfatizando a ideia de isolamento e tranquilidade, mesmo que o parque esteja locado no centro da cidade.
Parque do Batalhão
Segundo a pesquisa, tem uma grande parte da população da região que visita esporadicamente o parque. Tem uma menor parte da população que o frequenta uma ou mais vezes por semana. Mesmo assim, no dia-a-dia, a maior amostragem presente no parque é dos usuários assíduos.
Figura 159 Gráfico - O que mais gosta no Aterro? • Fonte: Autor
103
“Qual o motivo de ter vindo aqui hoje?”
104
2. Apuração de Correlatos
Logo em seguida, o mais mencionado foi o vazio. O fato de ser predominantemente plano é essencial para essa perspectiva de espaço multiuso. Somente as quadras de areia têm sua área bem-definida, os outros campos não contam com muretas, ou divisões claras. O que pode ser ruim para uns mas aparentemente fundamental para um terço dos entrevistados. Estar livre de construções, tráfego e estruturas fixas é essencial para a apropriação democrática de espaços públicos. Em contrapartida, um espaço vazio demais pode ter dificuldades em ganhar significado para a população. Vale questionar quais tecnologias do desígnio do espaço são possíveis para que projetemos lugares harmoniosamente híbridos, que atendam e estimulem usos específicos e ao mesmo tempo possibilitem sempre novas interpretações. Em sequência, foi lembrado o caráter de sociabilidade do Aterro e seu poder de reunir as pessoas. O que faz crer que o parque já não atua mais como ferramenta de socialização - intensionalmente. O maior descontentamento é certamente relacionado à insuficiência da infraestrutura, ou seja, falta de equipamentos que ainda não existem, por exemplo foram citados equipamentos de permanência como sanitários, bebedouros, assentos. Também foram colocadas questões de planejamento como a confusa separação do passeio público e ciclofaixa, iluminação inadequada, acessibilidade e estacionamento de veículos particulares. É importante esclarecer que o descontentamento com a infraestrutura é direcionada quase que exclusivamente ao trabalho dos arquitetos e urbanistas, desenhistas do espaço.
Figura 160 Gráfico - O que menos gosta no Aterro? • Fonte: Autor
Quando questionado sobre insegurança, era sempre necessário lembrar que a uma rua pouco visível também fazia parte da área de estudo, como se a população não a considerasse parte do Aterro. Logo que entravam em contato com essa informação, imediatamente assinalavam como área de insegurança. a parte mais mencionada como segura são as áreas que ganharam maior atenção no projeto de iluminação. Também foram mencionadas positivamente áreas como a região próxima às avenidas perimetrais, muito provavelmente pelo tráfego constante de pessoas, e as áreas onde comumente são concentrados os vendedores ambulantes, reiterando a presença comercial como âncora para a sensação de segurança pública.
Parque do Batalhão
Figura 161 Aterro do Lago Igapó • Arquivo pessoal do autor
105
“Onde se sente mais seguro?”
“... e menos seguro?”
A maior entrada do aterro foi considerada, ao mesmo tempo, um lugar de maior segurança como um lugar de menor segurança, pode estar relacionada com a grande movimentação de pessoas e veículos e a ausência de equipamentos de permanência. O que pode também justificar o fato da diferença de percepção entre dias de semana e fim de semana. Durante a semana, os espaços esportivos estão constantemente preenchidos e existem pequenas concentrações de pessoas ao longo de quase todo o aterro. Aos fins de semana o interesse muda, da atividade para o descanso, portanto outras áreas são ocupadas e consequentemente a percepção de segurança também muda.
106
2. Apuração de Correlatos
NORTE
LEGENDA Unânime Seguro e Inseguro Unânime Insegro Unânime Seguro Figura 162 Sensação de Segurança Aterro • Fonte: Autor
Soluções negativas
Por fim, foram apresentadas algumas soluções projetuais para os entrevistados julgarem quais medidas deveriam ser implantadas com urgência, quais poderiam esperar e quais eles eram explicitamente contra a implantação. De uma maneira geral, todas as soluções foram acatadas positivamente, com exceção da solução de “Via interna para o acesso de veículos particulares no Aterro”, única alternativa em que o número de pessoas CONTRA é maior que todos os outros. A aplicação de quiosques e área de recreação e treino específica para cães foram as mais indiferentes, na opinião dos londrinenses.
Somente algumas soluções não tiveram votos contra. São elas: Mais lixeiras, Mais bancos, Mais iluminação, Mais sinalização, Grau de Necessidade em média ponderada, corrigida numa escala de 1 a 10 Bebedouros e a Solução de travessia para as avenidas adjacentes. 8,975
Bebedouros Banheiros Públicos
8,462
Mais Iluminação
8,169
Mais Lixeiras
7,684
Instrumentos de acessibilidade
7,646
Solução para travessia da Avenida Maringá para o Lago Igapó 2
7,532
Mais acessos da rua para o pátio interno
7,474
Mais Bancos
7,269
Área de recreação específica INFANTIL
7,000
Mais Faixas de Pedestre
6,924
Mais Sinalizações
6,658
Mesas
6,506
Chuveirões/ Duchas
6,468
Área de recreação e treino específica para CÃES
6,346
Pista profissional de atletismo e ciclismo
6,278
Quiosques
6,051
Via interna para o acesso de veículos particulares no Aterro
4,190
107
Implantação
Parque do Batalhão
Soluções unânimes
Figura 163 Gráfico Diretrizes APO Aterro • Autor
2.5. DEPURAÇÃO Parkorman Park, Istambul/ TUR -Passarelas flutuantes; -Espaços alveolares congruindo passeios internos, de copas altas com térreo livre. Parc de la Villette, Paris/ FRA -Composição por sobreposição de malhas de pontos, linhas e superfícies.
108
2. Apuração de Correlatos
Parque do Ingá, Maringá/ PR -Dimensões de passeios internos; -Tectônica das passarelas elevadas. Parque do Mindu, Manaus/ AM -Arquitetura em climas úmidos. Parque Minghu, Liupanshui/ CHN -Água em várias formas: rio, alagado, pântano; -Passarela suspensa; contato próximo com águas. Parque Villa-Lobos, São Paulo/ SP -Passeio sinuoso atravessa bolsões vazios que se conectam visualmente; -Estética de anfiteatro escavado. Superkilen, Copenhagen/ DEN -O desenho do piso traz dinamismo, guia os passeios e abraça os mobiliários. Jardim Botânico do Rio de Janeiro/ RJ -Pavilhões abertos; -Pontos focais nas convergências dos passeios.
Complexo Orla de Rosario, Rosario/ ARG -Equipamento com cobertura caminhável. Central Park, Nova Iorque/ EUA -Vias internas como trincheiras; -Antítese entre passeios orgânicos internos com malha ortogonal do contexto; -Playgrounds nas margens do parque. Parque do Ibirapuera, São Paulo/ SP -Obras arquitetônicas ancoram o conjunto quanto marco visual; -Referência de dimensões para espaços abertos; -Entrada principal através de uma grande praça; -Boas-vindas por grandes marcos arquitetônicos e marquise. Orla do Guaíba, Porto Alegre/ RS -Parque linear começa em um grande marco (lugar) e termina em outro grande marco (lugar); -Passeios de baixo impacto ambiental sobre a água; -Tirar partido da topografia: Quiosques semi-enterrados, cobertura serve de mirante; -Recurso luminotécnico de despedida; -Espaços previstos para instalação de landart; -Tectônica das passarelas, mirante e quiosques; -Materiais sem maiores acabamentos, em sua aparência natural. OBS: Vale notar que parques urbanos de grandes dimensões, como o Central Park e Parque do Ibirapuera, acabam sendo modificados ao longo do tempo, direcionados para seus potenciais de apropriação.
-Não esquecer da iluminação para os caminhos, entre uma atividade e outra;
-Nem todas as pessoas terão condições de percorrer todo o parque. Que elas tenham a opção também de estarem perto das entradas;
-Soluções de bolsões de estacionamento que não prejudicam as atividades. Esses bolsões não precisam estar necessariamente dentro do parque, mas distribuído pelos bairros adjacentes;
-O passeio público é palco de muitas atividades. Principalmente num espaço de incentivo às atividades físicas, é importante definir bem os espaços para corrida, caminhada, ciclismo e infraestrutura urbana;
-Não sobrepor fluxos de automóveis de serviço (para eventos que casualmente aconteçam) com o espaço de livre circulação de crianças e animais de estimação;
-Um lugar seguro para estacionar seu carro é um incentivo para ir de carro. O mesmo serve para bicicletas e outros meios de transporte limpo;
-Trânsito intenso é o oposto de tranquilidade. Utilizar de tecnologias de traffic calming para vias adjacentes ao parque - onde todos são pedestres;
-Prover água potável é mais que fundamental para espaços de práticas esportivas;
-Mais lixeiras não quer dizer menos lixo no chão, elas precisam estar visíveis; -Mais valem várias pequenas conexões para o interior do parque que uma ou outra grande e concentrada; -Onde não se consegue acessar não é compreendido como parte do lugar. Evitar espaços residuais e cantos isolados; -É importante projetar um espaço de modo que sua leitura seja o mais clara e óbvia possível. Saber até onde vai o nicho que se está é uma maneira de se sentir seguro;
-É importante reconhecer o potencial a nível municipal e regional do parque antes de mergulhar na realidade local; -Várias questões de manutenção podem ser evitadas com um bom planejamento e detalhamento da proposta arquitetônica. Como por exemplo a escolha de plantas nativas que contenham o assoreamento dos canais e o isolamento físico da areia das quadras, que previne a invasão de plantas rasteiras; -Se o projeto é para a população, que ele tenha ouvidos para ela. O processo participativo é uma maneira de assegurar que o investimento público vai ter retorno.
Parque do Batalhão
-Sobrecarregar um espaço de equipamentos não é garantir que ele vai ser usado, o espaço vazio é muito rico, permite várias interpretações e apropriações diferentes;
109
Aterro do Lago Igapó, Londrina/ PR -Planejar com capricho uma iluminação adequada. São necessárias diferentes alturas de pontos de luz para os passeios, para as avenidas, para quadras esportivas, para espaços sobre árvores, etc;
2. Apuração de Correlatos
110 Figura 164 O Céu de Foz #03 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
.
APURAÇÃO DE CONCEITOS
Parque do Batalhão
111
3
Paisagem / MACEDO; et. al (1999) Ecologia da Paisagem / PELLEGRINO (2006)
3. Apuração de Conceitos
Escala Humana / GEHL (2010)
112
Parques Urbanos / MACEDO; SAKATA (2002)
Biofilia / KELLERT; WILSON (1993)
Mobilidade Verde / GEHL (2010)
Espaços Livres / MACEDO (1995)
Brincar quanto herança natural / DIAS; et al (2017) Espírito de Comunidade / VARGAS (2006)
Figura 165 Esquema Escalas Conceitos • Autor
PAISAGEM Área do Proje to
“A Unidade de Paisagem é uma parte do sistema de paisagem e está relacionada à percepção humana, na escala do observador. A divisão do todo em UPs facilita a análise e proposição no processo de Planejamento Ambiental. Através dessa análise se podem identificar pontos de conflitos e de valor paisagístico, avaliar e posteriormente propor soluções para assim conseguir a valorização da paisagem e seu entorno” (MALLMANN, 2007, p73)
2
3
1
2
Parque do Batalhão
A paisagem urbana (recorte do grande conjunto “Paisagem”) não se resume à imagem planificada da presença antrópica no meio. Segundo Macedo (1999, p. 11), paisagem urbana transcende a perspectiva antropocêntrica, sendo defendida como simultaneamente um “produto” e um “sistema”, que naturalmente envolve o homem a outras esferas biodinâmicas. Quanto produto, é matematicamente resultado de processos da ocupação territorial humana, ao mesmo tempo em que está permanentemente suscetível a reprogramações, inclusive animadas por suas próprias partes (sistema).
1 Av. Re p. Arge nt ina
113
A paisagem, interpretada como produto visual, está sujeita a diferentes leituras. Como qualquer imagem, sua percepção está diretamente relacionada com o contexto do observador. Desse modo, a paisagem de uma cidade pode ganhar um espectro de significados pela população e, quanto mais rica essa paisagem, mais bem servida de memórias no consciente coletivo – alvo do projeto. (Macedo et al., 2007, p118)
3
Figura 166 Paisagem urbana Av. Rep. Argentina • Fonte: Autor
114
3. Apuração de Conceitos
ECOLOGIA DA PAISAGEM A presença de vegetação na paisagem urbana é sistematizada por PELLEGRINO (2006), que diferencia Espaços Verdes de Áreas Verdes: “Área”, diz respeito a superfície –geometricamente, largura e profundidade; já termo “espaço” adiciona altura, e subjetivamente outra dimensão, o tempo. Então, Áreas Verdes são superfícies permeáveis, fundamentalmente implícitas no sistema de espaços livres, enquanto que Espaços Verdes não necessariamente têm solo permeável, tampouco integram necessariamente o sistema de espaços livres. Os Espaços verdes podem ser quintais, matas, florestas, bosques ou simplesmente jardins internos a uma construção. Quando introduzidos em um Sistema de Espaços Livres de uma cidade, se faz imprescindível a conexão de suas várias unidades entre si, para que esse ecossistema continue se renovando.
Matriz
Corredor Verde
Mata Ciliar Rio Paraná
Av. JK
Fragmento Fragmento
Batalhão
Outra Reserva
NORTE
As Áreas Verdes se subdividem de acordo com suas dimensões e características gerais em matrizes, fragmentos e corredores ecológicos. Matrizes são grandes áreas de ecossistemas similares. Tem considerável autonomia de subexistência suficiente. Stepping Stones, ou Caminho das Pedras (tradução livre) são fragmentos, pequenas áreas que servem de trampolim, para a disseminação e proliferação de espécies, sementes e pólens (PELLEGRINO, 2006, p.08). Os corredores verdes são linhas de conexão entre fragmentos e matrizes. No meio urbano, tais corredores são uma ferramenta especial de continuidade entre os ecossistemas sobreviventes do processo secular de artificialização do habitat humano (Farah; Schlee; Tardin, 2010, p. 69).
Figura 167 Manchas Verdes Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor
A grande maioria das áreas verdes, de fato, são passíveis de apropriação pelo homem. Todavia, zelando pela preservação do meio natural, há de se pensar com responsabilidade ao se intervir em qualquer infraestrutura verde. Mais importante que a existência de tais áreas na cidade, é a conexão entre elas.
Parque do Batalhão
As Zonas de Uso Extensivo são caracterizadas por uma área natural com pouquíssimas intervenções antrópicas, onde o uso se dá de maneira contida, geralmente com objetivos muito específicos de cunho educacional e recreativo, mantendo assim o menor impacto ambiental possível. Já as Zonas de Uso Intensivo são caracterizadas por maiores alterações antrópicas, onde serão oferecidos serviços e facilidades aos usuários.
115
Uso Extensivo e Intensivo
Para assegurar tais permanências, o Conselho Nacional do Meio Ambiente/ Conama estipula diretrizes que começam pela simples divisão do que será de uso extensivo e de uso intensivo, até atividades e edificações que podem acontecer em áreas de preservação permanente.
Frederick Law Olmsted, paisagista responsável pela criação do Central Park em Nova Iorque, defende que um projeto paisagístico deve ancorar dois importantes focos de atuação, que pudessem agir como terapia sobre a população local. A primeira atuação é fisiológica e se dirige para assegurar espaços verdes de ar puro e saudável; a outra, psicológica, para assegurar uma antítese de objetos visuais das construções citadinas, que esimule “sugestões para a imaginação”. Figura 168 Lazer ativo em Av. Paraná • Autor
De acordo com o que apresentam Macedo e Sakata (2002, p13), esse projeto se enquadraria em uma linha contemporânea de parque ecológico urbano. Contemporâneo porque são mesclados atributos convenientes de composição eclética e moderno, sob uma postura mais experimental e menos conclusiva. Ecológico por uma imersão em conceitos sobre ecologia, onde se concilia a conservação de recursos ambientais e o lazer ativo. Possibilidade essa que não é novidade, uma vez que temos ótimas referências modernistas de parques urbanos ecológicos, como o parque Sarah Kubitscheck, em Brasília, que enfatiza a compatibilização do lazer ativo juntamente da “manutenção das extensas áreas de vegetação nativa”
116
3. Apuração de Conceitos
Parque Urbano Ecológico e Contemporâneo
Figura 169 Vista aérea Parque Sarah Kubitschek • Foto: Juan Luis Hermida
PARQUES URBANOS Desde a década de oitenta, cada vez mais os parques urbanos são alternativas de entretenimento público nas cidades brasileiras, mesmo que o desenho urbano não dê a devida importância, são aproveitados pequenos espaços livres (MACEDO e SAKATA, 2003). O que reflete a insuficiência da produção de parques e espaços recreativos nos primeiros séculos da urbanização brasileira. Aponta-se que o número de parques urbanos no Brasil saltou de 205, em 2000, para 445 em 2017 (SAKATA, 2002).
“Entra-se num espaço, transita-se, e numa fração de segundos sente-se o que é” Peter Zumptor em “Atmosferas”
117
Rapidamente quando se pensa em espaços livres de construção, se remete às ruas. Realmente, ir e vir na cidade demanda, mais que nunca, muito espaço. Como afirma Gehl (2010, p.04), “a problemática do tráfego florescente de automóveis tem sido uma questão onipresente no planejamento urbano das cidades nas últimas décadas.”, e que sempre que a alternativa para solucionar o intenso tráfego de veículos foi dar mais espaço a eles (por construir mais faixas, vias e estacionamentos), o resultado acabou sendo um inflamento ainda maior do trânsito.
Parque do Batalhão
Antes, mais que hoje, nesse modelo de cidade que conhecemos e habitamos hoje, o espaço público era também palco para encontros, trocas de novidades, acordos, exposições, compra, venda... E hoje? O que restou aos Espaços Livres?
A Rua é lugar da simultaneidade de eventos. Prof. Dr. Fábio Mariz Gonçalvez, em XXIX Enepea
A mobilidade verde é um conceito recente na história do urbanismo e diz respeito a meios de transporte de baixo impacto ambiental relativo. Tal conceito é norteado pela intenção de reduzir o esgotamento de recusos naturais fósseis, limitar as emissões de gases poluentes e diminuir o nível de ruídos nas cidades (GEHL, 2010, p.07) causado pela excessiva utilização de automóveis. Neste viés são incluídos transportes coletivos (ônibus, veículos sobre trilhos), veículos de tração humana e elétrica de baixo consumo (bicicleta, patinete, patins, skate) e o modo pedonal. A aplicação de tais modais na área de estudo não teria grandes implicações, dada a baixa declividade relativa. Gehl (2010, p.111) apresenta dados que comprovam a eficiência dos transportes não motorizados, sintetizados na seguinte tabela:
118
3. Apuração de Conceitos
MOBILIDADE VERDE
Figura 170 Ciclista em Foz • Fonte: Autor
Meio de Transporte
Demanda confortável de espaço na via pública
Média de unidades em tráfego lotado, em faixas de dimensões relativas, durante uma hora
Bicicleta
2 metros
10.000 (dez mil)
1
Pedonal
7 metros
20.000 (vinte mil)
3
Automóvel particular
Duas mãos de duas faixas
1.000 a 2.000 (mil a dois mil)
60
Tabela 04 Mobilidade Verde • Fonte: Gehl, 2010. Modificado pelo autor
Comparação relativa de unidades de energia gasta para atingir um alcance comum
ESPAÇO LIVRE
Parque do Batalhão
Um conceito fundamental para o estudo da paisagem é o de Espaços livres. Um termo que nasce em contraponto ao espaço construído. Espaços não-edificados, não-envelopados. Da perspectiva cartográfica, O “fundo” de um levantamento de figura-fundo. O “espaço-solo, espaço-água ou espaço-luz ao redor das edificações a que as pessoas têm acesso” (MAGNOLLI, 2006, p. 179). Da perspectiva observador, a leitura de espaços livres é sensorial e seria como vetores que partem do observador em direção a um limite físico ou psicológico, uma impressão virtual do que potencialmente poderia ser alcançado. A leitura de espaços livres é enfatizada por uma sensação de expansão por um vetor vertical, particularmente em espaços descobertos. (Macedo et al. 1999, p.119).
Espaços livres geralmente são reconhecidos através da sua mais fundamental importância, que é conectar os lugares na cidade. As ruas são, por exemplo, espaços livres de construção que acabam sendo subjulgados quanto espaços livres pelo excessivo utilitarismo automobilístico.
119
De modo inseparável, os espaços livres caracterizam a forma urbana em antítese com os espaços construídos, e mesmo para os espaços livres temos inúmeros fins possíveis para os usos do solo urbano. Dentro disso, surgem também inúmeros subconjuntos de caráteres, vezes muito diferentes, vezes muito semelhantes entre si. Jane Jacobs, em seu livro ‘Morte e Vida de Grandes Cidades’, nos alerta para a gradual “perda de oportunidades dos espaços [livres] urbanos” (GEHL, 2010, p25)
Figura 171 Diagrama espaço livre • Fonte: MACEDO, 1995. Modificado pelo autor
Espaços Livres
Existem também os espaços livres intralote. Quintais, áreas de banho, jardins, que são comumente interpretados como uma reserva temporária de espaço a ser construído, principalmente se tratando de áreas centrais, refletindo um ansioso impulso do homem moderno em preencher vazios e superutilizar seu habitat.
1
120
3. Apuração de Conceitos
Figura 172 Vista aérea sobre Gresfi • Foto: Daniel Duarte.
Uma linha tênue divide o espaço construído do espaço livre. Muitas vezes beirais, marquises, recuos e espaços de transição confundem a sensação de estar dentro ou fora de algum lugar. É o que Gehl (2010, p.137) chama de Zonas de Transições. Sempre que as pessoas param, elas escolhem (mesmo que inconscientemente) lugares discretos, afastados do meio de tráfego, onde as costas fiquem protegidas de surpresas e à frente um campo de visão livre. É nas zonas de transição que as atividades intra-edifícios ganham a possibilidade de contaminar o plano público com sua vitalidade, oferecendo oportunidades de experiências para o caminho do pedestre (GEHL, 2010, p.240) (o que tangencia e reforça o conceito de escala do pedestre). O levantamento ao lado identifica espaços livres significantes, bem como áreas consolidadas.
2
Figura 173 Vista aérea sobre Vila Militar e Shopping • Foto: Daniel Duarte
NORTE
Vazio
Vazio APP Pá tio M an ob ra s Ce as a Av. Du qu e de Ca xi as
R e s e rv a
Can teiro Cen tral
Vazio
Área de Ac am pa m en to
Fundo de Vale
s
Av. Pa ra ná
1
Vazio
121
Av. JK
Vazio
Re se rv a Ve rd e Ba ta lh ão
Bosque Guarani Vazio Urbano
Parque do Batalhão
Re se rv a Ve rd e Ba ta lh ão
2
Campo Futebol Bosque
Praça Figura 174 Espaços Livres Área de intervenção • Fonte: Autor
122
3. Apuração de Conceitos
ESCALA DO PEDESTRE
Muitas cidades latinoamericanas nasceram ou foram sendo parceladas através de uma perspectiva cartográfica, em escalas absolutamente abstratas. Ao contrário das cidades medievais, que nasciam e cresciam organicamente a partir da linha do horizonte, da perspectiva humana, vide exemplos clássicos de cidades que nasceram a partir de mercadores, rotas e praças comerciais, como Paris, Veneza. (GEHL, 2010, p.199) Um dos sintomas desse planejamento cartesiano é a perda da sensibilidade do que está ao alcance do cidadão. Desse modo, o adensamento populacional para maior usufruto da infraestrutura oferecida, que seria uma grande virtude urbana, acaba se tornando ferramenta negativa de desenho de paisagens, que findam por impor a presença dos edifícios sobre todo seu contexto. Gehl (2010, p.68) traz exemplos dos centros de Sydney e Nova Iorque, onde um ímpeto de verticalização e adensamento vertiginoso obstruiram as possibilidades de implantação de bons espaços públicos, resultando em um térreo não muito atrativo, apesar da alta densidade. A nova aglomeração urbana da zona sul de Londrina é um exemplo paranaense de como a alta densidade desajustada de espaços públicos proporcionais pode ser um “caminho oposto e sem volta para cidades vivas.” (GEHL, 2010, p68).
“Longas paredes fechadas, poucas portas parecem dizer ‘não parem, vão em frente!’.” GEHL, 2010, p81
Paredes cegas, nenhuma variação de usos, nada para se ver ou nada através do qual ser visto prejudicam fortemente a sensação de segurança principalmente depois dos expedientes comerciais. Sem oportunidade de pausas e pequenos descansos, aumenta-se a velocidade dos passos e a ansiedade de chegar logo no destino -ou de sair logo da rua. (GEHL, 2010, p.240)
123
Parque do Batalhão
Figura 175 Centro de Nova Iorque • Foto: Manuel A. Claro
Figura 176 Longas paredes fechadas do Batalhão • Foto: Autor
O escalonamento dos edifícios é uma boa via arquitetônica para concordar altas densidades com a escala do pedestre no alinhamento predial. O escalonamento urbano garante um maior acesso visual da paisagem e uma gradiência de adensamento mais agradável. São exemplos de escalonamento no desenho arquitetônico e urbano respectivamente: Edifício Santa Cruz, o maior prédio de Porto Alegre/ RS, com 32 pavimentos sobre o nível da rua; e a ocupação da orla de João Pessoa/ PB. Ambos levam em consideração o impacto individual no meio coletivo e se configuram de tal maneira a participarem da composição da paisagem que se inserem. Figura 178 Escalonamento urbano Orla de João Pessoa • Foto: Walla Santos
Figura 177 Edifício Santa Cruz, Porto Alegre/RS • Fonte: Archdaily
Bjork Angels, arquiteto dinamarquês contemporâneo, traz soluções arquitetônicas de adensamento responsivo. Seu trabalho apresenta edifícios que não alimentam a compulsiva verticalização de volumes uniformes, que acabam atuando sobre o psicológico do pedestre como muros virtuais na paisagem.
124
3. Apuração de Conceitos
Escalonamento
Figura 179 Escalonamento em masterplano para Petersburgo • Fonte: BIG
Assim, é possível compreender que uma boa composição de espaço público à escala humana pode significar, por exemplo, uma lógica de composição onde se tem: vários núcleos que abriguem várias porções de pessoas ao mesmo tempo, ao invés de um grande núcleo que abrigue muitas pessoas de uma vez.
Figura 180 Via 57 West, projeto do escritório BIG em NY • Fonte: BIG
Figura 181 Canteiro Central em Avenida JK • Foto: Autor
Se a urbanização faz tanto mal [ao meio nativo], como incentivar o contato com a água sem imaginar equipamentos de alta complexidade e engenharia? (prof. PhD. Eneida Maria Souza Mendonça, em XXIX Enepea) Biofilia, é uma condição humana pela qual se explica uma “tendência inata de se afiliar e extrair profunda satisfação dos outros organismos” (KELLERT; WILSON, 1993, p. 32).
Parque do Batalhão
A vida citadina toca problemas ambientais muito agravados por uma concepção equivocada de que a cidade é um habitat que se insere, de modo insolúvel, sobre meio natural. E que a natureza assiste do “lado de fora” servindo ao homem uma eterna manutenção das condições básicas de sua existência na Terra. Enquanto um pouco de sobriedade permite concluir que se é substancialmente fruto inato desse planeta e das suas condições naturais que trouxeram a humanidade até aqui. Portanto, também é papel do homem a manutenção de sua própria existência, bem como de todas as outras existências que estruturam seu ecossistema.
125
BIOFILIA
Figura 182 Avenida JK • Foto: Autor
126
3. Apuração de Conceitos
A vegetação urbana, além de cumprir seu papel de minimamente oferecer a coexistência de outras espécies no meio urbano, traz ao homem inúmeros benefícios psicológicos, estéticos e fisiológicos. (BIONDI, AUTHAUS, 2005). De modo terapêutico, as plantas podem servir como filtros, absorvendo algumas tensões excessivas que trazemos do cotidiano. Ainda numa dimensão subjetiva, Biondi e Authaus (2005) enaltecem com sensibilidade a presença das plantas na cidade: “Introduz no meio urbano, dominado de materiais artificiais de linhas geométricas, um elemento natural de linhas suaves e orgânicas”. Ou seja, grande qualidade visual é conferida pelo contraste da forma natural das plantas com o meio predominantemente edificado das cidades. Paralelamente, a presença de plantas no meio urbano ameniza a poluição atmosférica, acústica e acrescenta dinamismo na percepção da paisagem através do tempo por meio de suas atividades metabólicas, como crescimento, floração, mudança de cores, etc. As árvores de grande porte geralmente são a primeira coisa que vem à mente quando se fala de vegetação urbana. De fato, elas demandam, juntamente de outros portes de árvores, a maior atenção no manejo e manutenção da arborização pública, como mostra o valioso acúmulo do livro “Árvores de Rua de Curitiba: Cultivo e Manejo.” de BIONDI, D. e ALTHAUS, M.. Todavia forrações e pequenos arbustos também trazem grandes qualidades ambientais e espaciais. A grande atenção sobre as árvores de grande porte (que têm um efeito visual muito maior que as outras, pela sua escala) faz com que as gestões públicas recorram a seus exemplares de crescimento mais rápido. Essas muitas vezes acabam predominando a paisagem das cidades (como particularmente Foz): Tipuanas, Sibipirunas, PauFerro, Mangueiras, entre outras. O fato é que outras árvores de grande porte são esquecidas pela velocidade de crescimento e sensibilidade. São exemplos: Araucárias (Pinheiro-do-Paraná),
Figura 183 Tipuanas em Avenida JK • Foto: Autor
Figura 184 Tipuanas em Avenida República Argentina • Foto: Autor
Figura 185 Tipuanas e Paus-ferro em Avenida Paraná • Foto: Autor
Pau-Brasil e Perobas, espécies que esboçam risco de extinção, de crescimento mais lento, todavia de fustes altamente resistentes e copas capazes de abrigar muitas espécies de insetos, avifauna e mamíferos. A formação de uma cobertura vegetal amplia psicologicamente o espaço urbano, ajuda a minimizar seu aspecto edificado e aridez, tornando sua ambiência mais aconchegante (MASCARÓ, 2002).
Parque do Batalhão
Figura 186 Pista de Cooper em Av. Paraná • Foto: Autor
Nas últimas duas ou três décadas experimentamos gradualmente de um movimento global de reconhecer a importância da mobilidade verde, bem como a participação cívica de crianças, idosos e pessoas de mobilidade reduzida (GEHL, 2010, p.93). Paralelamente entende-se o brincar como uma forma genuína de aprendizado, tanto corporal quanto social. Espaços amplos intensificam essa sugestão de apropriação criativa. Independente da idade e etnia, há prazer em brincar, cultura inerente que se herda espontaneamente (DIAS et al, 2017, p.645).
Figura 187 Academia terceira idade à Avenida Paraná • Fonte: Autor
Sabe-se que não se precisa de muito para o brincar acontecer, mas é importante que exista uma e outra faceta figurativa do brincar para que o desperte, mais por uma questão de acessibilidade cultural. Isso porque espaços excessivamente definidos e figurativos entregam a brincadeira pronta, portanto instigam menor renovação e transformação dos seus usos (DIAS et al, 2017, p.646).
Figura 188 Playground à Avenida Paraná • Fonte: Autor
127
BRINCAR, HERANÇA NATURAL
128
3. Apuração de Conceitos
Receber e munir as novas gerações
A presença ativa das crianças no ambiente público é positiva para ambos os lados. Para elas, a iniciação da sua inserção social na cidade -portanto política. Para a esfera pública, uma vitalidade sutil e energética que traz uma sensação de renovação para a comunidade. Desse modo, além do brincar, equipamentos de educação se introduzidos no programa de um parque estimulam essa presença ativa. Trata-se de munir o espaço com infraestrutura que possa receber projetos de extensão das universidades locais, bem como ações institucionais afins. Oferecer esse aparato é um primeiro passo para um processo educativo onde o valor cívico de autoinserção do indivíduo se sobreponha à educação passiva, que “desresponsabiliza e infantiliza” (HUET, p151) a população dos efeitos da própria presença na esfera pública. Melhorias na infraestrutura como essa só tendem a aumentar a qualidade de vida dos cidadãos. Para isso, também é somado um espectro de usos -e portanto de significados- quando são inseridos equipamentos de educação no programa de atividade do parque. Infraestruturas para receber palestras, oficinas, atividades extracurriculares, até mesmo atividades recreativas e esportivas são novos e diferentes motivos para a população ir ao parque (PELLEGRINO, 2006). O mesmo acontece adicionando infraestrutura para mobilidade urbana e atividades esportivas cotidianas, ou seja, eventos fixos.
Figura 189 Exemplo brinquedo Playgorund Av. Pr. • Fonte: Autor
Figura 190 Detalhe tectônica rústica dos brinquedos Foz• Fonte: Autor
ESPÍRITO DE COMUNIDADE
129
Parque do Batalhão
Nas últimas décadas do século XX o projeto urbanístico passa a ser enfatizado como um catalisador, finalizando em um processo de autopromoção das cidades, fenômeno denominado City Marketing, que aconteceu em cidades como Curitiba, para legitimar algumas conduções de gestão pública e urbanística (VARGAS, 2006, p.27). Curitiba, capital do Paraná, deu um salto em qualidade de vida urbana quando se dedicou a recaracterizar seus espaços públicos livres e suas ferramentas de mobilidade. A exemplo de Barcelona, que nos últimos anos vive novas políticas voltadas de mobilidade verde e recuperação de espaços livres (incluindo uma rede de cerca de 700 áreas lúdicas infantis), o que aglutinou novos significados extrautilitários para sua vida urbana. Em ambos os casos, a população passou a cuidar mais dos seus espaços públicos, além de nutrir um orgulho pela cidade, um sentimento de pertencimento que aproxima o cidadão da sua terra (DIAS; ESTEVES, p.651). São bons exemplos de investimentos em melhorias urbanas que rapidamente responderam com mais pessoas nas ruas por mais tempo: Melbourne, Austrália; Brighton, Inglaterra; Portland, Estados Unidos; Milwankee, Estados Unidos; Seul, Coreia do Sul; Copenhague, Dinamarca. (GEHL, 2010, p.15) Melhorar a imagem da cidade que, ao perpetuar a sua história, cria um espírito de comunidade e pertencimento. (VARGAS, 2006, p.05)
Figura 191 Revitalização de córrego em Seul • Disponível em: https://co.pinterest.com/rodrigzs28/. Acesso em; 05/06/2019
130
3. Apuração de Conceitos
Apropriação diária
O maior enfoque do projeto, é possibilitar uma apropriação autônoma e diária do espaço público pela população residente. Entretanto, a área do projeto viabiliza espaço para receber maiores eventos pontuais. O que Gehl (2010, p161) explica como “Eventos Fixos, Flexíveis e Fugazes”, respondendo a duração e demanda de infraestrutura de tais atividades.
Figura 192 Gramadão Vila A em dia de Show • Fonte: Flickr PMFI
Eventos Fugazes: eventos de um dia só que atraem muita gente de uma vez, sem demais pretensões de repetição, como shows, peças itinerantes, festivais de música e demais artes performáticas, exposições de tecnologia, artes plásticas, arquitetura, etc. Eventos Flexíveis: eventos longíquos, que se repetem anual, mensal e/ou semanalmente. Assim são estimadas feiras de livre comércio, feiras de cunho cultural, congressos, seminários acadêmicos, aulas, mostras de produção científica, circo, festas de rua; Eventos Fixos: infraestrutura básica, objeto cotidiano, inspira outros usos. Para tal são estimadas caminhadas e atalhos, treinos esportivos, cooper, ciclismo, contemplação da paisagem natural, recreação, piquenique, funções administrativas internas, entre outros;
Figura 193 Feira Livre Avenida JK • Fonte: Flickr PMFI
Figura 194 Pista de cooper à Avenida Paraná • Fonte: Autor
A retração do número de moradores aumenta a necessidade de contatos sociais fora de casa. Como resultado das inúmeras mudanças na maneira em que a sociedade e a economia são organizadas, muitas pessoas vivem uma vida cada vez mais privada com residências particulares, carros particulares, equipamentos domésticos particulares e escritórios particulares. Com essa situação percebese um sólido aumento no interesse em reforçar contatos com a sociedade civil em geral. Portanto, a questão não é só atrair as pessoas mas dar condições delas passarem um tempo ali, ou que sequer diminuam sua velocidade. De acordo com Gehl (2010, p.73), um lugar parece muito mais vivo quando não serve só de passagem/ atalho, mas convida a uma permanência. Por isso a importância de trazer pessoas para passarem um tempo -qualquer que sejaespecialmente em atividades noturnas e horários livres.
“Por si só, a simples presença de outras pessoas sinaliza quaisquer lugares valem a pena. Um teatro lotado e um teatro quase vazio enviam duas mensagens completamente diferentes. Uma assinala a expectativa de uma agradável experiência comum. O outro, que algo está errado.” Ian Gehl, 2010, p63
Parque do Batalhão
(MACEDO e SAKATA, 2002, p.58). Em grande parte, um trabalho sedentário juntamente com a escalação do carro como principal transporte, incentivam o uso do espaço público para a prática de atividades relacionadas a saúde em horas livres. É o que sustenta Gehl (2010, p.27), quando também ilustra:
131
Uso do espaço de todos
Independente do tamanho da cidade, um espaço significante não diz respeito à multidão, mas a um sentimento coletivo de pertencimento e identificação com o território. (GEHL, 2010, p63)
132
4. Síntese
Espaços públicos atrativos, uma variedade de usos e a oferta desses recursos dentro de um raio de atendimento proporcional à escala do pedestre são elementos de imenso valor sintático na leitura/ apreensão de uma cidade (GEHL, 2010, p06).
É pela continuidade da rede dos espaços públicos que a cidade vai tomando sua forma, é pela permanência no tempo dos espaços públicos que uma cidade constitui sua memória. (HUET, 2001, p148) Está na memória do Iguaçuense, por exemplo, o ato de circundar o Batalhão. Percorrer seu perímetro, o não-acesso, dar a volta, margeá-lo. De carro ou a pé, a trabalho ou a lazer. De um lado, a cidade e todas as possibilidades que ela reserva: ação. Do outro lado, uma reserva ambiental e todas as possibilidades de efeitos terapêuticos que ela reserva: não-ação.
Parque do Batalhão
Figura 195 Avenida República Argentina • Foto: Autor
133
Circundar o Batalhão
4. Síntese
134 Figura 196 O Céu de Foz #04 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
.
SÍNTESE
135
Parque do Batalhão
4
4.1. ESCALA DA VIZINHANÇA Unidades de Paisagem
Sistemas Naturais Entorno
Paisagem Construída
136
4. Síntese
Paisagem Natural
Topografia
Conflitos Tensões pré-existentes
Potencialidades Estimativas do autor sobre realidade
Intenção Geral Realidade desejada
-
Conexão visual do Gresfi com o Paraguai
Preservar o horizonte livre de edificações; manter contato visual
Arroio Monjolo percorre Espaços residuais do desenho da Hidrografia longo curso canalisado malha viária, cruzamento Av. PR com Rep. Argentina pelo centro comercial
Aliviar sobrecarga do trecho canalisado do Arroio Monjolo
Diretriz Através do que pode-se atingir tal intenção? Restringir o gabarito das edificações a oeste do Gresfi Equipamentos de penetração de águas pluviais nos espaços residuais
Vegetação
A desconexão dos corpos verdes impede que esse ecossistema continue se renovando
Proximidade com estruturas verdes. Em especial o Bosque Guarani e a mata ciliar do Rio Paraná
Possibilitar conexão dessas infraestruturas verdes. Seja por terra e/ou copas das árvores.
Gabarito
Vazios urbanos em região central
Potencial de maior densidade habitacional
Adensamento populacional que responda às questões da escala do pedestre
Adensamento populacional do entorno
Comércio Decadente
Área central, de grande intensidade de uso
Estimular a instalação de comércios que atuem em conjunto com o parque para uma maior vitalidade urbana
Zona Especial do Parque Central (ZEPC)
Ceasa Usos do Solo
Grande espaço livre entre bairro Jardim Monjolo e Batalhão.
Fazer conexão do novo parque com o bairro
Complemento; Embasamento teórico. Tal profundidade é uma importante qualidade espacial que faz parte daquela paisagem.
-
Maior trânsito de espécies entre espaços Conexão das áreas verdes do Batalhão com Bosque e verdes do meio urbanizado para os ambientes mata ciliar do Rio Paraná naturais ainda preservados (MASCARÓ, 2002). População residente, sujeito central pelo qual se aprimora a vitalidade de uma cidade (VARGAS,2006 , p46) O comércio tangente é de baixa atratividade especialmente noturna. Além de expressar uma considerável atenção sobre o comércio automotivo, que finda por incentivar o uso do carro na área.
Áreas subutilizadas, vazios urbanos, espaços Abrir vias de acesso, como perdidos (tradução livre de “Lost Spaces”) são já previsto no projeto Beira- encraves que interrompem o tecido urbano Foz mas simultaneamente oferecem oportunidade de redesenho (TRANCIK, 1986).
Entende-se que o uso como zoológico tem uma atratividade questionada, mas minimamente serve como garantia de manutenção do espaço. Manter tal infraestrutura, apoiar-se O lugar afetivo de práticas cotidianas é mais Terminal de Transporte Conexão central do transporte Praça de Acesso conexão nisso para trazer pessoas ao do que um espaço concreto. (DIAS; ESTEVES, Urbano/ TTU coletivo municipal com TTU parque 2017, p643) Mais pessoas se apropriando do espaço, mais Aumentar densidade memórias. Portanto, mais significativo se torna Lotes subutilizados e populacional e de atividades do Edifícios mistos de alta densidade, Ocupação Prioritária de acordo com ZEPC o lugar para sua população. (HUET, 2001, vazios urbanos entorno, bases sólidas para uma p148) vida urbana brilhante. Zoológico do Bosque Guarani
Importante espaço verde entre o Corredor Verde ligando parque e a mata ciliar do Rio Fazer conexão dos corpos verdes mata ciliar do Rio Paraná e Paraná Batalhão
Tabela 05 Síntese Diretrizes Escala da Vizinhança • Fonte: Autor
CONEXÃO BAIRRO
ADENSAMENTO
EXÃO
VERDE 137
CO N
Parque do Batalhão
VISTA PARAGUAI
TTU
JARDINS DE CHUVA
Figura 197 Croqui Síntese Diretrizes Escala da Vizinhança • Fonte: Autor
4.2 ESCALA DA IMPLANTAÇÃO
Sistemas Naturais Entorno Mobilidade
Paisagem Construída
138
4. Síntese
Paisagem Natural
Unidades de Paisagem
Hidrografia
Vegetação
Espaços Livres
Conflitos Tensões préexistentes O iguaçuense historicamente virou as costas pros rios, num conflito de segurança Abundante área de mata nativa, praticamente intocada, imersa em contexto urbanizado Esquinas
Potencialidades Estimativas do autor sobre realidade Arroio Monjolo corta toda a extensão do eixo norte-sul do parque
"Assegurar usos compatíveis com a preservação e proteção ambiental nas áreas integrantes do sistema de áreas verdes do Município" (PDDIS, 2017) Implantar marcos arquitetônicos, Alta visibilidade, confluência de acessos importantes e/ou praças de fluxos amortecimento
-
Grande extensão do parque
-
Característica fechada de toda a área do Batalhão.
Várias vias encontram as perimetrais do Batalhão
Diretriz Através do que podese atingir tal intenção?
Espaços de Trazer população para maior contato permanência e com as águas, a exemplo do parque contemplação perto Minghu, China dos corpos hídricos
A grande extensão da área permite que nem todo espaço verde seja utilizado para uso intensivo
Segurança pública e vulnerabilidade de espaços públicos de grande extensão Acessibilidade e durante as Circulação madrugadas
Acesso
Intenção Geral Realidade desejada
Complemento; Embasamento teórico.
"Águas em todas as suas formas, brejos, pântanos, servindo de habitação à forma aquática" (Magnoli, 2006, p180)
Zona de Uso Extensivo
Áreas de preservação permanente, de acesso restrito de profissionais especialistas envolvidos e eventuais trilhas guiadas..
Marcos Visuais nas esquinas
--
De acordo com o Código Civil, os espaços Fechar espaços internos de noite e públicos podem sim ter caráter de uso Controle de acesso abrir ao amanhecer, como o Central especial, tendo seu acesso limitado. aos espaços internos Park e Ibirapuera. Principalmente se tratando da preservação da saúde daquele espaço. Opções de nós ao decorrer dos passeios, que desaceleram e redirecionam o fluxo
Nós nos passeios internos
Reassimilar o espaço, antes Opção de acesso impenetrável, como possibilidade de nos entroncamentos fruição de vias
Tabela 06 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 1/3 • Fonte: Autor
A exemplo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Parkorman Park Zonas de Transição, onde se afasta do meio de tráfego, as costas fiquem protegidas de surpresas e à frente um campo de visão livre. (GEHL, 2010, p137)
Vegetação
Espaços Livres Equipamentos Esportivos
Acessibilidade e Circulação Equipamentos Comerciais
Acesso
Equipamentos Institucionais
O iguaçuense Grande extensão do historicamente virou parque e apropriação as costas pros rios, infantil num conflito de Temposegurança e qualidade de Abundante área de permanência mata nativa, praticamente Carência municipal de intocada, imersa em equipamentos contexto urbanizado esportivos de uso contínuo Esquinas Grêmio Esportivo e Social de pública Foz do e Segurança Iguaçu vulnerabilidade de espaços públicos de grande extensão durante as madrugadas Faixa Comercial para a Avenida Juscelino Grande extensão do Kubitscheck de costas parque para o parque Característica fechada Carência contato de toda de a área do entre Itaipu e Batalhão. população, apresentada no Plano Diretor Municipal
Potencialidades Estimativas do autor sobre realidade
Intenção Geral Realidade desejada
Diretriz Através do que podese atingir tal intenção?
Espaços denas Facilitar acesso das crianças aos Playgrounds Trazer população para maior contato permanência e playgrounds margens do parque com as águas, a exemplo do parque contemplação perto Minghu, China Volumes de auxílio, dos corpos hídricos com sanitários, Infraestrutura de permanência "Assegurar usos compatíveis com a bebedouros, duchas, A grande extensão da área preservação e proteção ambiental etc permite que nem todo espaço Zona de Uso nas áreas integrantes do sistema de verde seja utilizado para uso Extensivo Reuso adaptativo áreas verdes do Município" (PDDIS, intensivo Equipamentos esportivos préCriar oportunidades para a prática edifícios existentes: 2017) existentes do Batalhão paulatina de atividades desportivas Polo Iguaçuense de Implantar marcos arquitetônicos, Treinamentos Alta visibilidade, confluência de Marcos Visuais(PIT) nas acessos importantes e/ou praças de fluxos esquinas amortecimento Grêmio esportivo de uso privado, Estrutura esportiva prémas que garante uso permanente ao Manter Gresfi existente parque Fechar espaços internos de noite e Uso consolidado de práticas de Controle de acesso Estimular atividadescomo com o foco na Nichos para práticas abrir ao amanhecer, Central manutenção de saúde na aos espaços internos área da e saúde corporal aeróbicas Park Ibirapuera. Avenida Paraná Arroio Monjolo - corta toda a extensão do eixo norte-sul do parque
Uso comercial consolidado na face da Avenida JK
Não ter edifícios de decorrer costas para Opções de nós ao doso parque. Faixa que comercial quanto efaixa passeios, desaceleram de transição redirecionam o fluxo
Atendimento Nós nos passeios comercial 360° internos
Reassimilar o espaço, antes Opção de acesso Várias vias encontram as Reuso adaptativo impenetrável, como possibilidade de nos entroncamentos Trazer uma unidade do PTI, hoje perimetrais do Batalhão edifícios Intensão do Parque Tecnológico fruição de vias localizado ao extremo norte da de Itaipu/ PTI em se aproximar institucionais: Polo cidade, para o centro. Prover local da população iguaçuense. Tecnológico Central para projetos educacionais. (PTC)
Complemento; Embasamento teórico. A exemplo do Central Park, em Nova "Águas em todas as suas formas, brejos, Iorque pântanos, servindo de habitação à forma aquática" (Magnoli, 2006, p180)
-Áreas de preservação permanente, de acesso restrito de profissionais especialistas envolvidos e eventuais trilhas Direcionamento do homem comum guiadas.. contemporâneo para práticas esportivas e outras formas de entretenimento particular em seu tempo livre (MACEDO, 2010, p27) -De acordo com o Código Civil, os espaços públicos podem sim ter caráter de uso Satisfação em imersão meio Natural especial, tendo seu sobre acesso limitado. Biofilia (KELLERT; WILSON, p. 32) Principalmente se tratando da1993, preservação da saúde daquele espaço. Zonas de transição, exemplo do Rio plano A exemplo do Jardima Botânico de piloto edeParkorman Brasília/ DF. Janeiro Park
Zonas de Transição, onde se afasta do meio de tráfego, as costas fiquem protegidas de surpresas e à frente um Proteger edifícios históricos é conservar campo de visão livre. (GEHL, 2010, p137) elementos afetivos, que fazem parte da memória coletiva local (VARGAS, 2006)
Intensão da Prefeitura Municipal em implantar Museu dos Pioneiros e Praça Histórica
Localização acessível e privilegiada do parque; presença significante do primeiro aeroporto da cidade
Projetar praça histórica e prever apropriação do edifício quanto "Museu do Pioneiro"
Reuso adaptativo primeiro aeroporto: Museu do Pioneiro
Intenção municipal condizente ao projeto, apresentada no PDDIS (2017)
Secretarias de gestão municipal acontecem em espaço alugado (Bordin)
Localização acessível e privilegiada do parque; presença de edifícios institucionais do batalhão
Trazer administração pública para o parque, garantindo mais um uso diário
Reuso adaptativo edifícios institucionais: Polo de Administração Pública (PAP)
Atividades necessárias que acontecem no dia-a-dia da cidade sob qualquer condição (GEHL, 2010, p20). Como ir ao trabalho, à escola, levar e buscar mercadorias.
Edifícios residenciais da Vila Militar isolados das dinâmicas urbanas
Localização privilegiada; esquina de alta visibilidade; acesso direto à entrada da cidade pela Avenida Costa e Silva
Esplanada de acesso, com possibilidade de receber futuramente um complexo cenográfico municipal, intenção expressa no PDDIS, 2017
Espaço livre de reserva
Espaços literalmente vazios de intervenção, para que não se feche o projeto da paisagem, mas inaugure um novo ponto na sua linha evolutiva (MACEDO, 2002)
Tabela 07 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 2/3 • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
Hidrografia Mobiliário Urbano
Conflitos Tensões préexistentes
139
Sistemas Naturais Infraestrutura Mobilidade
Paisagem Construída Paisagem Construída
Entorno
Paisagem Natural
Unidades de Paisagem
Entorno Espaços Sistemas LivresNaturais Mobilidade Histórico
Aspectos Sociais
Paisagem Construída Paisagem Construída
140
4. Síntese
Paisagem Natural
Unidades de Paisagem
Conflitos Tensões préexistentes
Potencialidades Estimativas do autor sobre realidade
Intenção Geral Realidade desejada
Diretriz Através do que podese atingir tal intenção?
Complemento; Embasamento teórico.
O iguaçuense historicamente virou Arroio Monjolo corta toda a Facilitar o acesso de pessoas Hidrografia as costas pros rios, extensão do eixo norte-sul do Necessidade de com mobilidade reduzida, num conflito de parque Vias estacionamentos para famílias com bebês, idosos e segurança automóvies grupos de visitantes, Abundante área de A grande extensão da área conterrâneos das redondezas. mata nativa, permite que nem todo espaço Vegetação praticamente verde seja utilizado para uso intocada, imersa em intensivo contexto urbanizado Dimensão do parque Alta visibilidade,- confluência de Escala humana contra escala do Espaços Livres Esquinas fluxos pedestre
Espaços de Trazer população para maior contato "Águas em todas as suas formas, brejos, permanência e com as águas, a exemplo do parque pântanos, servindo de habitação à forma Estacionamentos vão ter que existir. Bolsões de contemplação perto Minghu, China aquática" (Magnoli, 2006, p180) Que não sejam áreas de abandono, estacionamentos dos corpos hídricos -onde nada acontece além da entrada dispersos pelo "Assegurar usosde compatíveis e saída veículos. com a parque Áreas de preservação permanente, de preservação e proteção ambiental Zona de Uso acesso restrito de profissionais nas áreas integrantes do sistema de Extensivo especialistas envolvidos e eventuais trilhas áreas verdes do Município" (PDDIS, guiadas.. Ao invés de um grande espaço 2017) Espaços dimensionados de acordo com interno que abrigue muitas pessoas Escala humana Implantar marcos arquitetônicos, estudos de Gehl (2010) para uma boa Marcos Visuais nas de uma vez, vários espaços que como parâmetro de acessos importantes e/ou praças de composição de espaços públicos de esquinas abriguem várias porções de pessoas desenho amortecimento acordo com a escala humana ao mesmo tempo Segurança pública e De acordo com o Código Civil, os espaços vulnerabilidade de A obra ainda não sim é tombada mas, Fechar espaços internos de noite e públicos podem ter caráter deassim uso Primeiro da Criar espaço da memória iguaçuense Controle de acesso espaçosAeroporto públicos de Patrimônio Edifício histórico- pouco alterado abrir ao amanhecer, como o Central Praça da Memória como algunstendo outros edifícios especial, seu acessohistóricos limitado. de (PDDIS, 2017) de escala monumental aos espaços internos cidade grande extensão Acessibilidade e Foz, está passando por esse processo Park e Ibirapuera. Principalmente se tratando da preservação durante as Circulação da saúde daquele espaço. madrugadas Instigar apropriação do parque Honrar a memória da paisagem Potencializar usos já Usos já consolidados através dede algumas caracterísitcas Opções nós ao decorrer dos urbana da área consolidados Grande extensão do Nós nos passeios A exemplo do Jardim Botânico do Rio de pré-existentes passeios, que desaceleram e parque internos Janeiro e Parkorman Park Memória redirecionam o fluxo Conectar o edifício com a avenida Localizado no eixo visual da Espaço de Utilizar-se do grande fluxo diário de Edifício principal do por meio de espaços de Zonas de Transição, onde se afasta do Avenida Brasil com grande coroamento da pessoas por essa importante avenida Característica fechada Reassimilar o espaço, antes Opção de acesso Batalhão permanência para fruintes e Várias vias encontram as meio de tráfego, as costas fiquem espaço livre em frente Brasil comercial Acesso de toda a área do impenetrável, como possibilidade de nosAvenida entroncamentos trabalhadores em horário livre perimetrais do Batalhão protegidas de surpresas e à frente um Batalhão. fruição de vias campo de visão livre. (GEHL, 2010, p137)
Apropriação Pública
Complexidade de organização interna e dificuldade de apropriação popular
Sentimento de segurança por uma assimilação facilitada da composição geral do parque pelo público
Compor o desenho do parque a partir de um diagrama simples que facilite sua compreensão geral
Diagrama de ocupação
Tabela 08 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 3/3 • Fonte: Autor
Como Tchumi fez no Parc de la Villette, em Paris.
Parque do Batalhão
ESCALA HUMANA
141
REUSO ÀS EDIFICAÇÕES
ZONAS DE USO EXTENSIVO +ÁGUA
Figura 198 Croquis Diretrizes Escala Implantação 03 • Fonte: Autor
4.3. ESCALA DO PEDESTRE
Sistemas Naturais
Topografia
Microclima
Infraestrutura
Grandes desníveis no terreno
Alta umidade relativa do ar
Acessibilidade Conflito entre fluxo de e Circulação pedestres e veículos
Gabarito
Histórico
Conflitos Tensões préexistentes
Potencialidades Estimativas do autor sobre a realidade
Intenção Geral Realidade desejada
Observar um extrato mais alto do corpo verde
Estruturas simples e leves de aço. Piso gradeado e permeável, a exemplo do Parque do Ingá
Declividade acentuada faixa leste do parque
Acesso
Paisagem Construída
142
4. Síntese
Mobilidade
Paisagem Natural
Unidades de Paisagem
Energia e Iluminação
-
Soluções de traffic calming.
Poucas edificações construídas Presença imperativa no alinhamento predial da área dos muros do do parque. Abundância de batalhão nas calçadas espaço Previsão de alto atensamento do entorno
-
Estimular inteligibilidade da geografia local Grandes coberturas, paredes permeáveis, muita ventilação natual
Diretriz Através do que pode-se atingir tal intenção? Passarelas elevadas de baixo impacto ambiental
Mirantes Arquitetura de climas úmidos
Percursos curvos, que criem bolsões de utilidades, como estacionamentos Leitos carroçáveis internos e quiosques, por exemplo .Claramente de uso misto priorizar o pedestre.
Complemento; Embasamento teórico. Considerando uma figura ecologicamente correta e de baixíssimo impacto (MACEDO e SAKATA, 2002, p50), vide exemplo sobre mangue em Shang si, China A exemplo do Complexo Orla de Rosário e Orla do Guaíba A exemplo do Parque do Mindu, em Manaus
-
Utilizar-se de desníveis, vegetações fechadas, mobiliário, e recuos como barreiras
Outras tipologias de barreiras alternativas aos muros
-
-
Manter gabarito do parque baixo, como antítese à verticalização urbana, permitindo um marco ou outro que se sobressaia
Gabarito interno baixo
Antítese de objetos visuais citadinos. (Frederick Law Olmsted)
Iluminação pública abundante
Compatibilizar projeto luminotécnico de acordo com escala do ambiente e respectivo uso
Abundância de equipamentos de iluminação com alturas variadas
-
Arquitetura e landart como âncora para a leitura dos espaços livres
Como na Orla do Guaíba e Inhotim
Preservar trecho(s) do muro do batalhão
“É pela permanência no tempo dos espaços públicos que uma cidade constitui sua memória.” (HUET, p148)
Equipamentos Culturais
-
-
Estruturas simples que ancoram pequenos espaços livres pelo caminho. A exemplo do Jardim Botânico do RJ
Memória
Extensos muros que cercam o Batalhão atualmente
Signo presente na memória coletiva
Reutilizar muro como signo, memória, ao invés de barreira
Tabela 09 Síntese Diretrizes Escala do Pedestre • Fonte: Autor
VIA MISTA
143
ARQUITETURA DE CLIMAS ÚMIDOS
MIRANTES
Parque do Batalhão
PASSARELAS ELEVADAS
BARREIRAS ALTERNATIVAS
ILUMINAÇÃO ABUNDANTE
Figura 199 Croquis Diretrizes Escala Pedestre • Fonte: Autor
ANTÍTESE DE GABARITO
TRECHOS DO MURO
5. Projeto
144 Figura 200 O céu de Foz #05 • Fonte: Arquivo pessoal do autor
.
PROJETO
5 145
Parque do Batalhão
146 5. Projeto
Parque do Batalhão
O projeto a seguir trata de um Masterplan para o Parque do Batalhão, a ser implantado na atual propriedade da União, onde se localiza o 34° Batalhão de Infatria Mecanizado, em Foz do Iguaçu. Este trabalho acadêmico individual foi desenvolvido entre os meses de janeiro e novembro de 2019 e concentra-se em questões de maior escala, não chegando ao projeto da escala dos edifícios, tampouco à escala do pedestre (como se imaginava no início dos estudos). Ainda assim são inseridas ilustrativamente algumas intenções e devaneios do autor para o parque central de sua cidade natal. Inicialmente, a perspectiva de trabalho era de simplesmente criar ambiências de um bom parque para a cidade de Foz do Iguaçu. O horizonte era materializar, a partir de um lugar de lazer comum, onde os cidadãos iguaçuenses pudessem se reconhecer em sua terra. Todavia, o projeto acaba dando alguns passos para trás a fim de resolver com maior solidez uma questão fundamental para a existência deste parque: A reinserção da área do batalhão nas dinâmicas da cidade. Tal movimento revela uma grande expectativa de ver esta área contaminada pela vida citadina, intenção essa que acabou prevalecendo à de desenhar de jardins para o parque. Os edifícios novos, os equipamentos de infraestrutura, os jardins, as luzes, o mobiliário até a identidade da comunicação visual. Vontade não faltou de ampliar as escalas e desenhar, desenhar, desenhar.
147
Este capítulo apresenta finalmente a proposta de intervenção deste Trabalho Final de Graduação Interdisciplinar. Neste momento, toma-se nas mãos todo o conhecimento adquirido a partir das apurações de morfologia, correlatos e conceitos.
148
5. Projeto
5.1. REFLEXÃO & PARTIDO
Circundar o Batalhão; percorrer seu perímetro; dar a volta, margear; de um lado, a cidade e seu estigma de ação; do outro lado, sua antítese, uma reserva natural, a não-ação; O parque quanto materialização da dicotomia entre uma paisagem caracterizada pela absoluta intervenção antrópica e outra caracterizada pela abstenção da operação humana; um sutil gradiente.
Figura 201 Diagrama Partido 01 • Fonte: Autor
Calçado Aberto
Superfícies Duras Alta Densidade de Usos
Superfícies Macias Alta Densidade de Usos
Superfícies Macias Baixa Densidade de Usos
Materiais Artificiais Permanentemente Assistido
Materiais Naturais Permanentemente Assistido
Materiais Naturais Assistido de Acordo com Ocupação
Níveis Variados
Atividades no Solo
Atividades no Solo
Ação Atividades Cotidianas Trabalho Ruídos Urbanos Gastar Energia Calçado Fechado Superfícies Duras Alta Densidade de Usos Materiais Artificiais Permanentemente Assistido Níveis Variados
Transição Atividades Cotidianas Descanso Ruídos Urbanos Recuperar Energia Calçado Fechado Superfícies Macias Alta Densidade de Usos Materiais Naturais Permanentemente Assistido Atividades no Solo
Figura 202 Diagrama Partido 02 • Fonte: Autor
Não-Ação Atividades Extraturno Descanso Sons Naturais Recuperar Energia Calçado Aberto Superfícies Macias Baixa Densidade de Usos Materiais Naturais Assistido de Acordo com Ocupação Atividades no Solo
Parque do Batalhão
Calçado Fechado
149
Calçado Fechado
O partido do projeto é ir de fora para dentro. Um gradiente que parte do permanente em direção ao novo; da essência à liberdade poética; da ação à não-ação.
150
5. Projeto
O estigma da ação representando a vida citadina, sua complexidade humana, as tensões, o estresse; a morada absoluta do homem, sistema onde ele e somente ele controla quem deve ali viver; o asfalto, o iluminismo, a vida em partes. O estigma de não-ação é berço; uma complexidade irredutível, é mistério; o infinito sistema; a imensidão de cada coisa, a vida toda. Tal gradiente se dá em relação à intensidade dos usos, uma dialógica sobre os efeitos de sair do espaço urbano construído e adentrar o espaço não construído (e assim conscientemente mantido), pois, de acordo com Abraham Moles (1971, p.13), “não haveria gradiente entre artificialidade e natureza. Porque a natureza, quando ali está, quanto objeto do homem, já se tornou produto do artifício” Desse modo o projeto nasce do seu contexto, da sua história. A forma resultante portanto segue o contorno do batalhão em direção ao seu centro, o que finda por remeter à ação de circundar o batalhão, percorrer seu perímetro, movimento natural de iguaçuense. Os subcapítulos a seguir narram através de diagramas e memoriais descritivos o raciocínio utilizado no desenvolvimento do projeto. “É uma série de decisões de desenho muito bem informadas e claras, que geram a forma” (Bjarke Ingels)
5. Projeto
152
5.2. A VIZINHANÇA Para uma implantação mais sólida do parque, foram ajustadas algumas questões do entorno direto. A Vizinhança abarca diretrizes para a área de influência direta do parque em busca de uma melhor consonância entre o projeto e seu contexto.
PARQUE DO BATALHÃO
Figura 203 Esquema Abrangência Escala da Vizinhança • Fonte: Autor
Parque do Batalhão Novas Vias Abertas Lotes Consolidados (pertinentes ao estudo de caso) Tipologia Quadra Bairro Monjolo Antigo Ceasa Nascente Arroio Monjolo Arroio Monjolo
boneco área reparcelamento
Para isso, são identificadas as permanências do bairro: O lago/nascente do Arroio Monjolo, que hoje atua como parque de bairro, os lotes já consolidados e algumas atividades comerciais de grande porte, cristalizadas nas dinâmicas urbanas da cidade. Também é identificado um trecho do Arroio Monjolo, que escoa em direção ao parque, a esse são previstos os devidos recuos para a preservação de sua integridade. A primeira linha traçada é de conectar o parque de bairro da nascente do Arroio Monjolo com o parque, curiosamente a diagonal encontrada, meio às residências já consolidadas encontra o parque exatamente onde se tinha um portão de acesso para o ceasa. Em segundo lugar, são identificadas as tipologias de quadras e lotes, e são replicadas na parte leste do trecho a reparcelar. Com uma ressalva: a última quadra retangular proposta recebe uma viela central, como opção de transposição para pedestres, visto que as quadras são demasiadamente extensas para a escala humana. De modo que não se tenha muros virados para as ruas, mas fachadas ativas, são projetados lotes que dividem os limites com o hipermercado e com a APP do Arroio Monjolo. Neste caso se faz possível se valer de uma parte da infraestrutura de pavimentação existente do Ceasa.
Figura 204 Proposta Parcelamento Ceasa • Fonte: Autor
CONEXÃO BAIRRO MONJOLO
Por último, é preservado o edifício institucional administrativo do Ceasa, que compõe a paisagem urbana do seu trecho, com seu grande recuo, desníveis, marco visual e seu massivo extrato arbóreo. Atrás deste, extende-se uma área verde voltada para a vizinhança local, através de um grande bolsão (cul-de-sac) com vagas de estacioamento e espaço para brinquedotecas. O edifício ainda pode complementar outra diretriz deste projeto, que é receber equipamentos da administração pública na área do parque, reverberando um uso contínuo e cotidiano para a área. Assim, o bairro Monjolo ganha nova conexão com o parque através do projeto de espaços livres do seu novo arruamento. São nesses entroncamentos de vias que acontecerão os elementos de absorção e acesso da população no parque, somados às presenças de importantes geradores de fluxo.
153
Figura 245 Edifício administrativo Ceasa • Fonte: Google Street View
Parque do Batalhão
Para uma melhor conexão do parque com o bairro vizinho a norte da data, propõe-se um desenho de reparcelamento de alguns lotes públicos de grandes dimensões, que atualmente são um encrave neste trecho. A área representada em laranja no diagrama já tem seu reparcelameto previsto pela prefeitura municipal, mas não especifica seu desenho. Este trabalho dá um passo atrás e empresta o desenho urbano para propor uma boa conexão com o bairro, que valorize seus espaços livres e especialmente a conexão entre eles e o parque da cidade.
Rio
P ara n
á
io ra R Bei e Av. mizad A a d nte /Po
4
5
7
3
1
6
JK Av. ipu a t /I
154
5. Projeto
2
X
Parque do Batalhão Importantes Vias / A que conectam Ceasa, Encrave Urbano ntro Importantes Geradores de Fluxo /Ce 1 Bosque Guarani/ Zoológico 2 Terminal de Transporte Urbano 3 Hipermercado 4 Ceasa 5 Hipermercado 6 Parque de Bairro 7 Mesquita de Foz 8 Hospital Municipal 9 Shopping Center 10 Centro Comercial 11 Avenida Brasil
11
10
8
ná ara e P . ort Av oN ã i eg
Av. Duq ue de Cax ias
9
Av. Costa e Silva /BR-277
s ata tar a /C
v. R ep /R . Ar eg ge ião nt Oe ina ste
Figura 205 Leitura Contexto Urbano - Fluxos • Fonte: Autor
A presença do terminal central de baldiações do transporte coletivo municipal é de imensa valia para o parque. Este atuará como um importante equipamento de acessibilidade social ao equipamento urbano em questão, trazendo com facilidade cidadãos iguaçuenses e de outras cidades da região. Para isso, se faz necessário pensar em um acesso especial para tal equipamento.
CONEXÃO COM TERMINAL DE TRANSPORTE URBANO
Além disso, o terminal conta com algumas espécies arbóreas de grande porte plantadas em seus canteiros. Tal ocupação verde pode ser melhor incrementada, imaginando suprir outras diretrizes deste projeto. Pensando inclusive em um momento futuro, onde terminais de baldiações já não sejam mais necessários ao transporte público, ainda teremos uma grande infraestrutura construtiva e verde para auxiliar nas dinâmicas da região central.
Rio
P ara n
á
io ra R Bei e Av. mizad aA d nte /Po
JK Av.
ntro /Ce
Av. Costa e Silva /BR-277
Parque do Batalhão Importantes Vias / A que conectam Área Ceasa Vetores de Acesso
as rat ata C /
v. R ep /R . Ar eg ge ião nt Oe ina ste
Figura 206 Diagrama Proposta Novas Conexões • Fonte: Autor
A área central do parque tem muito potencial para receber outras atividades alternativas às que acontecem hoje. De acordo com o levantamento realizado sobre as atividades comerciais da área do parque (ver p.30), é possível concluir que a maior parte dos serviços comerciais ofertados são de baixo impacto especialmente noturno. Especialmente na faixa da avenida Juscelino Kubitcheck, onde se concentram serviços voltados à venda e manutenção automobilística.
ZONA ESPECIAL DO PARQUE DO BATALHÃO
Para garantir que a área exerça seu potencial de atratividade e vitalidade urbana, estimula-se o uso do solo por estabelecimentos de atividades noturnas, ou minimamente de atratividade entre o período das 18 e 23h. Como por exemplo: Escolas de idiomas, cursinhos pré-vestibulares, escolas de aperfeiçoamentos, academias de ginástica e musculação, academias de artes marciais, bistrôs, restaurantes temáticos, cervejarias, hamburguerias, igrejas e templos, entre outros.
155
Av. Duq ue de Cax ias
Parque do Batalhão
á ran . Pa rte v A No ião eg R /
Leitura Contexto Urbano - Adensamento
Rio
20
P ara n
á
+
5. Projeto
06 Parque do Batalhão Visuais para Paraguai Vetores de Verticalização 2019
Figura 208 Leitura Contexto Urbano - Adensamento e Visuais Paraguai • Fonte: Autor
156
Figura 207 Esquema Proposta Escalonamento • Fonte: Autor
Já estão previstos pelo PDDIS (2017) a um raio de ocupação prioritária dos vazios urbanos da região central, com epicentro na área do parque; e o adensamento da região. O zoneamento permite um gabarito de até 20 pavimentos na maior parte do entorno do parque. Estima-se que o adensamento naturalmente acontecerá com a instalação do parque, todavia se faz necessário planejar como seria a melhor forma de tal fenômeno urbano acontecer. A fim de preponderar a paisagem urbana do parque de acordo com a escala do pedestre e para que a verticalização da área não aconteça de qualquer forma, resultando em paisagens urbanas sufocadas por imensos paredões, é proposto um escalonamento do gabarito dos edifícios.
ADENSAMENTO POPULACIONAL DO ENTORNO
O gradiente inicia-se em uma altura máxima de 6 pavimentos nas faces do parque, e caminha para os 20 pavimentos finais nas quadras posteriores. Desse modo inclusive, haverá uma maior democratização do acesso visual às áreas verdes do parque (mesmo que ainda muito restrita a quem possa morar em frente a este). Juntamente, se faz necessário um estudo de políticas públicas acerca de questões de inclusão social nessa área, com o propósito de amortecer uma comum gentrificação e elitização causada pela implantação de um grande equipamento urbano.
i ua rag a P
Rio
P ara n
á
Parque do Batalhão
=
157
Áreas Verdes Visual para Paraguai Vetores de Verticalização Longo Prazo Figura 209 Diagrama Proposta Adensamento • Fonte: Autor
A medida que nos anos 70 a Avenida JK se pôs a contornar o primeiro aeroporto de Foz (e também limite da área urbana) para acessar a então novíssima usina hidrelétrica de Itaipu, a cidade ganhou uma nova perspectiva sobre o aterro construído para tal contorno.Tal curva já está naturalizada na imaginação da Avenida (a “curva do Gresfi”, ou “a curva da JK”) e permite uma profunda conexão visual a oeste, em direção ao Paraguai. Passando pela curva, é fácil reparar a profundidade da paisagem (de ônibus é mais fácil ainda) e eventualmente ser agraciado com um belo por-do-sol sobre as terras paraguaias.
CONEXÃO VISUAL COM O PARAGUAI
Com a finalidade de preservar essa experiência tão particular de Foz - de olhar ali pro lado e avistar outro país - o gabarito da faixa em frente à curva do Gresfi é restringido. Os edifícios não podem passar da cota 180: Um impeditivo à verticalização que não necessariamente impede o adensamento desejado. Como o relevo cai consideravelmente em direção ao Rio Paraná, é possível uma maior verticalização conforme se aproxima da Avenida Beira Rio, concordando com seu plano de ocupação.
R
io
Pa
ran
á
8
7
158
5. Projeto
1
4
Significantes Espaços Verdes Públicos 1 Mata Ciliar Rio Paraná 2 Bosque Guarani 3 Espécies Nativas Hospedaria Militar 4 Reserva Ambiental Batalhão 5 Mata Ciliar Arroio Monjolo 6 Nascente Arroio Monjolo 7 Remanescente Verde Intrabairro 8 Remanescente Verde Avenida Beira Rio Espaços Verdes de Conexão Propostos Figura 210 Leitura Contexto Ambiental - Áreas Verdes Próximas • Fonte: Autor
CONEXÕES VERDES
Como conceituado em capítulos anteriores, para além da existência das infraestruturas verdes, está a iminência das suas conexões. Neste caso são pontuadas áreas verdes importantes desde a mata ciliar do Rio Paraná, área de preservação de longa extensão, às remanescentes verdes no interior dos bairros adjacentes. Esta diretriz se apoia em uma decisão projetual do plano de urbanização da Avenida Beira Rio (ver p. 56 a 58), que prevê a conexão de espaços verdes apoiada em uma promenade urbana. Além da conexão já estipulada pelo plano Beira Foz (2014), traça-se outra conexão verde através do Bosque Guarani.
8
6 5 2 1
4
Figura 211 Diagrama Proposta Conexões Verdes • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
o
aná
159
Ri
r Pa
Rio
P ara n
á
Arr Nas oio ce M nte njo lo
5. Projeto
io Monjo Arro
lo
Trec ho n Ca
160
al i sado
Parque do Batalhão Escoamento Pluvial Congestionado Escoamento Pluvial Não Congestionado Não Alterado Figura 212 Leitura Contexto Ambiental - Escoamento Pluvial • Fonte: Autor
Como visto, o arroio Monjolo é canalisado no trecho do centro histórico de Foz. Desse modo, a infraestrutura hídrica que deveria absorver um significativo contingente pluvial, acaba sendo reduzida. Pensando em aliviar a contensão das águas de chuva sobre o trecho canalisado - que escoa no Rio Paraná há poucos quilômetros dali- são projetados equipamentos de absorção e retensão anteriores a este trecho no sentido dos escoamentos pluviais.
RETENSÕES PLUVIAIS
De acordo com o relevo e os percursos internos no Arroio Monjolo na área do parque, é projetada uma bacia de retensão para as águas de chuva, o que também soma um elemento impactante na paisagem do parque, o lago -no caso, “alagado construído”. Adicionalmente, alguns espaços residuais do desenho da malha viária são dedicados a jardins de chuva e biovaletas, que ajudam na penetração das águas no solo.
Conexão Verde/ Trânsito de Espécies
P ara n
á
io Monjo Arro
lo
Trec ho n Ca
al i sa
Figura 213 Diagrama Proposta Retensão Pluvial • Fonte: Autor
161
Parque do Batalhão
Rio
5. Projeto
162
5.3. A IMPLANTAÇÃO Nesta escala são apresentados fatores somente visíveis em uma planta geral de toda a área do parque, tomadas de decisões referentes à área do antigo batalhão como um todo.
PARQUE DO BATALHÃO
Figura 214 Esquema Abrangência Escala de Implantação • Fonte: Autor
PERMANÊNCIAS
Primeiramente, são destacadas as infraestruturas antropológicas significantes -os edifícios históricos do Batalhão -, bem como as infraestruturas naturais -verde e hídrica. Juntamente às infraestruturas construídas pelo homem é destacado o corpo limitador de toda a área do batalhão: O muro. Vezes em forma de muro de alvenaria, vezes mureta, vezes cerca, vezes paliteiro, esse elemento físico que por toda a história de Foz do Iguaçu dividiu o que era de uso coletivo do que era de uso restrito, nas redondezas do batalhão. É de se notar que ao longo do projeto algumas características internas do batalhão foram mantidas graças à permeabilidade visual de algumas dessas formas de barreira. Como por exemplo a profunda vista dos edifícios institucionais frente à Avenida Brasil, bem como os acessos da hospedaria, enfermaria e clube. Vale destacar que à Avenida Juscelino Kubitscheck tem-se como limitante sua extensa faixa de comércio arrendada. As Avenidas Duque de Caxias e Paraná, que faceam a área verde interna, são separadas da área do batalhão por cerca. Permeabilidade visual significante para a Avenida Paraná, dado seu uso intensivo de atividades de saúde e lazer.
Parque do Batalhão
163
O pensamento foi guiado, ao projetar na escala da implantação, pela valorização das permanências históricas e da escala humana.
5. Projeto
164
Muro Cercamento com Permeabilidade Visual Permeabilidade Visual Interna Comércio Arrendado Arroio Monjolo Áreas Pantanosas Remanescentes Vegetação Nativa Relevos Artificiais Edificações 34° BIMEC Edificações Gresfi Figura 215 Diagrama Permanências Batalhão • Fonte: Autor
Do lado de dentro, duas edificações militares históricas. Uma cobertura de planta livre com aproximadamente vinte metros de diâmetro e um stand de tiro, volume compartimentado de aproximadamente cento e dez metros quadrados. Paralelamente, acompanham as costas desses volumes dois grandes morretes de terra, um relevo artificial criado pelas primeiras tropas que construíram o batalhão. O morrete que acompanha o stand de tiro tem algo próximo de dez metros de altura e está brevemente afastado de tal volume. O outro morrete, por sua vez, se eleva cerca de quinze metros do chão e se distancia da grande cobertura em cerca de duzentos metros. Este imenso espaço vazio recebia atividades de treinamento militar (ver p.53). Também são destacadas duas clareiras, dessa vez mais próximas ao núcleo institucional, que recebiam atividades militares. Em relação às infraestruturas naturais internas, são destacadas áreas alagadiças, pântanos, espelhos d’água e outras formas preservadas de apresentação da água em meio
natural. Também se destacam manchas onde estipula-se que sejam áreas de mata nativa, de acordo com levantamento fotográfico feito através do arquivo do batalhão (ver p. 28). Por último localiza-se o alagado construído ao sul da data, onde havia uma grande várzea de inúmeras confluências do Arroio Monjolo. Este foi localizado pela topografia e, além das justificativas ambientais, também auxilia na amplidão psicológica do passeio na Avenida República Argentina. Isso se faz importante, porque esta via, como sendo um dos primeiros eixos viários da cidade, recebeu edificações com recuos menores, mais próximas ao alinhamento predial. Este fato somado à posição do muro do batalhão -também no alinhamento predial- configurava um estreitamento presente somente nessa das quatro vias importantes que circundam o parque (ver p.42).
As virtudes naturais respondem a uma questão do que deve ser preservado. Desse modo, essas configuram uma importante sessão do projeto, que é o destaque das áreas de uso intensivo e uso extensivo, ou seja, áreas onde a prioridade é o uso e áreas onde a prioridade é a preservação do meio natural. Juntamente a tais permanências, é atribuída uma questão de topografia, onde acidentes do relevo de 20 a 30% também são caracterizados como área de uso extensivo. Já a questão de até onde deve-se ser servido ao uso coletivo é respondida pela escala humana. De acordo com Gehl (2010), é possível perceber expressões até uma certa distância, perceber gestos até uma distância maior, e assim por diante até que não consigamos mais perceber a presença de alguém no horizonte. Esse último dado, de acordo com os estudos de Gehl em meio urbano, revela que em até 250 a 300 metros é possível identificar a presença de outras pessoas. Essa
Figura 216 Diagrama Uso Intensivo • Fonte: Autor
é uma medida importante para o projeto, que assim limita as extensões máximas das àreas de uso intensivo. Em segundo plano, esta etapa também procura responder uma questão de segurança pública, onde os olhos da rua consigam sempre enxergar os espaços de transição do parque e vice-versa. O limite das áreas de uso intensivo são marcados pela presença da pista de atletismo, que nasce da intenção de extender tal atividade para além dos passeios da Avenida Paraná, como será esmiuçado afrente. Com os novos limites, é possível imaginar a amplitude e permeabilidade que a área ganha com os espaços de borda/ transição. Permeabilidade esta que guarda uma ressalva: como o parque é todo contornado por importantes vias estruturais e arteriais, seus cruzamentos findam por concentrar uma grande tensão de tráfego veicular. Para responder a isso, busca-se afastar das esquinas os acessos de pedestres e as permanências sensíveis, como playgrounds. Em troca, são instalados significativos marcos visuais para cada esquina, para ajudar a conferir uma sensação de limite do perímetro do parque.
Parque do Batalhão
USO INTENSIVO
0m 30
165
Alcance Visual Áreas Naturais Sensíveis Tensões de Trânsito Desníveis de 25 a 30% Arroio Monjolo Áreas Pantanosas Remanescentes Vegetação Nativa Relevos Artificiais
Áreas Planas Limites Uso Intensivo Bacia Retensão Pluvial Desníveis de 25 a 30% Arroio Monjolo Áreas Pantanosas Reman. Veg. Nativa Relevos Artificiais Desinteressante
166
5. Projeto
Figura 217 Paleta de Cores Bandeira Foz • Fonte: Autor
USO EXTENSIVO Desenhada a área de uso intensivo, é possível olhar novamente para as permanências naturais e construídas e imaginar como seria possível apresentá-las à população, de modo que se reconheçam as qualidades naturais e o patrimônio histórico erguido e mantido por tantos anos pelo 34° BIMEC. Desse modo, são levantadas as áreas mais planas, que poderiam receber nichos e/ou trechos de vias internas. Chega-se ao diagrama acima com uma feliz coincidência. Através das planícies levantadas e dos elementos a serem apresentados, três grandes eixos são traçados. Cada um acaba tendo uma característica diferente do outro: o de acesso pela av. Paraná, a leste, deve vencer um grande desnível, altura a ser trabalhada por meio de passarelas aéreas; o de acesso pela av. Duque de Caxias, a norte, deve transpor elementos hídricos de várias formas; o trecho de acesso pelo núcleo institucional/ av. JK, a sudoeste, passa por amplas planícies incluindo o antigo stand de tiro.
Figura 218 Diagrama Uso Extensivo • Fonte: Autor
Desse modo, as vias internas assimilam-se às três vertentes das forças armadas, a aeronáutica, a marinha e o exército. A partir daí, é possível destacar elementos naturais que traduzem elas, o ar, a água e a terra, respectivamente. Temos então uma via de passeios aéreos, uma via de passeios em contato com a água em suas várias formas e uma via de passeios vastos e amplos. Para uma maior inteligibilidade das vias internas pelo público, essas são nomeadas de acordo com as cores da bandeira de Foz, que também absorvem toda a abstração dos elementos. Via aérea passa a ser a “Via Branca”; a via hídrica, “Via Azul”; e a via terrestre a “Via Verde”. A escolha por um número reduzido de vias internas - e esta assimilação lúdica - se embasa no projeto do Parc de la Villette, que, através de um diagrama de fácil inteligibilidade, organiza os espaços internos, criando condições do transeunte se localizar facilmente ao entrar e ao sair (ver p. 70). Junto a isso, a opção por um único núcleo central é justificada pela intenção de aglomeração da população iguaçuense, que é etnicamente uma das mais plurais do Brasil e agora pode compartilhar de um grande equipamento de lazer coletivo.
CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES Além das permanências materiais, virtudes naturais e construídas, destaca-se outro tipo de permanência que também soma na composição de uma paisagem urbana, o uso do solo. Cada via que delimita o parque foi investigada particularmente para que se identificasse sua característica predominante. A não ser pela Avenida Duque de Caxias, em todas as vias foram identificadas características específicas. A face da Avenida Juscelino Kubitschek tem o início das suas atividades na esquina com a Avenida Duque de Caxias, com equipamentos comerciais de natureza arrendada. Assim permanece por cerca de dois terços de sua extensão, quando passa a dar lugar para os muros do batalhão, que reservam os edifícios institucionais. Esses edifícios por sua vez estão voltados para a Avenida República Argentina, que veste a característica de serviços do 34° BIMEC.
Figura 219 Diagrama Características Predominantes • Fonte: Autor
Parque do Batalhão
Comercial Acolher Bairro Monjolo Cuidados de Saúde Serviços Imersão Natural
167
Característica Predominante Característica Predominante Característica Predominante Característica Predominante Característica Predominante Quadras Entorno Imediato Limite Uso Intensivo Aberto Arroio Monjolo Bacia de Retensão Edificações Pré-existentes
À esquina das Avenidas República Argentina com Paraná e Costa e Silva, a vila militar dos sargentos extende esse padrão de ocupação -portanto, extende características semelhantes na paisagem- por mais alguns metros, quando o uso muda - e a paisagem também. A face da Avenida Paraná foi caracterizada pelo intenso uso sobre atividades físicas. Pista de cooper, áreas de musculação, academia ao ar livre e pequenas quadras esportivas conduzem e estimulam tal apropriação da área, dando a essa face um viés de manutenção da saúde. Por fim, a face da Avenida Duque de Caxias não atribuia nenhuma atividade. De um lado, uma pequena calçada e os muros do Ceasa, de outro lado da rua, outra pequena calçada e os gradios do batalhão. Na ausência de um viés de apropriação histórico, adota-se a intenção de acolher a população do bairro Monjolo, que estava desconectada da área do parque, como já mencionado. A área interna também não possuia atribuições conhecidas pelo público, e adotara a intenção de contato com a natureza, baseado nos conceitos de biofilia, atribuindo forma ao partido do projeto, quanto área de não-ação.
produções, exposições e serviços acadêmicos, promovendo um importante elo comunidade-academia.
ZONEAMENTO
168
5. Projeto
Levantadas as caracterísiticas dominantes de cada trecho, um tratamento de bordas acontece de forma a potencializar tais usos pré-existentes. Ou de simplesmente fazer uso desses para estimular mais ainda a apropriação pública coletiva. Cada trecho será esmiuçado afrente, mas grandes intenções já são postas nesse momento de projeto à escala de implantação. A faixa comercial da Avenida JK ganha uma nova tipologia de ocupação, entendendo que a natureza arrendada inibiu grandes investimentos na qualidade de serviço. Propõe-se uma tipologia que não vira as costas para o parque, mas que sirva de transição. O edifício do primeiro aeroporto da cidade recebe o “Museu do Pioneiro”, demanda do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado Sustentável (PDDIS, 2017), e ganha de volta sua monumentalidade com uma grande praça à curva da JK, aqui a “Praça da Memória”. Atrás disso, o Gresfi é mantido quanto clube. Também procurando atender demandas do PDDIS (2017), é proposto um reuso adaptativo dos edifícios do batalhão, preservando-os em memória do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizada, que estimulou a fundação da cidade. São destacadas quatro questões levantadas pelo PDDIS (2017) pertinentes a esse projeto. A primeira é a carência de contato entre sociedade civil e as produções tecnológicas, bem como acadêmicas do Parque Tecnológico de Itaipu, bem como dos seus projetos de extensão. Tal demanda inclusive abraça a mesma carência a respeito das universidades públicas da cidade. Programa-se então um Campus Acadêmico para fazer reuso de uma faixa dos edifícios pré-existentes. Isso possibilitará maior facilidade de acesso às
Ainda embasada na característica de prestação de serviço da face da República Argentina, uma faixa é dedicada a receber as secretarias municipais de Foz do Iguaçu, que hoje atendem em locais alugados, significativo custo para o município anualmente. Como as secretarias funcionam diariamente, há de se esperar para o Centro de Administração Municipal um fluxo permanente, que responde às intenções de uso cotidiano do parque. O terceiro uso adotado para reutilizar os edifícios existentes do batalhão é esportivo. Como apresentado em entrevista com o secretário de Planejamento da cidade, José Teodoro Oliveira, a cidade é bem atendida de equipamentos esportivos para grandes eventos, todavia carece de infraestrutura esportiva no sentido de práticas paulatinas. É essa a intenção para o Polo de Treinamentos, que faz reuso da quadra poliesportiva do batalhão, enfermaria militar e área de lazer da hospedaria militar. Ao lado, uma extensa área de alagado construído, como já justificado. E para encerrar o trecho de serviços, uma esplanada de acesso, em frente ao shopping central de Foz, grandes hotéis e entrada da cidade. Tal espaço atende a quarta demanda do Plano Diretor que este projeto absorve: Um bom lugar para se construir o Teatro Municipal. Portanto, essa importante esquina é dedicada quanto espaço livre de reserva para receber tal equipamento, enquanto isso, é palco para uma grande esplanada de acessos, livre de edificações, possível de absorver atividades espontâneas de inúmeras naturezas. A face da Avenida Paraná recebe uma ampliação significativa, de acordo com os limites da área de uso intensivo previamente estipulados. Nela são multiplicados os equipamentos de atividade física existentes e sua pista de cooper extravasa para todo o parque, possibilitando a extensão da pista de caminhada de oitocentos metros para mais de três quilômetros, conectando todos os trechos do parque. A face sem uso prévio à Avenida Duque de Caxias, passa a dialogar com o novo redesenho urbano da área. São esperados equipamentos atratores nos eixos de cada via que conecta o parque com o Bairro Monjolo, a fim de estimular que as pessoas escolham passar um tempo livre em área pública.
ent
Ac
lh
m
l e nvo
vi
im e to Ba n
L ag o
Te
at
ro M n i c i p u
Figura 220 Diagrama Zoneamento Parque • Fonte: Autor
e dos
úd
da
e
al
Tre i n a m
i
lo
de
Trecho JK Trecho Monjolo Trecho Paraná Trecho Histórico Trecho Interno Quadras Entorno Imediato Limite Uso Intensivo Aberto Arroio Monjolo Bacia de Retensão Edificações Pré-existentes
Cu
Po
os
t
Ad m i ni str
nt
Cen
ro
i vo
s Ac a d ê
at
m
m
Ca
pu
ico
169
d
Des
o
a Fa i x
e
Parque do Batalhão
ó
o
da Me m
o
a
ça
irr
Pr
ria
Por último, são demarcadas as três vias de acesso interno, que culminam no núcleo central. Na via Verde, o antigo stand de tiro recebe um memorial das atividades internas do exército e no núcleo central, a grande cobertura serve - sem alterações projetuais- como volume de apoio.
a de S
5. Projeto
170
Circulação Pedestres Circulação Ciclistas Circulação Veículos de Serviço Circulação Veículos Particulares Circulação Mista Acesso Pedestre Acesso Veículos de Serviço Acesso Veículos Particulares Acesso Misto Acessos Novos
ACESSOS E FLUXOS Nos diagramas acima são traçadas as principais linhas de condução do projeto. A prioridade maior para as circulações é dada para os pedestres. São marcados também os acessos, diferenciando os pré-existentes dos novos. Os veículos particulares ganham uma imporatnte via interna próxima da Avenida JK e sua circulação é concentrada nesse trecho oeste do parque, tanto para fomentar o novo comércio, quanto para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida e famílias com carrinhos de bebê, por exemplo. Ademais, o pensamento criador do parque está sempre voltado ao cidadão local, bem-vindos são os cidadãos dos municípios vizinhos.
Vale esclarecer que as vias em laranja, são mistas e podem receber veículos de serviço. Não quer dizer que elas estão sujeitas a um constante tráfego desses, são passeios predominantemente pedonais, que contam com infraestrutura que possibilita o acesso de veículos de serviço e prontosocorro para os devidos atendimentos e manutenções do parque. Por fim, à medida da escala humana, sobre todos os passeios são projetados nós a cada 150 metros, com possibilidade de desaceleração, e alternância de rumos.
Parque do Batalhão
171 Figura 221 Diagramas Acessos e Fluxos • Fonte: Autor
Linha de /obeti /ação
Linha de Condução /objetividade /ação
+
Passeio /conte /não-
Passeio /contemplação /não-ação
172
5. Projeto
+
Vetores de Influências Externas Vetores de Condução - Ação Vetores de Condução - Transição Vetores de Condução - Não-Ação Alagado Construído Edificações Pré-existentes Nova Tipologia Comercial Relevos Artificiais Shopping Center e Hotéis
Ordem /histó
Ordem /memória militar
= Identidade Visual /espaços resultantes
Figura 249 Diagrama Vetores de Condução • Fonte: Autor
Figura 222 Diagrama Partido Desenho Passeios • Fonte: Autor
Identidad /espa
Linhas de Condução em NÃO-AÇÃO
Núcleo Central Via Azul Via Branca Via Verde Passeio Largo do Por-do-Sol Passeio Margem Lago
Parque do Batalhão
Linhas de Condução em TRANSIÇÃO
Praça da Memória Ziguezague A Grande Cobertura Ziguezague B Bolsões Atividades Saúde A Bolsões Atividades Saúde B Acesso Passeio Alagado A Passeio sobre Barragem Acesso Passeio Alagado B Acesso Polo Treinamentos Passeio Bosque Nativo Acesso Campus Acadêmico Acesso Eixo Desenvolvimento
Figura 223 Diagrama Natureza dos Passeios • Fonte: Autor
Cercamentos/ Guarda-Corpos
NATUREZA DOS PASSEIOS Ao passo que temos uma grande extensão de parque e trechos com características muito distintas, utiliza-se do desenho de pisos para orientar e promover uma unidade entre os diversos polos. O desenho dos passeios seguiu a seguinte lógica ilustrada. Uma linha de condução objetiva é sobreposta a uma linha de passeio contemplativa. Sobre
uma malha perpendicular ao sentido da via e muito ordenada é gerada a forma do passeio. Sortemente a forma resultante possibilita a imaginação de pequenos nichos ao longo do seu percurso, que podem receber equipamentos de infraestrutura, mobiliários para breves descansos ou mesmo uma simples diferenciação de pisos, acrescentando dinamismo no passeio. Desse modo, é possível caracterizar as conduções de acordo com o partido do projeto, permitindo que as sinuosidades sejam mais acentuadas ainda nos trechos de não-ação/ contemplação. O diagrama ilustra o gradiente proposto entre os passeios da vida utilitária (ação) das bordas, os passeios de imersão e lazer ativo (transição) e os passeios de lazer passivo (nãoação).
173
Linhas de Condução em AÇÃO
Passeio Público Vias Transversais Acesso Campus Acadêmico Acesso TTU Marquise Campus Acadêmico Calçadão Via Interna Carga e Descarga Teatro Municipal
5. Projeto
174
5.4. OS TRECHOS Neste momento, é elucidado o raciocínio de projeto para cada trecho do parque, demarcados de acordo suas respectivas características potenciais, como apresentado anteriormente.
Figura 224 Esquema ilustrativo Trechos • Fonte: Autor
Uma área livre de construções em frente ao terminal dá espaço para uma praça de acesso, que conecta visualmente o TTU ao interior do Centro.
TRECHO HISTÓRICO / CAMPUS ACADÊMICO
Logo atrás do edifício principal, um largo, com extensos canteiros que desenham a bandeira de Foz do Iguaçu. Tal espaço era utilizado quanto estacionamento e agora dá vez para um largo de confluências, uma zona de transição que pode receber a extensão de atividades dos volumes adjacentes. Anunciando a finalidade de extensão das atividades internas, esse espaço recebe em seus canteiros alguns veículos e obras da engenharia militar como esculturas, remetendo o passado do lugar. Ao lado de um dos edifícios mais recentes do batalhão, um espaço livre com alguns vestígios da fundação do que teria sido o primeiro edifício levantado pelos militares quando chegaram a Foz. Tal pracinha pode ser agora interpretada como uma extensão da praça de acesso, com equipamentos de descanso e pequenas aglomerações.
Parque do Batalhão
175
Ao projetar o Campus Acadêmico, o primeiro passo é destacar os vazios importantes a serem preservados. Esses espaços, assim como as edificações ganham um reuso adaptativo, de acordo com as intenções de uso de cada. Um pequeno jardim (1) em frente à edificação principal do batalhão (A) ganha a importância de Praça de Coroamento da Avenida Brasil, que se desenvolve no eixo desses -jardim e edifício. Um espaço de estar, equipado com mobiliários de descanso para quem trabalha nas redondezas, para quem aguarda ser atendido, um ponto de encontro.
176
5. Projeto
O grande espaço livre de número cinco diz respeito a um campo de futebol que era utilizado outrora às manhãs pelos aposentados do serviço militar. Independente do uso restrito que se tinha, graças ao cercamento tipo paliteiro (ver p. 160) este campo conferia uma profunda perspectiva do núcleo institucional do antigo batalhão. A fim de preservar essa vista interna, que se consolidara como uma das poucas imagens internas do batalhão pelo público, esse vasto espaço há de se manter livre de obstáculos visuais. Logo atrás deste, um espaço pavimentado, ancorado por um coreto elevado do chão. Tratava-se da praça de formaturas do exército, espaço de importantes rituais da instituição. Preserva-se também esta quadrilátero em memória do que se foi, espaço livre que pode, assim como o Largo de Confluências, receber a extensão de atividades internas dos edifícios adjacentes, dessa vez também servindo aos usos do centro vizinho, o Centro de Administração Municipal. Desse modo é possível imaginar tanto testes científicos, exposições permanentes, quanto feiras-livres, comícios, manifestações sociais, etc. Por fim, são demarcados os demais espaços livres e alguns edifícios com infraestruturas específicas, que podem ajudar na hora da reapropriação dos mesmos pelas insituições acadêmicas.
Os edifícios pré-existentes recebem um reuso adaptativo, de modo que passam por adequações internas necessárias para receber novas atividades acadêmicas. Uma única exceção é feita para o antigo edifício principal do Batalhão, assinalado com “A” no diagrama, que mantém suas salas expositivas quanto Memorial da História do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizada de Foz do Iguaçu. Preservando sua forma, materiais, texturas, coberturas e fachadas. Importante pontuar que artigos de comunicação visual que venham a ser necessários acontecem do lado de fora, descolados do edifício, por meio de tótens. Tais tótens acompanham também cada edifício e vazio pré-existente contando o que se passava ali antes de tomar uso coletivo.
C
2
4 3
A
B
C 6
1
5 Edificações Pré-existentes A Edifício Principal + Salas Museu Batalhão B Infraestrutura Especial: Acústica C Infraestrutura Especial: Cozinha D Infraestrutura Especial: Auditório 80 lugares E Infraestrutura Especial: Estrutura Reforçada Gruas Espaços Livres Significantes 1 Praça Coroamento Av. Brasil 2 Acesso TTU 3 Largo Confluências 4 Praça das Ruínas 5 Campo Futebol 6 Praça de Formaturas Demais Espaços Livres Terminal de Transporte Urbano Figura 225 Diagrama Campus Acadêmico 01 • Fonte: Autor
E
177
D
Parque do Batalhão
N
178
5. Projeto
Para suplementar a demanda de uso dos centros, são estipuladas áreas de expansão para as atividades. Para os edifícios novos, limita-se um gabarito máximo de térreo mais um pavimento, de tipologia construtiva diferente dos volumes pré-existentes. Na face da Av. JK, as expansões são localizadas no alinhamento predial, de modo que enfatizem os espaços vazios de acessos. Especificamente sobre o antigo campo de futebol, é interpretado quanto uma vasta área passível de expansão, todavia para atender a demanda de preservar a vista profunda interna, especifica-se exclusivamente neste caso uma extensão para baixo do nível do solo. As praças de acessos já mencionadas conduzem o ingresso do pedestre. Adicionalmente, um eixo vazio e pavimentado entre duas edificações no extremo norte do Centro é também é preservado quanto acesso de pedestres. Veículos particulares de funcionários públicos, prestadores de serviços e demais usuários ingressam por portões já existentes, devidamente munidos de pavimentação, etc. Por último, uma grande marquise liga todos os edifícios (e áreas de expansão) por meio de um desenho em contraste com a ortogonalidade dos edifícios. Seu pé direito alto permite passagem de veículos de serviço e diversas apropriações para além da circulação protegida. Este importante elemento de condução no Campus Acadêmico, também pode servir de roteiro turístico para os cidadãos que quiserem conhecer as entranhas do antigo batalhão. Estima-se que um passeio pela marquise seria suficiente pra matar a curiosidade, afinal seria de qualquer forma um tipo de passeio que acontece apenas uma vez ou outra. O Campus Acadêmico de Tecnologias cumpre o papel de tornar acessível à comunidade local a produção científica, tecnológica das instituições públicas de ensino estabelecidas em Foz, bem como eventualmente servir de campus central para a Unila (Universidade de Integração LatinoAmericana), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), IFPR (Instituto Federal do Paraná) e/ou PTI (Parque Tecnológico de Itaipu).
179
Parque do Batalhão
N
Edificações Pré-existentes Espaços Livres Significantes Preservados Áreas de Expansão Acesso Pedestre Acesso Veículo Marquise Terminal de Transporte Urbano Figura 226 Diagrama Campus Acadêmico 02 • Fonte: Autor
Da mesma forma que o centro apresentado anteriormente, é proposto aos edifícios pré-existentes um reuso adaptativo, dessa vez voltado às atividades administrativas das secretarias públicas municipais. O grande espaço livre de construções demarcado (7) se trata de uma área de conservação de espécies arbóreas nativas, mantidas desde a primeira ocupação militar da área. O edifício isolado, assinalado em “F” servia de hospedaria para militares em trânsito, infraestrutura específica que pode guiar sua reapropriação.
180
5. Projeto
Através do bosque de árvores nativas, são propostos alguns acessos pedonais , a fim de preservar a área sem usos específicos, apenas quanto passagem e possibilidade de um breve estar. As frondosas espécies nativas são consideravelmente espaçadas umas das outras, o que não obstrui consideravelmente sua permeabilidade visual. De qualquer maneira, um equipamento de luzes é instalado no nó de seus caminhos, para promover maior sensação de segurança. Para vencer um desnível do terreno de aproximadamente dois metros, é construída uma larga escadaria (com espaço suficiente para rampas de acessibilidade) que conecta o passeio público e as atividades das secretarias. Faz-se imprescindível para os passeios e escadarias criadas, que desviem das espécies existentes. Junto a essa escadaria, no alinhamento predial, são preservados amistosamente trechos do antigo muro do batalhão, de modo que possam remeter à intransponibilidade de outrora.
TRECHO HISTÓRICO / CENTRO ADMINISTRATIVO
São projetados, por fim, os espaços que receberão as possíveis ampliações dos serviços administrativos, preservando eixos visuais e caminhos préexistentes. Ao norte, um bolsão de estacionamento que pode servir aos centros adjacentes em dias comuns e pode se unir aos demais bolsões (a ser apresentado em breve) para dias de eventos. Vale lembrar que a tradicional Feira do Livro acontece junto às secretarias em espaços alugados pelo município, esta área conta com uma área livre proporcional que pode receber tal evento, inclusive com possibilidade de expansão.
7
181
F
Parque do Batalhão
N
Edificações Pré-existentes F Infraestrutura Especial: Hospedaria Espaços Livres Significantes Preservados 7 Vegetação Nativa Demais Espaços Livres Áreas de Expansão Acesso Pedestre Acesso Veículo Escadaria Equipamento de Luzes Figura 227 Diagramas Centro Administrativo • Fonte: Autor
5. Projeto
182
Insipirado pelos Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE) em Porto Alegre, Parque Willie Davis em Maringá e outros semelhantes, o Polo de Treinamentos faz reuso dos edifícios pré-existentes para incentivar a prática paulatina de esportes em Foz. Levanta-se espaços livres importantes, como um remanescente da área de espécies nativas do centro apresentado anteriormente; um quadrilátero com piscina, quiosque e campo esportivo, que servia como espaço de área de lazer para a hospedaria militar; e uma área livre em frente à enfermaria, destacada unicamente pela permeabilidade visual interna historicamente mantida pelas baixas muretas deste trecho (ver p. 160). Juntamente, um espaço livre de conexão, uma via pavimentada interna utilizada anteriormente pelos militares.
TRECHO HISTÓRICO / POLO DE TREINAMENTOS
Os espaços livres frontais são mantidos, para atenuar a impressão estreita da Avenida República Argentina e pelo acesso visual. O antigo caminho militar vira um grande calçadão que conduz a todos os futuros edifícios desportivos e à Pista de Atletismo do parque. Um jogo de terras é feito ao norte do centro para melhor aproveitar sua área, criando um alto muro de arrimo para o lago.
N
7
8 H
183
9
Parque do Batalhão
G
Edificações Pré-existentes G Quiosques Hospedaria H Piscina Descoberta Hospedaria Espaços Livres Significantes Preservados 7 Vegetação Nativa 8 Área de Lazer Hospedaria Militar 9 Recuo Frontal Enfermaria Militar Demais Espaços Livres Áreas de Expansão Acesso Misto Movimento de Terra Pista de Atletismo Figura 228 Diagramas Polo de Treinamentos • Fonte: Autor
5. Projeto
184
Figura 246 Arena do Morro • Fonte: Arco Web
Figura 247 CETE, Porto Alegre • Fonte: Cidade Mais Humana
Figura 248 Torres Sesc Pompeia • Fonte: Sesc
Para ilustrar algumas possíveis ocupações do trecho, são projetadas as áreas relativas de alguns edifícios esportivos. Pode-se imaginar uma obra semelhante à torre esportiva de Lina Bo, no Sesc Pompeia, São Paulo; à Arena do Morro, no Ceará, dos arquitetos Herzog & de Meuron; aos edifícios do Centro Estadual de Treinamentos e Esporte (CETE), em Porto Alegre; ou a alguns edifícios genéricos, que ilustrativamente se estendem em balanço sobre os desníveis do terreno. O foco para tais incorporações são práticas esportivas de treinamento cotidiano, como ginástica olímpica, rítmica, artes marciais, esportes individuais, atletismo, entre outros. Não há a intenção de um grande estádio de futebol ou similar, visto que está localizado há poucos quilômetros -na própria Avenida República Argentina- o Estádio Municipal do ABC (ver p. 21).
185
Parque do Batalhão
N
Simulações de Implantação Torres Esportivas, Sesc Pompeia - Lina Bo Arena do Morro - Herzog & de Meuron CETE - Prefeitura de Porto Alegre Volumes Genéricos - Autor Edificações Pré-existentes Espaços Livres Significantes Preservados Pista de Atletismo Figura 229 Diagramas Polo de Treinamentos com Simulações • Fonte: Autor
5. Projeto
O alagado toma os limites de alcance visual do pedestre que anda pela rua. Alguns movimentos de terra proporcionam agradáveis bolsões de estar junto ao lago. Os acessos acontecem nos eixos das vias que encontram com a Av. Rep. Argentina e do Polo de Treinamentos, anteriormente ilustrado. Uma generosa barragem é projetada entre um acesso e outro da via principal. Remanescentes arbóreos dão uma nova sensação de limite para o passeio, que é significativamente ampliado, além de ajudar a isolar física e acusticamente o passeio do lago das atividades adjacentes.
186
Um pequeno afluente que escorria do Arroio Monjolo na parte leste da data é redirecionado através de um jardin de rochas. Este deságua no alagado passando por um espelho d’água com vegetação aquática, que ajudarão na sua filtragem. O mesmo acontece à barragem, o vertedouro da barragem, ao suavemente escoar o excesso de água do Arroio, deságua sobre a vegetação aquática, que auxilia na sua filtragem. Tal vegetação se faz importante inclusive para a manutenção da flora aquática remanescente.
TRECHO HISTÓRICO / ALAGADO CONSTRUÍDO
O fundo do alagado deve estar próximo do nível 168 para servir quanto contensão de águas pluviais em épocas de chuva. Um grande passeio encaminha o pedestre ao redor do lago, estabelecido no nível 171. Para delimitar os novos espaços contemplativos criados, uma outra opção de passeio por todo o perímetro da área do lago. Um primeiro espaço, menor, logo embaixo do grande muro de arrimo criado anteriormente, acaba sendo bastante isolado dos outros espaços. Espacialidade conveniente para apropriações contemplativas e meditativas. Os outros espaços gerados, maiores que o primeiro, a leste do alagado, servirão como palco de livre apropriação, estima-se que há de se contemplar um lindo por-do-sol refletido nas águas. Essa característica é ainda destacada graças ao rigoroso limite de gabarito baixo dos centros a oeste. Foz do Iguaçu apresenta verdadeiros espetáculos no céu todos os dias, alguns deles estão ilustrados nas aberturas de cada capítulo deste trabalho.
187
Parque do Batalhão
N
Remanescentes Arbóreos Sensação de Ampliação Psicológica Espaços Livres Acesso Pedestre Passeio do Lago Movimento de Terra Pista de Atletismo Figura 230 Diagramas Alagado Construído • Fonte: Autor
5. Projeto
188
Para a transposição do lago pela Pista de Atletismo do parque, são traçados eixos visuais nas direções de grande marcos visuais: Teatro MunicipalFaixa de Desenvolvimento e Polo de Treinamentos-Shopping central. Para vencer o relevo mantém-se o piso da pista à cota 175, transpondo o alagado como uma ponte. Nesse trecho elevado, são projetados dois nós, a cada 150 metros de passeio, com opções de retorno e descida. Especialmente no nó que converge as duas direções da ponte, uma descida especial é pensada, enquadrando a água corrente abaixo. No trecho central da ponte, são ampliadas as larguras da pista, com espaço de permanência sobre o lago. Este masterplan não assume a responsabilidade sobre o projeto na escala do edifício. Apresenta-se apenas as áreas de expansão e algumas características fundamentais desejadas. Por vezes os croquis figuram suas formas, todavia de maneira meramente ilustrativa.
189
Parque do Batalhão
N
Eixos Visuais Opções de Descida Pista de Atletismo Figura 231 Diagramas Pista de Atletismo sobre Alagado Construído • Fonte: Autor
Como já apresentada a intenção para essa pujante esquina, aqui se ilustram as vias estruturais e arteriais relacionadas juntamente com os equipamentos geradores de fluxo -shopping central e grandes hotéis. A Avenida Costa e Silva conecta o parque à BR-277, entrada da cidade, a Avenida Paraná conecta toda a cidade no sentido norte-sul e a Avenida Rep. Argentina é forte conexão com os bairros da zona leste de Foz.
5. Projeto
Nesta escala de masterplano é possível destacar os canteiros centrais, espaços residuais do desenho urbano nesse cruzamento de grandes avenidas. Esses canteiros receberão jardins de chuva e biovaletas, afastando o pedestre do tráfego de automóveis nas esquinas. Essas tecnologias consistem na dedicação especial de canteiros para absorção de águas de pluviais, com o objetivo de evitar a sobrecarga dos dutos subterrâneos. A vegetação especial tratará de encaminhar os transeuntes a outras opções para o cruzamento das avenidas.
190
Um desses canteiros separa uma via exclusiva de conversão à direita, esta caixa pode ser parcelada e vir a ser espaço de carga e descarga. O acesso principal se dá na parte superior do trecho, sobre um vetor que liga a área do lago com o acesso do Shopping central. Anexo a essa via, é instalado um anfiteatro aberto, para aproximadamente 10 a 15 mil pessoas, de acordo com o caimento do terreno. Este ainda conta com um espaço livre de atividades a sua frente, possibilitando aglomerações.
TRECHO HISTÓRICO / ESPLANADA TEATRO MUNICIPAL
A circulação é livre na esplanada de acesso, que tem suas antigas residências de sargentos removidas. Entende-se que, a partir do momento que se desloca a instituição 34° BIMEC, não faça mais sentido manter as moradias imersas no parque. Uma porque a densidade das habitações não correspondem com a densidade desejada para a área central, outra porque as longas extensões de muros sempre mantiveram essas unidades habitacionais isoladas das dinâmicas urbanas circundantes. Por ventura uma ou outra edificação seria preservada, entretanto sobre a perspectiva de uma escala maior de projeto, a qual esse trabalho não alcançará.
191
Parque do Batalhão
N
Anfiteatro Arborização Jardins de Chuva e Biovaletas Espaços Livres Equipamentos Influência Direta Acesso Pedestre Acesso Misto Movimento de Terra Pista de Atletismo Figura 232 Diagramas Esplanada Teatro Municipal • Fonte: Autor
5. Projeto
192
Por fim, o jardim de rochas, que encaminha a pequena afluente do arroio monjolo ao lago é extendida até a pista de atletismo. Desse modo enfatizase a vista para o lago desde a Avenida Paraná. Esplanada criada, o espaço fica pronto para receber o projeto do Teatro Municipal, a seguir são projetados alguns volumes de uso artístico/ dramatúrgico que ilustram as dimensões e potencial da área. A grande circunferência azul escuro se trata da Oca do Parque Ibirapuera, projeto de Oscar Niemeyer, implantação que resta ainda um grande espaço de margem essencial para sua monumentalização na linguagem modernista; O volume alaranjado se trata da projeção do edifício da Praça das Artes, projeto do escritório Brasil Arquitetura, que propõe conexões intraquadras no centro de São Paulo. Aqui pontualmente é ilustrada a possibilidade de se estender um volume do teatro em balanço sobre o lago; O volume avermelhado simula a Casa da Música, em Porto, Portugal, projeto do escritório OMA, que também se localiza em uma esquina pujante, acompanhado de grande espaço livre; Em tons esverdeados, uma projeção da Ópera de Sidney, marco visual e cartão postal da capital Australiana, ilustrando que aqui podemos ter igualmente um novo cartão postal da cidade; Por fim, em azul, a área relativa ao centro Pompidou, em Paris, projeto de Renzo Piano, importante centro cultural que impreterivelmente acompanha uma grande esplanada.
Parque do Batalhão
N
193
Simulações de Implantação Oca do Ibirapuera - Oscar Niemeyer Praça das Artes - Brasil Arquitetura Casa da Música - Oma Ópera de Sidney - Jørn Utzon Centro Pompidou - Renzo Piano Figura 233 Diagrama Esplanada Teatro Municipal com Simulações • Fonte: Autor
Desenho Final Masterplan Trecho Histórico Apêndice 02
Av.JK
Campus Acadêmico
Centro Administrativo
Polo de Treinos
Lago
Eplanada Teatro
Av. Paraná
179
180
182
177
171
180
184
Figura 254 Esquema Perfil Relevo Trecho Histórico • Fonte: Autor
5. Projeto
194
O tratamento da face da Avenida Paraná começa por destacar o trecho de passeios já existentes. A pista de cooper da Avenida Paraná, fortemente utilizada todos os dias pela população local é certamente uma das maiores inspirações para este trabalho. Esta ganha nova estrutura, que agora contorna o parque todo. Em certo momento, a fim de quebrar a linearidade no trecho Paraná, esta se aproxima da antiga pista de cooper -nesse momento troca-se de piso para alertar os transeuntes da confluência de atividades. Cria-se assim um recuo interno aplanado, que poderá receber equipamentos esportivos e um dos três volumes de acesso para o interior do parque. Especula-se desse modo uma simetria para o trecho, a partir do eixo do acesso interno.
TRECHO PARANÁ
Para responder ao grande equipamento que inicia o trecho a sul -o anfiteatro-, replica-se outro grande equipamento na outra extremidade a norte, conferindo com clareza início e fim ao trecho. Esta extremidade a norte também é a cota mais alta do parque, para potencializar essa altura, é instalada uma roda gigante, importante marco visual para a esquina. Considera-se que a presença de equipamentos figurativos de simples assimilação pelo público facilite a leitura do parque.
J
M
N
I
J
K
195
10
Parque do Batalhão
L
Espaços Pré-Existentes 10 Recuo Avenida Paraná Infraestruturas Pré-Existentes I Academia ao Ar Livre J Quiosques K Quadrinhas Poliesportivas L Equipamentos de Musculação M Bolsão Estacionamento Anfiteatro e Roda Gigante Arborização Espaços Livres Novo Passeio Interno Acesso Pedestre/ Eixo Simetria Movimento de Terra Pista de Atletismo Figura 234 Diagramas Trecho Paraná • Fonte: Autor
Tratamento Cerca /área de uso extensivo
Áreas de Uso Extensivo
5
196
5. Projeto
Recuo Muro /mata adentro
4
Pista Atletismo
Tratamento Paisagístico /grandiente de alturas
Ao desenhar os novos caminhos, busca-se destacar sua forma do desenho retilíneo pré-existente.neste novo passeio, são projetadas áreas pavimentadas, verdadeiros nichos vazios de atividades programadas, que podem absorver atividades de manutenção de saúde, como yoga, treinamentos funcionais, dança, crossfit, entre outros. Ademais, são dobradas as infraestruturas existentes de musculação, quadrinhas poliesportivas e playgrounds. Tais bolsões também podem simplesmente receber mobiliários. Para áreas de passagem, frades e bancos sem encosto. Para áreas de permanência, bancos com encosto. O mobiliário ajuda a dizer “aqui, prossiga” ou “aqui, fique”. Uma ampla escadaria (com espaço para rampas de acessibilidade) faz a conexão entre os níveis da pista de atletismo com o largo criado. Para este espaço são previstas canchas de vôlei de areia e rugby/ futebol americano, espaços que podem ser tanto servir para práticas cotidianas desses esportes quanto para eventuais usos espontâneos pelo público. Paralelamente estipulam-se espaços vazios que podem receber futuramente outras iniciativas privadas de comércio e serviço, que ao longo do tempo pode vir a promover uma saudável reciclagem dos usos do parque, bem como nos correlatos estudados.
Parque do Batalhão
N
197
Escadaria Roda Gigante Arborização Espaços Livres Infraestrutura Musculação Nichos Atividades Corpóreas Acesso Pedestre/ Eixo Simetria Pista de Atletismo Figura 235 Diagrama Trecho Paraná com Ampliação• Fonte: Autor
Av.Duque de Caxias Roda Gigante
Desenho Final Masterplan Trecho Paraná Apêndice 03
200
Atividades Aeróbicas
Escadaria
Atividades Aeróbicas
197
196
190
Anfiteatro
Figura 255 Esquema Perfil Relevo Trecho Paraná • Fonte: Autor
Esplanada Teatro
Av. Rep. Arg.
178
180
198
5. Projeto
Sobre um recuo de aproximadamente cinquenta metros de área de uso intensivo, Trecho Monjolo faz um pequeno movimento de terras para manter os níveís do passeio público em toda sua largura. Para encerrar o espaço, já está prevista a pista de atletismo do parque. Em alguns momentos separadas da zona de uso extensivo por meio de guarda-corpos, em outros momentos por cercamento (todas as questões de níveis são esclarecidas nos apêndices). A pista de Atletismo recebe piso diferenciado próximo à região do gramado livre, como forma de chamar a atenção dos corredores para a confluência de usos. A partir do eixo das vias, são aplicados equipamentos atratores, que incentivam os moradores do bairro Monjolo a saírem de suas casas para passar um tempo em espaço público. Assim como na Avenida Paraná, a área de uso intensivo acabara por tomar forma mais cumprida que larga. Buscando facilitar a compreensão do trecho, aqui também se utiliza da simetria. Sobre um eixo central, que leva ao portão de acesso interno, espelham-se as atividades de um lado para outro. “Ilhas verdes, atrator, estacionamento, gramado, grande cobertura, gramado, estacionamento, atrator, ilhas verdes”.
TRECHO MONJOLO
A grande cobertura, se trata de uma grande laje, que percorre um recorte central do trecho. Permanescendo em nível, ela varia seu pé direito de acordo com o desnível do terreno, dinamizando seu percurso e instigando apropriações de diversas naturezas. Nesse momento um desenho de piso encaminha os transeuntes para o acesso interno.
199
Parque do Batalhão
N
Espaços Livres Arborização Grandes Equipamentos Novo Passeio Interno Acesso Pedestre/ Eixo Simetria Acesso Veículos Bolsões de Estacionamento Movimento de Terra Pista de Atletismo Figura 236 Diagramas Trecho Monjolo • Fonte: Autor
5. Projeto
200
As denominadas ilhas verdes se tratam de pequenas formações topográficas gramadas, inspiradas nas imensas formações topográficas do núcleo interno. São bolsões que resultam das diagonais que vencem o desnível do passeio nos extremos leste e oeste deste trecho. Estes, não por acaso, oferecem a possibilidade de breves descansos ao longo da condução. Em alguns casos pontuais, os gramados dão lugar a superfícies cimentadas, para a apropriação de esqueitistas e outras modalidades urbanas semelhantes. O Arroio Monjolo chega à área do parque por aqui. Para apresentá-lo, é criado um jardim de rochas, semelhante ao do lago, por onde vegetações aquáticas e mata ciliar protegem o curso d’água. Dois bolsões de estacionamento são previstos para este trecho, para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida, famílias com carrinho de bebê, etc. Como estão logo em contato com o bairro, estima-se que possam receber instalações provisórias de praças de alimentação, os food parks. O espaço gramado central trata-se de uma ampla área vazia de uso programado, passível de livre e espontânea apropriação dos locais. Este também pode absorver as atividades que estiverem acontecendo sobre a grande cobertura, como feiras-livres, mostras culturais, apresentações artísticas, cursos, etc.
Parque do Batalhão
N
201
Espaços Livres Arborização Grandes Equipamentos Novo Passeio Interno / Acesso Pedestre Bolsões de Estacionamento Pista de Atletismo Equipamento de Luzes Figura 237 Diagrama Trecho Monjolo com Ampliação • Fonte: Autor
Av.JK
Desenho Final Masterplan Trecho Histórico Apêndice 03
180
Faixa Via Desenv. Interna
181
Ilhas Verdes
Arroio Monjolo
Grande Cobertura
Quadras
Ilhas Verdes
178
174
180
188
195
Figura 256 Esquema Perfil Relevo Trecho Monjolo • Fonte: Autor
Av. Paraná
200
A faixa comercial do batalhão para a Avenida JK foi considerada incompatível com as intenções de permeabilidade vitalidade urbana para a região. Sua natureza arrendada certamente inibiu investimentos mais sólidos, que resultaram em estabelecimentos comerciais de estruturas decadentes, provendo serviços em sua maioria voltados para o automóvel, além do fato de estarem todas de costas para o parque. Não é por acaso que muitas dessas já estavam abandonadas. Propõe-se então uma nova tipologia para este comércio, que atende para dentro e para fora da área do parque. No caso, com a instalação da via interna, busca-se desincorporar esta faixa da concepção do parque do batalhão, já que se trata de área urbanizada (ação).
202
5. Projeto
Generosas vias transversais são opções de acesso, com espaço para canteiros arborizados, ciclovia e estacionamentos de carga e descarga. Elas se extendem das vias que encontram com a JK, permitindo maior fluidez . A tipologia de quadra também se assemelha com a do bairro em frente, a fim de não se destacar por isso, mas pelo seu uso. São ilustradas algumas tipologias de ocupação para esses edfícios mistos que farão a composição desta faixa de desenvolvimento. Estima-se que este comércio traga um forte fluxo de pessoas, alimentando a vida no parque e que, uma vez consolidado o parque, este retroalimente os comércios. De modo que tenhamos a maior superfície de fachadas ativas, alguns lotes dividem fundos com o Campus Acadêmico de Tecnolgias e o clube Gresfi.
TRECHO JK /PRAÇA DA MEMÓRIA E FAIXA DE DESENVOLVIMETO
No eixo de uma das vias transversais, extensão da Rua Bolívia, é possível fazer a conexão visual entre o Paraguai e o marco do batalhão -a ser apresentado em momentos. (Haveria aqui neste espaço livre uma sutil lembrança da profundidade do parque de manobras de um antigo posto de gasolina) O edifício do primeiro aeroporto de Foz ganha novamente sua escala monumental, com um empraçamento generoso por toda a curva da JK, desobstruindo sua visibilidade de todos que circularão pela avenida. O clube é mantido, em respeito a sua história quanto referência de lazer na cidade, e também por adicionar mais uma possibilidade de uso cotidiano à área.
203
Parque do Batalhão
N
Museu do Pioneiro Edifícios Clube Gresfi Costas Lotes Nova Tipologia Comercial Acessos Mistos Eixo Visual Marco-Rua Bolívia-Paraguai Equipamento de Luzes Figura 238 Diagramas Trecho JK 01 • Fonte: Autor
i sf re
Uma grande via interna é criada na intenção de descolar a Faixa de Desenvolvimento do restante do parque, mas também para servir de acesso regional para este. Esta via percorre toda a Faixa de Desenvolvimento e dá acesso aos bolsões de estacionamentos, fragmentados por grandes passagens de pedestres, que aportam de motocicletas a ônibus fretados. É sobre esta via interna que se tem acesso interno aos camarins e área de serviço do palco interno - a ser apresentado a frente. Esta mesma via interna é equipada com um generoso canteiro central, canteiros laterais e vagas de estacionamento para carga e descarga em praticamente toda sua face voltada para a área comercial.
e sd o l Mio
sf re
es ent d n e dep n I res Tor
i
G
o nic Ú xo ple m Co
G
204
5. Projeto
G
re
sf
i
Sobre a grande Praça da Memória, dois eixos visuais são destacados sobre as ruas Chile e Equador, em direção ao Paraguai. Também é prevista uma área de expansão para o Museu do Pioneiro, novo uso para o edifício histórico do primeiro aeroporto. O Museu do Pioneiro aparece nas demandas do Plano Diretor Municipal e encontra aqui um bom lugar para se estabelecer. É preservado também um pequeno volume de apoio, também histórico logo ao lado do edifício principal.
res Liv s a adr Qu
Figura 244 Esquemas Ilustrativos Tipologias Possíveis Faixa Desenvolvimento • Fonte: Autor
Acompanhando este leito carroçável, um importante espaço de transição entre as vitrines e a via. Um largo calçadão se extende por toda a Faixa de Desenvolvimento se encaminhando em direção à marquise do Campus Acadêmico de Tecnologias. Este calçadão conta com uma faixa de transição dos espaços comerciais, uma pista para quem quer olhar as vitrines, ou por onde o comércio pode expandir seu atendimento à calçada. Conta também com um canteiro central, que recebe vegetação e infraestrutura urbana, de modo que tais equipamentos não precisem competir espaço no passeio com os pedestres. Por fim, uma faixa larga que as anteriores liga todos os seus recortes. Para quebrar sua extensa linearidade, uma série de desvios e sinuosidades são provocados às costas do clube. Tal espaço seria o único largo gramado deste trecho, se destacando da faixa de estacionamentos, outro espaço livre considerável da área, todavia pavimentada em toda sua extensão. “Vitrines iluminadas poderiam muito bem somar na sensação de segurança, além de ser um prazer a mais para as/os caminhantes noturnos.” (Gehl, 2010)”
Parque do Batalhão
N
205
Museu do Pioneiro Espaço Livre Edifícios Clube Gresfi Ilustração Nova Tipologia Comercial Acesso Pedestre Acesso Veículos Acesso Serviço Estacionamento Acesso Regional Eixo Visual Praça da Memória-Paraguai Figura 239 Diagrama Trecho JK 02 • Fonte: Autor
Av.Duque de Caxias Faixa Desenvolvimento
Desenho Final Masterplan Trecho Histórico Apêndice 04
181
Gresfi
182
Faixa Desenvolvimento
182
Figura 257 Esquema Perfil Relevo Trecho JK • Fonte: Autor
Campus Acadêmico
Av. Rep. Arg.
180
178
Pú bl ico
Figura 252 Pré-dimensionamento Vias Transversais • Fonte: Autor
Pú bl ico
3 Pa ss eio
3
/+ inf ra Ca es n tru tei tu ro ra
5
Id a
2,5
Ro la m en to
1,5
Vo lta
5
Ro la m en to
Alinhamento Predial
/+ inf ra Ca es n tru tei tu ro ra /d ois Cic se lof nt aix ido a s Es ta cio na m en to
Pa ss eio
206 5. Projeto
Vias Transversais
2 5 Alinhamento Predial
= 27m de Espaço Livre
12
2 8 3 5
Du pl Ca o /+ nte inf iro ra L es a tru ter tu al ra Pi s /8 ta ra de ias A + c tlet an ism ale o ta Re /t cu ra o tam Pa en isag to ís ce tic rc o a
5
Ro la m en to
6
Ca nt eir oC en tra l
Alinhamento Predial
/f Pa aix ss a d eio et P ra úb ns lic içã o /+ o inf C ra a es n /c P t t alç as rutu eiro ra ad se ão io P e c úb icl lic ov o ia Ca nt eir oL at Es er ta al cio na m en Ro to la m en to Du pl o
207
Parque do Batalhão
Via Interna
6 2
Figura 253 Pré-dimensionamento Via Interna • Fonte: Autor
11 5 Cercamento Parque
= 65m de Espaço Livre
O Trecho Interno do parque está sujeito a horário de funcionamento, bem como outros parque similares que resguardam grandes resrevas ambientais imersos no tecido urbano. Também por uma questão de segurança pública. A grande área verde conta com quatro áreas de uso intensivo: O Núcleo Central e as vias internas Verde, Azul e Branca.
208
5. Projeto
A antiga área de acampamentos do exército configura-se como um grande núcleo central no Trecho Interno. Seu extenso comprimento permite redividí-lo em três seguimentos. O primeiro, um Largo de Confluências, que receberá os acessos a partir das vias internas. Este espaço é ancorado por uma construção pré-existente, uma grande cobertura de aproximadamente vinte metros de diâmetro. Esta estrutura centralizadora do Largo de Confluência se mantém sem uso programado, estando livre para receber expografias, central de informações em eventos, pequenas apresentações, etc. Todo seu entorno é preservado vazio, para evidenciar a centralidade do espaço. O segundo seguimento, receberia volumes de infraestrutura, amparando e direcionando os visitante. Este possibilita a restrição de acesso em caso de eventos, bem como uma possível área de informativos, cobrança de bilhetes, área de revista, entre outros serviços.
TRECHO INTERNO /NÚCLEO CENTRAL
O terceiro seguimento trata-se de uma grande área gramada, coroada por um palco fixo e mirante, construídos sobre o grande morrete levantado pelos primeiros militares que ali passaram. Em dias comuns esse palco é de livre acesso, por meio de uma longa rampa à margem direita. De cima do palco o visitantepode se encaminhar para o mirante sobre o cume do relevo artificial. Este mirante se ergue ao céu como mil espadas, remetendo ao gesto apresentar-arma, símbolo militar de servidão e prontidão. Em dias de concerto e outros eventos fugazes que o núcleo central possa receber, os acessos são restringidos. Do lado esquerdo do palco, um volume em nível de camarins e área de apoio para o palco, com acesso pela via interna de acesso regional. Este acesso por sua vez é restrito às organizações dos eventos. Estima-se uma capacidade máxima de 4500 a 5000 pessoas.
209
Parque do Batalhão
N
Grande Cobertura Espaço Livre Volume de Apoio Infraestrutura Permanência Palco Acesso Pedestre Acesso Serviço Mirante Principal Figura 240 Diagramas Núcleo Interno • Fonte: Autor
A Via Azul, ao conectar o Trecho Monjolo ao Núcleo Central passa por diversos estados de apresentação da água em meio natural. Assinalado em “1”, uma breve transposição de um afluente do Arroio Monjolo; em “2”, um grande solo enxarcado; em “3” o Arroio Monjolo em sua vertente principal e em “4” pequenos alagados de nascentes que incorporam a afluência do Arroio.
210
5. Projeto
Inspirados em um gesto simbólico da marinha de “atracar”, o passeio interno é todo projetado elevado do nível do chão, de modo que se espelhe a sensação de se andar sobre um cais. São levantadas áreas relativamente planas e passíveis de receber espaços gramados de permanência e contemplação. De modo especial, traça-se um vetor visual em direção à grande área pantanosa de solo enxarcado, forma pouco comum de se apresentar a água em parques, todavia extremamente necessária para o entendimento das suas várias formas de existência. O passeio elevado portanto bifurca em algumas oportunidades de levar o visitante em contato com essas formas da água, vezes em forma de trilha ecológica mata adentro, vezes em contato simplesmente visual.
TRECHO INTERNO /VIA AZUL
À altura da área pantanosa, projeta-se um nó, opção de contemplação, retorno e acesso a equipamentos de permanência como sanitários, bebedouros, acesso à energia elétrica, duchas e trocadores. Este é um conjunto básico do que aqui se entende como “Edifício-Nó” presente em todas as vias internas quanto infraestrutura de apoio ao visitante. Neste caso, os volumes de infraestrutura se abrem em direção à área pantanosa e se elevam sobre este, lembrando mais uma vez de um gesto simbólico da Marinha. Alguns espaços gramados são previstos para receber pequenas reuniões espontâneas. O passeio elevado também promove algumas breves bifurcações que enquadram alguns jardins de desenho mais especial e finda no largo de confluências do núcleo central.
N
3 1
Parque do Batalhão
2
211
4
Acesso Pedestre Espaço Livre Visual Especial Formas d´água 1 Afluente Arroio 2 Solo Enxarcado 3 Arroio Monjolo 4 Nascente Alagadiça Infraestrutura Permanência Bifurcações Passeio Trilhas Ecológicas Infraestrutura Hídrica Figura 241 Diagramas Via Azul • Fonte: Autor
A Via Branca, como já mencionada, deve vencer um grande desnível para conectar o Trecho Paraná ao Núcleo central. Além do desnível, seu segundo seguimento deve passar por remanescentes nativos da flora local, nascentes e regiões alagadiças. Para transpor todos esses obstáculos com o menor impacto ambiental possível, opta-se por elevar os passeios do solo por meio de passarelas elevadas. Um espaço plano centro da via permite imaginar um nó, que pomoveria o desaceleramento e traria a opção de mudança de rotas.
212
5. Projeto
No primeiro segmento, onde o grande desnível deverá ser vencido, é proposta uma via aérea, de baixa inclinação, que chega ao edifício-nó da Via Branca no nível do primeiro pavimento. Há, no centro desse passeio elevado, um pequeno nó, com opção de descida e com uma opção de trilha aérea. Esta trilha leva o visitante em nível pela mata até um grande acidente do relevo, por onde se ganha uma vista única do parque e das redondezas. Outra opção de caminho é pelo solo, através de um longo percurso em ziguezague, que assim vencem as curvas de nível. no centro desse percurso, um grande canteiro central com um belo jardim exaltando a flora tropical. Em cada vértice do caminho pelo solo, uma opção de breve descanso, em respeito aos menos jovens. Esta alternativa de passeio chega ao edifício-nó pelo seu nível térreo. O edifício-nó da Via Branca ergue-se sobre pilotis, elevando seus volumes de infraestrutura do solo. Isto basado em um gesto simbólico da aeronáutica, de pouso. Além dos equipamentos de infraestrutura comuns dos edifícios dessa natureza, são implantados nesse exemplar os devidos equipamentos de circulação vertical acessível. Um grande espaço livre monumentaliza este edifício e acaba sendo o único espaço que permite aglomerações na Via Branca.
TRECHO INTERNO /VIA BRANCA
O segundo seguimento do passeio desta via se dá sobre nascentes, áreas alagadas, remanescentes da flora nativa e conecta finalmente ao largo de confluências do núcleo central. Mais uma vez um percurso de plataformas elevadas resolve o problema de circulação com baixo impacto ambiental relativo. Este seguimento deverá contar com alguns espaços com mobiliários para breves descansos e contemplação, além de ser mais reforçado que o anterior para que receba veículos de serviço e pronto-socorro.
213
Parque do Batalhão
N
Acesso Pedestre Espaço Livre Visual Especial Passarelas Elevadas Infraestrutura Permanência Canteiro Central Jardins Infraestrutura Hídrica Figura 242 Diagramas Via Branca • Fonte: Autor
5. Projeto
214
A Via Verde é caracterizada por uma vasta área relativamente mais plana e larga. Não menos importante, conta com um importante memorial da préexistência militar do local. Para salientar tais características, são criados grandes bolsões gramados costurados por um generoso passeio. Estes grandes espaços verdes podem receber além de encontros espontâneos cotidianos, uma gama de atividades expositivas, como landart, expografias, entre outros. Às extremidades desses espaços um breve trecho de paisagismo especial, fazendo a transição entre a área interna de uso intensivo e extensivo.
TRECHO INTERNO /VIA VERDE Desenho Final Masterplan Trecho Interno - Apêndice 05
Adiciona-se uma opção estreita e singela para uma circulação mais objetiva, para quem tem pressa para sair. Os edifícios-nó desta via enquadram o memorial do antigo stand de tiro. Sob um gesto simbólico do exército, eles se debrussam sobre o chão em direção ao memorial, camuflam-se. Este espaço permite também a contemplação de um trecho alagado do Arroio logo em frente ao bolsão gramado que este edifício-nó envolve. Por fim, o passeio se liga ao núcleo central.
215
Parque do Batalhão
N
Memorial Interno Batalhão / Volume Apoio Acesso Pedestre Espaço Livre Visual Especial Via Objetiva Bolsões Gramados Infraestrutura Permanência Canteiro Lateral Jardins Infraestrutura Hídrica Figura 243 Diagramas Via Verde • Fonte: Autor
PALETA DE PISOS
A seguir são apresentados cinco volumes apêndices, que compilam as decisões projetuais deste trabalho somados a desenhos em maior escala. Ao resolver a conectividade dos espaços pelo parque, este masterplan apresenta algumas diferenciações de pisos que trarão maior clareza nas conduções. Ora alertando sobre confluências de usos, ora especificando velocidades, ora enquadrando um nicho de estar, é por meio da diferenciação de pisos que se destaca a predominância de um tipo ou outro para determinadas atividades. Desse modo, apesar da grande extensão do parque e de suas várias atividades, é possível encontrar uma unidade em seu passeio, que conduz toda a narrativa do parque em uma mesma linguagem.
A Art
esanais
B
Para este projeto foi utilizada uma paleta de cinco tipos de pisos construídos diferentes: os pisos tipo “A”, retratados nos desenhos na cor laranja, se tratam de pisos com desenhos especiais; mosaicos de pedra portuguesa, materiais cerâmicos e paralelepípedos.
5. Projeto
E s p o t i vo r
216
C Cim
Os pisos tipo “B” respondem a uma grande extensão pavimentada do projeto, a Pista de Atletismo. Tal grupo de pisos são resumidos em produtos específicos para pistas de corridas e ciclovia e são apresentados no desenho em tom coral.
entados
D to s
ve
i
s
L
ei
C a r ro ç á
E E l eva d o s
Figura 251 Grupos de Pisos • Fonte: Autor
Os pisos tipo “C” são os predominantes no projeto, pela característica lisa de suas superfícies. Representado nos desenhos em cinza, este grupo de pisos corresponde aos pisos cimentados, e variações do concreto. Todos os trechos com acessibilidade e a maioria das conduções foram desenhadas a partir destes materiais. Os pisos tipo “D”, resumem-se a pavimentações de leitos carroçáveis. São representadas com a cor de fundo da prancha. Por fim, os pisos tipo “E”, não são especificamente materiais de acabamento de piso, mas estruturas de pisos elevados. Decks, pisos gradeados, tramas metálicas, entre outras superfícies permeáveis que possam resolver a questão de cerca de dois quilômetros de extensão de passarelas elevadas do parque.
PRÉ-DIMENSIONAMENTOS
Área (m²) 336.000,00 (33,6ha) 76.000,00 61.000,00 38.000,00 130.000,00 31.000,00
Trecho Paraná
70.000,00 (7ha)
Trecho Monjolo
63.500,00 (6,4ha)
Por Uso
Área (m²)
Áreas de Uso Intensivo Área Construída Expansões Campus Acadêmico Centro Admnistrativo Polo Treinamentos Teatro Municipal
Faixa de Desenvolvimento Praça da Memória Clube Gresfi Trecho Interno Núcleo Central Via Azul Via Verde Via Branca
200.000,00 (20ha) 160.000,00 15.000,00 25.000,00 61.000,00 (6,1ha) 12.000,00 19.700,00 13.300,00 16.000,00
Tabela 10 Pré-dimensionamento por Trecho • Fonte: Autor
Un. 28 12 5 4 1
23.000,00
1
2.500,00
1
Praças
47.500,00
14
Canchas Esportivas e Atividades Aeróbicas
19.000,00
18
3.500,00
18
28.800,00 2.000,00 25.000,00 46.500,00
46 4 1 6
37.200,00
-
30.000,00 3200 m 5800 m 1900 m
1 -
Museu do Pioneiro
Infraestrutura de Permanência e Apoio Bolsões de Estacionamentos Playgrounds Clube Gresfi Lotes Mistos Previsão Área Construída (80%)
Trecho JK
626.000,00 (62,6ha) 19.200,00 65.500,00 12.000,00 6.500,00 21.500,00
Espaços Livres Sem Programa/ Caminhos Pista Atletismo - metros corridos Ciclofaixa - metros corridos Passeios Elevados - metros corridos Áreas de Uso Extensivo Lago e Espelhos d'água Áreas Proteção Ambiental Área Total
594.000,00 (59,4ha) 70.000,00 524.000,00 1.218.000,00 (122ha)
Tabela 11 Pré-dimensionamento por Uso • Fonte: Autor
-
Parque do Batalhão
Por Trechos Trecho Histórico Campus Acadêmico Centro Administrativo Polo de Treinamentos Lago Esplanada Teatro Municipal
pensamento modernista do começo do século passado. Hoje é possível compreender -sentir- que seria portanto mais eficiente projetar uma série de espaços menores, à escala humana. Como diz o prórpio Gehl, “go small”.
217
Encerrando o volume teórico, apresenta-se abaixo um breve quadro de áreas do Masterplan. A área total do parque soma aproximadamente 122 hectares, com áreas de uso intensivo e extensivo divididas praticamente ao meio. Considera-se que as áreas de uso intensivo (que antes compunham aproximadamente 15 a 20% da área total) serão suficientes para receber as atividades do parque. De acordo com Gehl (2010), hoje vemos as implicâncias dos espaços criados sobre grandes esplanadas assépticas, seguindo o
218
5. Projeto
NUVEM DE IDEIAS
126
Parque do Batalhão
219
127
Figura 250 Nuvem de Ideias • Fonte: Autor
6. Conclusão
220 O Céu de Foz #06 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
.
CONCLUSÕES
6 221
Parque do Batalhão
6. Conclusão
222
Este Trabaho Final de Graduação Interdisciplinar se encerra com muitas reflexões sobre o potencial de vitalidade urbana que a região central de Foz do Iguaçu ainda reserva. Reitera-se a importância do usufruto coletivo dos espaços públicos centrais, terra de disputa. Particularmente este trabalho revela uma vontade de intervenção inquietante em busca de cidades melhores. Um projeto de tamanha escala, se devidamente posto à realização no mundo extra-acadêmico, não poderia em hipótese alguma ser feito individualmente como este que é aqui apresentado. É de imensa importância que um tema dessa abrangência seja desenvolvido em grupo multidisciplinar, contando com engenheiros ambientais, ecologistas, geógrafos, mais urbanistas, mais arquitetos, etc. Este se trata do projeto para o futuro do coração da cidade de Foz do Iguaçu que aqui, por fins acadêmicos, resumem-se apenas às questões urbanísticas e paisagísticas. Entretanto não se pode perder de vista os impactos ambientais, ecológicos, geográficos, sociais e econômicos de tal masteplan. Ainda que este trabalho seja protegido pelas espessas paredes da liberdade intelectual acadêmica, houve a procupação insistente de garantir tom verossímil. Muito porque se trata de uma discussão pouco aberta e ainda insipiente na cidade. Por exemplo, não foram encontrados trabalhos finais de graduação similares ou projetos desse tema na secretaria de planejamento de Foz. Como pode tal tensão urbana estar tão naturalizada? Ao longo do desenvolvimento deste masterplan, em momento algum se perdeu do horizonte o questionamento da realidade atual. Especialmente neste caso envolvendo uma forte tensão urbana entre uma população carente de espaços públicos de lazer e uma enorme unidade militar de localização privilegiada. Entende-se a importância da presença militar, instituição de proteção à so-
A respeito do projeto, foi alcançado o objetivo de pensar espaços o quanto menores. Receber o pedestre em sua escala quando, a partir de Gehl (2010), entende-se que mais vale um compilado de espaços à medida humana, que um único gigantesco. Talvez este TFGI poderia ter sido um tanto mais espalhafatoso e imaginativo, mas cada decisão foi tomada com muito esmero, exaustivamente questionada e problematizada, a fim de se ter como resultado o projeto mais colado à realidade possível. Isto porque, como se pretende ascender tal discussão, a verossimilhança parece reverberar mais fortemente sobre as reflexões. Além das reflexões sobre o tema, fica documentado um acúmulo sobre a escala da paisagem urbana. Adicionalmente, levantamentos fotográficos e morfológicos que somam à biblioteca imagética da cidade. Um bom tempo foi utilizado para pesquisas do entorno e de conceitos que não necessariamente resultaram em projeto, mas colaboraram para estruturar uma segurança fundamental para que se desenhasse tal proposta com a convicção de que não se deixara passar quaisquer questões essenciais. A intenção deste trabalho é fazer refletir a área em questão; investigar soluções para alavancar sua vitalidade e instigar uma oxigenação das atividades cotidianas da porção centro-norte de Foz. É imaginar a descoberta em si de um instrumento compartilhado; cenário comum para as memórias pessoais e coletiva do iguaçuense em sua terra. Para que, ao longo dos anos, os conterrâneos se sintam unidos por suas histórias no parque da cidade.
Parque do Batalhão
223
berania nacional, especialmente em tríplice fronteira. Todavia não se perde de vista o imenso tesouro que reserva a área central em que ela se instala atualmente.
7. C r é d i t o s
224 O Céu de Foz #07 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
.
CRÉDITOS
7 225
Parque do Batalhão
226
7. C r é d i t o s
LISTA BIBLIOGRÁFICA Bibliografia Utilizada
ANDRADE, M. M. . O processo de formação do Parque do Ibirapuera. 2004. Revista do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, v 204, p49-65” BENTLEY, Ian et al. Responsive Environments: A Manual for Designers. London: The Architectural Press, 1985.152p. BEIRA FOZ MASTERPLAN. Foz do Iguaçu: Prefeitura Municipal, 2014, 115p. BIONDI D.; AUTHAUS, M. Árvores de Rua de Curitiba, Cultivo e Manejo. Curitiba: FUPEF, 2005. 179 P. CORMIER, N. S. ; PELLEGRINO, P. R. M. . Infra-estrutura verde: uma estratégia paisagística para a água urbana. 2008. Paisagem Ambiente: ensaios - n. 25 - São Paulo - p. 125 - 142 - 2008 CORREA, Gabriele Angelini. EM BUSCA DO PATRIMONIO HISTÓRICO ARQUITETÔNICO DE FOZ DO IGUAÇU. 2017. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Unila, Foz do Iguaçu. DIAS. M. S.; JÚNIOR M. E. O espaço público e o lúdico como estratégias de planejamento urbano humano em: Copenhague, Barcelona, Medellín e Curitiba. Cad. Metrop., São Paulo, v. 19, n. 39, pp. 635-663, maio/ago 2017 FARAH, I.; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. (orgs.). Arquitetura Paisagística Contemporânea do Brasil. São Paulo: Editora Senac de São Paulo, 2010, 232 p. FARIA, R. T. de. Paisagismo: Harmonia, Ciência e Arte. Londrina: Mecenas, 2005. FOZ DO IGUAÇU (CIDADE). Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu/ PMFI. Plano Diretor Estratégico do Município de Foz do Iguaçu: Lei municipal........... Foz do Iguaçu, 2017. GEHL I. Cities for People. Perspectiva, São Paulo; 1ª edição, 2013 GEHL I. Places for People. Melbourne, 2004 HUET, Bernard. Espaços públicos, espaços residuais. In: HUET, Bernard et al. Os Centros das Metrópoles: reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI. São Paulo: Terceiro Nome/Viva o Centro/Imprensa Oficial,
2001 p 147-151. KELLERT, S. R. WILSON, E. O. (Ed.). The biophilia hypothesis. Washington, D. C.: Island Press, 1993. P.3-19. LOCATELLI, M. M. . Ecologia da Paisagem para o planejamento da infraestrutura verde da cidade de São Paulo, SP. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Agricultura, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. MACEDO, S. S.; Espaços Livres. Revista Paisagem Ambiente: ensaios, n. 7, 1995, São Paulo: FAUUSP, p. 15-56. MACEDO, S. S.; et al. Espaços Livres e Espacialidades da Esfera de Vida Pública: Uma proposição Conceitual para o Estudo de Sistemas de Espaços Livres Urbanos no País. Revista Paisagem Ambiente: ensaios, n.23, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, p. 116-127, 2007 MACEDO, S. S.; SAKATA, F. G. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003 MAGNOLI, M. M. Espaço Livre: Objeto de estudo. In: Paisagem e ambiente: ensaios, n.21, 2006, São Paulo: FAUUSP, p. 175-198 MASCARÓ, Lucia E. A. R. de; MASCARÓ, Juan L. Vegetação Urbana. Porto Alegre: L. Mascaró, J. Mascaró, 2002 MOLES, Abraham. O “Kitsch”, a arte da felicidade. São Paulo. Editora Perspectiva. 1972. PELLEGRINO, P. R .M. et al. Paisagem de Borda: uma estratégia para a condução das águas, da biodiversidade e das pessoa. In COSTA, L. M. S. A. (Org.). Rios e paisagem urbana em cidades brasileiras. Rio de Janeiro: Viana & Mosley, PROURB, 2006, p. 57-76 PDDIS, Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e Social. Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. 2017 PDMFI, Plano Diretor Municipal de Foz do Iguaçu. Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. 2006 PLANO MOBI FOZ. Volume I. Plano de Mobilidade Urbana de Foz do Iguaçu. Ed. 1 Foz do Iguaçu: Prefeitura Municipal, 2018, 225 p.
Bibliografia Consultada
BARONE, A. C. C. .Ibirapuera: parque metropolitano (19261954). 2007. Tese de Dourotado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. FARIAS, Silvia. Parque do Rio Jaguari: Proposta de Parque Linear para o Município de Jaguari - RS. 2015. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Tecnologia, UFSM, Santa Maria, 2015. GODOI, Tereza Cristina Vieira de. Parque dos Ipês. Uma Proposta de Recuperação e Educação Ambiental para o circuito das Águas Paulista, Socorro/ SP. 2018. Trabalho Final de Graduação Integrada/TFGI - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Tecnologia e Urbanismo, UEL, Londrina, 2018. HORI, Paula. Práticas urbanas transformadoras: o ativismo urbano na disputa por espaços públicos na cidade de São Paulo. 2011. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. KASSAB, João Pedro. Recuperação e Estruturação de Espaços Públicos no Bairro União da Vitória, Londrina/ PR. 2017. Trabalho Final de Graduação Integrada/TFGI - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Tecnologia e Urbanismo, UEL, Londrina, 2017. Lemes de Oliveira, Fabiano. (2019). O Parque do Ibirapuera: Projetos, Modernidades e Modernismos. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/267844391_O_ Parque_do_Ibirapuera_Projetos_Modernidades_e_Modernismos. Acesso em: 01/05/2019 MALLMANN, Camila Lorenci. Parque Urbano Ambiental da Barragem do Rio Vacacaí Mirim: Análise da Paisagem, Planejamento e Proposições Paisagísticas. 2007. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Tecnologia, UFSM, Santa Maria, 2007. Marins, P. (1999). O Parque do Ibirapuera e a construção da identidade paulista . Anais Do Museu Paulista: História E Cultura Material, 6(1), 9-36. SÃO PAULO (CIDADE). Prefeitura Municipal de São Paulo/ PMSP. Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo: Lei municipal n°16.050, de 31 de julho de 2014. São Paulo, 2015. SEOANE, Carlos Eduardo Sícole; et.al. Corredores ecológicos como ferramenta para a desfragmentação de florestas tropicais. In.: Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, v. 30, n. 63, p. 207-216, ago./out. 2010 SILVA, Maria de Lourdes Batista da. Qualidade do Espaço Público. Proposta de Revitalização para o Centro Social Urbano Adriano Mariano Gomes, Londrina/ PR. 2018. Trabalho Final de Graduação Integrada/TFGI - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro de Tecnologia e Urbanismo, UEL, Londrina, 2018.
Parque do Batalhão
Vias Públicas: Ambiente X Vegetação. Porto Alegre: Pallotti, 2001 VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard de. Intervenções em centros urbanos: objetivos, estratégias e resultados. Barueri, Manole, 2006. ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. Entornos arquitetonicos as coisas que me rodeiam. Barcelona, Gustavo Gili, 2006.
227
RESOLUÇÃO CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002 Publicada no DOU no 90, de 13 de maio de 2002, Seção 1, página 68 RESOLUÇÃO CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006 Publicada no DOU no 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, páginas 150 - 151 SANTOS, Nara Rejane Zamberlan dos. Arborização de
228
7. C r é d i t o s
LISTA BIBLIOGRÁFICA Sites Acessados
Arquideias. Imagens ilustrativas. Acessado em 05/06/2019. Disponível em: http://www.arquideas.net Cataratas Hoteis. Fotografias. Acessado em 04/06/2019. Disponível em: http://cataratashoteis.com.br Central Park Conservancy. Dados Gerais. Acessado em 03/05/2019. Disponível em: http://www.centralparknyc. org/ Flickr PMFI. Agência Municiapal de Notícias Foz do Iguaçu. Fotografias. Acessado em 04/06/2019. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/amnfoz IAB/ Instituto dos Arquitetos do Brasil. Concursos. 2019. Acessado em 04 abr 2019. Disponível em: http://www.iab. org.br/ IBGE/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados Gerais. 2019. Acessado em 20 mar 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ ICMS Ecológico. Dados Gerais. 2019. Acessado em 04 abr 2019. Disponível em: http://www.icmsecologico.org.br/ site/ ITCG. Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná. 2019. Dados Gerais. 2019. Acessado em 04 abr 2019. Disponível em: https://www.itcg.pr.gov.br/ National Association of City Transportation Officials (NACTO). Dados Gerais. 2019. Acessado em 01/06/2019.
Disponível em: https://nacto.org/ New York. Dados Gerais. 2019. Acessado em 03/05/2019. Disponível em: https://novayork.com/central-park ONU/ Organização das Nações Unidas. Dados Gerais. 2019. Acessado em 20 mar 2019. Disponível em: http:// data.un.org/ PIC - Parque Ibirapuera Conservação. Dados Gerais. 2019. Acessado em 02 de maio de 2019. Disponível em https:// parqueibirapuera.org/parque-ibirapuera/parque-ibirapuera/ LERNER J. . Plano Conceitual do Parque Urbano da Orla do Guaíba. Acessado em 02 de maio de 2019. Disponível em: http://jaimelerner.com.br/pt/portfolio/orla-do-guaiba/ Plataforma Urbana. Guía de Diseño Urbano de Ciclovías: Consejos de NACTO para un ciclismo urbano eficiente y seguro. Acessado em 01/06/2019. Disponível em: http:// www.plataformaurbana.cl/archive/2014/10/03/guia-de-diseno-urbano-de-ciclovias-consejos-de-nacto-para-un-ciclismo-urbano-eficiente-y-seguro/ Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu/ PMFI. Dados Gerais. 2019. Acessado em 20 mar 2019. Disponível em: http://www.pmfi.pr.gov.br/
01 Eventos programados• Fonte: Foz do Iguaçu. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23 02 Zoneamento Área de Intervenção • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 03 Elenco de Referências e Correlatos • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 04 Mobilidade Verde • Fonte: Gehl, 2010. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 05 Síntese Diretrizes Escala da Vizinhança • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 06 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 1/3 • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 07 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 2/3 • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 08 Síntese Diretrizes Escala da Implantação 3/3 • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 09 Síntese Diretrizes Escala do Pedestre • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 10 Pré-dimensionamento por Trecho • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219 11 Pré-dimensionamento por Uso • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
LISTA DE FIGURAS Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura
01 Vista aérea região central Foz • Fonte: Skyscrappercity. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI 02 Circundar os muros do Batalhão• Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XII 03 Quadra cheia ao arredores do Batalhão • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII 04 Festividade local na Av. Paraná • Fonte: Flickr PMFI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV 05 Esquema Bases para Projeto • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII 06 O céu de Foz #01 • Fonte: Arquivo pessoal do autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX 07 Localização Foz do Iguaçu • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 08 Acessos Rodoviário de Foz do Iguaçu • Fonte: Beira Foz, 2014. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 09 Caracterização geral, Foz do Iguaçu • Fonte: Beira Foz, 2014. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 10 Localização do Projeto • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 11 Áreas Batalhão • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 12 Cataratas do Iguaçu • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 13 Hidrografia de Foz do Iguaçu • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 14 Gráficos clima • Fonte: Weatherspark.com. Acesso em: 04/06/2019. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 15 Linha do Tempo Foz do Iguaçu• Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 16 Cobertura vegetal do Paraná • Fonte: ITCG, 2010. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 17 Unioeste Foz • Fonte: Unioeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Parque do Batalhão
Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela
229
LISTA DE TABELAS
7. C r é d i t o s
230
Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura
18 Uniamérica • Fonte: Uniamerica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 19 Parque Tecnológico de Itaipu • Fonte: PTI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 20 Evolução Urbana Foz do Iguaçu 1975 a 2000• Fonte: PDDIS, 2017. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 21 Avenida Brasil, Batalhão ao fundo • Foto: Daniel Duarte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 22 Hierarquia Viária • Fonte: PDFI, 2006. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 23 Vazios Urbanos • Fonte: PDFI, 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 24 Casa margem Rio M Boicy • Foto: Anderson Frigo / RPC TV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 25 Ocupações Irregulares de Foz • Fonte: PDDIS, 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 26 Geradores de Fluxo do Setor • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 27 Instalação Feira do Livro • Fonte: Flickr PMFI, modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 28 Complexo esportivo Costa Cavalcanti • Fonte: Google Earth Pro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 29 Diagrama de Arborização • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25 30 Áreas Frágeis, Fachadas e Escoamento Pluvial • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 31 Fotos aéreas antigas • Fonte: Arquivo 34° Bimec . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 32 Mapa Uso do Solo • Fonte: Autor.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 33 Localização Ceasa Londrina (564mil hab) • Fonte: Google Maps. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 34 Localização Ceasa Maringá (417mil hab) • Fonte: Google Maps. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 35 Localização Ceasa Cascavel (325mil hab) • Fonte: Google Maps. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 36 Localização Ceasa Curitiba (1’917mil hab) • Fonte: Google Maps. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32 37 Acesso Ceasa Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 38 Vista aérea Ceasa • Fonte: Ceasa. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 39 Novas rotas pedestres e ciclistas, Projeto Beira-Foz • Fonte: Beira Foz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 40 Terminal de Transporte Urbano • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 41 Permeabilidade Visual entre Av. JK e Bosque • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 42 Praça acesso Bosque Guarani • Fonte: Cataratas Hoteis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 43 Cativeiros Bosque Guarani • Fonte: Cataratas Hoteis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 44 Espaços Residuais • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35 45 Imagem Satélite Área Projeto • Fonte: Google Earth Pro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 46 Área Projeto • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 47 Perspectiva gresfi a oeste, Paraguai ao fundo • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 48 Corte relevo vista para Paraguai • Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . 38 49 Desnível marginal Av. Jk a partir da rua Equador. Ao fundo, Gresfi • Fonte: Google Maps. . . . . . . . . . . . 39 50 TTU e Quiosques. Bosque ao Fundo • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 51 Perspectiva Avenida JK • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 52 Comércio local, Brasília/ DF • Fonte: Google Street View. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 53 Perspectiva Batalhão Avenida JK • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 54 Comércios Faixa Arrendada Avenida JK • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Parque do Batalhão
231
Figura 55 Muros Ceasa Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Figura 56 Paisagem Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Figura 57 Calçada Avenida Duque de Caxias • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Figura 58 Acesso à hospedaria militar e seus muros à Avenida República Argentina • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . .42 Figura 59 Perspectiva Avenida República Argentina • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Figura 60 Esquina Av. Rep. Argentina e Av. Paraná • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42 Figura Vistas Vila Militar • Fonte:Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43 Figura 61 Vista aérea sobre Avenida Paraná. Batalhão • Fonte: Skyscrappercity. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44 Figura 62 Pista cooper Avenida Paraná • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44 Figura 63 Quiosque e floreira, Avenida Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44 Figura 64 Zoneamento do lote • Fonte: PDDIS, 2017. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45 Figura 65 Esquina Av. Paraná e Av. Duque de Caxias • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45 Figura 66 Vista aérea da área Institucional • Fonte: Skyscrapper City . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Figura 67 Edifício Principal Batalhão • Fonte: Google Street View, modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 Figura 68 Áreas Internas Batalhão • Fonte: Google Earth Pro, modificado pelo autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 Figura 69 Volumes de manutenção para veículos de combate • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Figura 70 Praça de Cerimônias • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Figura 71 Patrimônio Arquitetônico de Foz e tabelas Patrimônio XIV BITMz • Fonte: TFGI Unila, 2017. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Figura 72 Pista Cooper Avenida Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 73 Ponto infra esporte 1 • Fonte: Google Earth Pro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 74 Ponto infra esporte 2 • Fonte: Google Earth Pro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 75 Ponto infra esporte 3 • Fonte: Google Earth Pro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Figura 76 Esquema Áreas internas Batalhão • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52 Figura 77 Margem do Arroio Monjolo • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52 Figura 78 Trecho mata de recuperação • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53 Figura 79 Trecho árvores nativas • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53 Figura 80 Área de acampamento • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Figura 81 Cobertura da área de acampamento • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Figura 82 Edifício primeiro aeroporto de Foz • Fonte: PMFI, 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 Figura 83 Variadas vistas atuais salão Gresfi • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55 Figura 84 Trecho relevante ao trabalho • Fonte: Beira Foz, 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Figura 85 Implantação • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Figura 86 Volumetria Trecho Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Figura 87 Conexões Verdes Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Figura 88 Escoamento Pluvial Beira-Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Figura 89 Zoneamento do Setor Fonte: PDDIS, 2017 Modificado pelo Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7. C r é d i t o s
232
Figura 90 O céu de Foz #02 • Fonte: Arquivo pessoal do autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Figura 91 Centro Cultural Parque Espanha • Fonte: TripAdvisor. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://bit. ly/2E0jzmP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Figura 92 Córrego Cheong Gye • Fonte: Pinterest. 2019. Acesso em 04/05/2019. Disponível em: https://i.pinimg. com/564x/59/21/ed/5921ed5ae06568944919b8ac991fb56a.jpg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Figura 93 Parque Barigui • Fonte: Flickr. Acesso em 04/05/2019. Disponível em: https://flic.kr/p/25oPZAm . . . . . . . . . 69 Figura 94 Parque Madureira • Fonte: Flickr. Acesso em 04/05/2019. Disponível em: https://flic.kr/p/25oPZAm . . . . . . . 69 Figura 95 Parque Madureira • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com. br/br/888829/parque-shenzhen-talent-aube . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Figura 96 Parque Zaryadye • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com. br/br/888249/parque-zaryadye-diller-scofidio-plus-renfro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Figura 97 Pavilhões abertos Jardim Botânico do Rio de Janeiro • Fonte: JBRJ/ Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://pt.map-of-rio-de-janeiro.com/img/1200/jardim-bot . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 98 Malha caminhos Jardim Botânio RJ • Fonte: Visit Rio. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: http://visit. rio/que_fazer/jardimbotanico/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 99 Sobreposição de malhas • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 100 Encontro de ponto (edifício em vermelho) com linha (passeio) e superfície (corpo d’água) • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 101 Espaços alveolares e esquema em planta • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/871191/parque-em-istambul-permite-os-visitantes-caminharem-pelas-copas-das-arvores?ad_medium=gallery . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 102 Passeios flutuantes • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily. com.br/br/871191/parque-em-istambul-permite-os-visitantes-caminharem-pelas-copas-das-arvores?ad_medium=gallery. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Figura 103 Evolução aplicação parque • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/880975/parque-da-juventude-paisagismo-como-ressignificador-espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Figura 104 Pessoas sobre estruturas do antigo edifício • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/880975/parque-da-juventude-paisagismo-como-ressignificador-espacial . . . . . . . . . . . 71 Figura 105 Passarela elevada permeável • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Figura 106 Parque do Ingá inserido na malha urbana • Foto: Mario Roberto Durám Ortiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Figura 107 Anfiteatro Parque Mindu • Fonte: Amazonas é mais. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https:// www.amazonasemais.com.br . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Figura 108 Interior Anfiteatro Parque Mindu • Fonte: Tripadvisor. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https:// www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303235-d554186-Reviews-Parque_do_Mindu-Manaus_Amazon_River_State_of_Amazonas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Parque do Batalhão
233
Figura 109 Equipamentos e Reserva Gleisdreieck • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/762169/gleisdreieck-park-atelier-loidl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 110 Equipamentos amplos Gleisdreieck • Foto: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/br/762169/gleisdreieck-park-atelier-loidl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 111 Contato com água em suas várias formas, Parque Manancial • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-166572/parque-manancial-de-aguas-pluviais-slash-turenscape . . 72 Figura 112 Implantação Parque Manancial • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/01-166572/parque-manancial-de-aguas-pluviais-slash-turenscape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 113 Contato com água em suas várias formas, Parque Minghu • Fonte: ArchDaily. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/778365/minghu-wetland-park-turenscape . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Figura 114 Composição de cheios e vazios Parque Villa-Lobos • Fonte: Galeria da Arquitetura. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em:https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/decio-tozzi_/parque-villalobos/237 . . . . . 73 Figura 115 Anfiteatro Parque Villa-Lobos • Fonte: Galeria da Arquitetura. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em:https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/decio-tozzi_/parque-villalobos/237 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Figura 116 Plano Massa Superkillen • Fonte: Big. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://big.dk/projects#projects-suk. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 Figura 117 Superkillen • Fonte: Big. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://big.dk/projects#projects-suk .73 Figura 118 Parque Sydney 1 • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: shorturl.at/qBGHR . . . . . . . 73 Figura 119 Parque Sydney 2 • Fonte: ArchDaily, 2019. Acesso em 25/10/2019. Disponível em: shorturl.at/qBGHR . . . . . . . 73 Figura 120 Central Park • Fonte: Flickr. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/taina_f . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Figura 121 Contexto Ambiental Nova Iorque/ EUA • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Figura 122 Contexto Urbano • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Figura 123 Composição Central Park • Fonte: Autor • Sem Escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77 Figura 124 Mapa de Mobilidade Central Park e Legenda • Fonte: Central Park Conservancy 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: http://www.centralparknyc.org/ • Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Figura 125Declividade Passeios Central Park. e Legenda • Fonte: Central Park Conservancy 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: http://www.centralparknyc.org/ • Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Figura 126 Programa de Atividades Central Park. • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Figura 127 Parque do Ibirapuera • Fonte: Revista Exame. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://exame. abril.com.br/brasil/promotoria-vai-a-justica-para-suspender-concessao-do-ibirapuera/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Figura 128 Contexto Ambiental São Paulo/ SP • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Figura 129 Contexto Urbanístico Parque do Ibirapuera • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 Figura 130 Obras Niemeyer • Fonte: Veja SP. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/ blog/sao-paulo-do-alto/auditorio-oscar-niemeyer/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Figura 131 Marquise • Fonte: Parque Ibirapuera. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://parqueibirapuera. org. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
7. C r é d i t o s
234
Figura 132 Monumentos Ibirapuera • Fonte: PIC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Figura 133 Praça da Paz • Fonte: Catraca Livre. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://catracalivre.com.br/ agenda/virada-zen-2018-tem-500-atividades-gratis-para-te-deixar-em-paz-sp/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Figura 134 Projeto por Burle Marx • Fonte: Ibirapuera Conservação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Figura 135 Composição Parque do Ibirapuera • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor • Sem Escala . . . . . 86 Figura 136 Praça Ibrahim Nobre, acesso Parque do Ibirapuera • Fonte: Portal G1. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/03/08/ministerio-publico-de-sp-pede-suspensao-de-concessao-do-parque-ibirapuera.ghtml . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Figura 137 Lago como barreira Parque do Ibirapuera • Fonte: Google Street View. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://www.google.com/maps/search/parque+do+ibirapuera/@-23.5874113,-46.6598276,17z . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Figura 138 Acesso Marquise Parque do Ibirapuera • Fonte: Google Street View. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://www.google.com/maps/search/parque+do+ibirapuera/@-23.5874113,-46.6598276,17z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Figura 139 Caminhos Internos Parque do Ibirapuera • Fonte: Google Street View. 2019. Acesso em 11/05/2019. Disponível em: https://www.google.com/maps/search/parque+do+ibirapuera/@-23.5874113,-46.6598276,17z . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Figura 140 Programa de Atividades Parque do Ibirapuera • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 Figura 141 Parque da Orla do Guaíba • Fonte: Archdaily . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Figura 142 Contexto Ambiental Porto Alegre/ RS • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92 Figura 143 Contexto Urbano Porto Alegre/ RS • Fonte: Google Earth, Modificado pelo autor . . . . . . . . . . . . . . . .92 Figura 144 Corte esquemático quiosques/ mirantes • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . .94 Figura 145 Avanços sobre Guaíba • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https://www.arch daily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .94 Figura 146 Deck sobre Guaíba e banco construído • Fonte: Flickr Prefeitura de Porto Alegre. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/prefeituraportoalegre/. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Figura 147 Mirante em cima, quioesque embaixo • Fonte: Flickr Prefeitura de Porto Alegre. 2019. Acesso em 10/05/2019. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/prefeituraportoalegre/ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 Figura 148 Diagrama Composição Parque Urbano Orla Guaíba • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 Figura 149 Piso iluminado com fibra óptica • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . . . . . . . . . .95 Figura 150 Vista norturna, restaurante sobre água • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . . . .95 Figura 151 Passeio sobre Guaíba • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily. com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95 Figura 152 Programa de Atividades Parque Orla Guaíba • Fonte: Google Earth Pro. Modificado pelo autor . . . . . . . . 96 Figura 153 Vista aérea trecho norte • Fonte: Archdaily. 2019. Acesso em: 02/05/2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/907892/parque-urbano-da-orla-do-guaiba-jaime-lerner-arquitetos-associados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Parque do Batalhão
235
Figura 154 Parque da Aterro do Lago Igapó • Fonte: Skyscrapper City. 2019. Acesso em 31/05/2019. Disponível em: https://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=140073618 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 Figura 155 Mancha Urbana Londrina • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Figura 156 Posição central Aterro • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Figura 157 Aspectos Microclima Aterro • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Figura 158 Modais acesso Aterro • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Figura 159 Gráfico - O que mais gosta no Aterro? • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Figura 160 Gráfico - O que menos gosta no Aterro? • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Figura 161 Aterro do Lago Igapó • Arquivo pessoal do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Figura 162 Sensação de Segurança Aterro • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Figura 163 Gráfico Diretrizes APO Aterro • Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Figura 164 O céu de Foz #03 • Fonte: Arquivo pessoal do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Figura 165 Esquema Escalas Conceitos • Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 Figura 166 Paisagem urbana Av. Rep. Argentina • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Figura 167 Manchas Verdes Foz • Fonte: Beira Foz, 2014. Modificado pelo Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Figura 168 Lazer ativo em Av. Paraná • Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115 Figura 169 Vista aérea Parque Sarah Kubitschek • Foto: Juan Luis Hermida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Figura 170 Ciclista em Foz • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 Figura 171 Diagrama espaço livre • Fonte: MACEDO, 1995. Modificado pelo autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 Figura 172 Vista aérea sobre Gresfi • Foto: Daniel Duarte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 Figura 173 Vista aérea sobre Vila Militar e Shopping • Foto: Daniel Duarte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 Figura 174 Espaços Livres Área de intervenção • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 Figura 175 Centro de Nova Iorque • Foto: Manuel A. Claro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Figura 176 Longas paredes fechadas do Batalhão • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123 Figura 177 Edifício Santa Cruz, Porto Alegre/RS • Fonte: Archdaily. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Figura 179 Escalonamento em masterplano para Petisburgo • Fonte: BIG. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Figura 178 Escalonamento urbano Orla de João Pessoa • Foto: Walla Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Figura 180 Via 57 West, projeto do escritório BIG em NY • Fonte: BIG. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 Figura 181 Canteiro Central em Avenida JK • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Figura 182 Avenida JK • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Figura 183 Tipuanas em Avenida JK • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Figura 184 Tipuanas em Avenida República Argentina • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Figura 185 Tipuanas e Paus-ferro em Avenida Paraná • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Figura 186 Pista de Cooper em Av. Paraná • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Figura 187 Academia terceira idade à Avenida Paraná • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 Figura 188 Playground à Avenida Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127
7. C r é d i t o s
236
Figura 189 Exemplo brinquedo Playgorund Av. Pr. • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Figura 190 Detalhe tectônica rústica dos brinquedos Foz• Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 Figura 191 Revitalização de córrego em Seul • Disponível em: https://co.pinterest.com/rodrigzs28/. Acesso em; 05/06/2019. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 Figura 192 Gramadão Vila A em dia de Show • Fonte: Flickr PMFI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Figura 193 Feira Livre Avenida JK • Fonte: Flickr PMFI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Figura 194 Pista de cooper à Avenida Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Figura 195 Avenida República Argentina • Foto: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Figura 196 O Céu de Foz #04 • Fonte: Arquivo Pessoal do Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134 Figura 197 Croqui Síntese Diretrizes Escala da Vizinhança • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Figura 198 Croquis Diretrizes Escala Implantação 03 • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Figura 199 Croquis Diretrizes Escala Pedestre • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Figura 200 O céu de Foz #05 • Fonte: Arquivo pessoal do autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 Figura 201 Diagrama Partido 01 • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Figura 202 Diagrama Partido 02 • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Figura 203 Esquema Abrangência Escala da Vizinhança • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Figura 204 Proposta Parcelamento Ceasa • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Figura 205 Leitura Contexto Urbano - Fluxos • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Figura 206 Diagrama Proposta Novas Conexões • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Figura 207 Esquema Proposta Escalonamento • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Figura 208 Leitura Contexto Urbano - Adensamento e Visuais Paraguai • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Figura 209 Diagrama Proposta Adensamento • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 Figura 210 Leitura Contexto Ambiental - Áreas Verdes Próximas • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Figura 211 Diagrama Proposta Conexões Verdes • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159 Figura 212 Leitura Contexto Ambiental - Escoamento Pluvial • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 Figura 213 Diagrama Proposta Retensão Pluvial • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Figura 214 Esquema Abrangência Escala de Implantação • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Figura 215 Diagrama Permanências Batalhão • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 Figura 216 Diagrama Uso Intensivo • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Figura 217 Paleta de Cores Bandeira Foz • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 Figura 218 Diagrama Uso Extensivo • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 Figura 219 Diagrama Características Predominantes • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 Figura 220 Diagrama Zoneamento Parque • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 Figura 221 Diagramas Acessos e Fluxos • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171 Figura 222 Diagrama Partido Desenho Passeios • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Figura 223 Diagrama Natureza dos Passeios • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Parque do Batalhão
224 Esquema ilustrativo Trechos • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 225 Diagrama Campus Acadêmico 01 • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 226 Diagrama Campus Acadêmico 02 • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 227 Diagramas Centro Administrativo • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 228 Diagramas Polo de Treinamentos • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183 229 Diagramas Polo de Treinamentos com Simulações • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 230 Diagramas Alagado Construído • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 231 Diagramas Pista de Atletismo sobre Alagado Construído • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 232 Diagramas Esplanada Teatro Municipal • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 233 Diagrama Esplanada Teatro Municipal com Simulações • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 234 Diagramas Trecho Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 235 Diagrama Trecho Paraná com Ampliação• Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 236 Diagramas Trecho Monjolo • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 237 Diagrama Trecho Monjolo com Ampliação • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 238 Diagramas Trecho JK 01 • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 239 Diagrama Trecho JK 02 • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 240 Diagramas Núcleo Interno • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209 241 Diagramas Via Azul • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 242 Diagramas Via Branca • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 243 Diagramas Via Verde • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215 244 Esquemas Ilustrativos Tipologias Possíveis Faixa Desenvolvimento • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . 204 245 Edifício administrativo Ceasa • Fonte: Google Street View. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 246 Arena do Morro • Fonte: Arco Web. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 247 CETE, Porto Alegre • Fonte: Cidade Mais Humana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 248 Torres Sesc Pompeia • Fonte: Sesc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 249 Diagrama Vetores de Condução • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 250 Nuvem de Ideias • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 217 251 Grupos de Pisos • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218 252 Pré-dimensionamento Vias Transversais • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206 253 Pré-dimensionamento Via Interna • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207 254 Esquema Perfil Relevo Trecho Histórico • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 255 Esquema Perfil Relevo Trecho Paraná • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 256 Esquema Perfil Relevo Trecho Monjolo • Fonte: Autor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 257 Esquema Perfil Relevo Trecho JK • Fonte: Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
237
Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura
8. ApĂŞndices
238
.
APÊNDICES
8 Parque do Batalhão
239