Estar Comercial Um projeto para praรงa Prof. Sanit-Pastous
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Projeto Estar Comercial Praça Prof. Saint-Pastous Lucas Raupp Pinheiro Prof. Orientadora: Ana Elísia Costa Introdução ao Projeto Arquitetônico I
Turma C 2015/2
Índice Apresentação................6
O lugar.....................8 A praça....................12
Projetos referenciais I....20 Proposta de implantação....26
Projetos referenciais II...36 Propostas Iniciais.........44 O projeto..................52 Prancha Síntese............70
6
A p r e s e n t a ç ã o
Este portfólio tem por objetivo explicar o processo de criação de um estar comercial na praça Prof. Saint Pastous, Porto Alegre. Além do estar, uma proposta de intervenção da praça será apresentada, onde uma série de estudos na região foram realizados para que ambas propostas atendessem às necessidades dos moradores da região.
7
O
L u g a r
C i d a d e
B a i x a
A
C
i
d
a
d
e
B
a
i
x
a
A praça está localizada no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, RS. Essa região caracteriza-se, principalmente, por ser um bairro boêmio povoado, portanto, por pessoas das mais variadas faixas etárias. Além da diversidade social, a variedade de lugares que compõem o bairro proporcionam à região diferentes usos. Sendo assim, a Cidade Baixa é um dos principais bairros da cidade.
10
Tensores primários Tensores secundários Tensores terciários
Tensores quaternários Centros Polos
Dentre as vias que compõem o bairro, caracterizam-se como primárias aquelas que se estendem a outras regiões da cidade e que são delimitadoras, como, por exemplo, a Av. João Pessoa e a Av. Loureiro da Silva. Já os tensores de menor importância são assim classificados por exercerem uma influência mais interna na região. Os polos e centros que estruturam a malha primária do bairro tendem a ser áreas com atrativos culturais, gastronômicos e de lazer.
11
A
P r a รง a
P r o f . S a i n t P a s t o u s
A
P
r
a
ç
a A praça está localizada no extremo norte da Cidade Baixa. Ainda que seja um bairro movimentado, a praça não possui a mesma popularidade da região em que está inserida. Atualmente, o isolamento da praça se dá, principalmente, graças aos prédios que a circulam e aos poucos acessos que levam diretamente a ela. No entanto, estudos efetuados comprovam que a praça possui potencial para abrigar diversas formas de usos que hoje não são exploradas.
14
Análises da Micro Área F o r m a Analisando o mapa de figura fundo, pode-se notar o quão prejudicada é a praça pelo seu entorno. Nas principais vias que a cercam, as visuais da praça são constantemente afetadas por edificações de médio porte com, em média, 2 à 4 pavimentos ou por grandes edifícios como, por exemplo, o Edel Trade Center com mais de 20 pavimentos. Além de afetar visualmente a praça, tais edificações impedem a passagem de raios solares para aquela área, tornando, portanto, a praça um legar extremamente sombreado. Somente térreo De 2 até 4 pavimentos
De 5 até 20 pavimentos Mais de 21 pavimentos
15
Análises da Micro Área F u n ç ã o
Tensor primário
Tensor secundário Tensor local Ciclovia
16
Garagem Parada de ônibus Parada de táxi
Em relação ao fluxos que compõem o entorno da praça, podemos destacar a Av. Loureiro da Silva e a Av. Sarmento como os principais tensores que influenciam funcionalmente a praça. Contudo, atualmente, os caminhos da praça possuem uma relação pouco satisfatória com esses tensores. Além disso, outro fator importante a ser lembrado é a fato da praça não possuir atrativos para o público que a circunda, visto que a maioria das construções da área abrigam usos institucionais e residenciais. Dessa forma, agregar os fluxos externos aos da praça e torna-la um atrativo para seu possível público alvo tornam-se importantes diretrizes projetuais.
A p r o p r i a ç ã o 16 14 12 10 8 6 4 2 0
Justificativas de usos da praça.
Em entrevista com os moradores da região, foram levantados dados referente ao uso da praça por essas pessoas. Dentre as justificativas encontradas, apenas uma delas possui um ambiente próprio para sua atividade na praça que, nesse caso, seria a área de recreação infantil. Ademais, foi constatado que a maioria dos usuários da praça são adultos, seguido de idosos e crianças que, na sua maioria, são trabalhadores ou moradores da região. Tais dados comprovam, portanto, que a única zona de uso específico é voltada para o menor público frequentador da praça, enquanto que para os principais frequentadores não existe um atrativo específico.
17
Análises da Micro Área A m b i ê n c i a Nordeste
Noroeste
Sudeste
Sudoeste
18
Analisando os gráficos de vegetação, concluise que a distribuição arbórea na praça é extremamente heterogênea. No lado noroeste, por exemplo, é onde encontra-se a maior concentração arbórea da praça que, no entanto, acaba diminuindo demasiadamente a capacidade de percepção do interior da praça por quem passa pela Av. Sarmento Leite. Contudo, tal distribuição heterogênea pode ser positiva, tendo em vista que essa configuração proporciona zonas sombreadas e ensolaradas ao mesmo tempo. Porém, nesse caso, as regiões ensolaradas são quase inexistentes na maioria das estações por conta, principalmente, das edificações do entorno da praça.
19
Projetos Referenciais
I
Espaço Público em Góra Pulawska Eixos Compositivos Escritório responsável: 3xa Equipe de projeto: Ewa Czerny, Maciej Kowaluk, Łukasz Reszka, Patrycja Żuczek Localização: Góra Puławska, Polônia Área: 1325.0 m² Ano de conclusão: 2014
Fluxos
Grelha principal
Eixo principal
Grelha secundária
Eixos secundários
Fluxo fora da praça
Zoneamento Gramado
Estar coberto
Estar sombreado
Árvores
Bancos
Estar praça-seca
Iluminação baixa
Iluminação alta
23
Atalaya Park
Eixos Compositivos
Fluxos Eixo principal
Grelha principal
Escritório Responsável: G&C Arquitectos Equipe de projeto: Jorge Cabrera Bartolomé, Marta González Cavia, Martín González Cavia Localização: Arminza, Lemoiz, Biskaia, Espanha Área: 4.000 m² Ano de construção: 2010-2011
Zoneamento Playground
Vegetação rasteira
Bancos
Vegetação arbórea
25
P r o p o s t a d e I m p l a n t a รง รฃ o
C
28
r
o
q
u
i
s
I
n
i
c
i
a
i
s
29
D
i
r
e
t
r
i
z
e
F o r m a
Reabertura da R. Sarmento Barata Reabertura da escola para a praça
30
relações
entre
P
r
o
j
e
A p r o p r i a ç ã o
Realocação dos estares
Modificar internos
s
caminhos
Criação de uma área animais de estimação
destinada
Realocação do playground proximidades da escola
para
a
as
t
u
a
i
s F u n ç ã o
A m b i ê n c i a
Proibição de estacionamento no entorno imediato da praça.
Redistribuição de árvores.
Adequar os estares a insolação. Promoção de gastronômicos.
Incentivo para chimarrão.
eventos
criação
culturais
de
rodas
e
de
Utilização da concentração de vegetação para criar estares sensorialmente diferentes. Colocação de postes de menor altura.
Novas estruturas como academia ao ar livre, bebedouros para pessoas e animais, distribuidores de sacolas para coleta de dejetos dos animais, etc.
Redistribuição de postes. Utilização de iluminação cênica
31
A
P
r
o
p
o
s
t
a
Partindo de uma grelha comum 5x5, foi elaborado um modelo de praça orgânica. Nessa proposta, os caminhos que a compõem seguem uma ideia padronizada de desenvolvimento. Originando-se de um centro comum, os caminhos se estendem até importantes zonas onde intervenções especiais e/ou conexões diretas com a praça foram criadas. Além desse princípio, os caminhos estão relacionados também com um fluxo de passagem elaborado conforme estudos da área.
32
Gráficos Conceituais Eixos de Circulação
Grelha Grelha
Eixos internos primários
Zoneamento Estar seco Estar sombreado
Eixos internos terciários
Área de recreação infantil
Eixo externo primário
Área de recreação animal
Eixo interno secundário
Academia
Eixo externo secundário Ciclovia
Estar multiuso Estar gastronômico
33
O 1
Estar comercial inserido no local onde os principais caminhos se encontram.
2
Ciclovia que contorna a praça e à conecta com outras áreas da região.
3
Cachorródromo isolado dos estares principais da praça.
E
s
t
a
r
e
3
1
2
34
a
P 5
r
a
ç
a 4
5
6
6
7
4
Pracinha inserida junto ao eixo de circulação ligado à escola. Caminho criado para aumentar as possibilidades de acesso à praça com pequeno estar na sua extensão. Academia com estar próprio para descanso dos seus usuários. Pequena intervenção com estar e brinquedo para integrar a escola à praça.
7 35
Projetos Referenciais II
P r o j e t o R e f e r e n c i a l V o l u m é t r i c o Planta Baixa
Perspectiva Cavaleira X
W
Y
Café Birgitta Arquitetos: Talli Architecture and Design Arquitetos encarregados: Minna Lukander e Jari Heikkinen Localização: Helsinki, Finlândia Área: 158 m² Ano do projeto: 2014
Z Y
X
Y/2 Z
Y
W
W
Y Y
Zoneamento Área pública Área semiprivada
Circulação Eixo de circulação
Grelha Grelha primária Grelha secundária
Área privada
39
P r o j e t o R e f e r e n c i a l P l a n a r
Pavilhão na Residência do Arquiteto Arquitetos: Kythreotis Architects Arquiteto Encarregado: Charilaos Kythreotis Localização: Nicosia Área: 210 m² Ano do projeto: 2013
Planta Baixa
Perspectiva Isométrica
Circulação e Zoneamento Eixo de circulação Estar Aberto
Grelha Grelha primária Grelha secundária
Estar Fechado
41
P r o j e t o R e f e r e n c i a l M i s t o
Planta Baixa
Perspectiva Isométrica
The Glass House Arquiteto: Philip Johnson Localização: New Canaan, Connecticut, USA Área: 168 m² Ano do projeto: 1949
Circulação e Zoneamento Eixo de circulação Zona Social
Grelha Grelha primária Grelha secundária
Zona Íntima Zona Mista
43
P r o p o s t a s I n i c i a i s
P r o p o s t a d e P r o j e t o V o l u m é t r i c o
Zoneamento e Circulação Zona social fechada Zona social aberta Banheiro Zona privada Circulação
Grelha e Implantação Grelha primário
Grelha secundária
46
X Pilares
Planta Baixa
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste
47
P r o p o s t a P r o j e t o P l a n a r
d e
Zoneamento e Circulação Zona social fechada
Zona social aberta Banheiro Zona privada Circulação
Grelha e Implantação Grelha primário Grelha secundária 48
X Pilares
Planta Baixa
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste
49
P r o p o s t a P r o j e t o M i s t o
d e
Zoneamento e Circulação Zona social fechada Zona social aberta
Banheiro Zona privada
Circulação
Grelha e Implantação Grelha primário Grelha secundária
50
X Pilares
Planta Baixa
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste 51
O
P r o j e t o
I
m
p
l
a
n
t
Por possuir uma melhor relação formal com o estilo da praça, a proposta volumétrica foi escolhida. No entanto, algumas intervenções no projeto original da praça se fizeram necessárias para melhorar a relação desta com o projeto sugerido.
54
a
ç
ã
o
1
2
Caminhos criados para acesso à edificação.
facilitar
o
Realocação da edificação para melhorar sua relação com os eixos de circulação da praça.
4 3
Prolongamento do caminho para conectá-lo diretamente à entrada principal do imóvel.
3 2
4
Realocação da pracinha e da academia para acomodação da edificação e para diminuir a incidência de ruído na zona ao ar livre do café.
1
1 1
55
P
56
l
a
n
t
a
B
a
i
x
a
G r รก f i c o s
Zoneamento
Bicicletรกrio
Fluxos
Estar para ciclistas
Estar externo
C o n c e i t u a i s
Grelha
Estar interno
Banheiro
ร rea privada
57
A
s
p
e
c
t
o
Além das alterações no entorno, adequações no projeto escolhido foram realizadas para que, assim como os aspectos funcionais, a então relação entre a nova praça e a proposta volumétrica fosse aprimorada.
58
s
F
u
n
c
i
o
n
a
i
s
1 2
3
Nova grelha de pilares que adequa-se melhor à forma do projeto. Foi inserido um novo bicicletário com relação direta entre a ciclovia e a edificação.
Estar criado para atender especialmente os ciclistas.
4
Deck com estar externo, conexões com a praça e cinema ao ar livre.
5
Camada vegetal que protege plano envidraçado do sol.
6
Parede removida para melhor aproveitar o espaço interno.
5 6 1
2
4
3
59
M
o
Mesas e Cadeiras internas
Bicicletรกrio
Bancos Externos 60
b
i
l
i
รก
r
i
o
e
A
m
b
i
锚
n
c
i
a
Bancada com geladeira embutida
Lavat贸rio do banheiro
Mesas, cadeiras e ombrelones do estar externo 61
C F
62
r i
o n
q a
u i
i s
s
Nordeste
Perspectiva Sudeste
Sudoeste
Sudeste
Perspectiva Noroeste
Noroeste 63
C F
64
r i
o n
q a
u i
i s
s
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste 65
C F
66
r i
o n
q a
u i
i s
s
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste 67
M V
68
a i
q r
u t
e u
t a
e l
69
P
Bicicletário Estar para ciclistas Estar externo Estar interno Área privada Banheiro
Zoneamento
Planta Baixa
Grelha
Implantação 70
Fluxos
r
a
n
c
h
a
S
Ă
n
t
e
s
e
Nordeste
Sudoeste
Sudeste
Noroeste 71
P
o
r
t
o
A 2
0
l 1
e 5
g
r
e
,