À minha mãe por todo o amor dedicado a mim ao longo da minha vida e pelas palavras de conforto e incentivo nos momentos que eu mais precisava. Sem ela eu certamente não teria alcançado essa conquista.. Ao meu pai e minha irmã, que, apesar da distância, fazem-se presentes em meu coração e me dão forças, mesmo sem saber que o fazem. Ao Huann, meu namorado, por ser companheiro em todos os momentos, por me mostrar o lado bom de todas as coisas e por acreditar em mim, quando até eu mesmo duvido. Aos meus amigos e companheiros de curso, com os quais compartilhei momentos de glória e desespero e que tanto me ensinaram sobre a vida. Em especial Letícia Campos, Carol Alves, Júlia Saldanha, Luana Cruz e Raquel Brito. À Universidade Federal do Ceará, plural, gratuita e de qualidade, que me proporcionou os melhores anos da minha vida. Ao Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design por ter me apresentado a professores que inspiram dentro e fora da sala de aula e que estimularam o meu crescimento técnico, profissional e pessoal. Em especial ao Renan Cid, Márcia Cavalcante, Bruno Braga, Zilsa e Ricardo Paiva. Por último, mas não menos importante, agradeço a mim, por nunca desistir dos meus sonhos e por acreditar que posso tudo aquilo que desejo.
CONTEXTUALIZAÇÃO 30
INQUIETAÇÃO 6
DELIMITAÇÃO 11
ANTECIPAÇÃO 14
Sumário e ordem de leitura do trabalho. Elaborado pelo autor..
CONCEITUALIZAÇÃO 25
REFLEXÃO 21
REFERENCIAÇÃO 42
CONCLUSÕES PRELIMINARES
INVESTIGAÇÃO
PROPOSIÇÃO
58
60
69
ORDEM DE LEITURA COMPLETA ORDEM DE LEITURA RESUMIDA
INQUIETAÇÃO
“ I am for richness of meaning rather than clarity of meaning; for the implicit function as well as the explicit function. I prefer "both-and to "either-or," black and white, and sometimes gray, to black or white. A valid architecture evokes many levels of meaning and combinations of focus: its space and its elements become readable and workable in several ways at once. But an architecture of complexity and contradiction has a special obligation toward the whole: its truth must be in its totality or its implications of totality. It must embody the difficultunity of inclusion rather than the easy unity of exclusion. “
“ Sou a favor da riqueza de significado, em vez da clareza de significado; da função implícita, em vez da explícita função. Prefiro "ambos" a "um ou outro", preto e branco e, às vezes, cinza, a preto ou branco. Uma arquitetura válida evoca muitos níveis de significado e combinações de foco: seu espaço e seus elementos se tornam legíveis e viáveis de várias maneiras ao mesmo tempo. Mas uma arquitetura de complexidade e contradição tem uma obrigação especial para com o todo: sua verdade deve estar em sua totalidade ou em suas implicações de totalidade. Ele deve incorporar a dificuldade da inclusão e não a fácil unidade da exclusão. “
A arquitetura é, em sua essência, . Isso porque, em primeira instância, é uma expressão social e as sociedades não são homogêneas nem tampouco harmônicas. Essa visão, tomada como ponto de partida para o presente trabalho, baseia-se no discurso apresentado por Robert Venturi, em 1966, através da sua obra Complexidade e Contradição na Arquitetura, considerada um marco do movimento pós moderno. Nela, o autor critica as contraditórias circunstâncias que determinam a definição de um projeto arquitetônico no contexto da cultura de massas, do surgimento das megacidades e das novas demandas programáticas. Segundo ele, deve-se romper com o posicionamento recorrente de simplificação, herança da prática modernista, que propunha a de elementos ao invés da e , tidas, pelo autor, como necessárias frente à infinidade de aspectos envolvidos na concepção e desempenho funcional de um edifício.
Desse modo, a complexidade, abordagem ampla e plural da arquitetura, tem sido corrompida pela contrariedade, a oposição entre a realidade racional e sensível e um sistema que teima em um status quo baseado na e no favorecimento de e .
Mais de meio século depois, esse discurso ainda se faz relevante ao analisarmos a arquitetura nas cidades contemporâneas brasileiras e mostra íntima relação com um tema bastante urgente: a . A análise intencionalmente da realidade persiste influenciando negativamente a produção arquitetônica e tem provocado um desequilíbrio na relação entre as pessoas, o capital e a cidade, em decorrência da cultura de valorização do capital em prejuízo das pessoas, do benefício setorial em detrimento do bem comum e, no campo prático, do edifício isolado em desconexão com o contexto urbano.
É necessário romper com a ilusão de individualidade, egoísmo e exclusão. Transgredir o falso progresso das urbanizações fechadas, dos edifícios isolados e do caos urbano, advindo da contrariedade em que se afunda a cidade contemporânea. É tempo da arquitetura assumir seu papel na construção de urbanidades mais e .
Tal urbana é evidenciada ao decidirem por altas densidades, porém com uso exclusivo; na preocupação com a violência urbana, porém sem promoção do uso misto que garanta a apropriação contínua do espaço; no estímulo do transporte individual, porém sem estruturas mínimas de suporte ao trânsito; no espraiamento da área urbanizada, porém com abandono e decadência dos centros históricos e falta de planos de mobilidade urbana que favoreçam o transporte público; na promoção do crescimento do mercado imobiliário, porém com edifícios cada vez mais , e .
Um caminho possivelmente assertivo nesse sentido, porém não convencional, talvez comece por reconhecer a convergência natural entre ¹, e , enquanto fator crucial da . Isto é, tratar a arquitetura como um , nas quais cada objeto (edifício) tem efeitos sobre outros objetos, sobre dinâmicas aparentemente “não-espaciais” (cotidiano) e, então, sobre aspectos energéticos e ambientais. Com isso, busca-se uma abordagem que considere as e do objeto arquitetônico como sob a maneira como as pessoas interagem no e com o espaço. Para tal, o presente trabalho se utiliza da como ferramenta para produzir arquiteturas tão quanto a sociedade e as cidades, algo que pode dar indícios de caminhos para fomentar entre os atores sociais, as espacialidades produzidas e o resultante.
²
DELIMITAÇÃO
Teria a para além dos seus aspectos energéticos e ambientais, papel crucial na ? Se sim, quais das características morfológicas tenderiam a ser e como traduzi-las em projeto? O presente trabalho busca responder a estas e outras inquietações, entendendo a sustentabilidade como um de busca por entre as relações sociais, econômicas e ambientais, e tendo o e as relações por ele provocadas, entre as pessoas e com a cidade, como foco de estudo. Para situar a proposta arquitetônica que se pretende desenvolver, adota-se a cidade de , quinta maior capital do país (CENSO IBGE, 2010) e uma das principais metrópoles emergentes do mundo.
Elaborar uma proposta de em Fortaleza, a partir da de , elaboradas pelo autor buscando conferir condições desejáveis de , e à arquitetura dos almejando
ganhos
relevantes .
em
01 entre as escalas arquitetônica e urbanística, entendendo as implicações sistêmicas da forma edilícia na geração da forma urbana como capazes de incluir efeitos sobre a maneira como as pessoas interagem com e no espaço. 02 dos discursos e métodos usuais que regem a produção da cidade, buscando uma nova abordagem a respeito do edifício residencial vertical e de sua relação com a sustentabilidade urbana. 03 , que, ao invés de restringir-se aos aspectos energéticos e ambientais do edifício, referem-se às suas características morfológicas e, desse modo, não limitam as possibilidades de projeto e tornam-se aplicáveis tanto à cidade de Fortaleza quanto a outras metrópoles de países em desenvolvimento. 04 A partir das diretrizes supracitadas e da hibridização como ferramenta projetual, que reflita a pluralidade e a complexidade da cidade, potencialize os ganhos do adensamento urbano, estimule as microrrelações econômicas, adapta-se às demandas da sociedade e, assim, contribua para uma maior sustentabilidade urbana.
Partindo
da inicial, o objeto de estudo e traçam-se os objetivos e como pretende-se alcançá-los. Antes de desenvolver a discussão, conceitua-se os dois termos basilares do trabalho, explicitando a abordagem pretendida. Realiza-se, então, uma das problemáticas que se apresentarão, possivelmente, no futuro das cidades e suas raízes em dinâmicas atuais. Em seguida, buscam-se indícios, ao longo da história da arquitetura, que possam sugerir soluções aplicáveis na contemporaneidade. Então, por estudos de caso e utilizando-se de observações empíricas, de análise documental e de um referencial teórico multidisciplinar, esboçam-se diretrizes replicáveis e passíveis de múltiplas interpretações formais para construir uma base para a elaboração prática. Utiliza-se, então, da hibridização para traduzir contextualmente tais diretrizes na de um edifício na cidade de Fortaleza, concebido como exemplo de aplicação do discurso.
ANTECIPAÇÃO
As cidades “são um produto social resultante de ações acumuladas, transtemporalmente engendradas e materializadas pelos diversos agentes sociais” (CORRÊA,2003). Isso significa que é praticamente impossível obter uma representação estática do futuro urbano, pois este é produto da soma das consequências silenciosas das atuações individuais no espaço. Por isso, o mais adequado é analisar cenários, a partir de dados quantitativos e qualitativos, que permitam observar tendências atuais com possíveis implicações no futuro e, assim, antecipar problemáticas e traçar estratégias para mitigá-las desde já. Para o presente trabalho, utilizam-se cenários projetados com base nos últimos relatórios apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Estes estudos revelam dados alarmantes que demonstram a forte relação de causalidade entre o contexto urbano atual e as problemáticas que se apresentarão nos próximos 30 anos. Destacam-se, a seguir, os pontos mais relevantes para as discussões desenvolvidas aqui.
Registro da superpopulação da Índia. Foto: Amit Dave/Reuters.
“A densidade demográfica nunca se distribuiu homogeneamente pelo globo, muito pelo contrário, sempre apresentou a tendência de estar concentrada em pontos específicos: nas cidades.” (MUMFORD, 1982). Mas esta tendência tem se intensificado rapidamente nas últimas décadas. Em 2017, mais de 50% da população mundial já se concentrava em meios urbanos e, segundo relatório recente da ONU, a população mundial deve aumentar para 9,7 bilhões de pessoas , com cerca de , o que representa mais de 6 bilhões de pessoas. Isso será resultado, sobretudo, de fluxos migratórios e de ganhos em expectativa de vida. Tal conjuntura demonstra um eminente salto no crescimento na , sobretudo as de países em desenvolvimento, como sugerem diversos estudos internacionais. O que tende a envolver diversas implicações sociais, econômicas e ambientais, em um futuro global marcado por Esta, inclusive, já é a realidade enfrentada por Mumbai, São Paulo e Cidade do México, por exemplo, e será também a de outras, que ainda surgirão como resultado de . Somente no Brasil, até 2030, outros conglomerados urbanos ultrapassarão a marca de cinco milhões de pessoas: Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, e Salvador, os quais concentrarão não só pessoas e recursos, como também as principais problemáticas do século.
Os impactos do crescimento da população das cidades no mundo, no entanto, serão maiores sobre os mais vulneráveis socioeconomicamente. Países em desenvolvimento, marcados por enormes disparidades sociais e processos de urbanização tardios, acelerados e desordenados sofrerão mais. Segundo dados do último relatório (2015) do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA),
, se nada for feito a respeito. No Brasil, isto estará atrelado, sobretudo, à crise econômica, responsável pelo aumento do desemprego e à produção imobiliária , , e . As adversidades enfrentadas por um habitante de Fortaleza se mostrarão bastante diferentes das observadas em cidades americanas, por exemplo. Aqui, os principais desafios serão
. A urgência destas questões, em comparação àquelas observadas nos países desenvolvidos, reside no fato de afetarem as relações básicas entre os habitantes e a cidade, estando atreladas ,
e
, consequentemente, .
à
Seguindo-se o padrão e o ritmo atual, a economia mundial, baseada na exploração descomedida e na efemeridade dos bens, crescerá acima de 3,5% ao ano de 2020 a 2050, segundo o FMI. Somando-se a isso, observaremos um alarmante incremento do consumo energético nas cidades e na geração de poluição e outros resíduos, o que resultará em um cenário insustentável, no qual consumo e produção serão superiores à capacidade de regeneração dos ecossistemas e aos limites do planeta. O solo, provavelmente o recurso mais importante para as atividades humanas, irá se tornar, possivelmente, o “vórtice” de todas as demais problemáticas, pois as contínuas e agressivas mudanças no seu uso e sua degradação afetarão os padrões climáticos e os microclimas locais e regionais, causando danos irreversíveis ao meio ambiente e às condições de manutenção da vida humana na terra.
É POSSÍVEL FUTURO?
Favela da Rocinha, Rio de Janeiro. Foto: Getty Images/Robert Wilson
REVERTER
ESSE
A explanação destas trágicas possibilidades para o futuro pode induzir à conclusão de que as cidades devem ser tratadas como problemas, mas esta postura não é a que se pretende estimular por meio deste trabalho. Objetiva-se demonstrar que elas são fontes de oportunidades e que é possível pensar um futuro mais sustentável para a humanidade, mas é necessário, primeiro, entender as raízes dessa conjuntura no presente.
REFLEXÃO
Esse alarmante futuro que se apresenta tem suas raízes sobretudo no meio urbano. As efervescentes cidades contemporâneas que emergem nos países em desenvolvimento manifestam as virtudes e os vícios de um sistema em desequilíbrio. Seus principais símbolos, o e o , outrora tidos como soluções eficientes e representações do progresso, hoje concretizam, simultaneamente, causas e efeitos das suas duas maiores problemáticas estruturais: a e a . São fragmentadas por refletir a própria fragmentação da sociedade em diferentes tipos sociais que mal coexistem nos espaços; e são excludentes porque optam por um modelo de isolamento em edifícios e condomínios residenciais antissociais, autossuficientes e plenos de "itens de lazer”, pensados pelo mercado imobiliário para aglutinar somente indivíduos semelhantes. Em nome da segurança, gera-se mais insegurança, afastando as pessoas do espaço público, limitando a integração social ao espaço intramuros e restando apenas o portão, fortemente vigiado, como ponto de contato entre o condomínio e a cidade. Como consequência do individualismo e da antissociabilidade desta arquitetura, surge um fator que é também agravante da sua própria condição: ela só é possível com a utilização do automóvel. O espaço público perde sua conotação como lugar de encontro e passa a ser local de passagem de uma unidade autossuficiente para outra, fazendo da estrutura urbana uma mera reprodução de .
Desse modo, a urbanidade e a civilidade são, progressivamente, deixadas de lado, dando lugar a . Os critérios que passaram a definir as cidades são números abstratos: indicadores da edificação, taxas de ocupação, afastamentos e gabaritos; instrumentos necessários, porém não suficientes para configurar o espaço urbano. “O resultado é uma , que caracteriza as urbanizações do último século, diferindo da , muito frequente até a primeira metade do século passado”. (GEHL, 2010). Paradoxalmente, as leis que regulam o desenvolvimento urbano, que deveriam buscar reverter este quadro, atendem primeiro aos interesses individuais e postergam o benefício coletivo. A cidade passa a ser pensada para atender ânsias de lucro e os arquitetos, com exceção de poucos, ficam reféns deste processo, projetando arquitetura imobiliária e equipamentos que pouco contribuem com a integração social e a promoção do uso sustentável dos espaços.
Diante do exposto, fica evidente que as consequências da produção de um espaço urbano fragmentado e excludente compõem causa e consequência dos maiores problemas enfrentados pelas grandes cidades dos países em desenvolvimento no presente e, provavelmente, no futuro. Urge, portanto, para tentar subverter essa lógica e buscar um .
Congestionamento em Fortaleza. Foto: Walbert Costa / TV Jangadeiro
CONCEITUALIZAÇÃO
O entendimento atual do que se define como sustentabilidade é fruto de uma longa evolução conceitual e histórica, que se relaciona com o desenvolvimento urbano e teve sua relevância amplificada, nas últimas décadas, sobretudo em decorrência da urgência das questões ambientais. O mais recente e significativo avanço, em termos de aplicabilidade prática do conceito, ocorreu em 2015, com a criação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nela, foram traçados 17 ambiciosos objetivos a serem alcançados por todos os países, até 2030. A intenção é pôr o mundo em um caminho de maior , contribuindo para um futuro mais próspero e . Dentre os objetivos listados, o mais relevante para nossa discussão se refere a “Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e, assim, sustentáveis” e compreende a como um fator-chave para isto. A concentração de pessoas e atividades econômicas, que caracteriza a cidade, é apontada, no documento, como uma para alcançar maiores ganhos em economia de escala, aumentar a resiliência das comunidades e reduzir os impactos sobre o meio ambiente. Portanto, se apresentam como ótimos ingredientes na busca por uma maior .
Os 17 Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável. Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU).
O conceito de hibridização ou hibridismo se origina da genética e refere-se ao cruzamento de diferentes espécies. Na arquitetura, começou a ser empregado, no século XX, para denominar em volumes, dentro dos quais múltiplas atividades podiam ser desenvolvidas e relacionavam-se entre si, agregando uma desejável ao objeto arquitetônico. A história da hibridização arquitetônica, no entanto, é tão complexa quanto os edifícios que foram gerados a partir desta, mas pode-se dizer que, acima de tudo, “sempre esteve atrelada à espontânea mistura que caracteriza a vida urbana” (FENTON, 1985). Por isso, o . A diferença em relação a arquitetura de uso misto comum, consiste, basicamente, no fato de que os programas individuais que o compõem A personalidade de um híbrido é uma celebração da , da e da , funcionando como um recipiente para a mistura de diferentes atividades . O híbrido é um edifício “oportunista”, que toma partido de suas diversas habilidades e busca relações complexas, vibrantes e inesperadas, estimulando a coexistência e sendo consciente de que as situações não planejadas podem ser chaves para sua própria .
A hibridização ideal se alimenta do encontro da esfera pública com a privada, à medida que a intimidade da vida privada e a socialidade da vida pública encontram no edifício híbrido âncoras para se desenvolver. A permeabilidade do híbrido respeita a cidade e se faz acessível e a utilização privada de seus equipamentos amplia o horário de utilização do espaço urbano. Isso implica que a atividade é constante e não está regida por ritmos engessados. A relação forma-função em um edifício híbrido pode ser explícita ou implícita, não sendo, também, essencial. No primeiro caso, expressa-se através da fragmentação de volumes e, no segundo, por meio da integração entre as partes em um corpo arquitetônico único. Um híbrido lutará sempre contra as morfologias segregacionistas que limitam algum uso e focará em manter unidas, dentro de sua área de influência, todas as atividades que podem proporcionar alguma vivacidade ao espaço.
Interlace / OMA - Singapura. Foto: Iwan Baan. Fonte: Archdaily.
Os híbridos são, essencialmente, densos e, por isso, costumam ter caráter de super-edifícios ou de megaestruturas. A hibridização se associa, de certa forma, ao esplendor, ao gigantismo, pois a mistura impõe tamanho, a sobreposição exige altura e a consequente apropriação da superfície pela extensão do programa consome terra. Eles também precisam de ímpeto criativo e confiança econômica, pois produzem novas situações, incompatíveis com o medo de ousar. O híbrido, deste modo, supera os domínios da arquitetura e passa a englobar também a dimensão do urbanismo.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O uso do solo, o valor da terra e a densidade, historicamente, sempre estiveram relacionados na produção do espaço urbano. Na antiguidade, por exemplo, as cidades-estado desenvolveram muros para se defender e distinguir o civilizado e o “selvagem”. Dentro destes muros, a principal forma de movimentação e transporte de mercadorias era a pé e isto contribuiu para que programas distintos, como locais de trabalho, comércio e habitação, fossem concentrados nos mesmos espaços ou empilhados uns sobre os outros, objetivando reduzir as distâncias a serem percorridas diariamente. Em muitos casos, inclusive, havia pouca ou nenhuma distinção de funções entre os ambientes, que se adaptavam de acordo com as necessidades dos usuários e evoluíam ao longo do tempo. Com espaço limitado, a forma de cidade confinada significava que qualquer expansão ou construção exigia ou e, portanto, .
Posteriormente, com o advento de novas alternativas de mobilidade e de sistemas de defesa de maior alcance, a cidade pôde romper seus muros, dispersando-se pelo campo. Essa expansão permitiu acréscimo de extensão territorial e barateou “o valor” das propriedades, o que não apenas removeu a pressão de compartilhar o espaço e maximizar o uso da terra, como ocorria nas cidades muradas, mas também contribuiu para a diluição territorial e o consequente aumento das distâncias intraurbanas, questões que, na época, eram tidas como positivas, pois serviam como estratégia para cobrir (e, portanto, controlar) maiores porções territoriais. Mais tarde, a revolução industrial trouxe consigo o advento do planejamento moderno e, com ele, o rodoviarismo e a segregação de funções não apenas em edifícios individuais, mas também em zonas urbanas separadas e espalhadas pelo território. Conforme a urbanização foi se intensificando, o inchaço populacional das cidades desencadeou um novo aumento dos valores da terra nos centros urbanos, o que passou a exigir novas estratégias de desenvolvimento arquitetônico. Foi então que, em meados do século XXI, o aço e a invenção do elevador revolucionaram a construção, permitindo estruturas verticais mais altas. Era o início da ascensão dos arranha-céus.
Verticalização em Hong Kong nos anos 70. Foto: Autor Desconhecido.
Com essas ferramentas, os empreendedores deixaram de focar em edifícios por para produzir edifícios para . Deste modo, o aproveitamento máximo do potencial construtivo da terra e, consequentemente, a maximização dos lucros passaram a ser os princípios norteadores das produções imobiliárias. No entanto, “a incapacidade de encher essas novas torres com um único uso levou à e, com isso, ao surgimento do que iríamos chamar futuramente de edifícios híbridos” (FENTON, 1985). A depuração do modelo híbrido, portanto, está relacionada, em primeiro lugar, ao desenvolvimento das torres multiuso como alternativa para promover densidade e compensar os altos valores do solo. Em segundo lugar, à intenção de utilizá-las para combinar funções complementares que integram o cotidiano metropolitano.
O Modernismo esboçou uma das primeiras tentativas, ainda que não intencional, de promover uma relação mais harmônica entre arquitetura e natureza, buscando conceber objetos arquitetônicos mais “coerentes” a partir de uma postura mais sustentável, termo este que sequer havia sido criado na época. No modernismo brasileiro, por exemplo, elementos como cobogós e brises-soleils eram adotados para melhorar a ventilação natural do edifício e permitir um maior controle da entrada de luz e calor, visando ganhos em qualidade de vida e eficiência energética. Pilotis e terraços-jardim ajudavam a diminuir a temperatura do prédio, serviam para tentar arejar a cidade e criar áreas de circulação e convívio social e permitiam certa interação com a natureza. O uso dos pilotis também possibilitou reduzir a área impermeabilizada do terreno, contribuindo para a infiltração da água no solo, mitigando os riscos de enchentes. Havia ainda a preocupação com a dimensão social da arquitetura, algo que ficou evidente com a extensa produção de conjuntos de interesse social neste período. Nestes buscava-se promover maior diversidade de tipologias habitacionais e arranjá-las sempre junto a espaços comuns, térreos comerciais e outros usos, tendo como objetivo intensificar a interação entre as pessoas e uma dinamização das relações dentro do objeto arquitetônico.
Mas, se por um lado os edifícios modernistas já tinham algumas características “sustentáveis”, as cidades pensadas pela mesma corrente iam no sentido oposto. O rodoviarismo limitou o investimento em transporte coletivo e ocasionou a supremacia do carro, promovendo uma grave dispersão urbana. Brasília, projetada no momento de maior celebração do automóvel, é um exemplo claro do urbanismo feito para espraiar a cidade, o oposto dos centros adensados e dinâmicos desejáveis para garantir maior sustentabilidade. O que o modernismo professou como uma ordem nova e melhor, na realidade, .
Conjunto Pedregulho, Rio de Janeiro. 1990. Foto: Max Gravechan.
As críticas trazidas pelo pós-modernismo viram ressurgir o interesse pela experimentação de programas e o rompimento com os modelos tipológicos predominantes na busca por algo mais complexo e “humano”. O pensamento pós-estruturalista criou um cenário de produção de importantes conceitos dialéticos que coexistiam e se inter relacionam buscando uma nova forma de pensar arquitetura. Rem Koolhaas, em particular, identificou as condições únicas dos arranha-céus de Manhattan, em sua obra "Nova York Delirante" (1978), onde identificou que existiam possibilidades ainda não exploradas e quase infinitas de combinações de programas em andares separados dentro de um arranha-céu. Posteriormente, ao longo dos muitos anos de trabalho no Escritório de Arquitetura Metropolitana (OMA), do qual é sócio, Koolhaas concluiu que
e se assemelha a comportamentos espontâneos observados na natureza, podendo ser uma . Isso fica evidente se olharmos hoje para quase qualquer cidade do mundo, sobretudo as de países em desenvolvimento, onde há uma reprogramação constante do tecido urbano, que promove justaposições e reprogramações quase impossíveis de controlar ou prever, mas que se retroalimentam e persistem .
Nos últimos anos, há cada vez mais interesse em como a complexidade natural da cidade e a ligação de programas díspares podem ser aproveitadas para revigorar o que de outra forma poderia ser uma colagem inanimada de usos distintos. A geógrafa Jane Jacobs já defendia essa diversidade coesa em seu livro “Morte e Vida de Grandes Cidades” (JACOBS, 2009), onde destacou a importância de tornar as cidades mais "parecidas com cidades”, algo que só seria possível com , ponto de vista, este, compartilhado por Koolhaas. Em síntese, é evidente que não se pode negar os inúmeros avanços obtidos desde os precursores modernos em relação à sustentabilidade e à forma como pensamos arquitetura nas cidades. Porém, ainda há muito o que evoluirmos, pois os cenários atuais já se mostram insustentáveis. Mais do que nunca, torna-se necessário repensar a arquitetura de modo a atender tanto às complexidades urbanas quanto à urgência de coexistir em harmonia com o meio ambiente.
Linked Hybrid, Beijing, 2009. Foto: Iwan Baan.
Um caminho possivelmente assertivo na busca por uma arquitetura urbana sustentável talvez comece por reconhecer a entre morfologia urbana, desempenho sócio-econômico e energético-ambiental, enquanto . Algo que pressupõe considerar os impactos sistêmicos da arquitetura, enquanto expressão de tendências de , e, sobretudo, , e também como oferta destas. Para tal, deve-se evitar a fixação no objeto arquitetônico isolado, que tende a considerar apenas aspectos dissociados do contexto ou plásticas “eco-friendly” meramente estéticas. Isso porque, de maneira recorrente, costuma-se ignorar a sustentabilidade das relações entre os objetos, os seus usuários e os entornos, inerentes aos arranjos, a espacialidade de seus arranjos e suas implicações (econômica, social, política etc.) ao longo do tempo. “Discursos correntes parecem reduzir-se a uma relacionalidade apenas parcial entre arquitetura e fenômenos não-arquitetônicos encapsuláveis numa noção de comportamento energético ou ambiental” (NETTO, 2006). Essa frágil identificação tem nos levado a ignorar temas potencialmente fundamentais, como os impactos da configuração arquitetônico-urbana nos padrões de interação dos indivíduos entre si, com os espaços e, assim, com o meio ambiente.
Na maior parte dos países em desenvolvimento, como o Brasil, podemos observar, em suas grandes cidades, a reprodução de tipos arquitetônicos e padrões de urbanização fixados em modelos espaciais e preceitos de produção imobiliária que privilegiam critérios usualmente limitados à otimização dos processos construtivos e sua rentabilidade, e à normas técnicas engessadas. Por consequência, gravemente, tem-se iniciado uma dissolução do tecido urbano, com a substituição progressiva de exemplares tradicionais por tipos baseados em frágeis ou inexistentes ligações com o entorno no qual se inserem. A rarefação urbana, decorrente deste processo, vem acompanhada do
questões que, conforme já mencionado, protagonizam a contemporaneidade.
Nesse
sentido, considerar as e do objeto arquitetônico como de sob a maneira como as pessoas interagem no e com o espaço pode ser uma nova forma de pensar a arquitetura , de modo amplo, considerando as implicações sociais e econômicas do espaço arquitetônico, para, em seguida, observar os reflexos destas nos aspectos energéticos e ecossistêmicos da cidade. A partir daqui, tomaremos como foco para as análises referenciais e os direcionamentos propositivos, três importantes propriedades estimuladas pelas características morfológicas da arquitetura no contexto urbano: , as definidas a seguir.
quais
serão
Socialidade pode ser definida como “a vitalidade das comunicações, dos encontros e das redes sociais tensionadas pelo espaço urbano” (Bauman, 1992). Mais precisamente, pode englobar as diferentes possibilidades de compreensão das relações humanas geradas por configurações espaciais, incluindo a
. A socialidade tem, portanto, uma dimensão morfológica, que permeia a implantação do edifício, face ao espaço público, a configuração dos ambientes, e os impactos destes na movimentação dos pedestres e na segurança da rua. É um conceito que trata da
, de acordo com a hipótese de que “diferentes tipos arquitetônicos representariam diferentes capacidades do edifício em gerar condições para a interação e convívio sociais como condição de reprodução da esfera pública de uma sociedade” (Netto, 2006). Jane Jacobs já tratava disso através do princípio de "promiscuidade urbana", definido por ela como “a convivência de todos como um todo, que permite vivenciar os espaços e integrar seus habitantes, promovendo a sociabilidade dos espaços” (JACOBS, 1961).
Térreo do Copan, São Paulo. 2010. Foto: Nelson Kon.
A micro-economicidade também é uma “propriedade” estimulada por diferentes morfologias e diz respeito à dos objetos arquitetônicos de , gerando oferta e diversidade de serviços e comércio, proporcionalmente à demanda, à densidade e à relevância da área dentro do sistema urbano. Esse conceito se refere a participação da arquitetura na oferta de condições para o florescimento de atividades que atendam a vida cotidiana de uma vizinhança. O nível de micro-economicidade depende da capacidade da edificação em . Quando o tipo arquitetônico favorece, por exemplo, a implantação de térreos comerciais, que serão parte da interatividade econômica e da solução de necessidades e lazeres cotidianos de uma vizinhança ele atua na reprodução da cidade como cenário para movimento de bens e serviços. Quando o tipo arquitetônico, em função da sua própria configuração, não oferece essa possibilidade, apesar de se inserir em uma área com demanda potencial, tem-se o risco de limitar comportamentos de consumo e procura de serviços, sobretudo para o pedestre, o qual terá que utilizar o automóvel ou outro transporte para suprir suas necessidades.
Adaptabilidade refere-se à capacidade ou qualidade de algo ou alguém se adaptar, de acordo com as necessidades e circunstâncias. É, portanto, uma
, podendo esse ser linear (prazos curtos ou longos) ou cíclico (dia/noite, semana/fim de semana). Como característica de projeto, designa estratégias espaciais, estruturais e de gestão que atribuem, ao artefato físico, maleabilidade em resposta a mudanças nas condições operacionais ao longo do tempo. Isto faz com que os edifícios, que incorporam esta capacidade, não sejam mais vistos como um produto acabado, mas como objetos cujas formas estão em constante evolução para se adequarem às metamorfoses funcionais, tecnológicas, ambientais e estéticas da sociedade. No contexto atual, marcado pelo acelerado avanço tecnológico, questões ambientais emergenciais, novas configurações familiares, revoluções no mercado de trabalho e pelos impactos da pandemia do covid-19, entre outros fatores, a adaptabilidade torna-se , mas pressupõe que se abandone a postura ultrapassada de desconsiderar o envelhecimento e as transformações dos edifícios, inerentes à transitoriedade das relações e das demandas humanas.
REFERENCIAÇÃO
(SÃO PAULO, BRASIL - 1951)
Edifício Copan, São Paulo. 2010. Foto: Nelson Kon.
Localizado no centro da cidade de São Paulo, Brasil, o Edifício Copan é um dos marcos da arquitetura moderna brasileira e um importante símbolo da capital paulista. Sua relevância para o embasamento deste trabalho reside no fato de possuir características que o aproximam dos exemplares híbridos, tais como seu porte e densidade, a combinação interdependente de usos e a variedade de tipologias habitacionais coexistindo nos pavimentos. Sua construção data do período pós Segunda Guerra Mundial, quando a cidade passou por uma intensa dinâmica de transformação urbana, impulsionada pela industrialização e pela chegada de muitos imigrantes. O inchaço populacional, consequente, gerou uma grande demanda por habitação e serviços no Centro e fez o preço do solo se elevar, o que contribuiu para a verticalização da região. Neste contexto, o Copan surgiu como resposta a essa conjuntura, tendo o desafio de solucionar, em um terreno difícil, um complexo programa de necessidades. Aqui vale ressaltar a semelhança entre as circunstâncias que deram origem ao Copan e àquelas que, historicamente, culminaram com o surgimento dos edifícios híbridos: inchaço urbano, aumento do preço da terra e limitações de espaço. Até mesmo a história por trás da sua concepção possui aproximações com o raciocínio da hibridização. O projeto original, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer com Carlos Alberto Lemos, consistia em dois edifícios interligados, um residencial de 140 metros de altura e outro menor, no qual funcionaria um hotel. No entanto, apenas o residencial acabou saindo do papel.
A versão final construída possui 30 andares, incluindo 1.160 apartamentos distribuídos em 6 blocos, 72 lojas na base e 2 subsolos de garagem. O programa também incluía um cinema, atualmente desativado, um terraço, áreas administrativas e um heliponto. As muitas tipologias habitacionais constituem outro aspecto que chama atenção. São sete variações, de 29m² (quitinete) a 210m² (três quartos). No térreo, a galeria, instalada como um volume sólido, conecta-se à rua por cinco acessos, praticamente as únicas aberturas desenhadas nesse embasamento. As portarias de cada coluna de apartamentos, uma para cada, são independentes entre si e surgem discretas, ora próximo às entradas, ora entre vitrines de lojas. A galeria acompanha a inclinação do chão da cidade. Da calçada, a continuidade do revestimento do piso e a ausência de degraus conduzem o usuário à rua interna que se forma. Como numa rua qualquer, é na soleira das lojas que o desnível será claramente marcado, a fim de garantir a concordância da laje horizontal plana com o piso inclinado da cidade que entra no edifício.
Edifício Copan, São Paulo. 2010. Foto: Nelson Kon.
A análise do Copan, portanto, nos permite intuir que, ao conceber projetos pautados no adensamento aliado a combinação de usos interdependentes, térreos ativos e permeáveis, variedade de tipologias habitacionais e outras estratégias, em direção à hibridização da arquitetura, obtêm-se ganhos expressivos em socialidade, microeconomicidade e adaptabilidade, influenciando relações mais sustentáveis com a cidade.
(ROTTERDAM, HOLANDA - 2013)
DE Rotterdam, Holanda. 2013. Foto: Charlie Koolhaas.
Localizado às margens do rio Maas, em Kop van Zuid, antigo bairro portuário de Rotterdam, o DE Rotterdam é uma torre híbrida com 160.000 m², concebida como parte de um plano que pretendia, a longo prazo, transformar a área em uma segunda centralidade para a cidade. O prédio tem o nome de um dos navios originais da Holland America Line, que, de 1873 até o final de 1970, transportou milhares de emigrantes europeus a Nova York a partir do Pier Wilhelmina, ao lado da qual prédio está situado. Para entender o projeto é necessário primeiro entender Rotterdam. Durante a Segunda Guerra Mundial, os bombardeios quase a destruíram totalmente, restando apenas alguns edifícios. Aos poucos, a cidade foi sendo reconstruída, mas sua vitalidade permaneceu abalada. Nos anos 80, poucas eram as movimentações no porto e os galpões ficaram vazios. Então, a razão do edifício DE Rotterdam estar onde está é porque se tornou importante para a cidade projetar a próxima fase de sua existência e reverter o então cenário. Portanto, o DE Rotterdam não representou apenas uma ambição arquitetônica, mas parte de uma iniciativa da cidade em se reerguer. Projetado pelo escritório OMA, do arquiteto holandês Rem Koolhaas, vencedor do Pritzker de 2000 e um dos precursores da arquitetura híbrida, o DE Rotterdam foi inaugurado em 18 de novembro de 2013, após quatro anos em construção e um ano em projeto, tornando-se o maior edifício da Holanda. Como já era de se esperar, o edifício é uma celebração da hibridização.
Suas três torres empilhadas e interconectadas possuem 44 andares, uma altura de 150 metros e abrangem uma largura de mais de 100 metros. Apesar de sua aparência não tão complexa, o edifício é compacto e excepcionalmente diverso, com uma mistura coesa de programas em blocos e pavimentos distintos. São 72 mil metros quadrados destinados para escritórios, 240 apartamentos residenciais, um hotel com 285 unidades, salas para conferências, restaurantes, lojas e academia. A base do edifício é o ponto de conexão principal entre as partes e é nela que se dá a interação direta com a cidade, pois concentra as lojas e os halls de entrada de cada uma das torres.
DE Rotterdam, Holanda. 2013. Foto: Charlie Koolhaas.
Estratégias que contribuem para a socialidade podem ser observadas desde a implantação do edifício, com sua base permeável e convidativa, até nas espacialidades do seu interior, que estimulam encontros potenciais. A microeconomicidade é influenciada através da múltipla oferta de serviços e atividades, e da consequente influência econômica que desempenha no entorno imediato. A adaptabilidade, por último, é, inclusive, uma exigência dos clientes que encomendaram o projeto, os quais solicitaram conformações internas que permitissem múltiplas adaptações a um programa de necessidades variável de acordo com demanda ao longo do tempo.
DE Rotterdam, Holanda. 2013. Foto: Charlie Koolhaas.
DE Rotterdam, Esquema Volumétrico de Distribuição dos Programas. Fonte: Archdaily.
(ROTTERDAM, HOLANDA - 2014)
Markthal, Rotterdam, Holanda. 2015.
Em um lugar privilegiado, junto a Binnenrotte, uma atrativa e popular praça, foi construído o edifício Markthal. Sua localização é histórica, situando-se na beira do antigo rio Rotte. Este rio foi modificado no final do século XIX, sendo desviado para construção de uma linha de trem. Como resultado da obra, surgiu essa grande praça, onde passou a funcionar, duas vezes por semana, um mercado ao ar livre. O novo edifício surgiu de uma parceria público-privada na tentativa acertada de impulsionar a economia urbana e adensar o centro da cidade, a fim de otimizar a ampla disponibilidade de serviços e infraestrutura na área e reforçar a conexão entre o leste e o oeste da cidade. Após finalizada sua construção, a prefeitura reurbanizou o entorno, criando mais áreas verdes e reconfigurando o mercado ao ar livre existente, conectando-o aos acessos do Markthal, para permitir fácil circulação e boa integração entre eles. A proposta arquitetônica consiste em uma enorme área, no nível da rua, coberta por um edifício em arco. Sua forma, seu interior e sua altura tornam-o um grande espetáculo. O projeto é único não apenas por essas características, mas especialmente pela maneira inusitada como os diferentes usos são combinados. Inclui um prédio de apartamentos, um mercado de alimentos com praça de alimentação, um supermercado e um estacionamento subterrâneo. A forma curvilínea foi escolhida a fim de tornar mais eficiente a construção, criando um só núcleo de elevadores. Suas dimensões finais são de 120 metros de comprimento, 70 metros de largura e 40 metros de altura.
Markthal, Rotterdam, Holanda. 2015.
O prédio precisava ser o mais aberto possível para atrair o público e, ao mesmo tempo deveria ser fechado, devido às condições climáticas. Para isso, optou-se por uma fachada de cabos metálicos que requer poucos elementos construtivos. Seu princípio é comparável a uma raquete de tênis em que os cabos são utilizados como cordas, entre as quais o vidro está montado. Graças a esta engenharia, o interior é visível do exterior. Suas demais fachadas são executadas em pedra natural cinza, a mesma que as calçadas, para enfatizar conexão. Não há uma fachada principal, pois todos os lados possuem entradas e janelas. O fornecimento de produtos para o mercado, lojas e estabelecimentos comerciais é feito nos pavimentos subterrâneos. Assim os residentes não são incomodados pelos momentos de carga e descarga que acontecem geralmente de manhã bem cedo. Os moradores podem acessar seus apartamentos através de seis entradas separadas que levam aos elevadores e escadas. Devido à curva da estrutura, o hall dos elevadores gradualmente muda de tamanho e localização, mas cada um atende a, no máximo, quatro apartamentos, dos quais dois têm janelas também para o mercado e os outros dois apenas para o exterior. Juntas, todas as estratégias descritas fazem do Markthal um exemplo de como a combinação de programas, interdependentes, aliada à uma forte conexão com o entorno e à racionalidade construtiva pode proporcionar condições desejáveis de sociabilidade, microeconomicidade e adaptabilidade.
Markthal, Rotterdam, Holanda. 2015.
CONCLUSÕES PRELIMINARES
A partir da análise e discussão de todas as informações apresentadas, foram esboçadas relacionadas às do edifício vertical, buscando produzir arquiteturas que, a partir da dessas diretrizes, sejam capazes de proporcionar boas condições de , e , almejando ganhos em . Tais encaminhamentos não buscam limitar as possibilidades de projeto, pois permitem infinitas interpretações formais. Além disso, mostram-se, pelo menos em teoria, amplamente aplicáveis tanto à cidade de Fortaleza quanto a outras metrópoles de países em desenvolvimento.
MICROECONOMICIDADE , garantindo condições para fomentar diversidade de atividades; -
,
, sem comprometer os demais;
entre os habitantes do edifício e os demais integrantes da vizinhança e gerem receita para o condomínio;
ADAPTABILIDADE -
SOCIABILIDADE (e não rarefeitas), mas evitar quarteirões sem permeabilidade pedonal, estruturando o movimento sem excessiva dispersão;
, como muros, grades e guaritas, tecendo relações fluidas entre as dimensões pública e privada; , contribuindo para sua vitalidade e para torná-la mais vigiada e segura; (em vez de concentrá-los), potencializando convívio social e as expressões coletivas espontâneas.
incorporando racionalidade estrutural e boa distribuição de instalações;; , que permitam, em algum nível e de alguma forma, a adaptação dos limites internos e funções de acordo com as necessidades e preferências dos usuários ao longo do tempo.
INVESTIGAÇÃO
Partindo para a aplicação prática de como as diretrizes projetuais podem ser traduzidas em projeto através da hibridização, o primeiro passo dado é a . Para tal, são elaborados critérios para garantir a do local à intervenção arquitetônica pretendida.
01 VOCAÇÃO PARA O ADENSAMENTO Conforme dito anteriormente, o adensamento permite alcançar maiores ganhos em economia de escala, aumentar a resiliência das comunidades, reduzir os impactos sobre o meio ambiente e potencializar os benefícios de se viver em meio urbano. Além disso, também explanou-se que os edifícios híbridos são essencialmente densos e compactos, e, portanto, necessitam de entornos com vocação para tal, o que costuma estar atrelado a combinação de , e . Esse cenário geralmente é observado em e . 02 DISPONIBILIDADE E DIVERSIDADE DE INFRAESTRUTURA DE MOBILIDADE Para o adensamento para a cidade, como, por exemplo, o aumento do fluxo de veículos individuais, uma . Áreas próximas a corredores de ônibus, estações de metrô e a sistemas cicloviários são, portanto, .
03 VAZIOS URBANOS PRÓXIMOS A PONTOS NODAIS DA CIDADE Comumente, observa-se a presença de vazios urbanos⁵ próximos a pontos nodais⁶ da cidade, sobretudo grandes , onde há , mas há . Estes espaços residuais são descontinuidades no tecido urbano que prejudicam sua coesão espacial e, portanto, merecem a devida atenção. Caso adequadamente tratados, possuem um enorme potencial de se transformarem em da cidade e isto é o que pretende-se explorar aqui. 04 PREEXISTÊNCIA DE DINÂMICAS MICROECONÔMICAS ESPONTÂNEAS Este último critério busca encontrar áreas nas quais deem
indícios
de
adequadas para se desenvolverem. Objetiva-se, assim, a movimentação espontânea de bens e serviços, que é característica primordial das cidades.
Localização do terreno escolhido. Fonte: Mapa produzido pelo autor.
O terreno escolhido se localiza no , no bairro de (Fortaleza-CE). Em frente, tem-se o Hospital Antônio Prudente e, ao seu lado, uma delegacia. Apesar de sua localização privilegiada, atualmente o terreno funciona como um estacionamento, caracterizando-se como vazio urbano, em decorrência da subutilização.
Ocupando mais da metade da quadra, possui e seus maiores lados possuem . A , em decorrência da terraplanagem a qual foi submetido. No entanto, por estar quase a nível do mar e ter proximidade com um rio, que corre em galerias subterrâneas sob a Av. Aguanambi, .
Localização do Bairro de Fátima na Cidade. Fonte: Mapa produzido por Raissa Parente.
A Avenida Aguanambi é da cidade. Logo a frente do terreno, há uma e e uma , a qual se conecta a parte do sistema cicloviário urbano. No entorno, além da abundância de pontos de ônibus, também há uma estação de carros elétricos compartilhados na praça da Igreja de Fátima.
Mapa de Infraestrutura de Mobilidade. Fonte: Autor.
Vistas do terreno escolhido junto a passarela do BRT. Foto: Autor.
Estação do BRT, localizada em frente ao terreno. Foto: G1 Notícias.
Os principais condicionantes espaciais do terreno escolhido são , já mencionada; que os conecta; e, principalmente, que “envolve” as fachadas sul e oeste.
Segundo a lei de Zoneamento de Fortaleza, o terreno escolhido está inserido na , caracterizada pela disponibilidade de infraestrutura e serviços urbanos e áreas com adensamento limitado ou reduzido; destinando-se ” (LUOS, 2017).
Recuo de Frente
10m
Recuo Lateral/ de Fundo
5m
Índice de Máximo
Muro que divide o terreno escolhido da praça sob o viaduto da Av. 13 de Maio. Foto: Autor.
Aproveitamento
3
Taxa de Ocupação Máxima
60%
Taxa de Permeabilidade
30%
Altura máxima da edificação
75m
Cone Aéreo (COMAR)
80m
Parâmetros Urbanísticos. Quadro produzido pelo autor. Fonte: LUOS 2017.
PROPOSIÇÃO
EdifĂcio Plural. Perspectiva AĂŠrea Fachada Leste. Produzida por Melissa Quintela.
PROPRIEDADES
DIRETRIZES
Priorizar tipologias compactas;
arquitetônicas
Integrar o térreo do edifício ao passeio e eliminar ou, ao menos, minimizar barreiras físicas; SOCIABILIDADE Posicionar o máximo possível de portas e janelas para a rua;
Distribuir os equipamentos de uso comum pelo edifício;
Incorporar, ao edifício, pelo menos dois programas díspares;
MICROECONOMICIDADE
Locar, preferencialmente nos pavimentos inferiores, usos que atraiam fluxos de pessoas e atendam às necessidades da comunidade local;
Preferir equipamentos que possam ser compartilhados com a comunidade e gerem receita para o condomínio;
ADAPTABILIDADE
Projetar o infraestrutura, racionalidade distribuição
edifício como incorporando estrutural e boa de instalações;
Prever espacialidades flexíveis;
Diretrizes e Estratégias. Quadro produzido pelo autor.
ESTRATÉGIAS
PONTOS DE ATENÇÃO
Conceber uma edificação única e que ocupe o máximo possível do terreno;
Atender aos parâmetros urbanísticos e minimizar impactos de vizinhança;
Implantar o edifício junto ao passeio e sem muros, grades ou guaritas;
Respeitar os recuos exigidos e criar mecanismos de controle de acesso;
Criar aberturas em todas as fachadas, envidraçando sempre que possível;
Proteger e recuar as esquadrias de vidro para assegurar proteção solar e controle da privacidade e de acústica;
Criar praças elevadas e equipamentos de lazer e apoio em pelo menos três pavimentos distintos;
Distanciar equipamentos que gerem mais barulho;
Propor, como cenário inicial, a combinação dos usos habitacional, corporativo, comercial e de serviços;
Criar interrupções ou transições controladas entre pavimentos de usos distintos;
Locar lojas no térreo e equipamentos de uso coletivo logo acima;
Prever pé direito duplo nas lojas e criar pontos de controle de acesso para os equipamentos de uso coletivo acima;
Prever infraestrutura e condições espaciais básicas para incorporar uma academia e um coworking de uso compartilhado, mediante demanda;
Adotar modulação estrutural clara e previsão de várias colunas de shafts distribuídas ao longo dos pavimentos;
Sistema estrutural independente e planta livre;
Não limitar os usos dos espaços, permitindo mudanças conforme demanda ao longo do tempo;
Fazer algumas transições de prumadas de instalações nos pavimentos inferiores para adequação à disposição das vagas no estacionamento e às lojas;
Visando transgredir a configuração tipológica de uma simples torre de apartamentos repousada sobre uma “base sólida” (geralmente composta pelos pavimentos de estacionamento e lazer), predominante na cidade de Fortaleza, optou-se por um processo compositivo que consiste em, partindo de um volume genérico, aplicar operações formais, desconstruindo a volumetria original e produzindo um novo e mais complexo objeto. Essas operações se baseiam na contribuição metodológica da obra Operative Design (DI MARI e YOO, 2012).
O volume genérico, adotado como ponto de partida, é uma representação sintética da tradução direta dos parâmetros urbanísticos incidentes sobre o terreno, a partir da ótica de máximo aproveitamento do potencial construtivo e reprodução de aspectos recorrentes na produção imobiliária, atrelados à uma frágil relação com o entorno e limitações programáticas. A seguir, sintetizam-se as principais operações formais desenvolvidas, definindo-as por verbos, conforme a metodologia referencial adotada.
CHANFRAR E ESCALONAR Diferenciação de volumes para graduar a transição entre base e topo na fachada sul.
RECUAR Recuo dos dois primeiros pavimentos do volume em relação ao resto.
TERRENO Análise da localização e dos condicionantes geomorfológicos, espaciais e legais.
VOLUME GENÉRICO Proposta conservadora.
Processo compositivo: operações formais. Elaborado com base em DI MARI e YOO, 2012.
PERFURAR Criação de vazios perfurando as fachadas norte, em dois pontos, e sul, em um.
VOLUME FINAL Resultado das operações formais aplicadas.
CAVAR Ampliação do vazio entre as torres sem reduzir as áreas de fachada.
EXTRAIR Interrupção alternada do volume nos cantos voltados para a fachada leste.
FRAGMENTAÇÃO Desconstrução do volume original em partes separadas que compõem um todo.
EXTRUDAR E COMPRIMIR Manipulação da proporção e da escala das partes entre si.
Partindo do volume resultante das operações formais descritas, dá-se prosseguimento à concepção do edifício, depurando seus componentes básicos à luz da categorização proposta por Bernard Leupen, em sua obra Frame and Generic Space (2006). Leupen (2006) propõe tratar o edifício a partir da dicotomia entre (frame) e (generic space), considerando que os fixos são responsáveis por conferir maior ou menor grau de adaptabilidade aos indeterminados. Para tal, desenvolveu um sistema de classificação em , termo utilizado para designar conjuntos de elementos que desempenham função semelhante na composição do objeto arquitetônico. Essa metodologia alinha-se com o raciocínio da hibridização e demonstra capacidade potencial na tradução das diretrizes projetuais. Diferindo de alguns dos seus antecessores teóricos, a classificação de Leupen é composta por cinco camadas: . Estrutura se refere aos elementos portantes do edifício (lajes, pilares, vigas e fundações). Acessos inclui as escadas e os elevadores, que condicionam e organizam os fluxos verticais. Serviços engloba todas as instalações e equipamentos, os quais garantem suprimento de água, energia, informação etc. Pele engloba os componentes da fachada, que fazem o fechamento do edifício e, por vezes, assumem as funções de proteção solar e controle de privacidade e acústica. Por último, cenários é tudo aquilo que tange a organização do espaço interno, sejam paredes, divisórias, esquadrias etc.
As quatro primeiras camadas compõem o que Leupen denomina como frame, componentes fixos que dão suporte ao espaço genérico. Enquanto a última está mais relacionada com a indeterminação, adaptando-se aos usos e às necessidades dos usuários ao longo do tempo. Tendo isso em mente, optou-se por primeiro desenvolver a estrutura, os acessos, os serviços e a pele para, posteriormente, esboçar um cenário que demonstre uma distribuição programática e espacial possível para o edifício. A seguir, esquematiza-se a depuração das camadas fixas a partir do volume que se tinha até então.
Camadas do edifício. Elaborado com base em LEUPEN, 2006.
EDIFÍCIO Combinação de todas as camadas abaixo.
SEGUNDA PELE Placas perfuradas de abrir em aço corten e jardineiras em fibra de vidro.
PRIMEIRA PELE Esquadrias de vidro e alumínio e alvenarias em tijolo cerâmico 14cm com acabamento em textura branca.
SERVIÇOS Vinte e seis colunas de instalações, agrupadas linearmente em dois conjuntos: um com quinze (norte) e outro com onze (sul).
ACESSOS Dois eixos de circulação vertical independentes, cada um com dois elevadores e uma escada de segurança com antecâmara.
ESTRUTURA Lajes bubbledeck, pilares e fundações em concreto armado
SISTEMA CONSTRUTIVO O sistema construtivo empregado é o convencional, amplamente adotado pela construção civil no Brasil, composto por estrutura em concreto armado e vedações em alvenaria cerâmica. No entanto, incorporou-se uma inovação: . Desenvolvida na década de 1990 por Jorgen Bruenig, consiste em um sistema de esferas ocas, que são locadas onde o concreto é submetido a menos esforços. As esferas, inseridas uniformemente entre armaduras de aço superiores e inferiores, preenchem com ar o espaço que seria todo ocupado por concreto e que quase não contribuiria para a resistência final da peça. Dessa forma, é possível (se comparado a uma laje maciça da mesma espessura), permitindo , e
. Estima-se que a utilização de 1 kg de esferas economiza cerca de 100 kg de concreto. Também chamadas de lajes biaxiais alveolares, seu comportamento estrutural se assemelha às lajes maciças de concreto, nas quais os esforços são transferidos em ambas as direções horizontais até os pilares e às fundações. Porém, , em comparação às maciças e às nervuradas, . Caso incorpore-se a pré-fabricação dos seus componentes, ainda pode reduzir significativamente a necessidade de mão de obra, resultando em uma .
Pesquisas e testes demonstram suas . Nos últimos anos, o sistema tem sido muito aplicado em obras de grande porte, como grandes edifícios habitacionais, educacionais e até aeroportos, o que reforça seu potencial e aplicabilidade. As esferas , com baixo peso específico e boa resistência. Após concretada, e as esferas permanecem na estrutura. A semelhança às lajes maciças e a não necessidade de vigas para o conjunto estrutural permitem , muito utilizados para disfarçar vigas e esconder instalações, mas que reduzem o pé direito interno. Essa decisão, por sua vez, gerou a necessidade de buscar uma alternativa para resolver as instalações de esgoto, geralmente situadas entre a laje do piso e o forro do pavimento imediatamente abaixo. Optou-se, então, por incorporar
, sem que haja a necessidade de interferências no pavimento inferior ou de forro para escondê-las.
Laje Bubbledeck sendo fabricada in loco.
VARANDAS: CONFORTO AMBIENTAL E PROTEÇÃO DA SOLAR
FACHADA NORTE Protegida da incidência solar direta das 8h30 às 15h30
FACHADA LESTE Protegida da incidência solar direta a partir das 9h00
FACHADA SUL Protegida da incidência solar direta das 7h30 às 15h00
Máscaras solares referentes às fachadas norte, leste e sul. Elaborada com o professor Renan Leite.
Corte Parcial Varandas Residenciais Fachadas Norte, Leste e Sul. Escala 1:50. Elaborado pelo autor.
Corte Parcial Varandas Residenciais Fachada Oeste. Escala 1:50. Elaborado pelo autor.
Vista Placas Perfuradas. Escala 1:50. Elaborado pelo autor.
Planta Placas Perfuradas. Escala 1:50. Elaborado pelo autor.
DISTRIBUIÇÃO PROGRAMÁTICA
O cenário proposto para o edifício consiste na combinação vertical dos usos comercial, serviços, corporativo e habitacional, os quais coexistem interdependentes, mas mantêm certa separação espacial e diferenciação morfológica, adequando-se ao caráter e dinâmica de suas atividades e às demandas dos seus usuários. Para sintetizar a distribuição programática, os usos foram agrupados em três setores distintos (ver esquema ao lado): . O setor amarelo inclui sete lojas no térreo, sendo uma delas âncora com doca de carga e descarga e espaço para abrigar desde um mercadinho até um restaurante. Além de área para uma academia e um coworking, nos pavimentos superiores, os quais teriam capacidade de atender tanto aos moradores do edifício, quanto à vizinhança circundante. Há ainda um estacionamento com 143 vagas para carros e motos e bicicletário. No setor laranja foram previstas 27 salas comerciais, sendo 18 com banheiro privativo. Ainda assim, foram incluídos, em todos os pavimentos, banheiros coletivos. O setor habitacional, predominante no edifício, inclui 175 apartamentos e áreas de lazer e socialização, como praças, piscina com churrasqueira, brinquedoteca, salão de festas e salão de jogos, além de uma lavanderia coletiva.
HABITACIONAL
CORPORATIVO
COMÉRCIO E SERVIÇOS
Setores do edifício.. Esquema elaborado pelo autor.
CENÁRIO PROPOSTO
11 UNIDADES (6%)
56 UNIDADES (32%)
CENÁRIO PROPOSTO
11 UNIDADES (6%)
34 UNIDADES (19%)
CENÁRIO PROPOSTO
8 UNIDADES (5%)
47 UNIDADES (27%)
CENÁRIO PROPOSTO
8 UNIDADES (5%)
Vista das Fachadas Oeste e Sul a partir do Viaduto. Elaborada por Melissa Quintela.
Perspectiva pavimento tĂŠrreo do edifĂcio. Elaborada por Melissa Quintela.
Perspectiva hall externo tĂŠrreo. Elaborada por Melissa Quintela.
Perspectiva praรงa cobogรณs (3ยบ pavimento). Elaborada por Melissa Quintela.
Perspectiva praรงa laranja norte (8ยบ pavimento). Elaborada por Melissa Quintela.
Perspectiva circulação comum setor habitacional. Elaborada por Melissa Quintela.
QUADRO DE ÁREAS PAVIMENTO
ÁREA COMUM ESTACIONAMENTO
802,95
ÁREA PRIVATIVA
OUTROS
391,80
ÁREA (m²)
SUBTOTAL
LOJA 1
502,50
1
502,50
LOJA 2
73,95
3
221,85
LOJA 3
99,65
1
99,65
LOJA 4
88,40
2
176,80
1194,75
MEZANINO
Nº DE UNIDADES
ÁREA COMPUTÁVEL
ÁREA CONSTRUÍDA
905,20
2195,55
-
997,85
845,60
2649,70
668,50
2368,70
1326,25
2129,60
1000,80
ESTACIONAMENTO
OUTROS
787,40
210,45
-
997,85
1º PAVIMENTO
ESTACIONAMENTO
OUTROS
1241,25
84,90
ACADEMIA
1326,15
2º PAVIMENTO
1323,55
ESTACIONAMENTO
OUTROS
1252,20
125,20
ACADEMIA
1377,40 3º PAVIMENTO
991,30 COWORKING
1091,60
1038,00 COWORKING
29,30
4º PAVIMENTO 140,00
608,85
1015,60 ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
643,40
5º PAVIMENTO
1283,70
557,50
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
1
119,80
APTO TIPO 6
102,10
1
102,10
119,80
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
102,10
1
102,10
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
119,80
1 643,40
253,85
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
48,50
2
96,50
SALA TIPO 2
69,1
1
69,10
SALA TIPO 3
76,90
1
76,90
SALA TIPO 4
62,75
1
62,75
SALA TIPO 5
70,30
1
70,30
SALA TIPO 6
77,80
1
77,80
SALA TIPO 7
85,30
1
85,30
SALA TIPO 8
135,60
1
135,60
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
550,50
674,25 ÁREA (m²)
123,70
1623,7 ÁREA (m²)
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
1
119,80
APTO TIPO 6
102,10
1
102,10
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
58,30
1
58,30
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
53,40
1
53,40
571,90
253,85
7º PAVIMENTO
508,80
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
SALA TIPO 1
48,50
2
96,50
SALA TIPO 2
69,1
1
69,10
SALA TIPO 3
76,90
1
76,90
SALA TIPO 4
62,75
1
62,75
SALA TIPO 5
70,30
1
70,30
SALA TIPO 6
77,80
1
77,80
SALA TIPO 7
85,30
1
85,30
SALA TIPO 8
135,60
1
135,60
550,50
1711,50
674,25
140,00
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
643,40
253,85
557,50
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
SALA TIPO 1
48,50
2
96,50
SALA TIPO 2
69,1
1
69,10
SALA TIPO 3
76,90
1
76,90
SALA TIPO 4
62,75
1
62,75
SALA TIPO 5
70,30
1
70,30
SALA TIPO 6
77,80
1
77,80
SALA TIPO 7
85,30
1
85,30
SALA TIPO 8
135,60
1
135,60
8º PAVIMENTO
550,50
1711,50
674,25
246,10
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 6
119,80
1
119,80
APTO TIPO 6
102,10
1
102,10
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
119,80
1
119,80
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
102,10
1
102,10
537,30
1927,10
557,50
SALA TIPO 1
6º PAVIMENTO
1828,30
461,00
PAVIMENTO
ÁREA COMUM
ÁREA PRIVATIVA ÁREA (m²)
9º PAVIMENTO
1167,60
ÁREA COMPUTÁVEL
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
48,85
2
97,70
APTO TIPO 2
44,1
2
88,20
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
1
96,60
APTO TIPO 4
83,10
1
83,10
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
1
119,80
APTO TIPO 6
102,10
1
102,10
58,30
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
53,40
1
53,40
SUBTOTAL
58,30
1
279,50
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
4
195,40
APTO TIPO 2
44,1
4
176,40
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 6
119,80
4
479,20
APTO TIPO 6
102,10
4
408,40
SUBTOTAL
224,65
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
APTO TIPO 1
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
4
195,40
APTO TIPO 2
44,1
4
176,40
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
119,80
2
239,60
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
102,10
2
204,20
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
45,40
1
45,40
APTO TIPO 1
40,50
1
40,50
APTO TIPO 2
48,85
4
195,40
APTO TIPO 2
44,1
4
176,40
APTO TIPO 3
58,00
1
58,00
APTO TIPO 3
45,00
1
45,00
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 5
106,10
1
106,10
APTO TIPO 5
96,50
1
96,50
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
116,60
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
53,40
2
106,80
SUBTOTAL
58,30
2 954,30
13º, 14º PAVIMENTOS
15º PAVIMENTO
16º PAVIMENTO
279,5 x 2= 559,00
496,70
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
45,40
2
90,80
APTO TIPO 1
40,50
2
81,00
APTO TIPO 2
48,85
8
390,80
APTO TIPO 2
44,1
4
352,80
APTO TIPO 3
58,00
2
116,00
APTO TIPO 3
45,00
2
90,00
APTO TIPO 4
96,60
4
386,40
APTO TIPO 4
83,10
4
332,40
APTO TIPO 5
106,10
2
212,20
APTO TIPO 5
96,50
2
193,00
APTO TIPO 6
119,80
8
958,40
APTO TIPO 6
102,10
8
816,80
2154,600
1866,00
-
-
317,20
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 6
119,80
3
359,40
APTO TIPO 6
102,10
3
306,30
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
558,00
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
119,80
2
239,60
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
102,10
2
204,20
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 2
48,85
8
390,80
APTO TIPO 2
44,1
8
352,80
APTO TIPO 4
96,60
4
386,40
APTO TIPO 4
83,10
4
332,40
APTO TIPO 6
119,80
4
479,20
APTO TIPO 6
102,10
4
408,40
479,20
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
53,40
4
213,60
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
58,30
202,00
4
279,00
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 2
48,85
8
390,80
APTO TIPO 2
44,1
8
352,80
APTO TIPO 4
96,60
4
386,40
APTO TIPO 4
83,10
4
332,40
APTO TIPO 6
119,80
8
958,40
APTO TIPO 6
102,10
8
816,80
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 2
48,85
4
195,40
APTO TIPO 2
44,1
4
176,40
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 6
119,80
2
239,60
APTO TIPO 6
102,10
2
204,20
239,60
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
102,10
2
204,20
APTO TIPO 7 (INFERIOR)
119,80
279,00
2048,00
2139,60
1502,00
2 867,80
23º PAVIMENTO
989,60
1307,20
1735,60
20º PAVIMENTO
1049,30
574,60
1489,60
19º, 22º PAVIMENTOS
SUBTOTAL
472,50
672,40
18º, 21º PAVIMENTOS
2713,60
1214,70
APTO TIPO 4
552,60
17º PAVIMENTO
1178,95
835,60
APTO TIPO 1
1186,00
1356,8
933,00
APTO TIPO 1
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
1269,80
836,50
1077,30
12º PAVIMENTO
1633,4
412,30
971,20
11º PAVIMENTO
40,50
APTO TIPO 1
465,80
298,60
SUBTOTAL
APTO TIPO 2
APTO TIPO 7 (SUPERIOR)
10º PAVIMENTO
ÁREA CONSTRUÍDA
Nº DE UNIDADES
1146,80
751,00
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
ÁREA (m²)
Nº DE UNIDADES
SUBTOTAL
APTO TIPO 2
48,85
4
195,40
APTO TIPO 2
44,1
4
176,40
APTO TIPO 4
96,60
2
193,20
APTO TIPO 4
83,10
2
166,20
APTO TIPO 6
119,80
4
479,20
APTO TIPO 6
102,10
4
408,40
867,80
751,00
1146,80
COBERTA
191,40
-
-
191,40
TOTAL
14192,25
22240,40
18889,90
37222,25
27 (VAGAS DE MOTO)
116 (VAGAS DE CARRO)
143
TOTAL DE VAGAS TOTAL DE LOJAS
7
TOTAL DE SALAS COMERCIAIS
27
TOTAL DE APARTAMENTOS
175
ÁREA DO TERRENO TAXA DE PERMEABILIDADE
4725,5 950,35 X 100% (GRAMA) = 950,35
470,70 X 65% (PISO DRENANTE) = 305,95
25% *
TAXA DE OCUPAÇÃO
60%
ÍNDICE DE APROVEITAMENTO
4,00
* A DEMANDA RESTANTE (EM RELAÇÃO À PERMEABILIDADE MÍNIMA EXIGIDA LEGALMENTE) DEVERÁ SER SUPRIDA POR VALAS DE DRENAGEM PLUVIAL
9,20
N
9,00
11,50
5,00
0 9,0
ACESSO VEÍCULOS
9,25
19,00
RECUO LEGAL
TERRENO ORIGINAL
14 ,60
ACESSO PEDESTRE
10,00
10,00
12,50
IMPLANTAÇÃO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1,20 12,50
9,30
C
06
N
05
5,60
D
FO
03
24
04 10,60
25
01 - ESTACIONAMENTO
27,90
02 - BICICLETÁRIO
26 8,20
8,20
11
12
03 - ACESSO CISTERNA
11,50
04 - CASA DE BOMBAS 09
05 - CASA DE LIXO
08
06 - CASA DE GÁS 07 - ÁREA TÉCNICA 10,60
10
B
07 S
02
48,00
07
08 - DML
01
S
09 - APOIO/VESTIÁRIOS FUNC.
B
10 - RECEPÇÃO/ HALL INTERNO
0
11 - DEPÓSITO DELIVERY 28 ,4
12 - SEGURANÇA/ CFTV 17 13
16
16
10,60
FS
FN
13 - LOJA TIPO 1
22
02
14 - LOJA TIPO 2 15 - LOJA TIPO 3
A
A
23
16 - LOJA TIPO 4 17 - HALL EXTERNO/ ACESSO PEDESTRES 18 - EMBARQUE/ DESEMBARQUE 19 - PARADA DE ÔNIBUS 20 - CICLOVIA
14
14
21 - PASSARELA BRT
15
22 - VAGAS ROTATIVAS
10,60
14 6, 3
23 - PONTO DE TAXI EXISTENTE
0
24 - VAGAS PÚBLICAS EXISTENTES 25 - CARGA/ DESCARGA 8,50
8,20
8,20
11,80
34,70
8,20
8,20
11,80
10,10
26 - ENTRADA ESTACIONAMENTO
1,55
28,05 10,00
74,55
21
19 20
TÉRREO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
2,00
FL
C
D
18
12,00
9,80
C
N
10,60
5,60
D
FO
25,80
8,20
8,20
9,40
05
04
03
B
03
02
01
S
B
FN
10,60
FS
58,00
28 ,4
0
S
48,00
10,60
06
02
A
120,00°
A
01 - ESTACIONAMENTO
6, 3 0
02 - BICICLETÁRIO
10,60
120 ,00 °
03 - ÁREA TÉCNICA 04 - DML 05 - ESTAR/COPA FUNCIONÁRIOS
8,50
8,20
8,20
11,80
34,70
8,20
8,20
11,80
10,10 28,05
10,00
FL
C
D
74,55
MEZANINO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
06 - ADMINISTRAÇÃO EDIFÍCIO
1,55
10,00
9,80
F
E
D
C
C
N
G
B
A
FO 6 5,60
D
6
5
10,60
5
28,20 2,40
8,20
8,20
9,40
4
4
03
B
03 S
06
02
50,30
10,60
04
01
S
05
B
42 ,00
FN
3
FS
3
08
07
A 21,20
A 2
01 - ESTACIONAMENTO
2
02 - BICICLETÁRIO 03 - ÁREA TÉCNICA 04 - RECEPÇÃO ACADEMIA 05 - GERÊNCIA
09
06 - ADMINISTRAÇÃO ° ,00 60
07 - ESPAÇO AERÓBICO 08 - ESPAÇO PESOS LIVRES/ CROSSFIT 10 2,30
1 5,10
9,80
8,50
8,20
8,20
11,80
8,20
8,20
10,10
1,55
H
G
FL F
E
D
C
C
I
D
79,65
B
A
1º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
09 - VESTIÁRIOS 10 - TERRAÇO DESCOBERTO
F
E
D
C
C
N
G
B
A
FO
5,60
6
D
6 03
5
10,60
5
28,20 2,40
8,20
8,20
9,40
4
4
04
B
06
S
04
06
02
50,30
10,60
05
01
S
B
3
3
FN 10,60
42 ,00
FS
08 07
A
A
08
2
2
01 - ESTACIONAMENTO 02 - BICICLETÁRIO 03 - GERADOR
10,60
04 - ÁREA TÉCNICA
° ,00 60
05 - HALL SUPERIOR ACADEMIA 06 - SALA AVALIAÇÃO FÍSICA
2,30
1 5,10
9,80
8,50
3,00
5,20
8,20
9,40
39,80
2,40
8,20
8,20
9,40
10,10
1,55
30,45
H
G
FL F
E
D
C
C
I
D
79,65
B
A
2º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
07 - ESPAÇO MUSCULAÇÃO 08 - SALA DANÇA/ LUTA
F
E
D
C
C
N
G
B
5,60
D
FO
5
10,60
5
28,20 8,20
8,20
9,40
2,30
2,40
4
4 03
B
S
B
21,20
S
50,30
10,60
01
3
3
04
FN
10,60
36,40
42 ,00
FS
05
02
A
A
05
2
2 01 - PRAÇA 06
02 - PLAYGROUND
° ,00 60 9,80
8,50
2,30
2,30
05 - SALA APOIO
8,20
8,20
2,40
42,20
7,00
2,40
8,20
8,20
7,00
10,10
1,55
30,45
G
FL F
E
D
C
C
H
D
79,65
I
B
3º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
04 - ESPAÇO EVENTOS
07
1 5,10
03 - RECEPÇÃO COWORKING
10,60
10,60
06
1
06 - BANHEIROS COLETIVOS 07 - ADMINISTRAÇÃO
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 4,70
3,50
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4
11,4 0
4
07
08
ML
10,60
10,60
05
B
B
S
47,00
S
3
FN
01 - APARTAMENTO TIPO 1 02 - APARTAMENTO TIPO 2
A
03 - APARTAMENTO TIPO 3
10
30 ,60
2
02
10
A
10,60
09
02
10
10,60
36,40
42 ,00
FS
10
3
2
04 - APARTAMENTO TIPO 4 05 - APARTAMENTO TIPO 5 06 - APARTAMENTO 6
06
2,30 9,80
8,50
8,20
8,20
2,40
42,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
G
FL F
E
D
C
C
H
D
70,40
I
B
4º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
09 - TRABALHO COMPARTILHADO 10 - SALA REUNIÃO
2,30
° ,00 60
5,10
08 - RECEPÇÃO COWORKING
10,60
10,60
04
12
1
07 - HALL/ CONTROLE ACESSO
ML
11
1
11 - BANHEIROS COLETIVOS 12 - ADMINISTRAÇÃO
F
E
D
C
C
N
G
B
1,95
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 8,20
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4 05
ML
10,60
08
10,60
4
B
S
B
S
3
FN 10,60
36,40
10,60
02
42 ,00
FS
46,65
3
09 02
A
A
2
01 - APARTAMENTO TIPO 1
2
02 - APARTAMENTO TIPO 2 03 - APARTAMENTO TIPO 3 04 - APARTAMENTO TIPO 4 04 - APARTAMENTO TIPO 5
° ,00 60
04
07- APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR) 08 - HALL/ CONTROLE ACESSO
07
14,90
8,50
2,30
2,30
1
8,20
8,20
2,40
42,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
G
FL F
E
D
C
C
H
D
70,40
B
5º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
06 - APARTAMENTO TIPO 6
10,60
10,60
ML
10
1
09 - PRAÇA 10 - BANHEIROS COLETIVOS
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 8,20
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4
4
11
08
05 10,60 ML
10,60
08
B
12
B
S
3
FN
06 - APARTAMENTO TIPO 6 07 - APARTAMENTO TIPO 7 (SUPERIOR)
A
08 - HALL/CONTROLE ACESSO
2 17 10,60
04
14 - SALA COMERCIAL TIPO 6
0° ,0 75
5,20
D
2,30 8,20
8,20
2,40
30,95
7,00
2,40
8,20
7,00
1,60 1,60
5,00
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
59,15
H
12 - SALA COMERCIAL TIPO 4
07
10
16
8,50
10 - SALA COMERCIAL TIPO 2
13 - SALA COMERCIAL TIPO 5
1 3,65
09 - SALA COMERCIAL TIPO 1 11 - SALA COMERCIAL TIPO 3
5,40
2 15
03 - APARTAMENTO TIPO 3 05 - APARTAMENTO TIPO 5
10,60
10,60
02 09
14
02 - APARTAMENTO TIPO 2 04 - APARTAMENTO TIPO 4
02 36,40
37,70
FS
3
09
13
A
B
6º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
01 - APARTAMENTO TIPO 1
47,00
S
15 - SALA COMERCIAL TIPO 7
1
16 - SALA COMERCIAL TIPO 8 17 - BANHEIROS COLETIVOS
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 8,20
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4
4 07
07
05
ML
10,60
10,60
10
B
11
B
S
47,00
S
3
FN
02
06 - APARTAMENTO TIPO 6 07 - HALL/CONTROLE ACESSO
2
14 - SALA COMERCIAL TIPO 7
2,30
8,20
8,20
2,40
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
D
59,15
G
13 - SALA COMERCIAL TIPO 6
06
09
30,95
H
12 - SALA COMERCIAL TIPO 5
10,60
10,60
04
2,30 8,50
09 - SALA COMERCIAL TIPO 2 11 - SALA COMERCIAL TIPO 4
ML
16
17
0° ,0 75
3,65
08 - SALA COMERCIAL TIPO 1 10 - SALA COMERCIAL TIPO 3
16
B
7º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
05 - APARTAMENTO TIPO 5
A
08
2
1
02 - APARTAMENTO TIPO 2 04 - APARTAMENTO TIPO 4
10,60
10,60
36,40
37,70
FS
02
15
01 - APARTAMENTO TIPO 1 03 - APARTAMENTO TIPO 3
08
12
A
3
1
15 - SALA COMERCIAL TIPO 8 16 - BANHEIROS COLETIVOS
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 8,20
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4
4
11
08
B
10,60
10,60
08 05
12
B
S
3
FN
06 - APARTAMENTO TIPO 6 07 - APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR)
A
2
08 - HALL/CONTROLE ACESSO
2
07
15 - SALA COMERCIAL TIPO 7
2,30
8,20
8,20
2,40
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
D
59,15
G
14 - SALA COMERCIAL TIPO 6
10
30,95
H
13 - SALA COMERCIAL TIPO 5
10,60
10,60
04
2,30 8,50
10 - SALA COMERCIAL TIPO 2 12 - SALA COMERCIAL TIPO 4
ML
17
16
0° ,0 75
3,65
09 - SALA COMERCIAL TIPO 1 11 - SALA COMERCIAL TIPO 3
15
1
03 - APARTAMENTO TIPO 3 05 - PRAÇA
10,60
10,60
02 09
14
02 - APARTAMENTO TIPO 2 04 - APARTAMENTO TIPO 4
02 36,40
37,70
FS
3
09
13
A
B
8º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
01 - APARTAMENTO TIPO 1
47,00
S
1
16 - SALA COMERCIAL TIPO 8 17 - BANHEIROS COLETIVOS
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
5
5
03
10,60
06 21,20 8,20
8,20
2,40 ML
2,40
2,30
01
4
B
B
S
47,00
S
10,60
08
10,60
4
FN 10,60
10,60
36,40
05 02
A
A 2
09 10,60
04
06 - APARTAMENTO TIPO 6 5,20 2,30
2,30 8,20
8,20
2,40
30,95
7,00
2,40
8,20
7,00
1,60 1,60
5,00
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
D
59,15
G
04 - APARTAMENTO TIPO 4
07
0° ,0 75 12,15
02 - APARTAMENTO TIPO 2
05 - PRAÇA D
1
01 - APARTAMENTO TIPO 1 03 - APARTAMENTO TIPO 3
5,40
2
B
9º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
3
02
37,70
FS
3
07 - APARTAMENTO TIPO 7 (SUPERIOR)
1
08 - HALL/CONTROLE ACESSO 09 - BANHEIROS COLETIVOS
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
5
5
03
ML
10,60
05
2,30
01
4
4 06
06 10,60
ML
10,60
05
B
B
S
47,00
S
A
02
02
02
FN
02
3
10,60
10,60
36,40
FS
3
A 2 01 - APARTAMENTO TIPO 1
ML
04
05
02 - APARTAMENTO TIPO 2
10,60
10,60
ML
2
04
03 - APARTAMENTO TIPO 3
05
2,30
1
2,30
04 - APARTAMENTO TIPO 4
2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
10ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
05 - APARTAMENTO TIPO 6 06 - HALL/CONTROLE ACESSO
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
5
5
03
ML
10,60
06
2,30
01
4 06
08
10,60
08
10,60
4
ML
ML
05
B
B
S
47,00
S
A
02
02
02
FN
02
3
10,60
10,60
36,40
FS
3
A
2
2
01 - APARTAMENTO TIPO 1
07
06 - APARTAMENTO TIPO 6
2,30 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
D
49,40
G
B
11ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
05 - APARTAMENTO TIPO 5
S
2,30
S
04 - APARTAMENTO TIPO 4
10,60
04
04
07
1
03 - APARTAMENTO TIPO 3
ML
10,60
ML
02 - APARTAMENTO TIPO 2
1
07 - APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR) 08 - HALL/CONTROLE ACESSO
F
E
D
C
G
C
B
2,30
D
FO
5
5
03
ML
10,60
06
2,30
01
4 06
08
05
ML
ML
10,60
08
10,60
4
B
B
S
47,00
S
A
02
02
02
FN
02
3
10,60
10,60
36,40
FS
3
A 2
5,40
01 - APARTAMENTO TIPO 1 02 - APARTAMENTO TIPO 2
5,40
2
03 - APARTAMENTO TIPO 3 04 - APARTAMENTO TIPO 4
5,20
D
2,30
5,20
05 - APARTAMENTO TIPO 5
07
2,30
1
04
04
07 D
2,40
6,60
1,60
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
1,60 1,60
5,00
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
12ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
06 - APARTAMENTO TIPO 6
1
07 - APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR) 08 - HALL/CONTROLE ACESSO
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
5
5
03
ML
10,60
06
2,30
01
4
4 07
07 06
ML
ML
10,60
10,60
05
B
B
S
47,00
S
A
02
02
02
FN
02
3
10,60
10,60
36,40
FS
3
A
2
2
ML
02 - APARTAMENTO TIPO 2
06
04
03 - APARTAMENTO TIPO 3
10,60
10,60
ML
01 - APARTAMENTO TIPO 1
04
04 - APARTAMENTO TIPO 4
06
05 - APARTAMENTO TIPO 5
1
2,30
1
2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
13ยบ, 14ยบ PAVIMENTOS | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
06 - APARTAMENTO TIPO 6 07 - HALL/CONTROLE ACESSO
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
05
28,20
S
2,30
S
10,60
04
S
4
10,60
01
02
08
Ref.
10,60
4
Ref.
03
B
B
S
47,00
S
3
FN 06
10,60
10,60
36,40
FS
3
06
A
A
2
2
02 - CHURRASQUEIRA
07
03 - BANHEIROS COLETIVOS 04 - DECK
10,60
10,60
07
01 - TERRAÇO COBERTO
05 - PISCINA
2,30
1
2,30
06 - PRAÇA
2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
15º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
07 - SALÃO DE FESTAS/ GOURMET 08 - BRINQUEDOTECA
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
4 04
03
03
4
05
ML
10,60
02
B
S
B
06
S
3
ML
ML
3
ML
FN
36,40
10,60
FS
ML
A
A 2 01 - APARTAMENTO TIPO 4
ML
02
01
02
01
02 - APARTAMENTO TIPO 6
10,60
ML
2
03 - HALL/CONTROLE DE ACESSO 04 - TERRAÇO DESCOBERTO
2,30
1 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
16º PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
05 - SALÃO DE JOGOS 06 - LAVANDERIA COLETIVA
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
4
4
04
04
02
ML
ML
10,60
02
B
S
B
S
3
A
A
03
01
10,60
ML
2
ML
2
03
01
S
02 - APARTAMENTO TIPO 6
2,30 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
D
49,40
G
01 - APARTAMENTO TIPO 4
S
1
B
17ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
FN
36,40
10,60
FS
3
1
03 - APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR) 04 - HALL/ CONTROLE DE ACESSO
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
4 03
03
05
ML
ML
10,60
05
4
B
S
B
S
A
01
01
FN
01 36,40
01
10,60
3
FS
3
A 2 5,40
2
01 - APARTAMENTO TIPO 2 02
04
02
02 - APARTAMENTO TIPO 4
04 D
5,20
D
2,30
1 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
1,60 1,60
5,00
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
18ยบ, 21ยบ PAVIMENTOS | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
03 - APARTAMENTO TIPO 6
1
04 - APARTAMENTO TIPO 7 (SUPERIOR) 05 - HALL/ CONTROLE DE ACESSO
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
4 03
04
4
03
ML
ML
10,60
04
B
S
B
S
A
01
01
FN
01 36,40
01
10,60
3
FS
3
A
03
03
02
02
10,60
ML
2
ML
2
01 - APARTAMENTO TIPO 2 02 - APARTAMENTO TIPO 4
1
1 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
19ยบ, 22ยบ PAVIMENTOS | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
03 - APARTAMENTO TIPO 6 04 - HALL/ CONTROLE DE ACESSO
F
E
D
C
N
G
C
B
2,30
D
FO
4 05
4
05 03
ML
ML
10,60
03
B
S
B
S
A
01
01
A
02
04
10,60
ML
2
ML
2
02
S
04
02 - APARTAMENTO TIPO 4
S
03 - APARTAMENTO TIPO 6
2,30
1 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
20ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
FN
01 36,40
01
10,60
3
FS
3
1
04 - APARTAMENTO TIPO 7 (INFERIOR) 05 - HALL/ CONTROLE DE ACESSO
F
E
D
C
C
N
G
B
2,30
D
FO
4 04
4
04
03
ML
ML
10,60
03
B
S
S
B
S D
A
01
01
01
FN
01
10,60
3
36,40
FS
3
A
03
03
02
02
10,60
ML
2
ML
2
01 - APARTAMENTO TIPO 2 02 - APARTAMENTO TIPO 4
2,30
1 2,40
8,20
8,20
2,40
21,20
7,00
2,40
8,20
7,00
8,20
2,40
21,20
FL F
E
D
C
C
G
D
49,40
B
23ยบ PAVIMENTO | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
1
03 - APARTAMENTO TIPO 6 04 - HALL/ CONTROLE DE ACESSO
F
E
D
C
C
N
G
B
D
FO
4
01
01
02
02
4
B
B D
D
3
FN
FS
3
A
A
2
2
03
03 01 - CORREDOR ACESSO LAJE
G
FL F
E
D
C
C
1
D
1
B
COBERTA | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
01 - BARRILETE 02 - LAJE DE RESGATE
+77,50 +75,00 Coberta +72,00 23º Pav. +69,00 22º Pav. +66,00 21º Pav. +63,00 20º Pav. +60,00 19º Pav. +57,00 18º Pav. +54,00 17º Pav. +51,00 16º Pav. +48,00 15º Pav. +45,00 14º Pav. +42,00 13º Pav. +39,00 12º Pav. +36,00 11º Pav. +33,00 10º Pav. +30,00 9º Pav. +27,00 8º Pav. +24,00 7º Pav. +21,00 6º Pav. +18,00 5º Pav. +15,00 4º Pav. +12,00 3º Pav. +9,00 2º Pav. +6,00 1º Pav. +3,00 Mezanino 0,00 Térreo CORTE AA | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
+77,50 Piso +75,00 Coberta +72,00 23ยบ Pav. +69,00 22ยบ Pav. +66,00 21ยบ Pav. +63,00 20ยบ Pav. +60,00 19ยบ Pav. +57,00 18ยบ Pav. +54,00 17ยบ Pav. +51,00 16ยบ Pav. +48,00 15ยบ Pav. +45,00 14ยบ Pav. +42,00 13ยบ Pav. +39,00 12ยบ Pav. +36,00 11ยบ Pav. +33,00 10ยบ Pav. +30,00 9ยบ Pav. +27,00 8ยบ Pav. +24,00 7ยบ Pav. +21,00 6ยบ Pav. +18,00 5ยบ Pav. +15,00 4ยบ Pav. +12,00 3ยบ Pav. +9,00 2ยบ Pav. +6,00 1ยบ Pav. +3,00 Mezanino ยฑ0,00 Tรฉrreo CORTE BB | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
+77,50 +75,00 Coberta +72,00 23º Pav. +69,00 22º Pav. +66,00 21º Pav. +63,00 20º Pav. +60,00 19º Pav. +57,00 18º Pav. +54,00 17º Pav. +51,00 16º Pav. +48,00 15º Pav. +45,00 14º Pav. +42,00 13º Pav. +39,00 12º Pav. +36,00 11º Pav. +33,00 10º Pav. +30,00 9º Pav. +27,00 8º Pav. +24,00 7º Pav. +21,00 6º Pav. +18,00 5º Pav. +15,00 4º Pav. +12,00 3º Pav. +9,00 2º Pav. +6,00 1º Pav. +3,00 Mezanino 0,00 Térreo CORTE CC | ESC. 1:250 GSEducationalVersion
CORTE DD | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
PAREDES EM TEXTURA BRANCA
JARDINEIRAS EM FIBRA DE VIDRO COM PINTURA AUTOMOTIVA
GUARDA CORPO DECK PISCINA EM VIDRO TEMPERADO
ESQUADRIAS EM VIDRO
GUARDA CORPO PALITEIRO EM FERRO PINTADO
PAREDE EM TEXTURA CIMENTADA
FACHADA NORTE | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
PAREDES EM TEXTURA BRANCA
JARDINEIRAS EM FIBRA DE VIDRO COM PINTURA AUTOMOTIVA
ESQUADRIAS EM VIDRO
GUARDA CORPO PALITEIRO EM FERRO PINTADO
PLACA PERFURADA DE ABRIR EM AÇO CORTEN
FACHADA LESTE | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
PAREDES EM TEXTURA BRANCA
JARDINEIRAS EM FIBRA DE VIDRO COM PINTURA AUTOMOTIVA
GUARDA CORPO DECK DA PISCINA EM VIDRO TEMPERADO
ESQUADRIAS EM VIDRO
PLACA PERFURADA DE ABRIR EM AÇO CORTEN
PAREDE EM TEXTURA CIMENTADA
FACHADA SUL | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
PAREDES EM TEXTURA BRANCA
PLACA PERFURADA DE ABRIR EM AÇO CORTEN
GUARDA CORPO DECK DA PISCINA EM VIDRO TEMPERADO
JARDINEIRAS EM FIBRA DE VIDRO COM PINTURA AUTOMOTIVA
GUARDA CORPO PALITEIRO EM FERRO PINTADO
PAREDE EM TEXTURA CIMENTADA
FACHADA NORTE | ESC. 1:250
GSEducationalVersion
168
O caminho percorrido até aqui partiu de uma inquietação que motivou uma busca, à princípio, sem destino. Aos poucos, a pesquisa e os objetivos foram surgindo e o projeto veio como uma consequência. Em um contexto de cidades dominadas por edifícios segregados, excludentes e perecíveis, cada iniciativa, por menor que seja ou por mais utópica que pareça, cumpre a função fundamental de abrir caminhos e demonstrar possibilidades para a construção de cidades melhores. Entendo que não há uma resposta totalmente certa ou errada para os desafios que se apresentam hoje e que se apresentarão nas próximas décadas, mas enxergo que para obtermos resultados diferentes precisamos explorar abordagens novas, como a hibridização ou tantas outras que já são conhecidas ou que ainda surgirão. Também considero necessário entender o papel da arquitetura para além da sua própria espacialidade e considerar sua implicação na sustentabilidade urbana, extrapolando os aspectos energéticos e ambientais, tão superficialmente trabalhados. Sociabilidade, microeconomicidade e adaptabilidade devem ser propriedades almejadas ao se projetar um edifício em cidades, como Fortaleza. Por isso, o presente trabalho abordou esse tema e acredito ter obtido êxito em demonstrar o potencial da arquitetura em gerar impactos positivos para a cidade e para as pessoas, adaptando-se às demandas contemporâneas.
169
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